albert schweitzer, o médico missionário
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Albert Schweitzer foi um dos mais célebres médicos do século XX. Foi também teólogo (celebrizado pelo seu livro de 1906 sobre Jesusenquanto personagem histórica), organista de concerto de renome mundial, autor de livros sobre Bach, ética e civilização. por AnaGerschenfeld in Público[14/01/2012, P2, pp. 2-3]TRANSCRIPT
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14.01.12
Este espécime faz parte de um lote de 68 peixes conservados pela técnica de “herbário”, redescobertos no Museu da Ciência em 2010. Inseridos sobre cartão, cerca de metade apresenta o bordo pintado a azul, olho folheado a ouro e inscrição do nome científico e dos nomes comuns em português e numa língua indígena do Brasil. As técnicas de preparação e conservação indiciam que foram recolhidos por Alexandre Rodrigues Ferreira durante a maior Viagem Philosophica portuguesa realizada na Amazónia, entre 1783 e 1792.
Enxada, guareruá, Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)Alexandre Rodrigues Ferreira, Pará, Brasil, 1783-92Montagem de herbárioCartão 28,5 x 41 cmMuseu da Ciência da Universidade de Coimbrahttp://museudaciencia.inwebonline.net/
Enxada do Brasil
JOSÉ MENESES
Assinatura do programa de assistência fi nanceira à Madeira prevista para a próxima segunda-feira. Alberto João Jardim recusa
Continente a fechar a torneira
http://odolicocefalo.blogspot.com
(...) Depois de anos e anos a cometer
impunemente a mais alarve
demagogia e inaceitáveis excessos,
à custa da estúpida complacência
do Continente, deparou com um
governo que não tem pachorra para
o aturar e lhe cortou as vazas. (...)
Má gestãohttp://puxapalavra.blogspot.com
(...) Faz pensar porque
razão os políticos nunca são
responsabilizados pelos actos de
má gestão e governação. Não há lei
para eles. Não conheço caso algum.
Apenas em situações e poucas de
corrupção chegam à barra dos
tribunais.(...)
Petição à ARhttp://jumento.blogspot.com
Alberto João Jardim, Presidente do
Governo Regional da Madeira há
mais de 30 anos, tem demonstrado
publicamente comportamentos
que levantam fortes dúvidas
sobre a sua sanidade mental. São
conhecidos vários episódios de
agressão a simples cidadãos que
se lhe atravessam no caminho,
chama impropérios a toda a gente,
publicamente, utilizando um
vocabulário que inclui “fi lhos da
puta”, “bastardos”, “medíocres”,
entre muitas outras referências
ofensivas. Ainda recentemente, na
festa anual do PSD-Madeira fez o
gesto do “manguito” para a câmara
de televisão da SIC e alguns dias
antes tinha defendido a expulsão
de um jornalista da Herdade do
Chão da Lagoa por parte de Jaime
Ramos dizendo que um dia também
poderia perder a cabeça.
Alguns governantes mundialmente
conhecidos (Hitler e Estaline,
por exemplo) fi zeram loucuras
terríveis e arrastaram multidões
para o abismo por terem perdido
a noção da realidade e não
saberem distinguir o bem do mal.
A sanidade mental é, portanto,
essencial para o exercício de
funções governativas sob pena
de permitirmos que alguém
destituído de faculdades mentais
mínimas faça uso do poder que a
democracia proporciona a quem
governa para cometer as maiores
atrocidades, má gestão e ofensas.
Os cidadãos abaixo assinados
solicitam à Assembleia da
República que aprove a
constituição de uma junta médica
constituída por especialistas do
foro psiquiátrico para avaliar a
sanidade mental de Alberto João
Jardim, Presidente do Governo
Regional da Região Autónoma
da Madeira, de modo a evitar
que essa possível loucura tenha
consequências irreparáveis sobre
as práticas democráticas e a vida
de muitos portugueses.
Blogues em papel
No passado 14 de Janeiro de 1875
Albert Schweitzer foi um dos mais célebres médicos do século XX. Foi também teólogo (celebrizado pelo seu livro de 1906 sobre Jesus enquanto personagem histórica), organista de concerto de renome mundial, autor de livros sobre Bach, ética e civilização. Quando em 1899 acabou o curso de Teologia na Universidade de Estrasburgo, na sua Alsácia natal (na altura, parte do Império Alemão), começou a pregar numa
igreja da cidade. Mas em 1905 quis partir para África. Não como pastor, mas como médico. Estudou Medicina e em 1913 partiu para Lambarené (Gabão), onde fundou o hospital que lhe valeu o Prémio Nobel da Paz em 1952 (apesar de ter sido acusado de paternalismo em relação aos africanos). Lê-se na sua biografia que naquele local, onde quase sempre viveu e se encontra sepultado, foi “médico (...), pastor, administrador da
Nasce Albert Schweitzer, o médico missionário
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aldeia e do hospital, escritor de livros eruditos, comentador de história contemporânea, músico”. Financiava a instituição (que nos anos 1960, era um complexo de 70 edifícios capaz de gerir mais de 500 hospitalizações) com concertos internacionais, royalties dos seus livros e doações vindas do mundo inteiro. Ali morreu, a 4 de Setembro de 1965. Ana Gerschenfeld
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No futuro
O sonho de qualquer couch potato — beneficiar dos efeitos positivos da actividade física sobre a saúde sem se levantar do sofá — poderá não ser totalmente disparatado, a acreditar numa descoberta publicada na revista Nature. Bruce Spiegelman e colegas do Centro de Estudo do Cancro Dana-Farber de Boston conseguiram extrair uma hormona natural de células musculares, a irisina, e mostraram que ela poderá ser um candidato promissor enquanto futuro tratamento da obesidade, da diabetes e até do cancro. Quando administraram a hormona em pequenas quantidades a ratinhos sedentários obesos e pré-diabéticos, constararam que, após uma semana, o seu organismo controlava melhor os níveis no sangue de açúcar e de insulina — travando o desenvolvimento da diabetes. O peso dos ratinhos também diminuiu ligeiramente. Os cientistas afirmam que a irisina tem “poderosos efeitos” directos ao activar genes que convertem a gordura branca em “boa” gordura castanha. A perda de peso foi pouca, mas acreditam que poderá ser maior, se o tratamento for mais longo. Contudo, a irisina não fortalece os músculos e a actividade física real continua a ser indispensável... Ana Gerschenfeld
Actividade física em comprimidos?
Mais uma vez! Tem de reagir!Autor BERTRAMSJornal Het Parool, Amesterdão, Holanda
Cartoon
Imagens de Natal
a A ideia veio de Espanha e vem-se
espalhando há anos por Portugal
inteiro: no Natal, os católicos
colocam nas janelas pendões com
uma imagem do Menino Jesus.
A imagem é feia. Nos nossos dias,
as imagens religiosas são feias, as
igrejas banais, a música que lá se
ouve pavorosa (há excepções: muito
poucas). As igrejas cristãs, que
estiveram na origem da melhor arte,
arquitectura e música produzidas
pelo Ocidente, resignam-se hoje a
isto.
Até ao século XVIII houve
continuidade entre os vários
círculos de produção e fruição da
arte: as elites, as multidões que
se apinhavam nas igrejas e nos
espectáculos musicais sacros ou
menos sacros, e fi nalmente a arte
aldeã. Entre as fl orinhas pintadas na
canga de madeira que se colocava
sobre o cachaço dos bois e as
fl ores da pintura sacra das igrejas
havia uma diferença de qualidade
e complexidade. Mas não havia
ruptura na concepção do que é
uma imagem. Esta continuidade
foi-se rasgando desde o fi nal da
Idade Média: inventaram-se as
imagens daquilo a que chamamos
“Arte”, quer dizer, imagens que
podem ser adoradas apenas por
aquilo que lá está, não por aquilo
que simbolizam. Só o facto de as
sociedades serem amplamente
religiosas continuava a permitir que
se olhasse com reverência religiosa
os Santos pintados por Caravaggio
ou Guercino, por exemplo, que são
obras de “Arte”, não de devoção. No
século XIX, as Igrejas não tiveram
outro remédio senão verifi car a
ruptura instalada entre aquilo que
queriam da imagem e aquilo que
a “Arte” lhes podia dar. A Igreja
católica e a anglicana tentaram
criar uma arte cristã para os tempos
modernos: houve, por exemplo, no
início de Oitocentos, o movimento
dos pintores designados por
“Nazarenos” e, no fi nal do século,
a arte da Abadia de Beuron. Nas
décadas de 1920 a 1940, bispos e
cardeais lançaram iniciativas a nível
global para criar uma arte cristã
adaptada tanto à modernidade
como à cultura dos povos das
colónias — cuja independência as
Igrejas, muito antes dos governos,
sabiam ser inevitável.
Depois tornou-se evidente que
não adianta encomendar imagens
sacras a artistas. Se a imagem
é sacra, então não é percebida
como “Arte”. Se é artística, não
pode ser reverenciada. As Igrejas
desistiram, em vez de pensarem,
e o resultado foi que as imagens
religiosas de hoje são o que resta
da antiga arte popular, desligada
agora de qualquer continuidade
tanto com a vida moderna das
multidões, como com as elites.
O mundo moderno exprime-se
nestas imagens pelo comércio e as
tecnologias de reprodução que as
massifi caram e estereotiparam. Os
crentes reverenciam estereótipos.
Noutras regiões do mundo, que não
o Ocidente, o estereótipo constitui
a maneira como a fé moderna se
dotou de imagens próprias. Aqui,
porém, não passa de um gesto
mecânico traçado sobre o vazio.
Os Menino Jesus que continuam
pendurados nas nossas varandas
e janelas desde o Natal, oscilando
brandamente no vermelho e ouro
do crepúsculo, são os destroços
resultantes do naufrágio do mundo
pré-moderno das imagens.
Historiador
Paulo Varela Gomes
Cartas do Interior
Escrito na pedra “Não se pode dizer que este seja um negócio estável. É como tentar manter-se de pé numa canoa com as calças em baixo.” Cliff Robertson (1923–2011), actor norte-americano
“As lideranças económicas e políticas portuguesas andam a fazer tudo para alimentar o populismo, a revolta e a implosão social.”Helena GarridoJornal de Negócios
“A actual política europeia, que é aquela em que o Governo português acredita e a que obedece sem pestanejar, é veneno. Puro veneno.”Miguel Portas, Sol
“O que diferencia talvez a situação de Portugal de outras que vivemos no passado é o sentimento de estarmos a chegar mesmo ao fim da linha, de não haver outras estações depois desta - e nos resignarmos a isso.”Vicente Jorge Silva, idem
“O ‘caso’ Maçonaria revela a existência em Portugal de muita gente que ainda não aderiu à democracia.”Leonel MouraJornal de Negócios
“O jornalismo português entrou numa fase degenerativa perturbadora. A impreparação demonstrada pelos seus empregados é de fugir.”Baptista-Bastos, idem
Frases de ontem