Água, fonte de vida: responsabilidade de cada … · 2.1 a água e a vida a água é um dos...

22

Upload: lycong

Post on 16-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

ÁGUA, FONTE DE VIDA: RESPONSABILIDADE DE CADA CIDADÃO

Agatha Willemann Machado1

Rogério F. Souza2

Resumo

O presente trabalho relata a implementação da proposta de intervenção

pedagógica no Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper - EMPN,

envolvendo alunos da primeira série do ensino médio com a finalidade de trabalhar

questões envolvendo o desperdício de água e a preservação do ambiente. Este

contou com atividades teóricas e práticas que visaram determinar, de uma maneira

palpável, o desperdício de água em atividades corriqueiras dos estudantes e seus

familiares, a fim de sensibilizar os educandos quanto ao impacto de tais

comportamentos sobre o consumo individual e coletivo desse bem que se torna cada

vez mais escasso. Os estudantes também acompanharam o processo de proteção e

recuperação de uma nascente próxima ao Colégio. O conjunto de atividades

implementadas nesse projeto possibilitaram que os educandos pudessem investigar

e dar significado a vários temas comumente estudados em sala de aula. Ao concluir

o trabalho verificou-se que mudanças aconteceram nos hábitos dos estudantes em

relação às questões ambientais, como diminuição do consumo de água pelas

famílias e um maior senso crítico em relação aos problemas do ambiente

provocados pela intervenção humana.

Palavras-chave: Água, desperdício, preservação ambiental, nascente.

1 Introdução

Este trabalho teve por objetivo sensibilizar a comunidade escolar sobre a

importância da água e a responsabilidade de cada pessoa com o consumo

consciente. Para atingir tais objetivos, foram trabalhados textos bem como

implementadas atividades práticas junto aos estudantes e que abordaram a

1 Aluna PDE

2 Orientador

2

importância da água e o consumo consciente. Inclusive, procurou-se chamar a

atenção para pequenos cuidados que podem evitar o seu alto consumo no dia a dia.

Nesse estudo, também foram realizadas algumas reflexões sobre a importância da

conservação das nascentes e a possibilidade de escassez futura de água devido à

degradação ambiental. Para tanto, foram trabalhadas ações que visam à proteção

do ambiente, usando como modelo uma atividade de recomposição de um

manancial de água do Município.

As atividades foram desenvolvidas em quatro fases: 1. Elaboração do

projeto; 2. Produção de material (Unidade Didática) e disponibilização no Portal Dia

a Dia Educação para que outros professores possam utilizá-lo como pesquisa; 3.

Implementação da proposta, incluindo atividades no Colégio e pesquisa de campo

com uma turma de 1ª série do ensino médio e 4. Elaboração de artigo científico para

a conclusão do PDE (Programa de desenvolvimento Educacional).

2 Revisão Bibliográfica

Essa atividade se baseou em alguns estudos relacionados com a

conservação da água, bem como, com a preservação do ambiente ao seu redor. O

princípio norteador dessa intervenção no Colégio foi inspirado nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de Biologia (2008), que define que:

(...) A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades materiais do Homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAUJO, 2002. Paraná, 2008, p 50.).

2.1 A água e a vida

A água é um dos recursos naturais mais usados pelo homem. É um

elemento necessário às diversas atividades humanas, além de constituir

componente fundamental da vida. Para Tundisi (2003), o aumento na sua demanda

diminui, portanto, a disponibilidade da água líquida e coloca em perigo os seus usos

diversos, bem como a expansão e a qualidade de vida. O seu consumo exagerado e

3

inconsciente também pode causar a degradação ao ambiente, pois, ao abrirmos

uma torneira não estamos apenas consumindo água, mas também alimentando uma

rede de esgoto.

Segundo a organização não governamental Uniágua (2011), a

disponibilidade da água em nosso planeta se encontra distribuída da seguinte forma:

97,5% é salgada e se localiza em oceanos e mares; 2,493% é doce, mas se

encontra em geleiras ou em aquíferos de difícil acesso e 0,007% é doce, sendo

encontrada em rios e lagos, bem como na atmosfera. Assim, dos 3% da água doce

existentes no planeta. Apenas 1%, aproximadamente, é disponível para o consumo

humano. Por outro lado, os rios, lagos e barragens que são comumente usados para

a sua distribuição nos sistemas de tratamento vêm apresentando problemas com a

degradação ambiental, tendo como causa a poluição que está sendo cada vez mais

intensa. Isso também acaba tornando o tratamento da água cada vez mais oneroso

(SOUZA, 2011).

Segundo Rebouças et al. (2006), a água é um termo que, em geral, refere-

se ao elemento natural H2O. Contudo, existe também o termo “recurso hídrico”, que

considera a água como um bem econômico. Vale ressaltar que nem toda água é um

recurso hídrico, pois nem sempre sua utilização tem viabilidade econômica. As

águas do planeta estão sempre em movimento no solo, no ar, nos oceanos, e até

mesmo nas torneiras, assim formando o ciclo hidrológico, impulsionado pela energia

solar. As demandas de água são sempre maiores, tendo como causa o aumento da

população e a urbanização. Porém, os investimentos necessários para a sua

utilização eficiente é comumente considerado de menor relevância, o que leva a sua

desvalorização econômica. Tundisi (2009) define que o ciclo hidrológico pode ser

chamado como ciclo de vida. Podemos encontrar água em todos os seres vivos,

desde o mais simples até o mais complexo, em todas as suas fases, pois a água é a

essência da vida. Ela é encontrada do útero materno até os mares do planeta. Ela

sacia nossa sede, forma a paisagem, limpa o ar, umedece o solo, purifica nosso

espírito e possibilita a nossa vida no planeta (PIRES, et al., 2009). Proteger,

conservar e recuperar os recursos é indispensável à vida. Fazer uso da água e de

seus benefícios é um direito de cada cidadão, mas é um dever de todos agirem para

melhorar o ambiente em que vivemos.

4

A água sempre foi observada como uma das maiores riquezas que a

natureza proporciona para a humanidade e, durante muito tempo, foi considerada

uma fonte inesgotável pelos homens. Ao percebermos a sua finitude, deverá existir

uma ação efetiva do homem para a recuperação dos mananciais de água já

contaminados e a preservação dos remanescentes. Segundo Moura (2000):

(...), o sistema hídrico suplica por ações efetivas da humanidade e do sistema produtivo para a sua recuperação e a preservação dos recursos remanescentes em prol da sustentabilidade das futuras gerações, bem como a melhoria da qualidade de vida dos seres vivos que formam o ecossistema.

Analisando o ponto de vista projetado por Bosquet (apud Urban, 2004, p.

97), que considera que os recursos hídricos sempre foram estratégicos à sociedade,

e que:

(...) a água ainda disponível no planeta foi convertida no ouro azul do século XXI, porque no atual modelo de consumo o estoque já não é suficiente. (...) Com resultado, dentro de meio século, bilhões de pessoas – um número astronômico que pode oscilar em 2 e 7 bilhões, não terão acesso à água de boa qualidade (URBAN 2004, p. 97).

As novas abordagens sobre a importância da água como elemento vital e

direito humano principal ou mercadoria não são as mesmas lembradas em tempos

anteriores, quando seus acervos com qualidade não eram fontes de ansiedade para

o meio especialista e científico. Para Galvez (2004), necessidades primárias são as

que dizem respeito à satisfação do mínimo vital que assegura a manutenção da vida

humana. A água é necessidade primária, coletiva e até então, insubstituível para a

sustentação da vida. Entretanto, esta afirmativa só é válida para um gasto que seja

reservado às necessidades fundamentais, quer dizer: água para beber, cozinhar e

atividades dessa espécie. Desta forma, também tem capacidade de permanecer a

necessidade individual ou aquela "criada artificialmente" pelo sistema econômico,

em que o consumo atinge níveis elevados de desperdício e aplicações não

prioritárias à manutenção da vida.

Tundisi (2003) explica que o crescimento e desenvolvimento econômico,

aliados à diversificação da sociedade, resultaram em usos múltiplos e variados dos

recursos hídricos. Assim, se persistirem as atuais disposições de crescimento do

processo de consumo da água e de degradação da qualidade e quantidade dos

recursos hídricos, estes se tornarão mais escassos. Por outro lado, muitos

5

indivíduos não possuem a informação imprescindível para fazer a melhor alternativa

de consumi-la, ou até mesmo, de cumprir seus direitos como cidadãos.

2.2 Degradação e Escassez de Água

Poluição hídrica pode ser definida como todo ato ou fato pelo qual se lance na

água qualquer produto que provoque a alteração de suas características ou a torna

imprópria para o consumo. Sendo assim, a água é considerada poluída quando sua

composição é modificada de forma que seu uso venha a se tornar impróprio.

(Freitas, 2001). Rebouças (2006) diz que a água doce é elemento essencial ao

abastecimento e uso humano e ao desenvolvimento de suas atividades, sendo que

água doce é aquela que apresenta teor de sólidos totais dissolvidos (STD). Ainda

segundo esse autor, a posse da água sempre representou um instrumento político

de poder. Os povos antigos tinham como meio de dominação o controle dos rios, o

que acontecia, por exemplo, com o Rio Nilo e o poder Egípcio.

Conforme Reali (1998), a água para o consumo humano, para ser

considerada como tal, deve obedecer a padrões de potabilidade. Se ela tem

substâncias que modificam estes padrões é considerada poluída. As substâncias

que lembram poluição por matéria orgânica são: compostos nitrogenados, oxigênio

consumido e cloretos. De acordo com Di Bernardo (1993), as águas naturais,

principalmente, as águas próximas às zonas urbanas, industriais e regiões

desmatadas, contêm uma grande variedade de impurezas, destacando-se as

partículas coloidais, substâncias úmidas, plâncton e microrganismos em geral. Além

disso, as atividades humanas nessas regiões têm contaminado os mananciais em

decorrência de lançamentos de grandes cargas poluidoras, que são gerados por

resíduos industriais e domésticos (OTTONI e OTTONI, 1999).

Dentro de uma visão simplificada, o meio ambiente é constituído pelo solo, água e ar. Estes meios interagem, sinergicamente, significando que o resíduo descartado no solo, por exemplo, mais dias menos dias irá contaminar as reservas de água e o ar. Assim como a decomposição dos resíduos descartados nos rios, originam substâncias tóxicas, podendo atingir outros locais distantes da fonte poluidora, ampliando assim os danos da contaminação para o meio ambiente. (TOCHETTO, 2004, p.11)

6

Tundisi (2003) considera que o acesso à água tratada e de qualidade é um

direito do ser humano. Esse acesso promove a integração social e de cidadania,

tendo como resultado mais saúde e maior expectativa de vida. Segundo Tucci et. al

(2011, p. 113):

Pela Constituição, o desenvolvimento de programas de construção de moradias e de melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Art. 23, inciso IX), sendo que o estabelecimento das diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos, são de competência apenas da União (Art. 21, inciso XX).

Como o saneamento básico não pode ser separado dos problemas de

recursos hídricos e ambientais é necessário planejamento de ações públicas

voltadas para o saneamento. Para Vargas (2005, p.20):

(...) o abastecimento permanente de água potável deve ser visto como direito e necessidade fundamental das pessoas, pois se estima que a falta do chamado saneamento básico, que congrega ambos os serviços seja responsável por cerca de metade da mortalidade infantil e também da ocupação dos leitos hospitalares no mundo todo (...).

O Brasil é um país que recebe chuva com abundancia em cerca de 90% de

seu território. Há uma interação do quadro climático com as condições geológicas

dominantes, sendo estas de fundamental importância para os excedentes hídricos

que alimentam extensas redes de rios do mundo (REBOUÇAS, 2006). Entretanto,

essa não é uma realidade presente em todo o planeta. Sendo assim, é cada vez

maior a preocupação mundial em relação à falta de água para o consumo humano.

Inclusive, existem muitos lugares no planeta em que tal situação não é mais uma

questão de futuro. Dentre os fatores relacionados com essa problemática, está o

crescimento demográfico, a expansão para novos territórios e impactos ambientais

deles decorrentes (REBOUÇAS, 2006). A partir da Revolução Industrial, devido ao

crescimento demográfico e econômico, houve um processo de degradação da

qualidade da água, causado pela sua poluição indiscriminada. E isso vem fazendo

com que esse bem se torne cada vez mais escasso.

A conscientização do uso racional da água, como instrumento de equilíbrio

para a qualidade de vida tem sido um dos temas atuais de maior relevância no Brasil

7

e no mundo. O uso irracional da água transforma o abastecimento tanto residencial

como industrial em um dos grandes problemas mundiais. Segundo Campos (2001),

tais problemas foram surgindo após a Segunda Guerra Mundial, tendo como causas

os crescimentos populacional e econômico. Nesse período, os países começaram a

identificar problemas com a qualidade da água de seus rios, gerados principalmente

pela industrialização. Os efluentes industriais e domésticos passaram a ser um fator

importante para a qualidade da água que, por consequência, implicariam na redução

da sua disponibilidade e na geração de conflitos entre os usuários. Além disso, a

ocupação desordenada do solo e o desenvolvimento agrícola, além da destinação

inadequada dos resíduos gerados, comprometeu a sua qualidade. Segundo Barros

(1995), nos últimos 50 anos, o consumo de água no mundo mais que triplicou. Hoje,

as pessoas consomem em média 800 metros cúbicos de água por ano, 50% a mais

do que 45 anos atrás. Por outro lado, para muitos ambientalistas, em breve deverá

diminuir a poluição da água nos países em desenvolvimento, graças à tomada de

algumas medidas preventivas, como evitar a contaminação da água subterrânea,

reduzir o desperdício e reduzir a poluição do ar.

Infelizmente o ser humano demorou séculos para se dar conta de que os

recursos hídricos são finitos e básicos para sua existência. Enquanto não

compreendeu sobre sua importância, foram destruídos os mananciais de água

potável, principalmente devido ao crescimento de atividades industriais e ao

consumismo que se acelera. Isso acabou alterando o ciclo natural da água,

resultando em deteriorações tanto na sua quantidade, quanto na sua qualidade,

devido aos despejos de resíduos em rios, represas e lagos, juntamente com a

destruição das áreas responsáveis pelo sistema de recarga dos aquíferos

subterrâneos, responsáveis pelo abastecimento dos cursos de água (PIMENTEL,

2002).

A sociedade hoje se preocupa mais com o ambiente, mas ainda há muito

mais a se fazer. De acordo com Tocchetto (2004), o tripé descomprometimento,

inesgotabilidade e irresponsabilidade com relação a água, caso não seja por nós

reavaliado, resultará em catástrofes ambientais e muitos outros problemas que

poderão afetar a vida na Terra. Esse mesmo autor considera ser fundamental que

mudemos o nosso pensamento para uma visão fundamentada nos princípios da

8

sustentabilidade, racionalização e responsabilidade. Uma vez que somos produto

deste planeta e, como dele fazemos parte, devemos cuidá-lo como cuidamos do

nosso próprio corpo.

Diante do que foi exposto, devemos visar o uso consciente da água em nosso

dia a dia com iniciativas que tenham como metas diminuir o seu consumo e

incentivar a atitude e comportamentos de preservação. Com esse contexto, a

educação de nossos alunos tem que se fazer de forma que os levem a entender as

mudanças sociais que interferem em nossas atividades cotidianas. Para que os

educandos sintam-se agentes do mundo em que vivem, é necessário que olhem

para esse planeta com a capacidade de observar e refletir sobre as mudanças

significativas que estão acontecendo no ambiente, tomando consciência da

necessidade de conservação das nascentes de água e de seu uso racional. Nesse

sentido, alguns cuidados básicos e triviais fazem grande diferença para o ambiente

como: evitar vazamentos, fazer reuso de água, fechar a torneira ao lavar as mãos ou

escovar os dentes e assim por diante.

2.3. METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO

Para o encaminhamento desta implementação optou-se pela perspectiva

histórico crítica, segundo o professor Gasparim (2005), tendo como objetivo a

construção de conceitos com maior significado aos educandos. Tal proposta visa

criar maneiras de aprendizado a partir das situações de vivência dos educandos de

modo que ocorra a construção de significados mais complexos e a possibilidade de

refletirmos nossas práticas pedagógicas em sala de aula, tendo como prioridade a

educação e a conscientização para uma ação social. Nesse caso, escolhemos o

consumo da água na atualidade, sendo este o objeto de estudo para uma leitura da

realidade.

Sugerimos mudanças que levem à elaboração de conteúdos mais

contextualizados à realidade dos alunos, através da problematização, da motivação

e do desafio, para que os educandos entendam a importância da participação, do

envolvimento e da interação deles nas atividades.

9

Segundo Gasparim (2005), o ponto de partida de um novo método não é a

escola, nem a sala de aula, mas a realidade social mais ampla. A leitura crítica de

uma realidade torna-se possível apontar um novo pensar a agir pedagógico. Esse

pensamento foi o tema gerador do Projeto de Pesquisa, “Água, Fonte De Vida:

Responsabilidade De Cada Cidadão” que levou a uma reflexão sobre um problema

constatado, que envolve o desperdício cotidiano da água e a degradação de

nascentes. Com a intenção de conscientizar e alertar a comunidade local para juntos

tentarmos melhorar e contribuir com a preservação dos recursos hídrica, pois a

instituição escolar tem responsabilidade de formar cidadãos conscientes e

participativos em uma sociedade.

3- Implementação

3.1- Relatando a implementação

Esta pesquisa foi realizada no Colégio Estadual Professora Reni

Correia Gamper - EMNP, no município de Manoel Ribas região central do Estado do

Paraná. A comunidade tem características rurais, porém muitas pessoas que ali

habitam trabalham em pequenas empresas ou nas propriedades rurais com suas

famílias. O Colégio funciona em três turnos, oferecendo Ensino Médio Regular,

Técnico em agropecuária pela pedagogia da alternância, Técnico em Administração,

Técnico em Agente Comunitário de Saúde, Técnico em Enfermagem, Técnico em

Informática e Formação de Docentes.

A implementação do Projeto PDE “Água, fonte de vida responsabilidade de

cada cidadão”, iniciou-se com a sua apresentação junto aos professores, equipe

pedagógica, direção e agentes educacionais do Colégio na semana pedagógica.

Num segundo momento, aconteceu uma reunião com professores da disciplina de

Matemática, repassando-se algumas informações básicas a respeito do projeto a ser

desenvolvido, analisando a viabilidade de um envolvimento multidisciplinar, dadas as

características do mesmo.

Este trabalho foi implementado na turma do 1ª série “A”- bloco1 do Ensino

Médio e envolveu 22 alunos que, além de trabalharem o conteúdo em sala de aula,

levaram os temas tratados para suas casas e, juntamente com a família, realizaram

10

observações sobre alguns hábitos diários de uso da água. Esse tema começou a ser

trabalhado a partir do mês de agosto de 2011, sendo implementadas discussões em

sala de aula, bem como algumas atividades práticas na escola e no município.

Resultados:

Atividade 1: Estimativa do desperdício de água no dia a dia

Nesse caso, os alunos foram divididos em dois grupos: o primeiro, composto

por 11 estudantes foi convidado a lavar as mãos fechando a torneira durante esse

processo e, o segundo, também composto por 11estudantes, foi convidado a lavar

as mãos sem fechar a torneira durante esse processo. Em ambos os casos, havia

um coletor de água improvisado que era um balde com graduação em litros (Figura

1), utilizado para medir o consumo total de água nos dois grupos de estudantes. Os

dados assim coletados foram utilizados para se estimar o desperdício de individual e

coletivo de água no Colégio e no Município.

Com relação ao cálculo do desperdício de água quando se lava as mãos

fechando ou não a torneira, observou-se que o grupo que lavou as mãos com a

torneira aberta gastou em média um litro e meio de água por estudante e o grupo

que foi convidado a lavar as mãos com a torneira fechada gastou em média apenas

360 ml. Isso significa que o desperdício médio de água por estudante, seria de 1,5 –

0,36 = 1,14 litro (ou um litro e cento e quarenta mililitros). Com esses dados em

mãos, a professora de matemática realizou uma série de cálculos para que os

estudantes, bem como a comunidade escolar, tivessem uma ideia desse desperdício

em diferentes escalas:

Desperdício de água pelos estudantes de uma sala de aula;

Desperdício de água pelas famílias dos 22 estudantes;

Desperdício pela Comunidade Escolar;

Desperdício de água pelo município.

11

Figura 1. Imagem de aluno lavando as mãos com a torneira fechada (A) e aberta(B).

Os resultados dessas estimativas são mostrados na Tabela 1. Pode-se

observar por meio dos cálculos realizados que a diferença entre o gasto consciente

e o desperdício é muito grande. Por exemplo, se os alunos e seus familiares, o que

corresponderia a um total de 98 pessoas, lavarem as mãos uma única vez ao dia

com a torneira fechada eles gastariam 35.28 litros de água. Por outro lado lavando

as mãos com a torneira aberta, esse mesmo grupo gastaria, 147 litros. O

desperdício, nesse caso, seria de cerca de 111 litros de água.

Outra atividade foi realizada em extraclasse, onde envolveu uma coleta de

água de uma torneira de uma casa de um aluno, onde ficou gotejando durante 30

minutos e este trouxe no dia seguinte a água coletada, onde junto com a turma

realizamos a quantificação da mesma, onde toda a turma constatou que com um

simples desperdício de uma torneira gotejando, juntos o gasto vai ser ainda maior.

Constatou-se que o gotejamento foi quantificado em 120 ml. E se os 22

alunos deixassem uma torneira gotejando teríamos um total de 2,64 l de desperdício

de água.

Tabela 1. Cálculos do desperdício no consumo diário de água tomado a partir da lavagem das mãos fechando ou mantendo a torneira aberta.

Grupo Consumo diário (em litros) Desperdício

(em litros) Torneira aberta Torneira fechada

Sala de aula (22 alunos) 7,92 33,0 25,08

12

Famílias dos estudantes (98 pessoas) 35,28 147,0 111,72

Colégio (858 alunos) 308,88 1.287,0 978,12

Município (13.535 pessoas) 4.872,6 20.302,5 154.299

Atividade 2: Construção do painel do desperdício

Após a realização das estimativas de consumo e de desperdício individual e

coletivo de água, optou-se por divulgar esses resultados a toda comunidade escolar.

Neste caso, pensou-se na elaboração de um Painel do desperdício (Figura 2) que

deixasse visível as diferenças de consumo estimadas para as duas formas de

utilização da água na lavagem das mãos e que servisse para a conscientização

sobre a importância da adoção de práticas no cotidiano que ajudem na preservação

ambiental. Esse painel, construído com garrafas pet, representa a quantidade de

água utilizada pelos 22 alunos e seus familiares se esses lavarem as mãos uma vez

ao dia. Neste caso, na coluna à direita foi representada a quantidade de água gasta

para lavar as mãos com a torneira aberta o tempo todo e, à esquerda, com a torneira

fechada.

Com a construção do painel os estudantes visualizaram a diferença entre a

situação de lavar as mãos com o uso da torneira aberta ou não. O aspecto positivo

observado durante o desenvolvimento dessa atividade é que estes relataram que

tinham ideia sobre o desperdício, mas não imaginavam o quanto ele representava.

Outros estudantes também vieram perguntar e ficaram sensibilizados com a

diferença de consumo que o simples ato de fechar a torneira para lavar as mãos

representa no volume de água gasto.

13

Figura 2. Painel do desperdício. Garrafas do lado direito mostram a quantidade de água usada pelos 22 estudantes e seus familiares quando esses lavam as mãos uma única vez ao dia com a torneira aberta. Garrafas do lado esquerdo evidenciam a quantidade de água gasta lavando-se as mãos com a torneira fechada.

Atividade 3: Palestra sobre a proteção de nascentes

Uma técnica da EMATER foi convidada a ministrar no colégio, uma palestra

que teve como objetivo orientar os alunos sobre os cuidados necessários com as

nascentes de água. Esta atividade teve como objetivo sensibilizar os estudantes

para os problemas socioambientais causados pela água poluída ou contaminada,

bem como sobre a importância do saneamento básico para a saúde da população e

a preservação dos corpos hídricos. Nesta palestra foram apresentados os diferentes

tipos de tipos nascentes, bem como a forma como são feitas a proteção, limpeza e a

desinfecção desses mananciais, a fim de se obter água de qualidade, incluindo

nesse processo os métodos de restauração das matas ciliares. Também foi

explicado como é feita captação e o tratamento de água no município. Esta atividade

foi de grande valia, pois tais informações prepararam os alunos para o

desenvolvimento de uma atividade prática que envolveu a proteção de uma

nascente próxima ao Colégio (relatada na Atividade 6).

14

Neste evento, depois de receberem informações sobre os custos para o

fornecimento, captação e tratamento da água, bem como as dificuldades e metas

para o futuro, os alunos foram desafiados a aderir ao consumo responsável da água

tratada, assunto esse trabalhado a seguir.

Atividade 4: Ensinando como medir o consumo de água

Foi solicitado para que os alunos acompanhassem por um período a leitura

do hidrômetro das suas residências, para que verificassem a quantidade de água

consumida pelas suas famílias. Este trabalho foi feito mês a mês, e contou com a

colaboração dos pais desses alunos, que nos forneceram a conta de água para que

pudéssemos, através de uma planilha, acompanhar o consumo mensal das famílias,

sendo considerado nessas análises o total de pessoas por residência. Com relação

à medição do consumo de água nas famílias, durante o período de monitoramento,

que foi até o mês de novembro de 2011, constatamos uma redução na conta de

água dos alunos numa média de 35% a 40% no consumo mensal (Figura 3). Em

novembro de 2011 esse percentual chegou a 42% de redução comparando ao mês

inicial. Isso mostra que as atividades iniciadas em sala de aula podem ter surtido

efeito nas famílias dos estudantes. No desenvolvimento do trabalho, alguns pais dos

estudantes envolvidos no projeto, relataram que eles foram cobrados com atitudes

que visavam diminuir o consumo diário de água, tais como o controle do desperdício,

a reutilização da água, a captação água das chuvas, dentre outras. Inclusive, eles

relataram que um grande problema com os banhos demorados dos filhos foram

sanados com essa conscientização.

Durante essa etapa, parte dos alunos trouxe imagens pesquisadas em

revistas e jornais que mostravam a degradação ambiental das cidades, o

desperdício de água e os problemas oriundos do uso irracional desta. Assim, ao

analisarem essas imagens, eles eram estimulados a opinar sobre diferentes atitudes

que eles considerariam como certas ou erradas, permitindo assim a construção do

conhecimento a partir da realidade implícita em seu dia a dia.

15

Figura 3. Redução no consumo de água nas famílias dos estudantes monitoradas.

Atividade 5: Pesquisa sobre a importância da conservação dos recursos

hídricos

Os estudantes também utilizaram o laboratório de informática para realizar

pesquisas sobre o ciclo geológico, a quantidade de água potável em nosso planeta e

a degradação ambiental provocada pelo homem. Também foram pesquisadas

formas simples e práticas de como cada cidadão pode ajudar diminuir os impactos

no ambiente, tais como: tomar banhos rápidos; escovar os dentes e esfregar a louça

com a torneira fechada; acabar com os vazamentos em casa; reutilizar a água da

chuva; lavar o carro usando apenas um balde, ao invés de mangueira, dentre outras.

Além disso, também foram abordadas questões como: importância da separação do

lixo orgânico e reciclável; a destinação correta desses tipos de lixo etc. Com os

dados em mãos, os alunos foram estimulados a confeccionar um painel com várias

reportagens de revistas e jornais que abordavam temas de conservação e proteção

dos recursos hídricos (Figura 4). Após apresentação em sala de aula o painel foi

exposto no pátio do Colégio para que todos os outros alunos do Colégio tomassem

conhecimento.

16

Figura 4. (A) Pesquisa no laboratório de informática (B) painel contendo várias

reportagens sobre o ciclo geológico, água potável, degradação ambiental bem como

o desperdício de água e os problemas oriundos do mau uso da água.

Atividade 6: Acompanhamento do processo de conservação de uma nascente

próxima ao Colégio

Como estímulo ao envolvimento maior com o problema de conservação da

água e proteção do ambiente, os estudantes acompanharam o processo de

recuperação de uma nascente próxima ao Colégio (Figura 5), que estava

desaparecendo devida a ação humana. Essa nascente foi selecionada por uma

técnica da EMATER por ser de fácil acesso e por estar próxima a comunidade onde

os estudantes estão inseridos. Com isso, os estudantes puderam descobrir que essa

área havia sido modificada por um morador que tinha interesse em realizar um

plantio agrícola nessa região. Contudo, devido as características desse local, as

veias de água foram se espalhando, formando assim um banhado. Além disso, a

falta de uma mata ciliar colaborou para uma maior degradação ambiental. Assim,

uma forma de recuperar a nascente para sua utilização no consumo humano e/ou de

animais domésticos envolveria a construção de um tipo de tanque isolado com

cimento, pedras e argila, e que faria com que a fonte de água ficasse livre de

contaminação externa. Isso permitiria um aproveitamento máximo dessa nascente.

A água assim canalizada poderia ser utilizada no abastecimento de propriedades

próximas. Além disso, para a sua melhor proteção, haveria a necessidade de

17

recomposição da mata ciliar ao seu redor e de isolamento do local para evitar a

entrada de animais.

Depois de concluídos os trabalhos de proteção da nascente, os alunos foram

encarregados de produzir cartazes, poesias, teatro, paródias que demonstrassem os

cuidados necessários com a água. Após apresentação em sala de aula, esses

cartazes foram expostos pelo Colégio para serem compartilhados com toda a

comunidade escolar.

Figura 5. (A) Intervenção em nascente degradada próxima as imediações do

Colégio; (B) Primeiros passos limpeza para liberação do local; (C) Início do processo

de recuperação; (D) Construção de um dique; (E) Enchimento do dique com pedras

para a filtragem e proteção da fonte de água; (F) Instalação de canos ladrões e de

saída da água para o reservatório.

Atividades com o Grupo de Trabalho em Rede - Capacitação a Distância

Como parte da implementação desse projeto, foi criado um Grupo de Trabalho

em Rede (GTR), que é um curso de capacitação à distância, com a autora desse

trabalho, professora PDE, atuando como Tutora. Os professores cursistas desse

GTR participaram ativamente nas atividades propostas, sendo desafiados a

aplicarem-nas junto aos seus alunos.

18

Os professores cursistas consideraram que o conjunto de atividades foi de

grande importância para os professores de Biologia. Isso porque elas permitiram o

aprofundamento dos conhecimentos, a troca de experiência e o debate de questões

ambientais relacionadas com o mau uso e o desperdício de água. Segundo o grupo,

o tema deste projeto foi muito interessante, já que ele trouxe para a escola uma

problemática muito séria quanto a responsabilidade sobre os recursos hídricos,

lembrando que deve ser responsabilidade de todos os professores formar cidadãos

conscientes e que participem ativamente na resolução de problemas sociais e

ambientais.

Segundo o GTR, a metodologia adotada foi rica e diversificada, sendo

acessível e de fácil aplicabilidade. Além disso, houve clareza nas questões

levantadas, tendo sido muito gratificante para todos participarem desta capacitação.

Inclusive, uma professora cursista comentou que o fato de poder participar de um

curso a distância em sua casa e com horários definidos por cada um, bem como a

possibilidade de interagir com outros colegas e de ampliar seus conhecimentos foi

uma excelente experiência. Os professores também relataram que a aplicação de

tais atividades nas suas escolas foi muito satisfatória e que os alunos se envolveram

nas diferentes atividades graças à metodologia utilizada. Além disso, foi possível

detectar que estes se conscientizaram do fato de que vinham fazendo uso errado da

água, se comprometendo a fazer uso consciente da mesma. Também consideraram

interessante o envolvimento dos pais desses estudantes em algumas das atividades.

Isso porque, além de perceberem o desperdício, conseguiram obter uma economia

relevante em seu orçamento. E isso que pode auxiliar na manutenção em longo

prazo de uma atitude de consumo racional da água. Sendo assim, a forma prática de

se calcular o desperdício e de se extrapolar as suas consequências – na sala de

aula, na comunidade escolar, nas famílias etc - permitiu um melhor

dimensionamento da importância de não desperdício desse bem.

Além disso, ressalta-se a importância da Secretaria de Educação do Paraná

estar investindo no aperfeiçoamento dos professores. Bem como da colaboração

das Universidades Estaduais nesse processo. Isso é importante, pois, além de ser

uma forma eficiente de manter os professores atualizados, ela permite a interação

com colegas profissionais de todo o estado.

19

3 Conclusão

Ao se criar condições envolvendo várias formas de participações, esse

trabalho permitiu que os alunos se colocassem como agente no processo de

mudanças de comportamento, buscando, discutindo e apresentando suas ideias por

meio de expressões orais, escritas e artísticas. Para tanto, foram criadas várias

formas de se apresentar os problemas relacionados com o desperdício de água a

partir de atividades corriqueiras simples, mas que demonstravam claramente o

impacto de atitudes pró ativas no processo de preservação do ambiente. Nesse

processo, foi possível observar que os estudantes se tornaram capazes de lançar

um olhar crítico para a situação do desperdício de água no dia a dia. Além disso,

pode-se constatar que ações positivas que se iniciam na escola, passam pelas

famílias e irradiam-se para a comunidade.

Embora a organização e implementação de algumas dessas atividades, tais

como o acompanhamento da recuperação de uma nascente, tenham sido

trabalhosas e complicadas, os resultados foram gratificantes ao se observar o

empenho dos alunos em delas participar. Assim, todas as expectativas em relação a

participação dos estudantes neste projeto foram superadas.

Como tais tipos de atividades despertam maior interesse por parte dos

alunos, o que auxilia o aprendizado e a vivencia de novos valores que estão em

concordância com os princípios da sustentabilidade e de melhor qualidade de vida,

concluímos que elas poderão cessar depois da conclusão desse trabalho.

REFERÊNCIAS

Água (substância). Disponível em׃

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_(subst%C3%A2ncia). Acessado em de 20 ׃maio de 2011.

BARROS, Raphael Tobias Vasconcelos et al. Manual de saneamento e proteção Ambiental para municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.

CAMPOS, J. D. Cobrança pelo uso da água nas transposições da bacia do rio Paraíba do Sul envolvendo o setor elétrico. Rio de Janeiro: Universidade Federal

do Rio de Janeiro. 2001.

20

CONAMA. Resolução nº art. 2º, da Resolução Conama 04/85. Disponível em:

http://www.mma.gov.br. Acesso em 25 de maio de 2011.

DI BERNARDO, Luiz. Métodos e Técnicas de Tratamento de Água. Rio de

Janeiro: ABES 1993.

FREITAS, Vladimir Passos de. Crimes contra a Natureza. 7 ed. São Paulo:

Afiliada, 2001. GALVEZ, C. Manual de economia política atual. 15 ed. Revisada e atualizada por Galeno Lacerda. Rio de Janeiro. Forense Universitária. 2004, p.48

GASPARIM, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3 ed. rev Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

MOURA, R. Planejamento urbano e regional: o contexto atual. In: II Jornada científica de geografia. VII Semana de Geografia da UEPG. Ponta Grossa, 2000, Ponta Grossa. Boletim de Resumos. Ponta Grossa: UEPG, 2000. p. 31.

OTTONI, Adacto B.; OTTONI, Artur B. A importância da perservação dos mananciais de água para a saúde e sobrevivência do ser humano. Rio de Janeiro, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Biologia, 2008.

PIMENTEL. Ernani et. al. IBAMA. Analista Ambiental. Brasília: Vestcon, 2002.

PIRES, Ewerton O. et. al. Gestão de recursos Hídricos. São Paulo: Pearson Education, 2009.

REALI, Anna Helena. Integrando a visão e comportamento: uma aplicação de reconstrução propositiva. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AUTOMATICA São

Paulo, (1998. Anais v. 1 p. 573-578).

RIBEIRO, Nelson de Figueiredo. A questão geopolítica da Amazônia: da

soberania difusa à soberania restrita. Brasília: Edições do Senado Federal, Vl. 64, 2005, p.371.

REBOUÇAS. Aldo da C. et al. Água doce no mundo e no Brasil. In: REBOUÇAS, Aldo da C. et al. (Coord.). Águas Doces no Brasil. 3 ed. São Paulo: Escrituras. 2006.

RIBEIRO, Nelson de Figueiredo. A questão geopolítica da Amazônia: da soberania difusa à soberania restrita. Brasília: Edições do Senado Federal, vl. 64, 2005.

RICHTER, C. A; AZEVEDO, J. H. Tratamento de Água: Tecnologia Atualizada. São

Paulo: Edgard Blucher, 1995.

21

SOUZA, Jobson Victorino de. Gestão dos corpos da água. Disponível em

http://www.rio92.com/gestaoagua.pdf. Acesso em 23 de maio de 2011.

TOCCHETTO, Marta. GESTÃO AMBIENTAL: Estratégias para Melhoria da Produção. Disponível em: http://marta.tocchetto.com/site/?q=system/files/Curso%20de%20Gest%C3%A3o%20-%20Apostila%20-%20Parte1.pdf. Acesso em 20 de maio de 2011.

TUCCI, Carlos E. M. et. al. Gestão da Água no Brasil. Disponível em

http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/gestao-da-agua_brasil.pdf. Acesso em 23 de maio de 2011.

TREVISAN, Elizabeth Câmara. Nascentes protegidas e recuperadas. Curitiba: SEMA, 2010.

TUNDISI, José Galizia. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: Rima, 2003, 248p. (2003).

UNIÁGUA, Universidade da Água. Água no Planeta. Disponível em׃ http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=aguaplaneta.ht. Acesso em 24 de maio de 2011.

URBAN, Tereza. Quem vai falar pela terra? In: NEUTZLING, Inácio (org.). Água: bem público universal. (São Leopoldo: UNISINOS, 2004, p.97).

VARGAS, M. C. O Negócio da água. Riscos e oportunidades das concessões de saneamento à iniciativa privada: estudos de caso do Sudeste brasileiro. São Paulo: Annablume. 2005, p.20

VIANNA, Solon Magalhães (orgs.). Economia da Saúde: conceitos e contribuição para a gestão em saúde. 3. ed. Brasília: IPEA, 2002. cap. II (p123- 140).