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1 AEPET INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS Edição 396 Fevereiro - 2013 Ano 42 www.aepet.org.br 21 2277-3750 Av.Nilo Peçanha, 50 / 2409 - Centro - RJ-CEP: 20020-906 O direito de ter ideias se fortalece com a defesa do direito de contestá-lasBarbosa Lima Sobrinho N *** Destaque *** AEPET APOIA SILVIO SINEDINO PARA O CA DA PETROBRÁS (e também os associados da AEPET que defenderem o programa estatutário da Entidade) Editorial Insensatez ou chantagem? Pág.02 Espaço do Associado Ganhadores do sorteio da AEPET Pág.02 Entrevista: Silvio Sinedino - Candidatoa reeleição do CA Pág.02 A AEPET homenageia Nova Diretoria da AMBEP Pág.03 Entrevista: Presidente da ANP concede entrevista ao jornal O Globo Pág.03 Leilões: Novos Desafios e Perspectivas Pág.03 O Neoliberalismo e a Petrobrás Pág.03 Meio Ambiente Insensatez ou chantagem? Um passo atrás Pág.04 AEPET na Mídia: Fernando Siqueira concede entrevista à TV Senado Pág.04 Reforma Trabalhista Pág.04 No dia 02 de janeiro, tomou posse o novo gerente executi- vo de RH da PETROBRÁS, o Eng. Antônio Sérgio Olivei- ra que entrou no lugar do sin- dicalista Diego Hernandes. Diego Hernandes foi muito cri- ticado por ser um ex-sindica- lista, que estava funcionando como um capitão do mato, caindo de pau nos traba- lhadores. Temos consciência de que a política de RH não de- pende apenas do seu gerente. Ele é apenas o executor. RH LONGE DE MUDANÇAS: “Nosso Plano de Cargos e Salários está destruído e demolido, graças a esta política de “remen- dos”. Tenho certeza de que Petrobrás será obrigada a rever este Plano”. Silvio Sinedino Presidente da AEPET A nossa maior crítica feita à política de RH da Petrobrás é de que ela é míope em relação ao futuro da Petrobrás. O que pode nos transformar, como o companheiro Emanuel Cancela alerta, em uma Universidade Petrobrás que apenas formaria profissionais para o mercado. É absurdo investir dinheiro no pro- fissional e perdê-lo para o mer- cado porque não temos uma política, de recursos humanos adequada. Nosso Plano de Cargos e Salários está destruído e demo- lido, graças a estas políticas de “remendos”. Com os salários muito baixos em relação ao mercado e começando a per- der muitos dos novos funcioná- rios, recém contratados, a di- reção da Petrobrás acelerou as carreiras dos novos. Isso des- truiu o Plano de Cargos e Salá- rios, no que ele ainda poderia ser útil como fomentador de car- reiras ao corpo técnico. O problema não é o salário inicial, mas sim a tabela como um todo. O Plano de Cargos e Salários tem que ser projetado para ser percorrido durante toda a carreira do funcionário. Não é produtivo ter um funci- onário com 15 e 20 anos que já atingiu o topo da carreira. Que motivação ele terá? Um Plano de Cargos e Salários bem feito tem que ser percor- rido durante toda a vida laboral do trabalhador. Ao não perce- ber isto e tratar uma questão estratégica deste porte com re- mendos, a Gerência de RH da companhia destruiu o PCAC e deixou todos insatisfeitos, tan- to antigoscomonovosfuncionári- os.Agente está questionando isso e tenho certeza de que Petrobrás será obrigada a rever este Plano. ***** a próxima eleição para o Conselho de Administração da Petrobrás a AEPET estará apoiando a reeleição de Silvio Sinedino. Ao longo do seu mandato foram feitas diversas denúncias pelo conselheiro. Talvez a principal delas seja a questão da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Adquirida pela Petrobrás por um preço exorbitante, levou a um grande prejuízo à companhia por uma série de questões jurídicas e de falta de planejamento dos responsáveis na administração da Petrobrás. Esta questão teve repercussão na imprensa e no Congresso Nacional e gerou várias discussões entre os parlamentares que pediram audiências às autoridades sobre o assunto. Esta, entre outras iniciativas, obteve apoio de entidades petroleiras como a AEPET, a FNP e o Sindipetro/RJ. Um importante ponto do programa defendido por Silvio Sinedino durante seu mandato e agora na sua campanha pela reeleição são os limites da representação no Conselho de Administração da Petrobrás que impede ao conselheiro eleito discutir as questões trabalhistas e previdenciárias, incluindo, portanto, a Petros e a AMS. Além do que, a companhia não garante a comunicação dos trabalhadores com seu representante no CA. Sinedino defende que os funcionários da empresa tenham mais informações sobre o mandato no CA da Petrobrás e que, inclusive, participem das propostas e dos assuntos levantados nas reuniões entre os conselheiros. O acesso aos e-mails dos funcionários da Petrobrás é uma das reivindicações para um novo mandato para o cargo do CA que o conselheiro tenha condições de prestar contas para toda categoria petroleira que respaldaram a sua candidatura. Na eleição anterior, a AEPET denunciou a falta de comunicação dos candidatos a representante no Conselho de Administração (CA) da Petrobrás com seus eleitores e com o corpo técnico da companhia. Esta situação não foi modificada, o que beneficia candidaturas apoiadas por entidades sindicais ou mesmo associações de classes como a própria AEPET. A Diretoria da AEPET considera este um sério problema para a democracia no pleito. Por isso, decidiu que, além do apoio à reeleição de Silvio Sinedino, novamente a AEPET denunciará este mecanismo antidemocrático. Assim como no pleito anterior, outras candidaturas de sócios da AEPET também serão apoiadas pela Entidade para que novas opções e propostas sejam feitas aos trabalhadores da Petrobrás. Serão apoiadas, portanto, todas as candidaturas de associados da AEPET que defenderem programas de campanha em sincronia com o Estatuto da Entidade. Divulgaremos novamente os candidatos e seu programa (com até 2500 caracteres) em nossos veículos.

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Page 1: AEPET APOIA SILVIO SINEDINO PARA O CA Editorial DA … · AEPET 1 INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS Edição 396 Fevereiro - 2013 Ano 42 21 2277-3750

1AEPET

INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS

Edição 396 Fevereiro - 2013 Ano 42 www.aepet.org.br 21 2277-3750 Av.Nilo Peçanha, 50 / 2409 - Centro - RJ-CEP: 20020-906

“O direito de ter ideias se fortalece com a defesa do direito de contestá-las” Barbosa Lima Sobrinho

N

*** Destaque ***

AEPET APOIA SILVIO SINEDINO PARA O CADA PETROBRÁS

(e também os associados da AEPET que defenderem o programa estatutário da Entidade)

EditorialInsensatez ouchantagem?

Pág.02

Espaço do AssociadoGanhadores dosorteio da AEPET

Pág.02

Entrevista:Silvio Sinedino -Candidatoa reeleiçãodo CA

Pág.02

A AEPET homenageiaNova Diretoria daAMBEP

Pág.03

Entrevista:Presidente da ANPconcede entrevista aojornal O Globo

Pág.03

Leilões: NovosDesafios e Perspectivas

Pág.03

O Neoliberalismo e aPetrobrás

Pág.03

Meio AmbienteInsensatez ouchantagem? Um passoatrás

Pág.04

AEPET na Mídia:Fernando Siqueiraconcede entrevista àTV Senado

Pág.04

Reforma TrabalhistaPág.04

No dia 02 de janeiro, tomouposse o novo gerente executi-vo de RH da PETROBRÁS,o Eng. Antônio Sérgio Olivei-ra que entrou no lugar do sin-dicalista Diego Hernandes.Diego Hernandes foi muito cri-ticado por ser um ex-sindica-lista, que estava funcionandocomo um capitão do mato, caindo de pau nos traba-lhadores. Temos consciência deque a política de RH não de-pende apenas do seu gerente.Ele é apenas o executor.

RH LONGE DE MUDANÇAS:“Nosso Plano de Cargos e Salários está destruído e demolido, graças a esta política de “remen-

dos”. Tenho certeza de que Petrobrás será obrigada a rever este Plano”.

Silvio SinedinoPresidente da AEPET

A nossa maior crítica feita àpolítica de RH da Petrobrás éde que ela é míope em relaçãoao futuro da Petrobrás. O quepode nos transformar, como ocompanheiro Emanuel Cancelaalerta, em uma UniversidadePetrobrás que apenas formariaprofissionais para o mercado. Éabsurdo investir dinheiro no pro-fissional e perdê-lo para o mer-cado porque não temos umapolítica, de recursos humanosadequada.

Nosso Plano de Cargos eSalários está destruído e demo-lido, graças a estas políticas de

“remendos”. Com os saláriosmuito baixos em relação aomercado e começando a per-der muitos dos novos funcioná-rios, recém contratados, a di-reção da Petrobrás acelerou ascarreiras dos novos. Isso des-truiu o Plano de Cargos e Salá-rios, no que ele ainda poderiaser útil como fomentador de car-reiras ao corpo técnico.

O problema não é o salárioinicial, mas sim a tabela comoum todo. O Plano de Cargos eSalários tem que ser projetadopara ser percorrido durantetoda a carreira do funcionário.

Não é produtivo ter um funci-onário com 15 e 20 anos quejá atingiu o topo da carreira.Que motivação ele terá? UmPlano de Cargos e Saláriosbem feito tem que ser percor-rido durante toda a vida laboraldo trabalhador. Ao não perce-ber isto e tratar uma questãoestratégica deste porte com re-mendos, a Gerência de RH dacompanhia destruiu o PCAC edeixou todos insatisfeitos, tan-to antigos como novos funcionári-os. A gente está questionando issoe tenho certeza de que Petrobrásserá obrigada a rever este Plano. *****

a próxima eleição para o Conselho de Administração daPetrobrás a AEPET estará apoiando a reeleição de Silvio

Sinedino. Ao longo do seu mandato foram feitas diversas denúnciaspelo conselheiro. Talvez a principal delas seja a questão daRefinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Adquirida pela Petrobráspor um preço exorbitante, levou a um grande prejuízo à companhiapor uma série de questões jurídicas e de falta de planejamento dosresponsáveis na administração da Petrobrás. Esta questão teverepercussão na imprensa e no Congresso Nacional e gerou váriasdiscussões entre os parlamentares que pediram audiências àsautoridades sobre o assunto. Esta, entre outras iniciativas, obteveapoio de entidades petroleiras como a AEPET, a FNP e oSindipetro/RJ.

Um importante ponto do programa defendido por SilvioSinedino durante seu mandato e agora na sua campanha pelareeleição são os limites da representação no Conselho deAdministração da Petrobrás que impede ao conselheiro eleitodiscutir as questões trabalhistas e previdenciárias, incluindo,portanto, a Petros e a AMS. Além do que, a companhia nãogarante a comunicação dos trabalhadores com seu representanteno CA.

Sinedino defende que os funcionários da empresa tenham maisinformações sobre o mandato no CA da Petrobrás e que, inclusive,

participem das propostas e dos assuntos levantados nas reuniõesentre os conselheiros. O acesso aos e-mails dos funcionários daPetrobrás é uma das reivindicações para um novo mandato para ocargo do CA que o conselheiro tenha condições de prestar contaspara toda categoria petroleira que respaldaram a sua candidatura.

Na eleição anterior, a AEPET denunciou a falta de comunicaçãodos candidatos a representante no Conselho de Administração(CA) da Petrobrás com seus eleitores e com o corpo técnico dacompanhia. Esta situação não foi modificada, o que beneficiacandidaturas apoiadas por entidades sindicais ou mesmoassociações de classes como a própria AEPET. A Diretoria daAEPET considera este um sério problema para a democracia nopleito. Por isso, decidiu que, além do apoio à reeleição de SilvioSinedino, novamente a AEPET denunciará este mecanismoantidemocrático.

Assim como no pleito anterior, outras candidaturas de sóciosda AEPET também serão apoiadas pela Entidade para que novasopções e propostas sejam feitas aos trabalhadores da Petrobrás.Serão apoiadas, portanto, todas as candidaturas de associadosda AEPET que defenderem programas de campanha em sincroniacom o Estatuto da Entidade. Divulgaremos novamente oscandidatos e seu programa (com até 2500 caracteres) em nossosveículos.

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2 AEPET

*** Editorial ***

Redação

Editora e Jornalista Responsável:

Júlio César Lobo - 19894

Reportagem: Julio César Lobo

Fotografia: Alessandra Bandeira

Projeto Gráfico: Alessandra Bandeira

Arte / Ilustração: Alessandra Bandeira

Diagramação: Alessandra Bandeira

Presidente: Silvio Sinedino

Vice-Presidente: Fernando Siqueira

Diretor Administrativo: Henrique Sotoma

Vice-Diretor Administrativo: Pedro Francisco de Castilho

Diretor de Comunicações: Ronaldo Tedesco

Vice-Diretor de Comunicações: Paulo Sérgio Decnop Coelho

Diretor de Assuntos Jurídicos: Paulo Teixeira Brandão

Vice-Diretor de Ass. Jurídicos: Carlos Roberto dos S. Caldeira

Diretor de Pessoal: Francisco Soriano de Souza Nunes

Vice-Diretor de Pessoal: Raul Tadeu Bergman

Diretor Cultural : Rogério Loureiro Antunes

Vice-Diretor Cultural: Francisco Isnard Barrocas

Conselho Fiscal

Efetivos: Ricardo Moura de A. Maranhão, Sydney Granja Afonso,

Ricardo Latgéde Azevedo

Suplentes: Guilherma Vaz do Couto, Artur de O. Martins, Clóvis C. Rossi

Núcleos

Aepet-Bahia: Jorge Gomes de Jesus

Aepet-BR: Paulo Teixeira Brandão

Aepet-Macaé: José Carlos L. de Almeida

Aepet-NS: Ricardo Pinheiro Ribeiro

Aepet-SE/AL: Francisco Alberto Cerqueira de Oliveira

Permitida a reprodução na íntegra ou em parte, desde que citada a fonteExpediente

Delegados

Juiz de Fora: Murilo Marcatto

Espírito Santo: Paulo W. Magalhães

S.José dos Campos: Clemente F. da Cruz

Curitiba: Ernesto G. R. de Carvalho

Pernambuco: Adelmo José Leão Brasil

Brasília: Velocino Tonietto

[email protected]: 6.000 mil exemplares / Impressão: Mestre ArteGráfica

Entr evista SILVIO SINEDINO CANDIDA TO À REELEIÇÃO DO CA

Recentemente, a AEPET publicoumatéria com o título Insensatez ouchantagem? Apontando a resistênciado Instituto Estadual do Ambiente emliberar a Licença de Instalação para oinício dos testes e operação assistida doSistema de Tratamento de Água deProdução, construído no Terminal deAngra, o conhecido TEBIG. Na ocasião,a AEPET apontava algumas inconsis-tências na referida liberação, uma de-las, a mais inusitada, se referia à umadas condicionantes para o licenciamentoque teria de ser atendida, não pelaTranspetro, mas pelo próprio órgãoambiental.

Recordando, vale a pena rever o item28 das Condições de Validade Especí-ficas da Licença de Instalação LI nºIN020801 assinada em 19 de setembrode 2012 pela presidenta do INEAMarilene Ramos: “28 - Iniciar asobras do trecho inserido na área,atualmente classificada como ZCVS,somente após a publicação do de-creto de recategorização(sic) doPlano de Manejo da APA Tamoios.”

Na mesma matéria, a AEPET aindaexpunha suas preocupações ao denun-ciar o assédio do INEA sobre a gerên-cia do TEBIG para que seu represen-tante no Conselho gestor da APATamoios se posicionasse a favor da pro-posta oficial para o seu novo zoneamentoambiental, ou seja, da liberação para omercado imobiliário de melhores áreascontidas na APA Tamoios, aquelas “re-servadas” desde 1994, quando da pu-blicação do zoneamento original.

Um mês após a publicação da maté-ria no AEPET Notícias, quando foi su-gerido que o INEA retirasse a sua inu-sitada exigência, o órgão ambientalestadual reviu sua posição e eliminou oitem 28.

Nunca saberemos se o passo atrásfoi motivado por sensatez ou conveni-ência. O que fica é a desconfortávelimpressão de descaso com as urgênci-as ambientais, que cedem lugar aos in-teresses do mercado. Ou dosfinanciadores de campanha. Com isso,perdem a Transpetro, que tem de ab-sorver enormes prejuízos com a obraatrasada, o ambiente, relegado a segun-do plano e o povo brasileiro, que se vêcontinuamente desrespeitado, posto àmargem do poder decisório.

Insensatez ou chantagem?Durante a festa de confraternização de final deano da AEPET realizada dia 11/12, o presidenteSilvio Sinedino sorteou dois tablets 7.0 Plus-Samsung Galaxy referentes à Campanha deNovos Sócios do Pós-82. Os sorteados foramLindberger Augusto da Luz Junior- Matrícula /Petrobrás 960987-6 e Roberto Siqueira deAraújo-Matrícula /Petrobrás 018419-5 .

*** Espaço do Associado ***

Roberto Siqueira de Araújo foi oprimeir o a pegar seu Tablet.

Lindberger A. da Luz Juniorficou satisfeito com o Tablet.

AEPET NOTÍCIAS: Sinedino, o que fez você vir a secandidatar a reeleição como conselheiro do C.A?SINEDINO: A experiência de oito meses como o 1º Con-selheiro do CA eleito pelos empregados foi proveitosa paraa defesa dos interesses dos trabalhadores e da nossaPetrobras, mas muitos questionamentos de nosso programade atuação precisam ser aprofundados. Assim, entendo queum segundo mandato de um ano é um tempo necessáriopara a consolidação de nossa atuação independente e pormais transparência do CA. Por isso estou me candidatandonovamente.AEPET NOTÍCIAS: Como você tem visto a atuaçãodo C.A neste mandato? O que mudou e o que precisamudar?SINEDINO: Temos várias críticas ao funcionamento doCA, especialmente quanto à duração das suas Reuniões quenão me parecem suficientes para discutir as estratégias deuma empresa do porte da Petrobrás. O que mudou é quepassou a haver mais transparência na atuação do CA e essatransparência deve aumentar ainda mais.AEPET NOTÍCIAS: Quais suas propostas para estemandato?SINEDINO: Nosso Programa-Compromisso propõe:DEFENDER Os INTERESSES ESTRATÉGICOS DOSTRABALHADORES – empregados e contratados, da ati-va ou aposentados segundo suas necessidades e anseios. OFORTALECIMENTO DA PETROBRÁS como impulsio-nadora do desenvolvimento nacional soberano, que harmo-nize viabilidade econômica com justiça social e proteção aomeio ambiente, geração de empregos e redução das desi-gualdades sociais. O PATRIMÔNIO PÚBLICO: aPetrobrás como 100% Estatal e Pública conforme o Proje-to de Lei nº PLS-531/2009, dos movimentos sociais. Opor-se aos leilões das nossas reservas de petróleo e gás. Maisinvestimentos em pesquisa e inovação. ATUAR PARA VA-LORIZAR O HOMEM E O TRABALHO , melhorandosua proteção social, reduzindo acidentes e melhorando asaúde; fortalecer a organização sindical combatendo a dis-criminação, de todas as formas. Substituição gradual dosterceirizados em atividades permanentes através de concur-sos públicos. Que a exploração do PRÉ-SAL se subordine

aos interesses estratégicos do Bra-sil e que se realize em um ritmo talque permita o atendimento pelosfornecedores nacionais das enor-mes demandas de equipamentos eserviços, gerando empregos e de-senvolvendo a tecnologia e a en-genharia nacional. Que a RES-PONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL da Petrobrásseja efetiva para a atenuação da mudança do clima e do aque-cimento global e na mitigação dos impactos ambientais relacio-nados às suas atividades e ao uso final dos seus produtos. Pla-nejando o futuro com vistas ao declínio das atividades de ex-ploração e produção nas atuais áreas.Mudar a atual legislaçãopara que o Conselheiro atue sem RESTRIÇÕES À SUA RE-PRESENTAÇÃO. MANDATO COLETIVO: Manutenção deum fórum de acompanhamento permanente do mandato do Con-selheiro eleito pelos empregados, prestando contas de suas açõesperiodicamente.AEPET NOTÍCIAS: Nas decisões do CA da Petrobrás avoz dos trabalhadores está sendo respeitada dentro docolegiado?SINEDINO: Sim, a voz do trabalhador é respeitada dentrodo CA, apesar de muitas vezes não gostarem do que está sen-do dito/defendido. Deve-se lembrar, entretanto, que os traba-lhadores têm apenas um voto em dez.AEPET NOTÍCIAS: O tempo de mandato de Conselhei-ro do CA atende na sua opinião às reivindicações dos tra-balhadores?SINEDINO: O tempo do mandato de um ano não é exclusivopara o representante dos trabalhadores, todos os Conselheirostêm um ano de mandato, o que é estatutário. A maior limitaçãodo mandato não é a sua duração, mas a restrição legal de par-ticipar de decisões relativas a RH e Planos de Previdência.AEPET NOTÍCIAS: Como você vê a decisão do governode fazer a 11ª Rodada de Licitações do Petróleo e do Gásagora em maio?SINEDINO: Somos totalmente contrários aos leilões de áre-as de petróleo e gás, como consta em nossa Proposta-Com-promisso, pois achamos que são desnecessárias para o Brasil enão atendem aos legítimos interesses da população.

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3AEPET

*** Palavra da Diretoria ***

A AEPET, representada pelo seu presidente Silvio Sinedino participouda posse dos membros da nova diretoria e do Conselho Deliberativo daAMBEP- Associação dos Mantenedores e Beneficiários da Petros queaconteceu no dia 8 de janeiro de 2013. O vice Fernando Siqueira tambémparticipou. Em especial, gostaríamos de parabenizar o Presidente do Con-selho Deliberativo da AMBEP, Carlos Egydio Bruni que em seu discursode entrega do cargo falou sobre a necessidade da AMBEP defender osprincípios de seguridade social que propiciaram a criação da Petros, bemcomo zelar pela sua preservação. A AEPET saúda a nova direção da AMBEP

Nova Diretoria da AMBEP:“A AEPET homenageia a continuidade do legado de Yvan Barretto”

Nos últimos tempos estamos assistindo uma avalanche de matérias ereportagens da grande imprensa contrárias a Petrobrás. Este discurso re-monta à ascenção da política neoliberal no Brasil e no mundo vitoriosa nofinal do século passado com o fim do socialismo no Leste Europeu. Ago-ra estamos vendo a uma nova onda neoliberal na Europa como supostasolução para a crise econômica gerada pela oligarquia financeira. O re-médio claro para resolver os problemas econômicos são: privatizações,aumento de impostos e alta do desemprego. Como no Brasil as empresasestatais são a única resistência do pouco planejamento estratégico do Es-tado a grande imprensa tem como seu alvo predileto o que restou do setorpúblico na economia. Como a Petrobrás é a maior empresa do País e quepode ter um plano de gestão de negócios e investimentos em médio elongo prazos torna-se prato cheio para a sanha dos neoliberais. O discur-so é o mesmo de sempre os empregados da Petrobrás são marajás e oci-osos, além de privilegiadas castas corporativas, não reconhecendo queem 59 anos de existência a petrolifera brasileira está entre as dez maioresempresas do mundo e que todos os anos ganha prêmios por sua compe-

O NEOLIBERALISMO E A PETROBRÁStência tecnológica e empresarial no Brasil e no exterior. Como forma dediminuir o processo inflacionário no Brasil a Petrobrás tem que ter umcontrole de preços internos nos derivados de petróleo, enquanto compraestes mesmos produtos no mercado internacional com preços bem aci-ma da média da economia brasileira. Mesmo com os seus problemasfinanceiros a Petrobrás é um símbolo de eficiência na economia brasi-leira e global. Com o Pré-sal as reservas de petróleo no Brasil irão au-mentar e mais do que dobrar e por isso a Petrobrás será uma das empre-sas mais promissoras do planeta conforme relatórios de instituições in-ternacionais e de entidades especializadas de todo o mundo. Devemosresponder os ataques dos neoliberais com a mansidão da prática, uma vezque esta é o critério da verdade. Neste ano em que se comemoram 60anos da Petrobrás devemos lembrar que foram brasileiros que construiramesta empresa e que ela é um exemplo para a história do Brasil, uma vezque culminou do maior movimento de massas da nossa pátria no séculoXX unindo milhões de pessoas dos mais variados matizes ideológicos.(Julio Cesar de Freixo Lobo)

e faz votos de que o legado do saudoso Yvan Barretto seja honrado e man-tido nessa nova gestão, do Presidente Júlio Guedes da Conceição.

A AEPET sempre esteve ao lado desta entidade como parceira, apoian-do os seus objetivos e busca cada vez mais estreitar as relações com aAMBEP como sempre fez ao longo de vários anos compartilhando dasidéias de Yvan Barretto e Carlos Bruni, que promoveram várias iniciativasem prol de seus associados. Boa sorte à nova diretoria.Confira o discurso completo do Presidente Carlos Bruni no site daAEPET:www.aepet.org.br

“Não precisamos de leilões. Já temosmais de 40 bilhões de barris descober-tos no pré-sal, a saber: Tupi 9 bilhõesde barris de reserva; Iara 4bi; Carioca10bi; Franco 6 bi; Libra 15bi , Sapinhoá,2 bilhões e outros menores. Quando tí-nhamos 14,2 bilhões de barris de óleoequivalente, a autossuficiência era demais de 10 anos. Com as novas desco-bertas, temos autossuficiência de maisde 40 anos, podendo ainda exportar umaparte para gerar recursos de investimen-

tos. Mas devemos exportar derivados,pois a exportação de petróleo bruto cau-sa uma perda primária (impostos ICMS,CIDE, PIS/Cofins) de cerca de 32% de-vido à absurda aplicação da Lei Kandir”.

Siqueira considerou inaceitável leiloaro Bloco de Libra, que constava da ces-são onerosa para capitalização daPetrobrás, que o perfurou e achoupetróleo.

“Indevidamente, ele foi retirado dacessão onerosa pela ANP. Agora ela

quer leiloar petróleo já descoberto. Sobquais critérios? Há duas hipóteses viá-veis: A ANP, seguindo a nova Lei 12351entrega a área para a Petrobrás; ou aANP contrata a Petrobrás para produ-zir o campo através de contrato de ser-viços. Só estas saídas contemplam o in-teresse nacional”, comentou.

Segundo o vice-presidente daAEPET, “a lei nova ainda não foi fecha-da, visto que os vetos da presidente ge-raram uma discussão dos royalties a ser

Entrevista da Presidente da ANP ao jornal O Globo

A AEPET inicia este novo ano acreditando na força e comprometimento de suadiretoria, associados e colaboradores para dar continuidade às propostas de cres-cimento e desenvolvimento da Associação. No ano passado demos o pontapé ini-cial na Campanha de Filiação de Novos Sócios e com certeza obtivemos êxito emnossa empreitada. Foram cerca de 600 novos sócios, um bom recorde que deunovo fôlego à AEPET.

Em 2013 estamos engajados novamente nesta luta pelo fortalecimento e renova-ção da AEPET e queremos, a cada dia, estreitar os laços de luta, companheirismo

Em entrevista concedida ao Jornal O GLOBO no final de 2012, a presidente da ANP, Magda Chambriard abordou questões como: a 11ªrodada do pós-sal e a primeira do pré-sal para 2013 e também os focos para este ano foram analisadas pelo vice-presidente da AEPET,Fernando Siqueira, que discordou de vários pontos da ANP.

ainda debatida e aprovada pelo congres-so fixando as regras da Lei 12351, que,a meu ver ainda não está completa”.Siqueira falou também que “essa ideiade que o Brasil só explora 4,5% das áre-as é argumento falacioso dos lobistas.A Petrobrás explorou todas as 29 pro-víncias e os 4,5% são as que ela sele-cionou como viáveis. Tanto que, nos lei-lões, ninguém faz oferta fora delas”, disse.

e defesa dos interesses da Petrobrás, de seu corpo técnico e pelo monopólio esta-tal do petróleo. Lutamos também pelos avanços na legislação do pré-sal, buscan-do atingir o fim dos leilões. Entre nossos desafios estão a questão do fluxo de caixada companhia e o sufocamento que esta tem sofrido a partir do congelamento dospreços dos combustíveis. Acreditamos que será inevitável que o Governo Dilmamodifique a estrutura de preços dos produtos derivados para viabilizar a Petrobrás.Estão previstos para março e novembro novos leilões de campos de óleo e gás e aAEPET está unindo forças para impedir que eles aconteçam.

Pelo Fim dos leilões: Novos Desafios e Perspectivas

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4 AEPET

A polêmica em torno do Tebig continua

AEPET Angra

Saiba um pouco mais sobre o processo de privatização dosespaços públicos naturais no Rio de Janeiro

A privilegiada região da Baía da Ilha Grande reúne uma dasmelhores porçõesdos 7% do quesobraram da des-truição da espeta-cular Mata Atlân-tica no Brasil.Essa pequena,mas valiosa fraçãotêm sido objeto dedesejo dos ricaços.As mais bem pre-servadas áreasdessa região, su-postamente prote-gidas pela Área de Proteção Ambiental de Tamoios, uma unidade deconservação ambiental estadual que cobre 90 km de litoral e mais de85 ilhas, sempre estiveram na mira do capital. Vale recordar que, emplena ditadura, ao decidirem viabilizar seu complexo nuclear, os mili-tares no poder escolheram o litoral sul-fluminense para lá materializa-rem o projeto Brasil Potência. Nessa toada, promoveram a aberturada estrada Rio-Santos. Nela, além das usinas nucleares, instalaram oTEBIG. Aproveitando a deixa, chegaram também os ricos, que seapropriaram do litoral para lá instalarem os seus projetos turísticos(pagos pelo governo) elaborados na Europa, inspirados nos grandesresorts do Mediterrâneo. Assim, mais do que progresso, trouxeramfavelas, desordem urbana, desigualdade social e, sobretudo, destrui-ção ambiental. Basta dizer que, na época, a construção da BR-101 fez

*** MEIO AMBIENTE ***

Insensatez ou chantagem? Um passo atráso Brasil entrar para o Livro de Recordes de movimentação de terra,que fez do mar o seu bota-fora. A população de Angra cresceuexponencialmente.

Não é à toa que, como sempre, o poder público se associa aocapital privado para entregar nossas riquezas. Tem sido assim com apau-brasil, ouro e prata, pedras preciosas, minérios, água, petróleo e

agora, as estradas, os estádios, os aeroportos, os transportes e,lastbutnotleast, os espaços naturais.

Nossas áreas protegidas têm sido utilizadas como reser-va de mercado, reguladores dos investimentos imobiliários. Ogoverno cria uma unidade de conservação e, com isso, estocaterras, aguardando a conveniência da demanda. Quando esta seapresenta conveniente, muda a legislação e abre as porteiras,sob aplausos dos poderosos. A decisão do governador SérgioCabral de alterar, para pior, o zoneamento ambiental da APATamoios, passando por cima da vontade da sociedade é provacabal dessa prática. Saiba mais sobre o assunto em: http://ilhagrande-codig.blogspot.com/

Fernando Siqueirafala à Tv Senado so-bre A Política do Pe-tróleo no Brasil - Oengenheiro FernandoSiqueira, vice-presi-dente da Associaçãodos Engenheiros daPetrobrás (AEPET),avalia a política depetróleo no Brasil noPrograma AgendaEconômica da TVSenado. Siqueira falou sobre os novos desafios para a Petrobras e paraa recuperação da indústria genuinamente nacional de equipamentos dosetor, a partir da descoberta da camada de petróleo pré-sal, da compe-tência da estatal. Falou também que o pré-sal vai gerar empregos,tecnologia e a maior oportunidade do Brasil deixar de ser o país dofuturo.

AEPET nA Mídia:O ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Maurício Godinho Delgado

afirmou que não é viável retirar direitos dos trabalhadores em nome de uma reforma dalegislação trabalhista. Segundo ele, no médio prazo haveria reflexos negativos no mer-cado interno com prejuízos para toda a sociedade, inclusive para os empresários. "Aproposta de redução de custos do trabalho a partir da redução de direitos trabalhistas éabsolutamente irracional e injustificável", defende Delgado, que é autor de 17 livros,individuais e coletivos, sobre Direito do Trabalho. De acordo com o ministro, osgastos das empresas com o trabalhador formal não deve ser encarado como custo,mas sim como investimento. Ele destaca que o sistema econômico tem condições dereduzir custos investindo em produtividade, seja por meio de novas tecnologias oucom aumento da qualificação dos trabalhadores. Ao longo do tempo, explica, tornou-se mais prático para o Estado concentrar os tributos no trabalho por ser mais fácil defiscalizar, mas que já há, hoje, condições para a utilização de instrumentos tributáriosque reduzam a incidência de tributos e contribuições sociais sobre a folha salarial emalguns setores. "Não há razão técnica para que o trabalho humano seja o centro datributação." Em relação à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), considera não sernecessário fazer reforma no plano do direito individual do trabalho nem no do direitoprocessual, que atendem plenamente às necessidades da sociedade. O ministro enfatizaque a CLT funciona muito bem e é até mais flexível que a de alguns países europeus,como a França, Alemanha e os países nórdicos, que têm mecanismos para restringir opoder de dispensa do empregador, evitando demissões injustificadas. No Brasil, apon-ta ele, essas garantias se aplicam apenas em casos excepcionais, como o da gestante,de dirigentes sindicais e o trabalhador vítima de acidente de trabalho. "Sob esse pontode vista, a taxa de rotatividade no Brasil é enorme", sustenta.

(Site do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo/Redação)

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