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Ao serviço do Natal Animação gera trabalho 04 e 05 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1385, de 27 de Janeiro de 2010 e não pode ser vendido separadamente. Ak adémicos Miguel Sousa Tavares Jornalista “Eu sou um grande crítico dos cursos de jornalismo, tal como os temos em Portugal” 06 e 07 49 Uma velha forma de estudo Cábulas 04 e 05

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Edição N.º 49 do Jornal Akadémicos Kapa: Cábulas - Uma velha forma de estudo

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Page 1: Akadémicos 49

Ao serviço do NatalAnimação gera trabalho

04 e 05

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1385,de 27 de Janeiro de 2010 e não pode ser vendido separadamente.

Akadémicos

Miguel Sousa TavaresJornalista

“Eu sou um grande crítico dos cursos de jornalismo, tal como os temos em Portugal” 06 e 07

49

Uma velha forma de estudoCábulas

04 e 05

Page 2: Akadémicos 49

Ao contrário do que habitualmente se pensa, cábula é uma palavra recente da língua portuguesa, registada há uns cento e não muitos anos. Deve ter, no máximo, século e meio, embora pareça que a instituição cábula é tão antiga como o estudante. Mas não é assim. Cábula começa por ser o estudante pouco assíduo às aulas. Depois, o estudante que se serve de expedientes para mostrar que sabe, não sabendo. Só depois se refere ao tão famoso au-xiliar de memória como eufemisticamente tem sido conhecida. E o auxiliar de memória não deve realmente ter mais do que século e meio de idade. Perguntareis porquê. A resposta é sim-ples. No Ocidente, a avaliação foi sempre oral. São os Jesuítas que trazem da China, nos anos finais do século XVI, a novidade dos exames escritos. Os escribas do Imperador tinham testes escritos. Oxford e Cambridge são as primeiras universidades ocidentais a usar a prática das avaliações escritas, no século XVIII, Cambridge 50 anos depois de Oxford. As provas escritas só se generalizam nas escolas ocidentais a partir de meados do século XIX. A agonia das provas orais é muito lenta, para os níveis mais baixos da escolaridade. Só então, em provas escritas, faria sentido usar copianços. Os primeiros processos fraudulentos do estilo cábula de que há memória não se chamavam cábulas mas sim chichar os livros. Chichar consistia em entrelinhar, a lápis, a tradução das palavras mais difíceis dos livros em língua estrangeira, especialmente os de Latim. Chichar era meter a chicha, isto é, o substancial. É também por meados do século XIX que os alunos começam a ter acesso frequente a manuais pessoais de estudo e a poder fazê-lo. Os auxiliares de memória derivam daí, mas são-lhe posterio-res. E à falta de melhor palavra para designar os tais copianços, dá-se-lhes o nome do estudante fraudulento: cábula. Por outro lado, as cábulas não devem ter sido oriundas da universidade. Um argumento em favor disso é o seguinte: o Brasil torna-se independente de Portugal em 1822. Mas só um século depois tem a primeira universidade. A generalidade dos brasilei-ros, nesse período, e mesmo depois, licenciava-se em Coimbra. No Brasil, o termo não é cábula mas cola e, nalgumas regiões, pesca. Deverá ter sido em estabelecimentos do equivalente ao actual ensino básico e secundário, com particular incidência nos

seminários católicos, que a prática se desenvolveu. Se fosse na Universidade, o termo seria provavelmente o mesmo. Não se julgue, porém, que a instituição da cábula só trouxe males à Educação. Sabemos que manuais chichados tiveram, em tempos, preços mais elevados que os equivalentes novos. Cábulas geniais passaram de geração em geração e chegavam a ser vendidas. Quase que se pode dizer que a cábula se tor-nou numa indústria bem sucedida. Os resumos das matérias, os manuais de línguas estrangeiras com o vocabulário no fim da página e com notas, os problemas de Matemática ou Física resolvidos e com as respectivas soluções, os cadernos de exer-cícios com soluções, as colecções de pontos de exame nascem, em parte, desta clandestinidade. Os primeiros cadernos de exer-cícios a aparecer no mercado foram proibidos. Os manuais de línguas estrangeiras com notas e vocabulário, no tempo do ma-nual único, foram recusados. Os primeiros livros com desenhos e gráficos também. E, agora, qual o futuro da cábula? É bastante sombrio. Por-quê? Não porque não se possa sempre ser desonesto, mas por-que a avaliação mudou. As cábulas prestam-se a provas escritas de avaliação de conhecimentos que são de chapa. (Chapa, aqui, queria dizer fotografia. Para quem não se lembra, os daguerre-ótipos eram colocados entre dois vidros e, daí, chamarem-se chapas). Pedir a definição de algo – o que é um adjectivo? – ou uma fórmula – qual a fórmula da aceleração? – ou uma data – em que data se implantou a República em Portugal? -, tudo isso deixou de ser frequente em avaliação. Hoje, vamos mais à procura de que o aluno é capaz de aplicar com esses conheci-mentos ou as capacidades que evidencia. Mas claro que ainda há professores, a que os alunos chamam carinhosamente de básicos, que insistem nesse tipo de avaliação escrita. Correm os riscos que correm porque essa fraude é impossível de eliminar a 100% nas escolas, nomeadamente com as ideias correntes sobre disciplina. A cábula continuará a ser sempre uma velha e respeitável senhora, muito mais elegante, apesar de porca.

29 de JaneiroLivraria Arquivo, LeiriaAntónio Barreto à Conversa … O cientista político e escritor, mostra o seu novo trabalho intitulado “António Barreto Fotografias”. Uma obra que re-úne fotografias tiradas ao longo da sua vida…

TEATRO30 de JaneiroTeatro Miguel FrancoA Bruxa Cati…Teatro MusicalCompanhia Ópera do Castelo No próximo domingo, às 16 horas, o Te-atro Miguel Franco acolher “Os amores e desamores da Bruxa Cati”. Um espectá-culo do mundo da fantasia, com música electro-acústica, onde a plateia e o palco se fundem num só… Interpretado por Catarina Molder e Carlos Garcia.

ARTE DO viDROAté 27 de MarçoMuseu do Vidro – M.a GrandeVilma Libana – Arte da Gravura em Vidro”.Continua patente até ao dia 27 de Março no Museu do Vidro, situado no Palácio Stephens na Marinha Grande, a exposição monográfica de Vilma Libana, que reúne toda a sua obra artísti-ca dedicada à arte e mestria da gravura a ácido sobre o vidro.

MÚSiCA24 de FevereiroTeatro José Lúcio da Silva, LeiriaJohn CaleO carismático John Cale, fundador com Lou Reed dos Velvet Underground, ac-tua em Leiria dia 24 de Fevereiro, no âmbito de uma digressão nacional. O Teatro José Lúcio da Silva é o palco de um espectáculo de nível internacional.

02 JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

SOFIA FILIPEUma agenda do mês

Director:José Ribeiro [email protected]

Director interino:João Nazá[email protected]

Coordenador PedagógicoPaulo [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Secretariado de RedacçãoDaniel Sousa e Filipa Araújo

Redacção e colaboradoresAna Filipa Ribeiro, Ana Neves, Bárbara Jorge, Carolina Ferreira, Daniela Ferreira, Daniela Santos, Daniel Sousa, David Agostinho, Filipa Araújo, Filipa Moderno, Filipa Ribeiro, Jéssica Santos, Joana Roque, Luciano Larrosa, Maria Gaspar, Mariana Rodrigues, Rebeca Silva, Ricardo Rampazzo, Rita Sampaio, Sofia Filipe e Tiago Pedro

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

MaquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Presidente do instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Director da ESECSLuís Filipe [email protected]

Directora do Curso de Comunicação Sociale Educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

Vai lá, vai...

AberturaCábula, eu? Não

Eduardo FonsecaDocente ESECS/IPL

DRDR

DRDR

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Leiria, considerando a sua di-mensão média, usufrui de algu-ma tranquilidade em matéria de segurança. Pelo menos é o que assegura a PSP, responsável pela prevenção, vigilância e combate ao crime na área urbana de Lei-ria. Segundo a chefe Anabela Mendes, Leiria, ao contrário de grandes metrópoles como Porto eou Lisboa, é bastante mais “cal-ma” em termos de ocorrências, embora as autoridades estejam particularmente preocupadas com os casos de violência do-méstica, furtos, roubos, e trans-gressões de trânsito. A PSP caracteriza-se como uma força de segurança uni-formizada, armada e dotada de autonomia administrativa, com o intuito de preservar e resti-tuir a ordem pública. É durante a noite que aumenta o número de ocorrências, especialmente no período compreendido entre as 19h e a 01h da manhã. A es-

quadra da PSP de Leiria recebe inúmeras queixas, das quais se destacam o ruído proveniente dos estabelecimentos de diver-são nocturna, nomeadamente bares e discotecas e também das obras que decorrem na cidade. “A determinados dias da semana há um acréscimo do movimento nas ruas leirienses, originando alguns comportamentos exces-sivos lesando assim os morado-res das áreas envolventes”, ex-plica Anabela Mendes. Há 15 anos, quando abra-çou a carreira na PSP, Anabela Mendes era uma das poucas mu-lheres na instituição. Hoje, o nú-mero de agentes de saias é cada vez maior, à semelhança do que sucede no resto das instituições da sociedade portuguesa. E foi também a imagem de uma outra mulher agente que levou a agora chefe da PSP a ingressar na po-lícia. “Via uma mulher polícia, que ainda hoje se encontra ao

serviço, na rua João Soares e via nela algo que eu gostaria de ser”, recorda. Durante algumas ocorrên-cias, existem tentativas de ofensa à integridade física dos agentes. São situações a que a polícia está habituada mas que não deixam de preocupar. “Há indivíduos de natureza agressiva e reagem mal perante a presença policial. Só utilizamos a força física se for estritamente necessário”, subli-nha Anabela Mendes. Nas épocas festivas, existe, por parte da polícia, um reforço no pa-trulhamento dirigido mais para a protecção de bens e pessoas, bem como para a prevenção da peque-na e grande criminalidade. Além disso, fiscalizações de trânsito e atenção às zonas comerciais, por onde circulam muitas pessoas, como é o caso da Praça Rodrigues Lobo, são outras das grandes preo-cupações dos agentes da lei, acres-centa a responsável da PSP.

03JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

Está a darTEXTO: ANA FiLiPA RibEiRO, CAROLiNA FERREiRA E DANiEL SOuSA. FOTO: DANiEL SOuSA

Numa cidade calma, a polícia não descansa

TEXTO E FOTO: LuCiANO LARROSAbloggar como modo de vida O mundo dos jornais está em crise e é difícil encon-trar alguma publicação que consiga gerar lucro. Esta é uma situação que preocupa muitos estudantes de comu-nicação social, que vêem o seu mercado desaparecer a olhos vistos. No entanto, parece existir uma solução para este problema: a inter-net. Pelo menos se todos se-guirem o exemplo do blogger Paulo Faustino. Actualmen-te a estudar em regime pós-laboral Engenharia Infor-mática na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, o estudante trabalha a tempo inteiro em dois blogs. “Nes-te momento tenho o Escola

Dinheiro e o Escola Word-press, além de outros sites das escolas onde tenho uma pequena participação”, reve-la o blogger profissional, que trabalha cerca de oito a dez horas diariamente nos seus projectos. Os dois sites têm conteúdos diferenciados, são actualizados todos os dias e a publicidade é a principal fon-te de rendimento. Segundo Paulo Faustino, as receitas dos blogs provêm de programas de afiliados, Adsense (programa que paga por cada clique na pu-blicidade) e do livro lançado recentemente pelo blogger. Para o leiriense, trabalhar através da internet pode es-tar ao alcance de qualquer

um. A criação de blogs é gratuita e não traz nenhu-ma despesa, pelo menos na fase inicial. “É óbvio que quem quiser construir algo bastante profissional terá sempre que investir algum capital, pois não há lucro sem investimento, mas pode começar a experimentar de forma gratuita”, remata o jovem de 25 anos, que con-sidera a disciplina pessoal e a paixão por esta área como essenciais para triun-far. Características que têm permitido à Escola Dinheiro crescer como um dos sites em português com mais lei-tores, com cerca de 120 mil pessoas a acompanharem o blog mensalmente.

Mas os números não se ficam por aqui: mais de 10 000 assinantes por email, 2 000 fãs no Facebook ou 3 300 seguidores no Twit-ter. Um trabalho que pode muito bem servir de salva-ção para muitos estudantes de comunicação social. “A meu ver, o futuro dos jor-nais terá sempre que passar pela internet. O problema é que talvez ainda não este-jam a utilizar a táctica mais correcta”, finaliza.

Ká entre nós DANiELA SANTOS

Vivemos numa sociedade cada vez mais lotada, onde todos os anos milhares de estu-dantes saem das universidades com um diplo-ma na mão, em busca de um futuro promissor num país que pouco tem para lhes oferecer. Há uns anos vivíamos perante uma crise de desemprego a nível da educação, agora vivemos perante uma crise de desemprego geral. Já não são apenas os professores que acabam nos centros de emprego, são também os enfermeiros, jornalistas ou advogados. Jo-vens que um dia pensavam que seriam gran-des profissionais, mas que hoje são abalados pela desilusão de não poderem pôr em prática aquilo para que estudaram durante anos. Terminada a licenciatura, muitos são aqueles que investem em mestrados e pós-graduações. Outros submetem-se a estágios não remunerados ou desistem simplesmen-te da carreira, aceitando empregos para os quais estão sobre-qualificados. A ambição de terem algo melhor é, na maioria das vezes, o elemento determinan-te que leva muitos estudantes a abandonar Portugal, procurando um outro país estran-geiro onde possam ser valorizados. Esta é a realidade com a qual nos confrontamos nos dias de hoje. Não há espaço para nós, jovens portugueses, que nos cortam as asas antes de começarmos a voar. Será então esta a solução? Deixar tudo, fa-zer as malas e partir rumo ao desconhecido? A imagem parece assustadora à primeira vista, mas talvez seja mesmo a única opor-tunidade que tenhamos de alguma vez con-seguirmos escrever para um jornal, ensinar numa escola ou prestar cuidados a um doen-te. Em muitos casos, a partida para outro país acaba por se tornar numa experiência alta-mente gratificante, não apenas pela valoriza-ção pessoal, mas também pela qualidade de vida na maioria das vezes alcançada. Fica somente a desilusão de sermos quase que forçados a “fugir” porque aqui ninguém nos quer. Para aqueles mais caseiros e pouco aventureiros, receosos de enfrentar um mun-do para além fronteiras, resta-lhes continu-ar a esperar ou viver na frustração de que o curso que escolheram não foi realmente a melhor opção. E os estudantes que por cá an-dam? Fica a esperança de pensar que daqui a uns anos tudo será diferente.

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04 JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

Está a dar

A época de frequências acaba por se tornar, para muitos alunos, numa época de exames. A apreensão de novos conteúdos, fórmulas, teorias, leis e muito mais, obriga a disciplina de estudo. E, mesmo assim, pode ser um fardo demasiado grande para um estudante memorizar no tempo de que dispõe. Se a isto juntarmos o tempo gasto em diversão e a pouca vontade de estudar, as cábulas são, para muitos, a derradeira solução para evitar o chumbo. As cábulas ou auxiliares de memória desde há muito tempo têm vindo a “safar” ge-rações de estudante. Apesar da vigilância mais ou menos atenta dos professores. “As cábulas já existiam bem antes do meu tempo de estudante”,

recorda João Vieira, de 54 anos, responsável pelo Centro de Recursos Multimédia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria. E são também uma solução fá-cil para o aluno mais desaten-to e menos empenhado. Alda Mourão, coordenado-ra do curso de Comunicação Social e Educação Multimé-dia do Instituto Politécnico de Leiria, reconhece que “as cá-bulas fazem parte do sistema de ensino” há muitos anos. No entanto, “penso que o seu uso não tem vindo a aumentar”, diz. Curiosamente, e mesmo que de uma forma indirecta, a elaboração de cábulas aca-ba mesmo por ser o único tipo de estudo de muitos alunos. E não é assim tão inconse-quente quanto isso. Muitos

dos estudantes que passam horas a fio a fazer cábulas e acabam por memorizar a ma-téria que nelas está contida. Quando chega ao momento de as utilizar já não são verda-deiramente necessárias. Apesar de ser um “fenó-meno” antigo, as cábulas têm também sido sujeitas a uma modernização. A imaginação dos alunos é cada vez mais vasta, tal como os meios en-volvidos, refere Alda Mourão, “as cábulas mais brilhantes são aquelas que nunca são descobertas”. Por outro lado, os professores já estiveram do lado dos seus alunos e tam-bém sabem como funcionam as coisas e alguns até tenta-ram copiar. “Levei cábulas para um teste, mas com tan-to medo de ser apanhada não

as utilizei e jurei para nunca mais”, recorda. A atenção dos professores é sempre redobrada, salien-ta o docente Mark Daubney, que diz ser implacável: “Vi-gio as minhas frequências sempre com muito afinco, mas também aviso sempre os meus alunos previamente”. Mas esta rigidez do professor de Inglês da ESECS tem uma simples explicação. “Penso que as cábulas são uma falta de respeito, estão a enganar o professor e estão-se a enganar a si próprios”, explica. Do lado dos alunos o risco nem sempre compensa. Tiago Pedro confessa que já fez cá-bulas e foi apanhado. Por isso, actualmente a frequentar o segundo ano de CSEM, Tiago Pedro diz que já não recorre a

Cabular é, para muitos estudantes,

um verdadeiro canivete suiço na concretização dos estudos. Se alguns pensam tratar-se de uma questão de consciência e respeito, outros

desafiam o risco de serem apanhados

TEXTO E FOTOS: DAviD AGOSTiNhO, FiLiPA MODERNO E RiCARDO RAMPAzzO

Cábulas para que vos quero (?)

Evitar o chumbo a todo o custo

ANA FILIPA RIBEIRO, JOANA ROQUE E MARIANA RODRIGUESTAK Tomografia Axial Komputorizada

FOTO

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DA

João Vieira

João Luís Rodrigues Viei-ra poderá não ser um nome familiar mas, quando nos re-ferimos a este como Sr. João, toda gente na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais sabe de quem se trata. O senhor João começou a trabalhar neste estabeleci-mento de ensino superior em 1984, dois anos antes de abrir oficialmente. “Éramos cerca de cinco pessoas e, conforme ia chegando o material, nós íamos arrumando”, recorda João Vieira. Naquela altura, foi-lhe atribuído um cargo nos Ser-viços Informáticos da escola, “coisa que gostava bastante de fazer”. Apesar disso, João Vieira passou a ocupar o car-go que actualmente desem-

penha: um dos responsáveis pelo Centro de Recursos Mul-timédia, encarregando-se da parte da requisição do mate-rial. Antes de exercer funções na ESEL (actual ESECS), João Vieira trabalhou durante 7 anos numa rebobinadora, como reparador. Mas, na época, “a função pública era cobiçada por qual-quer pessoa. Tinham algumas coisas boas que nos outros sectores não havia”, explica João Vieira, justificando a es-colha de concorr er à vaga na instituição. Definindo-se como um au-todidacta, João Vieira revela que a informática sempre foi uma das suas áreas de inte-resse: “O que sei foi porque bati muitas vezes com a ca-beça no monitor e nos livros para aprender”. O gosto pela

aprendizagem levou o Sr. João a querer completar o 9º ano de escolaridade, estando neste momento a finalizar o 12º ano. No que toca à relação com alunos e docentes, “gosto de estar sempre na brincadei-ra”, salienta João Vieira. A sua ligação era maior com os primeiros alunos da escola já que, “hoje em dia nota-se mais independência” por parte dos estudantes. Apesar disso, con-tinuam a existir momentos em que “puxo as orelhas aos alu-nos, mas é para entenderem quando falham”. Sempre com um sorriso na cara e boa disposição, João Vieira sente que tem um pa-pel importante na instituição. Uma casa que viu crescer e onde assistiu muitas gerações concluírem os seus estudos.

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05JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

estes auxílio de memória porque a hipótese de ser apanhado o dei-xa “muito nervoso”. É esse receio e uma maior noção de responsa-bilidade que leva o presidente da associação de estudantes, João Pedro Magalhães, a considerar que “o número de alunos que fa-zem cábulas desce, a partir dos tempos da faculdade”. No entanto, uma aluna que prefere manter o anonimato admite que tem de recorrer às mais variadas cábulas, desde a escrita na pele até aos papéis imprimidos com letra minús-cula (tamanho 5). É todo um sistema de “salve-se quem pu-der”, explica. E há quem pense que a pu-nição de um aluno que copie deva ser maior do que o sim-ples chumbo no teste em causa. Mark Daubney considera que existe demasiada tolerância por parte do sistema de ensino por-tuguês e dá o caso de Inglater-ra: “Se um aluno for apanhado a copiar corre o sério risco de ser expulso, não só da cadei-ra, mas do curso”. No passado, esta disciplina do ensino era maior em Portugal. João Vieira recorda que os alunos que ca-bulavam corriam o risco de ter outras consequências. “Éramos logo presentes ao reitor levando punição física, e se fosse algo de muito grave, corríamos o risco de ser expulsos”, diz.

Os truques para copiar Os tradicionais papéis coloca-dos na manga ou as mãos escri-tas continuam a ser populares entre os estudantes. Mas, como em tudo, há que m seja empreen-dedor. É o caso de um aluno que colocou uma cábula dentro de um carro de brincar, onde o pa-pel deslizava sob o vidro do carro, consoante este andasse para a frente ou para trás, ficando assim visível tudo o que estava escrito. Mas a moda continua a ser a pele como base de escrita. Desde os antebraços, escondendo-os com as mangas, os espaços en-tre os dedos ou as palmas das mãos. A imaginação é tanta que as cábulas podem até ser colocadas em locais tão banais como a sola das sapatilhas, nas bainhas interiores das saias, em gravações que possam ser ouvi-das através de um mp3 ou até mesmo nos telemóveis, que aca-bam por ser a fonte mais viável e onde se pode esconder mais in-formação do que qualquer pro-fessor poderia imaginar. Mas as técnicas não termi-nam por aqui. Inúmeros são os alunos que colocam cábulas dentro de dicionários ou legis-lações, cuja utilização esteja permitida durante a realização da prova, pois é extremamente difícil para um professor veri-ficar todas as páginas de todos os alunos presentes. Existe tam-

bém a possibilidade, de bara-lhar as folhas cabuladas com as folhas de rascunho entregues pelos professores, embora este método seja bastante arriscado. Existe também a utilização dos mais variados objectos, como é o caso das cábulas na parte in-terior dos rótulos das garrafas de água, ou então até mesmo nos lenços de papel. Os mais metódicos antecipam o uso de cábulas e logo no dia do exame escolhem o tipo de roupa adequada, optando por uma in-dumentária mais justa em detri-mento de uma mais larga, porque permite um mais fácil manusea-mento de algum tipo de papéis ou telemóveis. Ou então, um casaco largo onde podem guardar o que quiserem sem desconfiança do professor. Apesar de todas as técnicas, cabular não é assim tão fácil quanto parece. Para os mais dedicados a esta “arte” é neces-sário muita dedicação e muito treino. Mas há muitos amadores que levam as suas cábulas ape-nas para um caso de necessidade extrema. Cabe aos professores o papel de lutar pela justiça no ensino e pela igualdade de trata-mento dos alunos. É que, ao fim e ao cabo, num mundo em que as notas contam na conquista do emprego, a concorrência desleal tem de ser desfeita por quem de-tém a autoridade.

Está a dar FOTO

: IOL

ANDA

SILV

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Feelings é um bar sem consumo mínimo que abriu portas a 12 de Novembro de 2010. Situa-se na zona histórica de Leiria e partiu do conceito que “a vida é feita de sentimen-tos”. Quem o diz são os sócios-gerentes, Fá-bio Marto e Joel Pascoa, considerando que o espaço “prima pela diferença, pelo atendi-mento, noites temáticas e pela decoração’’. A ideia inicial era criar “um local apelativo, com um ambiente agradável, em que a ofer-ta fosse diversificada abrangendo assim to-das as gerações”. Mais de dois meses depois, pelo feedback que têm recebido, o objectivo foi alcançado com sucesso, já que as pessoas “têm vindo e gostado”, dizem. A escolha do nome Feelings deveu-se ao facto de “ser uma palavra forte”. A intenção era escolher alguma coisa que ficasse no ou-vido, com que as pessoas se identificassem. Aberto todos os dias da semana, das 21 às 2 horas, o bar oferece um programa com-posto por várias noites temáticas. Para os estudantes, as noites académicas (terças e quintas) animam com o Dj M Kohl e os pre-ços baixam, tornando-se mais acessíveis. Às segundas é dia de soltar o cantor que há em si no Karaoke. A quarta é dedicada à músi-ca ao vivo com artistas regionais, a sexta é para elas com a ladies night em que na com-pra de uma bebida têm direito a outra. No sábado é a vez de dj’s convidados porem Lei-ria a dançar. Para acabar a semana de uma forma tranquila os domingos são de lounge nights. Se está farto da rotina o Feelings é Konsu-mo Obrigatório.

Feelings

Konsumo ObrigatórioJÉSSiCA SANTOS

DR

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O que o levou a trocar Direito por Jornalismo? Fiz essa troca para não morrer estúpido! Sim, foi para não morrer estúpido. Kafka dizia que só um ho-mem pouco inteligente é que se contentava com o Di-reito, eu também achei isso.

Arrepende-se de ter dei-xado o projecto da Grande Reportagem? Não me arrependo por-que acho que os projectos têm um ciclo, e o meu ciclo máximo é de 10 anos em cada coisa. Já tinha feito tudo o que devia na Gran-de Reportagem. A verdade é que também já não tinha meios para fazer melhor, portanto não podia crescer, e a alternativa era ficar ali a vegetar e fazer uma coisa igual todos os meses, e para mim isso não era um grande desafio profissional. Acredita no jornalismo português? Isso é uma pergunta muito difícil. Hoje em dia é difícil acreditar no jornalis-mo, não tanto por culpa dos jornalistas mas por culpa das condições de trabalho. Os jornalistas são cada vez pior pagos, há cada vez me-nos dinheiro para investir no jornalismo, para fazer boas reportagens, para se fazer coisas que realmente interessam. Assim é difícil ter um bom jornalismo.

Quais são, para si, as principais características de um bom jornalista? Um bom jornalista tem que ser culto, saber falar-pelo menos duas línguas estrangeiras, tem que co-nhecer a história de Por-tugal, ter noções básicas sobre economia, sobre polí-tica, etc. Eu sou um grande crítico dos cursos de jorna-lismo, tal como temos em Portugal. Considero que são muito pouco práticos, não preparam os alunos para a

vida jornalística. Acho que fazia muito mais sentido ter um curso dirigido às coisas que interessam. Repare, às vezes vejo peças jornalís-ticas sobre economia, por exemplo, e reparo que quem está a faze-las não tem no-ção de coisas básicas, como a diferença entre a balança de pagamentos e a balan-ça comercial ou a diferen-ça entre a dívida e défice. Isso faz-me impressão. Para quem estuda jornalismo, isto é importante saber e deviam aprender no curso. Depois, acho que é preciso, cada vez mais, ter um espí-rito de missão. Existem vá-rias profissões onde é preci-so de facto ter uma vocação e o jornalismo é uma delas, é preciso gostar muito disto. Portanto, é preciso também ter uma capacidade de dis-ponibilidade enorme, para se viver o jornalismo. Não se faz um horário das 9 às 17 horas, o jornalismo deve ser vivido o dia todo, trabalhar o dia todo, estar a ler outros jornais, estar a constatar outros meios de informação, estar permanentemente a par daquilo que se passa. E saber escrever bem, um jornalista tem que escrever bem.

Qual a sua opinião sobre a Wikileaks? Em relação ao wikile-aks, eu já disse isto, acho que aquilo não tem nada a ver com jornalismo. Rigoro-samente nada. Acho que é uma violação de correspon-dência classificada e uma entrega em bruto de infor-mação aos jornais para que eles supostamente façam tratamento jornalístico. Que na minha opinião não estão a fazer minimamente. Para além do mais há uma regra sagrada no jornalismo que é o contraditório: ou seja, nós quando damos a versão de uma parte temos que dar obrigatoriamente a outra parte. O wikileaks apenas

06 JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

“O jornalismo é a arte de se saber contar uma história”

Miguel Sousa Tavares, Jornalista

É um contador de histórias que detesta

o Facebook e que fumará até morrer. Conhecido pela sua personalidade forte,

Miguel Sousa Tavares não é indiferente a

ninguém. Aos alunos de comunicação aqui

ficam conselhos, a todos os outros

leitores aqui fica uma história

TEXTO: FiLiPA ARAÚJOFOTOS: DANiELA FERREiRA

Page 7: Akadémicos 49

se dirige à correspondência di-plomática dos Estados Unidos da América, não nos diz nada sobre os países com os quais eles têm relações e às vezes até conflitos diplomáticos. Nós não temos um Wikileaks sobre cor-respondência diplomática da Lí-bia, da Coreia do Norte, do Irão, da Rússia, da China, etc. Por-tanto só temos um lado da coi-sa. É aquilo a que o jornalismo chama uma peça “one sided”, só um dos lados é que é ouvido. Nesse sentido eu sou muito crí-tico do wikileaks, na parte que diz respeito à correspondência diplomática dos EUA. Na outra parte, por exemplo, o envolvi-mento de tráfico de drogas dos governantes africanos, aí eu já acho que é bastante útil.

Fazer comentários semanais na televisão é suficiente para lhe alimentar o “bichinho” do jornalismo? Não, mas ele já foi alimenta-do tanto tempo. (risos) Mas, por exemplo, este mês fiz uma serie de cinco reportagens sobre os candidatos presidenciais. Assim vai dando para matar saudades.

Disse à revista Visão que te-ria mais receio de ter 20 anos

hoje do que na sua época, dan-do o exemplo, em tom de brin-cadeira, do facebook como um das possíveis causas. As redes sociais assustam-no? (risos) Eu detesto o Facebook! Por acaso ainda há pouco recebi uma chamada de uma jornalista a revelar-me que agora há uma página de apoiantes meus, e per-guntou-me se eu estava contente com isso. Respondi-lhe que me é completamente indiferente, ja-mais lá irei ver. Eu acho que o fa-cebook é uma coisa que substitui as relações humanas, as relações pessoais. E ainda acredito no primado da relação pessoal. Nas redes sociais as relações passam--se num território desconheci-do, onde ninguém sabe de facto quem são os outros, onde toda a gente expõe a sua intimidade, as suas vidas. Por exemplo, acho o cúmulo da estupidez que haja pessoas que perdem tempo a es-crever “agora vou à casa de ba-nho”, “agora vou jantar”, “agora acabei de jantar”. São coisas que me ultrapassam.

O facto de ser jornalista aju-da-o a ser melhor escritor? A ser melhor escritor não, agora, ajuda-me a construir melhor as histórias. Sobretu-

do se escrevo um romance, eu acho que por ser jornalista te-nho uma noção de como se con-ta uma história. O jornalismo é a arte de se saber contar uma história, por mais absurda que ela seja, por mais rápida. Se for uma história de dois minutos em televisão há uma técnica para se contar, o romance tam-bém tem uma técnica. A apren-dizagem dessa técnica, ou me-lhor, a noção de que eu tenho que contar uma história que tem regras técnicas narrativas vem do jornalismo. Qual o livro que mais gostou de escrever? Foi o livro que publiquei re-centemente, um livro infantil chamado Ismael e Chopin. É o meu melhor livro.

Já tem ideias para o próximo livro? Tenho várias (risos). Uma já morreu na gaveta definitiva-mente ao fim de 40 páginas, a outra ainda está a estrebuchar com umas 70 páginas, vamos ver se a aguento.

Vai deixar de fumar algum dia? Vou! Acho que no meu enter-ro sou capaz de não fumar mui-to! (risos)

07JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

Eu detesto o Facebook! Eu acho que o Facebook é uma coisa que substitui as relações humanas, as relações pessoais

Miguel Sousa Tavares

Kultos

Lembra-te de mim

MARiA GASPAR

“Lembra-te de Mim” é um romance de Allen Coulter que nos relembra a necessidade de aprovei-tarmos todos os momentos que vivemos. Dois jo-vens de 21 anos, Ally (Emilie de Ravin) e Tyler (Ro-bert Pattison), têm em comum a perda de alguém que amavam. A mãe de Ally foi assassinada na sua presença quando esta tinha 11 anos e o irmão de Tyler suicidou-se. Os dois vivem numa luta diária pela felicidade. Ally sofre com a protecção que o pai tem para com ela desde que a sua mãe faleceu e Tyler chama o seu pai constantemente à atenção para a neces-sidade de se comportar como tal e dar atenção a ele e à sua irmã mais nova, Caroline, culpando-o pelo que aconteceu ao seu irmão, Michael, uma vez que só se preocupa com o trabalho. Os dois jovens conhecem-se, partilham as suas perdas e acabam por se apaixonar, encontrando um no outro um porto seguro, alguém que compreende o que sentem. “Lembra-te de Mim”é um filme que com o de-senrolar dos acontecimentos se torna envolvente, é uma excelente aposta para quem gosta de dramas e romances. Este romance termina de uma forma completamente inesperada e com uma citação simplesmente deliciosa de Gandhi: “O que quer que faças na vida será insignificante, mas é muito importante que o faças, porque mais ninguém o fará”. Moral da história: devemos sempre lutar por aquilo que queremos, quando alcançamos o que desejamos com esforço tem outro sabor e devemos aproveitar cada momento como se fosse o último das nossas vidas. Recordar é viver, mas que a nos-sas recordações sejam razões de um sorriso.

DR

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Em momentos crise e com con-juntura económica pouco favorável, os movimentos de solidariedade ga-nham particular destaque. 2010 foi o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, 2011 é o do Vo-luntariado. A decisão do Conselho da União Europeia visa promover a entreajuda cívica e o envolvimento em causas sociais. Segundo os seus

promotores, a meta última é uma prática de uma cidadania activa, re-gular e consciente, criando um am-biente propício ao voluntariado no seio da União Europeia, dando meios às organizações que promovem esta iniciativa para melhorar a qualidade das suas actividades e sensibilizando as pessoas para o valor e a importân-cia deste tipo de envolvimento.

Na página oficial em Portugal é possível a qualquer cidadão saber como pode participar nesta iniciativa global, tomando consciência das reali-dades actuais e tentar mudá-las, para atingir um mundo marcado pela paz e justiça social. Para mais informações, consulte a página do Conselho Nacio-nal para a Promoção do Voluntariado www.voluntariado.pt.

“Ser voluntário” é obrigatório em 2011

08 JORNAL DE LEIRIA 27.01.2011

A Fechar

ANA NEvES E báRbARA JORGE

DR

iNTERNETES

útilO Dropbox funciona

como um disco rígido online. Podes guardar os teus documentos, músicas ou filmes e partilhar com os teus amigos para que todos tenham acesso. Inicial-mente o dropbox disponibi-liza 2Gb de memória online que podem ser aumentados para 8Gb caso convides amigos a participar.

http://www.dropbox.com

agradávelÓptimo para momentos

de descontracção, entre as horas de estudo nesta época de exames, o site 9gag disponibiliza uma serie de fotos cómicas, vídeos e tiras de banda desenhada.

http://www.9gag.com

últimas

Tum’Acanénica brilha nos Açores A Tum’Acanénica, tuna mista da ESECS, está em grande. No passado mês de Dezem-bro partiu à aventura sobrevoando o Atlân-tico para participar no Iventio 2010 (Festival Internacional de Tunas Mistas), a convite da TAUA (Tuna Académi-ca da Universidade dos Açores). Espalharam magia e animação pelos Açores e na bagagem trouxe-ram cinco motivos de orgulho para a comu-nidade académica da ci-dade do Lis: os prémios de Melhor Pandeireta, Melhor Porta-estandarte, Tuna do Público, Tuna Tais Tuna e Melhor Tuna.

Estudar nos EuA à distância de um clique Ainda não tens pla-nos para as tuas férias de verão? A Fullbright apresenta o programa “2011 Summer Ins-titutes for European Student Leaders”, uma oportunidade oferecida pelo Departamento do Estado dos EUA, para os alunos do Ensino Superior. Esta bolsa é um programa académi-co com cinco semanas de duração que irá ter lugar em várias univer-sidades Norte-America-nas durante o verão de 2011. Para mais informa-ções sobre o programa, prazos e requisitos de candidatura, consul-ta o site http://www.fulbright.pt/, na secção Bolsas.

i Jornadas de Animação Cultural: Que Desafios? Até 10 de Fevereiro, decorre o período de recepção de comunica-ções para as I Jornadas de Animação Cultural, a ter lugar na ESECS–IPL, nos dias 7 e 8 de Abril deste ano. Con-sulta as condições de participação em web.esecs.ipleiria.pt/jornada-sanimacao ou em www.esecs.ipleiria.pt.

TiAGO PEDRO

MARiA GASPAR

Resultados desportivos do iPLsuperam expectativas

DAviD AGOSTiNhO E RiCARDO RAMPAzzO

DR

O ano de 2010 acabou com um saldo francamente positivo para as várias moda-lidades desportivas praticadas pelo Institu-to Politécnico de Leiria (IPL). Nos torneios que decorreram entre Novembro e Dezem-bro, a grande maioria das equipas desporti-vos atingiram os objectivos principais. A equipa de Futsal feminino atingiu a final do torneio universitário na cidade da Covilhã, acabando por ser derrotada pela equipa da Universidade da Beira Interior. Enquanto isso, a equipa masculina, em seis jogos disputados entre Olhão e Leiria ven-ceu cinco, perdendo um em casa frente à equipa da Universidade do Minho, equipa Campeã Nacional Universitária em título e Vice- Campeã Europeia. No futebol de onze,

o IPL obteve o segundo lugar no primeiro torneio da época, disputado em Faro. Já a equipa feminina de andebol apresen-tou-se em Aveiro com três baixas de peso e ainda assim conseguiu vencer o torneio. Na final derrotaram a Equipa da Universidade do Porto (Tetra-Campeã Nacional), equipa que desde a sua formação em 2006 nunca havia perdido um jogo oficial. Por último, o grande destaque, o Taekwon-do. O IPL fez-se representar num torneio em Évora com três atletas, e todos eles acaba-ram pró ser medalhados (duas de ouro e uma de bronze). O grande destaque vai para David Agostinho que em ano de estreia venceu de forma categórica a final da categoria de +87 kg diante um atleta com mais 30 kg de peso.

DR