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Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Aldaíza Salomão Monteiro Efeitos do Laser de Baixa Potência sobre um Modelo Experimental de Cirrose Hepática com CCl 4 São José dos Campos, SP 2006

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  • Universidade do Vale do Paraíba

    Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento

    Aldaíza Salomão Monteiro

    Efeitos do Laser de Baixa Potência sobre um Modelo Experimental de Cirrose

    Hepática com CCl4

    São José dos Campos, SP

    2006

  • Aldaíza Salomão Monteiro

    Efeitos do Laser de Baixa Potência sobre um Modelo Experimental de Cirrose

    Hepática com CCl4

    Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia, como complementação dos créditos necessários para obtenção do título de Mestre em Engenharia Biomédica.

    Orientador: Prof. Dr. Wellington Ribeiro

    São José dos Campos, SP

    2006

  • FICHA CATALOGRAFICA

    Autorizo, exclusivemente para Íins ecadêmicos e cientíÍicos, a

    .eprodução total ou perciâl desta disserteção por procèssos

    fotocopiedores ou por transmissão eletrônice.

    o,o",,@*ffií**,,o

    M774e Monteiro, Aldâiza SalomãoEfeitos do Laser de Baixâ Potência sobre um Modelo

    Experimental de Cirrose Hepáticâ com QQlq. I AldaizaSaìomão Monteiro. São José dos Campos: Univap, 200ô.

    56f.: i l.; 30cm

    Dissertação de Mestrado apresentada ao Programade Pós-graduação em Bìoengenharia do Instituto dePesquisa e Desenvolvimento-Universidade do Vale doParaÍba,2006.

    1. Terapia a laser de baixa intensidade 2. CirroseHeDáticâ 3. Tetracloreto de Carbóno 4. ToxicidadeHepáticâ l. Ribeiro, Wellington ll. Monteiro, AldaízaSalomão

    CDU: 621.375.826

    13t'12t2006

  • Banca Exaniinadora:

    i

    "EFEITOS DO LASER DE BÂIXA POTÊNCIÁ SOBR.E TJM MODELO EXPERM{ENTAL DE

    CIRROSE HEPATICA COM CCÌ,"

    Aldaíza Salomão Monteiic

    j

    PÌof. Dr. R(bosEVELT ALVES DA sILvA (UNTVI

    PÍof Dr. WDLLINGTON RIBEIRO (lNrVAP)-

    Prof. Dra. VALERIA ABRÂNTES P, CARVALEO

    Prol Dr. Marcos Tadeu Tavares Pacheco

    Dirçtor do IP&D - Univap

  • Efeitos do Laser de Baixa Potência sobre um Modelo Experimental de Cirrose

    Hepática com CCl4

    Resumo

    A terapia com laser de baixa potência (TLBP) tem sido proposta como terapia reparadora da estrutura e função hepática em ratos parcialmente hepatectomizados. Entretanto os efeitos da TLBP sobre a cirrose hepática ainda não foram avaliados. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos da TLBP na função e estrutura do fígado após a indução da cirrose por tetracloreto de carbono (CCl4). Nós usamos ratos Wistar divididos em cinco grupos, Controle, CCl4, Veículo, TLBP, CCl4, e CCl4+TLBP. Os grupos CCl4 e CCl4+TLBP receberam 0.4g/kg, i.p., três vezes por semana durante 08 semanas. A TLBP consistiu em (pulso contínuo, comprimento de onda 830nm, 35mV, 2,5J/cm2 por ponto), 04 pontos por fígado, 71 segundos por ponto durante 15 dias. A análise histológica e a atividade enzimática do fígado (AST, ALT, ALP, GGT, LDH) foram avaliadas após a TLBP. A TLBP reduziu significantemente o aumento da atividade da AST e LDH induzidas pelo CCl4. TLBP também reduziu as lesões causadas pelo CCl4 demonstradas através da reparação da arquitetura hepática e do número de células de Kupffer. Os resultados sugerem que a TLBP apresenta efeitos regeneradores sobre estrutura e função hepática causados pela administração crônica do CCl4. Palavras-chave: laser de baixa potência, toxicidade hepática, cirrose hepática, CCl4.

  • Abstract

    Low-level laser therapy (LLLT) has been purpose to regenerate liver structure and function in partially hepatectomized rats. However the effects of LLLT on hepatic cirrhosis have been not yet evaluated. The aims of this work were to evaluate the effects of LLLT on liver function and structure after CCl4-induced liver cirrhosis. Wistar rats divided in five groups Control, CCl4Vehicle, LLLT, CCl4 and CCl4+LLLT was used. CCl4 and CCl4+LLLT groups received 0.4g/kg, i.p., three times per week during 08 weeks. LLLT (continuous pulse, wave-lenght 830nm, 35mV, 2,5J/cm2 per point) 4 points for liver, 71 seconds per liver point for 15 days. Histological analysis and enzymatic liver activity (AST, ALT, ALP, GGT, LDH) were evaluated after treatment. LLLT significantly reduced the increased activity of AST and LDH enzymes induced by CCl4. LLLT also reduced the lesion on liver architecture and the number of Kupfer cells induced by CCl4. The results suggest that LLLT presents regenerative effects on liver function and structure followed by CCl4 chronic administration. Key Words: laser therapy, liver toxicity, hepatic cirrhosis, CCl4.

  • Sumário

    1 Introdução 01

    1.1 Laser de Baixa Potência ou Laser Não Cirúrgico 05

    1.1.1 Laser de Baixa Potência e Regeneração Hepática 06

    1.2 Cirrose Hepática e Tetracloreto de Carbono 06

    1.3 Avaliação Bioquímica das Funções Hepáticas 08

    2 Objetivos 16

    3. Material e Métodos 17

    3.1 Animais 17

    3.2 Grupos Experimentais 17

    3.3 Protocolo Experimental 18

    3.3.1 Indução da Cirrose 18

    3.3.2 Tratamento com Laser de Baixa Potência (Thera Laser®) 18

    3.3.3 Anestesia, Sacrifício e Coleta de Tecido Hepático e Sangue 19

    3.4 Determinações Bioquímicas para Avaliar a Função Hepática 19

    3.5 Histomorfologia e Histomorfometria 20

    4 Resultados 24

    5 Discussão 34

    5 Conclusões 40

    Referências Bibliográficas 41

    Anexo A (Comitê de Ética em Pesquisa)

  • 1

    1. Introdução

    Cada vez mais têm crescido o número de estudos com o intuito de se

    descobrir novas estratégias terapêuticas que sejam menos onerosas e mais

    eficazes. Uma dessas novas estratégias é a utilização do laser de baixa e alta

    potência, os quais têm sido utilizados com variados objetivos na área de saúde,

    como por exemplo, em cirurgias dos olhos (LIMA et al, 2003), destruição de cálculos

    renais (MARIANI, 2004), regeneração de feridas cutâneas (EBERLEIN et al, 2005),

    no tratamento de diferentes tipos de dores (CHOW;BARNSLEY, 2005), no

    tratamento de alguns tipos de câncer (BETLEJEWSKI et al, 2005) e como

    estimulador de regeneração celular (KHADRA, 2005).

    A palavra LASER significa “Light Amplification by Stimulated Emission of

    Radiation”, que traduzida para a língua portuguesa significa “Amplificação da Luz por

    Emissão Estimulada de Radiação” (HARRIS, 1991). A tecnologia laser teve início em

    1917, por Albert Einsten, a partir de sua Teoria da “Emissão Estimulada”, a qual se

    baseia na Teoria Quântica, proposta em 1890 por Planck, a qual corrobora sobre a

    quantidade de energia liberada pelo processo atômico. O primeiro laser foi

    desenvolvido por Theodore Maiman, em 1960, nos laboratórios da Hughes, no

    estado da Califórnia, EUA. O laser desenvolvido por Theodore produzia um raio de

    luz vermelha com um cristal de rubi com comprimento de onda de 694,3nm

    (GENOVESE, 2000). Em 1961, com o constante desenvolvimento dos lasers, Javan

    e colaboradores desenvolveram um laser a gás (He-Ne) (GENOVESE, 2000).

    A utilização do laser possui diversas aplicações, na área médica, entretanto, é

    mais utilizado nos processos cirúrgicos e fisioterápicos (laserterapia) (BAXTER,

    1991; SANTANA-BLANK et al, 2005; COLLOMBELI et al, 2006). Diversos estudos

    têm demonstrado que as interações dos diversos tipos de lasers com diferentes

  • 2

    tecidos biológicos resultam em efeitos térmicos, fotoquímicos e não lineares e que o

    grau de interação entre laser tecido biológico é determinado pelo comprimento de

    onda da luz do laser e pelas características ópticas de cada tecido (PINHEIRO et al,

    1998; SANTANA-BLANK et al, 2005; COLLOMBELI et al, 2006). Dessa forma, os

    diversos tipos de lasers são absorvidos de maneiras diferentes pelos diferentes

    componentes de tecidos biológicos, e algumas áreas do corpo, particularmente os

    olhos podem ser afetados de maneira bastante prejudicial se apresentados a uma

    irradiação laser. Quanto ao grau de periculosidade dos lasers, a American National

    Standards Institute (ANSI), classifica os lasers de acordo com a potência de saída e

    comprimento de onda. Essa classificação é dividida em quatro classes:

    Classe 1 – lasers sem perigo, cuja potência não é percebida pelos olhos.

    Exemplo: leitor de CD.

    Classe 2 – lasers perigosos apenas para os olhos. Exemplo: leitor de código

    de barras.

    Classe 3a – lasers de média potência, perigosos se o feixe de luz for incidido

    sobre os olhos através de lentes ópticas. Exemplo: ponteiras laser.

    Classe 3b – lasers de média potência, perigosos se simplesmente forem

    vistos diretamente. Exemplo: laser de diodo.

    Classe 4 – lasers de alta potência ou laser cirúrgico, os quais causam dano

    ocular não apenas por contato direto, mas também quando refletidos, sendo

    danosos à pele e inflamáveis. Na prática cirúrgica, tem sido utilizado com objetivos

    de cortar, vaporizar, coagular e esterilizar. Exemplo: laser de CO2.

    A luz é um fenômeno ondulatório formado pelos fótons, que são pequenos

    pacotes de energia eletromagnética. A energia eletromagnética propaga-se através

    de ondas eletromagnéticas e são caracterizadas por seu comprimento de onda,

  • 3

    freqüência e energia. O comprimento de onda é a distância entre duas sucessivas

    cristas do espectro eletromagnético, o que determina cor do espectro e é mensurada

    em nanômetros. Os comprimentos de onda da energia laser apresentam espectros

    variados, partindo do comprimento de onda ultravioleta (ondas curtas) até o

    infravermelho longo (ondas longas). A amplitude de uma onda é a altura do topo da

    crista indicando a força da onda. A freqüência é a medida do número de cristas que

    passam por um determinado ponto durante o período de um segundo, e é expressa

    em Hertz (Hz). A energia, mensurada em Joules (J), refere-se ao número de fótons

    incidentes no alvo. A densidade de energia (DE) é a energia depositada por unidade

    de volume, normalmente dada em Joules/cm3. A potência é a energia distribuída por

    unidade de tempo e é normalmente apresentada em Joules/segundo ou Watts (W).

    A irradiância é a potência por unidade de área, normalmente expressa em watts/cm2

    (GENOVESE, 2000).

  • 4

    Figura 1 – Distribuição do Espectro Eletromagnético

    Fonte:http://lasp.colorado.edu/cassini/images/Electromagnetic%2520Spectrum.jpg&imgrefurl

  • 5

    1.1 Laser de Baixa Potência ou Laser Não Cirúrgico

    Os lasers de baixa potência emitem radiações eletromagnéticas de baixa

    potência e possuem ação fotoquímica e fotobiológica, como por exemplos

    analgésica, antiinflamatória e bioestimuladora (PINHEIRO et al, 1998; GENOVESE,

    2000; MATERA et al, 2003; SANTANA-BLANK et al, 2005; COLLOMBELI et al,

    2006). A terapia com laser de baixa potência utiliza porções do espectro visível e

    infravermelho da luz, pois as primeiras pesquisas foram realizadas com lasers de

    rubi, argônio e hélio-neônio, as quais pertencem ao espectro visível (DOIRON;

    PROFIO 1985). Só recentemente, lasers de diodo semicondutor de arseneto de

    gálio (GaAs) e arseneto de gálio e alumínio (GaAlAs) no espectro infravermelho têm

    sido mais utilizados (TAM, 2005; NG et al, 2005). Inicialmente, os aparelhos de laser

    desenvolviam uma potência de até 1mW, o que exigia um prolongado tempo de

    aplicação. Atualmente, os aparelhos de laser desenvolvem uma potência entre 10 e

    90mW, o que diminuiu significativamente o tempo de aplicação.

    Um exemplo clássico de laser de baixa potência é o laser de hélio-neônio

    (He-Ne), o qual surgiu na década de 70 e emite luz em torno de 630nm. Este tipo de

    laser trabalha de modo contínuo ou intervalado (pulsado), a uma potência entre 01 e

    10mW. Este laser pode ser aplicado diretamente ou através de fibras ópticas e seu

    alcance ou capacidade de penetração é de 06 a 10mm, de acordo com sua potência

    (POSTEN et al, 2005).

    1.1.1 Laser de Baixa Potência e Regeneração Hepática

  • 6

    Os dados referentes aos efeitos da TLBP sobre o fígado demonstram efeitos

    anti-inflamatórios, antioxidantes, aceleradores do processo mitótico, reparadores do

    “status” energético celular e estimuladores da angiogênese (LIMA et al, 2000; LIMA

    et al, 2001; KAO ; SHEEN, 2003; IAKIMENKO et al, 2004). Quando se trata da TLBP

    na regeneração hepática, (LIMA et al, 2001) demonstrou que a TLBP acelerou a

    regeneração hepática após a indução da cirrose hepática obtida por meio de

    ligadura do ducto biliar comum por 04 semanas. Melo et al, (2005), também

    demonstram uma melhora da regeneração e função hepática em ratos submetidos à

    hepatectomia parcial, utilizando-se de parâmetros bioquímicos (teste de função

    mitocondrial) e imunohistoquímicos (nível de regeneração celular por antígeno de

    proliferação nuclear celular – PCNA). Por outro lado, Kao e Sheen, (2003),

    demonstraram em cultura de células hepáticas de ratos Sprague-Dawley, que a

    irradiação com o laser de baixa potência, aumentou a expressão de glutationa

    reduzida e diminuiu o conteúdo de glutationa total, e aumentou os níveis de

    peroxidação lipídica, indicando um aumento no estresse oxidativo, levando a danos

    na estrutura e função do hepatócito.

    1.2 Cirrose Hepática e Tetracloreto de Carbono

    A cirrose hepática constitui no estágio final de diversas hepatopatias crônicas

    de variadas etiologias (LIMA et al, 2001). A cirrose hepática é definida

    histopatologicamente pela existência de nódulos de regeneração circundados por

    pontes de tecido fibroso, caracterizando alteração estrutural difusa (GAYOTTO;

    ALVES, 2001; LIMA et al, 2001). Classicamente, as cirroses hepáticas podem ser

    classificadas através de três aspectos: morfológicos (1), etiológicos (2) e clínicos (3).

    6

  • 7

    De acordo com os caracteres morfológicos, a cirrose pode ser classificada em

    micronodular, macronodular ou mista. A cirrose micronodular é caracterizada pela

    presença de septos fibrosos espessos e regulares que envolvem pequenos nódulos,

    com discreta variação de tamanho, até um máximo de 3mm de diâmetro (GAYOTTO

    ; ALVES, 2001). A cirrose macronodular é caracterizada pela presença de septos

    fibrosos espessos e regulares que envolvem nódulos de tamanho variados,

    normalmente maiores que 3mm de diâmetro (GAYOTTO; ALVES, 2001). A cirrose

    mista apresenta características micro e macronodulares, e é resultante de

    processos regenerativos de cirrose micronodular (GAYOTTO; ALVES, 2001). Os

    principais caracteres etiológicos da cirrose hepática são etilismo crônico, vírus

    das hepatites B, C e D, congestão venosa crônica, obstrução de fluxo hepático

    venoso, síndrome de Budd-Chiari, pericardite constritiva, doença venoclusiva,

    colestase prolongada intra e extra-hepática, cirrose biliar primária e

    secundária, colangite esclerosante primária, síndromes ductopênicas da

    criança e do adulto, diversas alterações metabólicas, hepatite auto-imune,

    drogas e medicamentos, agentes tóxicos, curto-circuito intestinal e cirrose

    infantil da Índia. Cirroses de etiologias não conhecidas ou criptogênicas

    preferencialmente acomentem mulheres idosas com função hepática razoavelmente

    preservada (GAYOTTO ; ALVES, 2001). A classificação clínica mais conhecida e

    utilizada divide a cirrose em compensada e descompensada. As compensadas são

    caracterizadas pela ausência de grandes complicações, como colestase, ascite,

    hemorragia digestiva e encefalopatia hepática, cujo surgimento é devido tanto à

    insuficiência hepatocelular como à hipertensão portal (GAYOTTO ; ALVES, 2001).

    O tetracloreto de carbono (CCl4) é uma potente droga hepatotóxica que

    ocasiona dano hepático por intermédio de radicais livres formados durante a sua

  • 8

    metabolização: o triclorometil (CCl3) e o tricloro-metilperoxil (OOCCl3) (TOLEDO et

    al, 1993; PERES et al, 2000). A indução do sistema de enzimas oxidativas, através

    da administração de fenobarbital, intensifica a necrose hepática produzida pelo CCl4

    (McLEAN et al, 1969; JIMENEZ et al, 1992). O primeiro estudo avaliando a cirrose

    por CCl4 foi descrito por Cameron e Karunarate, em 1936. Este modelo permite, em

    longo prazo, a obtenção de modificações histológicas e hemodinâmicas

    características da cirrose hepática e da hipertensão portal, verificadas em humanos

    e parece ser o mais apropriado para o estudo da formação da cirrose hepática e do

    líquido de ascite. Na cirrose têm sido descritas alterações nos mecanismos

    oxidantes/antioxidantes, que se encontra em desequilíbrio e contribuem em grande

    parte para a necrose hepática (JIMENEZ et al, 1992; ALEYNIK et al, 1997; PEREZ

    et al, 2000). Os produtos originários da peroxidação lipídica parecem estimular a

    expressão dos genes responsáveis pela síntese de colágeno, um dos principais

    componentes da fibrose (LOPEZ-NOVOA et al, 1976; LOUIS et al, 1998;

    HELLERBRAND et al, 1999).

    1.3 Avaliação Bioquímica das Funções Hepáticas

    As enzimas Aspartato Aminotransferase (AST) e Alanina

    Aminotransferase (ALT) catalisam a transferência reversível dos grupos amino de

    um aminoácido para o a-cetoglutarato, formando cetoácido e ácido glutâmico

    (GAYOTO; ALVES, 2001). Para que essas reações ocorram é necessário a

    presença de uma coenzima denominada piridoxal fosfato. As reações catalisadas

    pelas aminotranferases exercem papéis centrais tanto na síntese como na

    degradação de aminoácidos. Além disso, como essas reações envolvem a

    8

  • 9

    interconversão dos aminoácidos a piruvato ou ácidos dicarboxílicos, atuam como

    uma ponte entre o metabolismo dos aminoácidos e carboidratos (TUTOR-CRESPO

    et al, 2004). Essas aminotranferases estão distribuídas amplamente nos tecidos. As

    atividades mais elevadas da AST encontram-se no miocárdio, fígado, músculo

    esquelético, com pequenas quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões

    e eritrócitos. A AST e a ALT são encontradas em abundância nos hepatócitos.

    Assim, uma vez que haja uma lesão dos hepatócitos, estas enzimas são liberadas

    para a circulação. A ALT é encontrada principalmente no citoplasma do hepatócito,

    enquanto que 80% da AST dos hepatócitos estão presentes nas mitocôndrias

    (GAYOTO; ALVES, 2001). Por este motivo, grandes elevações nos níveis séricos da

    AST, quando associado com outros indicadores (bioquímicos e histológicos) de dano

    hepático, podem representar dano mitocondrial dos hepatócitos. Em dano

    hepatocelular leve a forma encontrada no soro é predominantemente citoplasmática,

    enquanto em lesões mais graves há liberação da enzima mitocondrial, elevando a

    relação AST/ALT ou Índice deRitis para Índice maior que 1. Na cirrose hepática,

    principalmente no início do estabelecimento da cirrose, níveis de até 05 vezes os

    limites superiores podem ser encontrados. Entretanto, normalmente os valores

    diminuem para níveis próximos aos da normalidade após um longo período da

    doença, devido a mecanismos adaptativos do fígado.

    A Gama-glutamiltransferase (GGT) catalisa a transferência de um grupo

    gama-glutamil de um peptídeo para outro peptídeo ou para um aminoácido

    produzindo aminoácidos gama-glutamil e cistenil-glicina. Esta enzima está envolvida

    no transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, na

    síntese protéica e na regulação dos níveis de glutatião tecidual (ROSALKI 1975). A

    GGT é encontrada no fígado, rins, intestino, próstata, pâncreas, cérebro e coração.

    9

  • 10

    Apesar da atividade enzimática ser maior nos rins, a enzima presente no soro é de

    origem, principalmente, do sistema hepatobiliar. No fígado, a GGT está localizada

    nos canalículos das células hepáticas e, particularmente, nas células epiteliais que

    revestem os ductos biliares (ROSALKI, 1975). A GGT está presente em grandes

    quantidades no retículo endoplasmático agranular e, portanto, elevações em seus

    níveis séricos quando associados a outros indicadores (bioquímicos e histológicos),

    podem representar alteração ultra-estrutural ao nível do retículo endoplasmático

    agranular.

    A Fosfatase Alcalina (Falc) compreende um grupo de enzimas

    fosfohidrolases que possuem atividade máxima em pH alcalino próximo de 10

    (ROSS et al, 1951). Nestas condições, esta enzima catalisa a hidrólise de ésteres do

    ácido fosfórico. Existem várias isoenzimas da Falc em praticamente todos os

    tecidos, localizando-se na membrana celular (FISHMAN, 1974). Encontra-se em

    maiores quantidades nas células do epitélio intestinal, ossos, fígado, túbulos renais e

    placenta (GOLDFISCHER et al, 1964; HUGON; BORGERS, 1966). A concentração

    sérica de Falc em animais jovens é 2 a 3 vezes maior do que em adultos (KAPLAN,

    1972). Em gestantes, o aumento pode ser de 300% do normal, devido a sua

    presença na placenta (HULSTAERT et al, 1973). A isoforma hepática da Falc, a

    Falc-1, é a que predomina no plasma, fazendo com que esta enzima tenha maior

    importância no diagnóstico da doença hepatobiliar, de forma que numa colestase,

    por exemplo, quanto maior a atividade detectável de Falc, maior o grau de obstrução

    biliar. Por outro lado, a isoenzima Falc óssea, Falc-2, também é encontrada no

    plasma, juntamente com a Falc-1, obrigando, dessa forma, em casos de doenças

    ósseas, o fracionamento dessas isoenzimas através do teste de estabilidade do 10

  • 11

    calor e pelo fracionamento eletroforético, uma vez que a isoenzima Falc-1 é termo

    estável e a isoenzima Falc-2 é inativada pelo calor (MOSS, 1986).

    A Lactato Desidrogenase (LDH) é uma enzima da classe das oxirredutases

    que catalisa a reação reversível do lactato a piruvato, em presença da coenzima

    NAD+ que atua como doador ou aceptor de hidrogênio. A LDH está presente em

    todas as células do organismo, sendo mais abundante no miocárdio, fígado,

    músculo esquelético, rins e eritrócitos. Os níveis teciduais de LDH são,

    aproximadamente, 500x maiores do que os encontrados no soro e lesões nesses

    tecidos provocam elevações plasmáticas significantes desta enzima. Isoenzimas da

    LDH – devido à presença da lactato desidrogenase em vários tecidos, aumentos dos

    teores séricos da mesma é um achado inespecífico. É possível obter informações de

    maior significado clínico pela separação da LDH em cinco frações isoenzimáticas. As

    isoenzimas da LDH são designadas de acordo com a sua mobilidade eletroforética.

    Cada isoenzima é um tetrâmetro formado por quatro subunidades chamadas H para

    a cadeia de polipeptídica cardíaca e M para a cadeia polipeptídica muscular-

    esquelética. As cinco isoenzimas encontradas no soro são a LDH-1 (HHHH) (14 a

    26% - miocárdio e eritrócitos), a LDH-2 (HHHM) (29 a 39% - miocárdio e eritrócitos),

    a LDH-3 (HHMM) (20 a 26% - pulmão, linfócitos, baço e pâncreas), a LDH-4

    (HMMM) (8 a 16% - fígado e músculo esquelético) e a LDH-5 (MMMM) (6 a 16% -

    fígado e músculo esquelético). A hemólise produzida durante a coleta e/ou

    manipulação de sangue, pode elevar as frações da LDH-1 e LDH-2 (CABAUD;

    WRÓBLEWSKI, 1981).

    As Proteínas Totais compreendem um grupo de proteínas plasmáticas, onde

    as principais proteínas são, a albumina, as globulinas (a-1, a-2, ß e ?), e o

    fibrinogênio. Essas proteínas estão envolvidas em inúmeras funções, como 11

  • 12

    manutenção da pressão osmótica e da viscosidade do sangue, transporte de

    nutrientes, metabólitos, hormônios, fármacos e produtos de excreção, regulação do

    pH sanguíneo, além de participação na coagulação. Diversos fatores, como por

    exemplo, desidratação, transtornos gastrintestinais, renais, hemorragias, deficiências

    nutricionais e hepatopatias podem elevar ou diminuir os níveis das proteínas totais

    além dos limites da normalidade. Em estados de inanição, muita proteína de

    reserva, especialmente dos músculos e do fígado, é degradada para servir de fonte

    de glicose, ao mesmo tempo em que ocorre diminuição das proteínas totais do

    plasma, provocando queda na osmolaridade plasmática, o que resulta em saída de

    líquidos da corrente sanguínea para os tecidos (edema). Normalmente, dietas com

    teores inferiores a 10% de proteínas causam diminuição dos níveis protéicos no

    sangue.

    A Albumina é a proteína mais abundante no plasma, perfazendo cerca de

    50% do total das proteínas. É sintetizada no fígado (cerca de 120mg/kg diariamente)

    e contribui com 80% da osmolaridade do plasma sanguíneo, consistindo também,

    uma importante reserva protéica, bem como um transportador de ácidos graxos

    livres, aminoácidos, metais, cálcio, hormônios e bilirrubina (GUYTON, 2002). A

    albumina também tem função importante na regulação do pH sanguíneo, atuando

    como ânion. As únicas causas do aumento da concentração de albumina plasmática

    (hiperalbuminia) é a desidratação ou choque. A concentração de albumina

    plasmática diminuída (hipoalbuminia) pode ocorrer em várias situações, como por

    exemplo, em doenças hepáticas crônicas, na doença renal, em estados de

    desnutrição, em infecções prolongadas, em queimaduras graves, ou em hemorragia

    grave (WILKINSON, 1963). Quando os níveis de albumina estão diminuídos e os de

    globulinas, particularmente de ?-globulina aumentados, podemos afirmar que uma 12

  • 13

    doença hepática crônica está estabelecida primariamente associada à uma

    diminuição da síntese de albumina (WILKINSON, 1963).

    As Globulinas são constituídas por um grupo de proteínas denominadas alfa-

    1-globulina, alfa-2-globulina, beta-globulina e gama-globulina. Essas proteínas

    desempenham inúmeras funções no organismo, mas principalmente no sistema

    imunológico inato e adquirido. Constituindo a alfa-1-globulina, a alfa-1-antitripsina

    responde por cerca de 90% dessas proteínas. A deficiência da alfa-1-antitripsina

    está associada ao enfisema pulmonar e à cirrose hepática. Só é detectável pela

    eletroforese quando homozigótica; os estados heterozigóticos só podem ser

    identificados por técnicas imunoenzimáticas que também são utilizadas para

    confirmação das deficiências homozigóticas. É uma das proteínas de fase aguda e

    pode ser encontrada em outros fluidos orgânicos, como lágrimas, sêmen, bile e

    líquido amniótico. Nos 10% restantes, estão a alfa-1-glicoproteína ácida, a

    alfafetoproteína e outras proteínas. Os níveis se elevam nas doenças inflamatórias

    agudas e crônicas, neoplasias, após traumas ou cirurgias e durante a gravidez ou

    estrogenioterapia. Nos hepatocarcinomas, a elevação pode acontecer pelo aumento

    da alfafetoproteína. As alfa-2-globulinas incluem a haptoglobina, a alfa-2-

    macroglobulina e a ceruloplasmina. Raramente encontram-se alterações nessa

    banda eletroforética, já que a diminuição de um componente é compensada pelos

    demais mesmo dentro da faixa de referência. Níveis elevados de alfa-2-

    macroglobulina associados à diminuição da albumina acontecem na síndrome

    nefrótica. Os níveis de haptoglobina e de ceruloplasmina podem apresentar-se

    elevados em numerosas situações que levam à reação de fase aguda. Os níveis de

    haptoglobina apresentam-se diminuídos nas hepatopatias graves, na anemia

    megaloblástica, nas situações de aumento da hemoglobina livre, como na hemólise 13

  • 14

    de eritrócitos ou na reabsorção de grandes hematomas e na terapia com estrogênios

    e corticóides. Os níveis de ceruloplasmina aumentam na estrogenioterapia e se

    encontram diminuídos na doença de Wilson, na desnutrição, na síndrome nefrótica e

    nas enteropatias com perda de proteína. As beta-globulinas são compostas pelas

    beta-lipoproteínas (LDL), transferrina, C3 e outros componentes do complemento,

    beta-2-microglobulina e antitrombina III. A redução dessa banda não é freqüente.

    A anemia por deficiência de ferro leva ao aumento da transferrina. O hipotireoidismo,

    a cirrose biliar, as nefroses e alguns casos de diabetes mellitus podem se evidenciar

    pelo aumento de colesterol e conseqüente aumento das beta-lipoproteínas (LDL). A

    beta-globulina está freqüentemente elevada nos casos de icterícia obstrutiva e

    menos freqüentemente em alguns casos de hepatite. Quase sempre, está elevada

    nos casos de cirrose hepática. Nesses casos, pode aparecer junto com

    sobreposição ou fusão das bandas beta e gama pelo aumento de IgA, que ocorre

    nas cirroses hepáticas, infecções de pele ou trato respiratório e na artrite

    reumatóide. Elevações causadas provavelmente pelo aumento dos componentes do

    complemento podem ocorrer em hipertensão maligna, doença de Cushing,

    poliarterite nodosa e carcinomas. As gamaglobulinas são compostas pelas

    imunoglobulinas, predominantemente pela IgG. As imunoglobulinas A, M, D, E e

    proteína C reativa encontram-se na área de junção beta-gama. A ausência ou a

    diminuição da banda gama indica imunodeficiências congênitas ou adquiridas. O

    aumento dessa banda sugere o aumento policlonal das gamaglobulinas associadas

    a doenças inflamatórias crônicas, reações imunes, doenças hepáticas ou neoplasias

    disseminadas. Bandas oligoclonais podem eventualmente ser observada em

    infecções virais crônicas, em algumas infecções bacterianas como as pneumonias

    por pneumococos e as hepatites crônicas ativas. Tuberculose, sarcoidose,

  • 15

    linfogranuloma venéreo e sífilis terciária são doenças crônicas que levam ao

    aumento dessa banda. Artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico e outras

    colagenoses podem apresentar níveis normais à acentuadamente aumentados,

    dependendo da fase de atividade da doença. Níveis aumentados também são

    encontrados em linfomas malignos, doença de Hodgkin e leucemia linfocítica

    crônica. Tipicamente, a macroglobulinemia de Waldenström e o mieloma múltiplo

    exibem um pico homogêneo que pode ou não resultar do aumento total da área

    gama. As hepatopatias cursam freqüentemente com aumento da banda das

    gamaglobulinas. Na hepatite, verifica-se um aumento das beta e gamaglobulinas

    com redução da albumina. Nas cirroses, o padrão mais sugestivo consiste na

    elevação da gamaglobulina de base ampla, juntamente com a fusão da beta e da

    gamaglobulina, sem a individualização dos picos da chamada ponte beta -gama.

    Apenas cerca de 20% dos cirróticos apresentam a fusão completa, e cerca de 3%

    apresentam a fusão parcial.

  • 16

    2. Objetivos

    Verificar os efeitos de 15 dias de terapia com laser de baixa potência sobre a

    estrutura e função do fígado de ratos tratados por 08 semanas com tetracloreto de

    carbono.

  • 17

    3. Material e Métodos

    3.1 Animais

    Foram utilizados 72 ratos machos da linhagem Wistar, adultos jovens, obtidos

    do biotério da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), campus de Botucatu.

    Os animais foram mantidos em condições controladas de temperatura (22° a 25°C),

    umidade (50-70%) e luminosidade (12h/claro 12h/escuro). Os animais tiveram

    acesso “ad libtum” a água e ração (Purina/Brasil).

    3.2 Grupos Experimentais

    Os animais foram distribuídos da seguinte maneira:

    01 – Controle – 12 animais – administração de solução salina 0,9% (1ml),

    intra-peritonial, com o objetivo de verificar os efeitos do estresse de manipulação dos

    animais sobre o fígado.

    02 – Veículo (Nujol®) – 10 animais – administração do veículo (oléo mineral)

    da marca Nujol® (1ml), intra-peritonial.

    03 – Laser – 08 animais – administração de salina 0,9% (1ml), intra-peritonial

    e também da administração do laser conforme demonstrado no item 3.3 com o

    objetivo de avaliar os efeitos do laser sobre um fígado normal de ratos.

    04 – Tetracloreto de Carbono (CCl4) – 10 animais – administração intra-

    peritonial de 0,4g/kg/dia peso corporal de CCl4, diluído na proporção de 1:6

    (CCl4/veículo) em óleo mineral Nujol®.

  • 18

    05 – Tetracloreto de Carbono (CCl4) + Laser – 10 animais – administração

    intra-peritonial de 0,4g/kg de peso corporal de CCl4, diluído na proporção de 1:6

    (CCl4/veículo) em óleo mineral Nujol® somado à terapia conforme protocolo no item

    3.3 Protocolo Experimental

    3.3.1 Indução da Cirrose

    Os grupos tratados com CCl4 receberam a dose de 0,4g/kg, via intra-

    peritonial, três vezes por semana, durante 08 semanas.

    3.3.2 Tratamento com Laser de Baixa Potência (Thera Laser®)

    Vinte e quatro horas após o último dia da administração i.p. de CCl4, iniciou-se

    o tratamento com o laser de baixa potência, o qual foi realizado durante quinze dias

    consecutivos, com os animais acordados, sem nenhum tipo de anestesia,

    transcutâneo, seguindo os seguintes parâmetros:

    Tempo de Irradiação: 71 segundos por ponto.

    Quantidade de Pontos: 04 pontos distribuídos no fígado, totalizando 4 minutos e 44

    segundos, pulso contínuo.

    Comprimento de Onda (?): 830nm.

    Potência: 35mW.

    Densidade de Energia: 2,5J/cm2 por ponto.

    3.3.3 Anestesia, Sacrifício e Coleta de Tecido Hepático e Sangue

  • 19

    Os animais foram anestesiados com Ketamina (75mg/kg) e Xilazina

    (40mg/kg). Uma vez anestesiados, foi realizada uma incisão na linha mediana, de 3-

    4 cm, próximo do apêndice xifóide (laparatomia), onde foram coletados amostras de

    sangue via veia cava inferior e todo o tecido hepático. O tecido hepático foi

    imediatamente pesado, cortado e fixado em formol 10% durante 24 horas para

    posterior processamento e análise histomorfométrica. Os 5ml de sangue foram

    coletados e centrifugados a 3000rpm, e o soro foi utilizado para determinações

    bioquímicas com o intuito de avaliar a função hepática.

    3.4 Determinações Bioquímicas para Avaliar a Função Hepática

    As determinações bioquímicas foram realizadas através de kits comerciais da

    marca Analisa®, por meio de um espectrofotômetro Hitachi, modelo U-2001. Foram

    avaliados os seguintes parâmetros:

    3.4.1 Aspartato Aminotransferase (AST)

    Realizado segundo o método descrito por (BERGMEYER, 1983).

    3.4.2 Alanina Aminotransferase (ALT)

    Realizado segundo o método descrito por (BERGMEYER, 1983).

    3.4.3 Fosfatase Alcalina (ALP)

    Realizado segundo o método descrito por (ROY, 1970).

    3.4.4 Gamma-Glutamyltransferase (GGT)

    Realizado segundo o método proposto pelo Expert Panel on Enzymes of the

    Comisson of Standards of the IFCC, descrito por (BERGMEYER, 1983).

    3.4.5 Proteínas Totais

  • 20

    Realizado utilizando-se o método descrito por (LOWRY, 1951).

    3.4.6 Albumina

    Realizado segundo o método descrito por (NOGUEIRA, 1990).

    3.4.7 Globulinas Totais

    Realizado pela diferença entre os valores de proteínas totais subtraídos os valores

    de albumina.

    3.4.8 Lactato Desidrogenase (LDH)

    Realizado segundo o método descrito por (CABAUD ; WRÓBLEWSKI, 1981).

    3.5 Análise Histomorfológica e Histomorfométrica

    Após a coleta de todo o tecido hepático, o mesmo foi pesado, cortado e

    imediatamente fixado em formol 10% por 24 horas. Após 24 horas de fixação os

    cortes foram desidratados e diafanizados gradativamente em banhos de álcool,

    começando em 50%, progredindo até o álcool absoluto 100%. Após a série de

    banhos, os cortes foram tratados com substituto do xilol, para que a amostra do

    tecido se tornasse translúcida. Assim, os cortes foram colocados em recipientes

    adequados com Paraplast fundido por 24 hs para a impregnação do tecido. Após a

    impregnação do corte histológico, foi realizada a inclusão do material, o qual foi

    colocado num pequeno recipiente (fôrma de plástico para gelo) e coberto com o

    Paraplast fundido por inteiro, e foi deixado para solidificar, formando um bloco

    contendo o tecido. Os blocos contendo os tecidos foram cortados num micrótomo

    (LEICA RM 2125RT), em fatias de 05 micrômetros os quais foram então embebidos

    num meio adequado. Os cortes foram então colocados em lâminas de vidro com a

    extremidade fosca (PERFECTA). A parafina foi removida dos cortes e o tecido foi re-

  • 21

    hidratado e corado. A coloração foi realizada utilizando-se os corantes

    hidrossolúveis Hematoxilina de Harris-Eosina para análise quantitativa da arquitetura

    hepática e qualitativa da inflamação. O Tricômico de Masson foi utilizado para a

    avaliação qualitativa das áreas de fibrose através. Após a coloração o corte foi

    novamente desidratado, para que a lamínula (PERFECTA) fosse fixada, utilizando

    um meio de montagem permanente adequado (ENTHELLAN-MERCK). Após este

    processo de montagem das lâminas, as mesmas foram fotografadas em microscópio

    óptico trinocular Olympus, Modelo CH30. A análise morfométrica foi realizada no

    mesmo microscópio utilizando-se uma ocular reticulada de 50 retas e 100 pontos de

    área conhecida.

    3.5.1 Análise Histomorfológica

    Devido a limitações financeiras, não foi possível realizar a coloração com o

    Tricrômico de Masson para cada um dos animais, por meio da qual gostaria de

    quantificar as áreas de colágeno nas áreas fibróticas, realizando um estudo

    morfométrico mais abrangente. Por esta razão, apenas três lâminas de cada grupo

    experimental foram coradas com o Tricrômico de Masson, o que possibilitou apenas

    uma análise qualitativa das áreas de fibrose, onde avaliamos 20 campos em

    aumento de 200x por lâmina.

    3.5.2 Análise Histomorfométrica

    Para a realização da análise morfométrica foi utilizada uma ocular reticulada

    de 50 retas e 100 pontos, para as seguintes análises:

  • 22

    3.5.2.1 Número de Binucleações (Taxa Mitótica), realizado segundo Silva

    Júnior et al, (1991) e Lima et al, (2001)

    Esta análise foi realizada com o objetivo de verificarmos se a TLBP

    estimularia ou não a divisão dos hepatócitos. Utilizando-se as lâminas coradas com

    H/E, num aumento de 400x, realizamos a contagem, em 10 campos para cada corte,

    do número de hepatócitos binucleados. Em cada um dos 10 campos analisados, a

    área analisada correspondeu a 62500µm2.

    3.5.2.2 Número de Hepatócitos

    Esta análise foi realizada com o objetivo de verificarmos se a TLBP estimulou

    ou não a hiperplasia hepatocitária. Utilizando-se as lâminas coradas com H/E, num

    aumento de 400x, realizamos a contagem, em 10 campos para cada corte, do

    número de hepatócitos. Em cada um dos 10 campos analisados, a área analisada

    correspondeu a 62500µm2.

    3.5.2.3 Número de Células de Kupffer (macrófagos)

    Esta análise foi realizada com o objetivo de verificarmos se o tratamento com

    CCl4 aumenta a inflamação com predominância de macrófagos e também os efeitos

    da TLBP sobre o recrutamento de macrófagos para a área inflamada. Utilizando-se

    as lâminas coradas com H/E, num aumento de 400x, realizamos a contagem, em 10

    campos para cada corte, do número de células de Kupffer. Em cada um dos 10

    campos analisados, a área analisada correspondeu a 62500µm2.

  • 23

    3.5.2.4 Número de Células Perisinusoidais

    Esta análise foi utilizada com o objetivo de verificar se uma hiperplasia destas

    células ocorreria decorrente do tratamento com CCl4 e também da TLBP, uma vez

    que as células perisinusoidais participam do processo de síntese de matriz

    extracelular. Utilizando-se as lâminas coradas com H/E, num aumento de 400x,

    realizamos a contagem, em 10 campos para cada corte, do número de células

    perisinusoidais. Em cada um dos 10 campos analisados, a área analisada

    correspondeu a 62500µm2.

    22

  • 24

    4. Resultados

    O gráfico 01 representa os níveis séricos da enzima AST.

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4 + Laser0

    25

    50

    75

    100

    125

    150

    175 *U

    /L

    Gráfico 1- Representa os níveis séricos da AST em U/L. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A diferença estatística é significativa (p

  • 25

    O gráfico 03 representa os níveis séricos da enzima GGT

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0.02.55.07.5

    10.012.515.017.520.022.525.0

    **

    U/L

    Gráfico 03- Representa os níveis séricos da GGT em U/L. Os valores representam a média

    do grupo e erro padrão. A diferença estatística é significativa quando comparados os grupos Controle

    x CCL4 (p

  • 26

    O gráfico 05 representa os níveis séricos da enzima LDH

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0

    25

    50

    75

    100

    125

    150

    175

    200

    225 *U

    /L

    Gráfico 05- Representa os níveis séricos da LDH em U/L. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A diferença estatística é significativa quando comparados os grupos Controle x CCL4 (p

  • 27

    O gráfico 07 representa os níveis séricos de Albumina

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0.0

    0.5

    1.0

    1.5

    2.0

    2.5

    3.0

    3.5

    g/dl

    Gráfico 07- Representa os níveis séricos de Albumina em g/dl. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A análise estatística não apresentou diferença significativa quando comparados os cinco grupos experimentais.

    O gráfico 08 representa os níveis séricos de Globulinas

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0.0

    1.5

    3.0

    4.5

    6.0

    g/dl

    Gráfico 08- Representa os níveis séricos de Globulinas em g/dl. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A análise estatística não apresentou diferença significativa quando comparados os cinco grupos experimentais.

  • 28

    O gráfico 09 representa o número de Hepatócitos

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    *N

    ° d

    e H

    epat

    óci

    tos/

    62,5

    mm

    2

    Gráfico 09- Representa o número de hepatócitos por 62,5mm2. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A análise estatística apresentou diferença significativa quando comparados os grupos Laser x Controle (p

  • 29

    O gráfico 11 representa o número de Células Perisinusoidais

    Controle Veículo Laser CCL4 CCL4+Laser0.0

    0.5

    1.0

    1.5

    2.0

    2.5

    3.0

    de

    Cél

    ula

    sP

    eris

    inus

    oida

    is/6

    2,5m

    m2

    Gráfico 11- Representa o número de células Perisinusoidais por 62,5mm2. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A análise estatística não apresentou diferença significativa quando comparados os cinco grupos experimentais.

    O gráfico 12 representa o número de Células de Kupffer

    Control Vehicle Laser CCL4 CCL4+Laser0.0

    0.5

    1.0

    1.5

    2.0

    2.5

    3.0

    3.5

    4.0*

    de C

    élul

    as d

    eK

    upff

    er/6

    2,5m

    m2

    Gráfico 12- Representa o número de células de Kupffer por 1mm2. Os valores representam a média do grupo e erro padrão. A análise estatística apresentou diferença significativa quando comparados os grupos Controle x CCL4 (p

  • 30

    A figura 13 (fotomicrografia com aumento de 400x) de um rato do grupo Controle. Coloração Tricômico de Masson.

    As setas brancas indicam as fibras colágenas do sistema porta hepático, as quais

    demonstram normalidade na sua distribuição. Nesta fotomicrografia também

    podemos verificar uma distribuição considerada normal do parênquima hepático.

    A figura 14 (fotomicrografia com aumento de 200x) de um rato do grupo Veículo. Coloração Tricômico de Masson.

  • 31

    As setas brancas indicam as fibras colágenas do sistema porta hepático. A seta

    verde aponta para uma célula de Kupfer. A seta laranja aponta para três células

    Perisinusoidais. Nesta fotomicrografia também verificamos a normalidade tanto na

    distribuição de fibras de colágeno do sistema porta quanto na arquitetura do

    parênquima hepático.

    .

    A figura 15 (fotomicrografia com aumento de 200x) de um rato do grupo Laser. Coloração Tricômico

    de Masson

    As setas brancas indicam as fibras colágenas do sistema porta hepático. A seta verde aponta para

    uma célula de Kupfer. A seta laranja aponta para três células Perisinusoidais. Nesta fotomicrografia

    observamos uma distribuição considerada normal de colágeno no sistema porta e também no

    parênquima hepático.

    30

  • 32

    A figura 16 (fotomicrografia com aumento de 200x) de um rato do grupo CCl4. Coloração Tricômico

    de Masson.

    As setas brancas indicam os septos fibrosos no parênquima hepático, as quais apontam para uma

    típica área de cirrose, caracterizada por nódulos de regeneração circundados por pontes de tecido

    fibroso. As setas laranjas apontam para áreas de necrose.

    A figura 17 (fotomicrografia com aumento de 200x) de um rato do grupo CCl4. Coloração Tricômico de Masson.

  • 33

    As setas brancas indicam as áreas fibrosadas do sistema porta hepático. Notar que nas áreas de

    fibrose há presença de intenso infiltrado inflamatório.

    A figura 18 (fotomicrografia com aumento de 100x) de um rato do grupo CCl4+Laser. Coloração Tricômico de Masson.

    As setas brancas indicam áreas de fibrose. As setas laranjas indicam para o parênquima hepático,

    que se apresenta reorganizado e íntegro quando comparado ao grupo CCl4. Notar que no

    parênquima hepático não se encontram mais as áreas de fibrose como no grupo CCl4. Percebemos

    também que as (poucas) áreas de fibrose não estão deterioradas como no grupo CCl4.

  • 34

    A figura 19 (fotomicrografia com aumento de 400x) de um rato do grupo CCl4+Laser. Coloração Tricômico de Masson.

    As setas brancas apontam para áreas de fibrose no parênquima hepático, mas com colágeno

    preservado. As setas laranjas indicam para o parênquima hepático, que se apresenta reorganizado e

    íntegro quando comparado ao grupo CCl4.

  • 35

    5. Discussão

    Em relação à enzima AST, os resultados demonstram que o método de

    indução da cirrose hepática utilizado foi capaz de provocar alterações significativas

    nos níveis séricos da AST quando comparados os grupos Controle x CCl4.

    Entretanto, os valores obtidos da AST não se apresentaram tão elevados como os

    demonstrado por outros autores (LIMA et al, 2001; KAMALAKKANNAN et al, 2005).

    Acreditamos que esses resultados se devem à alta dose de CCl4 (0,4g/kg) e ao

    longo período utilizado para a indução da cirrose (08 semanas), diferente daqueles

    utilizados por outros autores, que utilizaram doses menores e períodos mais curtos

    para a indução da cirrose hepática. Entretanto, utilizamos um protocolo mais longo

    (08 semanas) com o intuito de encontrarmos mais acertadamente o estabelecimento

    da cirrose em cada um dos animais dos grupos tratados com CCl4. Singer et al,

    (1995), demonstraram que níveis séricos extremamente aumentados das

    aminotranferases são encontrados principalmente em processos tóxicos agudos, e

    que tendem a diminuir quando há uma cronificação da exposição ao agente tóxico.

    Nossos resultados também demonstram que a TLBP, demonstrado através dos

    valores do grupo CCl4+Laser foi capaz de diminuir significativamente os valores da

    AST para níveis próximos da normalidade, sugerindo um efeito hepatoregenerador

    da TLBP, particularmente no que diz respeito à função mitocondrial, uma vez que

    80% da AST hepatocitária encontra-se na mitocôndria do hepatócito. Estes

    resultados também corroboram com os dados sobre os efeitos da TLBP sobre a

    função mitocondrial de fígados cirróticos obtidos por LIMA et al, 2001. Portanto,

    sugerimos através dos resultados obtidos em nossos experimentos, que a TLBP

    auxilia na restauração da função mitocondrial, por algum mecanismo ainda não

  • 36

    elucidado, e que este efeito restaurador parece ser benéfico e importante no

    processo regenerativo do fígado cirrótico. Com o objetivo de verificar possíveis

    alterações na distribuição e estrutura das mitocôndrias nos hepatócitos, estudos de

    microscopia eletrônica de transmissão serão realizados.

    Em relação à enzima ALT, quando comparados os grupos Controle x CCl4, os

    resultados demonstram que o modelo de indução de cirrose hepática utilizado foi

    capaz de elevar significativamente os níveis da ALT. Quando comparados os grupos

    Controle x CCl4+Laser verificamos que a TLBP não foi capaz de reduzir a lesão

    hepática demonstrada através dos níveis aumentados da ALT e ainda que a TLBP

    piorou o dano hepático elevando ainda mais os níveis da ALT, o que foi confirmado

    quando comparados os valores dos grupos CCl4 x CCl4+Laser, os quais

    encontraram-se significativamente mais elevados no grupo CCl4+Laser do que no

    CCl4. Estes resultados sugerem que a TLBP nas condições utilizadas piorou a

    função hepática por mecanismo ainda não conhecido. Uma vez que a ALT

    hepatocitária encontra-se principalmente no citoplasma e que para que ocorra um

    aumento dos seus níveis séricos é necessário um dano na membrana celular, o qual

    pode ser causado por um aumento no estresse oxidativo, realizaremos um estudo

    imunohistoquímico para o “prostaglandina-like” 8-isoprostano (o mais sensível

    marcador da peroxidação lipídica), com o objetivo de avaliar se a TLBP leva a

    alterações nos componentes lipoprotéicos das membranas celulares (DEBASHIS et

    al, 2000).

    No estudo da GGT, os resultados demonstram que o modelo de indução de

    cirrose hepática utilizado foi capaz de elevar significativamente os níveis séricos da

    GGT. Os resultados também demonstram que a TLBP não melhorou a função

    hepática por não diminuir os elevados níveis de GGT decorrentes da cirrose. Neste

  • 37

    caso, entretanto, a TLBP não piorou a função hepática, como ocorrido no caso da

    ALT. Sendo a GGT uma enzima encontrada principalmente no retículo

    endoplasmático agranular e nos canículos dos hepatócitos, podemos sugerir que a

    TLBP, nas condições utilizadas, não produziu efeito benéfico na regeneração do

    retículo endoplasmático agranular e na permeabilidade dos canalículos dos

    hepatócitos (GIANNINI et al, 2001; 2005). Com o objetivo de verificar possíveis

    efeitos do CCL4 e da TLBP na estrutura e distribuição do retículo endoplasmático

    agranular e dos canalículos dos hepatócitos, um estudo ultraestrutural e

    histomorfométrico da distribuição, possíveis congestões e do diâmetro dos

    canalículos também serão realizados.

    O estudo da FALC demonstrou que o modelo de indução da cirrose hepática

    com CCL4 foi capaz de elevar significativamente os níveis séricos da FALC e que a

    TLBP não foi capaz de reduzí-los. Dessa forma, os níveis aumentados da FALC

    sugerem que a cirrose hepática induzida com CCL4 leva a dano na membrana

    celular, uma vez que a FALC encontra-se na membrana celular e no epitélio dos

    ductos biliares, e também que possivelmente existe um grau aumentado de

    obstrução biliar, uma vez níveis aumentados de FALC representam este quadro

    (SCHLAEGER et al, 1982; MOSS, 1997). Os resultados também sugerem que a

    TLBP não foi capaz de proporcionar a regeneração da membrana dos hepatócitos e

    também dos canalículos biliares, possivelmente lesados devido ao tratamento com

    CCL4.

    Os níveis séricos da LDH demonstraram que o modelo de indução da cirrose

    hepática foi capaz de elevar significativamente os níveis séricos da LDH, o que,

    segundo a literatura, indica um processo isquêmico hepático (SECTO et al, 2000).

    Os resultados demonstraram também que a TLBP foi capaz de diminuir os níveis

  • 38

    séricos da LDH, provavelmente através da diminuição da isquemia, o que será

    verificado posteriormente através de um estudo histomorfométrico dos vasos e

    canalículos hepáticos.

    Em relação à síntese hepática de proteínas, os resultados demonstram que o

    modelo de indução da cirrose hepática utilizado e que a TLBP (tanto em fígados

    sadios quanto em fígados cirróticos) não alteram a capacidade de síntese protéica

    dos hepatócitos, sendo verificados através dos níveis séricos de proteínas totais,

    albumina e globulinas. Estes dados diferem do trabalho de OHTA et al, 1999, os

    quais demonstraram uma pequena diminuição nos níveis séricos de albumina após

    06 e 08 semanas de tratamento com tetracloreto de carbono. Por outro lado,

    Holecek et al, (1995), demonstram que a indução de cirrose hepática com

    tetracloreto de carbono leva a uma elevação dos níveis de alguns aminoácidos e

    diminuição de alguns outros, não perfazendo um pool aumentado das proteínas

    totais.

    A análise histológica com o objetivo de verificar os efeitos da TLBP na cirrose

    instalada demonstrou diminuição da degradação de colágeno para o grupo CCL4 +

    Laser. Este achado é de suma importância quando pensamos na progressão da

    cirrose hepática, pois segundo Gayoto e Alves, (2003) e Lee et al (2005), o aumento

    da degradação do colágeno de áreas fibróticas leva a uma perpetuação do

    desarranjo estrutural com conseqüente e irreversível perda da função hepática.

    Quanto aos mecanismos pelos quais a TLBP diminuiu a degradação de colágeno,

    ainda desconhecemos. Entretanto, estaremos realizando um estudo

    imunohistoquímico com o objetivo de avaliar os níveis de algumas citocinas e

    metaloproteinases e seus respectivos inibidores que poderiam estar sendo ativados

    ou suprimidos decorrentes da TLBP, pois segundo Bansal et al, (2005), Senties-

  • 39

    Gomez et al, (2005) e Zheng et al, (2005) o modelo de indução de cirrose hepática

    via CCL4, ativa e inibe diversas citocinas, metaloproteinases e seus respectivos

    inibidores.

    A análise morfométrica para o número de hepatócitos demonstrou que a

    TLBP estimulou a hiperplasia hepatocitária no fígado saudável, mas não em áreas

    lesadas. Os resultados também demonstram que o tratamento com CCL4 diminui

    significantemente o número de hepatócitos por unidade de área. HAMAJIMA et al,

    2003, demonstraram que a TLBP foi capaz de estimular a síntese de osteoblastos

    em cultura de células sem nenhuma adição de drogas ou quaisquer outros fatores

    que provocassem algum tipo de injúria celular. Assim, nós poderíamos estabelecer

    uma hipótese de que a TLBP somente seria capaz de estimular a síntese de células

    saudáveis e não de células lesadas, como no caso de nosso estudo, onde grandes

    áreas de lesão foram encontradas devido ao tratamento com CCL4, o qual provoca

    dentre outros danos, danos nucleares e na síntese protéica Zima e Kalousová,

    (2005).

    A análise morfométrica para o número de binucleações revelou que tanto o

    tratamento com CCL4 (nas condições utilizadas) quanto a TLBP não foram capazes

    de provocar alterações significativas no número de binucleações, o qual tem sido

    utilizado como um indicador da taxa mitótica celular Lima et al (2001) e Silva Júnior

    et al, (1991).

    A análise morfométrica do número de células perisinusoidais não apresentou

    diferenças significativas entre os grupos. Esperávamos que estas células que

    participam ativamente nos processos de síntese dos componentes da matriz

    extracelular apresentassem uma maior expressão no grupo CCL4, no qual existem

    grandes áreas de fibrose. Entretanto no modelo utilizado, por razões ainda

  • 40

    desconhecidas não encontramos aumento da expressão das células perisinusoidais.

    Por outro lado, sabe-se que a ativação das células perisinusoidais é subseqüente a

    ativação das células de Kupffer, que estão mais expressas neste modelo de cirrose

    experimental (JOHNSON et al, 1992; BURT, 1993).

    A análise morfométrica do número de células de Kupffer demonstrou um

    significativo aumento da sua expressão no grupo CCL4 e uma redução no grupo

    CCL4 + Laser. Tem sido sugerido que a ativação das células de Kupffer leva a

    produção de mediadores que iniciam uma cascata de eventos levando a cirrose

    (LASKIN, 1990). Estas células normalmente protegem os hepatócidos contra

    partículas estranhas. Entretanto, quanto ativadas, estas células liberam citocinas,

    mediadas por um aumento do cálcio intracelular, com capacidade de matar o

    hepatócito (BIRMINEL; DECKER, 1983; DECKERT et al, 1989). Então seria razoável

    pensar que bloqueando a ativação das células de Kupffer, nós poderíamos

    interromper a sequência de eventos que conduzem a síntese de citocinas citotóxicas

    e bloquear a ativação das células perisinusoidais. Em conseqüência, o processo de

    fibrose e degradação da matriz extracelular poderiam ser interrompidos.

  • 41

    6. Conclusões

    Concluímos de acordo com os resultados encontrados que a TLBP, nas condições

    em que foi utilizada, apresentou resultados reparadores na estrutura e função do

    fígado cirrótico induzido pela administração crônica de CCl4, particularmente na

    regressão da degradação de colágeno, na expressão de células de Kupffer e

    também na função hepática verificada através da diminuição dos níveis séricos da

    AST e da LDH.

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    Certificamos que o Protocolo n.' L044l2004lCEP, intitúado "Ação

    hepatoprotetord do laser de baixa polência sohre a cirrose hepáticcr induzida

    por tetracloreto de carbeno!, sob a responsabilidade do Prof. Dr' WellingÍon

    Ribeiro, está de acordo com os Princípios Éticos na Experimentação Animal

    (COBEA/Junho de 1991) e segue as Normas Para a Prática Diútico-Científica

    da Vivissecção de Animais (Lei 6638 de 08/0511979) sendo, portanto, aprovado

    por esla Comissâo de Etica em Pesquisa.

    Sào Jose dos Campos- 03 de junio de 2004.

    PROF. DR LANDULFO SILI'EIRA JUNIORPresideíte do Comitê de Ética em Pesquisa da UN1VAP

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