alegalções finais paulo

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EXCELENTISSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DA COMARCA DE CURITIBA/PR. Autos: 0441.15.010000-2 PAULO HENRIQUE SANTOS, já qua!"#a$% &%' au(%' $% )*%#+''% + +)- *a +, )%* '+u )*%#u*a$%* !& *a0a''!&a$%, #% +&$+*+1%Rua Ta2a)u3, 45, 67 a&$a* 8 I(a! B!2!, 96:;;0959, S3% Pau%0 SP )*+'+&1a $+ V%''a E>#+?&#!a, a)*+'+&(a* MEMORIAIS FINAIS N%' au(%' $a A@ O DE INDENIZA@ O POR DANOS MORAIS E MATERIAIS )*%)%'(a )+% REQUERENTE, já $+<!$a +&(+ qua!"#a$% &+'(+' au(%', +>)%&$% + *+qu+*+&$% % qu+ '+ '+ u+ A )*+'+&(+ a13% !&$+&! a( *!a $+<+*á '+* ju a$a (%(a +&(+ )*%#+$+&(+ )a*a % *+qu+*+&(+. Já qu+ "#%u 2+ +>)-#!(% &%' a #u)a $a' R+qu+*!$a' &% &3% a(+&$! +&(% + &a a a $% )*%$u(% %*&+#!$%. P%* !''%F + -(! % % !(!'#%&' *#!% )a''!<% +&(*+a' *+qu+*!$a' )a*a qu+ +&(*+'! + +(u+ % )a a +&(% $%' $a&%' a(+*!a!' + %*a!' '%!#!(a$%' &% )*%#+''%. O )*%#+''% %! aju! a$% + a#+ $+ ABC ELETRONICS LTDA. + PE INC LTDA., (+&$% + <!'(a a *+a13% ju*-$!#a *+a#!%&a$a +&(* *+qu+*!$%' &a #a$+!a $+ %2*! a1G+' + qu+ %' +' %' '+ !&'+*+ +>)%&$% a''! a &+#+''!$a$+ $% L!(!'#%&' *#!% Pa''!<%, &+'(+ $!')G+ %' !&#!'%' I, II, III, + IV $% CPC A*(. 6. Dua' %u a!' )+''%a' )%$+ !(! a*, &% )*%#+''%, + #%&ju&(%, a(!<a %u )a''!<a +&(+, qua&$% I 0 +&(*+ +a' %u<+* #% u& 3% $+ $!*+!(%' %u $+ %2*! a1 *+a(!<a +&(+ = !$+ II 0 %' $!*+!(%' %u a' %2*! a1G+' $+*!<a*+ $% +' % u&$a +&(% $+ a(% %u $+ $!*+!(% III 0 +&(*+ a' #au'a' %u<+* #%&+>3% )+% %2j+(% #au'a $+ )+$!* IV 0 %#%**+* a"&!$a$+ $+ qu+'(G+' )%* u )%&(% #% u $+ a(% %u $+ $!*+!(%. Rua Ta2a)u3, 45, 67 a&$a* 8 I(a! B!2!, 96:;;0959, S3% Pau%0SP

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Alegações

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EXCELENTISSIMA SENHORA DOUTORA JUZA DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DA COMARCA DE CURITIBA/PR.

Autos: 0441.15.010000-2

PAULO HENRIQUE SANTOS, j qualificado nos autos do processo em epgrafe, por seu procurador infra-assinado, com endereo Rua Tabapu, 81, 4 andar Itaim Bibi, 04533-010, So Paulo- SP vem presena de Vossa Excelncia, apresentar

MEMORIAIS FINAIS

Nos autos da AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS proposta pelo REQUERENTE, j devidamente qualificado nestes autos, expondo e requerendo o que se segue:

A presente ao indenizatria dever ser julgada totalmente procedente para o requerente. J que ficou bem explcito nos autos a culpa das Requeridas no no atendimento e na falha do produto fornecido. Por isso legtimo o litisconsrcio passivo entre as requeridas para que entre si efetuem o pagamento dos danos materiais e morais solicitados no processo.

O processo foi ajuizado em face de ABC ELETRONICS LTDA. e PEARL INC LTDA., tendo em vista a relao jurdica relacionada entre os dois requeridos na cadeia de obrigaes em que os mesmos se inserem, expondo assim a necessidade do Litisconsrcio Passivo, neste sentido dispe os incisos I, II, III, e IV do CPC:

Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:I - entre elas houver comunho de direitos ou de obrigaes relativamente lide;II - os direitos ou as obrigaes derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;III - entre as causas houver conexo pelo objeto ou pela causa de pedir;IV - ocorrer afinidade de questes por um ponto comum de fato ou de direito.

Tem-se como primeiro requerido o local onde o produto foi comercializado, trata-se da ABC ELETRONICS LTDA. A segunda requerida trata-se do fabricante do produto, PEARL INC LTDA.

Como demonstrado na Petio inicial a categoria de fornecedor em que se inserem os Requeridos, na forma do art. 3 do CDC, como sendo de Comercializao e criao, in verbis:

Art. 3. Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.

correto afirmar que os fornecedores, sem distino, so obrigados a responder solidariamente pelo vcio no produto ou no servio, conforme nos ensina o art. 18 do CDC, in verbis:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.

Neste sentido apresentamos o seguinte julgado do Egrgio Tribunal de Justia de Minas Gerais com entendimento de total procedncia, para condenar tanto a empresa fabricante quanto a empresa comerciante:

Relator(a): Des.(a) Tarcisio Martins CostaData de Julgamento: 29/06/2010Data da publicao da smula: 26/07/2010

Ementa: AO DE INDENIZAO - PRESENA DE CORPO ESTRANHO EM ALIMENTO - RELAO DE CONSUMO - PRODUTOR, DISTRIBUIDOR E COMERCIANTE - LEGITIMIDADE PASSIVA DE TODOS OS INTEGRANTES DA CADEIA PRODUTIVA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SOLIDRIA CONFIGURADA - DANO MORAL - ARBITRAMENTO - CRITRIOS - CORREO MONETRIA E JUROS DE MORA - TERMO INICIAL - HONORRIOS - PRINCPIO DA CAUSALIDADE.

- Conforme preceitua o art. 18 do CDC, o comerciante responde solidariamente com o fabricante perante o consumidor, pelos defeitos dos produtos colocados em circulao.- O fabricante, o distribuidor e o comerciante respondem por danos causados em razo de presena de corpo estranho em produto que se mostra imprprio para o consumo, impondo-se a cada um deles garantir a sua qualidade e adequao. Assim, ao comercializar o produto imprprio para consumo e independentemente da respeitabilidade da empresa varejista e do fabricante, as requerida respondem pelo vcio do produto e pelos danos a que porventura tenha acarretado - fato do produto. - Segundo entendimento sacramentado pela Smula 54 do Colendo STJ, ""Os juros moratrios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual"".- A correo monetria em casos de responsabilidade civil tem o seu termo inicial na data do evento danoso.- A condenao nos honorrios de advogado se faz imperiosa com base na prpria justificao do instituto, focalizado sob os ngulos da sucumbncia e da causalidade. Assim aquele que obrigado a recorrer s vias judiciais para fazer valer seu direito no pode suportar um sacrifcio econmico.

No h o que se duvidar em relao a existncia dos danos materiais e morais, durante o curso do processo e na audincia de instruo e julgamento ficou bem claro por meio das provas periciais e testemunhas o quo grande foi o prejuzo do requerente.

O pleito autoral tem fundamento constitucional, no tocante a indenizao pelos danos morais decorrentes da violao da sua honra, consoante a compra de um produto que no funciona.

Dispe o art. 18 do CDC que os fornecedores respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo, entre outros:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.

Neste sentido temos o seguinte entendimento do Egrgio TJMG:

Relator(a): Des.(a) Alberto HenriqueData de Julgamento: 30/08/2012 Data da publicao da smula: 05/09/2012 Ementa:

EMENTA: APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO. AQUISIO DE PRODUTO DEFEITUOSO. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE. DANO MATERIAL E MORAL VERIFICADOS. INDENIZAO CABVEL. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. RECURSO NO PROVIDO. I - A responsabilidade do fabricante e comerciante de produtos objetiva, razo pela qual, independentemente da existncia de culpa, cabe ao fornecedor reparar os danos causados aos consumidores por defeitos relativos aos produtos oferecidos. II - Demonstrado por meio das provas produzidas nos autos que o aparelho vendido parte autora era defeituoso e que o vcio no foi solucionado a tempo e modo (art. 18 do CDC), a condenao devoluo do valor pago medida que se impe. III - Os fatos descritos nos autos ultrapassam os meros aborrecimentos do cotidiano e so aptos a caracterizar o dano moral passvel de reparao pecuniria, diante da frustrao da expectativa do consumidor quando da aquisio do produto, bem como do descaso com que foi tratada na soluo do defeito. IV - Tratando-se de indenizao por dano moral, a quantia fixada justamente na prolao da sentena ou do acrdo, no havendo depreciao anterior a ser corrigida, razo pela qual tanto os juros de mora como a correo monetria incidem, a partir da data de publicao da sentena, que fixou a indenizao. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - APELAO - REPARAO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS - PRODUTO DEFEITUOSO - ILEGITIMIDADE PASSIVA DA FORNECEDORA DO PRODUTO - NO VERIFICAO - PRELIMINAR REJEITADA - RESPONSABILIDADE SOLIDRIA DOS AGENTES DA CADEIA DE SERVIOS - RELAO DE CONSUMO - CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - APLICABILIDADE - DANOS MATERIAL E MORAL VERIFICADOS - INDENIZAO CABVEL - VALOR DO DANO MORAL - RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - MAJORAO - POSSIBILIDADE - MAJORAO DA VERBA HONORRIA - CABIMENTO - RECURSOS CONHECIDOS, PROVIDO O PRIMEIRO E NO PROVIDO O SEGUNDO. - O Cdigo de Defesa do Consumidor prev a responsabilidade solidria de todos os agentes da cadeia produtiva pelos danos causados por produto defeituoso, nos termos do art. 18, no havendo, por conseguinte, se falar em ilegitimidade passiva da fornecedora do produto. - A responsabilidade civil dos agentes da cadeia de servios por vcio do produto no se restringe indenizao pelo dano material havido, devendo ser reparado tambm o dano moral. - No arbitramento da indenizao por dano moral devem ser levadas em considerao todas as circunstncias que envolveram a lide, a razoabilidade e proporcionalidade de que autorizam a majorao de indenizao fixada insuficientemente. Os critrios para a fixao dos honorrios de sucumbncia so os dispostos no art. 20, 3 do CPC. Uma vez verificada a sua no observncia, possvel a majorao da verba sucumbencial. - Recursos conhecidos, provido o primeiro e no provido o segundo.

Necessria a aplicao do art. 18 no caso em tela, tendo em vista que logo na primeira tentativa de fazer o microcomputador funcionar, sendo que o mesmo seria utilizado na execuo de atividades profissionais. Tendo em vista que o primeiro requerido, responsvel pela venda do aparelho, e o segundo requerido, produzido o mesmo, faz-se necessria a aplicao do art. 18 do CDC a fim de reparar pelos danos causados pelo vcio do produto.

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.

Contudo, vossa excelncia, importante destacar que, existem vrias evidncias que a requerida ABC ELETRONICS LTDA, agiu de m-f atravs de dolo omissivo perante o requerente.

Excelncia foi muito bem demonstrado que o requerente teve seus direitos totalmente violados e no teve nenhum sucesso em nenhuma de suas tentativas extra judiciais para resoluo de seu problema, muito pelo contrrio, apenas sofreu mais aborrecimentos e perdeu ainda mais seu tempo de trabalho e prestgio junto aos seus contratantes.

Diante do exposto, requer a Vossa Excelncia, que seja julgada procedente a presente ao a PAULO HENRQUE SANTOS pelos motivos apresentados.

Nesses termos,Pede Deferimento.

So Paulo/SP, 20 de julho de 2015.

____________________________________Daieni MagalhesOAB/SP 109.697

Rua Tabapu, 81, 4 andar Itaim Bibi, 04533-010, So Paulo-SP