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ALEXANDRE MACHADO DA SILVA CONSUMO ALIMENTAR DE VEGETAIS (FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES) DOS ADOLESCENTES ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO CÓLEGIO LA SALLE – CANOAS – RS Canoas, 2007 asfd saad

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ALEXANDRE MACHADO DA SILVA

CONSUMO ALIMENTAR DE VEGETAIS (FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES) DOS ADOLESCENTES ESTUDANTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL DO CÓLEGIO LA SALLE – CANOAS – RS

Canoas, 2007

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ALEXANDRE MACHADO DA SILVA

CONSUMO ALIMENTAR DE VEGETAIS (FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES) DOS ADOLESCENTES ESTUDANTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL DO CÓLEGIO LA SALLE – CANOAS – RS

Canoas, 2007

Trabalho de conclusão do curso de Nutrição do Unilasalle – Centro Universitário La Salle, como exigência para obtenção do grau para conclusão do curso de Nutrição, sob orientação da Profa Carmem Kieling Franco

3

RESUMO

Este estudo tem como objetivo a análise quantitativa da ingestão de vegetais (frutas, verduras e legumes) dos adolescentes estudantes do ensino fundamental do colégio Lasalle – Canoas - RS, realizando uma coleta de dados, através de um questionário alimentar. Foram selecionados para o projeto de pesquisa um grupo de 72 adolescentes que estão cursando as séries da 6° à 8° do ensino fundamental. Os resultados analisados foram: peso, altura, classificação do IMC, ingestão de vegetais (frutas, verduras e legumes). Visto que 70,75% dos adolescentes estão com diagnóstico nutricional adequado para a idade porém estão com consumo de vegetais (frutas, verduras e legumes) inadequado quando comparado ao que é orientado pela pirâmide alimentar. Concluindo que é de suma importância atividades de educação nutricional nesta faixa etária para promover um hábito alimentar saudável na vida adulta Palavra – chave: adolescentes, nutrição, vegetais (frutas, verduras e legumes)

ABSTRACT

The objective of this study is the quantitative analysis of the vegetables intake (fruits and vegetables) of adolescent students in basic education at La Salle-Canoas RS, performing a collection of information through a food questionnaire. Were selected for this project a group of 72 teenagers who are studying at 6 ° and 8 ° series of basic education. The results that were analyzed: weight, height, BMI classification, vegetables intakes (fruits and vegetables). Since 70.75% of adolescents are with appropriate nutritional diagnostic for the age but with inadequate consumption of vegetable (fruit and vegetable) when compared with the suitable by the food pyramid. Concluding that is to much important activities of nutritional education in this age group to promote healthy food habits in adult life. Keyword: adolescents, nutrition, vegetable (fruit and vegetables).

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4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................05

2 REFERENCIAL TEORICO .....................................................................................06

2.1 Dieta e fatores que influenciam a saúde................................................................06

2.2 Etapa de desenvolvimento da adolescência...........................................................07

2.3 Dieta na fase da adolescência..................................................................................09

2.3.1 Proteína...................................................................................................................09

2.3.2 Ferro........................................................................................................................10

2.3.3 Cálcio......................................................................................................................11

2.3.4 Vitamina A..............................................................................................................11

2.3.5 Vitamina C..............................................................................................................12

2.4 Hábitos Alimentares dos Adolescentes..................................................................13

2.5 Estratégias para Programas de Educação Nutricional........................................14

3 OBJETIVOS...............................................................................................................15

3.1 Objetivo geral...........................................................................................................15

3.2 Objetivo específico...................................................................................................15

4 METODOLOGIA .......................................................................................................16

4.1 Delineamento geral..................................................................................................16

4.2 População e amostra................................................................................................16

4.3 Critério de inclusão e exclusão...............................................................................16

4.4 Variáveis Analisadas...............................................................................................17

4.5 Educação Nutricional..............................................................................................17

4.6 Plano de Corte..........................................................................................................18

4.7 Análise Estatística....................................................................................................18

4.8 Ética..........................................................................................................................18

5 RESULTADOS...........................................................................................................19

5.2 Educação Nutricional..............................................................................................33

6 DISCUSSÃO...............................................................................................................34

7 CONCLUSÃO............................................................................................................35

REFERÊNCIAS............................................................................................................36

as

a

as

5

APÊNDICE A - Termo de consentimento................................................................... 38

APÊNDICE B – Questionário...................................................................................... 39

APENDICE C- Resultados genéricos.......................................................................... 40

ANEXO A – Fotos alunos........................................................................................... 44

s

6

1 INTRODUÇÃO

A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano na qual o indivíduo passa por

diversas mudanças, em que ocorre a velocidade máxima do crescimento, maturação sexual,

evolução dos órgãos sexuais crescimento de pêlos pubianos e, com isso, acarreta diversas

alterações hormonais e metabólicas (VITOLO, 2003).

Por isso, é importante a atenção nutricional com essa fase da vida para que se tenha um

desenvolvimento saudável na transição da fase de adolescente para o adulto jovem.

Nessa fase de crescimento acelerado é de grande importância a atenção à energia e a

alguns nutrientes como proteínas, ferro, cálcio e vitaminas A e C, cujas necessidades,

aumentadas, estão fortemente ligadas ao padrão de crescimento. Por isso, é muito importante ter

hábitos alimentares adequados nessa fase (VITOLO, 2003).

Este trabalho tem o objetivo de verificar a ingesta de vegetais (frutas, verduras e legumes)

bem como coletar dados de peso, altura e classificação do Índice de Massa Corpórea (IMC), a

fim de cruzar os dados e discutir sobre influência dos vegetais nesse momento de crescimento

acelerado.

as

7

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Dieta e Fatores que influenciam a saúde

Refeições saudáveis são compostas de alimentos variados, na quantidade e na composição

adequada à fase da vida, compondo refeições saborosas e de cores diferenciadas que incluem

alimentos tanto de origem vegetal como animal. Visa garantir a saúde, realizando as refeições em

horários espaçados e dividi-las entre três ou mais refeições diárias. A alimentação saudável tem

início com a prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e se

complementa com a inserção de hábitos alimentares saudáveis no decorrer da vida. (BRASIL,

2005).

Dieta são os alimentos que uma pessoa usualmente ingere. Sendo estes alimentos

compostos por substâncias que o corpo seja capaz de digerir e transformar em energia para que se

mantenha vivo e em manutenção. (SIZER; WHITNEY, 2003).

A dieta e hábitos alimentares influenciam diretamente na perspectiva de saúde a longo

prazo. Apenas dois hábitos comuns conseguem ter influência maior na saúde do individuo: o

tabagismo e a ingestão excessiva de álcool. Muitas doenças podem ser evitadas com hábitos

alimentares saudáveis. Nota-se a falta de conhecimento sobre nutrição e também a não aplicação

desses princípios no cotidiano. (SIZER; WHITNEY, 2003).

O enfraquecimento da saúde conferido por uma dieta escassa envolve não somente as

várias formas de má nutrição, mas também outras doenças, especialmente as doenças crônicas:

doenças cardíacas, diabetes, problemas dentários, perda óssea na fase adulta entre outras. Embora

uma dieta equilibrada possa influenciar diretamente sobre estas enfermidades, elas não podem ser

prevenidas apenas com uma boa dieta. São também determinadas pela constituição genética,

atividades e estilo de vida da pessoa. (SIZER; WHITNEY, 2003).

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Outros fatores importantes para saúde são o sono, o estresse e as condições sociais (com a

família e no trabalho) e atividade física freqüente. (SIZER; WHITNEY, 2003).

Nutricionalmente outro fator para se manter uma dieta saudável é seguir as orientações da

Pirâmide Alimentar que em sua base tem os alimentos ricos em carboidrato dos quais é orientado

o consumo diário de 6 a 9 porções diárias sendo a fonte de alimentos energéticos. No segundo

andar da pirâmide tem os vegetais com a recomendação diária de 3 a 5 porções de frutas e de 3 a

5 porções de verduras e legumes. Na seqüência da pirâmide temos os alimentos ricos em

proteínas dos quais é recomendado a ingestão de 3 porções de leites de derivados, 1 porção de

carne e 1 porção de leguminosa diária. No quarto e último andar da pirâmide temos as gorduras e

açúcares onde é recomendado a ingestão desses alimentos com moderação sendo uma porção de

cada diariamente(MAHAN; STUMP, 2002) .

2.2 Etapa de desenvolvimento da Adolescência

As mudanças fazem parte de um processo permanente e rápido, que tem início na vida

fetal, e vai se modificando durante a infância e toda vida sob influência de fatores externos do

meio ambiente e do contexto de onde vive (VITOLO, 2003).

Adolescência é a etapa de transição entre a criança e o adulto fase evolutiva, na qual

ocorre todo processo biopsicossocial do indivíduo. Evidenciada por várias mudanças somáticas,

psicológicas e sociais, é a fase que compreende as idades entre 10 e 19 anos (WHO, 1986;

COLLI, 1992; OSÓRIO, 1992; COSTA E SOUZA, 2002 apud VITOLO, 2003).

Puberdade é o nome que se dá ao processo das transformações características da

adolescência. A puberdade não é, portanto, sinônimo de adolescência, mas uma parte desta,

compreendendo o período desde o aparecimento dos caracteres sexuais secundários (broto

mamário, aumento do testículo e/ou desenvolvimento de pêlos pubianos), até o completo

desenvolvimento físico e parada de crescimento (WIKIPEDIA, 2007).

Este período termina quando do completo crescimento físico e maturação sexual,

consolidação da personalidade, ganho de independência econômica e a integração do indivíduo

com a sociedade (GODOY et al, 2006).

A puberdade é caracterizada pelas mudanças biológicas determinadas pelo

desencadeamento dos estímulos hormonais. A maior parte das ações hormonais migra para a

condrogênese, ou seja, o crescimento ósseo. Um fator de relevância no organismo, além de

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controlar o crescimento longitudinal das crianças e adolescentes, é o hormônio do crescimento.

Esse hormônio age na distribuição do tecido adiposo e no metabolismo das proteínas e

carboidratos, minerais, água e lipídios (VITOLO, 2003).

Ao acompanhar-se o crescimento de meninos e meninas na etapa da adolescência, pode-se

observar a plena atividade dos hormônios sexuais na fase do estirão (MALINA; BOUCHARD,

apud VITOLO, 2003). No amadurecimento sexual ocorrem alguns estágios, denominados

estágios de Tanner. Essas etapas são numeradas de 1 a 5 e referem-se à avaliação das mamas (M),

pêlos pubianos (P) e a genitália masculina (G). A avaliação desse processo é realizada mediante

exame clínico realizado por um médico hebeatra (VITOLO, 2003).

Na puberdade, em média, o crescimento anual situa-se entre 9 e 10 centímetros nos

meninos e o ganho de peso ponderal de 8 quilos. Já nas meninas, a média situa-se em torno de 8

centímetros por ano, com um aumento de peso entre 6 e 8 quilos (TANNER; DAVIES, 1985

apud VITOLO, 2003). No período compreendido entre 2 e 4 anos, o aumento médio de altura

situa-se na feixa entre 20 a 25 centímetros. No final da adolescência, o jovem terá adquirido 15%

da altura final do adulto e chará a 50% da massa corporal total (VITOLO, 2003).

Em ambos sexos, haverá um aumento tanto de massa magra quanto de tecido adiposo

desde o início até o final da puberdade. Em decorrência das diferentes atividades hormonais entre

os sexos. Mas, conforme Vitolo (2003), no final da adolescência e início da vida adulta, os

homens terão, em média, um conteúdo de massa magra em torno de 1,5% maior que as mulheres,

e essas, em média, apresentarão 70% do conteúdo desse tecido em relação ao valor dos homens.

Após o período do estirão, dá-se a desaceleração gradual do ritmo de crescimento até a

sua parada, geralmente aos 15 ou 16 anos nas meninas e aos 17 ou 18 anos nos meninos (COLLI,

apud VITOLO, 2003). É importante salientar que esse processo depende do início do período

pubertário, em que pode ocorrer com idade mais tenra ou mais tardia. Isso significa que se uma

menina iniciou sua puberdade mais tardiamente que a média populacional, com idade de 12 anos

por exemplo (TANNER apud VITOLO, 2003), a menarca vai ocorrer por volta de 14-15 anos, e a

idade de desaceleração do crescimento vai estender-se por mais alguns anos (VITOLO, 2003).

2.3 Dieta na fase da adolescência

Situa-nos Vitolo (2003), que nessa fase de crescimento acelerado é de relevante

importância a atenção à energia e alguns nutrientes como as proteínas, o ferro, o cálcio e as

as

10

vitaminas A e C, cujas necessidades, aumentadas, estão fortemente ligadas ao padrão de

crescimento.

Os adolescentes que participaram do estudo realizado em uma Escola Municipal de

Maceió apresentaram uma deficiência de energia e micronutrientes especialmente as vitaminas e

alguns minerais pesquisados com exceção do ferro, concluindo que estavam numa condição

inadequada para promover o crescimento linear, podendo ocasionar um decréscimo no

desempenho de crescimento(ALBUQUERQUE; MONTEIRO apud VITOLO, 2003).

Fatores como complexidade da dieta, hábitos alimentares, qualidade da informação, idade,

imagem corporal, memória do entrevistado, crenças, comportamento, cultura e status

socioeconômico, além de fatores de exposição, são variáveis que interferem e tornam muito

difícil o ato de registrar a ingestão de um indivíduo, sem exercer influência sobre esse. Embora

tenha havido considerável aumento na capacidade das crianças em responder questões sobre seu

comportamento alimentar, expressar atitudes de decisão sobre o que comer e conceitos sobre

nutrição antes de sete ou oito anos de idade, somente por volta dos 10 a 12 anos a criança tem

capacidade de dar respostas sobre sua ingestão alimentar (VITOLO, 2003)

2.3.1 Proteína

A necessidade protéica é definida pela quantidade necessária para manter o crescimento

de novos tecidos que, na puberdade, pode ser representada por uma parcela substancial da

necessidade total. Não há estudos conclusivos sobre essas necessidades nos adolescentes e, por

isso, elas têm sido extrapoladas de resultados de estudos envolvendo crianças e adultos (HEALD;

GONG apud VITOLO, 2003).

O risco de ingestão protéica imprópria pelos adolescentes inclui os jovens que restringem

a ingestão de alimentos tanto por condições socioeconômicas deficitárias quanto por distúrbios

comportamentais. Os hábitos alimentares de adolescentes do sexo feminino – quando são com

restrição de energia – representam um problema potencial de saúde quando fontes protéicas são

usadas como energia, particularmente durante o estirão de crescimento.(GONG; SPEAR apud

VITOLO, 2003).

A estimativa do valor protéico na dieta dos adolescentes pode ser feita utilizando-se a

proporção de 12 a 15% desse nutriente em relação ao valor energético total (VITOLO, 2003).

as

11

A recomendação de proteínas para adolescentes com idade entre 11 à 14 anos do sexo

masculino 45g de ptn/dia e do sexo feminino 46g de ptn/dia (SIZER; WHITNEY, 2003).

2.3.2 Ferro

Com a puberdade, a necessidade de ferro é intensa para ambos os sexos em decorrência

do crescimento rápido, do aumento de massa muscular, do volume sangüíneo e das enzimas

respiratórias. Além disso, nas meninas em especial, o aumento é mais acentuado em função da

menarca, devido à perda de ferro durante a menstruação. Essa perda é muito variável, mas parece

que está relacionada com o nível de absorção de ferro (GREGER; BUCKLEY apud VITOLO,

2003).

Para os meninos, a necessidade de ferro é maior durante o pico de crescimento, já que ela

é parcialmente dependente do aumento do volume sangüíneo causado pelo crescimento da massa

magra (MAHAN; ROSENBROUGH apud VITOLO, 2003). A eritropoiese está

excepcionalmente ativa na puberdade masculina, chegando a aumentar de duas a três vezes em

relação aos níveis básicos. Para Samuelson e colaboradores (apud VITOLO, 2003), o pico de

crescimento e o rápido aumento de peso corporal e da massa muscular estão associados ao

aumento do volume sangüíneo. Essas alterações na hemoglobina circulante aumentam a

necessidade de ferro durante um curto período de tempo. Assim, a mobilização dos estoques

teciduais de ferro pode assumir um importante papel regulador no suprimento dessa substância.

Conforme Vitolo (2003), a anemia ferropriva tem alta prevalência, tanto em países do

primeiro mundo, como em países em desenvolvimento.

No Brasil, a deficiência de ferro na puberdade é um problema de relevância devido à sua

alta prevalência e às significativas repercussões que acarreta para o desenvolvimento adequado

dos jovens (BRUNIERA apud VITOLO, 2003). Os valores recomendados são de 8 mg/dia para

meninos e meninas de 9 a 13 anos, e 11 e 15 mg para os meninos e as meninas de 14 a 18 anos,

respectivamente, conforme dados de Vitolo (2003).

2.3.3 Cálcio

A ingestão de cálcio é uma das grandes preocupações dos profissionais e estudiosos da

saúde do adolescente. Esse mineral é importante porque, nesse período ocorre o aumento da

as

12

retenção de cálcio para a formação óssea. É um estágio crítico de mineralização dos ossos, o que

poderá influenciar futuramente o aparecimento de osteoporose (SCHAAFSMA apud VITOLO,

2003). O período compreendido entre os 9 e os 17 anos de idade parece ser crucial para a

realização do pico de massa óssea. O período de maior acúmulo de massa óssea estende-se desde

o início da puberdade até os 20 anos, segundo Matkovic (apud VITOLO, 2003). Os meninos têm

maior acréscimo de deposição da massa óssea aos 13,5 anos, e as meninas por volta dos 11,6

anos (BAILEY apud VITOLO, 2003).

O ápice do crescimento da massa óssea resulta do entrelaçamento de fatores endógenos e

exógenos, que são os genéticos e endócrinos e nutrição e atividade física, correspondentemente.

Estudos indicam que o fator genético seja responsável por 80% da massa óssea e o meio em que

se insere o indivíduo com os 20% restantes (VITOLO, 2003).

Observa-se que na adolescência o jovem dispõe de cerca de 40% da massa óssea de um

adulto e que de 90 a 95% do conteúdo mineral ósseo são atingidos no final do crescimento

longitudinal. No entanto, após a estatura máxima ter sido atingida, um crescimento extra de 5 a

10% poderá ser também atingido pelo adolescente (MATKOVIC; METZ, 1993 apud VITOLO,

2003).

No período da adolescência em função do acelerado desenvolvimento muscular,

esquelético e endócrino. No pico de velocidade máxima de crescimento, a deposição diária de

cálcio é duas vezes maior que a média de incremento durante todo o período da adolescência

(COMMITTEE ON NUTRITION apud VITOLO, 2003).

2.3.4 Vitamina A

Importante vitamina para o crescimento, principalmente para a regeneração celular e

manutenção do sistema imunológico, e, na puberdade, é de relevância pela aceleração no

crescimento (GOODMAN apud VITOLO, 2003).

Para o período da adolescência, a quantidade de ingestão diária é diferenciada em

decorrência das diferentes necessidades de cada organismo e até mesmo entre os sexos. Outro

fator de influência diferenciado nesse período é a dosagem hormonal nos valores sangüíneos de

vitamina A, independemente das suas reservas (PILCH apud VITOLO, 2003).

A hipovitaminose A é destacada como um dos grandes problemas nutricionais em nível

mundial. Atualmente, dados bioquímicos, associados a outros indicadores biológicos e de risco

13

nutricional para a hipovitaminose, mostram deficiência subclínica, e o Brasil é considerado como

um dos países que apresenta a forma subclínica grave como problema de saúde pública (WHO,

SOMMER; WEST apud VITOLO, 2003).

Conforme Trumbo (apud VITOLO, 2003), os valores recomendados são de 600µg/dia

para meninos e meninas de 9 a 13 anos, 900µg/dia para meninos de 14 a 18 anos, e 700µg/dia

para meninas de 14 a 18 anos.

2.3.5 Vitamina C

A vitamina C possui várias funções como a preservação dos ossos, dentes, gengivas e

vasos sangüíneos, aumenta a absorção do ferro, ajuda no sistema imunológico e facilita a

cicatrização por meio da síntese do colágeno. Sua ação é também como redutor em várias e

importantes reações de hidroxilação no organismo. É necessária para a função normal dos

fibroblastos e osteoblastos, além de intervir na síntese dos hormônios supra-renais e nas funções

dos leucócitos (SAUBERLICH apud VITOLO, 2003).

Sua deficiência em grau elevado leva ao escorbuto, que inclui hiperceratose folicular,

sangramento de gengivas, hemorragias e dores articulares – que estão associados a níveis séricos

de vitamina C abaixo de 0,2 mg/dl e a concentrações de leucócitos menores que 2 µg/108 de

células (HODGES et al. apud VITOLO, 2003).

Segundo Vitolo (2003), as recomendações desse nutriente são de 45 mg para

meninos e meninas de 9 a 13 anos e de 75 e 65 mg para meninos e meninas de 14 a 18 anos,

respectivamente.

2.4 Hábitos Alimentares dos Adolescentes

Devido às mudanças biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que ocorrem com

intensidade na adolescência, o comportamento alimentar do adolescente transforma-se por

completo, necessitando maior cuidado e acompanhamento. Para melhor entendimento, é

importante que se leve em consideração a inter-relação de vários fatores que influenciam de

maneira direta, e/ou indireta, esse estágio da vida. Por fatores externos, podemos considerar a

unidade familiar e suas características, pelas atitudes dos pais e amigos, normas e valores sociais

14

e culturais, pela mídia, pelo fast-food, pelo conhecimento de nutrição e manias alimentares. É

importante levar em consideração que há fatores internos, que são representados pelas

necessidades e características psicológicas, pela imagem corporal, valores e experiências

pessoais, pela auto-estima, saúde e pelo desenvolvimento psicológico (VITOLO, 2003).

Esses fatores estão diretamente ligados aos conceitos sócio-politíco-econômicos, à

disponibilidade de alimentos, à produção e ao sistema de distribuição que compõem um

determinado estilo de vida, e por conseguinte, determinando hábitos individuais próprios de cada

adolescente (SCHAFER; YETLEY, STORY apud VITOLO, 2003).

O comportamento alimentar dos adolescentes eventualmente baseia-se em hábitos

errôneos, tais como a supressão de refeições, consumo de alimentos altamente energéticos, mas

pobres em nutrientes, consumo precoce de bebidas alcoólicas e tendências a restrições dietéticas,

que são fatores que podem levar à obesidade e à anorexia nervosa. Todos esses elementos tendem

a influenciar fortemente os registros alimentares desse grupo e perpetuar esses hábitos errôneos

para resto da vida. Calcular a necessidade energética para um adolescente é um processo

complicado, pois, se não houver um conhecimento exato da fase pubertária em que o adolescente

se encontra, não será possível estimar o valor correto que atenda às necessidades para o

crescimento, desenvolvimento e atividade física ideais. Não existem fórmulas disponíveis para

esse cálculo que levem em consideração os diferentes estágios pubertários de Tanner. Assim, o(a)

nutricionista terá que escolher o método que melhor se adapte às características do jovem que

está sendo avaliado (CAVALCANTE, PRIORE, FRANCESCHINI, 2004).

Embora as orientações sejam muito importantes para indicar a melhor opção, cabe apenas

ao profissional a utilização de seu conhecimento para extrair dos métodos recomendados a maior

fidedignidade aos dados encontrados (VITOLO, 2003).

2.5 Estratégias para Programas de Educação Nutricional

Os parâmetros recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), orienta

alimentação saudável através de noções de alimentos e não de nutrientes, mesmo porque os

alimentos são compostos por nutrientes; mas, para definir quantidade dos alimentos como através

da pirâmide alimentar(SIZER; WHITNEY,2003).

A promoção de programas diferenciados para a conscientização de hábitos alimentares

saudáveis entre os jovens é um procedimento muito importante, pois há necessidades de uma

15

sólida informação sobre melhores práticas alimentares, sem risco de alterar aquelas já

compatíveis com as características biopsicossociais da adolescência. Observa-se que entre os

adolescentes há certa resistência em aceitar que eles estão sujeitos a doenças ou outros

problemas. Com isso, é muito importante dar-lhes esclarecimentos sobre todos procedimentos e

definições para que entendam claramente o que pode e deve ser feito pela sua saúde como um

todo (VITOLO, 2003).

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16

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar quantitativamente a ingestão de vegetais (frutas, verduras e legumes) dos

adolescentes estudantes da 6° à 8° série do colégio La Salle (Canoas), compreendendo a faixa

etária de 11 à 15 anos.

3.2 Objetivos Específicos

� Analisar consumo alimentar (quantidade e freqüência), das frutas, verduras e legumes

ingeridos pelos adolescentes.

� Avaliar o perfil antropométrico dos adolescentes.

� Realizar atividades de educação nutricional nos adolescentes avaliados, após obtenção

dos dados relatados.

� Analisar alguns nutrientes dos vegetais que os adolescentes mais citarem no

questionário, afim de cruzar os dados e discutir sobre influencia dos vegetais nesse

momento de crescimento acelerado.

17

4 METODOLOGIA 4.1 Delineamento geral

Este estudo foi do tipo transversal individualizado, com a posição do investigador

observacional. Quanto à análise dos dados foi descritiva.

4.2 População e Amostra

A população foi constituída pelos adolescentes que estão cursando o ensino fundamental

do colégio La Salle do município de Canoas – RS.

A amostra foi composta por 72 adolescentes estudantes da 6° e 8° série do colégio La

Salle (Canoas), compreendendo a faixa etária de 11 à 15 anos.

Foi entregue aos entrevistados o termo de consentimento informado que foi assinado

pelos pais, bem como, pela direção do colégio La Salle.

4.3 Critérios de inclusão e exclusão

Entraram os adolescentes com as seguintes condições:

� Idade entre 11 à 15 anos;

� Estar cursando da 6° à 8° série;

� Estar presente em sala de aula no dia da coleta de dados;

� Adolescentes com condições cognitivas para responder as questões;

� Ter autorização dos pais para participação dos adolescentes através do consentimento

informado. (APÊNDICE A)

Serão excluídos os adolescentes com as seguintes condições:

� Possuir algum tipo de intolerância, alergia alimentar ou doença crônica;

a

18

� Os adolescentes que não apresentarem o consentimento informado assinados pelos

pais e/ou responsáveis.

4.4 Variáveis analisadas

� Consumo alimentar de vegetais (frutas,verduras e legumes), analisados através de um

entrevista semi-estruturada quantitativa, de fácil interpretação e compreensão por

parte dos adolescentes; (APÊNDICE B)

� Ficha com dados de identificação, antropométricos e composição corporal;

� Peso medido na balança plataforma de bioimpedância devidamente calibrada, os

adolescentes utilizando roupas leves e sem sapato;

� Altura verificada na balança plataforma e o adolescentes estando sem sapatos, em

posição ereta.

� Cálculo do IMC (índice de massa corporal) à partir do peso e altura

4.5 Educação Nutricional

A educação nutricional teve abordagem sobre a pirâmide dos alimentos evidenciando os 4

andares os Carboidratos (Arroz, milho, alimentos como pães e massas, preferencialmente na

forma integral), Vitaminas e Minerais, Proteínas, Doces e Gorduras e suas subdivisões como

frutas, hortaliças, leite e derivados, carnes e ovos, óleos e gorduras, açucares e doces. Suas

funções como nutrientes como construtores, reguladores e o fornecimento de energia para

atividades do cotidiano.

Foi sugerido pela coordenação que se desse mais atenção à questão da gordura nos

alimento.

Evidenciando então que se consumido em exagero pode levar ao excesso de peso e pode

gerar problemas de saúde que apareceram a longo prazo decorrente de hábitos alimentares

errôneos. Limitar a ingestão procedente de gordura trans por ser um componente muito presente

nos alimentos consumidos pelos adolescentes na forma de lanches rápidos e industrializados

como salgadinhos, bolachas recheadas e frituras.

19

Foi realizada em conjunto com a palestra uma atividade prática onde ao final da palestra

os alunos degustaram Mousse de Morango acompanhado de Salada de Frutas para verificar o

consumo de frutas na prática.

4.6 Plano de Corte

Resultados Antropométricos: No que diz respeito ao diagnostico e ao estado nutricional

do adolescente foram seguidos de classificação percentilar do Índice de Massa Corporal – IMC

segundo idade e sexo do padrão de referência NHANES II. Estes parâmetros classificam os

adolescentes em três faixas: “Baixo peso abaixo do percentil 5”, “Adequado ou Eutrófico com

percentil igual ou maior que 5 até o percentil 85” e “Sobrepeso com percentil igual ou maior que

85”. A idade dos adolescentes avaliados variou entre 11 à 14 anos sendo que as turmas de 6º série

tiveram alunos com idade entre 11 (44%) e 12 (56%) anos e as turmas de 8º série tinham alunos

com idade entre 13 (35%) e 14 (65%) anos.

4.7 Análise Estatística

� Os dados obtidos foram plotados em planilha Excel, e foi realizado análise descritiva e

por meio de gráficos.

4.8 Ética

As entrevistas serão realizadas mediante o esclarecimento e a obtenção volutária do

Termo de Consentimento Livre Esclarecido pelos pais dos adolescentes. O resultado da pesquisa

foi repassado aos alunos e a direção da escola e para os pais que demonstrarem interesse, e todas

as informações obtidas foram utilizadas para fins científicos vinculados ao presente projeto de

pesquisa.

Os questionários foram guardados em local seguro pelo pesquisador durante cinco anos e,

após este período, serão incinerados.

20

5 RESULTADOS

a) Diagnóstico nutricional adolescentes com 11 anos:

A figura 01 expõe o diagnóstico nutricional dos alunos de 11anos das duas turmas de 6º

série onde mostra que 60% (n=9) destes alunos encontra-se em estado nutricional Adequado ou

Eutrófico para a idade, e os demais 40% (n=6) destes alunos encontram-se com sobrepeso,

segundo IMC.

Diagnóstico nutricional 11 anos

Adequado ou Eutrofico

60%

40% Adequado ou EutroficoSobrepeso

Sobrepeso

Figura – 01 Avaliação Nutricional para adolescente pelo IMC percentilar Fonte: Autoria própria, 2007

ada

21

b) Diagnóstico nutricional adolescentes com 12 anos:

Dentre os alunos de 12 anos da 6º série 5% (n=1) apresentaram diagnóstico de Baixo

peso; 74% (n=14) Adequado ou Eutrófico e 21% (n=4) sobrepeso, conforme apresentado na

figura 02.

Diagnóstico Nutricional 12 anos

74%

21%

Baixo peso5%

Baixo pesoSobrepeso

Eutrófico

Eutrófico

Sobrepeso

Figura – 02 Avaliação Nutricional para adolescente pelo IMC percentilar Fonte Autoria própria, 2007

22

c) Diagnóstico nutricional adolescentes com 13 anos:

Dos alunos de 13 anos, da 8º série, apresentaram 57% (n=4) Adequado ou Eutrófico e

43% (n=3) sobrepeso, como demonstra figura 03.

Diagnóstico nutricional 13 anos

43%

Adequado ou Eutrófico

57%

Adequado ou Eutrofico

Sobrepeso

Sobrepeso

Figura – 03 Avaliação Nutricional para adolescente pelo IMC percentilar Fonte Autoria própria, 2007

23

d) Diagnóstico nutricional adolescentes com 14 anos:

Entre os alunos de 14 anos, da 8º série, apresentaram 92% (n=12) Adequado ou Eutrófico

e 8% (n=1) Sobrepeso, conforme apresentado na figura 04.

Diagnóstico nutricional 14 anos

8%

Adequado ou Eutrófico

92%

Adequado ou Eutrofico

Sobrepeso

Sobrepeso

Figura – 04 Avaliação Nutricional para adolescente pelo IMC percentilar Fonte Autoria própria, 2007

e) Diagnóstico nutricional geral:

Na avaliação geral de todas as turmas os alunos apresentaram aproximadamente, 71%

eutrófia, 28% sobrepeso e 1% de baixo peso, conforme apresentado na figura 05.

Diagnóstico nutricional geral

71%

28%

1%

Adequado ou Eutrófico

Sobrepeso

Baixo peso

Baixo peso

Sobrepeso

Adequado ou Eutrófico

Figura – 05 Avaliação Nutricional para adolescente pelo IMC percentilar Fonte Autoria própria, 2007

24

f) Consumo de frutas turmas de 6ºséries:

Dentre os alunos da 6ºsérie o consumo de frutas foi de 26,31% (n=10) para os

adolescentes que consomem frutas mais do que 1 vez por dia, resultado igual para os que

consomem uma vez ao dia (n=10). Apresentaram consumo de nunca ou menos que 1 vez no mês

2,63%, conforme apresentado na figura 06.

Consumo de frutas

0

2

4

6

8

10

12

Nunca,menos que1x no mês

2-3 por mês 2-4 porsemana

1 porsemana

1 por dia Mais que 1por dia

Média de consumo

26,31%26,31%

2,63%

7,89%

15,78%

21,05%

Figura 06 – Ingestão de frutas dos alunos de 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

25

g) Consumo de frutas turmas de 8ºséries:

Dos alunos da 8ºsérie o consumo de frutas foi de 14,70% (n=5) para os alunos que

consomem mais do que 1 vez ao dia, 38,23% (n=13) consomem 1 vez por semana e 11,76%

(n=4) relatam ingerir de 2 a 3 vezes por mês, conforme demonstrado na figura 07.

Consumo de Frutas

0

2

4

6

8

10

12

14

Nunca,menos que 1x

no mês

2-3 por mês 2-4 porsemana

1 por semana 1 por dia Mais que 1por dia

Média de consumo

de v

ezes

cita

das

14,70%17,64%17,64%

38,23%

11,76%

Figura 07 - Ingestão de frutas dos alunos de 8ºsérie Fonte: Autoria própria, 2007

26

h) Consumo de legumes e verduras turmas de 6ºséries:

Dos alunos da 6ºsérie, 18,60% (n=8) apresentaram o consumo de verduras mais de uma

vez ao dia, 34,88% (n=15) uma vez ao dia e 6,97% (n=3) citaram que nunca consomem ou menos

que uma vez por mês, conforme demonstra figura 08.

Consumo de Legumes/Verduras

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Nunca,menos que1x no mês

2-3 por mês 2-4 porsemana

1 porsemana

1 por dia Mais que 1por dia

Média de consumo

18,60%18,60%18,60%

34,88%

6,97%

2,32%

Figura 08 – Ingestão de Legumes e verduras dos alunos de 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

27

i) Consumo de legumes e verduras turmas de 8ºséries:

Dos alunos da 8º série 11,76% consomem mais do que uma vez por dia, 23,52% uma vez

por dia, 17,64% nunca ou menos que uma vez no mês, conforme demonstra figura 09.

Consumo de Legumes e verduras

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Nunca,menos que1x no mês

2-3 por mês 2-4 porsemana

1 porsemana

1 por dia Mais que 1por dia

Legumes e verduras

de v

ezes

cita

dos

11,76%

8,82%

17,64% 17,64%

20,58%23,52%

Figura 09 – Ingestão de Legumes e verduras dos alunos de 8ºsérie Fonte: Autoria própria, 2007

j) Frutas mais consumidas turmas de 6ºséries:

Entre as frutas mais consumidas pelos estudantes da 6º série encontra-se a Banana,

bergamota laranja, abacaxi, melancia, uva e moranguinho, conforme demonstrado pela figura 10.

Figura 10 – Frutas mais consumidas pelos alunos da 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

Frutas mais consumidas

05

101520253035

Abaca

te

Banan

a

Berga

mot

aCaq

ui

Lara

nja

abac

axi

Man

ga Uvakiw

i

Goiaba

mor

angu

inho

Pitang

a

Caram

bola

Lara

njinh

a

Jabo

ticab

a

Amor

a

Frutas

de v

ezes

ond

e fo

ram

ci

tada

s

28

l) Frutas que não gostam mas já experimentaram turmas de 6ºséries:

Dentre as frutas que os estudantes da 6º série não gostam porém já experimentaram

destacam-se abacate, mamão, manga, melão, kiwi e a goiaba, demonstrado pela figura 11.

Figura 11 – Frutas que os adolescente já experimentaram e não gostam alunos da 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

m) Frutas que não gostam e não experimentaram turmas de 6ºséries:

As frutas que os alunos da 6º série nunca experimentaram e não gostam destacam-se o

abacate e o caqui, conforme demonstrado na figura 12.

Frutas que não gostam e não experimentaram

02468

Abacate Caqui

Frutas

de v

ezes

que

fo

ram

cita

das

n) Legumes e verduras mais consumidos turmas de 6ºséries:

Figura 12 – Frutas que os adolescentes não experimentaram e não gostam alunos da 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

Frutas que não gostam mas já experimentaram

0

2

4

6

8

10

12

Abaca

te

Banan

a

Berga

mot

aCaq

ui

Abaca

xi

Man

ga

Mela

ncia

Pera

Uva Kiwi

Goiaba

Lara

nja

Frutas

de v

ezes

que

fora

m c

itada

s

29

Legumes e verduras mais consumidas pelos alunos da 6º série: tomate, Cenoura, Alface,

Beterraba, Repolho, conforme demonstrado pela figura 13.

Figura 13 – Legumes e verdura mais consumidos pelos alunos da 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007.

o) Legumes e verduras que não gostam mas já experimentaram turmas de 6ºséries:

Legumes e verduras que os alunos da 6º série não gostam mas já experimentaram:

abobrinha, agrião, radite, berinjela, chuchu, conforme demonstra figura 14.

Legumes e Verduras que não gostam mais já experimentaram

02468

101214161820

Tomat

e

Abobr

inha

Cenou

ra

Beter

raba

Alface

Repolh

o

Radite

Berinj

ela

Chuch

u

Couve

-Flor

Vagem

Espina

fre

Legumes e Verduras

de v

ezes

que

fora

m

cita

das

Figura 14 – Legumes e verduras que os adolescentes não gostam mas já experimentaram alunos de 6ºsérie Fonte Autoria própria, 2007.

Legumes e Verduras mais consumidos

05

10152025303540

Tomat

e

abob

rinha

Cenou

ra

Beter

raba

Alface

Repolh

o

Radite

broc

olis

Berinj

ela

Chuch

u

Couve

-flor

Vagem

Espina

fre

pepin

oM

ilho

Couve

chine

sa

Cebola

Couve

folha

Nabo

Legumes e Verduras

de v

ezes

que

fora

m

cita

das

30

p) Legumes e verduras que não gostam e não experimentaram turmas de 6ºséries:

Dentre os legumes e verduras que os estudantes da 6º série não gostame nunca

experimentaram destacam-se o abobrinha, agrião, radite, berinjela, rúcula, segundo figura 15.

Figura 15 – Legumes e verduras que os alunos da 6º série não gostam e não experimentaram Fonte Autoria própria, 2007.

q) Frutas mais consumidas turmas de 8ºséries:

Entre as frutas mais consumidas pelos estudantes da 8º série encontra-se a Banana,

bergamota laranja, mamão, abacaxi, melancia, uva e moranguinho, conforme demonstrado pela

figura 16.

Figura 16 – Frutas mais consumidas pelos alunos da 8ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

Legumes e Verduras que não gostam e não experimentaram

00,5

11,5

22,5

Cenoura Agrião Radite Rúcula

Legumes e Verduras

de v

ezes

que

fo

ram

cita

das

Frutas mais consumidas

0

5

10

15

20

25

30

35

Abaca

te

Banan

a

Berga

mot

aCaq

ui

Lara

nja

abac

axi

Man

ga Uvakiw

i

Goiaba

mor

angu

inho

Fruta

do

cond

eJa

ca

Pitang

a

Frutas

de v

ezes

cita

das

31

r) Frutas que não gostam mas já experimentaram turmas de 8ºséries:

Dentre as frutas que os estudantes da 8º série não gostam, mas já experimentaram

destacam-se o abacate, caqui, manga, melão, kiwi, demonstrado pela figura 17.

Figura 17 – Frutas que os adolescente já experimentaram e não gostam alunos da 8ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

s) Frutas que não gostam e não experimentaram turmas de 8ºséries:

As frutas que os alunos da 8º série nunca experimentaram e não gostam destacam-se o

abacate e a bergamota, conforme demonstrado na figura 18.

Frutas que já experimentaram e não gostam

0

2

4

6

8

10

12

Mor

angu

inho

Coco

Jaca

Lara

nja

Abaca

te

Caqui

Man

ga

Mela

ncia

Kiwi

Goiaba

Banan

a

Abaca

xi

Berga

mot

aUva

Frutas

de v

ezes

cita

das

32

Frutas que não gostam e não experimentaram

0

0,5

11,5

22,5

3

3,54

4,5

Abaca

te

Caqui

Man

ga

Mela

ncia

Kiwi

Goiaba

Berga

mot

a

Frutas

de v

ezes

cita

das

Figura 18 – Frutas que os adolescentes não experimentaram e não gostam alunos da 8ºsérie Fonte Autoria própria, 2007

t) Legumes e verduras mais consumidas turmas de 8ºséries:

Legumes e verduras mais consumidas pelos alunos da 8º série: tomate, Cenoura, Alface,

Beterraba, Repolho, conforme demonstrado pela figura 19.

Figura 19 – Legumes e verdura mais consumidos pelos alunos da 8ºsérie Fonte Autoria própria, 2007.

Legumes e verduras mais consumidas

05

10152025

Tomat

e

abob

rinha

Cenou

ra

Beter

raba

Alface

Repolh

o

Radite

broc

olis

Berinj

ela

Chuch

u

Couve

-flor

Vagem

Espina

fre

Cebola

Mos

tard

a

Legumes e Verduras

de v

ezes

cita

dos

33

u) Legumes e verduras que já experimentaram mas não gostam turmas de 8ºséries:

Legumes e verduras que os alunos da 8º série não gostam mas já experimentaram:

abobrinha, agrião, radite, berinjela, chuchu, rúcula, tomate, conforme demonstra figura 20.

Legumes e Verduras que já experimentaram e não gost am

02468

1012141618

Couve

-flor

Abobr

inha

bete

rraba

chuc

hu

Berinj

ela

Vagem

Espina

fre

Tomat

e

Cenou

ra

Alface

Repolh

o

Radite

Broco

lis

Legumes e Verduras

de v

ezes

cita

dos

Figura 20 – Legumes e verduras que os adolescentes não gostam mas já experimentaram alunos de 8ºsérie Fonte Autoria própria, 2007.

v) Legumes e verduras que não experimentaram não gostam turmas de 8ºséries:

Dentre os legumes e verduras que os estudantes da 8º série não gostam e nunca

experimentaram destacam-se o abobrinha, agrião, radite, berinjela, rúcula, segundo figura 21.

Figura 21 – Legumes e verduras que os alunos da 8º série não gostam e não experimentaram Fonte Autoria própria, 2007.

Legumes e Verduras que não experimentaram e não gos tam

00,5

11,5

22,5

33,5

Couve

-flor

Abobr

inha

bete

rraba

chuc

hu

Berinj

ela

Vagem

Espina

fre

Repolh

o

Radite

Broco

lis

Legumes e Verduras

de v

ezes

cita

dos

34

6 DISCUSSÃO Entre os adolescentes avaliados, verificou-se sobrepeso maior do que o encontrado na

Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2003), que apontam para uma prevalência em torno de

13,6% de estado nutricional de sobrepeso para região e idade, para os adolescentes pesquisados o

estado de sobrepeso chegou a 27,87%. Pesquisas de base populacional destacam um aumento

considerável das taxas de sobrepeso na adolescência, o que pode ser evidenciado nesta pesquisa

(BRASIL, 2003).

O consumo de frutas, verduras e legumes por adolescentes, relatado em outras pesquisas,

é semelhante ao encontrado neste estudo. A adequação no consumo de frutas, verduras e legumes

apresentam-se insuficientes, quanto ao que é proposto pela Pirâmide alimentar (Toral, et a, 2006).

As limitações que abordaram o estudo foram: a efetividade da educação nutricional, pois

faltaram personagens a serem abordados (pais, cantinas presentes na escola), dessa forma tendo

um contato superficial com a comunidade a qual os adolescentes estão inseridos.

Avaliando a proposta do estudo e o resultado obtido fica o pensamento que pode ser

aprofundado este tipo de trabalho com adolescentes, visto que a instituição pesquisada agrega o

ensino fundamental e o curso de graduação de Nutrição, tendo neste contexto muitos Acadêmicos

de Nutrição, com conhecimento e capazes de desenvolver muitos trabalhos na área da educação

nutricional na Instituição Lasallista.

as

adf

a

35

7 CONCLUSÃO

O presente trabalho constatou que 70,75% dos alunos encontram-se eutróficos o que

sugere estarem em equilíbrio energético.

Porém observando seu consumo alimentar qualitativamente constata-se quanto ao

consumo de frutas que os resultados encontrados estão abaixo do recomendado pela Pirâmide

Alimentar, que orienta o consumo de frutas de 3 à 5 porções diárias e, no que diz respeito a

consumo de verduras e legumes, o orientado pela pirâmide alimentar é a ingestão de 3 a 5

porções ao dia o que fica bem distante dos resultados encontrados.

Mas com criatividade pode-se introduzir alimentos que as pessoas julgam não gostar sem

experimentar e com uma preparação ingerir num mesmo momento 6 tipos de frutas cada uma

com um nutriente especifico atuando como um alimento regulador e obtendo um considerável

aporte calórico através da Salada de Fruta e do Mousse de Morango.

Considerando as frutas, verduras e legumes menos consumidos pode-se alertar possíveis

deficiências em vitamina A, vitamina C, cálcio e ferro, já que as frutas menos consumidas na

maioria são cítricas e as verduras e legumes são principalmente folhosos verdes escuros.

Considerando como fator positivo da atividade o contato dos adolescentes com o tema da

alimentação explorando o hábito alimentar do grupo gerando uma reflexão no quesito

alimentação, e o que é oferecido no meio onde os adolescentes convivem.

Fica evidenciada a importância da inclusão curricular da educação nutricional, já que é

nesta fase que está se formando o hábito alimentar e autonomia no momento da escolha das

refeições.

a

36

REFERÊNCIAS

BRASIL: Guia alimentar para a população brasileira, Brasília: Ministério da saúde, 2005. (Série A, Normas e Manuais Técnicos) BRASIL: Vigilância ambiental e nutricional SISVAN: orientações básicas para coleta, o processamento, a análise de dados e a informação em serviços de saúde, Brasília: Ministério da Saúde, 2004. (Série A, Normas e Manuais técnicos) BRASIL: Pesquisa de orçamentos familiares, Brasília: Ministério do planejamento orçamento e gestão, 2003. (Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE) CANOAS. Prefeitura Municipal de Canoas. Indicadores do Município. Canoas, RS, 2007. Disponível em http://www.canoas.rs.gov.br/Site/Canoas/Indicadores.asp Acesso em nov/2007 CARVALHO, Cecília et al. Consumo alimentar de adolescentes matriculados em um colégio particular de Teresina, Piauí, Brasil. Revista de Nutrição, Campinas, maio – agosto 2001. CAVALCANTE, Ana et al. Estudo de consumo alimentar aspectos metodológicos gerais e o seu emprego na avaliação de crianças e adolescentes. Revista Brasileira saúde materno infantil , julho - setembro, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid acesso em: nov/2007 GODOY, Fernanda et. al. Índice de qualidade da dieta de adolescentes residentes no distrito do Butantã: Revista de Nutrição, Campinas, nov-dez 2006. MAHAN, Kethleen. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 10ºed. São Paulo: Roca, ano 2002. SIZER, Francês S.; WHITNEY, Eleanor Nutrição: conceitos e controvérsias. Ped. Barueri, SP. Manole, 2003. TORAL, Natacha et al. Comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas e verduras: Revista de Nutrição, Campinas, maio-junho 2006. VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da digestão à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso, 2003.

37 WIKIPÉDIA. Puberdade. 2007. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Puberdade, 2007, acesso em: nov/2007; 23:41. OLIVEIRA, Celina S.; VEIGA, Glória. Estado nutricional e maturação sexual de adolescentes de uma escola pública e de uma escola privada do município do Rio de Janeiro. Revista de Nutrição, Campinas, v: 18, pg. 183-191, março – abril 2005.

38 APÊNDICE A – Termo de consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

QUANTIFICAR A INGESTÃO DE VEGETAIS (FRUTAS, VERDURA S E LEGUMES) DOS ADOLESCENTES ESTUDANDES DO ENSINO FUND AMENTAL DO

CÓLEGIO LASALLE – CANOAS – RS

A pesquisa tem como objetivo quantificar a ingestão de vegetais dos adolescentes estudantes do ensino fundamental, e realizar avaliação antropométrica (peso e altura) a fim de identificar sua adequação nesta fase de desenvolvimento.

A pesquisa proposta será individualizada. Será apli cado um questionário de

autopreenchimento e sem identificação dos alunos av aliados. Serão correlacionadas as informações obtidas. Estes dados ficarão armazenados, podendo ser consultados pelo (a) voluntário (a) a q ualquer momento. Você tem a liberdade de abandonar a pesquisa, sem que isto lev e a qualquer prejuízo posterior.

O participante terá todo o direito a qualquer pergu nta e ou esclarecimentos mais específicos dos procedimentos realizados.

Esta pesquisa será de grande importância, pois visa quantificar a ingestão de vegetais dos adolescentes a fim de sugerir uma inge sta adequada nesta fase de desenvolvimento.

Após ter recebido todas as informações relacionadas ao estudo eu,

______________________________________portador do R G________________

certifico tive todas as perguntas esclarecidas sobr e o estudo e minha condição, e

eu, voluntariamente, aceito participar deste projet o.

Caso tiver dúvidas sobre o estudo, poderei entrar em contato com o aluno Alexandre Machado da Silva estudante do curso de nutrição da Unilasalle, pelos telefones 34774242 ou 81247435. Concordo que os meus dados obtidos neste estudo, sejam documentados (armazenados) e utilizados, para fins de pesquisa científica. Declaro, ainda que recebi cópia do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Assinatura do Voluntário/Representante Legal: ___________________________________

Data:___________________

39 APÊNDICE B – Questionário

QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR

Peso: Altura: Quantas porções frutas consome? Nunca, menos que 1x no mês? (______) 2-3 por mês (______) 2-4 por semana? (______) 1 por semana? (______) 1 por dia? (______) Mais que 1 por dia? (______) Quantas (_____________) Marque as frutas que consome: (______) Abacate (______) Manga (______) Goiaba (______) Banana (______) Maçã (______) moranguinho (______) Bergamota (______) Melância (______) (______) Caqui (______) Melão (______) (______) Laranja (______) Pêra (______) (______) Mamão (______) Uva (______) (______) abacaxi (______) kiwi (______) Outras Das frutas acima qual (is) não gosta__________________________ Já experimentou ________________________ Quantos porções legumes/verduras consome? Nunca, menos que 1x no mês? (______) 2-3 por mês (______) 2-4 por semana? (______) 1 por semana? (______) 1 por dia? (______) Mais que 1 por dia? (______) Quantos (_____________) Marque os legumes que consome: (______) Tomate (______) Berinjela (______) abobrinha (______) Chuchu (______) Cenoura (______) Couve-flor (______) Beterraba (______) Vagem (______) Alface (______) Espinafre (______) Repolho (______) Rúcula (______) Agrião (______) Radite brocolis (______) __________________ Outras Dos acima qual (is) não gosta__________________________ Já experimentou ________________________________

40 APÊNDICE C – Resultados genéricos

Índice de Massa Corpora

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Nomes

kg/c

m2

Avaliação %Água

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Nº de alunos avaliados

Seqüência2

2

41

Avaliação % Gordura

0

510

15

2025

30

3540

45

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Nº de alunos avaliados

Seqüência2

42

Classificação Índice de Massa Corporal

0

5

10

15

20

25

30

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37

Nº de alunos avaliados

Kg/

cm2

43

% Gordura

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37

Nº de alunos avaliados

Per

cent

ual d

e G

ordu

ra

% Água

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37

Nº de alunos Avaliados

Per

cent

ual d

e Á

gua

AS

44 ANEXO A – Fotos alunos

45