agilidade com fÔlego · lei 11941/2009, a fi m de adequar a legislação tributária à...

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AGILIDADE COM FÔLEGO O desafio é atender as demandas pontuais sem perder o foco do longo prazo ÍNDICE Edição N o 72 1 o Trimestre de 2014 Editorial. ................................2 Gestão ...................................3 Orientador ............................4 TI ............................................6 Estratégia .............................7 Comportamento ...................8 O interbank da contabilidade .......... p. 6 Fim da autosabotagem...................... p. 8 Entregar-se ao eterno presente, subs- tituindo pela pressa o que deve ser gestado com elaboração é um equívoco que chama a atenção para o seu oposto: adiar para depois o que a agilidade das mudanças exige agora. Essa contradição entre o pulo necessário e o fôlego para alcançar longas distâncias na luta pela competitividade é o que ocupa nossos analistas nesta primeira edição de 2014, com destaque para os avanços da con- tabilidade no autoatendimento. O empre- endedor completo, empresário ou cola- borador, resume em suas atividades as mais importantes qualidades do mundo atual dos negócios. Ter desenvoltura para interagir com seu entorno voltado para metas sólidas significa saber usar os novos instrumentos tecnológicos e entender as nuances do mercado. Há ofertas cada vez mais fortes de recursos para acertar o passo com estratégias de curto e longo prazo. Habituar-se a fazer certo compreendendo a complexidade do momento faz parte de um esforço coletivo de ação esclarecida, fruto da criatividade, do talento e da pesquisa. O mundo empresarial está cada vez mais impregnado da técnica e da sensibilidade a serviço de bons resultados.

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aGiliDaDe com FÔleGo O desafi o é atender as demandas pontuais sem perder o foco do longo prazo

ÍnDice

Edição No 721o Trimestre de 2014

Editorial. ................................2

Gestão ...................................3

Orientador ............................4

TI ............................................6

Estratégia .............................7

Comportamento ...................8O interbank da contabilidade ..........p. 6

Fim da autosabotagem ......................p. 8

Entregar-se ao eterno presente, subs-tituindo pela pressa o que deve ser gestado com elaboração é um equívoco que chama a atenção para o seu oposto: adiar para depois o que a agilidade das mudanças exige agora. Essa contradição entre o pulo necessário e o fôlego para alcançar longas distâncias na luta pela competitividade é o que ocupa nossos analistas nesta primeira edição de 2014, com destaque para os avanços da con-tabilidade no autoatendimento. O empre-endedor completo, empresário ou cola-borador, resume em suas atividades as mais importantes qualidades do mundo

atual dos negócios. Ter desenvoltura para interagir com seu entorno voltado para metas sólidas signifi ca saber usar os novos instrumentos tecnológicos e entender as nuances do mercado. Há ofertas cada vez mais fortes de recursos para acertar o passo com estratégias de curto e longo prazo. Habituar-se a fazer certo compreendendo a complexidade do momento faz parte de um esforço coletivo de ação esclarecida, fruto da criatividade, do talento e da pesquisa. O mundo empresarial está cada vez mais impregnado da técnica e da sensibilidade a serviço de bons resultados.

empresa associada

eXPeDienteInforme Orcose é um informativo trimestral da Orcose Contabilidade Ltda. Rua Clodomiro Amazonas, 1435Vila Olímpia – São Paulo/SPCEP 04537-012PABX: 11 3531-3233orcose@orcose. com. brwww. orcose. com. brAs opiniões expressas em artigos assinados não refl etem necessariamente a posição do informativo. Proibida a reprodução, exceto se explicitamente autorizado pelo autor.

conselho editorialJosé Serafi m AbrantesJulio Linuesa PerezHorácio Serafi m AbrantesFernando Serafi m Abrantes

editor responsávelDorival Jesus AugustoMTB/SP: 33. 335

Jornalista responsávelNei Carvalho Duclós(MTb. 2. 177. 865)

coordenação e Direção de arteHifen Comunicaçãowww. hifen. com. br

circulaçãoCadastro Orcose

José serafi m abrantes

Edição No 721o Trimestre de 2014

neGócios soB controleImplantação do e-social obriga empresas a mudar rotinas num ano de Copa e eleições

José Serafi m AbrantesPresidente da Orcose

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A pressão sobre as atividades empresariais aumenta neste 2014, por vários motivos, obrigando empreendedores e colaboradores a prestar atenção e a se antecipar, para que não haja surpresas nem prejuízos. É

preciso reciclar os hábitos diante de novas exigências, como o e-social, por exemplo, ou folha de pagamento digital, que faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). O e-social centraliza num único grande banco de dados as Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas que estavam dispersas. Um detalhe importante: a legislação não muda, a novidade é que agora a fi scalização é automática e dispensa a visita do fi scal.

As rotinas é que terão de mudar obrigatoriamente. A quantidade enorme de detalhes nas providências que precisam ser tomadas exige atenção redobrada, fôlego e concentração. No início, poderá haver desconforto, mas com o tempo a nova situação ira apontar para um nível superior de qualidade e mais sofi sticação nas ações empresariais. Os dados estarão completos, confi áveis e disponíveis. Só precisa ter o cuidado de preencher tudo corretamente e para isso os empreendedores contam com a assessoria contábil, que é a ciência focada nesse ramo. O e-social vem para somar transparência, agilidade e efi cácia dos negócios.

Mas o ano reserva também desafi os fora da normalidade das atividades corporativas, mas que interferem poderosamente nelas. É preciso fi car preparado para os efeitos provocados pelos eventos que vão interferir no país em todas as áreas, como a Copa do Mundo e as eleições. Problemas de

mobilidade urbana, feriados em função da agenda esportiva ou política, serviços sobrecarregados, altas pontuais de preços são alguns itens aguardados não só pelos que estarão diretamente envolvidos, mas por toda a população, com refl exo forte nos negócios.

É uma sobrecarga importante, com oportunidades e crises sintonizadas no mesmo diapasão. São camadas extras de responsabilidades, que se somam às rotineiras e não menos importantes, como a preparação do IR/PF e IR/PJ. São compromissos de curtíssimo prazo da Receita Federal que devem ser cumpridos pelos contribuintes. Nem é preciso lembrar que eles devem ser trabalhados com antecedência, para que haja qualidade nas declarações de renda. Deixar para última hora signifi ca perder a chance de conseguir a melhor performance para as fi nanças pessoais ou empresariais.

Correndo junto, um dado decisivo para todos: a infl ação, incerta e constante. Como manter o rumo dos negócios no ambiente alterado? Qual deve ser a gestão mais apropriada com a oscilação de preços? Como planejar corretamente quando se trabalha num circulo que pode ameaçar os negócios? Adiar decisões, não tomar a iniciativa certa pode acumular difi culdades que vão estourar mais adiante. Como empreendedores e profi ssionais, devemos fi car atentos a todos esses detalhes.

Vivemos um momento delicado de mudanças, que irá se refl etir positivamente na gestão e no trabalho.

O Brasil caminha para ser mais organizado. Acompanhamos esse passo como protagonistas, e não coadjuvantes.

obediências dos demais. As regras para um gestor policromático, que brilha com cores próprias são:

• Ser positivo na comunicação

• Não ser apontador de dedo, como julga-dor das pessoas

• Ter respeito por si e pelos demais

• Ter comprOMISSO (não estar OMISSO) com a equipe, parceiros, clientes, a situação e o jogo

• Olhar e cuidar de si

Quando se fala de gestão e comunicação estamos nos referindo a estilos de relaciona-mentos, que na verdade revelam os traços de personalidade de cada um. Agressividade e passividade são comportamentos desenvolvi-dos durante nossas primeiras experiências de socialização primária (família) e nas seguintes (escola, religião, sociedade). Este estilo de relacionamento é influenciado pela maneira

Coach Isabel Macarenco*

Um ano extraordinário para empresários e gestores, liderando suas equipes, fazendo bons negócios e respondendo

rápido às mudanças é um trabalho relativa-mente fácil para quem é policromático. Isto mesmo, um empresário, dirigente ou gestor policromático é aquele que se abre para criar boas alternativas para solução dos problemas, é flexível, faz planejamento, mantém suas por-tas abertas e é multitarefa. Como ninguém faz nada sozinho, em 2014 brilhe com luz própria e cuide dos relacionamentos, compartilhe ideias e tenha um comportamento comunicacional com o controle das emoções. Para ser poli-cromático é preciso marcar presença pela comunicação, que é subjetiva, isto é expressa o “eu” de cada um, revela uma opinião pesso-al, convence, gera confiabilidade e garante a valorização dos relacionamentos.

Em 2014 pense em traçar uma meta de me-lhoria na comunicação porque a comunica-ção neutra (sem emoção) envolve apenas a objetividade do assunto em pauta, não revela sua opinião, se baseia apenas em fatos profis-sionais, valoriza quem está no controle e exige

como nos aproximamos dos nossos interlo-cutores. Através da observação de compor-tamentos comunicacionais pode-se distinguir quem tem foco em si e é bem egocêntrico, os que são mais dissimulados e manipuladores, os que são transparentes e os que têm foco em si e no outro. O gestor policromático é o que tem um comportamento mais assertivo basea-do na expressão do que pensa, sente e deseja, revelando alto foco nas próprias necessidades e considerando as necessidades dos outros. Neste caso, as raízes da assertividade estão na independência emocional (independe do julgamento dos outros), na liberdade de ex-pressão (comunica sentimentos e emoções) e consciência do direito das outras pessoas (respeito a si e pela opinião de outros).

Gestor ou empresário policromática é aquele que trilha pelos caminhos da assertividade e alcança resultados extraordinários, baseados em uma imagem social forte, capacidade de autoanálise e proposta de melhoria contínua, comunicação estratégica, bom nível de ge-renciamento do estresse e relacionamentos baseados na confiança. Assim todas as cores do mundo estão reunidas nesta única pessoa. Gestores policromáticos espalham sua luz, o seu calor e a sua vida tem um legado: fazer outras pessoas brilharem. VIVA 2014!

Gestor Policromático: lUz PróPria e comUnicação assertiva

* Isabel Macarenco é consultora e sócia da Macarenco e Zamora Núcleo de Treinamento e Desenvolvimento, Master Coach e coautora dos livros: Comunicação Empresarial na Prática. Sarai-va, 2013, 3a Edição e, Competência: a essência da Liderança Pessoal. Saraiva, 2011, 2a Edição. Facebook: mzliderançapessoal

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orientaDororcose

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novos clientes FeDeral

1) quais as principais alterações promovidas pela mP 627/2013?Resposta: Por meio da Medida Provisória nº 627/2013, publicada no DOU de 12.11.2013, foram promovidas importantes alterações na legislação tributária federal, referentes ao Imposto de Renda e à CSLL das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, presumido e arbitrado, bem como referentes a adaptação às novas normas contábeis, dentre as quais destacamos:

a) a revogação do RTT (Regime Transitório de Tributação), instituído pelaLei 11941/2009, a fi m de adequar a legislação tributária à legislação societária, sendo opcional a partir de 2014 e obrigatório a partir de 2015;b) a manutenção da sistemática de ajustes em Livro Fiscal para os ajustes do lucro líquido decorrentes do RTT;c) o estabelecimento de multa específi ca pela falta de apresentação da escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real em meio digital, ou pela sua apresentação com informações incorretas ou omissas, com base na capacidade contributiva da empresa;d) disciplinamento de ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos em razão da convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais; ee) a isenção dos lucros ou dividendos distribuídos até a data da publicação desta Medida Provisória em valor excedente ao lucro apurado com base nos critérios contábeis vigentes em 2007.

2) qual o prazo de entrega da Declaração simplifi cada da Pessoa Jurídica (DsPJ) – 2014 e quais empresas estão obrigadas?Resposta: Por força da IN RFB 1.419/2013, a DSPJ Inativa deverá ser apresentada pelas pessoas jurídicas que permaneceram inativas durante todo o ano-calendário de 2013. Considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuada qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou fi nanceira, inclusive aplicação no mercado fi nanceiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário. O pagamento, no ano-calendário a que se referir a declaração, de tributos relativos a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário. A DSPJ – Inativa deverá ser entregue por meio do sitio da Receita Federal do Brasil, na internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br até o dia 31 de março de 2014. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que permanecerem inativas durante o período de 1º de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2013 fi cam dispensadas da DSPJ-Inativa 2014, devendo entregar a DEFIS (Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais), informando a condição de inatividade.

3) quais empresas estão obrigadas a entrega da ecD (escrituração contábil Digital) e qual o prazo de entrega? Resposta: Além das empresas tributadas pelo Lucro Real, obrigadas desde o ano-calendário 2008, com a publicação da IN RFB 1.420/2013, passam a ser obrigadas a entrega da ECD a partir do ano-calendário 2014, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presu-mido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita e as pessoas

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jurídicas imunes e isentas. A ECD será transmitida anualmente ao SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) até o último dia do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário ao que se refi ra a escrituração.

4) quais empresas estão obrigadas a entrega da DmeD (Declaração de serviços médicos e de saúde) e qual o prazo de entrega?Resposta: Estão obrigados a entregar a DMED, as pessoas jurídicas ou equiparadas nos termos da legislação do Imposto de Renda, prestadoras de serviços de saúde e as operadoras de planos privados de assistência a saúde (art. 2º da IN RFB 985/2009). São operadoras de planos privados de assistência à saúde, as pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, admi-nistradora de benefícios ou entidade de autogestão, autorizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar a operar planos privados de assistência à saúde. Os serviços prestados por psicó-logos, fi sioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais, laboratórios, serviços radiológicos, serviços de próteses ortopédicas e dentárias, e clínicas médicas de qual-quer especialidade, bem como os prestados por estabelecimento geriátrico classifi cado como hospital pelo Ministério da Saúde e por entidades de ensino destinados à instrução de defi ciente físico ou mental são considerados serviços de saúde para fi ns de entrega da declaração. A DMED deverá ser entregue até o dia 31 de março de 2014.

5) quais empresas deverão entregar a ecF (escrituração contábil Fiscal), qual o prazo de entrega e quais obrigações acessórias serão supridas? Resposta: Por força da IN RFB 1.422/2013, a partir do ano-calendário 2014 todas as pessoas jurídicas deverão entregar a ECF, exceto as empresas optantes pelo Simples Nacional, os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas e as pes-soas jurídicas inativas. O sujeito passivo deverá informar, na ECF, todas as operações que infl uenciaram a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A ECF será transmitida anualmente ao SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) até o último dia do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário ao que se refi ra a escrituração. As pessoas jurídicas fi cam dispensadas, em relação aos fatos gera-dores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, da escrituração do e-LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico) e da entrega da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica).

icms – estaDo De são PaUlo

6) quais alterações promovidas pelo governo do estado de são Paulo com relação ao vencimento do icms?Resposta: O governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto 59967/2013, alterou o vencimento do ICMS devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional relativo à Equalização da Carga Tributária na aquisição interestadual de mercadorias destinadas a industrialização ou comercialização, material de uso e consumo ou bem do ativo imobilizado, do dia 15 do mês subsequente ao da entrada da mercadoria para o último dia útil do segundo mês subsequente. Alterou, também, o ICMS devido pelas empresas do Simples Nacional, a título de Antecipação Tributária, nos termos

do artigo 426-A do RICMS/SP, nas aquisições interestaduais de mercadorias submetidas ao regime da substituição tributária. A legislação anterior previa que o imposto deveria ser recolhido na entrada em território paulista. Com a publicação deste Decreto, o referido tributo poderá ser recolhido até o último dia útil do segundo mês subsequente ao da entrada em território paulista. Além disto, foram alterados os vencimentos do ICMS devido no terceiro dia útil do mês subsequente ao mês de apuração por diversos contribuintes para o dia vinte do mês seguinte ao da apuração.

7) quais contribuintes estarão obrigados a emissão do cupom Fiscal eletrônico e a partir de quando?Resposta: O CF-e-SAT é um Documento Fiscal Eletrônico (DFE), de existência apenas digital, armazenado exclusivamente em meio eletrônico e emitido por meio do Sistema de Autenticação e Transmissão de Cupom Fiscal Eletrônico (SAT), mediante assi-natura digital gerada com base em certifi cado digital atribuído ao contribuinte, de forma a garantir a sua validade jurídica. O CF-e SAT será emitido em substituição ao Cupom Fiscal emitido por equipa-mento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) e à Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 e tem por objetivo identifi car a ocorrência de operações relativas à circulação de mercadorias, com valor de até R$ 10.000,00. A emissão do CF-e-SAT será obrigatória:

a) em substituição ao Cupom Fiscal emitido por ECF, a partir da data da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, para os estabelecimentos que vierem a ser inscritos a partir de 1º.04.2014;b) em substituição à Nota Fiscal de Venda ao Consumidor: b.1) a partir de 1º.01.2015, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 100.000,00 no ano de 2014; b.2) a partir de 1.01.2016, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 80.000,00 no ano de 2015; b.3) a partir de 1º.01.2017, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 80.000,00; b.4) após 1º.01.2017, a partir do 1º dia do ano subsequente àquele em que o contribuinte auferir receita bruta maior ou igual a R$ 60.000,00;c) para os estabelecimentos cuja atividade econômica esteja classifi cada no código 4731-8/00 (comércio varejista de com-bustíveis para veículos automotores): c.1) a partir de 1º.04.2014, em substituição ao Cupom Fiscal emitido ECF; c.2) a partir de 1º.10.2014, em substituição à Nota Fiscal de Venda ao Consu-midor, modelo 2.

Quanto aos estabelecimentos que, em 31.03.2014, já estiverem inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS, a emissão do CF-e-SAT em substituição ao Cupom Fiscal emitido por ECF observará o seguinte:

a) a partir de 1º.04.2014: não serão concedidas novas autori-zações de uso do equipamento ECF, exceto quando se tratar de ECF recebido em transferência de outro estabelecimento paulista pertencente ao mesmo contribuinte; b) a partir de 1º.04.2014 será vedado o uso do ECF que conte 5 anos ou mais da data da primeira lacração indicada no Atestado de Intervenção, devendo o contribuinte, nesse caso, providenciar a cessação de uso do ECF, conforme previsto na legislação;c) até que todos os equipamentos ECF venham a ser substituídos pelo SAT, poderão ser utilizados, no mesmo estabelecimento, os dois tipos de equipamento.

no artigo anterior foi discorrido sobre softwares que vem ajudando e mu-dando a forma de empresas contábeis

executarem seus serviços e se relacionarem com seus clientes. Além disso, a relação Fisco – Contribuinte já sofreu grandes transforma-ções. A principal foi a convergência do meio físico (papel) para o meio eletrônico onde tudo que é gerado nas transações das empresas é acompanhado e fiscalizado pelos governos federais, estaduais e municipais através de arquivos magnéticos com alto nível de deta-lhamento de suas operações.

Empresas de software especializadas no setor contábil estão se reestruturando para criarem aplicações que atendam as atuais demandas, pois adaptações não fazem mais sentido diante de tudo o que já mudou e neste novo cenário pode ser que, assim como os Bancos Privados que informatizaram praticamente toda sua operação, as empresas contábeis sigam este mesmo rumo, o do autoatendimento.

Sabemos que a tecnologia é a grande aliada de qualquer empresa. Um bom parceiro de software é imprescindível para as empresas contábeis e por extensão para comodidade de seus clientes. Diferentemente de alguns anos atrás, hoje as grandes empresas fornecedoras de software contábil não se preocupam apenas com a geração e produção das exigências con-tábeis e fiscais que demandam uma dedicação especial devido suas mudanças praticamente diárias, mas carregam em suas aplicações mó-dulos opcionais, soluções para gerenciamento interno do escritório, através de aplicativos de controle de agenda fiscal, gestão de custos, business intelligence, auditoria eletrônica de documentos com cruzamentos fiscais, geren-

ciamento e guarda de documentos eletrônicos exigidos pela legislação, relacionamento com o cliente, etc.

Estes módulos citados acima são opcionais e comercializados separadamente para as em-presas contábeis que não desejam somente o atendimento fiscal-tributário, mas que desejam controlar internamente suas operações de forma totalmente automatizada. Mas como es-tamos em uma fase de transição, percebemos que ainda não há uma aplicação que atenda plenamente às necessidades atuais. Existem ótimos softwares que atendem muito bem na parte legal/tributária mas que deixam a dese-jar na parte de gestão interna e outros muito bons na parte de gestão que não atendem tão eficientemente na outra parte.

Agora façamos uma viagem a um possível futuro das empresas contábeis, o Autoaten-dimento: pensamos no SaaS (Software as a Service) que é uma tendência nas aplicações e vamos imaginar que a área contábil venha convergir para o uso deste modelo de aplica-ção, se assemelhando ao “Internet Banking” atualmente utilizado pelos Bancos Privados. Para isto acontecer basta que as empresas de software atendam 100% da demanda das empresas contábeis e todo documento gerado pelos contribuintes seja eletrônico e padroni-zado, coisa de que não estamos muito longe.

Funcionaria basicamente assim: Como citamos acima os módulos já existentes pela maioria das empresas de software voltado ao setor contábil, existe um módulo de aplicação que busca, guarda em ambiente seguro e importa, seja do cliente ou diretamente do portal do fisco, as Notas Fiscais Eletrônicas de suas

Fernando de Brito Abrantes*

a contaBiliDaDe e o aUtoatenDimento.

* Fernando de Brito Abrantes é consultor de T.I.E-mail: controladoria@orcose. com. br

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operações de compra e venda de mercadoria e serviços. Após isso outro módulo faz a veri-ficação se as regras fiscais daquela operação estão de acordo com o determinado pelo fisco, através da aplicação de inteligência fiscal eletrônica. Na sequência já libera para a importação no sistema fiscal para as devidas apurações, geração de arquivos magnéticos legais e integrações contábeis. Isto posto, com o arquivo eletrônico da movimentação financeira do cliente que pode facilmente ser enviada pelo mesmo, são feitas as conciliações e ajustes complementares necessários.

Ao gerar e enviar as apurações e arquivos magnéticos o próprio sistema já controla, através do módulo de agenda de obrigações exigidas pelo fisco, avisando ao profissional para que nada deixe de ser entregue nos prazos estabelecidos, além de tudo o que for gerado ser automaticamente disponibilizado ao cliente via portal de serviços através do módulo idêntico ao “Internet Banking” na qual os clientes tem acesso.

As operações relacionadas à folha de paga-mento são introduzidas via portal de serviços diretamente na base de dados do escritório contábil, bastando o profissional conferir e validar as informações inseridas pelo cliente, consequentemente seguindo posteriormente com as apurações, geração de arquivos mag-néticos e integrações contábeis necessárias de forma automática.

Este cenário de autoatendimento não se trata de utopia; os módulos já existem por diferentes empresas e se o melhor de cada aplicação for incorporado em uma única, isto pode e é possível acontecer. Claro que isto ocorrendo profissionais altamente capacitados tecnica-mente devem estar por trás no gerenciamento, validação de todas estas informações para que as integrações automatizadas sejam consis-tentes. Desta forma mudará ainda mais a forma de execução dos serviços e o relacionamento com clientes.

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*Reinaldo O. da Silva – ROS Consultoria. E-mail: qt@orcose. com. br

as mudanças no mundo são rápidas e não devem servir de desculpa para a falta de estratégias de longo prazo.

É o que diz Michael Porter, um dos maiores professores de negócios de hoje.

O que nenhum executivo admite, mas é um fato, é que muitas empresas abandonam o pensamento de longo prazo.

As estruturas sobre as quais Porter ba-seou a sua reflexão, viam a estratégia como ambivalente ao longo dos anos, mas mostram-se convincentes para a liderança empresarial no mundo.

Esse é o paradoxo de Porter: suas ideias sobre estratégias estão cada vez mais disseminadas e ensinadas nas escolas de administração ao redor do globo.

Entretanto a ideia de estratégia em si, passou para um plano menor, ofuscada por noções modernas de competição, advindas dos conceitos revolucionários da Inter-net: quem precisa de estratégia de longo prazo, se o objetivo de todos é “crescer depressa”?

Poter e seu grupo de estudos e pesquisa trabalharam em várias empresas que passaram quase despercebidas no canto do prédio principal da escola de Harvard, reservado a salas de aulas.

Michael Porter não tem qualquer dúvida sobre a importância da estratégia, princi-palmente a de longo prazo.

Ele estabeleceu certas regras, que farão vencer aqueles que acreditam na vitória, e que são visíveis. São elas:

a) arranjar tempo para cuidar de estratégia:- os negócios vão acontecendo à velocidade cada vez maior, o que faz com que se cuide também do futuro, além das atividades diárias, que são prioridades;

b) é difícil escolher a estratégia: - as opções não são nada simples, e não se deve esque-cer que existe diferença fundamental entre estratégia e eficiência operacional, o que exige escolha para a estratégia;

c) as tecnologias mudaram: - a estratégia não – os princípios subjacentes à estra-tégia são (devem ser) permanentes, não importando o ritmo das mudanças; uma boa estratégia começa com a escolha do objetivo certo;

d) o que mudou não foi a estratégia mas a própria mudança; - o tempo de duração das coisas diminuiu, o que complicou a coloca-ção em funcionamento de uma estratégia qualquer;

e) cuidado com o mito dos pontos de in-

flação; - as armadilhas das estratégias se referem às mudanças nos clientes e nas suas necessidades de modo significativo, de maneira que a continuidade das opera-ções não funciona mais;

f) os grandes estrategistas colocam as coisas importantes nos seus devidos lugares – eles enxergam as oportunidades com as mudan-ças, o que nem sempre é visto; todavia ne-nhum gerente é capaz de resolver o problema que uma estratégia representa (complexo), que representa a empresa toda;

g) vale muito lutar por grandes estratégias – o principal estrategista de uma organização tem que ser seu líder; delegar (o que vai ser feito) não é a solução do problema de definição estratégica. A estratégia não é in-ventada, mas fundamentada na criatividade e intuição do(s) líder(es).

A estratégia fixa para o que a empresa faz e se refere a escolhas; não se pode ser tudo para todos. Existem tecnologias desestabilizadoras, mas é preciso cuidado com os exageros.

Os líderes eficazes sabem o real valor da estratégia.

TempoparaesTraTégia

Reinaldo O. da Silva

Há alguns anos trabalhando com com-portamentos que geram resultados, vejo muitos empreendedores e pro-

fissionais que, a partir do reconhecimento e substituição de comportamentos inadequa-dos, têm obtido resultados positivos, além de se tornarem mais felizes a partir de tais mudanças, das quais posso citar:

1 – aversão às metas

Sob o ponto de vista dos comportamentos empreendedores há um dado alarmante: 95% das empresas no Brasil não estabele-cem metas para suas equipes e dos 5% que o fazem, 3% é de forma errada, sendo assim, somente 2% das empresas definem metas e as monitoram corretamente.

Diante desta realidade não é difícil concluir que “metas” são extremamente mal vistas pelos profissionais, pois a esmagadora maioria não sabe o que é ou viveu uma experiência frustrada com o assunto.

A ignorância sobre tema faz com que haja rejeição ou até mesmo uma aversão, que autossabota os que trabalham sem ter que

trabalhar sem ter metas, pois para todo aquele que não sabe onde quer chegar, qualquer lugar que chega está bom, o que gera um conformismo com a medio-cridade.

2 – Falta de planejamento

Nascemos latinos, brasileiros, somos es-pertos, descolados e damos um jeitinho em tudo. Tudo isso é muito bom e tem o suas vantagens. O problema é que não dá pra confiar no pensamento de que sempre tudo vai dar certo. Os povos nórdicos e orientais usam mais da metade do tempo disponível para um projeto planejando e o restante do tempo executando e monitorando os resultados. Nós gastamos pouco tempo planejando e por isso, usamos a maior parte dele executando o projeto e refazendo o que saiu de errado. Essa autoconfiança excessiva é autossabotagem, pois nos faz crer que no final tudo dará certo no final.

3 – necessidade excessiva de reconhe-cimento

Há pessoas, que por experiências muito

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dolorosas em seu passado - especifica-mente na primeira infância -, apresentam carências que se manifestam como ne-cessidade excessiva de reconhecimento. Obviamente é muito bom receber palavras de encorajamento por um trabalho bem feito e não há nada errado com isso, mas os problemas se dão quando essa neces-sidade é excessiva ou quando o superior hierárquico não é muito dado a reconhecer. Esta carência - que precisa ser trabalha-da e resolvida - muitas vezes prejudica o profissional quando o reconhecimento não vem, gerando frustração e sentimento de rejeição, que por sua vez, faz com que o profissional fique desmotivado e improdu-tivo e até mesmo amargo, tornando difícil a convivência

Identificar, reconhecer e mudar compor-tamentos perniciosos é fundamental para todo aquele que quer ser bem sucedido em qualquer área da vida.

* Renato Maggieri, consultor de negócios. Ar-tigo publicado no Portal Empresário Online; www.empresario.com.br

comPortamentos qUe aUtossaBotam 3