aids 30 anos: avanços, desafios e perspectivas pedro chequer - coordenador do unaids no brasil
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AIDS 30 anos: Avanços, Desafios e Perspectivas
Pedro Chequer - Coordenador do UNAIDS no Brasil
Pessoas vivendo com HIV
2007‘01 ‘02 ‘03 ‘04 ‘05 ’06‘94 ‘95 ‘96 ‘97 ‘98 ‘99 2000‘87 ‘88 ‘89 ‘90 ‘91 ‘92 ‘93
Milh
ões
1980 ‘81 ‘82 ‘83 ‘84 ‘85 ‘86
50
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10
5
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30 anos de resposta à aids30 anos de resposta à aids30 anos de resposta à aids30 anos de resposta à aids
Primeiros casos de imunodeficiência identificados
HIV identificado como a causa da
aids
Primeiro protocolo para a redução da
transmissão vertical do HIV
Disponibilizado o primeiro teste
anti-HIV
Tratamento Anti-retroviral
Altamente Ativo
OMS lança o Programa Global de
Aids
Fundo Global de Combate à Aids,
Tuberculose e Malária US$10 bilhões para a aids em
países em desenvolvimento
Criação do
UNAIDS
Presidente Bush Anuncia o PEPFAR
3 milhões tomando TARV nos países em
desenvolvimento
Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU sobre HIV/Aids -
UNGASS4 Serviços gratuitos de
Atenção Única
2011: Um ano de marcos2011: Um ano de marcos
• 30 anos da epidemia de AIDS (desde 1981)
– Programa Global para a AIDS da OMS (1984-1995)
– Criação do UNAIDS (1995)
• 15 anos da terapia tripla combinada antirretroviral (ARV)
• 10 anos da implementação da Declaração de Compromisso sobre HIV/AIDS (UNGASS 2001)
• 10 anos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) e mais 5 anos para alcançá-los
• 5 anos da iniciativa pelo Aceso Universal (UA)
• Reunião de Alto Nível (HLM), Nova York, Junho, 2011
Prevalência do HIV:: 33.3 milhões [31.4 –35.3 milhões] em 2009, comparados aos 26.2 milhões [24.6 milhões–27.8 milhões] em 1999 (aumento de 27%)
Prevalência pelo HIV: constante em 0.8% da população global desde 2001
Fonte: UNAIDS.
Incidência de HIV: O número anual de pessoas infectadas pelo HIV diminuiu em 19% de3.1 milhões [2.9–3.4 milhões] em 1999 para 2.6 milhões [2.3–2.8 milhões] em 2009
20052006200720082009200020012002200320041995199619971998199919901991199219931994
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Linhas pontilhadas representam intervalos, linhas sílidas representam a estimativa mais precisa.
Organização Mundial da Saúde
RELATÓRIO MUNDIAL 2010
América do Norte
Caribe
Ásia Oriental
Europa Ocidental e Central
Leste Europeu e Ásia Central
Oriente Médio e África Setentrional
América Central e do Sul
África Subsaariana
Sul e Sudeste da Ásia
Oceania
Estimativa de crianças (<15 anos) vivendo com HIV : 2009
Total: 2,5 milhões [1,6 milhões–3,4 milhões]
Organização Mundial da Saúde
RELATÓRIO MUNDIAL 2010
América do Norte
Caribe
Ásia Oriental
Europa Ocidental e Central
Leste Europeu e Ásia Central
Oriente Médio e África Setentrional
América Central e do Sul
África Subsaariana
Sul e Sudeste da Ásia
Oceania
Número estimado de crianças (<15 anos) infectadas pelo HIV em 2009
Total: 370 000 [230 000 – 510 000]
Organização Mundial da Saúde
RELATÓRIO MUNDIAL 2010
América do Norte
Caribe
Ásia Oriental
Europa Ocidental e Central
Leste Europeu e Ásia Central
Oriente Médio e África Setentrional
América Central e do Sul
África Subsaariana
Sul e Sudeste da Ásia
Oceania
Estimativa de óbitos por aids em crianças (<15 anos) : 2009
Total: 260 000 [150 000 – 360 000]
Organização Mundial da Saúde
RELATÓRIO MUNDIAL 2010
• Cerca de 97% em países de renda baixa e média
• Cerca de 1000 são de crianças menores de 15 anos de idade
• Cerca de 6000 são de adultos com 15 anos de idade ou mais, dos quais:
─ quase 51% são mulheres
─ em torno de 41% são jovens (15-24)
Mais de 7000 novas infecções por HIV por dia em 2009
Figure 2.2 Mudanças na incidência de infecção pelo HIV, 2001 to 2009
Source: UNAIDS.
To assess changes in incidence, the estimated national incidence rate was compared between 2009 and 2001. Countries with a change (decrease or increase) in the incidence rate of 25% or more during this period were identified. In most cases, the assessment was based on EPP/Spectrum modelling results (1,2). For selected countries, published analyses of country-level incidence were also used. The EPP/Spectrum criteria for including countries in this analysis were as follows. EPP files were available and trends in EPP were not derived from workbook prevalence estimates; prevalence data were available up to at least 2007; there were at least four time points between 2001 and 2009 for which prevalence data were available for concentrated epidemics and at least three data points in the same period for generalized epidemics; for the majority of epidemic curves for a given country, EPP did not produce an artificial increase in HIV prevalence in recent years due to scarcity of prevalence data points; data were representative of the country; the EPP/Spectrum–derived incidence trend was not in conflict with the trend in case reports of new HIV diagnoses; and the EPP/Spectrum–derived incidence trend was not in conflict with modelled incidence trends derived from age-specific prevalence in national survey results.
Número de pessoas recebendo ARV em países de rendas baixa e média por região 2002–2009
2010 > 6 milhões(elegíveis 16 milhões)
Souce: WHO/UNAIDS Universal access Report 2010
Mortes relacionadas à AIDS diminuíram: de 2.1 milhões [1.9–2.3 milhões] em 2004 para 1.8 milhões [1.6–2.1 milhões] em 2009
Pessoas atualmente elegíveis para tratamento com ARV: melhor estimativa: 16 milhões
Lacuna para o tratamento: 10 milhões
Acesso Universal: 80% das pessoas elegíveis para acesso aos ARV:
13 milhões (lacuna de mais de 6 milhões)
Pessoas em tratamento ARV:
2003: 400,000 2010: mais de 6 milhões
HSV-2 Terapia Supressiva
Tratamento de Infecções
Sexualmente Transmitidas(STIs
)
Barreiras Cervicais: diafragma
Circuncisão Masculina
Profilaxia de ExposiçãoMTCTPEPPrEP
Imunização: Vacinas
Testagem Voluntária e
Aconselhamento (VCT)
Intervenção Comportament
al (ABC)
PREVENÇÃO do HIV
Microbicidas
A longo prazo
Vacinas
Circumcisão
HSV2/STI
Dados disponíveis
Microbicidas
Diafragma
PREP
Index Partner Rx
Informações num “futuro proximo”
Horizonte da Pesquisa em Prevenção
15
HPTN 052 (HIV Prevention Trials Network)
Fase III de Pesquisa clínica com o objetivo de avaliar se os ARV atualmente disponíveis para tratar a infecção pelo HIV seriam eficazes na prevenção da transmissão sexual do HIV e qual seria o momento ideal para o inicio da terapia
Estudo financiado e apoiado pelo NIAID/NIH
Início 2005 - adesão até maio 2010
HPTN 052
Um total de 1763 casais sorodiscordantes para o HIV participaram do estudo. (97% heterossexuais)
890 homens-873 mulheres CD4 350-550 / mediana 436
Parceiros não infectados tiveram resultados negativos para o HIV duas semanas após entrarem no estudo
13 países: Botswana, Brasil, India, Kenya, Malawi, South Africa, Thailand, EE.UU, Zimbabwe.
O Início precoce do tratamento ARV resultou em 96% de redução na transmissão do HIV para parceiros não infectados
(P≤0.0001)- Alta significância estatística
Shattock RJ and Moore JP. Nature Reviews Microbiology, vol. 1 Oct/2003
Atividade Anti-HIV Toxicic
idade
Atividade contra outras DSTs
Opções Contraceptivas/não-contraceptivas
MICROBICIDAS: POTENCIAL PARA A PREVENÇÃO DO MICROBICIDAS: POTENCIAL PARA A PREVENÇÃO DO HIVHIV
Impacto da Adesão na eficácia do Tenofovir gel
20
# HIV N
HIV - incidencia
Proteção TFV Placebo
Alta Adesão (>80% )
36 336 4.2 9.3 54%
Adesão intermediária (50-80% adherence)
20 181 6.3 10.0 38%
Baixa Adesão (<50% gel adherence)
41 367 6.2 8.6 28%
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2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030
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Introdução da vacina
Base
Eficácia Baixa
Eficácia Média
Eficácia Alta
17 milhões de novas infecções evitadas
Mesmo uma vacina imperfeita pode ter um impacto grande na epidemia
Fonte: Impact Modeling project, IAVI and Futures Institute
Infecções pelo HIV em adultos em países de baixa e média renda,Infecções pelo HIV em adultos em países de baixa e média renda, por ano e cenário por ano e cenário
Uma vacina representa a estratégia mais promissora para acabar com a epidemia
Criminalização do HIV
Fonte: UNAIDS
Combate à discriminação e Combate à discriminação e desenvolvimento – Res. CDH Junho 2011desenvolvimento – Res. CDH Junho 2011
Gráfico de dispersão dos países votantes, separados em duas categorias (organizados em ordem alfabética ao longo do eixo horizontal), correlacionados ao respectivo IDH. A média aritmética de cada série é destacada. (Fonte: Bluevoador)
Contra – Angola, Arábia Saudita,
Barein, Bangladesh, Camarões, Djibuti, Federação Russa,
Gabão, Gana, Jordânia, Malásia,
Maldivas, Mauritânia, Moldova, Nigéria, Paquistão, Qatar, Senegal, Uganda.
A favor – Argentina, Bélgica, Brasil, Chile,
Cuba, Equador, Eslováquia, Espanha,
EUA, França, Guatemala, Hungria,
Japão, Maurício, México, Noruega, Polônia, Reino
Unido, Coreia do Sul, Suíça, Tailândia, Ucrânia, Uruguai.
Declaração Política sobre Declaração Política sobre AIDS 2011AIDS 2011
• Declaração mais ampla: para além da AIDS.• Reforça conexão com os ODMs.• AIDS como: questão global emergencial;
questão de desenvolvimento; necessidade de “resposta excepcional”.
• Destaque regional: África, Caribe, Europa do Leste, Ásia Central, África do Norte, Oriente Médio.
• Reconhece aumento nos recursos destinados à AIDS – ainda insuficientes.
Metas até 2015Metas até 2015• Garantia do acesso universal à
prevenção, tratamento, atenção e apoio.
• Eliminação inequidade de gênero
• Diminuição em 50% a transmissão sexual do HIV
• Diminuição em 50% a infecção entre UDIs.
Metas até 2015Metas até 2015
• Eliminação da transmissão materno-infantil e novas infecções em crianças.
• Garantia do tratamento antirretroviral a 15 milhões de pessoas vivendo com HIV nos países mais pobres.
• Redução em 50% as mortes relacionadas à tuberculose em pessoas vivendo com HIV;
• Enfase a difusão de informação e tratamento à populações mais expostas ao risco de infectar-se, como homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo;
• Adaptação dos programas nacionais em função de seus contextos epidemiológicos;
Outras MetasOutras Metas• Eliminação a desigualdade, abusos e violências baseados
em gênero;• Fortalecimento da informação em prevenção ao HIV para
mulheres e meninas;• Ampliação da distribuição de preservativos femininos e
masculinos;• Ampliação da aquisição de equipamentos esterilizados
para injeção;• Intensificação de campanhas nacionais de testagem para
o HIV; • Serviços públicos de saúde adaptados para pessoas
vivendo com HIV;• Implementação de novas intervenções biomédicas;