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Salvador 2017 ALESSANDRA DE JESUS LACERDA ATIVIDADE FÍSICA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL E O CONTROLE DE LOMBALGIAS

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Salvador 2017

ALESSANDRA DE JESUS LACERDA

ATIVIDADE FÍSICA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL E O CONTROLE DE LOMBALGIAS

Lauro de Freitas

2017

ATIVIDADE FÍSICA DURANTE O PERIODO GESTACIONAL E O CONTROLE DE LOMBALGIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à União Metropolitana de Educação (UNIME), como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientadora: Débora P. Iriya

ALESSANDRA DE JESUS LACERDA

ALESSANDRA DE JESUS LACERDA

ATIVIDADE FÍSICA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL E O CONTROLE DE LOMBALGIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à União Metropolitana de Ensino (UNIME) como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Lauro de Freitas, de de 2017.

Dedico a,

Minha família pelo amor e apoio de uma

vida.

AGRADECIMENTOS

À Deus, pelo dom da vida.

À meus pais, Jussiara Lacerda e Ayres Lacerda (in memoriam) pelo apoio força

e incentivo ao longo da minha trajetória.

À minha irmã, Ariane Lacerda pelo auxilio nos momentos que mais precisei e por

estar ao meu lado em todos os momentos.

Aos mestres, pela dedicação e ensino durante toda a minha formação.

Aos amigos pelos momentos agradáveis durante toda a jornada.

À minha orientadora, Débora Iriya pelo auxilio na construção deste trabalho.

LACERDA, Alessandra de Jesus. Atividade física durante o período gestacional e o controle de lombalgias. 2017. 29 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Educação Física) – União Metropolitana de Ensino (UNIME), Lauro de Freitas, 2017.

RESUMO

O objetivo do trabalho foi avaliar como as mudanças posturais através do exercício físico durante o período gestacional previnem dores lombares, além de verificar como alterações fisiológicas gravídicas atuam sobre a gestante durante o esporte; avaliar como as causas de sedentarismo atuam durante a gestação e correlacionar a ação da atividade física sobre o feto. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura, através de livros, sites e artigos científicos seguindo o tema proposto com buscas em bases de dados nos últimos 20 anos. Alterações fisiológicas são comuns no período gestacional, e estão associadas a quadros de lombalgias (uma das principais queixas de gestantes) em virtude de mudanças do eixo gravitacional, juntamente com alterações comportamentais e psíquicas. Onde a atividade física age beneficiando a mãe e o feto, reduzindo e minimizando as dores lombares e as principais patologias que acometem essas gestantes. Estas patologias estão diretamente associadas ao sedentarismo que levam a episódios de hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, pré eclampsia e até depressão. É importante ressaltar que existe a necessidade de um acompanhamento obstétrico, clinico e de um profissional de educação física para gestante para garantir e minimizar os riscos e trazer todos os benefícios que a atividade física promove para a gestante. Logo, conclui-se que a atividade física reduziu as alterações patológicas nas gestantes, minimizou e até cessou as dores de coluna, promoveu favorecimento no trabalho de parto reduzindo número de cesarianas e auxiliou no nascimento de crianças com precocidade neuronal, além de promover o bem-estar materno.

Palavras-chave: Exercício físico; Gestação; Hiperlordose, Sedentarismo gestacional.

LACERDA, Alessandra de Jesus. Physical activity during the gestational period and the control of lombalgy. 2017. 29 p. Course Completion Work (Bachelor in Physical Education) - Metropolitan Education Union (UNIME), Lauro de Freitas, 2017.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate how postural changes through physical exercise during the gestational period prevent lumbar pain, besides verifying how physiological changes in pregnancy affect the pregnant woman during sports; to evaluate how the causes of sedentarism act during gestation and to correlate the action of the physical activity on the fetus. The methodology used was a review of the literature, through books, websites and scientific articles following the theme proposed with searches in databases in the last 20 years. Physiological changes are common in the gestational period, and are associated with low back pain (one of the main complaints of pregnant women) due to changes in the gravitational axis, along with behavioral and psychic changes. Where physical activity acts to benefit the mother and the fetus, reducing and minimizing back pain and the main pathologies that affect these pregnant women. These pathologies are directly associated with the sedentary lifestyle that lead to episodes of hypertension, diabetes mellitus type 2, preeclampsia and even depression. It is important to emphasize that there is a need for obstetric, clinical and physical education professionals to ensure that pregnant women are able to guarantee and minimize risks and bring all the benefits that physical activity promotes to pregnant women. Therefore, it was concluded that physical activity reduced the pathological alterations in the pregnant women, minimized and even stopped the spine pain, promoted favor in labor reducing the number of cesareans and assisted in the birth of children with neuronal precocity, besides promoting the well maternal.

Key-words: Physical exercise; Pregnancy; Hyperlordosis, Gestational sedentarism.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Imagem ilustrativa de hiperlordose gestacional ..................................... 15

Figura 2 – Esquema representativo das principais alterações fisiológicas associadas

a gravidez ............................................................................................................... 17

Figura 3 – Imagem ilustrativa comparativa entre gestantes com peso adequado e

acima do peso indicando alteração macrossomica fetal. ......................................... 20

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados dos estudos com técnicas fisioterapêuticas para alterações

posturais gestacionais.............................................................................................. 19

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CID Código internacional de doenças

CO2 Gás carbônico

O2 Oxigênio

SBME Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

SUS Sistema Único de Saúde

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................12

1. ALTERAÇÕES FISIOLOGICAS E REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE FISICA

DURANTE A GESTAÇÃO ........................................................................................14

1.1 ATIVIDADES FÍSICAS INDICADAS PARA GESTANTES....................18

2. ATIVIDADE FÍSICA SOBRE OS AGRAVOS DO SEDENTARISMO NO

PERIODO GESTACIONAL........................................................................................19

3. RESPOSTA FETAL FRENTE A ATIVIDADE FISICA MATERNA....................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................27

REFERÊNCIAS..........................................................................................................28

12

INTRODUÇÃO

Durante o período gestacional a mulher sofre mudanças fisiológicas, que afetam

principalmente a estrutura do sistema musculoesquelético, visto que esta modificação

gravídica cursa com crescimento exagerado do útero e das mamas e impõe

sobrecarga de peso a coluna e pelve, principalmente nas regiões lombo sacra e

torácica. A medida que o peso aumenta no abdômen, a articulação pélvica relaxa o

centro da gravidade desloca-se para frente e assim há uma tendência a aumentar a

curvatura da região lombar, ocorrendo um espasmo muscular nessa região, o que

modifica a movimentação. Vale ressaltar que se trata de uma condição que está

relacionada diretamente com a Saúde Pública visto que, cursam com o afastamento

dessas gestantes dos seus locais de trabalho por conta de dores, sendo esta a queixa

de mais de 50% das gestantes principalmente no terceiro trimestre.

A atividade física durante o período gestacional promove ações benéficas tanto

para a mãe quanto para o feto, esta deve ser realizada de maneira correta com auxílio

de um profissional capacitado para direcionar e orientar esta gestante durante este

período. Ciente que caso a atividade física não seja realizada de maneira adequada

existe a possibilidade de alterações fisiológicas e até alterações fetais que podem

cursar com aborto. A promoção da atividade física melhora o condicionamento

muscular, motor, circulatório e respiratório para a gestante o que favorece uma

diminuição ou manutenção do peso durante a gestação e um retorno mais rápido a

sua condição física anterior sem maiores impactos a saúde, com a manutenção da

pressão arterial, controle glicêmico e redução dos níveis de gordura corpóreos e

sanguíneos melhorando a condição clinica desta gestante.

Seguindo estas alterações buscou-se identificar quais os benefícios que a

atividade física irá proporcionar a estas gestantes?

O objetivo geral desta revisão foi avaliar como as mudanças posturais através

do exercício físico durante o período gestacional previnem dores lombares. Os

objetivos específicos foram: verificar como alterações fisiológicas gravídicas atuam

sobre a gestante durante o esporte; avaliar como as causas de sedentarismo atuam

durante a gestação; correlacionar a ação da atividade física sobre o feto.

A metodologia utilizada para a realização Trabalho de Conclusão de Curso foi

uma revisão de literatura, através de livros, sites e artigos científicos seguindo o tema

proposto com buscas nas bases de dados Scielo, Portal de Periódicos Capes,

13

PUBMED, LILACS e no Google Acadêmico. Foram selecionados artigos publicados

entre 1996 e 2017, visando a relevância dos autores, podendo ser escritos em

português e inglês, que incluíssem revisões bibliográficas, tratamentos ou trabalhos

experimentais. As palavras-chave utilizadas na pesquisa foram: efeitos fisiológicos do

exercício físico; exercício físico e gestação, benefícios do exercício físico para a

gestante; alterações fisiológicas durante a gestação, gestação e lombalgias,

pregnancy and lombalgy, sedentarismo na gestação, exercícios físicos indicados para

gestantes.

14

1. ALTERAÇÕES FISIOLOGICAS E REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE FISICA

DURANTE A GESTAÇÃO

Mulheres gestantes ainda sentem-se inseguras para desenvolveram atividades

físicas, isto pode estar relacionado a falta de informação, ou até mesmo questões

culturais, e para tal, é necessário que haja conhecimento prévio do profissional em

educação física associados ao atendimento clínico e obstétrico, com prescrições

adequadas de exercícios a serem realizados a fim de garantir a qualidade da atividade

a ser desenvolvida e minimizar as variáveis gravídicas que possam causar algum risco

a mãe ou ao feto (SILVA et al. 2016, p. 49; ACENCIO et al. 2016, p. 01 e 02

AZEVEDO et al. 2011, p. 54).

A gestação nada mais é do que um fenômeno fisiológico, que cursa com

alterações estruturais, e motoras, onde o corpo passa a sofrer modificações

adaptativas que envolvem diversos sistemas, dentre eles o sistema respiratório,

cardíaco, ósseo e muscular. Neste momento é necessário ao profissional a

compreensão de todas essas alterações visando a intervenção com o propósito de

promover o bem-estar e a qualidade de vida para as gestantes (ALMEIDA et al. 2005,

p. 10; AZEVEDO et al. 2011, p. 54).

A atividade física e a manutenção de hábitos saudáveis durante o período

gestacional promovem resultados na saúde da mãe e do recém-nascido, as quais

geram uma melhoria na qualidade de vida, associadas a prevenção e controle de

diversas doenças (BATISTA et al. 2002, p. 01).

Algumas alterações são comuns durante a gestação e cursam com reclamações

comuns de gestantes. São elas: lombalgias causadas pela hiperlordose que ocorre

em gestantes devido á expansão uterina na cavidade abdominal, em consequência

ao desvio gravitacional (figura 1), dores em mãos e membros inferiores também são

queixas comuns, em virtude de diminuição da flexibilidade das articulações em

consequência a retenção de líquidos dos eixos conectivos, juntamente ao sistema

cardiovascular, preconiza-se a manutenção fisiológica da frequência cardíaca, uma

vez que em gestantes, esta vem a se elevar juntamente com o aumento do debito

cardíaco, com objetivo de redução da pressão arterial, e prevenção de trombose e

varizes. Quadros de dispneia também foi observado por Rezende em cerca de 60 a

70% das grávidas. Já em mulheres com diabetes gestacional a atividade física poderá

contribuir para a manutenção dos níveis glicêmicos normais (LEITÃO et al. 2000, p.

15

217 e 218; BATISTA et al. 2002, p.; LIMA e OLIVEIRA, 2005, p. 188; REZENDE, 1998,

apud ALMEIDA et al. 2005, p. 12; ACENCIO et al. 2016, p. 02).

Observa-se também vários outros benefícios associados a atividade física em

gestantes saudáveis que não apresentam nenhum risco, dentre elas está a melhora

da capacidade física, manutenção da massa magra, melhora do retorno venoso e

redução da incidência de diabetes gestacional como demonstrado no esquema da

(VELLOSO et al. 2015, p. 95)

Figura 1 – Imagem ilustrativa de hiperlordose gestacional.

Fonte: Hong (2016, p. 01).

Além dos benefícios físicos, a atividade também cursa com benefícios psíquicos,

uma vez que envolve aspectos emocionais e mentais, relacionados a auto estima em

virtude da aparência, autoconfiança e satisfação em virtude pela atividade

desempenhada (BATISTA et al, 2002, p. 01; LIMA e OLIVEIRA, 2005, p. 188 e 189).

Além favorecer diretamente o momento do parto e auxiliar uma recuperação mais

rápida no pós-parto facilitando o restabelecimento das funções e atividades

desenvolvidas anteriormente (LEITÃO et al., 2000, p. 218).

Segundo Batista et al. (2002), não existe uma padronização das atividades a

serem desenvolvidas pelas gestantes, mas em virtude de complicações obstétricas o

American Collage of Obstetricians and Gynecolosgists, juntamente com a Sociedade

Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) recomenda que a atividade seja de leve,

regular a moderada por pelo menos 30 minutos diários, com um programa sendo

voltado para a gestante, com o objetivo de promover melhoria na resistência e

16

flexibilidade muscular. Consequentemente a mulher suportarão melhor o ganho de

peso e minimiza alterações posturais que ocorrem na gestação (LEITÃO et al. 2000,

p. 219; BATISTA et al. 2002, p. 01; LIMA e OLIVEIRA, 2005 p.).

Durante o período gestacional ocorrem alterações fisiológicas sistêmicas e locais

em virtude da promoção do crescimento e desenvolvimento fetal. A presença do

concepto promove alterações hormonais tanto materna quanto do feto, ocasionando

também alterações imunológicas, pela ação do útero gravídico (VELLOSO et al. 2015,

p. 94).

A alteração da coluna vertebral está diretamente relacionada a manutenção e

equilíbrio corpóreo, além da ação direta da relaxina que atua diretamente no

relaxamento dos ligamentos, um amolecimento das cartilagens e aumento do liquido

sinovial nos espaços articulares que resultam em uma maior mobilidade e

instabilidade nessas articulações ocasionando predisposições de lesões nestas

gestantes. Ocasionando na pelve alterações em marcha (comum em gestantes

principalmente no último trimestre) e queixas comuns de lombalgias (MANN et al.

2008, p. 100).

Além do que, os hormônios agem diretamente na retenção hídrica pela ação

direta do progestágeno, ocasionando aumento das mamas e do útero, elevando assim

a sobrecarga sobre a coluna e a pelve, principalmente nas regiões lombossacra e

torácica (MARTINS E SILVA, 2005, p. 145).

Em virtude das necessidades calóricas, proteicas, minerais e vitamínicas que o

feto demanda, adaptações metabólicas e cardiovasculares estão diretamente

relacionadas ao concepto, onde irá ocorrer aumento de volume sanguíneo em torno

de 40 a 50%, aumento de debito cardíaco em repouso, assim como durante o

exercício nos primeiros trimestres gestacionais (fig. 2) (VELLOSO et al. 2015, p. 94).

A atividade física está relacionada a uma melhora da qualidade de vida a curto

e longo prazo, associadas ao controle de peso, as algias posturais, minimização do

estresse e depressão pós-parto e autonomia no momento do parto (SURITA et al.

2014, p. 532).

17

Figura 2. Esquema representativo das principais alterações fisiológicas

associadas a gravidez.

Legenda: DC = débito cardíaco; FC = frequência cardíaca; RVPT = resistência

periférica total; FR = frequência respiratória; VC = volume corrente.

Fonte: Adaptado Velloso et al. (2015 p. 95).

Dores na coluna diretamente ou indiretamente estão relacionadas a falta de

atividade física principalmente quando associados com uma má qualidade de vida e

sedentarismo. Já é sabido que a atividade física funciona preventivamente e em casos

onde já existem alterações e algias significativas e age diretamente na reabilitação do

indivíduo. Alguns autores já demostraram a ação direta da melhoria da intensidade da

dor lombar e pélvica em gestantes no período de pré e pós-parto (MANN et al. 2008,

p. 100).

O ideal é que exista uma detecção precoce das gestantes que já são

predisponentes ao desenvolvimento das lombalgias e que se realize após uma

avaliação adequada com o uso de programas e métodos efetivos visando o alivio

definitivo ou redução da dor permitindo assim a integração harmônica da gestante as

suas atividades diárias sejam elas pessoais, domesticas e profissionais (MARTINS E

SILVA, 2005, p. 144; MANN et al. 2008, p. 101).

18

1.1 ATIVIDADES FÍSICAS INDICADAS PARA GESTANTES

O exercício físico atua diretamente na correção postural frente a hiperlordose

onde juntamente com uma orientação adequada irá auxiliar a gestante a se adaptar a

nova postura física promovendo auxilio nas suas atividades diárias. Estudos já

demonstram efeitos benéficos da atividade física associadas a outras modalidades na

diminuição da dor, são elas a yoga, acupuntura, alongamentos, onde as gestantes

relataram diminuição ou até melhora, além de favorecer o relaxamento e

fortalecimento principalmente da região pélvica. Atividades aquáticas incluindo

natação e ginastica também são exercícios de escolha visto que também mostrou os

mesmos efeitos frente aos exercícios mencionados anteriormente (MANN et al. 2008,

p. 103; YANG, 2017, p. 1).

Através de uma revisão literária de trabalhos já descritos, Duarte et al. (2010,

p. 158) realizou um quadro descritivo das principais atividades fisioterapêuticas que

auxiliam as gestantes nas alterações posturais (tabela 1). Vale ressaltar que existe a

importância do conhecimento de características individuais de cada gestante para a

escolha da atividade adequada com o objetivo primordial de minimizar e aliviar os

desconfortos esqueléticos garantindo assim uma melhor qualidade de vida para estas

mulheres (DUARTE et al. 2010, p. 160).

Como já mencionado anteriormente o ideal de acordo com o American College

of Obstetricians and Gynecologist é que o exercício físico seja realizado pelo menos

três vezes por semana, moderadamente pelas gestantes para a manutenção da boa

forma e do bem estar materno fetal por pelo menos 30 minutos (p. 171).

19

Tabela 1 – Resultados dos estudos com técnicas fisioterapêuticas para alterações

posturais gestacionais

Fonte: Fabrin et al. 2010, p. 158.

É importante também que exista a introdução de um espaço junto as unidades

básicas de saúde para oferecer um atendimento especifico para as gestantes que

também dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e não podem por motivos

financeiros realizar algumas das atividades descritas anteriormente preconizando

assim o bem-estar materno e fetal (DUARTE, et al. 2010, p.160).

20

2 ATUAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE OS AGRAVOS DO SEDENTARISMO

NO PERIODO GESTACIONAL

Já é sabido que o sedentarismo é considerado uma doença, sendo incluso no

CID (Código Internacional de Doenças), e este provoca diversos fatores de risco não

apenas para indivíduos que não estão gestando, mas também para as gestantes,

onde estão diretamente relacionado a doenças cardiovasculares, diabetes melittus

tipo 2, síndrome metabólica, esteatose hepática não alcoólica, distúrbios do sono,

transtornos de humor, hipertensão arterial, macrossomia (figura 3), dentre outras

alterações relacionadas a doenças crônicas degenerativas, principalmente o câncer e

a própria diabetes melittus tipo 2. (DÂMASO, 2012, p. 2; TORQUATO et al., 2016, p.

17; COOPER; YANG, 2017, p. 1).

É importante a realização da atividade física em todas as faixas etárias,

partindo desde a infância até a senilidade e esta deve englobar diversos períodos ao

longo da vida, inclusive o gestacional, visto que atua na promoção do bem-estar social

e mental visando benefícios para a saúde do indivíduo (SOARES et al., 2017, p. 72).

Figura 3. Imagem ilustrativa comparativa entre gestantes com peso adequado

e acima do peso indicando alteração macrossomica fetal.

Fonte: Adaptado Rayes (2016. p. 01))

Ainda existem muitos questionamentos de gestantes a respeito do ganho de

peso excessivo e este pode ser controlado apenas com atividade física durante o

período gestacional, uma vez que, está diretamente relacionado ao aumento glicêmico

20

e hipertensivo, pode culminar em hemorragias no pós parto, tromboembolismo e

lesões ou infecções de cicatriz cirúrgica nestas gestantes podendo ocasionar no

momento do parto pela escolha por cesarianas em virtude dos perigos associados a

mãe e ao feto (a exemplo de eclampsias) que podem culminar no óbito de ambos ou

um dos dois, aumentando o risco gestacional (SOARES et al., 2017, p. 73-74;

RAYES, 2016 p. 01).

Durante o período gestacional a atividade física deve ser incluída para evitar

alterações metabólicas e manutenção da saúde materna e fetal e não pode ter como

objetivo principal a perda de peso da gestante, sendo considerado uma consequência

do estilo de vida adequado. Esta diminuição do ganho de peso irá auxiliar

principalmente no período pós parto, onde a mãe conseguira retornar o peso ideal

mais rapidamente (COOPER; YANG, 2017, p. 01).

A ação direta dos hormônios placentários (principais para manutenção de uma

gestação saudável que são liberados a partir do segundo trimestre gestacional,

gonadotrofina corionoca humana, somatomamotropina coriônica humana, estrogênios

prognascimentoesterona e relaxina) estão diretamente relacionadas ao controle

glicêmico e da pressão arterial, uma vez que a mãe necessita manter a glicose a níveis

adequados, e isto só ocorre devido a mecanismos compensatórios. O feto demanda

de maior aporte glicêmico e a mãe necessita de controle sistêmico contra a

hipoglicemia e estes hormônios agem diretamente na manutenção dos níveis

adequados da insulina. Em uma gestante saudável, principalmente no terço final da

gravidez, estes hormônios provocam um efeito anti-insulínico sendo necessário que o

pâncreas libere mais de 50% de insulina para evitar a hiperglicemia da mãe uma vez

que existe muita glicose circulante na corrente sanguínea (SOARES et al., 2017, p.

73), mas diversos fatores incluindo a falta ou diminuição do exercício físico, excesso

de peso no período gestacional, dieta, obesidade, idade, dentre outros fazem com que

as gestantes não desenvolvam este mecanismo compensatórios ocasionando assim

o diabetes gestacional e quando associados a inatividade física e um desequilíbrio

dietético levam um aumento significativo nas chances de desenvolvimento do diabetes

tipo 2 após o parto (SOARES et al., 2017, p. 74).

Já o aumento da pressão arterial segundo Soares et al., (2017, p. 74) pode

levar a distúrbios hipertensivos gestacionais, são eles: hipertensão arterial crônica,

hipertensão gestacional, pre eclampsia e pre eclampsia superposta a hipertensão

arterial crônica. Onde, a atividade física irá atuar diretamente na manutenção dos

20

níveis pressóricos e redução dos radicais livres provocados pela pre eclampsia em

virtude do estresse oxidativo. E mesmo com liberação aguda e alta de radicais livres

durante o exercício, ocorre em conjunto uma grande liberação de antioxidantes e um

aumento no número de mitocôndrias que regulam e reduzem a carga oxidativa

promovendo a diminuição do estresse oxidativo.

Pouco ainda se discute a respeito, mas a depressão é uma outra alteração

patológica que afeta entre 10-50% gestantes e está possui uma relação direta com o

ganho de peso. Através das mudanças físicas do corpo a mulher muitas vezes sente

–se com uma baixa estima, desencadeando a depressão na gestação e o

sedentarismo é um dos fatores que influenciam diretamente nesta condição

associados a histórico familiar de depressão e condições socioeconômicas e pode

ocorrer principalmente em mulheres com mais de três filhos e solteiras (DEMISSIE et

al., 2011, p. 146; ROBLEDO-COLONIA et al., 2012, p. 09).

Um estudo realizado por Robledo-Colonia et al., (2012, p. 10 e 14) incluindo

gestantes, demonstrou que em três meses de atividade física com supervisão, quando

comparado ao grupo controle que não realizou nenhuma atividade reduziu-se os

sintomas depressivos gestacionais. Estas atividades incluíam 10 minutos de

caminhada, 30 minutos de exercícios aeróbicos, 10minutos de alongamento e mais

10 minutos de relaxamento iniciando-se entre a 16 e 20ª semana gestacional.

Como alguns dos sintomas da depressão incluem tristeza, perda de interesse

por atividades em geral, dificuldades de tomadas de decisões, mudanças nos padrões

alimentares, desapego pela vida incluindo ideia e/ou tentativas de suicídio, dentre

outros, pode ocasionar complicações obstétricas uma vez que a maioria destas mães

deixam de ir as consultas obstétricas para realização do pre natal, além do que existe

um comprometimento direto do feto ocasionando alterações de desenvolvimento e

comportamentais (DEMISSIE et al., 2011, p. 146; ROBLEDO-COLONIA et al., 2012,

p. 09)

A atividade física promove um bem estar materno em função da liberação de

seratonina e isto passa despercebido por muitos profissionais. Este neurotransmissor

atua diretamente no cérebro e é responsável por regular o humor, o apetite e o ciclo

circadiano (dia/noite; acordar/dormir) não apenas das gestantes, mas de todos os

indivíduos que praticam o exercício. A falta deste neurotransmissor pode ter relação

direta com a depressão (SOARES et al., 2017, p. 76 e 77).

20

É importante que os profissionais de saúde comuniquem a estas gestantes que

não praticam a atividade física da sua importância e benefícios para estabelecimento

de uma gestação saudável e favorecimento de um parto sem complicações,

diminuindo assim as chances de uma cesariana. O encorajamento deve existir sempre

por parte do profissional que a acompanha visando a não evasão além da escolha do

exercício que seja mais prazeroso levando em consideração fatores descritos

anteriormente. Reforça-se que a atividade reduziu significativamente os sintomas

provocados pela depressão (DEMISSIE et al., 2011, p. 155; SOARES et al., 2017,

p.80; ROBLEDO-COLONIA et al., 2012, p. 14).

20

3 RESPOSTA FETAL FRENTE A ATIVIDADE FISICA MATERNA

Com o auxílio de exames de imagem (ultrassonografia) é possível avaliar as

respostas do feto frente ao exercício materno durante o período gestacional através

do pré natal (PIGATTO et al. 2014, p. 217), uma vez que trata-se de um método não

evasivo que permite avaliar o grau de resistência do fluxo sanguíneo e possibilita uma

avaliação geral do feto. Mas outros exames podem ser utilizados para avaliação da

frequência cardíaca fetal como métodos para avaliação são eles: eletrocardiograma

abdominal, ausculta, fonocardiografia, Doppler e ecocardiograma de duas dimensões

(SANTOS, p. 01 apud PAELONE, 1987)

Como já descrito anteriormente, é necessário que os exercícios sejam

realizados de maneira leve ou moderada evitando assim transtornos maternos e

fetais, uma vez que, segundo Andrade (2000, p. 246) exercícios vigorosos e

prolongados podem ocasionar diminuição no fluxo sanguíneo do útero e ter como

consequência a hipóxia fetal gerando redução do O2 (oxigênio) ofertado e aumento

de CO2 (gás carbônico) provocando assim um quadro de acidose respiratória.

Mulheres que mantiveram cerca de 50% da atividade física durante o período

pre-concepcional e a completou durante a gestação, através de evidencias medicas

comprovou-se que os fetos tiveram menor sofrimento fetal (PIGATTO et al. 2014, p.

217).

Vale ressaltar que através de estudos foi possível estabelecer que fetos

nascidos de mães que praticaram atividade física durante a gestação toleraram

melhor o trabalho de parto quando comparados aos que não fizeram, nasceram em

estado de alerta e com neurodesenvolvimento melhor, além de apresentarem

menores índices de gordura corpórea (PIGATTO et al. 2014, p. 217).

Ainda existem alguns questionamentos que devem ser avaliados quando se

estuda a respeito das respostas protetivas e dos riscos da atividade sobre o feto,

principalmente quando relacionados a peso (normal, alto e baixo) porque poucos são

os estudos que abordam a atividade fetal frente ao exercício devido as suas limitações

(ANDRADE, 2000 p. 255; PIGATTO et al. 2014, p. 217). Uma gama de estudos que

foram realizados está relacionada a pesquisas realizadas em animais (SANTOS, p.

01).

Já é sabido que o aumento da temperatura corpórea da mãe também regula a

temperatura corpórea do feto durante o exercício e se a hipertermia não for controlada

20

pode causar alterações e complicações no desenvolvimento fetal podendo até

ocasionar alterações congênitas. Em condições normais a temperatura do feto

encontra-se 1°C mais alta do que a da mãe e se está se encontrar superior a 39°C a

troca de calor não ocorrerá fisiologicamente gerando as alterações mencionadas

acima. Recomenda-se atividade física como a natação em agua fria que funciona

como termorregulador, onde o feto consegue estabilizar esta elevação de temperatura

e manutenção do suprimento sanguíneo adequando (ANDRADE, 2000 p. 259,

BATISTA et al. 2003 p. 156, SANTOS, p. 01).

O ideal é que após o exercício a mãe relaxe com cuidado e de maneira

prolongada, descansando do exercício com o objetivo de estabelecer o retorno venoso

dos membros inferiores, para tal se faz necessária a elevação dos membros inferiores

e permanência em decúbito lateral esquerdo para evitar riscos ao feto pela

compressão da veia cava (ANDRADE, 2000 p. 259).

A recomendação é que os exercícios sejam realizados de maneira leve ou

moderada uma vez que realizados intensamente podem aumentar as chances de

abortos espontâneos, partos prematuros, podem levar a bradicardia fetal transitória

logo após o exercício e restringir o crescimento e peso do feto, onde pode ocasionar

nascimento de bebês abaixo do peso (SILVEIRA e SEGRE, 2012, p. 410).

Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein,

São Paulo, em entrevista ao jornal Diário da Região (São Jose do Rio Preto), referiu

os benefícios da atividade física materna sobre o feto, quando realizada sob

acompanhamento e de maneira moderada (como já descrito por outros autores), além

de reforçar que esta promove no feto aumento da frequência cardíaca associado ao

aumento da circulação sanguínea a qual favorece uma melhor condição adaptativa

após o período do parto reduzindo o desconforto respiratório do bebe após o

nascimento, além de aumentar o aporte de oxigênio corpóreo e cerebral promovendo

assim um aumento do desenvolvimento neurológico. (RIBEIRO, 2017)

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Montreal que

também foi mencionada durante a entrevista acima, com 60 gestantes que tinham

habito de praticar atividade física, após acompanhamento do quarto ao nono mês

gestacional em um programa supervisionado de atividade aeróbica (metade delas, as

demais participaram do grupo controle), três vezes por semana. Após o parto, entre o

oitavo e 12° dia os bebes passaram por eletroencefalograma para medir a atividade

cerebral conclui-se que bebes cujas as mães exercitavam-se tinham ativação cerebral

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mais madura sugerindo assim um desenvolvimento cerebral mais rápido (RIBEIRO,

2017).

Ainda são poucos os trabalhos que demonstram as alterações fetais frente ao

exercício, sendo necessário mais trabalhos que mostrem a fisiologia fetal durante a

atividade física demonstrando os riscos e os benefícios.

Subnutrição e obesidade materna estão diretamente relacionadas a distúrbios

metabólicos fetais, como já mencionados acima o tamanho do feto esta relacionado a

atividade física materna. Além do que estudos realizados com roedores demonstraram

que mães sedentárias, obesas e inativas terão uma prole inativa fisicamente. Já nas

mães ativas sua prole terá um aumento de massa magra e consequentemente

redução de tecido adiposo (ECLARINAL et al. 2016, p. 2541 e 2542).

Eclarinal et al. (2016, p. 2541) em seu estudo pode concluir que roedores

femeas obtiveram perda de gordura mais rapidamente quando adultas e

desenvolveram voluntariamente mais interesse pela atividade física quando nascidas

de mães que já desenvolviam atividade física quando gestantes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atividade física de intensidade leve a moderada durante todo o período

gestacional se mostrou extremamente importante no controle de lombalgias, uma vez

que promove um aumento e resistência da musculatura dorso lombar, abdominal e do

assoalho pélvico, além de uma melhora na qualidade de vida dessas gestantes,

ocasiona consequentemente redução do absenteísmo no trabalho, menor número de

cesarianas e diminuição de pacientes em busca de sistemas de saúde com queixas

de dores ocasionadas pela gestação ou até mesmo por distúrbios psíquicos

relacionados a auto estima.

É possível também reduzir riscos ocasionados pelo sedentarismo materno que

levam a alterações patológicas (picos hipertensivos podendo levar a quadro de pre

eclampsia, diabetes gestacional, fetos macrossômicos) que podem cursam com o

óbito da mãe e/ou do filho. Além de aparecimento de veias varicosas, que podem

favorecer a alterações circulatórias

É importante reforçar a necessidade da atividade física durante o período

gestacional desde que seja realizada com o auxílio de profissionais qualificados e com

liberação medica (equipe multidisciplinar), onde a gestante não pode ter

contraindicações medicas para a realização do exercício, evitando assim possíveis

riscos materno e fetal, além do que a revisão cientifica sugeriu como atividades a

serem desempenhadas a caminhada, hidroginástica, a natação, alongamentos e o

treinamento resistido como exercícios a serem praticas que minimizam as principais

patologias.

Por questões culturais ainda é mínima a adesão de gestantes a atividade física

e este tabu deve ser quebrado. Para tal se faz necessário mais estudos relacionados

ao assunto demonstrando tanto os benefícios quanto os riscos, para que se

estabeleça um consenso visando sempre a melhora da qualidade de vida da mãe e

do feto, tanto em condições físicas quanto psíquicas.

Mesmo com poucos estudos relacionados a atividade fetal frente aos exercícios

ainda assim é recomendada a sua realização pelos benefícios que ocasiona ao bebe

tanto na vida intrauterina quanto após o nascimento. Para tal reforça-se o

acompanhamento médico e de um profissional de Educação Física, aptos a

acompanhar esta gestante além respeitar os limites fisiológicos e com capacidade de

intervir quando necessário.

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