alfabetizaÇÃo numa perspectiva de letramento · da linguagem, da palavra e da escrita, que não...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE LETRAMENTO
VERÔNICA MARIA GOMES DA SILVA
NATAL-RN
2016
VERÔNICA MARIA GOMES DA SILVA
ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE LETRAMENTO
Artigo Científico apresentado ao Curso de
Pedagogia a Distância do Centro de
Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial
para obtenção do título de Licenciatura em
Pedagogia, sob a orientação da professora
Ms. Cleucy Meira Tavares Lima.
NATAL-RN
2016
ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE LETRAMENTO
VERÔNICA MARIA GOMES DA SILVA
Artigo Científico apresentado ao Curso de
Pedagogia a Distância do Centro de
Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial
para obtenção do título de Licenciatura em
Pedagogia.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Ms. Cleucy Meira Tavares Lima (Orientadora)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_____________________________________________________
Ms. Rúbia Kátia Azevedo Montenegro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
______________________________________________________
Esp. Carmélia Regina da Silva Xavier
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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ALFABETIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE LETRAMENTO
Verônica Maria Gomes da Silva1
Cleucy Meira Tavares Lima2
RESUMO
O presente artigo expõe algumas considerações acerca do processo de alfabetização e
letramento, tratando-se dos conceitos e especificidades desses processos e de como
acontece o desenvolvimento da escrita e da leitura. Apesar de serem termos diferentes na
sua conceituação são complementares, contribuindo para o sucesso da formação inicial dos
alunos do ensino fundamental. As práticas letradas influenciam todos os sujeitos que são
responsáveis pelo seu próprio conhecimento, por esta razão pessoas que vivem em
sociedade não podem ser consideradas iletradas mesmo que sejam não-alfabetizadas. Um
outro aspecto abordado são as reflexões sobre o letramento literário que constitui uma
intervenção voltada aos gêneros textuais em sala de aula. Foram utilizados os estudos
desenvolvidos por Soares; (1998) Tfouni (2010) e Cosson (2014). O objetivo central do
estudo é compreender como se dá o processo de alfabetizar letrando. Busca-se responder as
seguintes questões: conhecer as hipóteses de aquisição da escrita como processo de
construção do conhecimento, levando em conta os aspectos cognitivos e/ou construtivista;
refletir sobre as contribuições da psicogênese da língua escrita para a criação de contextos
de alfabetização e letramento e compreender a diferença conceitual entre alfabetização e
letramento, aprofundando assim o conhecimento sobre o conceito de alfabetizar letrando.
Metodologicamente foi adotada uma abordagem de caráter bibliográfico, enfatizando o
pensamento de teóricos na área em estudo, estabelecendo uma relação desses pressupostos,
que versam sobre o letramento e alfabetização, com a maneira como o aluno se apropria da
linguagem escrita, desenvolvendo habilidades e competências essenciais para formação do
leitor. Com a escrita do artigo foi possível concluir que o processo de alfabetização deve
ser trabalhado numa perspectiva de alfabetizar letrando, onde o aluno utiliza o que aprende
na escola durante suas práticas sociais.
PALAVRAS CHAVES: Alfabetização. Letramento. Letramento Literário.
ABSTRACT
This article exposes some considerations relating to the literacy and initial reading
instruction process, in the case of the concepts and specificities of those processes and as is
1 Graduanda em Pedagogia – UFRN – [email protected]
2 Mestre em Educação – UFRN – [email protected]
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the development of writing and reading. In spite of being different terms in their
conceptualization, they are complementary, contributing to the success of the beginning
formation of elementary school students. The literate practices influence all the subjects
that are responsible for the knowledge of themselves, for this reason people that live in
society must not be considered illiterate even if they are not illiterate. Another aspect
addressed are the reflections on the literary literacy which constitutes an intervention
directed to the textual genres in the classroom. In order to do that , we based on the studies
developed by Soares (1998), Tfouni (2010), Cosson (2014). The main objective of the
study is to understand how the process of literacy letrando. It seeks to answer the following
questions: the chances of acquisition of writing as a knowledge building process, taking
into account the cognitive and constructivist aspects; reflect on the contributions of
psychogenesis of written language for the creation of literacy and literacy contexts and
understand the conceptual difference between literacy and literacy, thus deepening the
understanding of the concept of literacy letrando. One bibliographic approach
methodologically was adopted, emphasizing the thought of theorists in the study area,
establishing a relationship of these assumptions, that deal with the letramaneto and literacy,
with the way the student appropriates the written language, developing skills and core
competencies for reader training. With article writing it was possible to conclude that the
literacy process must be worked in a perspective of literacy letrando, where students use
what they learn in school during their social practices.
KEY WORDS: Literacy. Initial reading instruction. Initial literary reading instrucional.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo discorre sobre o processo de alfabetização numa perspectiva de
letramento. Uma das questões mais discutida pelos especialistas na área da educação é o
fato de como e quando a criança aprende. Desde o seu nascimento o indivíduo se vê
rodeado de informações e experiências que influenciam no desenvolvimento da
aprendizagem, e por ela estar imersa no mundo letrado, a aprendizagem acontece de forma
natural.
Por esta razão supõe-se que, por todo aprendizado que a criança já traz consigo, a
escola deve oferecer, desde a educação infantil, espaços que oportunizem acesso à leitura e
a escrita. Esse artigo irá refletir sobre como promover o letramento de crianças nos anos
iniciais do ensino fundamental para que possam apropria-se da leitura e escrita?
Há, no contexto das práticas pedagógicas, uma serie de relatos que asseguram que a
literatura infantil, quando inserida de forma a contextualizar os textos já conhecidos das
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crianças, passam a conduzi-lo para um mundo da leitura e da escrita com mais facilidade
facilitando a apropriação da leitura e escrita.
Portanto, o objetivo central do estudo é compreender como se dá o processo de
alfabetizar letrando, atentando para os objetivos específicos; conhecer as hipóteses de
aquisição da escrita como processo de construção do conhecimento, levando em conta os
aspectos cognitivos e/ou construtivista; refletir sobre as contribuições da psicogênese da
língua escrita para a criação de contextos de alfabetização e letramento e entender a
diferença conceitual entre alfabetização e letramento, aprofundando assim o conhecimento
sobre o conceito de alfabetizar letrando.
Para desenvolver a pesquisa, foi adotado uma abordagem de estudo bibliográfico,
enfatizando o pensamento de teóricos na área de educação com o qual estabelece uma
relação de pressupostos que versam sobre letramento e alfabetização. Dentre vários
teóricos pesquisados, buscou-se como aporte estudiosos como Soares (1998), Tfouni
(2010) e Cosson (2014), por considerar-se que estes referenciais contribuiriam para
fundamentar os estudos.
O trabalho foi organizado iniciando com a fundamentação teórica, seguida da
descrição da metodologia, definição de conceitos sobre alfabetização e letramento, seus
pressupostos teóricos, e do que seja letramento literário, por fim são tecidas algumas
considerações sobre o tema em questão.
2 CONCEITOS INICIAIS SOBRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A educação em nosso país vem passando por momentos que suscitam muitos
debates e discussões. Porém, essas reflexões não exaurem com a percepção e visão do
significado de alfabetização e letramento pois, novos posicionamentos surgem
constantemente e serão alvo de pesquisas.
A ideia de alfabetizar remete a ação no qual o sujeito interage com a leitura e a
escrita revelando o mundo decodificado e estabelecendo a maneira certa de utilizá-lo.
Referendando essa afirmação Soares (1998, p 33) nos diz que,
Alfabetização é dar acesso ao mudo da leitura, alfabetizar é condição para
que o indivíduo, criança ou adulto tenha acesso ao mundo da escrita,
tornando-se não só capaz de ler e escrever enquanto habilidades de
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decodificação e codificação do sistema de escrita, mas, sobretudo, de
fazer uso real e adequada da escrita com todas as funções que ela tem em
nossa sociedade e também com instrumento na luta pela conquista da
cidadania plena.
Assim, pode-se definir alfabetização como processo de apropriação da escrita,
quando se conquista os princípios alfabético e ortográfico que possibilitam, ao aluno, ler e
escrever com autonomia.
Nesse sentido, é romper com a exclusão do ponto de vista social, cultural, cognitivo
entre outros, e fomentar no indivíduo uma transformação de vida, dando um novo sentido,
uma nova visão de mundo.
[...] mas é também um processo de compreensão/expressão de
significados por meio de código escrito. Não se consideraria uma pessoa
alfabetizada que fosse capaz de decodificar símbolos sonoros, lendo, por
exemplo palavras, silabas isoladas, como também não se considerariam
uma pessoa alfabetizada, uma pessoa incapaz de, por exemplo, usar
adequadamente o sistema ortográfico de sua língua, ao expressa-se por
escrita. (SOARES, 1998, p. 16)
Sugere-se, nesse sentido, que a alfabetização deve estar a serviço da cultura oral e
escrita para compreender, muito além das relações entre letra e som, a vivência e
materialização destas linguagens nas situações onde estão inseridas pois, se vivemos numa
sociedade letrada não podemos afirmar que os indivíduos não-alfabetizados são também
iletrados.
Transpondo esse pensamento, pode-se dizer que aquilo que a pessoa traz para o seu
aprendizado depende das condições de vida real que o meio lhe oferece.
Sendo assim, existe um conhecimento sobre a escrita, que as pessoas
dominam, mesmo sem saber ler e escrever, que é adquirido, desde que
estas estejam inseridas em uma sociedade letrada. Consequentemente,
pessoas que vivem em sociedades letradas não podem ser chamadas, em
hipótese alguma, de iletradas, mesmo que não dominem o sistema de
escrita desta sociedade e, em decorrência, sejam não-alfabetizadas. Isso
ocorre porque, para pessoas que vivem em uma sociedade letrada, a
exposição às práticas sociais embasadas direta ou indiretamente no uso da
escrita é inevitável. (TFOUNI, 1993, p. 1)
Para a autora não há um grau de letramento trata-se, na verdade de um processo em
constante desenvolvimento. Dentro do contexto de letramento, destacam-se as
contribuições de Cosson (2014) que afirma que preparar os alunos para ler, compreender
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e consumir literatura é prepará-los para atuar frente às inúmeras práticas sociais
que envolvem a linguagem.
Esse trabalho exige um olhar mais além da simples leitura do texto literário,
consiste não só pelo contato com livros literários, mas, pela exploração das potencialidades
da linguagem, da palavra e da escrita, que não tem paralelo em outra atividade humana.
Esses se tornam muito mais fácil quando o leitor se encontra num espaço onde há, no
ambiente, uma interlocução entre o que se espera da leitura, seu sentido e a compreensão
do que se está lendo.
Abrir-se ao outro para compreendê-lo, ainda que isso não implique
aceitá-lo, é o gesto essencialmente solidário exigido pela leitura de
qualquer texto. O bom leitor, portanto, é aquele que agencia com os
textos os sentidos do mundo, compreendendo que a leitura é um concerto
de muitas vozes e nunca um monólogo. Por isso, o ato físico de ler pode
até ser solitário, mas nunca deixa de ser solidário. (COSSON, 2014, p.
27)
Para que ocorra essa aproximação e entendimento entre o leitor e o texto, a escola
deve preocupar-se com a seleção de livros, devem dar a criança a oportunidade de
vivenciar o prazer de aprender a ler e escrever de maneira significativa.
3 O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA
O termo alfabetização possui diversos conceitos, mas, na compreensão usual, é o
processo de saber ler e escrever, portanto, o indivíduo que não lê e não escreve, não é
considerado alfabetizado. No Brasil, de acordo com Soares (2004), a população jovem e
adulta, embora alfabetizada, apresenta precário domínio das competências de leitura e de
escrita, dificultando sua participação no mundo social e profissional.
Até o século XIX não havia a preocupação com a educação dos pequenos, ela foi
inserida no contexto escolar na última década desse período. Dentro desse contexto,
destacam-se os métodos sintético (silábicos ou fônicos) analíticos (global), que
padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita.
Para apropria-se desse conhecimento tinham como instrumentos as cartilhas de
alfabetização que passaram a ser usadas e a aquisição do conhecimento tornava-se restrito.
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De acordo com Soares (1998), em 1940 era alfabetizado quem soubesse escrever o próprio
nome e a partir do censo de 1950, era alfabetizado aquele capaz de ler e escrever um
bilhete simples.
Evoluindo o conceito ao longo das décadas, em 1990 considerava-se alfabetizado
quem concluía as quatro primeiras séries do ensino fundamental. Nesse período,
começava-se a discutir a vinculação da alfabetização ao mais novo referencial de conceito
de alfabetização, o letramento, tornando-se indispensável a associação desses termos, com
finalidades distintas, mas que chegam ao mesmo objetivo, encontrar um caminho cada vez
mais viável para a apropriação da leitura e escrita de forma não convencional.
Portanto, é necessário distinguir que alfabetização tem significado mais eficaz
quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, em um
contexto de letramento que, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência por meio
da aprendizagem do sistema de escrita.
Não obstante, Tfouni (2010, p.32) “relata que há duas formas de se entender a
alfabetização, uma se caracteriza pelo processo de aquisição individual de habilidades
requeridas para a leitura e escrita, ou como um processo de representação de objetos
diversos de natureza diferentes”.
É importante compreender que o processo de alfabetização é aberto e continuo.
Alfabetizar, no contexto do letramento, é organizar-se e qualificar-se para trabalhar voltado
para as práticas sociais e de vivencia do aluno. Para que ocorra uma alfabetização
significativa ela deve estar vinculada ao letramento, pois os dois estão interligados, para
que esses processos se completem é importante oferecer meios para que possa explorar a
oralidade, a curiosidade a pesquisa e o conhecimento.
De acordo com Teale (Apud TFOUNI, 2010, p.17) “a pratica da alfabetização não é
meramente habilidade abstrata para produzir, decodificar e compreender a escrita, pelo
contrário, quando as crianças são alfabetizadas, elas usam a leitura e a escrita para a
execução das práticas, que constituem sua cultura”. Portanto, fica visível que a
alfabetização jamais ocorrerá isoladamente e sim pela interação com o meio social e
cultural em que se vive e as relações formadas pelos envolvidos.
Para se alfabetizar há de se considerar o conhecimento mediado pela prática social
da leitura e escrita através dos mais variados recursos visuais que circulam na sociedade.
Esses recursos, necessitam, ser aprimorados pelos professores.
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O processo de alfabetização inclui muitos fatores, e , quanto mais ciente
estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de
conhecimento, de como a criança se situa em termos de desenvolvimento
emocional, de como vem evoluído o seu processo de interação social, de
natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está
acontecendo a alfabetização, mais condições terá esse professor de
encaminhar de forma produtiva o processo de aprendizagem, sem os
sofrimento habituais. (CAGLIARI, 2001, p. 9)
Dessa forma, o professor poderá adotar uma posição mais aberta e selecionar os
procedimentos metodológicos mais eficazes, afim de chegar aos objetivos propostos, no
qual sejam evidenciados as habilidades e competências de leitura e escrita dos alunos. É
importante que o professor defina o conceito de alfabetização em que irá pautar sua
prática, se for na concepção que considera que alfabetização e letramento se
complementam sua prática deverá estar voltada para atender os requisitos de intervenção.
Assim, para mediar uma aprendizagem significativa é interessante que seja
contextualizada. Aprender não é simplesmente memorizar palavras, mas, é necessário
absorver seus significados culturais e, com eles os modos pelos quais as pessoas entendem
e interpretam a realidade.
Vale ressaltar que é importante considerar o que a criança traz antes de entrar na
escola, pois já vem de uma cultura letrada, estando em contato direto com a escrita. Dessa
maneira, ela consegue fazer a relação, mesmo sem saber ler, com a leitura através dos
símbolos e gravuras, às vezes reconhecendo até mesmo algumas letras por fazerem parte
do seu universo.
Com isso, não se pode afirmar que a criança chega a escola sem conhecimento
nenhum. O docente deve dar continuidade à sua aprendizagem traçando uma metodologia
que esteja de acordo com a concepção de alfabetização adotada. O aluno constrói
ativamente seu conhecimento e interage com as múltiplas linguagens, não é um processo
limitado apenas em conhecer as letras do alfabeto, mas, compreender como funciona a
estrutura da língua e de que forma como é utilizada.
Dessa forma, compreende-se a aprendizagem da leitura e escrita como ação
dinâmica que se faz por dois caminhos: um técnico (alfabetização) e outro que diz respeito
ao uso social (letramento).
Quando o professor oferece uma diversidade de textos que circulam e que pertence
ao mundo fantasioso e lúdico da criança, se estabelece uma relação proximal do sujeito
com a língua escrita e a sua funcionalidade.
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O que diferencia alfabetização de letramento é o fato da alfabetização se
caracterizar pela a aquisição do conjunto de técnicas necessárias para a prática da leitura e
da escrita, considera-se alfabetizado aquele que sabe ler e escrever. Por sua vez, letramento
é um processo mais amplo que a alfabetização. O que se deseja é que as práticas se
interligar-se, logo é preciso investir nos dois processos.
Diante disso, é oportuno assinalar as considerações de Tfouni (2010, p. 32) que
explicita que “a necessidade de se começar a falar em letramento surgiu, creio eu, da
tomada de consciência que se deu, principalmente entre os linguistas, de que havia alguma
coisa além da alfabetização, que era mais ampla, e até determinante desta”.
Observa-se, então, que definir o termo letramento tornou-se algo difícil por ser
considerado um conceito amplo e complexo.
As dificuldades e impossibilidades devem-se ao fato de que o letramento
cobre uma vasta gama de conhecimentos, habilidades, capacidades,
valores, usos e funções sociais; o conceito de letramento envolve,
portanto, sutilezas e complexidades difíceis de serem contempladas em
uma única definição. (SOARES, 1998, p. 65)
A autora ainda aborda que no Brasil o letramento está sempre ligado ao conceito de
alfabetização, o que resulta, em uma imprópria fusão dos dois processos, com prevalência
do conceito de letramento, conduzindo a um desaparecimento da alfabetização.
O que lamentavelmente parece estar ocorrendo atualmente é que a
percepção que se começa a ler, de que se as crianças estão sendo, de certa
forma, letradas na escola, não estão sendo alfabetizadas, parece estar
conduzindo à solução de um retorno à alfabetização como processo
autônimo, independente do letramento e anterior a ele. (SOARES, 1998,
p. 11)
Nota-se que o entendimento sobre este termo ainda é confuso, por ser novo dentro
do contexto educacional, ou pouco debatido entre os envolvidos, por isso torna-se
indispensável as discussões para compreender melhor e aprimorar as práticas pedagógicas.
Dessa forma, Soares (1998, p.39) acredita que,
Mesmo apontando a dificuldade de abranger toda a complexidade do
significado de letramento em um único conceito, também expressa uma
definição para o termo. Segundo ela, letramento pode ser definido como
“Resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e
escrita; O estado ou condição que adquire um grupo social ou um
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indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas
práticas sociais.
A técnica de alfabetização interligada ao processo do letramento deve ser
reconstruída, o que só ocorrerá se o educador estudar e se basear-se nas teorias que
embasam o trabalho pedagógico, colaborando na mediação do saber.
Enfim, ser considerado alfabetizado hoje, é mais do que “decodificar” e
“codificar” textos, frases ou palavras, é ser capaz de inerir-se em práticas diferenciadas de
leitura e escrita e poder vivenciá-las de forma livre, sem precisar do auxílio do outro.
3.1 LETRAMENTO LITERÁRIO
Um novo conceito surge no contexto educacional, o letramento literário que se
compreende como uma expansão do letramento. O indivíduo dentro dessa concepção é
capaz de ler, interpretar e compreender o que está sendo lido, se apodera da leitura
deixando de lado o papel de expectador para assumir a condição de leitor.
Nessa definição, vale ressaltar que o letramento literário vai além da habilidade de
ler textos, ele se define pela busca constante do conhecimento através do ato de ler. Mas,
para tanto, é importante que o aluno esteja o mais próximo possível da diversidade de
leitura.
Cosson (2014, p. 23), defende que o letramento literário é distinto da leitura
literária por fruição, para ele a literatura deve ser ensinada na escola.
Devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e,
como tal, responsabilidade da escola. A questão a ser enfrentada não é se
a escola deve ou não escolarizar a literatura, mas sim como fazer essa
escolarização em descaracterizá-la, sem transformá-la em um simulacro
de sim mesma que nega do que confirma seu poder de humanização.
A formalização do letramento literário se dá a partir dos instrumentos que a escola
possibilita para desenvolver a competência necessária para formar o sujeito que aprecia a
leitura como fonte infinita de conhecimento, tornando-se letrado.
Como visto anteriormente, o letramento define-se pelo domínio que o indivíduo
demonstra em saber usar, de forma coerente e coesiva, a leitura e a escrita colocando em
destaque as competências da leitura e escrita. Logo, letramento literário corresponde a
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práticas sociais, por isso necessita do meio que proporcione a inserção do sujeito com o
mundo da leitura e escrita e esse meio é a escola, que demanda o processo educativo
especifico.
Cosson (2014) relata que o letramento literário precisa acompanhar, por um lado, as
três etapas básicas dos procedimentos de leitura - antecipação, decifração do código e
interpretação - e, por outro, o saber literário associado à função humanizada a da literatura
Essas discussões vêm confirmar que ler é fundamental em nossa sociedade, pelo
fato de que tudo a nossa volta envolve a leitura e escrita. Ler não é uma atividade isolada
facilita a mediação da aprendizagem de conteúdo das diferentes áreas do conhecimento e,
mais uma vez, expõe o papel que a escola desempenha nas vivências sociais e nas
competências dos alunos.
Sabe-se que a aprendizagem, quando ofertada de forma que interaja o aluno com a
diversidade de textos literários, possibilita a formação de leitores mais críticos.
Compreende-se que a escola por ser um espaço de construção do saber deve estar aberta a
novas informações, com vista ao desenvolvimento da leitura e escrita, uma vez que estas
são elementos essenciais de transformação das interações comunicativas do que se ler e do
que se aprende.
A escolha de textos literários deve atender à necessidade, ao interesse e a faixa
etária das crianças e, a partir do gosto literário dos alunos faz-se com que desenvolvam sua
capacidade de escrita. Para a formação de leitores fluente, a diversidade é fundamental
quando se compreende que o leitor não nasce pronto ou que o simples fato de ler não
transforma o indivíduo em leitor maduro.
O autor afirma que se cresce como leitor quando se é desafiado por leituras
progressivamente mais complexas. Portanto ressalta-se o papel do professor em valorizar e
explorar aquilo que o aluno já conhece para aquilo que ele ainda não conhece, com isso
favorece o crescimento do leitor por meio da ampliação do seu repertório de leitura.
Portanto, define-se letramento literário como um conjunto de práticas e fatos sociais que
envolvem a interação leitor e escritor.
Dependendo do texto lido, a leitura envolve o outro e desperta o desejo de
compartilhar com os demais leitores experiências vividas através de uma boa leitura. Levar
os alunos a construir sentidos para as obras literárias lidas a partir de diferentes
associações, de conversas e de seu próprio conhecimento de mundo, pode propiciar
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diferentes entradas no texto literário, tornando-se um caminho mais próximo da fruição, ou
seja, do prazer de trabalhar com os textos.
3.2 A PRÁTICA DE ENSINO DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO
Os suportes literários são encontrados em diversos lugares e ambientes, pode-se ir a
uma biblioteca, a uma livraria, expostos nas ruas em pontos estratégicos, escolher a leitura
pelo autor da obra, o título ou o assunto ou apenas pela capa do livro, enfim, as formas
como o leitor escolhe determina o tipo de literatura ele aprecia.
De acordo com Cosson (2014, p.31),
A escolha livre do tipo de leitura que se quer ler nunca é inteiramente
livre, mas conduzida por uma série de fatores que vão desde da forma
como os livros são organizados e exposto para os leitores, até aos
mecanismos de incentivo ao consumo comuns à maioria dos produtos
cultural.
Diante do exposto, evidencia-se que alfabetizar numa perspectiva de letramento não
significa apenas envolver o aluno no mundo da literatura infantil, entende-se que esta
ferramenta colabora para aprendizagem do educando, tendo como elemento mediador do
diálogo entre os textos, os leitores e o professor, conecta o aluno aos códigos linguísticos
através dos textos literários. Desse percurso de tornar docentes leitores maduros o
professor deve estabelecer regras para escolha das leituras é preciso distinguir os tipos de
textos e a linguagem que cada um traz em seu contexto
Segundo os PCNs (1998, p. 23)
A linguagem verbal possibilita ao homem representar a realidade física e
social e, desde o momento em que é aprendida, conserva um vínculo
muito estreito com o pensamento. Possibilita não só a representação e a
regulação do pensamento e da ação, próprios e alheios, mas, também,
comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas e, desse
modo, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais
anteriormente inexistentes.
O discurso oral ou escrito seja ele individual ou coletivo articula-se
linguisticamente por meio de textos. Pode-se afirmar que o texto é um produto da ação
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comunicativa que se realiza numa determinada situação abarcando tanto o conjunto de
enunciados que lhe deu origem quanto as condições nas quais foi produzido.
A proposta de trabalhar em sala de aula a leitura, consolida-se cada vez mais como
atividade atrelada à obrigação da rotina de trabalho, uma vez que, o ato de ler que envolve
o prazer e a ludicidade revela-se uma prática pouco discutida nos discursos pedagógicos.
É importante destacar que o uso de textos literários esteja incorporado ao cotidiano
da sala de aula nos iniciais do ensino fundamental I. Os gêneros textuais já conhecidos e
que fazem parte do dia a dia da criança podem ser usados como instrumento de
comunicação facilitando a mediação entre a prática social, e atividades de linguagem dos
indivíduos.
A intermediação e interação do professor na formação de leitores críticos e fluentes
é determinante, pois, cabe a ele aplicar em sala, aulas práticas que envolvam a leitura e
escrita. Dessa forma, oferece condições para a criança se inteirar com a escrita aprendendo
o seu uso e finalidade, uma vez que a criança no início do processo da alfabetização supõe
que a escrita é uma outra forma de desenhar as coisas, ela deve compreender que a escrita
representa a fala, para entender a formação das palavras.
A leitura, do ponto de vista individual de letramento (SOARES, 1998, p. 69)
Estende-se da habilidade de traduzir em sons sílabas sem sentido a
habilidades cognitivas e metacognitivas; inclui, dentre outras: a
habilidade de decodificar símbolos escritos; a habilidade de captar
significados; a capacidade de interpretar sequências de ideias ou eventos,
analogias, comparações, linguagem figurada, relações complexas,
anáforas; e, ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais sobre o sentido
do texto, de construir significado combinando conhecimentos prévios e
informação textual, de monitorar a compreensão e modificar o
significado do que foi lido, tirando conclusões e fazendo julgamentos
sobre o conteúdo.
Para tanto, faz-se necessário, apontar que a leitura literária a ser explorada na escola
em conformidade com letramento literário precisa ensinar o aluno a fazer a interpretação e
a compreensão do texto estudado, ressaltando suas percepções e inquietudes.
Abrir-se ao outro para compreendê-lo, ainda que isso não implique
aceitá-lo, é o gesto essencialmente solidário exigido pela leitura de
qualquer texto. O bom leitor, portanto, é aquele que agencia com os
textos os sentidos do mundo, compreendendo que a leitura é um concerto
de muitas vozes e nunca um monólogo. Por isso, o ato físico de ler pode
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até ser solitário, mas nunca deixa de ser solidário. (COSSON, 2014, p.
27)
Assim, insere-se no ambiente escolar a leitura literária. E aí se torna imprescindível
o envolvimento do professor na intervenção em relação ao leitor e o texto, repleto de trocas
e interações.
Ao se propor um ambiente alfabetizador, este deve ser provocativo distinguindo o
gosto pela leitura, proporcionando novos conhecimentos, permitindo usufruir das
experiências que a literatura proporciona, resgatando valores, estimulando a imaginação e
ampliando os horizontes.
Critérios que preservem o literário, que propiciem ao leitor a vivência do
literário, e não uma distorção ou uma caricatura dele [...] que conduzisse
eficazmente às práticas de leitura literária que ocorrem no contexto social
e às atitudes e valores próprios do ideal de leitor que se quer formar.
(SOARES, 1998, p. 47),
É preciso que haja uma formação voltada a estimular o leitor que pense, critique e
construa competências como meio de inclusão social. Compreende-se que é preciso tornar
o leitor apto e não somente letra-lo.
A Leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de
compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo que sabe sobre a
linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por
letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica
estratégias de seleção, antecipação, inferência, e verificação, sem as quais
não é possível proficiência. (PCN, 1998, p.69-70)
A busca por critérios que facilitem a escolha e a classificação de textos para o
trabalho em sala de aula, que os estimule a escolha das suas próprias leituras não é uma
tarefa fácil, os textos enquanto unidades comunicativas expressam diferentes intensões do
emissor. Dessa forma o professor deve tentar classificar textos simples e coerentes que
permitam ajudá-lo a atuar com eles de forma satisfatória.
Cosson (2014) sugere duas formas de desenvolver atividades leitoras tendo como
objeto a literatura: a sequência básica e sequência expandida. A sequência básica é
constituída por quatro passos: motivação, introdução, leitura e interpretação. A motivação
é o primeiro passo do letramento literário e consiste em preparar o aluno para entrar no
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texto. A introdução é a apresentação do autor e da obra e, independentemente da estratégia
utilizada, o professor não pode deixar de apresentá-la fisicamente aos seus alunos.
Compor um acervo literário na sala de aula e preparar um espaço para atividades
de leitura, motiva e faz um intercâmbio dos alunos com a variedades de livros sem a
obrigatoriedade do ler.
O uso dos variados textos da literatura infantil e juvenil no ensino fundamental
auxilia na reflexão sobre os elementos gramaticais que organizam e garantem a coerência e
coesão no interior do texto, por isso, são indispensáveis pois é no trabalho contextualizado
que se dá o ponto de partida para a interdisciplinaridade.
O trabalho voltado para interdisciplinaridade, dispondo da literatura, consegue
manter um diálogo entre as demais áreas do conhecimento. Com isso facilita a
aprendizagem do aluno pois, é esse caráter interdisciplinar que precisamos fazer chegar ao
aluno, levando-o a perceber que a literatura de um texto literário possibilita a articulação
de diversos saberes
Portanto, observa-se que o trabalho com literatura parte de situações diversificadas
como: comentários sobre algum fato que despertou interesse do aluno ou da turma, opinião
sobre texto lido, também pode ser dada a partir de uma seleção feita previamente, tanto
pelo professor quanto pelo aluno, de textos dos mais variados gêneros, trabalhando as
técnicas da oralidade, leitura e escrita.
A partir da prática da leitura, espera-se que a criança perceba que quanto mais se lê
mais se aprende. Sendo assim, faz- se imprescindível que o convívio com os livros
extrapole o desenvolvimento sistemático da sua escolarização e que a literatura passe a ser
difundida com mais intensidade nas escolas.
4 O PROCESSO METODOLÓGICO
O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do método qualitativo–descritivo,
pesquisa bibliográfica, que segundo Severino (2007, p. 122) “é aquela que se realiza a
partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos,
impressos, como livros, artigos, teses. ”
O estudo adotou como metodologia, a revisão bibliográfica dos estudos já
realizados anteriormente por outros autores como Tfouni (2010), Cosson (2014) e Soares
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(1998) bem como, buscou-se os Parâmetros Curriculares Nacionais de língua portuguesa.
Esses referenciais foram escolhidos após a definição do tema.
O tipo de metodologia adotado possibilita acessar materiais impressos que
permitem ter acesso a relatos sobre trabalhos afins e partir do entendimento dos que
pensam outros autores. Após o estudo foi averiguado que estes materiais teriam respaldo
para embasar a pesquisa em questão.
A seleção dos materiais foi realizada através de uma leitura prévia de livros, artigos
e documentos que fossem viáveis para a elaboração do presente estudo. Após esta etapa,
partiu-se para a elaboração do artigo.
A análise, considerando as informações específicas de cada livro e documento
relacionado ao tema, acrescentou conhecimentos sobre a questão em estudo, oferecendo
condições para responder, de forma clara, as indagações feitas, com relação a alfabetização
e letramento, suas peculiaridades que são muito complexas, mas não impossíveis de serem
entendidas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após os estudos e das reflexões realizados sobre o processo de alfabetização e
letramento, verificou-se a necessidade de enfatizar a importância da inserção, nas práticas
pedagógicas, de um trabalho voltado para o alfabetizar letrando em sala de aula.
Contudo, pode-se dizer que alfabetizar, nesse contexto, é entrar no mundo da
criança e, junto com ela, vivenciar a leitura e a escrita que seu contexto oferece. À medida
que se conhece seu mundo, é possível ampliá-lo ofertando novas propostas e diferentes
tipos textuais.
No entanto, para que este processo ocorra, deve-se considerar a cultura em que a
criança está inserida, adequando-a aos conteúdos curriculares a serem tratados e as
produções de diferentes gêneros textuais.
Durante a realização do trabalho, constatou-se que os objetivos traçados foram
alcançados, uma vez que, aponta-se no decorre do texto, uma proposta de trabalho que
prioriza a linguagem oral, a escrita e a produção de textos, respondendo que não basta
alfabetizar a criança com relação em somente conhecer a língua, mas tomar posse dela e
contextualizá-la em diferentes meios e práticas sociais.
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O tema “Alfabetização numa perspectiva de letramento”, no primeiro momento,
pareceu ser fácil de se desenvolver, por ser um tema bastante discutido em reuniões
pedagógicas e seminários. Porém, dificuldades surgiram pelo fato do mesmo se apresentar,
nas salas de aula, de forma fragmentada, sem estar contextualizado com a realidade do
educando. Estes fatores, se bem trabalhados, envolvem os alunos em situações
significativas de leitura e de escrita, de modo que possam perceber a função do
aprendizado de ler e escrever.
A organização e a apresentação das informações provenientes da pesquisa foram
organizadas de maneira que orientaram a escrita do texto, pois permitiu uma maior
discussão e reflexão acerca do assunto. Tem-se, hoje, uma compreensão do que realmente
venham a ser alfabetização e letramento, configurando-se numa opção viável para a
construção da leitura e da escrita.
Acredita-se que a dinâmica da utilização de gêneros textuais em sala de aula tratar-
se de uma estratégia interessante, podendo despertar o gosto pela leitura e contribuir para a
formação de sujeitos leitores proficientes. Nesse sentido, o papel da escola e do professor é
importante, por ser tarefa de ambos mostrar o quão grande são as possibilidades de escrita,
de leitura e de produção textual.
Deve ser estimula um intenso diálogo entre o leitor e o texto. Nessa perspectiva,
considera-se o papel do professor como um elo na mediação desse conhecimento. Cabe a
ele selecionar uma diversidade de gêneros textuais a serem trabalhados pela escola,
alargando a visão do aluno em relação ao uso da língua, sendo imprescindível que o aluno
seja levado a conhecer a multiplicidade de usos e funções a que a língua se presta, na
variedade de situações em que acontece, buscando, na comunidade local e na escola
motivos e oportunidades de leitura.
Ficou evidente, durante a pesquisa, que a presença da literatura no cotidiano
escolar, em particular na sala de aula, ainda é escassa, faz-se necessário que haja uma
maior exploração da literatura no contexto escolar.
Dessa forma, recomenda-se a utilização desse material para possíveis reflexões
sobre as práticas pedagógicas na perspectiva de alfabetização e letramento, no intuito de
aprimorar as técnicas de aprendizado e apropriação da leitura e escrita através do uso dos
textos. São apenas discussões que podem levar o professor a refletir sobre sua condição de
mediador e como estar sendo trabalhados os saberes relevantes para a formação de sujeitos
letrados.
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6 REFERÊNCIAS:
BRASIL, Secretaria de educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.
Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: 10º ed. Editora
Scipione, 2001.
COSSON, Rildo. Letramento Literário - Teoria e Prática: 2º ed, 4º reimpressão São
Paulo: contexto 2014.
SEVERINO, Antônio Joaquim, Metodologia do Trabalho Científico, 23ed rev.e atual.
São Paulo; Cortez,2007.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
1998.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e Alfabetização. São Paulo: 9º ed. Cortez, 2010.