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Uma medida do progresso nas MPEs do Paraná Agentes Locais de Inovação

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Uma medida do progresso nas MPEs do Paraná

Agentes Locais de Inovação

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© 2010. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná – SEBRAE/PR

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (lei n. 9.610).

Informações e contato:Sebrae/PRRua Caeté, 150 – Prado VelhoCEP 80220-300 – Curitiba – PRTelefone: (41) 3330-5757Internet: www.sebraepr.com.br

Presidente do Conselho DeliberativoJefferson Nogaroli

Diretoria ExecutivaAllan Marcelo de Campos CostaJulio Cezar AgostiniVitor Roberto Tioqueta

Coordenação Técnica do Desenvolvimento Unidade de Desenvolvimento de SoluçõesOlávio Schoenau – Gestão Estadual do Projeto Ali/Parceria Sebrae/Pr e Fundação AraucáriaAgnaldo Castanharo – Gerente

Unidade de Desenvolvimento de Soluções - EducaçãoMárcia Valéria Paixão

AutoriaDorian Bachmann

Editoração e Projeto GráficoCeolin & Lima Serviços Ltda.

Revisão de TextoCeolin & Lima Serviços Ltda.

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Sumário5 Introdução

6 Grau de Inovação

8 Origem dos dados

12 Metodologia

14 Análise

18 Visão regional

23 Visão setorial

28 Vestuário

30 Agronegócio

33 Construção civil

35 Porte do negócio

40 Porte dos clientes

43 Categoria dos clientes

46 Análise textual

48 Conclusões

50 Glossário

52 Referências

56 Anexo I – Dimensões da Inovação

60 Anexo II – Radar da Inovação – Setores de negócio

62 Anexo III – Tratamento dos Dados

63 Anexo IV – Detalhamento da amostra e resultados

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Sumário executivo

O levantamento teve como objetivo comparar o Grau de Inovação das MPE após algum tempo de participação no Projeto Agentes Locais da Inovação, para que se possa avaliar o acerto das medidas tomadas, visando tornar as empresas mais competitivas por meio de processos e produtos inovadores.

A metodologia usada no trabalho foi desenvolvida pela Bachmann & Associados, com base nas 12 dimensões da inovação descritas pelo prof. Mohanbir Sawhney, da Kellogg School of Management (EUA), acrescentadas da dimensão “ambiência inovadora”. Foram comparadas as médias dos escores (grau de maturidade) de cada uma das dimensões da inovação, no início do Projeto e após algum trabalho, para determinar o progresso alcançado no período.

A comparação buscou obter conclusões que possam servir de referência para estudos ou análises mais elaboradas, como a investigação das diferenças causadas pela localização geográfica das empresas, pelo setor de negócio e pelo porte e tipo dos clientes.

A variação nos resultados obtidos mostra que houve algum progresso em todas as dimensões mensuradas, confirmando a eficácia do Projeto Agentes Locais de Inovação. Os resultados também confirmam que a metodologia adotada para medir o Grau de Inovação tem sensibilidade às diferentes situações e é, portanto, adequada ao propósito de avaliar o progresso conseguido com o Projeto.

Inovação é fundamental para a competitividade das empresas e desen-volvimento do país e nem sempre requer investimento, mas criatividade e determinação.

Conclusão da Oficina de Inovação na Indústria (SEBRAE)

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Introdução

O Projeto “Agentes Locais de Inovação”, do SEBRAE, representa um esforço inteligente para oferecer aos micro e pequenos empresários o acesso a conhecimentos e recursos que facilitem a implantação de processos de inovação que contribuam para o aumento da competitividade das empresas. Para isto, profissionais recém-formados foram treinados nos conceitos de inovação, em ferramentas voltadas para a busca de soluções inovadoras e receberam informações sobre entidades e facilidades que podem contribuir para a inovação nas MPE.

Para a avaliação do processo, foi utilizada uma medida do Grau de Inovação nas MPE [1]. Deste modo, é possível comparar a situação encontrada no início do Projeto e em momentos posteriores. O acompanhamento histórico dos resultados permite conhecer a eficácia do Projeto e também decidir sobre seu aprimoramen-to, pois situações pontuais de melhor e pior desempenho podem ser cotejadas, gerando aprendizado e a identificação das melhores práticas.

Um trabalho anterior [2], baseado em uma amostra de 530 empresas, registrou a situação existente antes do início do trabalho dos Agentes Locais de Inovação. O Grau de Inovação médio das empresas avaliadas na ocasião foi de 2,0. Como a escala vai de 1 a 5, esse valor corresponde ao primeiro quarto da escala, indicando que a inovação ainda era incipiente.

O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução das micro e pequenas empresas paranaenses na implantação de processos de gestão da inovação, em decorrência do apoio fornecido pelo Projeto “Agentes Locais de Inovação”, do SEBRAE-PR. Ao mesmo tempo, o trabalho se propõe a oferecer informações que possam direcionar os esforços do SEBRAE e seus parceiros no incentivo à inovação, como forma de aumentar a competitividade das micro e pequenas empresas (MPE).

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Grau de Inovação

O Grau de Inovação usado neste trabalho foi medido conforme metodologia desenvolvida com base no Radar da Inovação criado pelo professor Mohanbir Sawhney, diretor do Center for Research in Technology & Innovation, da Kellogg School of Management, Illinois, EUA [3] [4]. A metodologia considera as dimensões nas quais uma empresa pode inovar. O Radar da Inovação reúne quatro dimensões principais:

1. As ofertas criadas

2. Os clientes atendidos

3. Os processos empregados

4. Os locais de presença usados

Entre estas, são apontadas mais oito dimensões que devem ser observadas. Complementando a abordagem de Sawhney, foi adicionada uma dimensão deno-minada “Ambiência inovadora”, que avalia a existência de um clima organizacional propício à inovação, requisito importante para uma empresa inovadora. Um resumo sobre cada uma das dimensões da inovação pode ser encontrado no Anexo I. Descrições mais detalhadas podem ser encontradas no relatório “Metodologia para Estimar o Grau de Inovação nas MPE” [1]. A metodologia adotada admite que a inovação não é um evento ou fato isolado, mas fruto de um processo. Daí a preocu-pação em avaliar não o simples resultado (número de inovações), mas a maturidade do processo de gestão da inovação das empresas.

O indicador, resultante da média dos escores (grau de maturidade) de cada uma das dimensões da inovação (obtido pela pontuação de 42 itens objetivos), resul-ta em uma métrica útil para mensurar o Grau de Inovação nas micro e pequenas empresas. O conhecimento da pontuação em cada uma das dimensões também se constitui em ferramenta de diagnóstico, pois permite identificar onde estão os pontos fortes e as oportunidades de melhoria da organização avaliada.

Escala de medição

Para simplificar a medição, preservando a sensibilidade da medida, foi adotada uma escala com apenas 3 situações (Quadro 1), porém com uma graduação ampliada, variando de 1 a 5:

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Quadro 1 – Grau de Inovação

Escore Situação

5 Organização inovadora sistêmica

3 Organização inovadora ocasional

1 Organização pouco ou nada inovadora

Horizonte temporal

Como o objetivo é medir o Grau de Inovação das organizações da forma mais pontual possível, para que se possa acompanhar a eventual evolução das mesmas, havia necessidade de se estabelecer um período de tempo a considerar na avaliação. Assim, acompanhando diversos outros trabalhos do mesmo tipo, a metodologia tomou um horizonte de 3 anos para o levantamento dos dados. Devido à elevada mortalidade das MPE, é possível que um bom número delas tenham menos de 3 anos; neste caso, todos os seus produtos e serviços correm o risco de serem considerados inovadores.

Nos casos das questões objetivas, em que se buscou determinar se a empresa tinha ou não um determinado recurso ou ativo, por exemplo uma patente, foi escolhido um momen-to específico (final do ano anterior ao da pesquisa), como indicado na figura 1.

Momento

Período

Figura 1 – Horizonte de tempo

2005 2006 2007

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Formulário

O formulário usado na coleta dos dados foi desenvolvido [1] com foco na simplicidade e na redução da subjetividade, sendo dividido em 3 blocos:

Bloco I – Dados gerais da empresa

Inclui informações para caracterização da empresa e rastreabilidade das informações, como nome do entrevistado e do entrevistador. Essas informações também permitem o agrupamento dos dados em conjuntos homogêneos, permitindo análises mais elaboradas e conclusões mais sólidas.

Bloco II – Cálculo do Grau de Inovação.

Inclui as informações objetivas, com o escore de cada item de cálculo do Grau de Inovação.

Bloco III – Informações complementares.

Inclui as perguntas abertas que, embora permitam respostas subjetivas, podem contribuir para o processo de análise do ambiente de inovação existente nas empresas da amostra.

Para reduzir a subjetividade das avaliações, dando maior consistência aos resultados, os Agentes Locais de Inovação ALI passaram por um programa de capacitação para o correto preenchimento dos formulários.

Origem dos dados

Os dados usados neste trabalho foram coletados pelos Agentes Locais de Inovação em dois períodos. O primeiro, de 11 de dezembro de 2008 a 13 de julho de 2009, corresponde à situação inicial do Projeto, isto é, descreve a situação anterior ao trabalho desenvolvido pelos ALI. O segundo, de 21 de julho de 2009 a 25 de maio de 2010, apresenta a situação das empresas após algum tempo de participação no Projeto.

Para este trabalho foram selecionadas apenas as empresas que tinham uma avaliação anterior a 14 de julho de 2009 e outra posterior a essa data. Assim, a amostra inclui 209 empresas, de três cadeias produtivas (tabela 1): confecção e vestuário, construção civil e agronegócio, colhidas nas 5 regionais do SEBRAE-PR. Algumas regionais também colheram

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informações de municípios próximos. Duas mensurações do setor de Confecções e Vestuário foram realizadas em prazo inferior a 6 meses do início do Projeto e, portanto, ainda não devem refletir os benefícios das ações tomadas.

Tabela 1 – Descrição da amostra

RegionalEmpresas

Construção civil Confecções e vestuário Agronegócio Total

Centro-sul * 67 67 1 135

Norte 7 29 8 44

Noroeste 1 17 84 102

Oeste 19 10 101 130

Sudoeste 10 39 70 119

Total 104 162 264 530

Nota: * - Inclui 83 empresas instaladas em Curitiba.

A tabela 2 mostra a distribuição geográfica das empresas da amostra, estratificadas por setor de negócio. As cidades com maior número de empresas na amostra foram Curitiba (83 empresas) e Cascavel (42 empresas).

Tabela 2 - Distribuição das empresas da amostra

Cidade Vestuário Construção civil Agronegócio Total

Curitiba 50 33 0 83

Cascavel 0 0 42 42

Paranavaí 0 0 21 21

Capanema 0 0 13 13

Chopinzinho 6 0 0 6

Marmeleiro 0 0 6 6

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Cidade Vestuário Construção civil Agronegócio Total

Francisco Beltrão 0 0 5 5

São José dos Pinhais 0 4 0 4

Ortigueira 0 0 3 3

Santa Tereza do Oeste 0 0 3 3

Apucarana 2 0 0 2

Assis Chateaubriand 0 0 2 2

Carlópolis 0 0 2 2

Mandiocaba (Paranavaí) 0 0 2 2

Ponta Grossa 2 0 0 2

Alto Paraná 0 0 1 1

Barra Bonita (Francisco Beltrão) 0 0 1 1

Campo do Tenente 0 1 0 1

Campo Mourão 0 0 1 1

Colombo 0 1 0 1

Joaquim Távora 0 0 1 1

Planaltina do Paraná 0 0 1 1

Santa Izabel do Oeste 0 0 1 1

Terra Rica 0 0 1 1

Verê 0 0 1 1

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A distribuição das empresas por setor de negócio mostra uma prevalência do agronegó-cio, como pode ser observada na figura 2.

Agronegócio Confecções e vestuár Construção civil

Figura 2 - Distribuição das empresas por setor de negócio

A maioria das empresas participantes deste levantamento tem menos de 20 emprega-dos e nenhuma chegou a 60 colaboradores (tabela 3), resultando em uma amostra bastante homogênea.

Tabela 3 - Distribuição das empresas, por número de empregados

Número de empregados Quantidade PercentualMenos de 20 174 94,57

De 20 a 39 9 4,89

De 40 a 59 1 0,54

De 60 a 79 0 0,00

De 80 a 99 0 0,00

100 ou mais 0 0,00

Total 184 100,0

Notas: Esta informação corresponde à situação no primeiro levantamento e variou ligeiramente na segunda medida. Algumas empre-sas não tiveram a informação disponibilizada.

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A grande maioria das organizações avaliadas foram consideradas microempresas (tabela 4), porém, um percentual elevado (43,5%) não teve esta informação registrada.

Tabela 4 - Distribuição das empresas, por porte

Porte Quantidade PercentualMicroempresa 103 49,3

Pequena empresa 15 7,2

Sem informação 91 43,5

Total 209 100,0

O conteúdo dos formulários preenchidos foi entregue à Bachmann & Associados - B&A na forma de uma planilha EXCEL, com 3 abas, preparada pela área de informática do SEBRAE-PR. A aba I continha os dados referentes ao Bloco I (Dados gerais da empresa) e apresentava 1.017 registros, dos quais 543 eram anteriores a 14.07.09. A aba II continha os resultados da avaliação do Grau de Inovação, num total de 1.115 registros, com 527 anteriores a 14.07.09. Finalmente, a aba III (Informações complementares) trazia informações adicionais sobre as empresas e incluía 748 registros, sendo 391 anteriores a 14.07.09.

Assim, embora o SEBRAE/PR já tenha efetuado mais de 1.100 mensurações do Grau de Inovação, apenas uma fração das empresas teve duas avaliações confiáveis, para viabilizar a análise do progresso obtido.

Para maior confiabilidade nos resultados, os dados contidos na planilha sofreram um tra-tamento, descrito no anexo III. Com o banco de dados saneado, a análise se concentrou nos resultados das 209 empresas que tiveram as duas mensurações – no início e depois de algum tempo de projeto – para permitir uma avaliação mais efetiva dos efeitos do trabalho realizado.

Metodologia

Para o desenvolvimento do trabalho, foram tomados os resultados dos diagnósticos feitos pelos ALI em empresas de micro e pequeno porte das cadeias produtivas da construção civil, de confecção e vestuário e do agronegócio. A realização do estudo, em linhas gerais, obedeceu às seguintes etapas:

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• Recebimento dos dados, na forma de uma Planilha Excel.

• Consistência das informações recebidas, para retirar dados de testes e informações incompatíveis com a amostra.

• Agrupamento dos resultados da avaliação inicial (t0) e da mensuração posterior (t1).

• Cálculo do Grau de Inovação dos dois grupos.

• Análises dos estratos, comparações e teste de hipóteses.

• Levantamento dos melhores resultados (benchmarks) em cada setor.

• Consolidação do material e das conclusões e sugestões, neste relatório.

Para permitir a análise da evolução, além do Grau de Inovação médio dos dois grupos da amostra, foram calculados os resultados médios para cada um dos setores considerados no Projeto (Construção civil, Confecção e vestuário e Agronegócio). Para um entendimento mais profundo da realidade encontrada, também foram comparados os resultados individuais das diversas dimensões da inovação.

Outro critério para a análise foi a estratificação geográfica, uma vez que as características locais são relevantes para a definição do ambiente em que as empresas estão inseridas. Por exemplo, enquanto Curitiba conta com o maior volume de facilidades, a região sudoeste do Paraná já teve os atores do sistema de inovação e os ativos tecnológicos mapeados [5].

Considerando a importância do porte das empresas na geração de inovações [6], os dados também foram tabulados de modo a permitir essa avaliação. Em pelo menos um caso, além do uso da Média Aritmética, que é um conceito mais intuitivo e usual, a análise fez uso da Moda (valor mais freqüente na amostra), que se mostrou conceitualmente mais adequada.

Na fase inicial, foi feita uma análise com base nos resultados de 530 empresas, que foi publicada pelo SEBRAE [1] para servir de referência sobre a situação existente no momento do início do Projeto.

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Análise

O Grau de Inovação médio das empresas avaliadas no início do Projeto foi de 2,0. Como a escala vai de 1 a 5, este valor corresponde ao primeiro quarto da escala. A situação, compatível com outras observações feitas com MPE12, indicava que a inovação ainda era incipiente. Na nova avaliação realizada, em média 13 meses após a primeira medida, o resultado médio da amostra subiu para 2,6, mostrando algum progresso.

É importante lembrar que os processos relacionados à gestão da inovação estão asso-ciados a mudanças comportamentais que têm elevada inércia e são, portanto, de lenta maturação. Assim, caso o esforço prossiga, é esperado que nas próximas avaliações as me-lhorias se acelerem.

A figura 3 apresenta a evolução do Grau de Inovação médio em cada uma das dimensões, nas duas avaliações.

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

T0 T1

Oferta.

Platafo

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Marca

Cliente

s

Soluçõ

es

Relacio

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Agrega

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Organiz

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Cadeia

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Figura 3 – Variação no Grau de Inovação por dimensão

1 Greco et al. Curitiba : IBQP; 2009. Disponível em http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/5D1CAC412448B0428325757B00697DC7/$File/NT0003EF2A.pdf2 Empreendedorismo no Brasil : 2008 / Simara Maria de Souza Silveira

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As tabelas 5a e 5b permitem comparar os escores da amostra, globalmente e para cada uma das dimensões, nos dois momentos do Projeto.

Tabela 5a - Grau de Inovação (situação inicial)

DimensãoEscore das Empresas

Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,30 1,00 4,33 2,00

Plataforma 3,22 1,00 5,00 3,00

Marca 2,83 1,00 5,00 3,00

Clientes 2,41 1,00 5,00 3,00

Soluções 1,87 1,00 5,00 1,00

Relacionamento 1,91 1,00 5,00 1,00

Agregação de valor 1,64 1,00 5,00 1,00

Processos 1,70 1,00 4,33 1,33

Organização 1,74 1,00 4,50 1,00

Cadeia de fornecimento 1,62 1,00 5,00 1,00

Presença 1,75 1,00 5,00 1,00

Rede 2,00 1,00 5,00 1,00

Ambiência inovadora 1,67 1,00 3,25 1,25

Geral 2,05 1,00 4,07 2,28

Tabela 5b - Grau de Inovação (segunda medição)

DimensãoEscore das empresas

Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,97 1,00 4,67 3,33

Plataforma 3,73 1,00 5,00 4,00

Marca 3,11 1,00 5,00 3,00

Clientes 3,04 1,00 5,00 3,00

Soluções 2,54 1,00 5,00 2,00

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Relacionamento 2,50 1,00 5,00 3,00

Agregação de valor 2,30 1,00 5,00 2,00

Processos 2,26 1,00 4,67 2,67

Organização 2,41 1,00 4,50 3,00

Cadeia de fornecimento 2,41 1,00 5,00 3,00

Presença 2,33 1,00 5,00 3,00

Rede 2,57 1,00 5,00 3,00

Ambiência inovadora 2,08 1,00 3,50 2,00

Geral 2,63 1,00 3,96 3,29

Com base na tabela 5c, que mostra a variação nos escores médios entre a medida inicial e a segunda medição, podemos observar que todas as dimensões apresentaram crescimen-to, confirmando a eficácia do Projeto. O maior progresso ocorreu nas dimensões Cadeia de Fornecimento, Oferta, Soluções e Organização, enquanto as dimensões Marca e Ambiência Inovadora tiveram as menores evoluções.

Tabela 5c – Progresso no Grau de Inovação

DimensãoGrau de Inovação

Situação inicial Segunda medição Variação

Oferta 2,30 2,97 0,67

Plataforma 3,22 3,73 0,51

Marca 2,83 3,11 0,28

Clientes 2,41 3,04 0,63

Soluções 1,87 2,54 0,67

Relacionamento 1,91 2,50 0,59

Agregação de valor 1,64 2,30 0,66

Processos 1,70 2,26 0,56

Organização 1,74 2,41 0,67

Cadeia de fornecimento 1,62 2,41 0,79

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Presença 1,75 2,33 0,58

Rede 2,00 2,57 0,57

Ambiência inovadora 1,67 2,08 0,41

Geral 2,05 2,63 0,58

Uma visão mais geral da evolução dos resultados no período pode ser observada na figura 4.

OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora5,04,54,03,53,02,52,0

1,51,00,50,0

T0 T1

Figura 4 – Evolução do Grau de Inovação

A tabela 6 mostra que o percentual de empresas com Grau de Inovação inferior a 2 caiu sensivelmente e que a maioria das organizações (58,9%) já apresenta escore entre 2 e 3. A ausência de empresas com escore igual ou superior a 4 indica que ainda existe bastante espaço para melhoria.

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Tabela 6 - Percentual de empresas em cada Grau de Inovação

Medida inicial Segunda medida

Grau de Inovação Número de empresas Percentual Número de empresas Percentual

5 0 0,0 0 0,0

4 – 4,9 1 0,5 0 0,0

3 – 3,9 7 3,3 58 27,8

2 – 2,9 104 49,8 123 58,9

1 – 1,9 97 46,4 28 13,4

Total 209 100,0 209 100,0

Visão regional

Acredita-se que aspectos culturais e sócio-econômicos, associados à localização, possam influenciar de forma significativa a inovação nas organizações. Para avaliar esses efeitos, foram comparados os resultados médios obtidos pelas empresas e o progresso ocorrido em cada regional (figura 5).

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

T0 T1

Norte Sudoeste Noroeste Centro-sul Oeste

Figura 5 – Variação do Grau de Inovação, por regional

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tes Lo

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ovaç

ãoUm

a med

ida do

prog

resso

na

s MPE

s do P

araná

19

Na comparação dos resultados médios obtidos em cada uma das 5 regionais na medida inicial (tabela 7), o escore da regional Oeste (2,49) se destacava positivamente, por ser 0,6 pontos superior à média estadual. A regional Noroeste apresentava o escore mais baixo (1,64). Na segunda medida, a média da regional Oeste cresceu para 2,81 e continua sendo a mais elevada. Destaca-se, também o crescimento da regional Centro-sul que, na prática, empatou com a regional Oeste. As empresas da regional Noroeste apresentaram o maior crescimen-to entre as avaliações. A regional Norte, entretanto, não apresentou qualquer progresso no período; mas, cabe a ressalva de que se trata de amostra anormalmente pequena (apenas 8 empresas). Ainda assim, cabe uma investigação da causa dessa estabilidade de resultados.

Tabela 7 - Grau de Inovação nas Regionais (comparação histórica)

Grau de inovação Centro-sul Norte Noroeste Oeste Sudoeste Média*

Situação inicial 2,09 1,66 1,64 2,49 1,72 1,92

Segunda medição 2,80 1,65 2,41 2,81 2,34 2,40

Diferença 0,71 -0,01 0,77 0,32 0,62 0,48

Notas: * - Estes valores diferem ligeiramente dos apresentados na tabela 4, pois correspondem à média dos resultados das 5 regiões, e não à média dos resultados individuais das empresas da amostra. Os melhores resultados estão destacados em negrito.

Para determinar as razões pelas quais a regional Oeste apresenta o melhor resultado, bus-cando identificar práticas que possam ser replicadas nas demais áreas, foram levantadas as dimensões que mais contribuíram para a elevação do escore (tabela 8b). Destacaram-se as dimensões Oferta (3,46), Plataforma (4,29), Marca (3,37), Relacionamento (3,06), Processos (2,59), Organização (2,82) e Ambiência Inovadora (2,14). De fato, a única dimensão na qual a regional Oeste não apresentou o melhor resultado foi Rede. Entretanto, ressalvamos que todas as empresas das regionais Oeste e Noroeste são de agronegócio, o que pode distorcer a comparação.

Por outro lado, na comparação com a regionais, na segunda medida (tabela 8b) os resul-tados de Curitiba se destacam positivamente apenas na dimensão Soluções. Ainda assim, a regularidade dos bons resultados fez com que a Capital tenha alcançado o maior Grau de Inovação que, para efeitos práticos, é o mesmo da regional Oeste.

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SEBR

AE-P

R

Tabela 8a - Grau de Inovação nas Regionais e em Curitiba (situação inicial)

Dimensão Curitiba Interior Centro-sul* Norte Noroeste Oeste Sudoeste

Oferta 2,57 2,13 2,50 1,54 1,58 3,05 1,46

Plataforma 3,17 3,25 3,10 2,13 2,93 4,10 2,74

Marca 2,98 2,73 2,92 1,75 2,11 3,02 3,12

Clientes 2,55 2,32 2,54 2,06 1,80 2,73 2,15

Soluções 2,17 1,67 2,13 1,38 1,22 2,20 1,29

Relacionamento 2,06 1,81 2,05 1,50 1,67 2,31 1,24

Agregação de valor 1,63 1,64 1,63 2,00 1,33 1,98 1,32

Processos 1,69 1,70 1,68 1,58 1,46 2,18 1,25

Organização 1,63 1,81 1,62 1,38 1,31 2,47 1,41

Cadeia de fornecimento 1,43 1,75 1,46 1,25 1,52 2,31 1,24

Presença 1,83 1,69 1,80 1,50 1,52 1,98 1,50

Rede 2,18 1,89 2,14 1,75 1,44 1,98 2,18

Ambiência inovadora 1,58 1,73 1,59 1,81 1,48 2,03 1,48

Geral 2,11 2,01 2,09 1,66 1,64 2,49 1,72

Notas: * – Estes valores incluem os resultados das empresas de Curitiba.

Os melhores resultados estão destacados em negrito.

Tabela 8b - Grau de Inovação nas Regionais e em Curitiba (segunda medição)

Dimensão Curitiba Interior Centro-sul* Norte Noroeste Oeste Sudoeste

Oferta 3,16 2,84 3,11 1,88 2,36 3,46 2,62

Plataforma 3,66 3,78 3,59 2,25 4,00 4,29 3,44

Marca 3,18 3,06 3,12 1,63 2,85 3,37 3,24

Clientes 3,28 2,88 3,29 2,19 2,83 2,95 2,87

Soluções 3,12 2,15 3,12 1,63 1,63 2,49 1,97

Relacionamento 2,75 2,33 2,73 1,25 2,30 3,06 1,53

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Agregação de valor 2,59 2,10 2,60 2,00 1,93 2,29 1,85

Processos 2,41 2,16 2,39 1,58 2,09 2,59 1,71

Organização 2,59 2,29 2,58 1,38 1,80 2,82 2,09

Cadeia de fornecimento 2,52 2,33 2,56 1,25 2,33 2,43 2,29

Presença 2,49 2,22 2,46 1,13 2,15 2,20 2,59

Rede 2,73 2,46 2,67 1,50 3,00 2,51 2,29

Ambiência inovadora 2,12 2,06 2,13 1,78 2,13 2,14 1,91

Geral 2,82 2,51 2,80 1,65 2,41 2,81 2,34

Nota: * – Estes valores incluem os resultados das empresas de Curitiba.

Os melhores resultados estão destacados em negrito.

Para aprofundar a análise, foram comparados os resultados obtidos nos diversos itens que compõe a dimensão Ambiência Inovadora entre as empresas de Curitiba e as instaladas no interior do estado (figuras 6a e 6b). Nota-se que, na segunda avaliação, a Capital superou o in-terior também nos itens 38 (Fontes externas de conhecimentos IV) e 40 (ousadia inovadora).

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0 Curitiba Interior

P35 P36 P37 P38 P39 P40 P41 P42

Figura 6a - Comparação dos itens da Ambiência Inovadora (situação inicial)Nota: Para identificar os parâmetros, ver a tabela 9.

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SEBR

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5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0 Curitiba Interior

P35 P36 P37 P38 P39 P40 P41 P42

Figura 6b - Comparação dos itens da Ambiência Inovadora (segunda medição)Nota: Para identificar os parâmetros, ver a tabela 9.

Estes resultados sugerem que, ao menos nas etapas iniciais do processo, a proximidade física com os ativos tecnológicos e fontes de recursos de fomento não é o fator mais relevan-te para o estabelecimento de um ambiente propício à inovação.

Tabela 9 - Comparação dos itens da dimensão Ambiência Inovadora

Medida inicial Segunda medida

Item Curitiba Interior Curitiba Interior

P35 - Fontes externas de conhecimento - I 1,82 1,78 3,24 3,05

P36 - Fontes externas de conhecimento - II 2,47 2,38 2,95 2,68

P37 - Fontes externas de conhecimento - III 1,55 1,95 2,35 2,46

P38 - Fontes externas de conhecimento - IV 1,02 1,06 1,36 1,11

P39 - Propriedade intelectual 1,12 1,03 1,24 1,05

P40 - Ousadia inovadora 1,36 1,48 1,80 1,76

P41 - Financiamento da inovação 1,34 1,87 1,67 1,75

P42 - Coleta de ideias 1,99 2,25 2,35 2,60

Nota: Os melhores resultados estão destacados em negrito.

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A figura 7 apresenta uma visão geral da evolução alcançada pelas empresas instaladas em Curitiba no período entre as duas mensurações.

OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora5,04,54,03,53,02,5

2,01,51,00,50,0

T0

T1

Figura 7 – Evolução do Radar da Inovação para as empresas de Curitiba

Visão setorial

Dentre os fatores que contribuem para a maior ou menor inovação nas empresas, vários estão relacionados às características do setor de atividade [6]. Assim, para uma análise mais detalhada, foram comparados os resultados obtidos em cada um dos três setores amostrados. Na avaliação inicial, o negócio que apresentou o maior Grau de Inovação (tabela 9) foi o de Confecções e Vestuário (2,17). Na segunda mensuração, as empresas da cadeia produtiva da Construção Civil aparecem como as mais inovadoras (2,83), enquanto as empresas de Confecções e Vestuário caíram para o segundo lugar (2,68) e as do Agronegócio, apesar do progresso, ficaram na última posição (2,54).

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AE-P

R

Tabela 9 - Grau de Inovação – Comparação setorial

Construção civil Vestuário Agronegócio

DimensõesSituação

inicialSegunda medição

Situação inicial

Segunda medição

Situação inicial

Segunda medição

Oferta 2,17 2,91 2,62 3,13 2,18 2,90

Plataforma 2,54 2,92 3,45 3,97 3,33 3,89

Marca 2,90 2,90 2,93 3,18 2,75 3,14

Clientes 2,45 3,36 2,64 3,17 2,27 2,85

Soluções 1,69 2,85 2,38 3,20 1,65 2,06

Relacionamento 2,08 2,64 2,03 2,70 1,78 2,34

Agregação de valor 1,62 2,69 1,72 2,47 1,60 2,06

Processos 1,67 2,39 1,65 2,24 1,73 2,22

Organização 1,82 3,10 1,48 2,11 1,85 2,33

Cadeia de fornecimento 1,72 3,51 1,27 1,83 1,78 2,33

Presença 1,67 2,33 1,88 2,40 1,70 2,29

Rede 1,87 2,59 2,33 2,67 1,87 2,51

Ambiência inovadora 1,94 2,55 1,39 1,83 1,73 2,05

Geral 2,01 2,83 2,14 2,68 2,02 2,54

A moda representa o valor mais freqüente na amostra e pode, neste caso, ser mais re-presentativa para a situação existente do que a média, parâmetro estatístico fortemente influenciado por um pequeno número de bons resultados. Assim, chamam a atenção os resultados alcançados nas dimensões Plataforma e Marca, nos diversos setores (tabela 10). Mas, causa surpresa o rápido crescimento do escore em algumas dimensões como: Soluções (Confecções e Vestuário), Relacionamento, Cadeia de Fornecimento e Rede (Construção Civil e Agronegócio), assim como Presença (Agronegócio).

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Tabela 10 - Grau de Inovação – Comparação setorial (Moda)

Construção civil Vestuário Agronegócio

DimensõesSituação

inicialSegunda medição

Situação inicial

Segunda medição

Situação inicial

Segunda medição

Oferta 2,33 2,67 2,33 3,00 1,33 3,33

Plataforma 2,00 3,00 3,00 5,00 3,00 4,00

Marca 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Clientes 3,00 3,00 3,00 3,00 2,50 3,00

Soluções 1,00 2,00 1,00 3,00 1,00 2,00

Relacionamento 1,00 3,00 2,00 3,00 1,00 3,00

Agregação de valor 1,00 3,00 1,00 3,00 1,00 2,00

Processos 1,33 2,67 1,33 2,67 1,33 1,67

Organização 1,50 3,50 1,00 1,00 1,00 2,50

Cadeia de fornecimento 1,00 3,00 1,00 1,00 1,00 3,00

Presença 1,00 2,00 2,00 3,00 1,00 3,00

Rede 1,00 3,00 3,00 3,00 1,00 3,00

Ambiência inovadora 1,75 2,50 1,00 1,50 1,25 2,00

Como pode ser facilmente percebido pela figura 8a, as dimensões nas quais o desempe-nho era melhor, ou mais limitado, não diferiam muito entre os setores avaliados, sinalizando que o ambiente externo (cultura, educação, recursos, etc.) provavelmente representava a maior influência nas organizações. Com a execução do Projeto (figura 8b), as diferenças se acentuaram.

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SEBR

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R

Agronegócio Vestuário Construção civil

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Oferta

Plataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valor

Processos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora1,73

1,391,94

1,87

1,87

1,701,88

1,67

1,781,27

1,72

1,851,48

1,82

1,731,651,67

1,601,72

1,62

1,782,032,08

1,652,38

1,69

2,272,64

2,45

2,752,932,90

3,333,45

2,54

2,182,62

2,17

2,33

Figura 8a - Grau de Inovação, por setor de negócio (situação inicial)

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Agronegócio Vestuário Construção civil

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Oferta

Plataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valor

Processos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora2,05

1,832,55

2,51

2,59

2,292,40

2,33

2,331,83

3,51

2,332,11

3,10

2,222,24

2,392,06

2,472,69

2,342,70

2,64

2,063,20

2,85

2,853,17

3,36

3,143,18

2,90

3,893,97

2,92

2,903,13

2,91

2,67

Figura 8b - Grau de Inovação, por setor de negócio (segunda medição)

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Outra forma de observar o comportamento das diferentes dimensões da inovação nos setores avaliados é comparar os Radares da Inovação (Anexo II).

Segue uma análise individualizada, para cada setor de negócio monitorado. Para aprimo-rar a compreensão do ambiente analisado. Além dos resultados médios, foram levantados os melhores e piores escores de cada setor, em cada dimensão.

Vestuário

O setor que apresentou o maior Grau de Inovação médio na avaliação inicial foi o de Confecções e Vestuário (2,14), o que até certo ponto era esperado. Trata-se de negócio com um dinamismo natural, em parte provocado pela necessidade de seguir a moda – o que obriga o empresário a estabelecer um contato maior com o ambiente externo – e pela busca contínua da oferta de novos produtos com o mínimo investimento. Esta necessidade transparece na elevada pontuação alcançada na dimensão Plataforma (3,45). O contato mais frequente com os consumidores também se traduziu em um elevado resultado na dimensão Clientes (2,64), comparativamente aos outros dois setores. A participação de diversas empresas de APL, que consideram as demais empresas do setor como parceiras e não como concorrentes, pode ter contribuído para o elevado escore (2,33) na dimensão Rede (tabela 11a).

Tabela 11a - Grau de Inovação – Vestuário (situação inicial)

Dimensões Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,62 1,00 4,33 2,33

Plataforma 3,45 1,00 5,00 3,00

Marca 2,93 1,00 5,00 3,00

Clientes 2,64 1,00 5,00 3,00

Soluções 2,38 1,00 5,00 1,00

Relacionamento 2,03 1,00 4,00 2,00

Agregação de valor 1,72 1,00 4,00 1,00

Processos 1,65 1,00 2,67 1,33

Organização 1,48 1,00 4,50 1,00

Cadeia de fornecimento 1,27 1,00 5,00 1,00

Presença 1,88 1,00 5,00 2,00

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Rede 2,33 1,00 5,00 3,00

Ambiência inovadora 1,39 1,00 2,75 1,00

Geral 2,14 1,33 4,07 1,56

Com o apoio dado pelos ALI, o Grau de Inovação médio do setor de Confecções e Vestuário cresceu de 2,14 para 2,68, com a dimensão Plataforma oferecendo a maior contri-buição. Enquanto a Cadeia de Fornecimento e a Ambiência parecem apresentar as maiores oportunidades de ganho.

Tabela 11b - Grau de Inovação – Vestuário (segunda medição)

Dimensão Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 3,13 1,00 4,67 3,00

Plataforma 3,97 1,00 5,00 5,00

Marca 3,18 1,00 5,00 3,00

Clientes 3,17 1,00 5,00 3,00

Soluções 3,20 1,00 5,00 3,00

Relacionamento 2,70 1,00 5,00 3,00

Agregação de valor 2,47 1,00 5,00 3,00

Processos 2,24 1,00 3,33 2,67

Organização 2,11 1,00 4,50 1,00

Cadeia de fornecimento 1,83 1,00 5,00 1,00

Presença 2,40 1,00 5,00 3,00

Rede 2,67 1,00 5,00 3,00

Ambiência inovadora 1,83 1,00 3,25 1,50

Geral 2,68 1,04 3,95 3,29

Como a amostra não inclui qualquer empresa das regionais Noroeste e Oeste, e a quan-tidade de empresas nas regionais Sudoeste e Norte é muito pequena, a análise regional se

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restringiu ao Centro-sul. Nota-se (tabela 12) que o progresso no período foi significativo, com o Grau de Inovação médio crescendo de 2,15 para 2,77. Destaca-se o crescimento das dimen-sões Soluções e Relacionamento.

Tabela 12 - Grau de Inovação - Confecções e Vestuário – Regional Centro-Sul

Dimensão Situação inicial Segunda medição

Oferta 2,75 3,27

Plataforma 3,52 4,10

Marca 2,94 3,29

Clientes 2,62 3,23

Soluções 2,46 3,33

Relacionamento 2,04 2,79

Agregação de valor 1,63 2,54

Processos 1,70 2,39

Organização 1,47 2,19

Cadeia de fornecimento 1,27 1,85

Presença 1,90 2,56

Rede 2,35 2,73

Ambiência inovadora 1,34 1,81

Geral 2,15 2,77

Nota: * – A maioria (83) das 91 empresas da regional estão instaladas em Curitiba.

Agronegócio

A medida inicial nas empresas da cadeia produtiva do Agronegócio (tabela 13a) indicou um Grau de Inovação médio de 2,02, com bons resultados especialmente nas dimensões Plataforma (3,33) e Marca (2,75). Na segunda mensuração (tabela 13b) o valor subiu para 2,54, com as dimensões Plataforma (3,89) e Marca (3,14) ainda liderando o progresso.

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31

Tabela 13a - Grau de Inovação – Agronegócio (situação inicial)

Dimensão Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,18 1,00 4,33 1,33

Plataforma 3,33 1,00 5,00 3,00

Marca 2,75 1,00 5,00 3,00

Clientes 2,27 1,00 5,00 2,50

Soluções 1,65 1,00 5,00 1,00

Relacionamento 1,78 1,00 3,00 1,00

Agregação de valor 1,60 1,00 5,00 1,00

Processos 1,73 1,00 4,33 1,33

Organização 1,85 1,00 4,00 1,00

Cadeia de fornecimento 1,78 1,00 5,00 1,00

Presença 1,70 1,00 5,00 1,00

Rede 1,87 1,00 5,00 1,00

Ambiência inovadora 1,73 1,00 3,25 1,25

Geral 2,02 1,00 3,58 2,28

Tabela 13b - Grau de Inovação – Agronegócio (segunda medição)

Dimensão Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,90 1,00 4,67 3,33

Plataforma 3,89 1,00 5,00 4,00

Marca 3,14 1,00 5,00 3,00

Clientes 2,85 1,00 5,00 3,00

Soluções 2,06 1,00 5,00 2,00

Relacionamento 2,34 1,00 5,00 3,00

Agregação de valor 2,06 1,00 5,00 2,00

Processos 2,22 1,00 4,67 1,67

Organização 2,33 1,00 4,50 2,50

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SEBR

AE-P

R

Cadeia de fornecimento 2,33 1,00 5,00 3,00

Presença 2,29 1,00 5,00 3,00

Rede 2,51 1,00 5,00 3,00

Ambiência inovadora 2,05 1,00 3,50 2,00

Geral 2,54 1,00 3,96 2,72

Na observação das diferenças regionais (tabela 14a e 14b), Noroeste e Sudoeste apre-sentaram o maior crescimento, mas a regional Oeste continuou com o melhor resultado, evoluindo de 2,49 para 2,81. Os resultados obtidos pela regional Oeste nas dimensões Plataforma (4,29) e Relacionamento (3,06) podem servir de referência para a busca das me-lhores práticas. Na análise regional foram excluídas as regiões Centro-sul, sem representante, e a Norte, com apenas 6.

Tabela 14a - Grau de Inovação – Agronegócio – Diferenças regionais (situação inicial)

Dimensão Noroeste Oeste Sudoeste

Oferta 1,58 3,05 1,43

Plataforma 2,93 4,10 2,71

Marca 2,11 3,02 3,14

Clientes 1,80 2,73 2,02

Soluções 1,22 2,20 1,21

Relacionamento 1,67 2,31 1,14

Agregação de valor 1,33 1,98 1,18

Processos 1,46 2,18 1,27

Organização 1,31 2,47 1,36

Cadeia de fornecimento 1,52 2,31 1,29

Presença 1,52 1,98 1,54

Rede 1,44 1,98 2,21

Ambiência inovadora 1,48 2,03 1,44

Geral 1,64 2,49 1,69

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Tabela 14b - Grau de Inovação – Agronegócio – Diferenças regionais (segunda medição)

Dimensão Noroeste Oeste Sudoeste

Oferta 2,36 3,46 2,77

Plataforma 4,00 4,29 3,57

Marca 2,85 3,37 3,36

Clientes 2,83 2,95 2,95

Soluções 1,63 2,49 1,93

Relacionamento 2,30 3,06 1,39

Agregação de valor 1,93 2,29 1,86

Processos 2,09 2,59 1,82

Organização 1,80 2,82 2,18

Cadeia de fornecimento 2,33 2,43 2,43

Presença 2,15 2,20 2,86

Rede 3,00 2,51 2,29

Ambiência inovadora 2,13 2,14 1,90

Geral 2,41 2,81 2,41

Construção civil

Na mensuração inicial (tabela 15a), o setor da Construção Civil apresentou o menor Grau de Inovação (2,10) dentre os setores avaliados, caracterizando maior conservadorismo. Na segunda avaliação (tabela 15b), a média das empresas da amostra alcançou 2,83. Os maiores aumentos ocorreram nas dimensões Cadeia de Fornecimento e Organização.

Tabela 15a - Grau de Inovação – Construção civil (situação inicial)

Dimensão Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,17 1,00 3,67 2,33

Plataforma 2,54 1,00 5,00 2,00

Marca 2,90 1,00 4,00 3,00

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SEBR

AE-P

R

Clientes 2,45 1,00 5,00 3,00

Soluções 1,69 1,00 5,00 1,00

Relacionamento 2,08 1,00 5,00 1,00

Agregação de valor 1,62 1,00 4,00 1,00

Processos 1,67 1,00 3,33 1,33

Organização 1,82 1,00 4,00 1,50

Cadeia de fornecimento 1,72 1,00 5,00 1,00

Presença 1,67 1,00 5,00 1,00

Rede 1,87 1,00 3,00 1,00

Ambiência inovadora 1,94 1,25 3,00 1,75

Geral 2,01 1,20 3,47 1,93

Tabela 15b - Grau de Inovação – Construção civil (segunda medição)

Dimensão Média Mínimo Máximo Moda

Oferta 2,91 1,00 4,33 2,67

Plataforma 2,92 1,00 5,00 3,00

Marca 2,90 1,00 4,00 3,00

Clientes 3,36 1,00 5,00 3,00

Soluções 2,85 1,00 5,00 2,00

Relacionamento 2,64 1,00 5,00 3,00

Agregação de valor 2,69 1,00 5,00 3,00

Processos 2,39 1,33 3,67 2,67

Organização 3,10 1,00 4,50 3,50

Cadeia de fornecimento 3,51 1,00 5,00 3,00

Presença 2,33 1,00 4,00 2,00

Rede 2,59 1,00 5,00 3,00

Ambiência inovadora 2,55 1,75 3,50 2,50

Geral 2,83 1,24 3,84 3,48

Como todas as 39 empresas de construção civil da amostra estão localizadas no Centro-Sul, não foi possível fazer comparações regionais.

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Porte do negócio

Para a análise segundo o tamanho das empresas, foi tomada a classificação anotada pelos ALI no formulário de coleta de dados. Nos três setores analisados (tabelas 16a e 16b), as pequenas empresas mostraram-se mais inovadoras que as micro-empresas, exceto na segunda avaliação do setor de Confecção e Vestuário. No geral, este resultado corrobora observação de pesquisadores da ANPEI [6], de que empresas maiores apresentam taxas de inovação superiores às das empresas de menor porte. As mesmas tabelas mostram que as maiores diferenças ocorrem no setor do agronegócio. Naturalmente, as influências devida a qualidade das ações do Projeto ALI devem ser superiores às do porte das empresas atendidas. Deste modo, a análise por porte na segunda mensuração (tabela 16b) deve ser feita com algum cuidado.

Tabela 16a - Grau de Inovação, por porte de empresa (situação inicial)

Setor Micro Pequena

Vestuário 2,17 2,29

Agronegócios 1,93 2,35

Construção civil 2,01 2,27

Total 2,04 2,33

Tabela 16b - Grau de Inovação, por porte de empresa (segunda medição)

Setor Micro Pequena

Vestuário 2,71 2,63

Agronegócio 2,44 3,03

Construção civil 2,86 3,04

Total 2,64 2,93

Segue uma análise mais detalhada, comparando os resultados por dimensão.

Embora mostrando um grande equilíbrio com as micro-empresas, as pequenas empresas (tabela 17b) do setor de confecções e vestuário se destacaram nas dimensões Oferta e Marca.

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SEBR

AE-P

R

Tabela 17a - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (situação inicial)

DimensãoVestuário

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 2,59 2,83 2,62

Plataforma 3,59 3,25 3,45

Marca 3,08 3,50 2,93

Clientes 2,65 2,63 2,64

Soluções 2,38 2,25 2,38

Relacionamento 2,03 2,75 2,03

Agregação de valor 1,84 1,75 1,72

Processos 1,66 1,92 1,65

Organização 1,55 1,25 1,48

Cadeia de fornecimento 1,27 1,00 1,27

Presença 1,89 2,00 1,88

Rede 2,30 3,00 2,33

Ambiência inovadora 1,43 1,63 1,39

Geral 2,17 2,29 2,14

Nota: * - Média de todos as empresas do setor, inclusive as sem indicação de porte

Tabela 17b - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (segunda medição)

DimensãoVestuário

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 3,12 3,33 3,13

Plataforma 4,00 4,00 3,97

Marca 3,22 3,50 3,18

Clientes 3,22 3,25 3,17

Soluções 3,22 3,25 3,20

Relacionamento 2,68 2,75 2,70

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Agregação de valor 2,49 2,50 2,47

Processos 2,30 2,42 2,24

Organização 2,20 1,63 2,11

Cadeia de fornecimento 1,92 1,50 1,83

Presença 2,32 1,75 2,40

Rede 2,68 2,50 2,67

Ambiência inovadora 1,94 1,75 1,83

Geral 2,71 2,63 2,68

Nota: * - Média de todos as empresas do setor, inclusive as sem indicação de porte

As pequenas empresas do Agronegócio mostraram, no geral, um grau de inovação maior que as micro. As maiores diferenças (tabela 18b) ocorreram nas dimensões: Presença e Processos, enquanto a maior semelhança foi na Cadeia de Fornecimento.

Tabela 18a - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (situação inicial)

DimensãoAgronegócio

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 2,07 2,74 2,18

Plataforma 3,24 4,00 3,33

Marca 2,49 3,22 2,75

Clientes 2,15 2,61 2,27

Soluções 1,59 2,11 1,65

Relacionamento 1,85 2,11 1,78

Agregação de valor 1,61 1,67 1,60

Processos 1,81 2,44 1,73

Organização 1,74 1,83 1,85

Cadeia de fornecimento 1,63 1,67 1,78

Presença 1,63 2,22 1,70

Rede 1,49 1,89 1,87

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SEBR

AE-P

R

Ambiência inovadora 1,75 2,08 1,73

Geral 1,93 2,35 2,02

Nota: * - Média de todos as empresas do setor, inclusive as sem indicação de porte.

Tabela 18b - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (segunda medição)

DimensãoAgronegócio

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 2,80 3,48 2,90

Plataforma 3,88 4,44 3,89

Marca 2,93 3,44 3,14

Clientes 2,78 3,33 2,85

Soluções 1,98 2,67 2,06

Relacionamento 2,39 3,11 2,34

Agregação de valor 1,98 2,56 2,06

Processos 2,29 3,11 2,22

Organização 2,16 2,67 2,33

Cadeia de fornecimento 2,07 2,33 2,33

Presença 1,95 3,00 2,29

Rede 2,46 2,78 2,51

Ambiência inovadora 2,09 2,50 2,05

Geral 2,44 3,03 2,54

Nota: * - Média de todos as empresas do setor, inclusive as sem indicação de porte

No setor da construção civil, as pequenas empresas também se mostraram mais inovadoras que as micro. As maiores diferenças (tabela 19b) ocorreram nas dimensões Relacionamento e Soluções, enquanto a maior semelhança aconteceu na Ambiência Inovadora.

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Tabela 19a - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (situação inicial)

DimensãoConstrução civil

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 2,25 1,67 2,17

Plataforma 2,52 3,00 2,54

Marca 2,96 2,50 2,90

Clientes 2,36 3,00 2,45

Soluções 1,56 3,50 1,69

Relacionamento 2,04 3,50 2,08

Agregação de valor 1,56 2,00 1,62

Processos 1,59 2,00 1,67

Organização 1,86 1,75 1,82

Cadeia de fornecimento 1,88 1,00 1,72

Presença 1,68 1,50 1,67

Rede 1,88 2,00 1,87

Ambiência inovadora 2,02 2,13 1,94

Geral 2,01 2,27 2,01

Nota: * - Média de todos as empresas do setor até as sem indicação de porte

Tabela 19b - Grau de Inovação versus Porte do Negócio (segunda medição)

DimensãoConstrução civil

Micro Pequeno Média do setor*

Oferta 3,03 2,50 2,91

Plataforma 3,04 3,50 2,92

Marca 2,92 3,00 2,90

Clientes 3,36 3,75 3,36

Soluções 2,72 4,00 2,85

Relacionamento 2,64 4,00 2,64

Agregação de valor 2,60 3,50 2,69

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SEBR

AE-P

R

Processos 2,39 2,17 2,39

Organização 3,20 2,75 3,10

Cadeia de fornecimento 3,72 3,00 3,51

Presença 2,36 2,00 2,33

Rede 2,60 3,00 2,59

Ambiência inovadora 2,61 2,38 2,55

Geral 2,86 3,04 2,83

Nota: * - Média de todos as empresas do setor até as sem indicação de porte

Porte dos clientes

É sabido que alguns tipos de clientes, pelas exigências de qualidade e de segurança na continuidade do fornecimento, incentivam e até pressionam seus fornecedores a adotar processos mais modernos de produção e gestão. Exemplo representativo são as montadoras de automóveis, que exigem certificações de qualidade e chegam a oferecer capacitação aos empregados de seus fornecedores, com o intuito de melhorar seus próprios resultados. Para testar este tipo de influência, os resultados obtidos foram estratificados conforme o porte dos clientes3. Para eliminar outras influências, foram tomados apenas os resultados da primeira mensuração, isto é, antes da ação dos ALIs, e feita uma avaliação separada para cada setor de negócio. Para maior representatividade, tomamos a amostra ampliada, com todas as 530 empresas que foram avaliadas até 14 de julho de 2009.

No setor de confecção e vestuário (tabela 20a), as diferenças devido ao porte dos clientes não se mostraram significativas.

Tabela 20a - Grau de Inovação versus Porte dos Clientes

DimensãoConfecção e vestuário

Grande Médio Pequeno

Oferta 2,26 2,33 2,46

Plataforma 3,21 3,55 3,37

3 - Nos casos de respostas múltiplas, foi selecionada a maior.

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Marca 2,76 2,91 2,76

Clientes 2,93 2,82 2,84

Soluções 2,00 2,09 2,22

Relacionamento 2,48 1,93 2,22

Agregação de valor 1,86 1,59 1,63

Processos 1,81 1,68 1,82

Organização 1,90 1,78 1,68

Cadeia de fornecimento 2,07 1,50 1,59

Presença 2,03 1,84 2,12

Rede 2,66 2,41 2,32

Ambiência inovadora 1,93 1,87 1,83

Geral 2,30 2,18 2,22

Nota: Amostra ampliada (530 empresas)

No setor do agronegócio (tabela 20b), as diferenças nos resultados sinalizam que clientes de maior porte realmente influenciam positivamente a inovação.

Tabela 20b - Grau de Inovação versus Porte dos Clientes

DimensãoAgronegócio

Grande Médio Pequeno

Oferta 2,60 2,32 1,72

Plataforma 3,67 3,39 2,89

Marca 2,90 2,75 2,51

Clientes 2,52 2,25 2,02

Soluções 2,03 1,98 1,48

Relacionamento 2,18 2,00 1,33

Agregação de valor 1,93 1,51 1,43

Processos 2,04 1,88 1,40

Organização 2,23 2,11 1,55

Cadeia de fornecimento 2,11 2,15 1,46

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SEBR

AE-P

R

Presença 1,89 1,54 1,50

Rede 1,86 1,72 1,92

Ambiência inovadora 1,94 1,75 1,53

Geral 2,30 2,11 1,75

Nota: Amostra ampliada (530 empresas)

No setor de construção civil (tabela 20c) as diferenças devido ao porte dos clientes não permitem qualquer conclusão.

Tabela 20c - Grau de Inovação versus Porte dos Clientes

DimensãoConstrução civil

Grande Médio Pequeno

Oferta 2,22 1,98 1,98

Plataforma 2,50 2,14 2,88

Marca 3,00 2,52 2,32

Clientes 2,33 2,02 2,16

Soluções 1,91 1,66 2,06

Relacionamento 1,82 1,55 2,24

Agregação de valor 1,36 1,52 1,50

Processos 1,64 1,56 1,64

Organização 1,55 1,55 1,76

Cadeia de fornecimento 1,82 1,50 1,78

Presença 1,32 1,34 1,46

Rede 1,82 1,41 1,88

Ambiência inovadora 1,84 1,75 1,74

Geral 1,93 1,73 1,95

Nota: Amostra ampliada (530 empresas)

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Categoria dos clientes

Do mesmo modo que o porte dos clientes é tido como um fator influente nas empresas, outras características dos compradores também podem ser relevantes. Para testar essa hipótese, os clientes das empresas avaliadas foram divididos nas categorias: Entidades de Governo, Empresas Privadas e Pessoas Físicas. Para buscar uma amostra maior e, portanto, com maior representatividade, optamos por incluir nesta análise os resultados da primeira avaliação de todas 530 as empresas existentes no banco de dados alimentado pelos ALI até 14 de julho de 2009. Esta abordagem também previne a influência das ações do Projeto na observação.

Como pode ser observado (tabela 21), os resultados variaram conforme o setor de negócio. Tanto a cadeia produtiva da Confecção e Vestuário quanto a da Construção Civil apresen-tam melhores resultados nas empresas que atendem entidades de governo. As empresas do setor da Confecção e Vestuário que atendem prioritariamente as pessoas físicas conseguiram um Grau de Inovação mais elevado que as voltadas às pessoas jurídicas. Entretanto, estas conclusões devem ser encaradas com ressalva, dado o pequeno tamanho das amostras e à semelhança dos resultados.

Tabela 21 - Grau de Inovação versus Categoria dos Clientes

Setor de negócioCategoria

Entidades de governo Empresas privadas Pessoas físicas

Confecção e vestuário 2,57 2,16 2,40

Agronegócio 2,08 2,16 1,76

Construção civil 2,18 1,89 1,85

Nota: Amostra de 530 empresas avaliadas até 14 de julho de 2009.

Para que as razões destes comportamentos possam ser melhor estudadas, foram pre-paradas tabelas por setor de negócio (tabelas 22a, 22b e 22c). Por exemplo, as empresas de confecção que atendem empresas privadas parecem dar menor importância à dimensão marca. Possivelmente, por que em muitas dessas situações o produto final é comercializado sob a marca de um intermediário.

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SEBR

AE-P

R

Tabela 22a - Grau de Inovação versus Categoria dos Clientes

DimensãoConfecção e vestuário

Entidades de governo Empresas privadas Pessoas físicas

Oferta 2,37 2,33 2,60

Plataforma 3,67 3,31 3,67

Marca 3,33 2,69 3,19

Clientes 3,17 2,81 2,93

Soluções 2,33 2,03 2,52

Relacionamento 2,89 2,09 2,33

Agregação de valor 2,00 1,56 2,05

Processos 1,67 1,76 1,86

Organização 2,06 1,73 1,82

Cadeia de fornecimento 2,75 1,55 1,76

Presença 2,00 1,98 2,14

Rede 3,22 2,31 2,62

Ambiência inovadora 1,92 1,88 1,77

Geral 2,57 2,16 2,40

Nota: Amostra de 530 empresas avaliadas até 14 de julho de 2009.

Nas empresas do agronegócio, a diferença no Grau de Inovação entre as que atendem prioritariamente pessoas físicas e empresas privadas é significativa.

Tabela 22b - Grau de Inovação versus Categoria dos Clientes

DimensãoAgronegócio

Entidades de governo Empresas privadas Pessoas físicas

Oferta 2,18 2,40 1,74

Plataforma 2,92 3,44 3,00

Marca 3,00 2,80 2,47

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Clientes 2,54 2,33 2,03

Soluções 1,62 1,96 1,51

Relacionamento 1,85 2,02 1,33

Agregação de valor 1,77 1,70 1,42

Processos 1,87 1,89 1,44

Organização 2,04 2,08 1,62

Cadeia de fornecimento 1,77 2,08 1,45

Presença 1,85 1,78 1,38

Rede 1,77 1,78 1,96

Ambiência inovadora 1,83 1,81 1,55

Geral 2,08 2,16 1,76

Nota: Amostra de 530 empresas avaliadas até 14 de julho de 2009.

As empresas de construção civil, que tem seu maior mercado na área pública, normal-mente trabalham com obras de maior porte ou conjuntos de obras semelhantes (várias casas ou escolas, por exemplo). Isto pode explicar a razão pela qual a dimensão Plataforma é sig-nificativamente superior nestas organizações; entretanto, não se justifica o grau de inovação semelhante na dimensão Rede. De qualquer modo, as empresas focadas nas pessoas físicas apresentaram os menores escores de inovação em quase todas as dimensões.

Tabela 22c - Grau de Inovação versus Categoria dos Clientes

DimensãoConstrução civil

Entidades de governo Empresas privadas Pessoas físicas

Oferta 2,40 2,06 1,96

Plataforma 3,50 2,59 2,50

Marca 2,50 2,70 2,28

Clientes 2,42 2,18 2,10

Soluções 2,75 1,86 1,90

Relacionamento 2,00 1,81 2,15

Agregação de valor 1,00 1,54 1,43

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Processos 1,42 1,62 1,63

Organização 1,63 1,68 1,61

Cadeia de fornecimento 1,50 1,76 1,65

Presença 1,75 1,32 1,48

Rede 3,50 1,60 1,75

Ambiência inovadora 1,94 1,82 1,66

Geral 2,18 1,89 1,85

Nota: Amostra de 530 empresas avaliadas até 14 de julho de 2009.

Análise textual

Ao contrário da análise quantitativa, que faz uso de ferramentas matemáticas e permite grande objetividade, a análise textual deve ser encarada com algum cuidado, pois resulta de interpretações com elevada dose de subjetividade. Mesmo assim, com as devidas ressalvas, os comentários e observações anotados nos formulários de coleta de dados permitem enriquecer a análise, por trazerem a sensibilidade das pessoas que sentiram o ambiente das organizações. Fazendo uso do software TextStat (versão 3.0), foi feito um levantamento de frequência das palavras nas respostas apresentadas na ABA III dos formulários correspondentes as duas avaliações (tabela 23). Para tornar a comparação mais efetiva, os valores foram ajustados considerando a proporção de empresas em cada uma das amostras.

Tabela 23 – Freqüência de palavras nos comentários

Palavra Situação inicial * Segunda mediçãoNão 291 235

Nenhum/a 160 223

Empresa/s 110 120

Informação/s 101 31

Produto/s 87 106

Inovação/inovações 73 85

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Novo/s 70 72

Cliente/s 52 92

Aumento/s 50 125

Equipamento/s 15 27

Qualidade 11 7

Nota: * - Ajustado para a proporção entre as respondentes no levantamento inicial (530 empresas) e as respondentes do segundo levantamento (209 empresas).

A comparação mostra que houve redução de 291 para 235 citações da palavra “não”, ge-ralmente presente em frases como “Não houve novos lançamentos no ultimo ano” ou “Não houve inovação”. O uso da palavra “clientes” cresceu de 52 para 82 vezes, indicando um foco maior na razão de ser dos negócios. Merece destaque a elevada freqüência de uso da palavra “Aumento”, que cresceu de 50 para 125 citações, indicando uma visão otimista dos negócios e suas possibilidades. O aumento nas referências a “Produtos” (de 87 para 106 citações) e a “inovação” (de 73 para 85 citações) também sinalizam uma abordagem mais aberta que no primeiro levantamento.

O número elevado de referências a palavra “Equipamento” (27 citações na segunda me-dição) confirma a importância dos fornecedores como vetores para a disseminação de tecnologia para as MPE. A palavra “treinamento”, que apareceu apenas 1 vez no levanta-mento inicial, agora foi referenciada 12 vezes e também foram feitas 31 citações à palavra “Consultoria”, indicando que esta é uma opção que está sendo considerada na busca de ca-minhos para a melhoria dos negócios.

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Conclusões

Os principais resultados do progresso alcançado pelo Projeto Agentes Locais de Inovação do SEBRAE/PR podem ser observados no Radar da Inovação (figura 9). O gráfico compara os resultados de 209 micro e pequenas empresas que foram analisadas em duas situações: a pri-meira, anterior a julho de 2009, corresponde a situação existente antes das ações do Projeto; já a segunda, depois de algum tempo de trabalho dos Agentes, reflete os benefícios decor-rentes das atividades voltadas para a implementação dos processos de gestão da inovação.

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T1

OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora5,04,54,03,53,0

1,00,50,0

2,52,01,5

Figura 9 - Radar da Inovação

Na avaliação inicial, o Grau de Inovação médio das 209 empresas era de 2,0. Como a escala vai de 1 a 5, esse valor corresponde ao primeiro quarto da escala, indicando que a inovação ainda era incipiente. Na segunda mensuração, o Grau de Inovação médio dessas mesmas empresas cresceu para 2,6. Este aumento, que a primeira vista parece pequeno, tem várias explicações. Primeiro, algumas empresas foram reavaliadas em um espaço de tempo muito curto e, portanto, tiveram menos oportunidade de mostrar os resultados do esforço feito. Segundo, a implantação dos processos de gestão da inovação é uma mudança cultural que exige algum tempo de maturação. Assim, caso o esforço prossiga, é esperado que nas próxi-mas avaliações as melhorias se acelerem.

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A variação nos escores médios entre a medida inicial e a segunda medida indica que todas as dimensões apresentaram crescimento, confirmando a eficácia do Projeto. O maior pro-gresso ocorreu na dimensão Cadeia de Fornecimento, enquanto os menores crescimentos aconteceram nas dimensões Marca e Ambiência Inovadora. Como a Ambiência Inovadora é a dimensão mais importante para a efetiva implementação do processo de gestão da inova-ção, merece especial atenção na continuidade do Projeto.

Os resultados globais de cada um dos setores de negócio (Confecção e Vestuário, Construção Civil e Agronegócio) que fizeram parte do levantamento são razoavelmente se-melhantes e mostram que o aspecto cultural pode ser decisivo, já que todas as empresas estão localizadas no Paraná. Mas, nesta avaliação, o setor da construção civil mostrou um pro-gresso mais acentuado que os demais. Também foram detectados indícios de que, no setor do agronegócio, o relacionamento com clientes de maior porte influencia positivamente a inovação.

As variações nos resultados obtidos mostram que a metodologia adotada para a mensu-ração do Grau de Inovação tem sensibilidade às diferentes situações e é, portanto, adequada ao propósito de avaliar o progresso conseguido com o Projeto.

Novos levantamentos permitirão o acompanhamento da evolução do Projeto e fornece-rão elementos para seu aprimoramento, como a identificação das melhores práticas em cada setor de negócio que podem ser replicadas visando incrementar a capacidade inovadora das empresas atendidas.

Resumindo, a comparação dos resultados da mensuração do Grau de Inovação no início do Projeto e em momento posterior mostra que houve progresso em todas as dimensões avaliadas. Dado o pequeno tempo decorrido entre as avaliações e a dificuldade inicial para a implementação dos processos de gestão da inovação, pode-se afirmar que o progresso foi muito bom.

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Glossário

ALI - Agentes Locais de Inovação – Bolsistas de projeto piloto do SEBRAE voltado para a inovação na micro e pequena empresa. (SEBRAE)

ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras.

Arranjos Produtivos Locais (APL) – São aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de arti-culação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com os outros atores locais, como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Cadeia produtiva – É um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos. (Victor Prochnik)

Cliente – É o destinatário dos produtos da empresa. Pode ser uma pessoa física ou jurídica. É quem adquire (comprador) ou quem utiliza o produto (usuário/consumidor). (SEBRAE)

Empresa inovadora – É aquela que pratica sistematicamente a gestão da inovação. (SEBRAE)

Fornecedor – É qualquer empresa que forneça bens e serviços. A utilização desses bens e serviços pode ocorrer em qualquer estágio de projeto, produção e uso dos produtos. Assim, fornecedores podem incluir distribuidores, revendedores, prestadores de serviço terceiriza-dos, transportadores, contratados e franquias, bem como os que suprem a organização com materiais e componentes. (SEBRAE)

Grau de Inovação (GI) – Medida do quanto uma organização está preparada para inovar, mensurada em uma escala de 1 a 5, em que 5 significa mais inovadora.

Inovação – É uma nova idéia que, somada à ação ou à implementação, resulta em uma me-lhoria, em um ganho ou em lucro. (Tom Kelley, presidente da Ideo)

Mediana – É a observação do meio de uma amostra ordenada de dados, de forma que existam tantas observações maiores quanto menores que a mediana.

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Melhor prática – É uma técnica, metodologia, sistema, procedimento ou processo que foi implementado e melhorou os resultados do negócio (FNQ).

Metodologia – É a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvol-vida, ou a desenvolver, no método (caminho) do trabalho.

Moda – É o valor mais freqüente na amostra.

MPE - Micro e Pequena Empresa.

Negócio – É o foco de atuação da empresa, o nicho, o segmento de mercado. O que nós fazemos. Que valor agregamos. (SEBRAE)

Processo – É o conjunto de recursos e atividades inter-relacionados que transformam insu-mos (entradas) em produtos (saídas). (SEBRAE)

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Referências

1. Bachmann & Associados. Metodologia para Estimar o Grau de Inovação nas MPE. Curitiba, 12 de abril de 2008.

2. SEBRAE-PR. Perfil do Grau de Inovação das MPEs do Paraná. Curitiba. 2010.

3. Sawhney, Mohanbir. Wolcott, Robert C. and Arroniz, Inigo. The 12 Different Ways for Companies to Innovate. MIT Sloan Management Review (Spring 2006). pp. 75-81.

4. HSM Management. As 12 dimensões da inovação. Vol. 1. Jan/fev. 2007. pp. 104-112.

5. González Osório, Hector. Candido, Roberto e Labiak Júnior, Silvestre. Sistema Regional de Inovação no Sudoeste do Paraná. Pato Branco: SEBRAE - Reparte, 2008. 100 p.

6. Arruda, Mauro. Velmulm, Roberto e Hollanda, Sandra. Inovação Tecnológica no Brasil: A indústria em busca da competitividade global. ANPEI. São Paulo. 2006.

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Para citar este trabalho: Bachmann & Associados. Projeto Agentes Locais de Inovação: Uma medida do progresso nas MPEs do Paraná. Curitiba. 2010.

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Para citar este trabalho: Bachmann & Associados. Projeto Agentes Locais de Inovação: Uma medida do progresso nas MPEs do Paraná. Curitiba. 2010.

Reciclável

Não contamine Use papel

Qualquer comentário sobre o conteúdo ou forma deste documento será bem recebido pelo e-mail [email protected]. Também nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre a metodologia usada e sobre os resultados obtidos.

Revisão de 4.11.10

ReciclávelNão contamine

Use papel

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Também nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre a metodolo-gia usada e sobre os resultados obtidos.

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© Direitos reservados: Não está previamente autorizada a reprodução, cópia ou transcrição, parcial ou total, em qualquer meio, para fins comerciais ou de recebimento de vantagens diretas ou indiretas, sem a prévia autorização por escrito do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná SEBRAE/PR ou da Bachmann & Associados.

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Anexos

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Anexo I – Dimensões da Inovação

Segue um resumo sobre cada uma das dimensões da inovação do trabalho original de Mohanbir Sawhney4 e sobre a “Ambiência inovadora”, incorporada à metodologia de medida do Grau de Inovação.

Oferta

A Oferta se refere aos produtos oferecidos pela empresa ao mercado.

Plataforma

Plataforma é o nome dado a um conjunto de componentes comuns, métodos de mon-tagem ou a tecnologias que são usadas, de forma “modular”, na construção de um portfólio de produtos. O entendimento é de que a habilidade em usar uma mesma plataforma para oferecer um maior número de produtos reflete uma maior capacidade inovadora.

O exemplo mais didático deste conceito é dado pela indústria automobilística, que já incorporou a prática de oferecer uma família de veículos usando as mesmas plataformas (chassi e linha de montagem).

Marca

Aqui, Marca é entendida como o conjunto de símbolos, palavras (slogan) ou formatos pelos quais uma empresa transmite sua imagem, ou promessa, aos clientes. A inovação nesta dimensão implica, por exemplo, em tirar partido da marca para alavancar outras oportunida-des de negócio ou, inversamente, usar outros negócios para valorizar a marca.

Clientes

Os clientes são pessoas ou organizações que usam ou consomem produtos para atender a determinadas necessidades.

Os métodos de inovação centrados no cliente divergem das abordagens tradicionais, ca-racterizadas pela busca da inovação por meio de avanços tecnológicos ou da otimização

4 Sawhney, Mohanbir. Wolcott, Robert C. and Arroniz, Inigo. The 12 Different Ways for Companies to Innovate. MIT Sloan Management Review (Spring 2006). pp. 75-81.

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dos processos comerciais5. Inovar nesta dimensão significa, por exemplo, encontrar um novo nicho de mercado para determinado produto.

Soluções

Uma solução é a combinação customizada e integrada de bens, serviços e informações capazes de solucionar o problema do cliente. Por exemplo, uma máquina de refrigerantes na sala de espera facilita a permanência do cliente e, ao mesmo tempo, pode representar uma receita adicional para o negócio de uma clínica.

Relacionamento

Esta dimensão, originalmente denominada de “Experiência do Cliente”, leva em conta tudo que o consumidor vê, ouve, sente ou experimenta de algum modo ao interagir com a empresa em todos os momentos. Como exemplos de ações visando fornecer experiências positivas aos clientes, temos:

- Oferecer uma planilha eletrônica que ajude o cliente a selecionar o produto mais adequado.

- Uma sala de espera com design mais elaborado.

- Um catálogo com recursos visuais diferenciados ou com amostras.

Agregação de valor

Esta dimensão considera os mecanismos pelos quais uma empresa capta parte do valor criado. Isto é feito, normalmente, pela análise da Cadeia de Valor, para descobrir fluxos de re-ceita não explorados e formas de captar valor a partir de interações com clientes e parceiros.

Um exemplo bastante representativo é a venda de informações do banco de dados de clientes para outras empresas. Outro caso que exemplifica este processo de agregação de valor é o da TAM. A empresa, percebendo o potencial de mercado que seus clientes repre-sentam, passou a vender espaço publicitário nas toalhas de proteção de cabeça usadas nos assentos das aeronaves. Assim, o que era um custo, se tornou mais uma fonte de receitas.

5 HSM Management. Um processo para ser repetido. Março-abril 2008. pg. 123.

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Processos

Os processos são as configurações das atividades usadas na condução das operações in-ternas à empresa. A inovação, nesta dimensão, pressupõe o reprojeto de seus processos para buscar maior eficiência, maior qualidade ou um tempo de resposta ou atendimento (tempo de ciclo) menor.

Organização

A dimensão Organização refere-se ao modo como a empresa está estruturada, quais as parcerias estabelecidas e o papel e responsabilidade dos colaboradores. A inovação, nesta dimensão, inclui entre outras:

- Alterações no organograma;

- Reorganização para ganhar agilidade ou qualidade;

- Reorganização para dar tratamento diferenciado a segmentos de clientes.

Cadeia de fornecimento

A Cadeia de Fornecimento corresponde à seqüência de atividades e de agentes que movem os produtos, serviços e informações da origem à entrega. Abrange, portanto, os as-pectos logísticos do negócio, como transporte, estocagem e entrega.

Presença (Praça)

A Presença está relacionada aos canais de distribuição que a empresa utiliza para colocar seus produtos no mercado e também aos locais em que esses itens podem ser adquiridos pelos consumidores. A inovação, aqui, significa a criação de novos pontos, ou a utilização dos já existentes de forma criativa.

Um exemplo são os quiosques para a venda de sorvetes adotados pelo McDonald’s; trata--se de um modelo de menor custo que a loja convencional, que permitiu ampliar a base de clientes. Outro é a prática de usar as revendas de celulares para a coleta de aparelhos com defeito que, encaminhados a uma oficina central, são devolvidos aos clientes por correio.

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Rede

Esta dimensão cobre os aspectos relacionados à Rede que conecta a empresa e seus produtos aos clientes. Trata-se, essencialmente, dos recursos usados para a comunicação ágil e eficaz entre a empresa e seus clientes. A inovação nessa dimensão consiste em realizar melhorias na rede capazes de ampliar o valor das ofertas da empresa e, freqüentemente, de trazer benefícios logísticos.

Um exemplo é a coleta de pedidos, em um restaurante, usando computadores portáteis (handhelds), ganhando agilidade, redução nos erros devido à comunicação e maior controle pelo registro automático de cada refeição vendida.

Ambiência inovadora

Uma forma de avaliar o “Ambiente Propício à Inovação” é medir a fração da equipe que é composta por profissionais com formação voltada para a pesquisa. Assim, a quantidade de co-laboradores com mestrado ou doutorado pode ser um fator relevante. Entretanto, exceto nas empresas que surgiram em universidades, a presença destes profissionais não é comum nas MPE.

Outro aspecto que caracteriza as organizações com disposição para inovar é a existência de mecanismos, como programas de sugestões, que incentivem os colaboradores a apre-sentar idéias. Nas pequenas empresas, com a informalidade decorrente do tamanho das equipes, muitas vezes o incentivo existe, porém não está formalizado e na maioria das vezes não é documentado, o que dificulta o levantamento de evidências.

Além dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento realizados internamente, o uso de novas tecnologias obtidas junto a fornecedores de equipamentos e de matérias-primas, a participação em eventos como exposições e feiras setoriais ou, ainda, a busca de informações em universidades e centros de pesquisa, são evidências importantes da existência de proces-sos inovadores. Outra forma de avaliar se a empresa tem foco na inovação é saber se ela usa, ou ao menos tentou usar, algum recurso dos órgãos de fomento à inovação, como FINEP e CNPq, ou fez uso de incentivos fiscais.

Também é indício de um ambiente adequado, a participação em algum concurso voltado à inovação. Aqui, o importante não é saber se a empresa ganhou ou não um prêmio, mas saber se existe um espírito de valorização da inovação. Para avaliar a competência inovadora, ainda é interessante saber se a organização conhece e aplica ferramentas típicas dos processos de criação, como o brainstorm, por exemplo.

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Anexo II – Radar da Inovação – Setores de negócio

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Anexo II – Radar da Inovação – Setores de negócio

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OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora

Confecção e Vestuário

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OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora

Agronegócio

T0T1

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OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora

Construção Civil

T0T1

0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,0

OfertaPlataforma

Marca

Clientes

Soluções

Relacionamento

Agregação de valorProcessos

Organização

Cadeia de fornecimento

Presença

Rede

Ambiência inovadora

Geral

T0T1

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Anexo III – Tratamento dos Dados

Com o objetivo de dar maior qualidade às analises e às conclusões decorrentes, os dados fornecidos pelo SEBRAE foram tratados para eliminar duplicidades e para completar ou suprimir registros incompletos. Segue um resumo das ações de tratamento dos dados:

Aba I

A listagem dos CNAE apresentou um número elevado de não conformidades, com ocorrências de não preenchimento, zeros, códigos incompatíveis com o negócio, etc., in-viabilizando seu uso nas análises. Também foram eliminadas 59 entradas duplicadas, que se referiam a um mesmo CNPJ ou razão social

Aba II

Foram encontrados e suprimidas 110 entradas duplicadas. Nestes casos, foram eliminadas as entradas com data de inclusão mais antiga. Onze empresas apresentaram mais de 10 não respostas, mas apenas uma delas havia participado do levantamento inicial. Para maior con-fiabilidade, a empresa foi excluída da amostra.

Em várias situações foram encontrados itens com escore zero (condição não prevista no formulário de coleta de dados). Nestes casos, foi adotado o valor 1 (default do formulário original).

Nos casos onde o campo “Regional” estava em branco, adotou-se a mesma que o ALI preencheu nos demais atendimentos, presumindo que cada ALI trabalhou em apenas uma regional.

Aba III

Foram suprimidas 50 entradas duplicados. Nestes casos, foram eliminadas as entradas com data de inclusão mais antiga.

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Agen

tes Lo

cais

de In

ovaç

ãoUm

a med

ida do

prog

resso

na

s MPE

s do P

araná

63

Anexo IV – Detalhamento da amostra e resultados

Análise realizada com o software SPHINX Survey versão 5.1.

Uma medida do progresso nas MPEs do Paraná.

Características da amostra.

52

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SEBR

AE-P

R

Dimensões na situação inicial (t0)

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Agen

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cais

de In

ovaç

ãoUm

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prog

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SEBR

AE-P

R

Dimensões na segunda medição inicial (t1)

55

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Agen

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cais

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ovaç

ãoUm

a med

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prog

resso

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SEBR

AE-P

R

Variações do T1 e T0

57

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Agen

tes Lo

cais

de In

ovaç

ãoUm

a med

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prog

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s do P

araná

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