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Page 1: Adverte o Profeta Isaías - Professor Eduardo Hoffmann · subsidiaria do art. 41, par. 3., da Constituição. Não emana da lei direito liquido e certo do magistrado recusar o seu
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Adverte o Profeta Isaías:

“Estabelecerás juízes e magistrados de todas as tuas portas, para que julguem o povo com retidão de

Justiça”.

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Constituição Federal de 1988

Lei Complementar nº 35, de 14 demarço de 1979 – Dispõe sobre a LeiOrgânica da Magistratura Nacional

Código de Ética da MagistraturaNacional

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CF/88, art. 92

STF

STJ

TJ

Juízes de Direito

Turmas Recurais

Juizados Especiais

TRF

Juízes Federais

TSE

TRE

Juízes Eleitorais

TST

TRT

Juízes do Trabalho

STM

TJM

Juízes Militares

CNJ

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I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juizsubstituto, mediante concurso público de provas e títulos,exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos deatividade jurídica;

II – promoção:◦ a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas

ou cinco alternadas em lista de merecimento;◦ b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na

respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista deantigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite olugar vago;

◦ c) aferição do merecimento;◦ d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz

mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros,conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-sea votação até fixar-se a indicação;

◦ e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seupoder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem odevido despacho ou decisão;

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III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,alternadamente, apurados na última ou únicaentrância;

IV previsão de cursos oficiais de preparação,aperfeiçoamento e promoção de magistrados;

V - o subsídio;

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensãode seus dependentes;

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VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvoautorização do tribunal;

VIII o ato de remoção, disponibilidade eaposentadoria do magistrado, por interesse público,fundar-se-á em decisão por voto da maioria absolutado respectivo tribunal ou do Conselho Nacional deJustiça, assegurada ampla defesa;

VIII A remoção a pedido ou a permuta demagistrados;

IX julgamentos serão públicos e fundamentadastodas as decisões;

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X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas;

XI constituição de órgãos especiais;

XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau;

XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população;

XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;

XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

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I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, sóserá adquirida após dois anos de exercício,dependendo a perda do cargo, nesse período,de deliberação do tribunal a que o juiz estivervinculado, e, nos demais casos, de sentençajudicial transitada em julgado;

Não está em confronto com o art. 41 da CF/88?

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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA.ADMINISTRATIVO. JUIZ DE DIREITO. PROCEDIMENTODE VITALICIAMENTO. SINDICÂNCIA. DECURSO DOPRAZO DE 2 (DOIS) ANOS. IMPOSSIBILIDADE DECONTINUIDADE DO PROCEDIMENTO. SUPERAÇÃO DOESTÁGIO PROBATÓRIO. VITALICIEDADE CONSUMADA.Instaurado o processo de vitaliciamento quando arecorrente já tinha cumprido os 2 (dois) anos deprazo no exercício das funções de Juiz de Direito. Oprosseguimento do mesmo importa em ferir direitolíquido e certo da recorrente, por incidência do art.95, I, da Lex Magna. Recurso conhecido e provido.(RMS 9.074/PR, Rel. Ministro JOSÉ ARNALDO DAFONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 23/05/2000,DJ 28/08/2000, p. 94)

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RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. JUIZDE DIREITO SUBSTITUTO. INAPTIDÃO PARA OVITALICIAMENTO OBSERVADA DURANTE O PROCEDIMENTOADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE A SERREPARADA. RECURSO ORDINÁRIO A QUE SE NEGAPROVIMENTO.

1. O não vitaliciamento de juiz de direito substituto, emrazão de omissão de informação quanto a práticas decrimes, não se mostra dezarrazoado nem desproporcional,mas sim, condizente com a busca da ética namagistratura.

2. Recurso ordinário em mandado de segurança a que senega provimento.

(RMS 14.874/MS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA,julgado em 07/12/2010, DJe 17/12/2010)

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(...) prática de crime capitulado no art.312 do CP e do crime capitulado noart. 171, caput, do CP, por trintavezes, na forma continuada, emconcurso material com o art. 168, §1º, III, do CP, por duas vezes, tambémna forma continuada, práticas essasque comprometiam o vitaliciamentodo Juiz (...)

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II - inamovibilidade,salvo por motivo deinteresse público, naforma do art. 93, VIII;

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EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA: PRINCÍPIO DA INAMOVIBILIDADE DE MAGISTRADO. JUIZ AUDITORSUBSTITUTO. EXTINÇÃO DO CARGO, LEI N. 8.719/93. DISPONIBILIDADE NÃO PUNITIVA. APROVEITAMENTO COMPULSORIO EM CARGO

EQUIVALENTE E NO MESMO LOCAL, APÓS TER RECUSADO ESTE E OUTROS TRES EM LOCAIS DIFERENTES. 1. A garantiada inamovibilidade de magistrado esta regulada nos casos deremoção, promoção e mudanca da sede do juízo, hipótesesem que ele ocupa um cargo, art. 95, II, 1. parte, daConstituição Federal e arts. 30 e 31 da LOMAN, LeiComplementar n. 35/79; nem a Constituição nem a LOMANatribuiram a garantia da inamovibilidade ao magistrado emdisponibilidade, que não ocupa cargo. 2. Ressalvada a escolha do novo cargo pelo

magistrado, ele deve ser adequadamente aproveitado, respeitando-se a equivalencia do cargo, por força da necessaria aplicaçãosubsidiaria do art. 41, par. 3., da Constituição. Não emana da lei direito liquido e certo do magistrado recusar o seu aproveitamento oude permanecer em disponibilidade, porque ali se contem, antes, ordem vinculante para a Administração aproveita-lo em cargoequivalente. 3. O aproveitamento de magistrado em disponibilidade não punitiva no mesmo local e em cargo identico ao que ocupava,não se aplicam as restrições previstas para a remoção ou promoção, que alcancam os que estao em atividade, nem viola a garantia dainamovibilidade. 4. O ato administrativo do Tribunal recorrido esta motivado e atende satisfatoriamente o art. 93, X, da Constituição. Aampla defesa e o contraditorio previstos no inciso VIII do mesmo artigo aplicam-se apenas aos casos de remoção, disponibilidade eaposentadoria por interesse público; não se aplicam a ato não punitivo, de rotina administrativa e em obediencia a comando legal. 5.Questões menores, como a fixação voluntaria de domicilio em outra cidade após a disponibilidade ou a precariedade das instalaçõesonde funciona a Auditoria para a qual foi designado, são irrelevantes para o exercício das garantias constitucionais da magistratura eencontram soluções pelos meios ordinários. 6. Recurso conhecido, mas improvido. (RMS 21950, Relator(a): Min. PAULO BROSSARD,Segunda Turma, julgado em 09/08/1994, DJ 27-10-1994 PP-29165 EMENT VOL-01764-01 PP-00077)

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PROCESSO CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. JUIZ DE DIREITO.ALTERAÇÃO DA COMPETÊNCIA. LEI MATOGROSSENSE 4964/85 (ART. 58). GARANTIA DAINAMOVIBILIDADE. VIOLAÇÃO. INOCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE OU

ABUSIVIDADE DO ATO IMPUGNADO. O direito à inamovibilidade domagistrado vincula-se à impossibilidade de ser deslocado daComarca onde exerce a jurisdição, sem sua anuência. Aorganização judiciária do Estado do Mato Grosso foi propostapelo Legislativo Estadual através da Lei 4964/85, cujo art. 58confere ao Tribunal de Justiça, em Composição Plenária,mediante Resolução, estabelecer a competência das VarasJudiciais nas Comarcas onde houver mais de uma delas. Não se

vislumbra, assim, qualquer ilegalidade ou abusividade do ato hostilizado e, muitomenos, direito líquido e certo do impetrante. Recurso ordinário conhecido, porém,improvido. (RMS 6.068/MT, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, SEGUNDATURMA, julgado em 13/04/2004, DJ 17/05/2004, p. 161)

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III - irredutibilidade desubsídio, ressalvado odisposto nos arts. 37, X eXI, 39, § 4º, 150, II, 153, III,e 153, § 2º, I.

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CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - MAGISTRADO - ABONO-FAMÍLIA - VANTAGEM NÃOINCORPORÁVEL - CESSAÇÃO DAS CONDIÇÕES QUE ORIGINARAM O PAGAMENTO - SUSPENSÃODO BENEFÍCIO - REINCLUSÃO - IMPOSSIBILIDADE - OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE EDA MORALIDADE ADMINISTRATIVA. I - A doutrina administrativa caracteriza o abono-famíliacomo vantagem pessoal, não incorporável aos vencimentos/proventos, devida na inatividadedesde que mantidas as condições de sua concessão. II - In casu, a inexistência de regraespecífica cuidando da extinção do abono de família devido em relação à esposa domagistrado, não justifica sua permanência quando cessadas as condições que ensejaram o seupagamento. Afinal, o administrador público deve pautar-se pelo princípio da estrita legalidade,sendo-lhe vedado conferir direitos ou manter determinada vantagem quando a lei nãoautorizar expressamente. III - Neste sentido, legítimo o ato guerreado. O magistradoaposentado somente manteve o benefício em questão integrando os seus proventos enquantosubsistente o vínculo de dependência com sua esposa, que gerava encargos pessoais com amanutenção da família. Todavia, em se tratando de vantagem não incorporável, tanto pelo suanatureza, quanto pela inexistência de norma neste sentido, irrepreensível a extinção doabono-família motivado pelo falecimento da esposa do recorrente, que fez cessar a condiçãoque originou o pagamento de tal verba, não havendo que se falar, desta forma, em ofensa àgarantida da irredutibilidade de subsídios, preconizada no art. 95, III, da Carta Política. IV-Ademais, a manutenção de tal pagamento, nas atuais circunstâncias, redundaria em ofensa àmoralidade administrativa, porquanto consistiria em enriquecimento sem causa por parte doservidor. V - Recurso conhecido, mas desprovido. (RMS 13.761/MG, Rel. Ministro GILSON DIPP,QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2003, DJ 17/03/2003, p. 242)

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Aos juízes é vedado:◦ I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo

ou função, salvo uma de magistério;

◦ II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ouparticipação em processo;

◦ III - dedicar-se à atividade político-partidária.

◦ IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios oucontribuições de pessoas físicas, entidades públicas ouprivadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

◦ V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual seafastou, antes de decorridos três anos do afastamentodo cargo por aposentadoria ou exoneração.

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Art. 4º Exige-se do magistrado que seja eticamenteindependente e que não interfira, de qualquer modo, naatuação jurisdicional de outro colega, exceto em respeito àsnormas legais.

Art. 5º Impõe-se ao magistrado pautar-se no desempenho desuas atividades sem receber indevidas influências externas eestranhas à justa convicção que deve formar para a soluçãodos casos que lhe sejam submetidos.

Art. 6º É dever do magistrado denunciar qualquerinterferência que vise a limitar sua independência.

Art. 7º A independência judicial implica que ao magistrado évedado participar de atividade político-partidária.

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Art. 8º O magistrado imparcial é aquele que busca nasprovas a verdade dos fatos, com objetividade efundamento, mantendo ao longo de todo o processo umadistância equivalente das partes, e evita todo o tipo decomportamento que possa refletir favoritismo,predisposição ou preconceito.

Art. 9º Ao magistrado, no desempenho de sua atividade,cumpre dispensar às partes igualdade de tratamento,vedada qualquer espécie de injustificada discriminação.Parágrafo único. Não se considera tratamentodiscriminatório injustificado: I - a audiência concedida aapenas uma das partes ou seu advogado, contanto que seassegure igual direito à parte contrária, caso sejasolicitado; II - o tratamento diferenciado resultante de lei.

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Art. 20. Cumpre ao magistrado velar para que osatos processuais se celebrem com a máximapontualidade e para que os processos a seucargo sejam solucionados em um prazo razoável,reprimindo toda e qualquer iniciativa dilatória ouatentatória à boa-fé processual.

Art. 21. O magistrado não deve assumirencargos ou contrair obrigações que

perturbem ou impeçam ocumprimento apropriado de suas funçõesespecíficas, ressalvadas as acumulaçõespermitidas constitucionalmente.

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Art. 22. O magistrado tem o dever de cortesiapara com os colegas, os membros do Ministério

Público, os advogados, os servidores, as

partes, as testemunhas e todos quantos serelacionem com a administração da Justiça. Parágrafoúnico.Impõe-se ao magistrado a utilização delinguagem escorreita, polida, respeitosa ecompreensível.

Art. 23. A atividade disciplinar, de correição e defiscalização serão exercidas sem infringência aodevido respeito e consideração pelos correicionados.

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Art. 37. Ao magistrado é vedado procedimentoincompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suasfunções.

Art. 38. O magistrado não deve exercer atividadeempresarial, exceto na condição de acionista ou

cotista e desde que não exerça o controleou gerência.

Art. 39. É atentatório à dignidade do cargo qualquer atoou comportamento do magistrado, no exercício

profissional, que implique discriminaçãoinjusta ou arbitrária de qualquer pessoa ouinstituição.

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O Conselho Nacional de Justiça aprovou, nesta terça-feira (9/11), por 9votos a 6, a disponibilidade compulsória do juiz Edilson Rodrigues, daComarca de Sete Lagoas (MG). Em uma sentença dada, em 2007, emprocesso que tratava de violência contra a mulher, ele utilizoudeclarações machistas para criticar a Lei Maria da Penha. O juiz afirmou,por exemplo, que "o mundo é masculino e assim deve permanecer". Etambém manifestou a mesma posição em seu blog na internet e ementrevistas à imprensa.

A decisão do CNJ, passível de recurso ao Supremo Tribunal Federal,determina que o juiz de Sete Lagoas fique afastado do exercício dafunção por dois anos. Após esse período poderá solicitar, ao CNJ, oretorno à magistratura.

Além dos 9 conselheiros que decidiram pela disponibilidade, os outrosseis votaram pela censura ao juiz e por um teste para aferir suasanidade mental.

A disponibilidade foi proposta no voto do relator do ProcedimentoAdministrativo Disciplinar, conselheiro Marcelo Neves. Para ele, esse tipode conduta é incompatível com o exercício da magistratura.

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Tudo começou quando o juiz disse que a Lei Maria da Penha tem"regras diabólicas" e que as "desgraças humanas começaram porcausa da mulher", além de outras frases igualmente polêmicas.Na ocasião, ele declarou à imprensa que combate o feminismoexagerado, como está previsto em parte da Lei Maria da Penha.Para ele, esta legislação tentou "compensar um passivo femininohistórico, com algumas disposições de caráter vingativo".

O CNJ abriu Processo Administrativo Disciplinar depois que oTribunal de Justiça de Minas Gerais arquivou o caso. Na nota, naépoca, ele disse que "as severas investidas" contra o teor dasentença "se têm fixado, fundamentalmente, na falsa eequivocada idéia de que somos contra a severa penalização doagressor no âmbito doméstico-familiar; na falsa e equivocadaidéia de que temos uma visão machista da relação homem-mulher e na falsa e equivocada idéia de que somos contra odesenvolvimento da mulher enquanto ser social. Na verdade nãoé nada disso!" .

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Segundo ele, "o que disse foi que hipócrita e demagógicasim é a falsa igualdade que tem sido imposta às mulheres,que, em verdade, vêm sendo constantemente usadas nosdiscursos políticos de campanha".

O juiz não poupou citações para perguntar: "tivesse eu mevalido de poetas como Carlos Drummond de Andrade,João Cabral de Melo Neto ou Guimarães Rosa ou se tivesseme auxiliado de filósofos como Sócrates, Platão,Aristóteles, Kant, dentre outros, nesta parte talvez nãoestaria também sendo criticado! Porque então não posso -ainda que uma vez na vida outra na morte - citar Jesus, seé Ele o poeta dos poetas e o filósofo dos filósofos?". Aindana nota, ele explicou que considerou a lei inconstitucionalpor tratar apenas da mulher e ignorar a condiçãodoméstica do homem.