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AGROQUÍMICA DO NORDESTE
FISPQ
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO – NBR 14725
FISPQ – REVISÃO 01 – 02/01/17
1- IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA
- Nome do Produto: Ácido Sulfúrico
- Nome Comercial: Ácido Sulfúrico
- Código Interno de Identificação do Produto: Ácido Sulfúrico
- Nome da Empresa: FAG Cavalcanti Eireli EPP.
- Endereço: Rua Machados, 242 – Jaboatão dos Guararapes – PE
- Telefone da Empresa: (0xx81) 33757070 / 99680799
- Fax: (0xx81) 33757061
- E-mail: [email protected]
2 – IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Classificação de perigo do produto químico
Corrosivo/irritante para a pele – Categoria 1A
Lesões oculares graves/irritação ocular – Categoria 1
Sensibilização respiratória ou da pele – Categoria 1
Corrosivo para os metais - Categoria 1
Carcinogenicidade – Categoria 4
Toxicidade para órgãos – alvo específicos – exposição única – Categoria 1
Toxicidade para órgãos – alvo específicos – exposição repetida – Categoria 1
Toxicidade aguda - oral - Categoria 5
Toxicidade aguda - inalatória - Categoria 2
Toxicidade aguda - pele - Categoria 4
Perigo por aspiração - Categoria 2
Perigo ao ambiente aquático – toxicidade aguda – Categoria 3
Perigo ao ambiente aquático – toxicidade crônica – Categoria 3
Sistema de classificação utilizado
Norma ABNT-NBR 14725-2:2009 – versão corrigida 2:2010.
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FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO – NBR 14725
FISPQ 04 – REVISÃO 01 – 02/01/17
Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, ONU.
Elementos apropriados da rotulagem
Pictogramas:
Palavra de advertência: PERIGO
Frases de perigo:
H290 – Pode ser corrosivo para os metais.
H303 – Pode ser nocivo se ingerido.
H313 – Pode ser nocivo em contato com a pele.
H332 – Nocivo se inalado.
H314 – Provoca queimadura severa à pele e dano aos olhos.
H318 – Provoca lesões oculares graves.
H334 – Quando inalado pode provocar sintomas alérgicos, de asma ou dificuldades respiratórias.
H317 – Pode provocar reações alérgicas na pele.
H351 – Suspeito de provocar câncer.
H370 - Provoca danos aos órgãos (sistema respiratório).
H372 – Provoca danos aos órgãos (sistema respiratório através da exposição repetida ou
prolongada).
H412 – Nocivo para os organismos aquáticos, com efeitos prolongados.
Frases de precaução – Prevenção
P280 – Use luvas e roupa de proteção, proteção ocular, proteção facial.
P261 – Evite inalar névoas e vapores.
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P271 – Utilize apenas ao ar livre ou em locais bem ventilados.
P202 – Não manuseie o produto antes de ter lido e compreendido todas as precauções de segurança.
P273 – Evite a liberação para o meio ambiente.
Frases de precaução – Resposta à emergência
P312 – Caso sinta indisposição, contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO
TOXICOLÓGICA/médico.
P304 + P340 – EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a pessoa para local ventilado e a mantenha
em repouso numa posição que não dificulte a respiração.
P301 + P310 - EM CASO DE INGESTÃO: contate imediatamente um CENTRO DE
INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA/médico. NÃO provoque vômito.
P303 + P361 + P353 - EM CASO DE CONTATO COM A PELE (ou com cabelo): retire
imediatamente toda roupa contaminada. Enxague a pele com água/tome ducha.
P305 + P351 + P338 - EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: enxague cuidadosamente
com água durante vários minutos. No caso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue
enxaguando.
P342 + P311 - EM CASO DE SINTOMAS RESPIRATÓRIOS: contate um CENTRO DE
INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA/médico.
P333 + P313 - Em caso de irritação ou erupção cutânea: consulte um médico.
P314 - Em caso de mal-estar, consulte um médico.
Frases de precaução – Armazenamento
P406 – Armazene num recipiente resistente à corrosão com um revestimento interno resistente.
P403 + P233 - Armazene em local bem ventilado. Mantenha o recipiente hermeticamente fechado.
P405 - Armazene em local fechado à chave.
P235 – Mantenha em local fresco.
Frases de precaução – Disposição
P501 - Descarte o conteúdo/recipiente em conformidade com a legislação nacional e local.
3 – COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE OS INGREDIENTES
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Produto químico: Substância
Nome químico ou comum: Ácido sulfúrico
Sinônimo: Ácido de bateria, óleo de vitral, óleo de vitríolo, sulfato de hidrogênio.
Número de registro CAS: 7664-93-9
4 – MEDIDAS DE PRIMEIRO-SOCORROS
Inalação
Em caso de inalação, remova imediatamente a vítima para o local ventilado com ar fresco. No caso
de parada respiratória aplicar prontamente a respiração artificial e contatar o serviço médico. Leve
esta FISPQ.
Contato com a pele
Não apalpar ou friccionar as partes atingidas, lavar abundantemente com água corrente e contatar o serviço médico. Leve esta FISPQ.
Contato com os olhos
Contato com os olhos provoca lesão ocular grave. Não friccionar, lavar os olhos com grande
quantidade de água corrente pelo menos 15 minutos e contatar o serviço médico. Leve esta FISPQ.
Ingestão
Em caso de ingestão, não induzir o vômito. Chame o médico. Jamais administre algo pela boca a
uma pessoa inconsciente. Leve esta FISPQ.
Sintomas e efeitos mais importantes, agudos ou tardios
Quando ingerido causa dor intensa com espasmo e reflexo de glote, que pode levar à morte
imediata por asfixia. Vômitos com sangue precipitado e restos de mucosa digestiva. Desidratação,
hipertensão e choque; edema e inflamação de boca, língua, faringe posterior e laringe. O
aparecimento de febre é indicativo de complicações pulmonares ou de mediastinite.
Notas para o médico
Evite contato com o produto ao socorrer a vítima.
Recomenda-se auxílio respiratório e tratamento sintomático.
Recomenda-se a utilização de DESCONTAMINANTES QUÍMICOS. O produto em contato com
a parte do corpo afetada pelo ácido sulfúrico provoca uma reação antagônica realizando uma lavagem química ativa causando a neutralização e sem liberação de calor.
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5 – MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO
Meios de extinção
Usar dióxido de carbono ou pó químico seco.
Perigos específicos da substância
Decomposição térmica produz gases tóxicos e irritantes de óxidos de enxofre (SOx).
Medidas de proteção da equipe de combate a incêndio
Substância não-inflamável, mas altamente reativa e oxidante. Pode causar ignição quando em
contato com materiais combustíveis. Afaste do local materiais orgânicos, nitratos, carbetos,
fulminatos, picratos, cloratos, percloratos, aldeídos, cetonas, aminas, materiais combustíveis e
metais pulverizados.
Em caso de exposição ao fogo, resfriar com água a parte externa do tanque/recipiente e manter
resfriado com spray de água. Utilizar roupas de proteção especial resistente ao ácido com capuz,
botas, luvas e proteção respiratória. Ocorrências em ambiente fechado e com baixa ventilação,
utilizar proteção respiratória do tipo autônomo.
Não jogar água dentro de qualquer recipiente que contenha o produto, pois o ácido quando diluído
pode reagir com metais liberando gás hidrogênio (inflamável).
Fazer a neutralização utilizando leite de cal ou soda cáustica em escamas.
Os produtos resultantes do controle de emergência podem causar contaminação ambiental.
6 – MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO
Precauções especiais, equipamento de proteção e procedimentos de emergência
- Para o pessoal que não faz parte dos serviços de emergência
Não fume. Não toque nos recipientes danificados ou no material derramado sem o uso de
vestimentas adequadas. Evite exposição ao produto. Utilize equipamento de proteção individual
conforme descrito na seção 8.
- Para pessoal de serviço de emergência
Utilizar roupas de proteção especial resistente ao ácido com capuz, botas, luvas e proteção respiratória. Evitar a respiração do vapores e névoas.
Evacuar o pessoal para áreas de segurança.
Isolar o vazamento de fontes de ignição.
Manter as pessoas não autorizadas afastadas da área.
- Precauções ao meio ambiente
Evite que o produto derramado atinja cursos d’água e rede de esgotos.
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- Métodos e materiais para contenção e limpeza
Neutralizar com cal ou soda cáustica em escamas e remova o produto resultante da neutralização para um aterro devidamente licenciado pelo órgão ambiental.
No uso da cal como neutralizante, sugere-se que para cada tonelada de ácido sulfúrico derramado é
aplicada uma mistura contendo 5 toneladas de água e 2,5 toneladas de cal.
- Diferenças na ação de grandes e pequenos vazamentos
Pequenos vazamentos de ácido podem ser absorvidos com material inerte não combustível ou
areia seca. Não usar material como trapo e serragem para conter o vazamento.
Os grandes vazamentos em áreas abertas ou não confinadas podem ser controlados cobrindo-os
com neblina de água.
7- MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
Técnicas apropriadas para o manuseio
Precauções para manuseio seguro
Para diluições em água, despeje sempre o ácido sobre a água para evitar reações violentas com
geração de calor e respingos de ácido.
Não respire vapores ou névoa do produto. Não deixe o produto entrar em contato com os olhos,
pele ou roupas. Remova imediatamente toda roupa contaminada. Lave-se bem após o manuseio.
Apenas pessoas treinadas e capacitadas deverão manusear o produto e usando os Equipamentos de
Proteção Individual definidos no item 8.
Medidas de higiene
Lave as mãos e o rosto cuidadosamente após o manuseio e antes de comer, beber, fumar ou ir ao
banheiro. Roupas contaminadas devem ser trocadas e lavadas antes de sua reutilização. Remova a
roupa e o equipamento de proteção contaminado antes de entrar nas áreas de alimentação.
Condições de armazenamento seguro, incluindo qualquer incompatibilidade
Prevenção de incêndio e explosão
O ácido sulfúrico não é inflamável, mais em altas concentrações pode causar ignição em contato
com materiais combustíveis.
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Condições adequadas
Mantenha o produto em recipiente bem fechado. Não deixe a água entrar em contato diretamente
com o produto nos recipientes, pois poderá ocorrer reação com liberação de calor. Utilize apenas
recipientes limpos e secos para o manuseio. Não misture ou estoque o produto junto de água,
metais e combustíveis. Proteja os equipamentos de transporte e estocagem contra danos, para
evitar a reação com a umidade do ar ou água.
Materiais para embalagens
Utilizar sempre material especificado compatível com ácido sulfúrico. Este produto é mais corrosivo na faixa média da diluição.
Quanto mais alta a corrosão, maior o perigo de formação de hidrogênio pelo contato com metais.
O ácido sulfúrico pode ser condicionado em tanques de aço carbono e em recipientes de vidro ou
polietileno de alta densidade. A capacidade de volume só deve ser preenchida até 95%.
8 - CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Parâmetros de controle específicos
Limites de exposição ocupacional
Portaria 3214/78, Norma Regulamentadora NR-15 LEO: o ácido sulfúrico não consta na lista de
limites de tolerância.
A Norma Regulamentadora NR-9 -9.3.5.1. - alínea “c” refere-se que para os valores dos limites
previstos na NR-15 ou, na ausência destes, deve-se adotar os valores limites de exposição
ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists,
ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais
rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos.
TLV-TWA: 0,2 mg/m3 (ACGHI – 2014).
Medidas de controle de engenharia
Para atividades em ambiente fechado, capelas, etc., deve ser assegurada uma boa ventilação geral e
local para manter as concentrações do vapor do produto em níveis inferiores aos limites de
exposição. Pode ser necessária a utilização de absorvedores de vapor ou eliminadores de névoa.
Utilizar os EPI’s recomendados durante o manuseio do produto.
Medidas de proteção pessoal
- Proteção dos olhos/face:
Óculos de proteção ampla visão, protetor facial.
- Proteção da pele
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Luvas de látex ou nitrílica (para soluções diluídas), luvas de PVC, neoprene ou borracha butílica (para
soluções concentradas). Roupas antiácida (poliéster ou fibras acrílicas). Botas de látex (para soluções
diluídas) e de PVC (para soluções concentradas).
- Proteção respiratória
Assegurar uma boa ventilação geral e local para atividades em ambiente fechado para manter as
concentrações do vapor do produto a níveis inferiores aos limites de exposição. Se necessário, usar
máscara panorâmica com filtro para gases ácidos.
9 – PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Aspecto (estado físico, forma e cor): líquido viscoso, denso, incolor a ligeiramente turvo.
Odor e limite de odor: forte, irritante.
pH (concentração de 98%): 0
Ponto de fusão: 10,36°C
Ponto de ebulição inicial: 338ºC
Ponto de fulgor: Não aplicável
Taxa de evaporação: Não disponível
Inflamabilidade (sólido; gás): Não aplicável
Limite inferior/superior de inflamabilidade ou explosividade: Não aplicável
Pressão de vapor: 145,8ºC 1,0 mmHg
Densidade de vapor: 3,40 (base ar)
Densidade relativa: 1,84 g/cm3 a 20°C
Solubilidade: Solúvel em água e etanol (libera grande quantidade de calor)
Coeficiente de partição – n-octanol/água: Não aplicável
Temperatura de autoignição: Não aplicável.
Temperatura de decomposição: 340°C
Viscosidade: 28-29 cP a 20°C
10 – ESTABILIDADE E REATIVIDADE
Reatividade
Reativo na presença de água, metais alcalinos e compostos de metais alcalinos. Reage
perigosamente com certas substâncias inorgânicas (sulfetos, carbetos, nitratos) e orgânicas
(aldeídos, cetonas e aminas).
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Estabilidade química
Substância quimicamente estável a temperatura ambiente.
Possibilidade de reações perigosas
Muito reativo. Mesmo não sendo inflamável, pode carbonizar materiais orgânicos e inflamar
materiais combustíveis.
Condições a serem evitadas
Calor, combustíveis, fontes de ignição, umidade.
Materiais incompatíveis
Água, metais alcalinos e alcalinos-terrosos, oxidantes fortes e compostos orgânicos.
Produtos perigosos da decomposição
A decomposição térmica produz óxidos de enxofre.
11 – INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Toxicidade aguda
Os danos causados pela inalação são pequenos porque sua pressão de vapor é pequena, entretanto,
a névoa do ácido com partículas <7 µm pode penetrar nas vias nasais e respiratórias superiores.
Estimativa de toxicidade aguda:
DL50, oral, (ratos): 2140 mg/Kg
CL50, inalação, (ratos): 510 mg/m3/2h.
Corrosão/irritação da pele
Pode causar queimaduras graves e profundas nos tecidos. Pode penetrar através da pele e causar
necrose dos tecidos.
Lesões oculares graves/irritação ocular
O contato com os olhos pode causar perda permanente da visão, queimaduras, aversão à luz,
lacrimejamento e destruição da córnea.
Sensibilização respiratória ou à pele
Pode causar irritação das mucosas e dermatite da pele.
Mutagenicidade em células germinativas
Não conhecido por ser agente mutagênico.
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Carcinogenicidade
Segundo classificação da IARC, o ácido sulfúrico ou solução deste não são conhecidos por causar
câncer, mas névoas inorgânicas fortes contendo ácido sulfúrico são cancerígenos para os seres humanos (Grupo 1). Têm sido associados com câncer de laringe e câncer de pulmão.
Toxicidade à reprodução
Não foram encontradas alterações histológicas graves em órgãos reprodutivos de ratos.
Toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição única
Causa irritação nas vias respiratórias, tosse, sufocação, tontura.
Toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição repetida
Pode ocorrer enegrecimento das unhas, erosão dos dentes, bronquite, conjuntivite, lesões da pele. Pode ocorrer sintomas subjetivos com alterações do paladar e do olfato.
Perigo por aspiração
Não é esperado que o produto apresente perigo por aspiração.
12 – INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Efeitos ambientais, comportamento e impactos do produto
- Ecotoxicidade
CL50 (Bluegill sunfish, 96 horas): 10,5 ppm
- Persistência e degradabilidade
Não é facilmente biodegradável. Seus vapores são mais pesados que o ar e podem espalhar-se ao
longo do solo. No solo, a presença de bactérias anaeróbicas pode reduzir o sulfato a enxofre e sulfeto de hidrogênio.
Pode formar ácido sulfúrico no ar a partir de dióxido de enxofre na presença de oxidantes e íons
metálicos.
Bactérias específicas podem oxidar o enxofre presente na água. Estas bactérias utilizam enxofre para obter energia. O ânion sulfato presente na superfície do oceano, pode ser formado a partir do
SO2 dissolvido, o qual é transformado em ácido sulfuroso e imediatamente, oxidado. A probabilidade de ocorrência em água doce é menor, devido à baixa concentração de sais.
Exposição aos vapores e contato com o produto são prejudiciais para a flora e fauna.
- Potencial bioacumulativo
Não é biocumulativo.
- Mobilidade no solo
Alguns estudos descrevem que o ânion sulfato apresenta menor mobilidade em solos alcalinos.
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- Outros efeitos adversos
A substância é prejudicial para os organismos aquáticos mesmo em baixas concentrações. Pode ser
perigoso se ocorrer próximo de manancial de água para consumo. Altera a qualidade da água e do
solo.
13 – CONSIDERAÇÕES SOBRE DESTINAÇÃO FINAL
Métodos recomendados para tratamento e disposição aplicados ao
- Produto
Deve ser eliminado como resíduo perigoso Classe I de acordo com a legislação local. O tratamento
e a disposição devem ser avaliados especificamente para cada produto. Devem ser consultadas
legislações federais, estaduais e municipais, dentre estas: Lei n°12.305, de 02 de agosto de 2010
(Política Nacional de Resíduos Sólidos).
- Restos de produtos
Mantenha os restos do produto em suas embalagens originais e devidamente fechadas. O descarte
deve ser realizado conforme o estabelecido para o produto.
- Embalagem usada
Não reutilize embalagens vazias. Estas podem conter restos do produto e devem ser mantidas fechadas e encaminhadas para descarte apropriado conforme estabelecido para o produto.
14 – INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
Regulamentações nacionais e internacionais
Terrestre
Resolução n° 420 de 12 de Fevereiro de 2004 da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos e suas modificações.
Número ONU: 1830
Nome apropriado para embarque: ÁCIDO SULFÚRICO
Classe ou subclasse de risco principal: 8
Classe ou subclasse de risco subsidiário: NA
Número de risco: 80
Grupo de embalagem: II
Hidroviário
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ANTAQ – Agência Nacional de Transporte Aquaviário.
DPC – Diretoria de Portos e Costas (Transporte em águas brasileiras)
Normas de Autoridade Marítima (NORMAM)
NORMAM 01/DPC: Embarcações Empregadas na Navegação em Mar Aberto
NORMAM 02/DPC: Embarcações Empregadas na Navegação Interior
IMO – “International Maritime Organization” (Organização Marítima Internacional)
International Maritime Dangerous Goods Code (IMDG Code)
Número ONU: 1830
Nome apropriado para embarque: SULFURIC ACID
Classe ou subclasse de risco principal: 8
Classe ou subclasse de risco subsidiário: NA
Grupo de embalagem: II
EmS: F-A, S-B
Perigo ao meio ambiente: O produto é considerado poluente marinho.
Aéreo
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – Resolução n°129 de 8 de dezembro de
2009.
RBAC N°175 – (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil) - Transporte de Artigos
Perigosos em Aeronaves Civis.
IS N° 175-001 – INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR – IS
ICAO – “International Civil Aviation Organization” (Organização da Aviação Civil Internacional) – Doc 9284-NA/905
IATA – “International Air Transport Association” (Associação Internacional de Transporte
Aéreo)
Dangerous Goods Regulation (DGR)
Número ONU: UN 1830
Nome apropriado para embarque: SULFURIC ACID
Classe ou subclasse de risco principal: 8
Classe ou subclasse de risco subsidiário: NA
Grupo de embalagem: II
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15 – INFORMAÇÕES SOBRE REGULAMENTAÇÕES
Regulamentações específicas de segurança, saúde e meio ambiente para o produto químico
Decreto Federal nº 2.657, de 3 de julho de 1998.
Norma ABNT-NBR 14725:2014.
Portaria nº 229, de 24 de maio de 2011 – Altera a Norma Regulamentadora nº 26.
16 – OUTRAS INFORMAÇÕES
Informações importantes, mas não especificamente descritas às seções anteriores.
Esta FISPQ foi elaborada a caráter orientativo e com base nos atuais conhecimentos sobre o
manuseio apropriado do produto e sob as condições normais de uso, de acordo com a aplicação
especificada na embalagem. Qualquer outra forma de utilização do produto que envolva a sua
combinação com outros materiais, além de formas de uso diversas daquelas indicadas, são de
responsabilidade do usuário. Adverte-se que o manuseio de qualquer substância química requer o
conhecimento prévio de seus perigos pelo usuário. No local de trabalho cabe à empresa usuária do
produto promover o treinamento de seus colaboradores quanto aos possíveis riscos advindos da
exposição ao produto químico.
FISPQ elaborada em Maio de 2016.
Referências bibliográficas:
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (MTPS). Norma
Regulamentadora (NR) n°15: Programa de controle médico de saúde ocupacional. Disponível em:
http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras.
Acesso em: MAIO, 2016.
CCOHS – CANADIAN CENTRE FOR OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY. Disponível
em: <http://www.ccohs.ca/oshanswers/chemicals/chem_profiles/sulfuric_acid.html>. Acesso em:
MAIO, 2016.
CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Disponível em:
<http://www.cdc.gov/niosh/idlh/7664939.html >. Acesso em: MAIO, 2016.
IPCS – INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY – INCHEM. Disponível
em: <http://www.inchem.org/documents/icsc/icsc/eics0362.htm>. Acesso em: MAIO, 2016.
IPCS – INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY – INCHEM. Disponível
em: <http://www.inchem.org/documents/sids/sids/7664939.pdf>. Acesso em: MAIO, 2016.
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FISPQ 04 – REVISÃO 01 – 02/01/17
OSHA – OCCUPATIONAL SAFETY & HEALTH ADMINISTRATION. Disponível em:
<https://www.osha.gov/dts/chemicalsampling/data/CH_268700.html.> Acesso em: MAIO, 2016.
PATNAIK, P. Propriedades Nocivas das Substâncias Químicas. 1. Ed. Belo Horizonte: Ergo, 2002. 101-103 p.
Legendas e abreviaturas:
ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists
CAS –Chemical Abstracts Service
CL50 – Concentração Letal 50%
DL50 – Dose Letal 50%
IARC – International Agency for Research on Cancer
TLV –Threshold Limit Value
TWA –Time Weighted Average