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1 VEM AÍ “O CIRURGIÃO-DENTISTA NA CLÍNICA DIÁRIA: ALIANDO APERFEIÇOAMENTO TÉCNICO COM MARKETING E GESTÃO” COORDENAÇÃO: DR. RODRIGO SARZEDO XI ENCONTRO APCD-JP

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Revista Essencial Ed. 49

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VEM AÍ

“O CIRURGIÃO-DENTISTA NA

CLÍNICA DIÁRIA: ALIANDO

APERFEIÇOAMENTO TÉCNICO

COM MARKETING E GESTÃO”

COORDENAÇÃO: DR.

RODRIGO SARZEDO

XI ENCONTRO

APCD-JP

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E D I T O R I A L

Presidente Nelson Sabino de Freitas1º Vice-presidente Gilberto Cortese2º Vice-presidenteMário Luis ZuoloSecretário Geral Sérgio José MartinsTesoureiro Geral Clarindo Mitiyoshi YaoAssessor da PresidênciaEuripedes VedovatoDiretor Depto. CientíficoAlexandre A. M. CorteseAssessores Depto. CientíficoCarlos Veloso SalgadoMarcos Koiti ItinocheAlexandre Tanganelli RicciFábio de Santana LimaMárcia AyresDiretor da EAPJosé Eduardo de Mello JúniorDiretor da RevistaDaniel KherlakianDiretor Depto. InformáticaRodrigo Restaino SarzedoDiretor Depto. PatrimônioRicardo ThoméDiretora Depto. SocialSimone Soares PetroneAssessoras Depto. SocialJuliana Melo CorteseMaria Ap. Melo Cortese

Produção EditorialICL ComunicaçãoEditor ExecutivoIsrael Correia de LimaEditor de Arte / DiagramaçãoGuilherme Gonçalves JuniorRevisãoMaristela Santana Santos CarrascoJornalista ResponsávelIsrael Correia de Lima (Mtb 14.204)

Depto. ComercialICL Comunicação(11) 3477-4156 / Cel. (11) [email protected]@ajato.com.br

ImpressãoInput Comunicação Visual Ltda.

Periodicidade TrimestralTiragem: 6.000 exemplares

APCD do Jardim PaulistaSede: Rua Guararapes, 720 - BrooklinSão Paulo - SP - CEP 04561-000(11) 5535-9532, 5096-0588 e [email protected]

Atenção: as opiniões expressas nas matérias publicadas na revista Essencial são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as opiniões da diretoria da APCD do Jardim Paulista.

É proibida a reprodução ou cópia, sem prévia autorização.

Capa: Maurício PereiraIdéia: Dr. Euripedes Vedovato

S U M Á R I O

Cap

a: Il

ustr

ação

- C

amilo

Sar

aiva

Uma associação motivadaAs resoluções constantes, com aceleração digna de

Fórmula 1, ganhando níveis altíssimos de entendimento e com resultados positivos, fazem todo um grupo se encher de motivações cada vez maiores.

Estamos realizando obras estruturais profundas em nossa sede para acompanhar as evoluções tecnológicas de alto pa-drão, que darão um rumo muito confortável e dinâmico aos nossos ministradores na nossa Escola de Aperfeiçoamento Profissional (EAP).

Gostei e agradeço o comparecimento no jantar oferecido pela Diretoria aos nossos professores, assistentes e colaboradores, numa noite pautada pela comuni-cação, boas conversas e ótimo astral.

Neste final de janeiro e início de fevereiro, aconteceu o CIOSP 2013, agora com o nome de I Congresso Interdisciplinar da APCD, organizado pela APCD Central, no qual a nossa APCD do Jardim Paulista tem sempre colaborado com boa participação no quadro de professores, tendo sempre como certa a presença de grande número de nossos associados.

Já procurando trabalhar para o nosso XI Encontro Científico da APCD do Jardim Paulista, cujo tema é “O cirurgião-dentista na clínica diária: aliando aper-feiçoamento técnico com marketing e gestão”, o coordenador dr. Rodrigo Sarzedo já mostra muita vontade de repetir o sucesso dos encontros anteriores.

Desejo a todos um ótimo ano com muita saúde, paz e uma iluminação cons-tante em nossas vidas.

E vamos em frente!

4 Ciência e Tecnologia Anestésicos locais para pacientes cardiopatas 6 Novidades Lumina-ACP, Colgate-Palmolive, Hurrimix, Laboratório Flores 8 Destaque Reabilitação bucal por meio da utilização de manipulação tecidual, implantes osseointegrados e facetas e coroas em cerâmica10 Destaque Encerramento do curso da terceira turma de Especialização em Implantodontia da APCD-JP12 Destaque Professor Vedovato lançará brevemente livro sobre Implantodontia/Prótese Equipe de Orto da APCD-JP participa do 18º Orto/SPO-201214 Calendário Científico EAP Jardim Paulista: cursos teórico, laboratorial e clínico16 Especial Há diferença entre ser cirurgião-dentista na capital ou no interior?22 Evento Confraternização da APCD-JP reúne diretores, professores e assistentes dos cursos da EAP24 Entrevista Dr. Francisco Braga25 Notas APCD-JP participa da comemoração ao Dia do Cirurgião-Dentista Dr. Mário Góes ministra palestra na APCD-JP26 Notas Encontro de 30 anos de formatura da O.S.E.C.26 Crônica Já viajou de foguete, foi à lua, à estação espacial?28 Em Tempo Ele é o Melhor Dentista do Mundo!30 Indicador Profissional Guia de especialidades odontológicas

Dr. Nelson Sabino de FreitasPresidente da APCD do Jardim Paulista

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Referências: 1. de Albuquerque RF Jr; Head TW; Mian H; Rodrigo A; Muller K; Sanches K; Ito IY. Reduction of salivary S. aureus and mutans group streptococci by a preprocedural chlorhexidine rinse and maximal inhibitory dilutions of chlorhexidine and cetylpyridinium. Quintessence Int. 2004 Sep; 35(8): 635-40. 2. Lafaurie, G; Serrano, JJ; Gómez, M; e Borda, A. Guia de Prática Clínica para o Diagnóstico, Prevenção e Tratamento da Doença Periodontal. 2007, pág. 71.

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C I Ê N C I A E T E C N O L O G I A

A anestesia local foi definida como a perda de sensibilidade em uma área circunscrita do corpo, causada pela depressão da exci-tação das terminações nervosas ou uma inibição do processo de condução nos nervos periféricos1.

Os anestésicos locais são os medicamentos mais utilizados pelo

com 62 pacientes portadores de doença arterial coronária graves (com 70% de obstrução em pelo menos uma das artérias coroná-rias). Esses pacientes foram divididos em dois grupos, sendo que 32 receberam 1 a 2 tubetes de lidocaína 2% sem adrenalina e os demais receberam 1 a 2 tubetes de lidocaína 2% com adrenalina

C I Ê N C I A E T E C N O L O G I A

Anestésicos locais para pacientes cardiopatas

Figura 1 - Médias da pressão arterial sistêmica e diabólica dos grupos sem e com epinefrina durante os

períodos avaliados. (Neves et al., 2007)

Figura 2 - Níveis sérios dos marcadores bioquímicos de mionecrose verificados pré e pós-intervenção odontologia nos 54 pacientes estudados. (Conrado et al., 2007)

cirurgião-dentista (CD), pois são indispensáveis no controle da dor durante a maioria dos procedimentos odontológicos. A escolha do sal anestésico e da associação ou não a vasoconstritor é de suma importância, principalmente quando se trata de pacientes com do-enças cardiovasculares.

É comum o paciente cardiopata trazer para a consulta odon-tológica uma carta de seu cardiologista com alguns cuidados no tratamento odontológico e, muito frequente aconselharem o uso de anestésico sem vasoconstritor. Entretanto, as vantagens do vaso-constritor associado à solução anestésica são bem conhecidas pelos CD, sendo a diminuição da toxicidade do anestésico local, redução do sangramento durante o procedimento e aumento da duração da anestesia os efeitos mais importantes. Mas, ainda não existe um consenso na literatura de qual solução anestésica é a mais indicada para cada caso. Não podemos nos esquecer de que cada cardiopatia tem suas características, e os profissionais que se propõe a atender esses pacientes precisam conhecer essas individualidades e, além disso, tem a obrigação de indicar o agente anestésico mais apropria-do e seguro para seu paciente.

Os pacientes portadores de cardiopatias congênitas acianóticas ou cianóticas devem receber anestésico sem vasoconstritor, pois poucos estudos foram realizados com esse grupo de pacientes. A lidocaína pode ser o anestésico de escolha, já que é considerado como o sal anestésico “padrão-ouro”, com o qual todos os outros anestésicos são comparados.

Estudos randomizados têm sido publicados e podem auxiliar a nossa conduta. Neves et al.2, em 2007, conduziram um estudo

1:100.000. Foram observados os parâmetros eletrocardiográficos e pressão arterial. Os resultados revelaram que não houve diferença entre os grupos no comportamento da pressão arterial e da fre-quencia cardíaca (Figura 1). Também não se observou evidência de isquemia ou presença de arritmias.

No mesmo ano, Conrado et al.3 estudaram 54 pacientes por-tadores de doença arterial coronária que foram submetidos a exo-dontia e randomizados em dois grupos. 27 pacientes receberam mepivacaína 3% sem adrenalina e 27 receberam mepivacaína 2% com adrenalina 1:100.000. Foram realizadas dosagens dos mar-cadores de necrose que indicam isquemia miocárdica. Os autores concluíram a partir dos resultados, que o uso da adrenalina não implica riscos isquêmicos adicionais quando realizadas com boa técnica anestésica e mantendo as medicações prescritas pelo cardio-logista (Figura 2).

Cáceres et al.4 realizaram um estudo prospectivo randomizado. Foram avaliados 33 pacientes com doença de Chagas e 32 pacien-tes com doença coronária, todos portadores de arritmia ventricular complexa ao Holter e foram divididos em dois grupos, sendo que no primeiro utilizou-se prilocaína a 3% com felipressina 0,03 UI/mL e no outro se utilizou lidocaína 2% sem vasoconstritor. Foram observados o número e complexidade de extrassístoles, a frequencia cardíaca e a pressão arterial antes, durante e após a anestesia. Não foram encontradas alterações hemodinâmicas importantes, nem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos (Fi-guras 3 e 4). Portanto, a prilocaína com felipressina foi considerada segura em pacientes portadores de arritmia ventricular complexa.

Dra. Marcela Alves dos Santos

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Dra. Marcela Alves dos Santos - Especialista em Estomatologia; Especialista em Implantodontia; Residência em Odontologia Hospitalar; Doutoranda pela Faculdade de Medicina da USP

O objetivo do estudo de Laragnoit et al.5 foi investigar altera-ções hemodinâmicas durante tratamento restaurador ou exodon-tia, em portadores de doenças valvares. 59 pacientes foram rando-mizados em 2 grupos. Um grupo com 28 pacientes receberam de 1 a 3 tubetes de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000, enquanto 31 pacientes receberam de 1 a 3 tubetes do mesmo anestésico sem o vasoconstritor. Foi avaliada a pressão arterial, a frequencia cardía-ca, a saturação periférica de oxigênio e a presença de arritmias atra-vés do eletrocardiograma, antes durante e após o procedimento. Através da análise dos resultados pode-se concluir que a lidocaína associada à adrenalina mostrou maior eficácia anestésica sem causar alterações hemodinâmicas em portadores de valvopatias (Figura 5).

Effects of epinephrine in local dental anesthesia in patients with coronary artery disease. Arq Bras Cardiol. 2007;88(5):545-51.3. Conrado VC, de Andrade J, de Angelis GA, de Andrade AC, Timerman L, An-drade MM, Moreira DR, Sousa AG, Sousa JE, Piegas LS. Cardiovascular effects of local anesthesia with vasoconstrictor during dental extraction in coronary patients. Arq Bras Cardiol. 2007;88(5):507-13.4. Cáceres, MTF et al. Effect of local anesthetics with and without vasoconstrictor agent in patients with ventricular arrhythmias. Arq Bras Cardiol. 2008;91(3):142-7.5. Laragnoit AB, Neves RS, Neves IL, Vieira JE. Locoregional anesthesia for dental treatment in cardiac patients: a comparative study of 2% plain lidocaine and 2% lidocaine with epinephrine (1:100,000).Clinics 2009;64(3):177-82.6. Bronzo ALA, Cardoso CG, Ortega KC, Mion D. Felypressin increase blood pressure during dental procedures in hypertensive patients. Arq Bras Cardiol. 2012;99(2):724-31.

Figura 3 - Presença de extrassístoles ventriculares (VES) em pacientes com doença arterial

coronariana. (Cáceres et al., 2008)

Figura 4 - Presença de extrassístoles ventriculares (VES) em pacientes portadores de doença de Chagas. (Cáceres

et al., 2008)

Figura 5 - Valores de pressão arterial média nos grupos, sendo PL: lidocaína sem

vasoconstritor e LE: lidocaína com epinefrina 1:100.000, durante todo o período estudado.

(Laragnoit et al., 2009)

Um estudo recente6, publicado em 2012, investigou o efeito da felipressina em 71 hipertensos com pressão arterial controlada (ou seja, PA < 140/90 mmHg). Os pacientes receberam 2 tubetes de prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI e 2 tubetes de prilocaína 4% sem vasoconstritor. A pressão arterial sistólica aumentou após a anestesia, independente do uso do vasoconstritor, durante todo o procedimento odontológico. No entanto, um aumento adicional na pressão arterial diastólica foi observado quando a prilocaína foi associada à felipressina. Portanto, mais estudos devem ser realiza-dos para diminuir as dúvidas existentes quanto à segurança de cada solução anestésica para os pacientes com doenças cardiovasculares.

A escolha do anestésico local pode ser discutida com o cardiolo-gista do paciente, mas o CD deve ter conhecimentos baseados em evidências científicas para defender inclusive o uso do vasoconstri-tor. Independente do anestésico selecionado a técnica de infiltração anestésica deve ser adequada, usando a mínima dose efetiva, sem-pre após a aspiração negativa e a administração do anestésico deve ser lenta, de 1 a 2 minutos para cada tubete.

REFERÊNCIAS1. Covino BG, Vassallo HG: Local anesthetics: mechanisms of action and clinical use. New York 1976, Grune & Stratton.2. Neves RS, Neves IL, Giorgi DM, Grupi CJ, Cesar LA, Hueb W, Grinberg M.

Figura 6 - Ilustração da técnica anestésica adequada e carpule que permite refluxo

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N O V I D A D E S

Lumina-ACP

A Criteria deve lançar ainda este ano seu produto Lumina-ACP que promete revolucionar o mercado de biomateriais pela simplicidade na manipulação e capacidade na formação acelerada do tecido ósseo. O Lumina ACP assemelha-se a um algodão, hidrofílico e moldável, composto por puríssimo fosfato de cálcio.Informações: www.criteria.com.br – [email protected] – 11-5041.5049

A Zhermack apresenta Hurrimix, o mais novo misturador auto-mático para gessos e alginatos, desenvolvido especialmente para satisfazer as necessidades dos profissionais mais exigentes. Hurrimix proporciona misturas sempre consistentes, cremosas e homogêneas, com um mínimo de esforço; tempos de mistura muito menores em comparação com a mistura manual; menor desperdício de materiais e maior higiene no ambiente de trabalho. A utilização de Hurrimix é intuitiva desde o início. É totalmente automatizado e suas operações são silenciosas; contém mostrador de amplas dimensões para garantir uma programação rápida e fácil. O software inclui 20 programas, sen-do 10 para alginatos e 10 para gessos (7 dos quais estão previamente definidos para os produtos Zhermack). O usuário pode modificar as programações a qualquer momento e misturar até 80 g de alginato ou 100 g de gesso Zhermack. Hurrimix é personalizável, com 6 opções de cores para adequar a máquina à decoração do consultório (item opcional). É fornecido com espátula, bastão para pré-mistura, 2 cubas para mistura de alginato, 2 cubas para mistura de gesso, 1 garrafa dosadora para água e medidores.Informações na Labordental Ltda., distribuidor da Zhermack no Brasil - São Paulo - SP - (11) 5542-5855 – [email protected]

O presidente da Colgate-Palmolive no Brasil, Ricardo Ramos, foi home-nageado pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp). A sessão solene aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo, em comemoração ao Dia do Cirurgião-Dentista e premiou profissionais que

trabalham em prol da melhoria da saúde bucal no Brasil. Ricardo Ramos foi condecorado com a Comenda e Medalha Tiraden-tes graças às suas iniciativas no ramo odontológico. “Fico muito honrado em receber esse tipo de reconhecimento. Nós, da Colgate-Palmolive, trabalhamos arduamente em todo o mun-do para levar não só inovações aos nossos consumidores, mas também educação e conhecimen-to para a população”, afirmou o presidente.

Para celebrar os 25 anos de fundação do Laboratório Flores Prótese, uma grandiosa festa foi realizada no dia 24 de janeiro de 2013, no Espaço Noah – Sala Harai 1, no bairro paulistano Chácara Santo Antonio. A recepção iniciou às 19 horas e houve apresentação de vídeo institucional, jantar, agradecimentos da Cristina Flores e stand up show com Caique Torresmo.

Hurrimix

Presidente da Colgate-Palmolive é homenageado pelo Crosp

Laboratório Flores comemora 25 anos

Gilmar, Cristina e João Flores

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Fig. 3 – Radiografia panorâmica inicial

Fig. 7 – Implantes instalados na região dos dentes 24 e 26

Fig. 1 – Sorriso inicial

Fig. 2 – Foto intrabucal. Nota-se desgastedo esmalte dentário na cervical e incisal

Fig. 4 – Descolamento do pedículo parapreenchimento da depressão vestibular

Fig. 6 – Implantes instalados na região dos dentes 12, 14, 15 e 16

Reabilitação bucal por meio da utilização de manipulação tecidual, implantes osseointegrados e facetas e coroas em cerâmica

I M P L A N T O D O N T I A D A A P C D - J P E M D E S T A Q U E

Dra. Bianca Molina

Caso executado pela aluna Bianca Molina Araújo da terceira turma do curso de Especialização em Implantodontia, orientada pela seguinte equipe de professores: Abel Augusto, Antonio Faga Jr., Clarindo Mitiyoshi, José Lies, Márcia Marcondes, Márcio Miyasaki, Marcel Ferreira, Marcelo Bassani, Rodrigo Sarzedo, Rodrigo Tadashi e Sérgio Nogata.

Fig. 5 – Expansão do osso maxilar com Expansor de Summers para ganho de altura óssea

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Fig. 9 – Implantes na região dos dentes 35 e 37 instalados e perfuração para instalação do implante 36

Fig. 11 – Facetas cimentadas, faltandocimentar a coroa sobre abutment

Fig. 8 – Remoção da raiz residual e instalação dos implantes na região dos dentes 45, 46 e 47

Fig. 10 – Preparo de facetas e coroas. No elemento 12, abutment personalizado em cerâmica. Paciente já possuía

núcleos metálicos, os quais foram mantidos

Fig. 12 – Naturalidade e harmonia observadas no sorriso ao final dos procedimentos Fig. 13 – Radiografia final

Nos últimos anos, a busca por excelência nas reabilitações bu-cais unindo reestabelecimento da função com a estética trouxe o aperfeiçoamento das técnicas e o desenvolvimento de sistemas reabilitadores. As técnicas visam melhorar também a biocompa-tibilidade dos trabalhos. Com isso, diferentes tipos de sistemas e técnicas podem ser utilizados em uma mesma reabilitação, desde a cirurgia até a prótese restauradora, de acordo com suas indicações.

Relato de caso clínico - O paciente M.N.A. nos procurou no curso de Especialização de Implante da APCD do Jardim Paulis-ta, buscando reabilitação com implantes para devolver as funções mastigatórias e estéticas. Aos 58 anos, o paciente fazia o uso de prótese parcial removível, a qual não satisfazia suas necessidades.

Após avaliação, foi confirmado comprometimento estético e funcional, com má oclusão, perda de elementos dentários, perda da dimensão vertical de oclusão e desgaste do esmalte dentário.

Após exame clínico, radiográfico, exame de modelos e análise fotográfica, foi definido o planejamento reabilitador, por meio do enceramento de diagnóstico, reestabelecendo planos e dimensões, além da confecção do guia cirúrgico.

O caso foi finalizado a partir da confecção de coroas metaloce-râmicas sobre implantes, facetas e coroas em cerâmica (metal free) sobre dentes; o resultado estético foi extremamente satisfatório, pois a cerâmica possibilita a reprodução de um dente com carac-terísticas naturais.

Foram utilizados implantes da 3i Biomet, hexágono externo

e, nas próteses, cerâmicas Empress II; nas facetas e coroas sobre dente e metal foi utilizado cobalto-cromo com aplicação da cerâ-mica Design.

Mediante planejamento individual e caracterizado, foi pos-sível reestabelecer a harmonia do sorriso e devolver as corretas relações maxilomadibulares, além de proporcionar autoestima e confiança ao paciente.

Turma e equipe de profs.: da esq. p/ dir., Renize Esper, Márcia Marcondes, Rodrigo Racca, Antonio Faga, Vinicius Manuel, Franklin

Toyama, Alice Kentaro, Abel Augusto, Jonas Matos, Rodrigo Tadashi, Alessandra Trolli, Roberto Suzuki, Rodrigo Sarzedo, Sarina

Mastrofrancisco, Clarindo Mitiyoshi, Marcel Ferreira, Márcio Miyasaki, Edina Schmidt, José Lies, Bianca Molina, Marcelo Bassani

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No dia 10 de dezembro de 2012 encerrou-se a tercei-ra turma do curso de Especialização em Implantodontia da APCD do Jardim Paulista. Os alunos apresentaram aos professores e orientadores suas monografias e tam-

Encerramento do curso da terceira turma de Especialização em Implantodontia da APCD-JP

bém os casos que foram discutidos e finalizados durante o curso. Em seguida, os alunos e equipe confraterniza-ram com um jantar.

I M P L A N T O D O N T I A D A A P C D - J P E M D E S T A Q U E

Rodrigo Tadashi, José Lies e Sarina Mastrofrancisco

Turma e equipe de professores: da esq. p/ dir., Abel Augusto, Rodrigo Racca, Renize Esper, Márcia Marcondes, Alessandra Trolli, Sarina Mastrofrancisco, Édina Schmidt, Roberto Suzuki, Marcelo Bassani, Antonio Faga, Alice Kentaro, Vinicius Manuel, Clarindo

Mitiyoshi, Bianca Molina, José Lies, Rodrigo Sarzedo, Márcio Miyasaki, Rodrigo Tadashi, Jonas Matos e Franklin Toyama

Sarina Mastrofrancisco, Bianca Molina, Alessandra Trolli, Alice Kentaro, Édina Schmidt e Renize Esper

Márcio Miyasaki, Vinicius Manuel, Antonio Fagá, Édina Schmidt, Bianca Molina, Márcia Marcondes, Roberto Suzuki e Abel Augusto

Rodrigo Racca, Vinicius Manuel, Marcelo Bassani e Clarindo Mitiyoshi Yao

Os Alunos Franklin Toyama, Roberto Suzuki, Alessandra Trolli, Édina Schmidt, Sarina Mastrofrancisco, Alice Kentaro, Renize Esper, Vinicius Manuel, Bianca Molina, Jonas Matos e Rodrigo Racca

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Equipe de Orto da APCD-JP participa do 18º Orto/SPO-2012

De 27 a 29 de setembro de 2012, no Expo Center Nor-te, em São Paulo, aconteceu o 18º Congresso Brasileiro de Ortodontia – Orto/SPO-2012, organizado pela Socieda-de Paulista de Ortodontia (SPO). Os professores do cur-so de Especialização em Ortodontia da APCD do Jardim Paulista participaram das atividades científicas durante do congresso. No evento também foi apresentado o Simpósio sobre Apneia do Sono: Diagnóstico e condutas terapêuticas.

O R T O D O N T I A D A A P C D - J PE M D E S T A Q U E

Profs. do curso de Especialização em Ortodontia da APCD do Jardim Paulista. No detalhe, dr. José

Martelli Filho profere palestra com o tema: “Cirurgia Ortognática na Atualidade, Com ou Sem Extrações?”

O professor e coordenador do Curso de Especialização em Prótese Dentária da APCD-JP, Dr. Eurípedes Vedovato, lançará brevemente o livro de Implantodontia “Protocolo Brånemark – Prótese Fixa Man-dibular Suportada por 3 Implantes” (207 páginas – Quintessence Editora Ltda.). “Uma longa experiência clínica tem mostrado que um paciente totalmente desdentado pode obter melhora significativa na função oral e qualidade de vida desde que uma boa Osseointegração acompanhada por uma Osseopercepção possa ser fornecida com a ins-talação de três fixações de titânio na mandíbula, acompanhada de uma prótese total superior bem adaptada, porém se os recursos permitirem, o tratamento ideal seria com instalação de próteses fixas em ambos os arcos, na maxila e na mandíbula.” (P. I. Brånemark).

Professor Vedovato lançará brevemente livro sobre Implantodontia/Prótese

P R Ó T E S E D E N T Á R I A D A A P C D - J P E M D E S T A Q U E

I N S T I T U T O P - I B R Å N E M A R KD E B A U R U

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Dr. Alexandre Melo Cortese Diretor Depto. Científico

De acordo com as normas do Conselho Federal de Odontologia

C A L E N D Á R I O C I E N T Í F I C O

Informações e inscrições pelos telefones: (11) 5535-9532 / 5049-3250 / 5096-0588 ou pelo e-mail: [email protected]

EAP Jardim PaulistaSEDE - GUARARAPES - Rua Guararapes, 720 - Brookl in (Estacionamento conveniado na Rua Cali fórnia, 590).

CURSOS TEÓRICOS-DEMONSTRATIVOS (coffee-break incluso)

Curso de Especialização em Implantodontia - Início 4ª turmaTeórico/Prático/Cirúrgico/ClínicoÊnfase em carga imediata, manipulação tecidual, enxertos e reabilitaçõesn COORDENADOR Prof. Ms. Clarindo Mitiyoshi Yao e equipen INÍCIO 04/03/2013n CARGA HORÁRIA 1.075 horasn OBJETIVO Aprofundar conhecimentos avançados do CD especialista ou não, visando o diagnóstico, planejamento e execução das técnicas cirúrgicas e protéticas em implantodontia. O curso oferecerá, para utlização dos alunos: motor, contra-ângulo, kit cirúrgico para implantes e enxertos.n INVESTIMENTO 24 x 1.600,00

Especialização em Radiologiae Imaginologia Odontológican COORDENADOR Prof. Dr. Israel Chilvarquern MINISTRADORES Jorge Elie Hayek, Michel Eli Lipiec Ximenez e Márcia Provenzano.n DIFERENCIAIS DO CURSO Utilização de aparelhos de última geração: aparelho panorâmico digital, Tomógrafo Computadorizado Volumétrico; softwares para manipulação de imagens, traçados cefalométricos; simulação de instalação de implantes (RadioCef, Slice Guide e Dental Slice) e interpretação de radiografias e tomografias.n SELEÇÃO 18 de abril de 2013n INÍCIO 13 de maio de 2013

Especialização em Prótese Dentária - 4ª Turman MINISTRADOR Dr. Euripedes Vedovato e equipen DURAÇÃO 24 mesesn PERIODICIDADE 4ª feiras e sábadosn VAGAS 12n OBJETIVO habilitar o aluno a realizar reabilitações utilizando dentes, implantes, aparelhos parciais e próteses totais

Especialização em Endodontia- 4ª Turman COORDENADOR José Eduardo de Mello Jr.n MINISTRADORES Dr. Mário Zuolo e equipen DURAÇÃO 24 mesesn PERIODICIDADE Semanal (quinta-feira)n VAGAS 12n OBJETIVO Habilitar o aluno para resolução dos casos clínicos de tratamento endodôntico convencional, retratamento e cirurgia apical comumentemente encontrados na rotina diária em endodontia

Curso de Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares - Início 2ª Turman COORDENADOR Prof. dr. Eduardo Sakain MINISTRADORES Prof. Luciano Wagner Ribeiro e prof. Sergio Polizio Terçarollin INÍCIO março de 2013n OBJETIVO Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares segundo os ditames do Conselho Federal de Odontologia (CFO).n INVESTIMENTO as matrículas ao curso estão estabelecidas em R$ 1.300,00, dos quais, 50% serão abatidos da última parcela do curso; 36 parcelas iguais de R$ 1.300,00 ou 12 parcelas de R$ 1.100,00 + 12 parcelas de R$ 1.300,00 + 12 parcelas de R$ 1.500,00 ou 30 parcelas iguais de R$ 1.560,00. Os alunos não sócios da APCD e/ou não quites com a anuidade da mesma, pagarão valores maiores.n INFORMAÇÕES [email protected] - (11) 5575-2252 / 5049-3250

Curso de Especialização em Ortodontia - 7ª turmaTeórico / Prático / Clínicon MINISTRADOR Prof. Gilberto Cortese - Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facialn COORDENADOR José Martelli Filho - Mestre e Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e Especialista em Radiologian PROFESSORES Alexandre Cortese (mestre e especialista em Ortodontia), Juliana Cortese (especialista em Ortodontia) e professores convidadosn DURAÇÃO 30 mesesn VAGAS 12

Curso de Atualização em ImplantodontiaTeórico/Prático/Clínico/Cirúrgicon COORDENADOR Prof. Ms. Clarindo Mitiyoshi Yao e equipen PERIODICIDADE Semestraln VAGAS 12n OBJETIVO O curso visa habilitar o cirurgião-dentista a realizar procedimentos cirúrgicos para instalação de implantes osseointegrados (unitários e múltiplos) e reabilitá-los com próteses. O curso é composto por atividades demonstrativas, teóricas, clínicas e cirúrgicas. O equipamento cirúrgico a ser utilizado no curso (motor, contra-ângulo e kit cirúrgico dos sistemas de implante) será fornecido pelo curso.

CURSOS REGULARES DE ESPECIALIZAÇÃO

CURSO REGULAR DE ATUALIZAÇÃO

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E S P E C I A L

Não muito tempo, para as pessoas que viviam no interior dos estados, o sonho era estudar e trabalhar na “cidade gran-de”. Hoje, o fluxo migratório se tornou uma mão inversa para muitos. As cidades do interior oferecem as mesmas infraes-truturas das metrópoles e muitas vezes com qualidade de vida, conforto, segurança, locomoção, saúde e educação superior.

Muitos profissionais da Odontologia optaram por este caminho. Ora morando no interior e trabalhando na capital, ora, mais radical, mo-rando e trabalhando no interior.

Para o especialista em Periodontia e introdutor no Brasil da técnica de Microcirurgia Plástica Pe-riodontal, dr. Glécio Vaz de Campos, trabalhar e morar em uma cidade do interior de porte médio, como Jundiaí, tem as suas conveniências, como o trânsito reduzido e a faci-lidade de locomoção. “Isso fica bastante evidente quando eu comparo aos dois dias que trabalho em São Paulo, onde necessito sair de casa com duas horas de antecedência, apesar do trajeto (com trânsito normal) ser estimado em 50 minutos. A minha semana tem que ser programada e ajustada de acordo com as atividades de Jundiaí ou de São Paulo. Eu não posso ter a mesma rotina em função dos horários e das distâncias.”

Ele explica que o segredo é ter uma agenda bem organizada e atenta. “Divido a minha semana em três dias de trabalho em Jundiaí e dois em São Paulo, dos quais um é dedicado ao Ateliê Oral e o outro, ao meu consultório particular de São Paulo”, diz dr. Glécio. A solução encon-trada foi agendar o primeiro paciente por volta das 9h30, fugindo um pouco do pior trânsito da manhã. No final do dia, por volta das 19h, não costumo ter grandes problemas, mas mesmo assim a viagem é de aproximadamente 1h20. “Essa rotina é bem diferente na minha clínica de Jundiaí, onde início o dia às 8h, vou almoçar em casa e termino o dia também às 19h. A grande diferença é a produtividade do dia, pois tenho mais horas de trabalho e ainda me sobra tempo, à noite, para outras atividades, como jogar tênis e fazer um pouco de academia.”

O relacionamento paciente/profissional no interior costuma ser mais próximo, muitas vezes se tornando uma nova amizade. Para que essa proximidade seja harmoniosa, deve-se tomar o cuidado de não interferir no bom andamento do tratamento, em termos de respeito aos horários de agendamento e mesmo dos honorários profissionais. “O cliente da capital, diz dr. Glécio, costuma ser mais focado no resultado do trata-mento e um pouco mais distante do relacionamento interpessoal.”

A opção de se ter mais um posto de trabalho para o dr. Glécio foi devido a sua dedicação à Microcirurgia Plástica Periodontal e Peri-im-plantar. “Em São Paulo, posso fazer exclusivamente esses procedimen-tos, pois eu recebo indicações específicas, que em Jundiaí são menos frequentes. Assim, a possibilidade de dedicar dois dias por semana ex-

Há diferença entre ser cirurgião- dentista na capital ou no interior?

Por Israel Correia de Lima

clusivamente para a microcirurgia permitiu-me o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da técnica e a possibilidade de divulgá-la por todo o país. Como desvantagens eu citaria o custo operacional aumentado (via-gens, funcionários, aluguel etc.) e o desgaste físico pela movimentação semanal entre Jundiaí e São Paulo.”

Com relação ao valor dos honorários cobrados, dr. Glécio salienta que Jundiaí é uma cidade com os melhores índices econômicos do Bra-sil, portanto os clientes têm um bom poder aquisitivo. “O que noto de diferente é que a disposição do cliente do interior em investir em trata-mentos mais dispendiosos é muito menor do que os paulistanos. Outra curiosidade é que, quando se deseja um tratamento muito específico, há uma tendência em procurar uma referência em São Paulo. Já aconteceu de atender no meu consultório de São Paulo pacientes de Jundiaí, que ficaram surpresos quando souberam que eu morava e tinha consultório também em Jundiaí. Quanto à inadimplência, eu praticamente não te-nho esse problema, talvez pelo meu método de trabalho em que os paga-mentos são associados à evolução do tratamento”, exemplifica dr. Glécio.

No interior de São Paulo, cidades como Jundiaí oferecem boas con-dições para o desenvolvimento profissional e o necessário para uma óti-ma qualidade de vida. Dr. Glécio nunca cogitou com a família mudar de cidade, mesmo depois da decisão de ter consultório em São Paulo (há 10 anos ), pois tem em Jundiaí uma clientela bem estabelecida, de mais de 30 anos. “É claro que tenho que trabalhar mais como clínico geral; eu não conseguiria focar em microcirurgia plástica periodontal se ficasse estabelecido somente em Jundiaí”.

Para ele, atuando no interior o CD pode ter algumas limitações profissionais que são compensadas, por sua vez, na qualidade de vida, na educação dos filhos, no convívio com a família no dia a dia, no re-lacionamento com os amigos. “É comum os professores das escolas de ensino fundamental e médio conhecer os pais, tratá-los pelo nome e

ter um envolvimento mais próximo com os alunos. Outra peculiaridade é a ajuda mútua entre os pais, revezando no transpor-te dos filhos até a escola. Nos dias de hoje, em que a segurança é cada vez mais crítica (no interior também tem violência), os pais se preocupam em conhecer os amigos dos fi-lhos e até facilitar reuniões e festinhas dentro de casa. Isso é muito comum nas cidades menores”, afirma dr. Glécio.

Na opinião do diretor da Escola de Aperfei-

Dr. Rielson José Alves Cardoso, atende em Campinas

Dr. Glécio Vaz Campos mora e trabalha em Jundiaí, mas também

atende em São Paulo

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ção não depende só da taxa associativa. “Depender da taxa associativa já torna a entidade menor em poder e possibilidade de representação. Daí decorre a obrigatoriedade de se utilizar somente de uma administração leiga, de colegas abnegados e sonhadores, todos de grande valor, mas insuficiente para crescer na maioria das vezes.”

Dr. Rielson acrescenta que até por força de estatuto as Regionais são totalmente independentes econômica e administrativamente da APCD Central. “A nossa Regional não depende em nada da APCD Central para seu funcionamento e existência, no entanto, a força se faz pela uni-dade, pela troca de experiências e informações, pelo agregar de ideias, ações e expressão numérica da categoria. “Na verdade, somos impres-cindíveis uns aos outro, todos os núcleos da APCD. Da mesma forma que como grupo profissional todos nós somos interdependentes. Não acreditar nisto é devaneio sobre o que é ser uma categoria, a força de uma categoria quando está unida. “Infelizmente, penso que a maioria dos nossos colegas não pensa assim.”

Com um consultório em Atibaia e outro em São Paulo, o especialista em Dentística Restauradora e atualmente atuando na área de Prótese e Reabilitação Oral, o dr. Flávio Luiz Iacobucci diz que em comparação com São Paulo, a rotina de atendimento é mais tranquila em função de não haver tanto atraso por trânsito, porque tudo é mais próximo, e o paciente vem com mais frequência ao consultório. “A relação é tranquila porque muitos pacientes são indicados por amigos, por familiares e as pessoas se conhecem evoluindo para um convívio de confiança mútua mais natural que em São Paulo.”

Dr. Flávio enumera algumas vantagens e desvantagens que o inte-rior proporciona; vantagens: a distância física entre os locais mais fre-quentados e o consultório é menor; as despesas são menores em alguns itens, como salário de funcionários, manutenção do imóvel, serviço de pedreiro, encanador, pintor e manutenção de ar-condicionado; quanto à manutenção dos equipamentos do consultório e investimentos, é igual à capital; desvantagens: quanto a congressos e cursos, são praticamente

todos em São Paulo, o que gera investimento financeiro e de tempo para o deslocamento; a compra de materiais de consumo e equipamentos é feita em São Paulo.

Comparando a qualidade de vida, a criação dos filhos/escola, o trân-sito e a segurança, dr. Flávio afirma que é melhor manter a família em Atibaia, em relação à cidade de São Paulo. “A mensalidade da escola de minha filha é 30% menor, ela tem mais tempo para estudar e praticar outras atividades. Em relação ao trânsito, é muito menos intenso e a segurança é relativa em qualquer lugar. Em Atibaia tenho um convívio pessoal muito bom, frequento o clube aos finais de semana, pratico es-porte, e a integração familiar é maior”.

Recém-formado em Odontologia pela Universidade de São Paulo, o dr. Gustavo Seloti tomou a decisão de se mudar e montar um consul-tório na cidade de Pirassununga. “Essencialmente, optei por realizar o curso em São Paulo devido à vasta infraestrutura que a cidade propor-

Dr. Flávio Iacobucci com a família em Atibaia

çoamento Profissional (EAP) da APCD de Campinas e doutor em Endodontia pela FOUSP, dr. Rielson José Alves Cardoso, culturalmen-te há diferenças entre as regiões do estado. As cidades industrializadas têm vocação diferente daquelas em que a agropecuária é imperativa. “O ritmo e as relações pessoais se dão de forma diversa. Mesmo as regiões metropolitanas são díspares na sua formação populacional, pois as migrações dão a elas contornos sociais desiguais, suas caracterís-ticas econômicas também são diversas. Campinas era ótima até ter aproximadamente seiscentos mil habitantes, a partir daí os problemas começaram a aparecer.”

“Nossa rotina de consultório é muito parecida com a de São Paulo, mas temos acesso facilitado e mais rápido ao local de trabalho. A maioria dos profissionais ainda pode ir almoçar em casa. Temos maior facilidade para resolver questões pessoais e familiares no dia a dia”, fala dr. Rielson.

Para ele, a relação com o paciente é, sim, diferente. No interior, você se encontra com as pessoas quase sempre. “A sala de espera do consultó-rio é também ponto de encontro; todos os pacientes se conhecem, pelo menos de vista, com uma frequência muito mais significativa do que em São Paulo. Mas acho que em São Paulo, em muitos bairros, isso também é verdadeiro. Tem muito a ver com a característica do profissional, do consultório ou da clínica”, esclarece dr. Rielson.

Ele aponta que não há dúvida de que no interior a qualidade de vida é melhor do que em São Paulo. Em cidades ainda menores é in-comparavelmente melhor. “Aqui ao nosso lado, em Vinhedo, Valinhos, Holambra, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Limeira, Americana, só para dar alguns exemplos, a qualidade de vida profissional é muito melhor. O custo de vida é menor, o estresse é menor, o acesso aos grandes centros é fácil, as relações são mais próximas, a vida familiar parece mais intensa, o calor humano é maior.”

Na avaliação do dr. Rielson não há equiparação de valores: “no in-terior é mais baixo, é 30% menor, pelo menos, mas na média apro-ximadamente 50% é a realidade, isso nos atendimentos particulares. Nos convênios e credenciamentos é tudo igual, lamentavelmente igual e vergonhoso”.

Quando ele optou pelo interior não foi só por uma questão eco-nômica, e sim pela questão da qualidade de vida, do estilo de vida, do bem-estar, da proximidade com a natureza e das pessoas. “Estar no in-terior é querer estar mais próximo da sua infância, da sua adolescência. Todos os que voltam da capital para o interior, no fundo este é o motivo principal. É voltar a ser o que você era. Campinas tem muitos mineiros que vieram para cá nos anos 70 e 80; muitos, muitos mesmo, voltam ou querem voltar exatamente buscando a proximidade das marcas boas de sua infância e adolescência”, diz dr. Rielson.

Como membro atuante do Conselho de Regionais (Core), dr. Riel-son informa que as Regionais da APCD são muito diferentes estrutural-mente em função do tamanho da região de suas influências, do número de profissionais e do tamanho da cidade sede. Aquelas que têm EAP sempre são maiores e normalmente mais estruturadas, pois a arrecada-

Dr. Gustavo Seloti na praça em Pirassununga

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ciona. Poderia ter ido para alguma cidade aqui no interior, contudo, achei que existiam mais possi-bilidades em São Paulo do que em outros lugares, essa foi a primeira impres-são que tive. A formação é excelente, tive muitas experiências boas, e outras nem tanto... foi um pe-ríodo muito especial pra mim enquanto estudei na FOUSP.”

Mas o principal fator que o fez voltar para o interior foi a não adapta-ção à “correria” que é São Paulo, com todos os fato-

res estressantes do dia a dia, como trânsito, lixo e violência. “Tendo isso em vista eu decidi que ao acabar o curso eu voltaria para minha cidade natal, que, embora não seja uma metrópole, é muito bonita e tem uma qualidade de vida, a meu ver, exponencialmente superior... além do fator de eu estar perto das pessoas que amo”, diz dr. Gustavo.

Segundo dr. Gustavo, a principal vantagem do interior é a qualidade de vida. “Não acho que o custo/benefício seja um problema. Acho que as despesas com os empregados sejam menores, devido ao custo de vida do interior. A principal desvantagem a meu ver é a inserção no merca-do de trabalho. No interior acontece muito de as pessoas realizarem a propaganda ‘boca-a-boca’, na capital acho que isso também acontece, mas, devido ao grande número de pessoas, acredito que a inserção do profissional é facilitada. Demora algum tempo até você ficar conhecido na cidade e tal, e acho que o retorno, tendo isso em vista, é um pouco mais demorado.

“Só o fato de você não ter que passar algumas horas no trânsito tanto para ir como para voltar do trabalho já é um grande alívio. Acho que dadas as devidas proporções, trabalhar no interior proporciona maior qualidade de vida, já que o estresse aqui é muito menor. Além desses fatores, o custo de vida aqui também é muito menor, e combinando isso faz com que você trabalhe mais tranquilamente”, finaliza dr. Gustavo.

Casa perto do trabalho (duas quadras), ausência de trânsito, almoço com a família, quase não existe violência, clima bom, banco, mercado e comércio centralizados, clube de campo a três km do centro da cidade, com ótimas instalações (academia, piscina fria e aquecida, quadras de tênis, futebol, bar e restaurante, trilha ecológica, açude para pesca, men-salidade de R$ 110,00 (fa-mília), qualidade de vida total. O periodontista dr. Marcelo Scannapieco desfruta de tudo isso na cidade do Espírito Santo do Pinhal (SP). “Certa vez, uma cliente veio da capital para morar aqui. Um dia ela me disse as-sim: Marcelo, vou-me embora para São Paulo de novo, prefiro morrer de tiro do que de tédio (risos); então, penso eu, que qualidade de vida é relativo. Tenho uma filha de 15 anos! Muito tran-quilo, ela tem segurança e autonomia para ir e vir

do cinema, clube, escola, casa de amigos, avós... muito bom isso, gera conforto. Em São Paulo talvez seja um pouco diferente”.

Ele explica que tem suas limitações, como toda cidade pequena: o po-der aquisitivo é baixo ou médio para a maioria da população, baixas opor-tunidades de emprego, mas com uma infraestrutura boa. “Os clubes são bons, família e amigos sempre próximos, há bares e restaurantes bons”.

Dr. Marcelo conta uma boa história: “fazia um curso na ACDC Campinas e na minha turma somente eu e o professor éramos do inte-rior. Constantemente éramos chamados de caipiras pelos outros alunos (nas brincadeiras). Um dia, o professor disse assim a uma aluna da ca-pital: ‘na minha cidade (que é Pinhal) da minha casa ao consultório de-moro cinco minutos; levanto de manhã, tomo meu café sossegado, vou para a clínica, faço horário de almoço em casa, volto à tarde e fico até mais ou menos cinco e meia, depois vou para um clube de campo que fica a três quilômetros da porta de meu consultório; lá tenho academia, piscina aquecida e fria, quadras de tênis, sauna, futebol, trilhas, amigos, bar e restaurante... por R$ 110,00 ao mês... E você? Conte-me como é sua rotina’? Foi motivo de risos, mas é o exemplo que caracteriza bem a vida de interior custo/benefício”.

Residente em São Paulo, no bairro Jardim Paulista e com consultório particular em Sorocaba há 24 anos, o professor assistente do curso de Es-pecialização em Prótese Dentária na APCD do Jardim Paulista, APCD

Central e ABO Rondô-nia, dr. Marco Meloncini diz que na cidade de Soro-caba se trabalha com mais conforto e espaço. “Ade-mais, a sensação de segu-rança é maior. Quanto aos pacientes, é mais fácil conquistar a confiança da clientela numa cidade em que existe a impressão de que todos se conhecem. Esse relacionamento so-cial também proporciona maior visibilidade e maior reconhecimento e prestí-gio profissional. São Pau-lo, por sua vez, vale por muitas cidades, tem todos os tipos de pacientes e

oferece diversos serviços, muitas vezes mais especializados. É possível, inclusive, selecionar mais a clientela. Outra questão é a agenda: é mais fácil cumprir o atendimento na hora marcada numa cidade do interior, onde não há tanto trânsito.”

O dr. Meloncini diz que, no interior, o dentista encontra os clientes no supermercado, no clube, no restaurante, no banco. “A relação pro-fissional muitas vezes é contemporânea à relação de amizade, tendo em vista essa convivência. Em São Paulo, essa proximidade é rara.”

Ele também aponta que, no interior, os consultórios geralmente têm instalações mais amplas, uma vez que o preço dos imóveis e dos aluguéis não é tão elevado; como consequência, trabalha-se com mais espaço e conforto. “Além disso, os custos operacionais são mais módicos, as despesas com empregados e o preço dos serviços de manutenção são menores, haja vista o valor reduzido dos salários. Por outro lado, na capital paulistana, o valor das consultas é maior, o que pode suprimir a desvantagem dos altos custos operacionais se o consultório for bem administrado”, diz dr. Meloncini.

Segundo ele, São Paulo e Sorocaba apresentam qualidade de vida cada uma a seu modo. “Os filhos, quando pequenos, precisam de espaço para brincar e se exercitar e, nesse ponto, Sorocaba, com seus vários condomínios e clubes acessíveis, parece ser a melhor opção. Porém, quando crescem, a vantagem das escolas de qualidade de São Paulo pa-rece prevalecer. O trânsito de São Paulo contribui muito com a debili-

Dr. Marcelo Scannapiecoem momento de lazer

Dr. Marco Meloncini: residente em São Paulo e com

consultório em Sorocaba

Dra. Márcia Marcondes:aulas na APCD-JP e

consultório em Guaratinguetá

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Ubatuba se enquadra muito bem no modo de vida da dra. Ivana

de Pádua Dias de Salles

Dr. João Augusto Sant’anna, presidente da Regional da APCD de

Marília pela terceira vez

dade na qualidade de vida nessa cidade tão rica em serviços e cultura, pois se perde muito tempo com locomoção.”

Com relação à vida social em Sorocaba e São Paulo, são ambas ricas para o dr. Meloncini. O que muda são os princi-pais tipos de atividades. “Enquanto em Sorocaba há mais interação ao ar livre, em São Paulo preva-lece a cultura dos museus e cinemas e o lazer dos shoppings. Mas São Paulo também oferece o lazer dos parques, das ciclovias de domingo. A capital, em termos de restaurantes e bares, é incomparável quanto à variedade e qualidade dos serviços. Uma mensagem para os profissionais jovens: É compensador e mais fácil iniciar a carreira no interior. Depois de estabe-lecido em uma cidade do interior, muda-se para a capital – São Paulo é bem difícil, talvez não compense...”

A dra. Márcia Marcondes, professora assistente do curso de Espe-cialização em Implantodontia da APCD Jardim Paulista, mantém um consultório na cidade de Guaratinguetá e também ministra aulas na ca-pital. Ela diz que é interessante, pois Guaratinguetá não é tão distante de São Paulo e lhe permite manter contato com diversos colegas que, como ela, gostam de estudar e estar atualizados; para ela, a logística, no que diz respeito a se locomover, hospedagem, agenda, é muito mais fácil; “o tempo é a gente que faz, e o deslocamento é rodoviário, e sempre que necessário fico hospedada no apartamento de meu pai em São Paulo”.

“Por Guaratinguetá ser uma cidade de médio porte, onde a mo-bilidade é tranquila, possibilita uma melhor administração do tempo de consultório e das minhas atividades privadas; permite um contato mais próximo com os pacientes, a mídia disponível atualmente facilita o contato diário, a baixo custo, com todos os agentes da nossa atividade. Como desvantagem, a manutenção dos equipamentos do consultório é mais difícil e mais cara, a menor densidade populacional restringe a demanda por tratamento especializado, a formação de uma equipe multidisciplinar qualificada é dificultada. Nas demais questões, as dife-renças, quando existem, são irrelevantes em relação à capitall”, explica dra. Márcia.

Para ela, o tratamento no interior é, via de regra, mais acessível, com a mesma qualidade de material e mão de obra. “No meu consultório a inadimplência é muito baixa, durante toda a minha vida profissional somente dois pacientes deixaram de pagar o tratamento.”

“É uma cidade relativamente segura no que tange à violência so-cial. Há também a possibilidade de um trabalho voluntário pelo fato de existir várias instituições de caráter filantrópico, entre elas cito como exemplo a “Fazenda Esperança”, que faz um belo trabalho de recupera-ção de dependentes químicos, cujas necessidades são enormes (http://www.fazenda.org.br/).

Formado em 1983 pela Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp e presidente da Regional de Marília pela terceira vez, o dr. João Augusto Sant’anna trabalhou dois anos na capital, na rua Itacolomi, no bairro de Higienópolis, e foi para o interior em 1985, passando por Mirassol e, depois, em 1987, foi para Marília, onde tem até hoje seu consultório.

“Para mim, como o trânsito não é um grande problema, não sofro com deslocamentos para os locais onde trabalho. São três: hospital esta-dual, período da manhã, e dois consultórios que alterno no período da tarde e início da noite. Há dias em que atendo nos três endereços mais

de uma vez”, explica dr. João Augusto.Segundo o presidente da APCD de Marília, o relacionamento cd/pa-

ciente é um pouco diferente nas questões financeiras, pois há menos des-confiança. “Por isso afrouxamos mais as rotinas financeiras, o que não é bom. Ocorre que, pelo estreitamento de amizade/conhecimento, se o profissional agir como na capital ele pode perder alguns clientes. Outro fator é o seu comportamento social, os lugares que frequenta também são frequentados por todos. E isso as vezes pode gerar comentários.”

Quanto à qualidade de vida, para o dr. João Augusto, erra quem pen-sa ser o interior só paraíso. “Temos problemas que na capital não tem e a capital tem os dela. Segurança, ponto para nós, variedade em lojas, su-permercados, cultura etc., ponto para a capital. Facilidade de atualização a capital tem de sobra, mas para quem gosta, no meu caso, a capital se torna um bom passeio, deveriam as Regionais, como o Jardim Paulista, pensar em alojamentos e cursos mais intensivos para os colegas das Re-gionais do interior, ganha todo mundo. Educação dos filhos, no interior temos boas escolas e preços menores, mas também menor remuneração nos consultórios, acho que dá empate, só é mais fácil de levar e buscar.

E por falar em Regionais, o dr. João Augusto informa que a da APCD Marília possui quase 300 sócios e uma ótima sede. “Fruto do trabalho de poucos profissionais do passado, aos quais somos eterna-mente gratos. Não temos uma EAP, mas realizamos cursos e eventos para atualizar os colegas. Os problemas de baixa frequência a cursos e colegas que não se atualizam são os mesmos. Perde a cidade, a APCD e os profissionais, principalmente, pois ganham menos a cada dia por não se atualizarem. Nossa sede possui salão de festas para 280 pessoas com boa infraestrutura, que os associados locam por preços extremamente diferenciados em relação ao mercado; temos quiosque, churrasqueira, campo de futebol suíço, parque infantil e uma excelente área verde. Te-mos ainda um auditório simples com 145 lugares e outro menor para 20 pessoas, e um consultório para vídeo-aula.”

A dra. Ivana de Pádua Dias de Salles, natural de Taubaté, mãe de uma menina de 9 anos e de um menino de 7 anos, formou-se em 2002 pela Universidade de Taubaté (Unitau). Após o término da faculdade fez

o curso de Especialização em Prótese Dentária da APCD Jardim Paulista. Procurando melhor qua-lidade de vida a família mudou-se para Ubatuba, local que a dra. Ivana e o marido frequentam des-de crianças. “Morar em Ubatuba, litoral paulista, para mim, é um presente da vida. Além de tudo que a cidade oferece de bom, oferece também trabalho, que venho conquistando com muita dedicação.”

As principais dificul-dades encontradas pela dra. Ivana são com as Dentais, que praticamen-te não existem na cidade.

“São duas, não tem metade dos materiais que trabalho, então tenho que ser bem organizada em relação a estoque. Tenho um gasto com correios ou táxi que faz transporte para trazer material de São Paulo ou de Tauba-té. Temos fornecedores que vêm entregar o material, mas a data depende deles. Isso é um problema.” E com relação a protéticos também: “este é o maior problema para mim, que sou protesista, gostaria muito de poder frequentar diariamente um laboratório, mas isso é impossível. A comunicação ocorre por e-mail e telefone, o gasto é grande com correios e táxi-transporte”.

“Para me atualizar tenho que subir a serra e, na maioria das vezes,

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dormir fora de casa. Para mim, mãe de duas crianças e com um marido que não dispensa minha presença, (risos) isso é sempre doloroso, mas confesso que foi e é essencial para meu crescimento pessoal e profissio-nal, então desejo ter sempre oportunidades para subir a serra”, enfatiza dra. Ivana.

Mas também há suas compensações. Ubatuba se enquadra muito bem no modo de vida e nas coisas que a dra. Ivana diz gostar: ar puro, natureza, animais. “As opções de lazer sem gastos são várias e são ma-ravilhosas, praias lindíssimas, trilhas, rios, cachoeiras. Opção de esporte ligado à natureza também são várias e temos todos ao alcance. Ótimos restaurantes, cafés, livrarias, vida noturna razoável. Trânsito, não temos! Lógico, fora da temporada; mas até o trânsito da temporada é legal, sai da rotina, andamos muito de bicicleta; a cidade é plana. Criar filhos aqui é um presente de Deus, é tudo de bom. Eles estudam em uma ótima escola, que é uma cooperativa e tem muitas atividades fora do ambiente escolar, e os pais são muito participativos. A violência é menor, mas existe.”

Casada com um médico, a dra. Ivana consegue compartilhar os afa-zeres profissionais de ambos e manter convívio familiar, e dá a receita: “Morar em cidade pequena facilita muito, é tudo pertinho, você chega ao trabalho e em casa em cinco minutos. Essa facilidade ajuda muito, além disso eu e meu marido trabalhamos na mesma clínica, muitas ve-zes pegamos juntos os filhos na escola, é claro que a carga horária de trabalho de ambos é puxada, mas nem tanto. Priorizamos muito os mo-mentos em família. Mas o alicerce está no amor, cumplicidade, respeito e admiração.”

Além de ter consultório em São Carlos e Araraquara, dr. João Rober-to Gonçalves e equipe também atendem em São Paulo. “Somos cinco cirurgiões buco-maxilo-facial. Sou da opinião que o interior do Estado tem uma perspectiva econômica muito promissora a curto e médio pra-zo. Acho que a região de Araraquara/São Carlos/Ribeirão Preto muito boa para quem quer fugir de São Paulo e exercer uma Odontologia de qualidade por lá.

Para o dr. João Roberto compensa ter um consultório no interior agregado a qualidade de vida. “Condomínios residenciais com estrutura de lazer, clubes, restaurantes, opções de esportes ao ar livre, tudo com preço incomparavelmente mais baixo que na capital. Sem comparação! Pense num final de semana com bóia cross, mountain bike ou uma par-tidinha de tênis de campo. A noite um jantar num restaurante muito agradável com um Malbec reserva decente e o melhor: com preços sem igual em São Paulo. E tem mais: gasto 10 minutos para ir da Universi-dade Estadual Paulista (Unesp) ou do meu consultório até minha casa. É mais ou menos o mesmo tempo que levo aos hospitais da cidade. Almoço em casa vários dias da semana e tenho colegas que além de almoçar em casa diariamente ainda têm tempo para a “siesta”. O CD que tiver interesse em estabelecer-se na região de Araraquara pode entrar em contato comigo na UNESP (16) 3301-6328, no meu consultório 0800-771-5914 ou pelo e-mail: [email protected]. Coragem e

seja muito bem-vindo!”A dra. Débora Parra Sellera, graduada pela FOUSP, coordenadora

do curso de Microcirurgia Parendodôntica – novos conceitos e técnicas, da EAP-APCD Central, e membro da Associação Americana de Endo-dontia (AAE), cursando o terceiro ano da faculdade, casou-se com um médico santista que, na época, fazia residência na Santa Casa de Santos. “Moramos em São Caetano do Sul, minha cidade natal, até me formar e nascer, dois dias depois da minha última prova, nosso primeiro filho. Nos dois anos em que moramos em São Caetano foi bem complicado para o meu marido, porque santista em São Paulo parece peixe fora d’água. E a decisão de se mudar para Santos foi tomada porque ele pres-tou concurso e se tornou médico da Cosipa, hoje Usiminas.“

Ela aponta que não há diferença entre o cliente da capital e o do litoral. “Para a minha especialidade, a Endodontia, não acho que haja diferença, porque ambos os clientes querem salvar seu dente ou ficar sem dor. Não é uma questão simplesmente de estética, geralmente há dor ou infecção associada. O problema maior está em relação ao poder aquisitivo. O paciente da capital ganha mais e reclama menos na hora de gastar com a saúde bucal”, diz dra. Débora.

A dra. Débora salienta que compensa ter um consultório no litoral, porém faz uma ressalva: “se eu fosse responder por todos os dentistas eu engasgaria agora, porque sei que a concorrência está bem complicada e a dependência em relação aos convênios tem deixado muitos colegas desanimados. Particularmente, e diante da minha situação, considero--me feliz e realizada com meu trabalho e minha compensação financeira aqui no litoral.”

“A qualidade de vida é, para mim, o que mais me encanta em San-tos. Temos muitas opções de lazer e descontração. Temos uma ciclo-via abrangendo praticamente toda a cidade; e nos esportes aquáticos, triatlo e corridas, somos referência. O melhor ponto de encontro dos amigos é na orla da praia durante as caminhadas. Nosso jardim da praia está no Guinness, sendo considerado o maior e mais bonito do mundo. Já a praia, durante a semana, bom, isso é coisa de paulista”, brinca dra. Débora.

Ela completará 56 anos de idade e 34 de formada. Tem 3 filhos: Felipe (advogado), Fernanda (periodontista) e Fábio (veterinário), com 33, 31 e 25 anos, respectivamente; 4 netos (Yasmin, Giovana, Sofia e Guilherme). “Adoramos dançar e tomar vinho com os amigos; e, para isso, não faltam opções. Claro que não temos a sofisticação da capital, com grandes teatros e shows, mas como todos da família curtem o mar (pesca, mergulho, caiaque), geralmente na sexta à tarde já vamos para o Guarujá; e muitas vezes posto uma fotinha no Facebook para cutucar os amigos paulistanos, e mostrar o pôr do sol mais bonito do mundo, porque é o “meu” pôr do sol, na praia do Guaiúba. Lá também podemos curtir os quatro netos e o novo membro da família, a labradora Duna, com uma grande vantagem: só meia horinha de carro, quando não se tem fila na balsa”. É de dar inveja.

Dr. João Roberto Gonçalves e equipe queatende São Carlos, Araraquara e São Paulo

Dra. Débora Parra Sellera com a família:“temos o pôr do sol mais bonito do mundo, porque

é o “meu” pôr do sol, na praia do Guaiúba

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Para comemorar o final de ano e o início de 2013 e es-treitar os laços de amizade, diretores, coordenadores e pro-fessores assistentes reuniram-se na Churrascaria Montana Grill, no bairro no Itaim Bibi, no dia 6 de dezembro. Mais

Confraternização da APCD-JP reúne diretores, professores e assistentes dos cursos da EAP

E V E N T O

de 80 pessoas compareceram e comemoraram em clima fes-tivo e descontraído. O presidente da Regional aproveitou a ocasião para apresentar, em breve discurso, um balanço do ano e dos projetos futuros para a entidade e agradeceu o trabalho que as equipes realizaram durante o ano de 2012.

Sra. Mayumi e Dr. Carlos KenjiDra. Jussara Motta e Dr. Eduardo Miyashita

Dr. Fávio Luposeli e Ana Carolina RendaDr. Marcos Koiti Itinoche e Dra. Denise Kanashiro Oyafuso

Dr. Ricardo Thomé e Sra. Catarina de Fátima Augusto Thomé Drs. Flávia Casale Abe, Jose Eduardo de Mello Junior, Gisele Krenke e Paulo Cabral

Dras. Cristiane Prado e Iracema Cabral Drs. Márcio Miyasaki, Rodrigo Tadashi,Marcel Henrique Ferreira, José Lies Saad

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Drs. Clarindo Mitiyoshi, Ricardo Sarzedo e Bianca Molina AraújoDrs. Fábio de Santana Lima, Airton Gottardo e Simone Petrone

Drs. Gilberto Cortese e Sra. Maria Aparecida Melo CorteseDra. Simone Petrone, Sra. Rosemaire e Dr. Sérgio Martins

Sr. José e os doutores Márcia Ayres,Eurípedes Vedovato e Angélica Vedovato

Sra. Gisele Colás Sabino de Freitas e Dr. Nelson Sabino

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E N T R E V I S T A D R . F R A N C I S C O B R A G A

Novos materiais e tecnologia

Essencial: Esta é uma questão difícil de abordar, pois praticamente todos os dias tomamos conhecimento de um novo material no mercado. Como o pro-fissional pode acompanhar essa avalanche de tecnologia?Francisco Braga: Fazendo uma analogia com um CD de música: o que queremos é a música, que é um produto que só se torna tangível quando a escutamos, sendo o CD mera mídia de transporte essencial para que a ouçamos quando e onde qui-sermos. Assim são os materiais, levando ao paciente a solução tecnológica que só se torna tangível ao profissional pela comprovação dos resultados esperados. O que me pergunto é se os profissionais estão preparados para discernir entre o que é mídia e tecnologia que o mercado de novos materiais vem oferecendo de forma massiva.

Essencial: Mas ambos, material e tecnologia, são fundamentais ao propósito do profissional na sua utilização. Então, por que é importante esse discernimento?Francisco Braga: Pela simples razão de que custos nunca foram tão importantes para o profissional e para o paciente. Por qual razão o profissional deveria utilizar um novo material mais caro ou que exija novos instrumentos e/ou equipamentos se sua resposta ao tratamento não acrescenta nada com relação ao material ora utilizado por ele?

Essencial: Mas se ele não adquirir e utilizar não vai poder comprovar o que o marketing do material apresenta como vantagem. Sabemos que existe forte troca de informação entre os profissionais com respeito ao desempenho dos novos materiais do mercado. Sabemos também que esse é um mecanismo delicado por carregar subjetividade e às vezes interesses particulares também.Francisco Braga: Concordo e vejo a troca de informação e experiência entre pro-fissionais como uma necessidade crescente de crédito sobre o conteúdo de marketing dos produtos. É fato que a crescente exigência nos requisitos dos protocolos de utili-zação dos novos materiais leva também à exigência de maior compreensão sobre a físico-química destes que conduzem a esperada resposta biológica.

Essencial: Esta é uma questão delicada, pois a física e a química sugerem não ser empáticas aos profissionais da área da saúde.Francisco Braga: Encaro isto como decorrente de metodologia e didática aplica-das no colegial e graduação não ajustada à essência da profissão e perfil do futuro profissional. Posso garantir que a transferência de informação na linguagem ade-quada ao dentista ou médico pode fazer da física e química dos materiais um as-sunto extremamente atrativo pela compreensão que passará a ter sobre o porquê do comportamento dos produtos que utiliza. Consequentemente, o profissional passará a ter condição de identificar as causas possíveis que levam aos pontos fracos e fortes dos produtos, o que lhe capacitará também a análise das informações sobre os novos produtos a ele oferecidos pelo mercado.

Essencial: Os programas da disciplina “Materiais Dentários” do curso de Odontologia não abordam esse conteúdo físico-químico dos materiais?Francisco Braga: Conheço os programas dessa disciplina ofertada nos cursos de graduação em Odontologia de algumas universidades, como USP, Unip e Federal Fluminense, e todos abordam materiais sob a ótica da “mídia”, conforme apresentei no início desta entrevista. A UnB de Brasília destoa das demais universidades por colocar em seu programa da disciplina Materiais Dentários conceitos que correla-cionam estrutura e propriedades a partir dos tipos de arranjos atômicos e ligações químicas. Esses conceitos formam a base de conhecimento para capacitar o profissio-nal a proceder nas situações apresentadas anteriormente por mim nesta entrevista.

Essencial: Na prática, ou seja, no dia a dia do consultório, em que esse conhe-

cimento agrega vantagens ao profissional?Francisco Braga: No sentimento de soberania sobre os protocolos clínicos e cirúr-gicos utilizados até então como receitas e regras estabelecidas por fornecedores e, às vezes, por colegas de profissão, e que podem agora se transformar em condutas lógicas estabelecidas intelectualmente. Outro ponto forte de ganho está na busca e absorção de novas informações em pesquisas sobre materiais, seus princípios ativos e interações com o meio biológico, fartamente encontrados nos sites de busca, como o Google e Search Babylon. Neste ponto o diferencial do profissional já começa a aparecer em função do reconhecimento pelos pacientes sobre a quali-dade de seu serviço e pelos colegas profissionais pela comprovação de conhecimento através de suas colocações em conversas informais ou questões apresentadas em eventos oficiais.

Essencial: Interessante, pois o momento da classe no País é de extrema con-corrência na captação de pacientes. Como os profissionais podem se preparar nesse sentido. Há canais ou programas abertos para que os dentistas possam se tornar capacitados em físico-química dos materiais com enfoque na área da saúde?Francisco Braga: A classe não tem ideia de quantos dentistas e médicos estão aderidos em programas de pós-graduação em Ciência dos Materiais das Uni-versidades Oficiais e Centros de Pesquisas. Atualmente já se observa que aquele profissional já pós-graduado em materiais começa a levar seus assistentes para obterem a mesma formação, pensando no salto qualitativo que sua clínica poderá conseguir. No momento este é o canal existente em alguns estados do País. Porém, é perfeitamente viável preparar grupos de profissionais odontólogos em suas clí-nicas com aulas semanais durante um curto período, e eu me coloco à disposição para ajudar neste sentido.

Essencial: Essa é uma oportunidade fantástica. Esses programas abordam novas fronteiras de tecnologia como os nanomateriais?Francisco Braga: Evidentemente que se tratando de programas acadêmicos com foco na ciência não poderia faltar o que de mais recente promove os novos pro-dutos como a nanotecnologia, as estruturas de cerâmicas avançadas, os materiais estimuladores teciduais, etc... Esses programas, denominados stricto sensu, nor-malmente vão de 2 a 4 anos, e o profissional sai com título de mestre ou doutor em Ciências. Entretanto é plenamente possível uma instituição viabilizar programas classificados como lato sensu, com duração de 1,5 anos, quando o profissional recebe na conclusão um certificado pela formação adquirida. Os programas stric-to sensu são gratuitos e exigem comprovação de capacitação do candidato. Os programas lato sensu geralmente possuem uma taxa mensal e só exigem seleção se o número de candidatos for maior que o número de vagas oferecidas.

Essencial: Para finalizar, na condição de pesquisador, o senhor acredita que as empresas nacionais possam competir em tecnologia no mercado odonto-lógico internacional?Francisco Braga: Sem dúvida nenhuma. Nas décadas de 1980 e 1990 acom-panhei o desenvolvimento de uma série de empresas fabricantes de implantes pu-ramente por processo de benchmarking, ou seja, copiando e melhorando o que tinha de bom no mercado internacional. Na década de 2000, essas empresas se consolidaram com inovações em seus projetos e ganharam o mundo. Posso citar outro exemplo interessante que é a empresa Critéria, que aguarda a aprovação da Anvisa para lançar seu novo biomaterial, inovador, ímpar no mercado interna-cional, extremamente semelhante a um algodão composto unicamente por fosfato de cálcio e competitivo pela facilidade na manipulação e inserção em lojas ósseas.

Dr. Francisco Braga - Engenheiro de materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); mestre em Ciência dos Materiais pelo Instituto Mi-litar de Engenharia (IME); doutor em Química pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Também é pesquisador no Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no qual é responsável pelo Laboratório de Biomateriais.

Como acompanhar esta evolução? O conhecimento sobre a evolução dos materiais utilizados no setor da saúde vem promovendo o

diferencial do profissional perante os pacientes e a própria classe.

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N O T A S

APCD-JP participa da comemoração ao Dia do Cirurgião-Dentista

No dia 26 de outubro de 2012, aconteceu no Clube Esperia a Festa do Dia do Cirugião-Den-tista, promovida pela APCD Central. A diretoria da APCD-JP esteve presente, representada pelo presidente dr. Nelson Sabino de Freitas e pela di-retora social, dra. Simone Petrone.

Membros da diretoria da APCD-JP

durante o jantarDra. Simone Petrone, Gisele Colás Sabino de Freitas e dr. Nelson Sabino de Freitas

No dia 3 de dezembro de 2012, das 19h30 às 22h00, o dr. Mário Góes, professor em Biologia e Patologia Bucodental e professor titular do Departamento de Odontologia Restauradora – Área Materiais Dentários da

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp, apresentou palestra gratuita com o

tema “Adesão e Revolução nos Procedimentos de Cimentação”, na sede da APCD do Jardim Paulista. A dra. Márcia Ayres fez a apresentação do ministrador e o encontro contou com excelente público. Ao final, foi servido um coffee break patrocinado pela empresa Amefre Produtos Odontológicos.

Dr. Mário Góes ministra palestra na APCD-JP

Drs. Cristiana S. Azevedo, Eurípedes Vedovato,Márcia Ayres e Mário Góes Drs. Eurípedes Vedovato e Nelson Sabino, Sra.

Janice Freitas e Sr. Paulo Matos (AMEFRE)

Dra. Márcia Ayres apresenta ao público o dr. Mário Góes.

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N O T A S

Encontro de 30 anos de formatura da O.S.E.C.

Já viajou de foguete, foi à lua, à estação espacial?

Foi realizado na última sema-na de outubro de 2012, na cidade de Águas de São Pedro (interior de São Paulo), o encontro em co-memoração aos 30 anos de for-mados da turma de Odontologia de 82 da O.S.E.C.(atualmente UNISA). Os professores dos cur-sos da APCD do Jardim Paulis-ta fazem parte dessa turma. São eles: drs. Clarindo M. Yao, Jose Alberto Martelli Filho, Carlos Kenji, Sergio Kignel e Eurípe-des Vedovato. Parabéns pelos 30 anos de vida profissional!

Imagine-se dentro de uma máquina de lavar roupa ligada sendo jogado de um lado para outro durante três horas. Foi a melhor comparação que encontrei para a viagem que fiz no “foguete” de Lisboa ao Porto em 1965. Aí você pergunta: mas esse maluco (que sou eu) já viajou de foguete, foi à lua, à estação espacial?

Poderia ter ido, se aquele desgraçado de trem que me levou ao Porto houvesse descarrilado. Não descarrilou..., mas não foi por falta de oportunidade! Parecia uma cobra coral, ágil como o capeta, serpenteando prá lá e prá cá e avançando lé-pido sobre os trilhos de bitola estreita, uma verdadeira consa-gração da engenharia ferroviária portuguesa, sem brincadeira!

Vinha de Argel, via Paris, e ao chegar a Lisboa fui infor-mado que todos os vôos para o Porto estavam lotados. Res-tava o “foguete”, o novo trem “ultra rápido” que começara a fazer a ligação Lisboa-Porto.

Lisboa, Estação de Comboios (Ferroviária, junho de 1965- Orlando Duarte, amigo e comentarista, escolheu a cabine e tomamos assento. Era a cabine de seis lugares, três viajando de frente e três de costas. Espertos, Orlando e eu nos assentamos para viajar de frente. Ora, mas de frente para quem?!

Três homens de meia idade, um pouco gordos, ocupavam

Turma de 82 da Osec se reúne em Águas de São Pedro

C R Ô N I C A J O S É A L V E S B R A G A J U N I O R

os tais assentos “de costas”. Afoito, como sempre, logo ima-ginei ir para o carro restaurante, pedir um uisquinho e deixar o mundo rolar...

Besteira... ao levantar-me o trem deu uma sacudidela da-quelas, tomei uma cacetada na porta da cabine, ricocheteei e quase sai pela janela. Só não sai porque o vidro estava fe-chado e provavelmente era blindado. Orlando, como sempre sensato, recomendou-me: “fique sentado..., que o leão não é manso!!!”. Fiquei, mas inquieto, ansioso...

Com o passar do tempo percebi que o gordinho logo à minha frente não parava de me olhar. Olhava e esboçava um sorrisinho de intimidade que começou a me irritar. Pô, será que ele é??? Desviei o olhar. Continuei a desviar, mas o “gajo” não se mancava, olhos nos olhos, o tempo todo!

Irritado, disse pro Orlando: “Vamos ter uma encrenca, já, já... vou dar uma porrada neste cara aí a frente se ele não parar de me olhar prá mim como está olhando... Orlando ponderado (mas nem tanto!), aceitou o desafio e parti para a definição: Ôôô meu, pôoo!, dá prá olhar prá outro lugar, não sei quem é você... nunca vi mais gordo... o que que há?

O “portuga”, então se abriu: Ôôô Braga Júnior, eu moro em São Paulo, tenho um hotel na praça da Sé e o vejo todos os domingos na mesa redonda da TV Record!

Autor: advogado, jornalista, empresário. Único locutor de rádio vivo, que irradiou do local os jogos da Copa do Mundo de 1958 (Suécia). Fez mais de 100 viagens inter-nacionais, cobrindo eventos esportivos. Conhece 120 países do mundo.

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www.criteria.com.br

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O que faz de alguém o Melhor Dentista do Mundo? Esta é uma pergunta que sempre me fazem. A resposta é, ao mes-mo tempo, simples e complexa...

O Melhor do Mundo é aquele que percebe que ser den-tista é muito mais do que, simplesmente, ganhar dinheiro atendendo os pacientes com o que há de “melhor” no merca-do... É aquele que entende que seu trabalho tem uma função muito maior e pode mudar a realidade de muita gente. E, por isso, sai de seu consultório para transformar uma realida-de assustadora: milhões de pessoas sofrem todo dia por causa de seus dentes – ou da falta deles!

O dr. Osvaldo Magro Filho, coordenador de Araçatuba, é um desses profissionais! Ele foi premiado como o Melhor Dentista do Mundo de 2012. E não tinha como ser de outro jeito!

Este maluco simplesmente superou todas as expectati-vas! Conheço-o há muito tempo, e nunca imaginei que ele conseguisse trabalhar tanto pelo projeto Dentista do Bem. Ele é um professor renomado, com PhD e tudo. E, como sabemos, ser professor no Brasil exige uma disponibilidade que beira o sacerdócio. Como arrumar tempo para o tra-balho social?

Ele não só arrumou, como o fez magistralmente – e isso é a maior prova de que podemos nos mexer, sim... basta querermos!

Enfim, em parceria com a dra. Sandra Borghi, outra co-ordenadora de Araçatuba, ele ampliou o número de benefici-ários em 80%. Isso numa cidade que é referência em Odon-

E M T E M P O

Ele é o Melhor Dentista do Mundo!

Dr. Fábio Bibancos

TURMA DO BEM - DENTISTA DO BEMR. Sousa Ramos, 311 - Vila Mariana - São Paulo - SPCEP 04120-080 - www.turmadobem.org.br - [email protected]

tologia, o que exige um trabalho muito maior para identificar os jovens que serão atendidos pelo projeto.

Além disso, o que é mais surpreendente, ele ativou o projeto em cinco novas cidades, atuando como um verdadeiro propagador do método. Ou seja, em cinco municípios o projeto Dentista do Bem começou a fun-cionar por causa dele. O impacto disso é monstruoso.

Por fim, ele cadastrou 45 dentistas em outras cidades, captou recursos para a TdB, impactou políticas públicas... Um trabalho monstruoso!

Tenho muito orgulho dele. E quando lem-bro que ele é professor, o orgulho aumenta.

Dr. Osvaldo Magro Filho, coordenador de Araçatuba, foi premiado como o Melhor Dentista do Mundo de 2012

Um professor, assim, como um pai, tem que dar exemplo. E que melhor conduta para os alunos se espelharem que esta?

Como símbolo da organização, acho que a TdB está bem representada.

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I N D I C A D O R P R O F I S S I O N A L

Mário Luis ZuoloEndodontia - CRO 23.690R. Canário, 784 - Moema (SP)(11) 5055-0908 / [email protected]

Nelson Sabino de FreitasEndodontia e Prótese CRO 11.480R. Frei Caneca, 1212 - Cj. 11Cerqueira César (SP)(11) 3289-8016nelsonsabinof@hotmail.comwww.clinicadrnelsonsabino.com.br

Paula ZinggEndodontia - CRO 45.377Av. Nove de Julho, 5483Cj. 123 - Jardins (SP)(11) [email protected]

Sérgio Martins Endodontia - CRO 51.857Al. Joaquim Eugênio de Lima, 881Cj. 408 - Jardins (SP)(11) 3266-4293 e 3284-3598www.endoexcellence.odo.br

ESTÉTICA

Maria Angélica P. VedovatoDentística Restauradora e Estética - CRO 25.738R. Gironda, 186Jardim Paulista (SP)(11) 3887-4433 / 8482

Mario Sergio LimberteEstética - CRO 3268Ed. Trade TowerR. Helena, 218 - Cj. 709Vila Olímpia (SP)(11) [email protected]

IMPLANTE

Rodrigo SarzedoImplantodontia - CRO 71.395Rua Pedroso Alvarenga, 1255 - Sala 64 - Itaim Bibi (SP)(11) 3079- 5938 [email protected]

Rodrigo Tadashi Martines Implantodontia e Cirurgia Oral - CRO 60.052Rua Vergueiro, 1.353 - Cj. 306Paraíso (SP)(11) [email protected]

Ronei FaizibaioffImplantes, Prótese sobre Implante e Estética - CRO 33.652Al. Lorena, 1304 - Cjs. 2F / 3F Jardim América (SP)(11) 3062-9226 e [email protected]

ODONTOPEDIATRIA

Leda De Ranieri Amaral MelloOdontopediatria - CRO 22.842Rua Bento de Andrade, 165Jardim Paulista (SP)(11) [email protected]

ORTODONTIA

Alexandre A. Melo CorteseOrtodontia - CRO 47.345R. Virgílio Várzea, 58Itaim Bibi (SP)(11) 3168-3554 / [email protected]

Juliana Melo CorteseOrtodontia - CRO 67.337R. Virgílio Várzea, 58Itaim Bibi (SP)(11) 3168-6873 e [email protected]

Gilberto CorteseOrtodontia e A.T.M. CRO 2.884R. Virgílio Várzea, 58Itaim Bibi (SP)(11) 3168-3554 / [email protected]

José A. Marques Jr.Ortodontia (RNO-Planas) e ATMCRO 24.256R. Augusta, 2709 - 12º andarCerqueira César (SP)(11) [email protected]

ATENDIMENTO DOMICILIAR

Marcelo Lopes CostellaClínica Geral - CRO 83.647Av. Doutor Arnaldo, 1504Sumaré (SP)(11) 3862-7945 e [email protected]

CIRURGIA

Antenor AraújoCirurgia Buco-Maxilo-Faciale Ortognática - CRO 5.428Av. Jandira, 295 - Cjs. 1003 / 1004 Moema (SP)(11) 5054-1223 / 1501 R. Marcondes Salgado, 64São José dos Campos (SP)(12) 3921-5354 e [email protected]

Carlos Veloso SalgadoCirurgia Buco-Maxilo-Faciale Implantodontia - CRO 35.742R. Maestro Cardim, 560 - Cj. 111Paraíso (SP)(11) 3266-2493

Ricardo ThoméCirurgia e Traumatologia Buco-Maxi-lo-Facial e Clínica Geral - CRO 16.546R. Tabapuã, 821 - Cj. 28 Itaim Bibi (SP)(11) 3168-4484 e 3079-9157 (res.)

DIAGNÓSTICO BUCAL Sérgio KignelDiagnóstico Bucal - CRO 26.239R. Oscar Freire, 465 - Cj. 11Jardim América (SP)(11) 3062-37 77

ENDODONTIA

Daniel KherlakianEndodontia - CRO 37.535R. Augusta, 2763 - SobrelojaCerqueira César (SP)(11) 3082-2171 / [email protected]

Marta T. KuczynskiOrtodontia e Odontopediatria CRO 29.592R. Pedroso Alvarenga, 1255Cj. 54 - Itaim Bibi (SP)(11) 3168-8905

PERIODONTIA

Clarindo Mitiyoshi YaoPeriodontia e ImplantodontiaCRO 25.555R. Gironda, 189 Jardim Paulista (SP)(11) 3887-4010

Glécio Vaz de Campos Microcirurgia Plástica Periodontal e Periimplantar - CRO 26.359Av. Dr. Cardoso de Melo, 1470 - Cj. 809 / 810Vila Olímpia (SP)(11) [email protected]

Mônica Reggi Reis Silva Periodontia, Plástica Periodontal, Estética, Implantes - CRO 29.607R. Turiassú, 127 - Cj. 143Perdizes (SP)(11) 3666-9202 / 5772 e 7207-1497 [email protected]

PRÓTESE DENTÁRIA

Antonio Fagá JúniorPrótese - CRO 25.528R. Cubatão, 929 - Cj. 33Vila Mariana (SP)(11) 5572-8886

Eurípedes VedovatoPrótese e Estética CRO 25.739R. Gironda, 186Jardim Paulista (SP)(11) 3887-4433 / 8482www.vedovatoodontologia.com.br

Flávio Luiz IacobucciPrótese e Dentística CRO 24.192Av. Nove de Julho, 5483 - Cj. 23Jardim Paulista (SP)(11) 3079-3036

Sérgio Hideki YasudaPrótese e Estética CRO 48.584Av. Angélica, 2100 - Cj. 91Higienópolis (SP)(11) 3257-9575 e [email protected]

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