adventist world (março 2009)

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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Março 2009 22 Contribuição de Ellen White para a Doutrina Adventista 27 Vencendo Vícios 8 Projeto Elias H omens de Pescadores Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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Revista Adventist World Revista mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia

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Page 1: Adventist World (Março 2009)

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Março 2009

22 Contribuição de Ellen White para a Doutrina Adventista

27 Vencendo Vícios

8 Projeto Elias

HomensdePescadores

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 5, nº 3, março de 2009.

Tradução: Sonete Magalhães Costa

www.portuguese.adventistworld.org

Março 2009

I G R E J A E M A Ç Ã O

Editorial ....................... 3

Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens

Visão Mundial 8 Projeto Elias

Janela10 As Filipinas por Dentro

S A Ú D E

Convivendo com a Dor Ciática Crônica ... 11Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Já É Tempo .................. 26Por Angel Manuel Rodríguez

E S T U D O B Í B L I C O

Vencendo Vícios ......... 27Por Mark A. Finley

I N T E R C Â M B I O M U N D I A L

29 Cartas30 O Lugar de Oração31 Intercâmbio de Ideias

O Lugar das Pessoas ... 32

A R T I G O D E C A P A

Pescadores de Homens Por Sanglae Kim .............................. 16Os ministérios do campus da Universidade Sahmyook transformam alunos em pessoas fiéis.

D E V O C I O N A L

A Fenda na Rocha Por Nixon de Vera ....................................................................... 12Esse é o lugar em que encontramos segurança.

V I D A A D V E N T I S T A

Um Sonho, uma Semente e Dois Amigos Por Eve Harper ............................................................................ 14As coisas boas vêm em pacotes pequenos.

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Conheça Meu Pai Por Clinton Wahlen ................................. 20No centro da salvação existe a doação de um Pai.

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Contribuição de Ellen White para a Doutrina Adventista Por Kwabena Donkor ............................................ 22Como a “luz menor” nos ajuda a compreender a “luz maior”.

H E R A N Ç A A D V E N T I S T A

Vagaroso Navio para a China Por Raymond S. Moore ............................................................... 24Como o nome de Harry W. Miller se tornou sinônimo de serviço.

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Pastores de todas as denominações estão sendo convidados pela Associação Ministerial da Igreja Adventista do Sé-timo Dia a participar, pessoalmente ou a distância, de um seminário gratuito sobre pregação. O programa de 2009, intitulado “Além dos Púlpitos e Bancos da Igreja”, será transmitido ao vivo da América do Norte, para uma audiência mundial, na terça-feira, 21 de abril de 2009, das 17h00 às 20h30 GMT.

Entre os palestrantes, estão os conhecidos e dinâmicos pregadores, tanto adventistas como de outras deno-

N O T Í C I A S D O M U N D O

A Maioria de Um

Um dia, pela graça de Deus, participarei de um grande movimento popular.

Pelo que tudo mostra, isso provavel-mente não acontecerá até que, um dia, eu

esteja entre os milhões de santos, vestidos de branco, como está descrito em Apocalipse 7. Eles se reunirão diante do trono e do Cordeiro com palmas nas mãos, clamando em alta voz e dizendo: “Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro” (Ap 7:9-10).

Daqui até lá, como discípulo de Jesus, provavelmente saberei mais o que significa pertencer a uma pequena e, mui-tas vezes, minoria impopular, pois a fé em Jesus sempre passa pelo caminho estreito. Não devo esperar ouvir aclamações públicas de confirmação das verdades bíblicas – com as quais estou comprometido – daqueles que seguem outros deuses, que andam pela vereda larga ou que vestem seu cristianismo uma vez por semana e não mais que uma hora.

Certamente, é mais fácil escrever ou ler essas palavras do que vivê-las, pois nosso coração gosta de saber que estamos do lado da grande maioria. Às vezes, inconscientemente, até julgamos o valor das coisas avaliando quantos de nossos vizinhos escolhem o que escolhemos ou vivem como vivemos.

Há cento e cinquenta anos, um homem que aprendera a força silenciosa de escolher o que é certo sobre o que é popu-lar, escreveu as linhas que esculpi nas paredes de minha vida. Pessoas que no íntimo estão convencidas de uma grande ver-dade: “Não esperem até que constituam a maioria de um, antes sofram o direito de predominar sobre eles. Penso que é suficiente ter Deus ao seu lado, sem ter que esperar por mais alguém. Além disso, qualquer homem que seja mais correto que seu vizinho já faz parte da maioria de um.”*

Faz bem aos adventistas do sétimo dia, que crescem rapidamente como um movimento cristão mundial, ouvir essas palavras. Poucos adventistas têm o privilégio de viver onde sua fé é mantida em alta estima ou celebrada pela maioria. Muitos fiéis vivem na solidão que Moisés experimentou no deserto ou que o apóstolo João conheceu em Patmos.

Para eles – para você, se é um deles − eu sublinho o consolo que resulta de ser fiel à Palavra de Deus e à liderança do Espírito: “É suficiente ter Deus ao seu lado.”

Sim, querido amigo – isso ainda é suficiente.

*Henry David Thoreau, Civil Disobedience

—Bill Knott

E D I T O R I A L

Seminário de Pregação Via Satélite: Disponível Online

PALESTRANTES: Os renomados expositores (da esquerda para direita) Michael Quick, Chris Oberg, Fred B. Craddock e Israel Mamidele Olaore participarão do seminário PREACH 2009, que será transmitido, ao vivo, no dia 21 de abril. O programa estará disponível, gratuitamente, para todo o mundo, como um presente da Associação Ministerial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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N O T Í C I A S D O M U N D O

minações: Fred B. Craddock, Professor Emérito de Pregação da Escola Candler de Teologia na Universidade Emory, em Atlanta, Georgia, Estados Unidos; Israel Bamidele Olaore, pastor titular na universidade e diretor do Departamen-to de Vida Espiritual na Universidade de Babcock, na Nigéria; Chris Oberg, pastora titular da Igreja Adventista do Sétimo Dia (com 1.200 membros) de Calimesa, Califórnia, Estados Unidos; e Michael Quicke, professor de pregação no Seminário do Norte em Lombard, Illinois, Estados Unidos.

“Esses são alguns dos principais ex-positores da Palavra que estão na ativa hoje”, disse Anthony Kent, secretário associado da Associação Ministerial. “Estamos felizes em compartilhar tal conhecimento com os pastores de todo o mundo, como um presente e um serviço público.”

O seminário PREACH, como é conhecido esse programa, é parte do acesso da Igreja Adventista a pastores de todas as denominações cristãs. A igreja também envia gratuitamente milhares de cópias da revista Ministério a pastores não-adventistas, seis vezes por ano. O seminário é outra forma de compartilhar recursos úteis com outros pastores, assim como familiarizá-los com os adventistas do sétimo dia.

Cada um dos palestrantes traz uma bagagem diferente ao seminário. Craddock foi eleito pela revista Newsweek como um dos doze pregado-res mais competentes do mundo de fala

inglesa. Olaore foi pastor nos EUA, Nigéria e tem pregado na América do Sul, Ásia, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul e Bermuda. Oberg formou uma das maiores congregações ad-ventistas do sétimo dia na América do Norte, e Quicke foi pastor de uma con-gregação em Cambrige, Inglaterra, com mais de 500 membros, a qual também serve quatro mil pessoas por semana por meio do centro missionário. Ele foi nomeado, recentemente, pela revista Preaching (Pregação) como “um dos principais pensadores e escritores sobre pregação da atualidade”.

Durante a transmissão ao vivo, os participantes de todo o mundo poderão enviar suas perguntas por e-mail para cada um dos palestrantes. Junto com a Internet, o Hope Channel (Canal de TV da Igreja Mundial) Europa, Hope Channel Internacional e Hope Channel Igreja transmitirão em rede, via satélite.

Informações detalhadas a respeito do seminário sobre pregação (PRE-ACH) e como participar podem ser acessadas online, pelo site www.ministe-rialassociation.com.—Equipe da Adventist World

BRASIL: Adventistas do Sétimo Dia Terão o Sábado Livre em Santa Catarina

Membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia e outros guardadores do sábado, em Santa Catarina, Brasil – cuja população é de seis milhões de habitantes – poderão guardar o sábado enquanto procuram alcançar seus alvos educacionais. A notícia foi anunciada em janeiro.

O governador Luiz Henrique da Silveira assinou um documento

garantindo que os vestibulares para universidades públicas e particulares serão aplicados entre as oito horas da manhã de domingo e dezoito horas de sexta-feira, período que não interferirá na guarda do sábado. Se a prova tiver que ser aplicada durante o sábado, será dada nova oportunidade de realizar o exame, diz a lei.

“Percebemos que, desde a fase preli-minar da criação da lei, a mão de Deus dirigiu a mente das pessoas envolvidas, uma vez que o trabalho resultou em grande benefício para Seu povo no Estado de Santa Catarina”, disse Wilson Knoener Fields, advogado e secretário legal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os relatórios mostram que vários outros legisladores adventis-tas participaram do esforço. —Reportagem de Felipe Lemos/ASN; com equipe da AW.

Friedensau Inicia Programa de Mestrado em Teologia

A Universidade Adventista Friedensau, em Möckern-Friedensau, Saxony-Anhalt, Alemanha, iniciou um programa de mestrado em teologia, com enfoque em Estudos Adventistas e Missão. O curso é reconhecido pela agência alemã AQAS (Agency for Quality Assurance Through Accredita-tion of Courses) em Bonn.

Segundo a escola, o programa “oferece aos alunos educação avançada na área de Teologia, ampliando horizontes e aprofundando os conhecimentos na área de ênfase selecionada”.

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O programa de Estudos Adventistas “engloba estudos avançados da História e da Teologia da Igreja Adventista. Leva os alunos a uma melhor compreensão do desenvolvimento, autoconhecimento e o papel social da denominação, capa-citando-os a servir à igreja em funções de liderança ou a trabalhar nas áreas de relacionamento da igreja”, informa o prospecto da escola.

O Programa de Estudos em Missão “desenvolve profunda compreensão teológica da missão cristã. Os alunos adquirem capacitação avançada, com-petências e habilidades relevantes para servir em países onde o cristianismo não é a religião tradicional ou cultural.”

Os dois cursos serão oferecidos em inglês, sob a direção de Rolf Pöhler e Stefan Höschele. Friedensau está localizada cerca de cem quilômetros a oeste de Berlin, Alemanha, e se orgulha de seu corpo estudantil internacional. Informações sobre o curso podem ser acessadas no site www.thh-friedensau.de/en.—Equipe da AW.

Pela primeira vez, em 47 anos de história da Jamaica como nação independente, um adventista do sétimo dia ocupará a mais alta posição na administração do país. Patrick Allen, até recentemente

presidente da União das Índias Ocidentais da Igreja Adventista do Séti-mo Dia, será empossado como o sexto governador geral da Jamaica. O primeiro-ministro jamaicano, Bruce Golding, anunciou sua nomeação numa sessão do Parlamento, no dia 13 de janeiro de 2009.

“Isso é maravilhoso e não tenho certeza do que o Senhor está fa-zendo comigo, mas Ele tem algo de José e Daniel para eu realizar”, disse Allen à Adventist World em uma entrevista por telefone no mesmo dia, de Freeport, Bahamas, onde estava auxiliando em uma auditoria. “Estou apenas orando e me colocando à disposição para que Deus me use da maneira que Ele achar melhor.”

Allen disse que pedirá demissão de sua posição atual como presiden-te da União das Índias Ocidentais. Uma comissão executiva se reunirá em caráter especial para nomear seu sucessor, informou Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana.

N O T Í C I A S D O M U N D O

TROCA DE IDEIAS: Bernhard Oestreich, diretor do curso de Teologia (à esquerda), conversa com os coordenadores do curso, Stefan Hoeschele e Rolf Poehler sobre o novo programa de mestrado em Estudos Adventistas na Universidade Adventista Friedensau, na Alemanha.

E U D

Por Mark A. Kellner, editor de Notícias

presidente da união da

Jamaica é Novo Governador GeralO adventista Patrick Allen presta serviço à nação

GOVERNADOR GERAL: Patrick Allen, até recentemente presidente da União das Índias Ocidentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, é o novo governador geral da Jamaica, país em que 11% da população é adventista do sétimo dia. Ele é o primeiro pastor e o terceiro adventista a chegar a tal posto em uma nação da Comunidade Britânica, e o primeiro adventista a assumir a função na Jamaica. Allen foi nomeado sucessor do Sir Kenneth no dia 13 de janeiro de 2009 e empossado seis semanas depois.

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N O T Í C I A S D O M U N D O

“A igreja serve à comunidade e podemos fazê-lo tanto com a organi-zação da igreja ou como indivíduos em outras atividades”, disse Leito em um pronunciamento. “A nomeação do Dr. Allen como governador geral da Jamaica é algo histórico, tanto naquele país como no mundo; tanto quanto posso me lembrar, isso nunca aconte-ceu antes. A Divisão Interamericana está satisfeita pelo fato de um dos nossos líderes ter alcançado tal noto-riedade. Isso mostra a alta reputação da igreja.”

Leito acrescenta: “Desejamos que o Dr. Allen tenha muito sucesso ao en-frentar os grandes desafios à sua frente. Embora ele não seja um líder com autoridade política, foi-lhe concedida a função de liderança sobre toda a nação. Continuaremos orando por ele, e ele pode estar seguro de que, se em algum momento desejar retornar ao ministé-rio, as portas da igreja estarão sempre abertas. A igreja vai orar sempre para que Deus o dirija no desempenho dessa função.”

Orville Parchment, natural da Jamaica e assistente da presidência da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, disse que a liderança da igreja mundial ficou feliz com a notícia: “Em nome do pastor Jan Paul-sen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, congratulamo-nos com o pastor Allen em sua nova função. Oramos pelas contínuas bênçãos de Deus ao executar suas novas responsa-bilidades cívicas.”

Allen, que completou 58 anos no dia 7 de fevereiro, substitui Sir Kenneth Hall, que foi nomeado governador geral em fevereiro de 2006 e renunciou por problemas de saúde.

Ironicamente, Sir Kenneth conde-corou o pastor Allen com a Ordem de Distinção, no Dia dos Heróis de 2006, por sua contribuição para a igreja e para a religião na Jamaica.

Segundo o Serviço de Informação da Jamaica (SIJ), o governador geral “representa a rainha em cerimoniais

como a abertura do Parlamento, apre-sentações de honra e desfiles militares.”

A constituição da Jamaica dá à fun-ção poderes adicionais, relatou o SIJ, inclusive “nomeando e disciplinando oficiais do serviço civil, prorrogando (dissolvendo) o Parlamento e ativida-des afins, mas apenas em poucos casos ele é habilitado a agir inteiramente por

PASSADO E PRESENTE: Nessa foto de 2006, Sir Kenneth Hall, então governador geral da Jamaica (esquerda), concede a Patrick Allen a Comenda de Distinção da Jamaica no dia dos heróis nacionais. Allen foi honrado por sua contribuição para a igreja e a religião naquele país.

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sua própria discrição. O governador geral também exerce a prerrogativa de clemência, em nome da rainha, incluindo o poder de conceder perdão a qualquer pessoa que tenha sido con-denada à morte.

Golding, que presidiu o Gabinete do primeiro-ministro desde novembro de 2007, é casado com Lorna. A família Golding frequenta regularmente os cultos da Igreja Adventista. Allen disse que o trabalho da igreja para melhorar a qualidade de vida na Jamaica chamou a atenção dos líderes para o seu nome.

“Tenho a impressão de que [o primeiro-ministro Golding] passou a apreciar a igreja [Adventista do Sétimo Dia] por suas atividades no país, ao longo dos anos”, disse Allen. A Igreja na Jamaica desempenha papel muito importante na edificação da nação. Um dos nossos papéis estratégicos é ‘a Igre-ja na comunidade’. Tanto o trabalho que desenvolvemos quanto a execução desse projeto chamaram a atenção do governo.”

Allen relata: “Golding me disse que posso oferecer à nação aquilo de que ela precisa: integridade, conduta moral e liderança.”

País com 2,8 milhões de habitantes, a Jamaica é uma democracia parla-mentar constitucional que ganhou sua independência da Grã-Bretanha em 1962. Continua a fazer parte da Comunidade Britânica de Nações, e a Rainha Elizabeth II é a monarca, sendo representada pelo governador geral.

Allen estudou no Colégio Monea-gue Teacher, na Jamaica e, posterior-mente, na Universidade Andrews, de propriedade da igreja, onde se graduou na faculdade, mestrado e doutorado. Possui o título de Ph.D. em gestão e supervisão educacional, mestre em Teologia Sistemática e bacharel em História e Religião.

É ministro ordenado da Igreja Adventista do Sétimo Dia e foi eleito presidente da União das Índias Ocidentais da igreja em outubro de 2000, tendo sido reeleito em 2005.

Antes disso, Allen serviu em muitos outros cargos dentro e fora da Igreja Adventista. Foi presidente da Associação da Jamaica Central, diretor de Educação e Lar e Família da União das Índias Ocidentais e pastor distrital. Com formação de professor, também serviu como diretor de escolas e professor adjunto do Colégio Índias Ocidentais, que hoje é a Universidade Norte Caribenha (UNC). Atualmente, é membro da comissão administrativa da UNC.

“Em nome da Universidade An-drews, estou extremamente feliz por um dos nossos ex-alunos ter sido esco-lhido para tal cargo”, declarou o reitor Heather Knight. “Como conterrâneo jamaicano, tenho em mais alta estima a função de governador geral.”

Sir James Carlisle, que foi go-vernador geral de Antígua por mais de catorze anos e condecorado pela Rainha Elizabeth II por seus serviços, disse: “Ele foi o primeiro adventista do sétimo dia a assumir uma posição de chefe de estado. Essa é uma notícia maravilhosa”, respondeu, quando um repórter ligou para dar a notícia da nomeação de Allen.

“É também uma excelente posição para testemunhar”, disse Sir James à Adventist Review. “Só a sua presença já é um testemunho. A maioria das pes-soas já sabe quem são os adventistas.”

Sir James acrescenta: “Os jamai-canos amam suas instituições e têm muito respeito por elas. Ficaria muito surpreso se ele não fosse bem reconhe-cido; [embora] nada seja melhor do que realizar o trabalho.”

A Jamaica abriga a União das Ín-dias Ocidentais e a Universidade Norte Caribenha, de propriedade da igreja. Aproximadamente 11% da população é adventista do sétimo dia. Allen disse estar ciente de sua nova visibilidade como governador geral.

“Esse é um grande dia para o Adventismo e, também, para a igreja na Jamaica”, disse Allen. “Penso que os membros vão ficar muito animados e se conscientizarão de sua responsabi-lidade [...], pois estarão sob holofotes. Essa é uma grande oportunidade para testemunhar nas áreas a que não tínha-mos acesso fácil. Penso ser essa a parte mais empolgante. Seremos capazes de apresentar nossa fé e de mostrar quem realmente somos, especialmente nos escalões mais altos da sociedade. É um bom prenúncio para a igreja.”

Ele admite que “haverá vários desafios, mas duvido que sejam insuperáveis. Temos um Deus que está sempre ao nosso lado e nos dará sabedoria.” —Informações adicionais de Nigel Coke, União das Índias Ocidentais e Serviço de Informação da Jamaica.

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V I S Ã O M U N D I A L

Em 2005, o Centro de Evangelismo Global da Associa-ção Geral (AG), em parceria com o Departamento de Jovens da AG, Empresários e Profissionais Leigos

Adventistas (ASI) e as divisões da Igreja Adventista do Sétimo Dia de todo o mundo, lançou uma estratégia evangelística abrangente para envolver milhares de jovens adventistas na proclamação direta do evangelho.

Desde aquele tempo, cerca de um quarto de milhão de jovens já se envolveu dirigindo aproximadamente 40 mil reuniões evangelísticas.

O Espírito Santo foi derramado poderosamente nas pre-gações desses jovens consagrados. Nos últimos quatro anos, mais de 100 mil pessoas foram batizadas como resultado desse esforço. O Centro de Evangelismo Global da AG e a ASI disponibilizou sermões evangelísticos, DVDs, rolo de gravu-ras e subsídio financeiro de aproximadamente 1,5 milhão de dólares às divisões do mundo.

Milhares de jovens adventistas, com idade entre 15 e 30 anos, participaram como voluntários de uma variedade de serviços para a comunidade, dando testemunho em projetos de estudantes missionários. O Projeto Elias é único. Seu objetivo é a proclamação evangelística direta. Trata-se de uma estratégia abrangente que envolve os jovens em uma série evangelística doutrinária, completa e cristocêntrica. Assim como Elias proclamava a mensagem para a sua geração, os jovens estão confrontando a cultura do século 21 com a ver-dade bíblica para nosso tempo.

Referindo-se à pregação poderosa de João Batista, as Escrituras declaram: “E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1:17). O ministério

de João Batista, “no espírito e poder de Elias”, preparou uma geração para a primeira vinda de Cristo. A proclamação da mensagem de Deus para o tempo do fim, “no espírito e poder de Elias”, prepara a geração final para a segunda vinda de Cristo.

Comentando esse impulso evangelístico dos últimos dias, Ellen White acrescenta: “Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 62). Assim como Elias desafiou corajosamente os profetas de Baal no Monte Carmelo, os jovens, hoje, estão desafiando os ídolos de nosso tempo. Estão convidando as pessoas para um com-promisso com as verdades eternas de Deus. Desse modo, tem havido conversões maravilhosas.

ÍndiaNilay Samanta, uma jovem da Índia, ingressou recente-

mente no Projeto Elias. Um dia, enquanto falava do amor de Jesus em uma vila remota, Samanta foi confrontada por Pallab Ghosh. Pallab e sua família adoravam ídolos, como Kali, o deus do shakti (poder). Destemidamente, Samanta, no espírito de Elias, convidou Ghosh para assistir às reuniões evangelísticas.

Samanta pregou sobre Elias, Acabe e os profetas de Baal (1Rs 18) e o Espírito de Deus tocou o coração de Ghosh. Ao continuar assistindo às reuniões, ele sentiu que Deus o estava guiando para fazer a mais dramática mudança de sua vida. Transformado pela graça de Deus, por meio da pregação de uma jovem adventista, hoje Ghosh é membro batizado da Igreja Adventista, e aguarda o retorno de seu Senhor.

Projeto Por Mark A. FinleyJovens

proclamam o evangelho ao redor do

mundo

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A Igreja em Ação

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Elias

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NigériaOs jovens estão trabalhando ativamente para Cristo ao

redor do mundo e experimentam o poder de Deus. Alguns testemunham milagres nos tempos modernos. Jean Emma-nuel Nlo Nlo, diretor de jovens e de comunicação da Divisão África Centro-Ocidental, relata a incrível história ocorrida numa vila do leste da Nigéria:

Assim que a equipe do Projeto Elias entrou em determi-nada vila e começou a visitar os lares, preparando para a série evangelística, um jovem evangelista foi picado por cobra ve-nenosa. A consequência poderia ter sido fatal. Os jovens ora-ram fervorosamente, pedindo as promessas de Deus, como: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7:7). Miraculosamente, a picada da serpente venenosa não causou dano algum ao jovem pregador. Satanás, porém, não desistiu. Durante as reuniões evangelísticas naquela noite, outra serpente venenosa se arrastou pelo corredor para atacar o pregador. Mais uma vez, Deus agiu poderosamente e os moradores da vila mataram a cobra. O Espírito Santo foi derramado. Toda a vila sentiu a ação de Deus e várias pessoas foram batizadas.

Estados UnidosAlguém disse: “Dê aos jovens um desafio; dê-lhes uma

visão para verem o que é possível e farão o impossível.” Robert L. Robinson, um dos coordenadores evangelísticos da Índia, confirmou esse pensamento em seu relatório sobre o evangelismo jovem: “Alguém se esqueceu de avisar Michael que era impossível para um garoto de 13 anos de idade pregar um sermão e conduzir sozinho uma série evan-gelística completa, nas ilhas Sunderbans. Michael era parte de um grupo de estudantes da Sunnydale Academy (escola de ensino médio), nos Estados Unidos. Dirigindo reuniões evangelísticas em doze locais diferentes na Índia, esses jo-vens entusiastas assistiram ao batismo de 770 pessoas como resultado de seus esforços.”

Sul do PacíficoA Ilha Nonouti é um ponto remoto no oceano, ao sul de

Tarawa, no Sul do Pacífico. Vivem ali cerca de 3 a 4 mil pessoas apenas. Sob a liderança de Gilbert Cangy, diretor de jovens da Divisão do Sul do Pacífico, os jovens escolheram a Ilha Nonouti. Começaram visitando as famílias, orando nos lares, desenvolvendo amizade e falando do amor de Deus de vários modos. Durante a campanha evangelística dirigida por esses jovens, 19 pessoas foram batizadas.

Os jovens do Sul do Pacífico também estiveram ativa-mente envolvidos numa grande campanha evangelística no

arquipélago de Vanuatu, na cidade de Santo Town, onde 245 pessoas foram batizadas.

Desafiados a TestemunharO testemunho de milhares de jovens consiste no forta-

lecimento de sua fé ao se envolverem no trabalho de Cristo. Cheios de fé, não se contentam em sentar-se nos cantos e cri-ticar a igreja. Estão tomando as rédeas, moldando o futuro e se empenhando ativamente para fazer da igreja o que sempre desejaram que ela fosse.

Pesquisas revelam que os jovens estão ansiosos para participar na vida e no testemunho da igreja. Um estudo de dez anos, conduzido por Roger Dudley e uma equipe de pesquisadores da Universidade Andrews, em Michigan, Estados Unidos, realizado com 1.523 adolescentes batizados e espalhados por todo o território da Divisão Norte-Ameri-cana, concluiu que “a maioria (dos jovens) aceitaria o desafio de testemunhar”. Dudley acrescenta: “Apesar de o nível de espiritualidade e de envolvimento na igreja ser moderado, um número expressivo manifestou interesse em participar em empreendimentos criativos da igreja. Nossos jovens parecem dizer: ‘Talvez eu não seja um ótimo adventista agora, mas se fosse desafiado a participar de uma missão, eu realmente gostaria de me envolver.’”*

Há um profundo clamor vindo do coração de jovens adventistas que desejam participar, pois não querem simples-mente ser entretidos.

A Igreja Adventista tem muito mais para oferecer a esses jovens do que atrações com vestimentas religiosas. Temos a visão de levar o mundo a Cristo. Para realizar essa esmaga-dora e aparentemente impossível tarefa, a igreja necessita das melhores e mais brilhantes mentes.

O testemunho é o chamado de vida do todo cristão. Jovens e idosos são igualmente chamados por Deus para fazer a diferença em Seu reino. A igreja necessita da energia, entu-siasmo e criatividade de seus jovens, e milhares já participam em ações missionárias e compartilham sua fé. O Céu se alegra com o compromisso desses jovens: terminar a obra nesta geração.

*Roger Dudley, Adventist Review, 18 de julho de 1991, p. 21, 22.

Mark Finley é vice-presidente para a área de evangelismo global da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

ESPÍRITO DE ELIAS: Pregadores jovens trabalhando com o projeto Elias, batizaram um grande número de aldeões na Nigéria, após Deus ter usado o seu Santo Espírito e uma cobra venenosa para convencer corações.

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J A N E L Acrescendo, muitas instituições educacionais e de saúde também surgiram, tais como o Instituto Internacional de Estudos Avançados (AIIAS), que serve à Igreja Adventista na Ásia.

Outras instituições adventistas importantes nas Filipinas:■ Colégio Adventista Central das Filipinas■ Centro Médico Adventista de Manila ■ Colégio View College■ Colégio Adventista Northern Luzon ■ Casa Publicadora das Filipinas■ Universidade Adventista das Filipinas

Parte da oferta do décimo terceiro sábado do primeiro trimes-tre de 2009 ajudará três projetos educacionais nas Filipinas. O pri-meiro, na Academia Adventista Palawan, no norte do país, onde os jovens recebem treinamento para o serviço cristão há mais de 50 anos. Um estudo recente revelou a necessidade de adicionar orientação técnica e vocacional ao curriculum do ensino médio. Cursos como de mecânica de automóvel e aulas de computação ampliarão o alcance dessa escola em sua comunidade. Sua oferta vai ajudar a construir salas para acomodar os novos cursos.

O segundo projeto é em Dumaguete, cidade localizada na re-gião central das Filipinas, onde há uma próspera escola de ensino fundamental. Mas os alunos de ensino médio precisam escolher entre frequentar escolas públicas ou viajar para outra ilha a fim de continuar recebendo educação adventista. As ofertas ajudarão a construir salas de aulas, primeiro passo para se estabelecer uma escola adventista de ensino médio nessa região do país.

O terceiro projeto é para o sudeste de Mindanao, uma das ilhas ao sul. Ali, uma escola fundamental tem, por muitos anos, ministrado educação a alunos de muitas denominações na comunidade. Recentemente, a escola fundamental foi re-construída e começaram a construção de uma escola de ensino médio para que os alunos não tenham que deixar o sistema adventista de educação ao continuar seus estudos. Mais uma vez, as ofertas ajudarão a completar essa escola.

Para saber mais sobre o trabalho missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia nas Filipinas, acesse o site www.AdventistMission.org.

FILIPINASCapital: Manila

Principais Idiomas: Filipino (oficial, baseado no Tagalog) e inglês(oficial); oito dialetos importantes: Tagalog, Cebuano, Ilocano, Hiligaynon ou Ilonggo, Bicol, Waray, Pampango e Pangasinan

Religião: Católica – 81%; Muçulmana – 5%; Evangelica – 3%; Iglesia ni Kristo – 2.3%; Aglipayan – 2%; outras cristãs – 4.5%; outras – 2.5%

População: 88,7 milhões*

Membros adventistas: 571.653*

Adventistas per capta: 1:155**145° Relatório Anual dos Arquivos Estatísticos da Associação Geral.

P h i l i p p i n e

S e a

L u zo n

S t ra i t

S o u t h

C h i n a

S e a

S u l uS e a

C e l e b e sS e a

M o r o G u l f

M in d a n a o G u lf

IN D O N E S IA

B R U N E I

B a n d a r S e riB e g a w a n

FILIPINAS

Mani la

MALYASIA

AsFilipinas

A Igreja em Ação

por DentroPor Hans Olson

10 Adventist World | Março 2009

J O H N D U R O E

Visitada em 1521 pelo explorador português Fernando Magalhães e colonizada pela Espanha, as Filipinas leva-

ram o nome de Filipe II, então rei da Espanha, embora, por séculos, tenha sido conhecida pelo nome de outros visitantes vindos da China, Índia e Arábia. As Filipinas são um conglo-merado de 7.100 ilhas ao largo da costa sudeste da Ásia, entre o Mar do Sul da China e o Oceano Pacífico. As ilhas, na sua maioria, são montanhosas, com estreitas planícies costeiras.

Esse arquipélago permaneceu como colônia da Espanha até 1898, quando passou a ser território dos Estados Unidos, como resultado da guerra hispano-americana. Após séculos sob do-mínio estrangeiro, as Filipinas tornaram-se Estado democrático em 1935. Solicitou-se ao presidente eleito, Manuel Quezon, que preparasse o país para a independência durante um período de dez anos de transição. Mas as ilhas foram invadidas pelo Japão em 1941 e, durante a Segunda Guerra Mundial, as forças alia-das, unidas às Filipinas, lutaram para reconquistar o controle.

Os filipinos, finalmente, conquistaram a independência em 1946.

Adventistas nas FilipinasA obra adventista começou vagarosamente nas Filipinas.

O primeiro missionário adventista – um colportor evangelista – chegou ao país em 1905, seguido por várias outras fa-

mílias de missionários no ano seguinte. No entanto, somente seis anos mais tarde, a primeira pessoa

foi batizada. Hoje, tudo mudou: cerca de 600 mil adventistas vivem e adoram a Deus nas Filipinas. À medida que a Igreja Adventista foi

Page 11: Adventist World (Março 2009)

O seu problema é comumente cha-mado de ciática, embora o termo

mais apropriado seja “claudicação neurogênica”. É um problema bastante comum, tornando-se mais frequente nos grupos etários mais avançados.

O grupo de fatores causador do pro-blema é chamado de estenose espinal lombar, que é o estreitamento do canal espinal pelo qual passam os nervos. A redução do canal resulta na compressão dos nervos, provocando dor.

A estenose espinal lombar causa os mesmos sintomas em pessoas mais jovens entre 20 e 40 anos de idade. Tais pessoas nascem com os pedículos ós-seos mais curtos, formando um canal raquidiano mais estreito.

Os processos degenerativos são as causas mais comuns. Neles se desen-volve a artrose ou a degeneração do disco intervertebral, podendo resultar em abaulamento destes, atingindo os nervos; ou a hipertrofia ou inchação dos ligamentos, que podem causar subsequente compressão. A idade típi-ca para o início dos sintomas é entre 60 e 90 anos de idade.

Outras causas são os traumas, e até mesmo uma cirurgia da coluna pode ser seguida de estenose na altura do procedimento cirúrgico ou num espaço acima ou abaixo. O movimento de uma vértebra sobre a outra – a espondilolisto-se – também pode comprimir os nervos.

Pacientes com problema de estenose espinal na região lombar mencionam queixas semelhantes à sua. A dor fica ainda mais forte quando o seu médico levanta a perna sem que o joelho esteja dobrado. Você pode ter dificuldade para caminhar com os olhos fechados porque a posição dos nervos sensoriais pode estar comprometida.

Muitas vezes, a artrose no quadril provoca dor na virilha, que é agravada pela rotação interna do quadril. Essa condição é conhecida como bursite trocantérica, que está associada a um processo inflamatório na parte supe-rior do osso da coxa.

Infelizmente, o tratamento não é fácil. Embora os sintomas não progridam rapidamente, uma melhora rápida também é improvável.

A dor na panturrilha, ao caminhar, não é influenciada pela flexão ou extensão do dorso, ao passo que a estenose espinal lombar geralmente é agravada pela extensão das costas. O espartilho pode ajudar na postura, de modo que pode valer a pena tentar. Quando os medicamentos para a dor – tanto comprimidos como injetáveis – não fizerem mais efeito, o paciente pode considerar a pos-sibilidade de cirurgia. Os sintomas precisam ser suficientemente graves para justificar uma cirurgia. Estudos mostram que cerca de 80% dos

pacientes podem apresentar alguma forma de alívio da dor, após a cirurgia e, pelo menos, um terço reclamará de dor nas costas entre 7 e 10 anos mais tarde.

Os casos mais severos de compres-são radicular são os mais suscetíveis de ter os sintomas aliviados pela cirurgia. Têm sido usados diferentes procedimentos, mas os estudos pre-cisam definir com clareza a melhor abordagem, hoje ainda em número limitado.

Antes da cirurgia, normalmente é feita uma ressonância magnética. É importante manter a força nos músculos e é imperativo evitar as corridas como exercício. Sugerimos que procure um fisioterapeuta ou médico ortopedista para conselhos e sugestão de exercícios.

Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamento do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo do ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde.

Tenho muita dor que irradia das costas para as nádegas e desce pelo lado externo e posterior da perna. A dor piora quando ando muito. Já procurei vários médicos e massagistas, mas a dor sempre volta. Tenho que me acostumar a conviver com a dor?

Dor CiáticaConvivendo

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CrônicaPor Allan R. Handysides e

Peter N. Landless

S A Ú D E N O M U N D O

Março 2009 | Adventist World 11

Page 12: Adventist World (Março 2009)

Um dos hinos que os cristãos gostam de cantar é o clássico “Abrigo na Rocha” (Hinário Adventista, 374), da famosa

compositora Fanny J. Crosby. O coro diz:“No abrigo da rocha me esconde ao calor,Em árida terra de sol;Oculta minh’alma em Seu plácido amor,E cobre-me com Sua mão,Sim, cobre-me com Sua mão.” Parece que a autora se inspirou na experiência de Moisés, no

Monte Sinai, como relata o livro de Êxodo. Não sei se acontece com você, mas tenho certa dificuldade com esse hino. Um dia, peguei minha “boa e velha amiga” Bíblia, um tanto desbotada e rasgada (herdada de meu falecido pai) e, com a ajuda da Concor-dância Bíblica de Strong, fiz uma exegese da narrativa bíblica.

Fiquei EmocionadoA passagem principal, que me conecta a esse hino em par-

ticular, é Êxodo 33:21, 22: “E prosseguiu o Senhor: Há aqui um lugar perto de Mim, onde você ficará, em cima de uma rocha. Quando a Minha glória passar, Eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a Minha mão até que Eu tenha acabado de passar”(NVI).

Tenho que admitir que essa passagem me causa muito espanto. No entanto, um aspecto que sobressai do restante do texto (pelo menos, para mim) é a percepção da “glória de Deus”.

As Escrituras revelam explicitamente que um dos meios de conhecer a Deus consiste em estar exposto aos Seus cami-nhos (Êx 33:13). Parece que a glória de Deus é mostrada em Seu caráter. Em Êxodo 33:18-22, Moisés pede a Deus: “Peço-Te que me mostres a Tua glória.” E Deus respondeu: “Diante de você farei passar toda a Minha bondade, e diante de você proclamarei o Meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem Eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem Eu quiser ter compaixão.” E acrescentou: “Você não poderá ver a Minha face, porque ninguém poderá ver-Me e continuar vivo.” E prosseguiu o Senhor: “Há aqui um lugar perto de Mim, onde você ficará, em cima de uma rocha. Quando a Minha glória passar, Eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a Minha mão até que Eu tenha acabado de passar” (cf. Êx 34:5-7).

Essas passagens apresentam Deus como um Deus de misericórdia e de justiça. E o verso 7 do capítulo 34 indica que o perdão cobre três facetas de nossa queda espiritual: iniquidade, transgressão e pecado.

Em hebraico, iniquidade (avon) significa separar-se da verdade; transgressão (peshah) significa rebelião e pecado (chatt’ah) significa extraviar-se. Tudo isso contrasta com arrependimento (no hebraico, nocham – penitência, tristeza; e no grego, metanoia – mudança de ideia, conversão).

Queda e RestauraçãoEmbora refletido sobre o testemunho de Moisés nessa

incrível epifania, percebi que o conhecimento de Deus é pro-porcional ao benefício recebido de Sua bondade, que significa expor-se à Sua infinita graça e misericórdia. Ele é paciente e compassivo com aqueles que buscam o arrependimento e a renovação. Por outro lado, Ele não ignora a teimosia e a im-prudência dos ímpios; eles, certamente, receberão o seu castigo. Deve ser de nosso interesse buscar Seu compassivo perdão.

O que, na verdade, significa ser perdoado?O próprio Senhor revela que a queda espiritual de uma

pessoa envolve, pelo menos, três etapas. Primeiro, uma pessoa normal, tanto cristã como não cristã, terá a tendência em contradição com a vontade de Deus ou de questionar a validade e aplicabilidade das Escrituras. Como resultado, essa pessoa desrespeitará a suprema autoridade de Deus e, na essência, viverá uma vida de rebelião. No fim, será con-siderada culpada e a redenção estará perdida, a menos que haja uma mudança de atitude.

Embora nosso texto principal (sobre a fenda na rocha) se refira a um fenômeno literal, podemos extrair um signifi-cado simbólico do relato.

Por exemplo, quando resistimos constantemente aos apelos de Deus, nosso coração pode tornar-se tão duro

Nixon de Vera é pastor de Serviços Missionários Internacionais da Igreja de Okinawa, em Okinawa, Japão. Site: www. oicweb.org.

FendaRochaa

n aVendo Deus através dos períodos mais difíceis

D E V O C I O N A L

12 Adventist World | Março 2009

Page 13: Adventist World (Março 2009)

quanto o de Faraó, tão rígido e imóvel como uma rocha (ver Êx 4:21; 7:3). Quando, porém, permitimos que Ele transfor-me nosso coração endurecido, em seguida, através da fenda na rocha, por assim dizer, somos capazes de ver a glória de Deus. Creio que “ver Sua glória” significa, em essência, ser absolvido e restaurado.

O Senhor, em Seu maravilhoso amor, está sempre pronto a interceptar nossa queda, seja ela física ou espiritual, e a vida de José e Moisés, no Antigo Testamento, prova esse tipo de intervenção miraculosa. A certa altura, ambos foram consumidos pelo orgulho e pelo impulso (veja Gn 37:2-11; Êx 2:11, 12). Mas Deus, em Seus caminhos misteriosos, transformou-os dramaticamente (Gn 41:16; Êx 3:11), mudanças que se tornaram evidentes ao longo de seus dias (veja Gn 45:5; Dt 33:3).

Nem todos, entretanto, experimentarão arrependimento genuíno e conversão ao ser expostos à glória de Deus. Como José e Moisés, Faraó também era orgulhoso e impulsivo (veja Êx 5:2-9). Deus trabalhou com ele, conduzindo-o quase ao arrependimento (Êx 12:31, 32). Infelizmente, após testemunhar pessoalmente as manifestações prodigiosas de Deus, o orgulho de Faraó o fez mais obstinado do que nunca (Êx 14:6-9).

Vendo a Sua GlóriaDevemos considerar nossas crenças e motivos sob a luz

da inspiração que recebemos das Escrituras. Quando somos tentados a duvidar da Palavra de Deus, devemos retornar à verdade e nos submeter totalmente à Sua autoridade, em vez de viver meramente para nós mesmos. Assim, devemos permanecer em Sua presença, apesar da atração dos prazeres mundanos e da influência da razão humana. Se, porém, per-sistirmos em resistir ao inabalável amor de Deus, sofreremos a última consequência de separar-nos dEle: morte eterna.

Lembremo-nos, entretanto, de que Deus não tem prazer na morte no ímpio (Ez 33:11). Ao contrário, Ele deseja nos resgatar, se nós permitirmos. Pode ser que sejamos levados a conhecê-Lo melhor por meio dos momentos mais difíceis da vida ou do nosso maior desafio. Como no caso de José, na prisão, e de Moisés, no deserto, as respostas não virão facilmente. Mas descobriremos que as perguntas não res-pondidas podem potencialmente nos levar à transformação da alma e, depois, à restauração.

Portanto, permitamos que o Senhor cubra nossa face com Sua mão direita e, enquanto Ele passar, nos será permitido ver as longas e terríveis cicatrizes nas Suas costas. Ao observarmos fixamente Sua mão através da “fenda da rocha”, perceberemos que as cicatrizes são a total evidência de Sua glória.

Creio que “ver Sua glória” significa, em essência, ser absolvido e restaurado.

FendaRochan aVendo Deus através dos períodos mais difíceis

Por Nixon de Vera

S A M A N T H A V I L L A G R A N / M O D I F I C A D O D I G I T A L M E N T E Março 2009 | Adventist World 13

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– Conte mais coisas – Sara insistia com Lídia, sua vizinha. – Eu preciso saber mais. – A resposta de Lídia foi enfática:

– Não! Agora, não! Preciso ir! Voltarei amanhã para lhe contar mais.

Lídia estava nervosa por estar falando versos bíblicos de esperança e encorajamento na casa de sua amiga. Na China, há 40 anos, a lei não permitia falar sobre Deus ou sobre o evangelho. Ela e Sara eram boas amigas, mas se alguém – in-cluindo os vizinhos e até mesmo crianças – delatasse o que ela estava fazendo, haveria problema para todos os envolvidos e provavelmente Lídia seria punida. Ela estava com medo, embora soubesse que estava fazendo a coisa certa.

Tudo Começou com um SonhoUm dia, ao encontrar Sara doente, Lídia passou a visitá-la

regularmente até sua plena recuperação. Assim, certa noite, Lídia teve um sonho que a deixou perturbada devido à sua vivacidade e senso de urgência. Sentiu que havia um signifi-cado pessoal para ela. Contou o sonho ao esposo e lhe pediu que a ajudasse a interpretá-lo.

“Sonhei que estava em casa e que tinha uma semente”, Lídia contou ao esposo. “Então, ouvi uma voz que me dizia para ir à casa de minha vizinha Sara a fim de plantar a semen-te em seu jardim. Então, eu e Sara plantamos a semente e dela

cuidamos. Nasceu uma árvore pequena e delgada, que cresceu e se transformou numa enorme árvore, de tronco grosso, com muitos galhos e milhares de folhas. Aí o sonho terminou e eu acordei.”

“Isso não se parece com um sonho”, acrescentou ela. “Tenho certeza de que tem um significado e que preciso fazer algo.”

Lídia e o esposo discutiram e oraram sobre o sonho. Assim, ele concluiu que “a única semente que possuímos é o conhecimento das boas novas da vida eterna encontrada na mensagem do evangelho. Acho que Deus quer que você vá e leve a mensagem à sua vizinha”.

“Sei que é perigoso”, ele admitiu. “Deus, porém, está lhe dizendo para ir à casa de sua amiga a fim de partilhar com ela a única semente que você e eu temos – o evangelho de Jesus e a salvação eterna. Apesar das consequências, você tem que fazer a vontade de Deus. Como seguidora de Cristo, cumpre-lhe seguir Suas instruções.”

Lídia concordou com a interpretação do sonho e decidiu que aquela única semente seria um verso da Bíblia, com seu significado. Em cada visita à casa de sua amiga, ela recitava um verso bíblico de esperança e coragem; nada mais.

Dia após dia, Lídia visitava Sara e oravam juntas. No fim de cada dia, Sara esperava seu esposo chegar do trabalho para lhe contar do novo verso de sabedoria e seu significado.

O avanço da obra de Deus na China

Sonho,

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Um

Por Eve Harper

V I D A A D V E N T I S T A

Sementeuma

AmıgosDoıs

14 Adventist World | Março 2009

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Um dia, Sara e sua família foram batizadas. Desse modo, as duas famílias formaram uma igreja do lar, cujos membros se reuniam todos os sábados, para o culto. Outros, ao perce-berem alegria e paz na vida de seus amigos, decidiram unir-se aos crentes e, assim, mais igrejas foram criadas nos lares. Esses crentes tiveram filhos e filhas, que eram estudiosos e trabalha-dores, mas que não podiam continuar seus estudos devido à falta de liberdade de consciência para alunos que guardavam o sábado. Impelidos pela sede de conhecer mais, eles se dedi-caram totalmente ao estudo das Escrituras.

Passando a Chama

As famílias da igreja do lar sentiam-se privilegiadas pelo fato de possuir uma Bíblia, mas o ânimo aumentou muito mais quando descobriram que vários membros tinham livros de escritores cristãos e da oradora Ellen White (1827-1915). A senhora White viajou pela Europa como palestrante e, mais tarde, morou na Austrália. Seus livros foram traduzidos para várias línguas, incluindo o chinês e, ao ler alguns desses livros, os recém-conversos foram encorajados e ensinados a viver de modo mais saudável e espiritual. Os filhos de Sara, que eram adolescentes, tomaram emprestados de outras pessoas alguns dos livros de Ellen White e os copiaram palavra por palavra, em papel costurado manualmente, formando um livro.

Logo, muito mais pessoas se uniram à família de fiéis. Os filhos, tanto os de Sara como os de Lídia, tornaram-se professores das Escrituras e líderes da igreja que crescia.

Com base nos livros de Ellen White, aprenderam a plane-jar, se organizar, ser mais saudáveis e felizes e como trabalhar sabiamente pelo bem da comunidade.

A semente havia sido plantada, crescido e se tornado em sólido tronco que começava a ter galhos.

Avançando Rapidamente

Transportando-nos rapidamente para os dias de hoje, vamos a uma das maiores cidades do nordeste de China. Trata-se de uma cidade industrial, em crescimento, com 7,3 milhões de habitantes, que está se espalhando, desfrutando estabilidade, prosperidade e liberdade de culto. Os cidadãos que creem em Deus e guardam o sábado, semanalmente, en-tram numa linda e grande igreja para adorar o Deus do Céu.

Nessa congregação, os fiéis começam a chegar às cinco horas da manhã para orar, quando os raios do Sol começam a iluminar a torre, o relógio e a cruz dessa linda igreja. Uma vez lá dentro, a primeira impressão é a de estar em uma catedral ao ar livre, enquanto os raios de luz atravessam o teto de vi-dro, quatro andares acima. Os membros chegam preparados para estudar e aprender com Bíblias, cadernos, canetas, lápis e outros materiais. Sentam-se em bancos designados para o estudo. Em frente a cada membro, preso ao banco, há um gancho para dependurar o lanche, que eles comem no inter-valo das atividades da manhã e da tarde.

O primeiro estudo bíblico congregacional começa às 7 horas, seguido pelo estudo bíblico adicional às 8, 9 e 10 horas. Às 11, mais de quatro mil pessoas se reúnem para o culto a Deus, orando, cantando e adorando.

Os adoradores estão gratos por terem o prédio da igreja, onde podem reunir-se livremente. Dizem que não se esque-cem de orar por aqueles que não têm liberdade de culto.

A Semente Tornou-se Árvore

Lídia e Sara continuam a adorar nessa igreja, que repre-senta o tronco da semente que plantaram há 40 anos. É uma grande árvore de fé com muitos galhos e incontáveis folhas. As sementes estão se alastrando e a alegria da vida pura está sendo plantada.

O sonho se tornou realidade.

*Os nomes mencionados neste artigo são pseudônimos.

Da esquerda para a direita: ESTUDIOSOS: Os membros da igreja vêm preparados para estudar e aprender da Bíblia, todos os sábados, trazendo cadernos, canetas, lápis e outros materiais. Sentam-se em bancos apropria-dos para o estudo. TRONCO DA ÁRVORE: Cada sábado, cerca de quatro mil fiéis adoram a Deus nessa igreja que cresceu rapidamente na China, cujas raízes se origina-ram há 40 anos, com duas famílias, em uma igreja do lar.LIVROS COPIADOS À MÃO: Jovens chineses copiaram a série Conflito dos Séculos, de Ellen White.

T O D A S A S F O T O S S Ã O C O R T E S I A D E E V E H A R P E R

Eve Harper está elaborando um curso para que professores e alunos universitários aprendam a língua e a cultura chinesa. Ela escreve de Massachusetts, Estados Unidos.

Março 2009 | Adventist World 15

Page 16: Adventist World (Março 2009)

HomensdePescadores

Da esquerda para a direita: LOUVOR NO CAMPUS: O

Departamento de Ministério da Universidade Sahmyook, na

Coreia, mobiliza professores, alunos, pastores e outros, para

evangelizar o alto número de alunos não adventistas da

escola. Ao lado, alunos louvando e adorando a Deus.

PRÉDIO ADMINISTRATIVO: Prédio Centenário da

Universidade Sahmyook

Da esquerda para a direita: LOUVOR NO CAMPUS: O

Departamento de Ministério da Universidade Sahmyook, na

Coreia, mobiliza professores, alunos, pastores e outros, para

evangelizar o alto número de alunos não adventistas da

escola. Ao lado, alunos louvando e adorando a Deus.

PRÉDIO ADMINISTRATIVO: Prédio Centenário da

Universidade Sahmyook

16 Adventist World | Março 2009

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A Universidade Sahmyook, na cidade de Seul, Coréia, tinha muito a comemorar ao completar seu centenário,

em 2006. Denominado Colégio Euimyung, quando foi fundado há mais de 100 anos, o que então era considera-do uma pequena escola tem hoje 5.500 alunos em 33 carreiras acadêmicas, com seis faculdades e quatro escolas de pós-graduação. Sahmyook tem oferecido educação teológica durante 60 dos seus 103 anos de história. Desde 1967, outros departamentos foram adiciona-dos gradualmente. A universidade foi transferida, em 1949, para a localização atual de 80 alqueires, situada a 20 quilô-metros do centro de Seul.

Inundado por Alunos

Todo mês de janeiro, mais de dez mil jovens ansiosos lotam o campus da Universidade Sahmyook, para se candi-datar a uma vaga. Apenas 10% deles, ou 1.242, a maioria não-adventista, é aceita como novos alunos. A porcentagem de candidatos adventistas aceitos é maior do que a de não-adventistas, embora o número atual de alunos adventistas aceitos anualmente varie em torno de duzentos.

Os professores e funcionários da Universidade Sahmyook veem essa situação como uma oportunidade para cumprir a missão, ao observar que, a cada ano, mil novas pessoas “invadem” a escola em busca da verdade. A ju-ventude exuberante que caminha pelo campus é uma lembrança dos peixes que lotavam a rede de Pedro, em res-posta à ordem de Jesus: “Vá para onde as águas são mais fundas, e a todos: Lancem as redes para a pesca” (Lc 2:4, NVI). A questão agora é: como lidar com essa situação?

Sanglae Kim, Ph.D, é professor de Teologia e capelão-chefe na Universidade Sahmyook.

A R T I G O D E C A PA

HomensPor Sanglae Kim

Estratégias para missão da Universidade Sahmyook

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A R T I G O D E C A PA

Princípio Triplo SA Universidade Sahmyook dirige

um ministério multidirecional no cam-pus para levar esses jovens ao Senhor. O ministério funciona com o apoio ad-ministrativo e financeiro da escola, que mobiliza pastores, professores e alunos cristãos. A capelania denomina essa abordagem missionária de “Princípio Triplo S”, um acrônico de Espirituali-dade, Sistema e Estratégia (Spirituality, System and Strategy, em inglês).

Usando o princípio da espirituali-dade, a capelania estabeleceu o seguinte modelo para a missão do campus: 1) O campus não é visto como emprego, mas como campo de batalha para ganhar pessoas para Cristo; 2) os alunos preci-sam de salvação, cuidado e treinamento; 3) ensino, aconselhamento e companhei-rismo são métodos de aproximação.

Aproximação OrganizadaSahmyook criou um sistema

organizado para educação na fé e na

missão. Educação na fé é parte do currículo. Os requisitos incluem; 1) Realização de 12 créditos em disciplinas sobre a Bíblia, durante seis a sete semestres; 2) frequência às reuniões da capela uma vez por semana; (3) assistir à Semana de Oração a cada semestre; (4) assistir aos cultos aos sábados, durante o primeiro ano de estudo.

A capelania se esforça para oferecer educação adequada, com base religiosa, por meio da mobilização e da orga-nização dos recursos humanos e das estratégias de formação.

A força desse sistema está em seus recursos humanos. Muitos pastores fazem parte do corpo docente da Uni-versidade Sahmyook – professores de Teologia e de Bíblia em tempo integral, e pastores/professores que lecionam nos departamentos de suas áreas de especialização. A Associação local também designa pastores jovens e ca-pacitados para trabalhar no ministério

do campus por um ou dois períodos de quatro anos. Todos os pastores orientam e auxiliam os alunos.

A educação baseada na fé emana dos professores, em cada departamento, pelo fato de eles serem mentores mais influentes para os alunos. Eles apoiam o trabalho da missão mediante aconse-lhamento e trabalho, esforçando-se para ser bons exemplos para os jovens.

Isso não é tudo. Quarenta alunos do segundo ano de Teologia estão totalmente integrados no ministério do campus. Servem como pastores em cada departamento. Alunos adventistas voluntários devotam-se à missão. São chamados JAS (acrônimo de Jovem Adventista de Sahmyook). Eles abordam os outros alunos como colegas e realizam muitas coisas que os pastores e professores não conseguem. As três fontes de cooperação humana engajadas no ministério do campus são conhecidas como Três Ps: Pastores, Professores e Parceiros.

Direita: FRUTOS DO TRABALHO: Centenas

de alunos são batizados como resultado do

programa Ministerial do Campus.

C O R T E S I A D A U N I V E R S I D A D E S A H M Y O O K

Esquerda: ESTUDANDO JUNTOS: Os pequenos grupos de estudo da Bíblia é um entre os vários métodos de evangelismo utilizados. Abaixo: LÍDERES ESTUDANTIS: Alunos universitários dirigem culto de capela.

Esquerda: ESTUDANDO JUNTOS: Os pequenos grupos de estudo da Bíblia é um entre os vários métodos de evangelismo utilizados. Abaixo: LÍDERES ESTUDANTIS: Alunos universitários dirigem culto de capela.

18 Adventist World | Março 2009

Page 19: Adventist World (Março 2009)

De Volta às RaízesAs aulas de Bíblia e as capelas

são a base da educação religiosa, na Universidade Sahmyook. Os pastores aconselham pessoalmente os alunos a frequentar essas aulas.

Boyung Lee, formanda em enferma-gem, conheceu Jesus nas aulas de Bíblia, durante o primeiro ano da faculdade. Ela foi influenciada por seu professor, que respondeu pacientemente às suas muitas perguntas. Hoje, ela faz parte dos JAS e serve como diretora da Escola Sabatina.

Além das aulas de Bíblia, outras abordagens são necessárias:

1. Culto de Sábado – A Universi-dade Sahmyook mantém um sistema de frequência aos sábados para os no-vatos. Todos os líderes de fé procuram tornar o sábado o dia mais atrativo da semana. Desde o primeiro sábado no campus, os alunos encontram o que não experimentam em nenhuma outra universidade. Recebem calorosas boas-vindas às reuniões da Escola Sabatina, preparadas pelos colegas que são líderes dessa atividade. Os professores se reú-nem com pequenos grupos de alunos e conversam com eles. Quando a Escola Sabatina termina, os alunos se reúnem no auditório principal e participam de um culto evangelístico.

Um almoço de confraternização é ser-vido, e cada semana os departamentos se revezam para preparar e servir a refeição.

A escola organiza e oferece quatro tipos de culto de sábado, no campus: estilo “formal” de culto, para membros regulares; culto “aberto”, para novatos; culto “jovem”, para treinar alunos adventistas no evangelismo; e culto em “inglês”, para os interessados em ouvir e se comunicar nessa língua.

2. Semana de Oração – A semana de oração é o evento de fé mais impor-tante do semestre. Durante essa semana de ênfase espiritual, muitos alunos encontram a essência da fé cristã. A Palavra de Deus, a oração e o louvor enchem o campus.

Entre as semanas de oração realiza-das recentemente, a resposta positiva dos alunos foi evidente na parte do programa denominada pelos adminis-

tradores da escola de “Compartilhando com os Jovens a História da Minha Vida e Minha Fé”. Nesse quadro, adven-tistas que se destacam na política e em áreas acadêmicas são entrevistados pelo capelão-chefe da universidade.

Yena Park, aluna do curso de Assistente Social, não conhecia o cris-tianismo até entrar na universidade. No outono de 2006, ela teve uma forte experiência que a levou às lágrimas en-quanto ouvia o pregador durante uma Semana de Oração. O Espírito Santo trabalhou em seu coração e transfor-mou sua vida. Hoje, Yena é responsável pelos cultos dos JAS.

3. Festivais Para Encorajar e Incen-tivar Líderes Estudantis – Cerca de 200 membros do JAS (excluindo os alunos de Teologia) dedicam-se ao ministério do campus na Universidade Sahmyook. Eles instruem os novos crentes e os ajudam a se adaptar à igreja. Mas os líderes estudantis também precisam de alimento espiritual; por isso, os progra-mas são organizados com o objetivo de reforçar o seu crescimento espiritual. O festival Segunda Vinda de Jesus (SV) é um evento de três dias, realizado perto do fim de cada semestre. Seu propósito é fortalecer e encorajar os líderes de fé. Outro evento – Festival dos Pequenos Grupos – é realizado fora do campus, durante as férias de verão e inverno. Os líderes estudantis desenvolvem fortes laços de amizade durante esse festival.

4. Viagem Missionária ao Exterior – Outro importante programa de fé realizado durante os recessos escolares são as viagens missionárias a outros países, durante as quais muitos alunos descobrem a autêntica fé. Mesmo os não-crentes, que simplesmente desejam servir a outros, participam dessas aventuras e, como resultado, geralmente aceitam a Cristo como seu Salvador. Nada melhor para desenvolver a fé do que o serviço prático conectado a programas missionários. Em 2007 e 2008, onze e doze equipes saíram res-pectivamente de Sahmyook, em viagens missionárias para a Rússia, Mongólia, Filipinas, Taiwan, China e outras regiões do mundo.

Abordagem PessoalJongsook Song, aluna de pós-gra-

duação em inglês, conheceu e aceitou a Cristo quando era aluna da escola, e fez do evangelismo, entre seus colegas, sua prioridade. Mesmo fazendo pós-gradu-ação, continua a servir no ministério do campus.

O formando em farmácia Sungwon Yoo tinha uma ideia negativa dos cristãos. Contudo, aceitou as crenças adventistas pela influência de outro aluno do segundo ano do curso teo-lógico. Sungwon concentra-se agora na evangelização de outros alunos no grupo da missão em seu departamento.

Essa reportagem é muito breve para contar as histórias de todas as vidas que foram trasformadas na Universidade Sahmyook, mas centenas de alunos aceitam a Cristo todos os anos e são batizados. Em 2008, mais de 460 alunos foram batizados até o princípio de dezembro. O principal alvo do programa espiritual na uni-versidade é ajudar esses novos fiéis a crescer na fé e aprender como passá-la a outros.

Sahmyook dedica seus melhores esforços para levar jovens a Cristo. Professores e administradores da escola sabem muito bem que todo o trabalho é realizado pelo poder do Espírito Santo. “Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espí-rito Santo” (1Co 12:3). Pelo fato de os líderes reconhecerem essa verdade, a capelania formulou um manual com as diretrizes desse ministério: 1) Oração versus Programa; 2) Qualidade versus Quantidade; e 3) Relacionamento versos Relatórios. Esse é o código pelo qual eles vivem, porque sabem que, apesar de a rede de pesca da Universi-dade Sahmyook ser estreita e densa, ela também pode ser rasgada a qualquer momento. Mas estão se esforçando para fazer o seu melhor e consertar a rede regularmente.

Jesus disse: “Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19). Esse chamado tem sido ouvido e aceito claramente na Universidade Sahmyook.

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Quando você pensa em Deus Pai, que imagem vem à sua mente?

Como um Deus todo-poderoso e onisciente, mas distante e muito ocu-pado com o Universo? Ou, talvez, sua ideia a respeito do Pai seja vaga, como era a minha até eu descobrir quão frequentemente a Bíblia fala sobre Ele. O modo com que vemos nosso Pai celestial é muito importante, porque também afeta nosso modo de ver Jesus e a salvação, e como lemos o que toda a Bíblia tem a dizer.

A maioria de nós já tem uma ideia do que significa “pai”, o que pode ou não ajudar nossa tentativa de conhecer nosso Pai celestial.

A imagem mental de meu pai mudou ao longo dos anos. Não sei que tipo de pai você teve: austero e forte, fraco e imaturo, amável e cuidadoso, ou um pouco de cada tipo. Conheço pessoas cujos pais parecem ser tudo o que um filho e uma filha desejam. Mas também conheço pessoas cujos pais são assustadores.

Estou certo de uma coisa: nenhum pai é perfeito. O meu não é, como ele mesmo admite. Estou longe de ser o pai perfeito para meus filhos. Mas conheço Alguém que é perfeito, porque esteve ao meu lado quando não havia mais ninguém.

Nossa ideia do que deve ser um pai é distorcida por nossa própria experiên-cia ou limitada por nossa compreensão imperfeita. Por isso é que Deus fala conosco como um Pai. Para ajudar-nos a compreender e, mais importante, para ser perfeito conosco, como nenhum ser humano pode ser.

A que se parece nosso Pai celestial? Ele nos disciplina pelo fato de nos amar e conhece melhor do que nossos pais humanos nossas necessidades reais.

Há uma passagem específica no Novo Testamento que aprecio muito, porque contrasta nosso pai humano com nosso Pai celestial. Ela diz que pais humanos nos corrigiam “segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento”

(Hb 12:10). Em outras palavras, nossos pais, por mais que tentem, jamais poderão ocupar o lugar de Deus em nossa vida.

Meu pai terreno fez o que lhe parecia o melhor para mim (na maior parte do tempo!); meu Pai celestial, porém, sabe o que é melhor para mim (o tempo todo). Não apenas por me conhecer melhor do que eu mesmo, mas também porque sabe o que acontecerá no futuro; e – o mais importante – Ele sabe do que preciso para me tornar segundo Seu pro-pósito. E Ele cumprirá o plano que tem para minha vida. É por isso que, quando nos aproximamos de Deus em oração, podemos fazê-lo confiantemente, porque nosso Pai celestial sabe do que precisa-mos antes de pedirmos a Ele (Mt 6:8).

Deus é pequeno o suficiente para cuidar de nossas pequenas preocupa-ções (não apenas fazer de conta, como faço com minhas crianças, às vezes). Jesus disse que o Pai sabe o número de cabelos de nossa cabeça (Mt 10:29-31). Podemos confiar que Ele cuidará de tudo o que estiver relacionado a nós. Ao mesmo tempo, o Pai é tão grande a ponto de reger o Universo e providen-ciar uma solução para o pecado muito antes de ter surgido (1Pe 1:20; Ap 13:8)

Tal Pai, Tal JesusMeu Pai celestial é forte como a

rocha (Dt 32:4; Sl. 46:1). “Ele é minha

O Pai

Meu

Deus, o Eterno Pai, é o Criador, o Originador, o Mantenedor e o Soberano de toda a criação. Ele é justo e santo, compassivo e clemente, tardio em irar-Se e grande em constante amor e fidelidade. As qualidades e os poderes manifestos no Filho e no Espírito Santo também consti-tuem revelações do Pai. (Gn 1:1; Ap 4:11; 1Co 15:28; Jo 3:16; 1Jo 4:8; 1Tm 1:17; Êx 34:6, 7; Jo 14:9.)

N Ú M E R O 3ConhecaEu O conheço pessoalmente e você também pode conhecê-Lo

Por Clinton Wahlen

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Paı

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força quando estou fraco. É o tesouro que procuro. Ele é meu tudo em tudo.”1 Às vezes, somos infiéis, mas Ele é sempre fiel pelo fato de que não pode negar Sua natureza (2Tm 2:13). Ele quer nos adotar em Sua família, dando-nos o Espírito como um selo da nossa ligação com Ele e pelo fato de pertencermos à Sua família. De igual modo, o Espírito nos dá coragem para nos achegarmos “confiantemente” ao Seu trono de graça e clamarmos a Ele, do modo mais íntimo (e respeitoso) possível: “Abba, Pai!” (2Co 1:21, 22; Rm 8:14, 15).

Uma vez que Deus é nosso Pai, Ele merece mais honra do que qualquer pai terrestre; por isso, Ele nos pede que O amemos mais do que ao nosso parente mais próximo (Dt 33:9; cf. Ml 2:10; 1:6; Mt 10:37).

Mas o fato mais impressionante so-bre nosso Pai celestial é que Seu caráter é exatamente como o de Jesus. Como Ele mesmo lembrou a Tomé: “Quem Me vê a Mim vê o Pai.” Ele diz que o Pai “faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Jo14:9; Mt 5:44, 45).

Às vezes, respondendo às nossas súplicas, nosso Pai celestial decide dar-nos “coisas boas”. Ele, porém, está determinado a conceder-nos constan-temente o Seu melhor (Mt 7:11; veja também Lc 11:13; Mt 16:17; 18:19), em-bora, muitas vezes, não consigamos ver isso. Mas o melhor presente de todos é ilustrado pela parábola que fala mais do que qualquer outra sobre o Pai: a pará-bola do filho pródigo. Essa parábola nos ensina que, embora sejamos ingratos, enganosos e perdulários, o Pai anseia por nosso regresso. Ao primeiro vislum-bre de nossa mudança de coração, Ele corre para nos encontrar, nos abraça e beija, e nos dá provas abundantes de Sua aceitação e amor eterno (veja Lc 15:11-32).

O Pai amou o mundo de tal maneira que deu Seu único Filho. O Pai é “mise-ricordioso e piedoso, tardio em irar-Se e

grande em beneficência e verdade”. Ele perdoa, mas não tem o culpado como “inocente” (Jo 3:16; Êx 34:6, 7). Ele perdoa o pecado, mas não o tolera para sempre. Chegará o dia (as Escrituras o chamam de “Seu estranho ato”) em que o Pai fará o que nunca fez antes (Is 28:21). Ele destruirá para sempre a parte de Sua criação que não pode ser redimida, mais especificamente, os que se recusaram a ser redimidos, consu-mindo pecado e pecadores com chamas como nunca antes.

Essa destruição com fogo dará lugar a uma nova criação e, pela última vez, o Pai transformará uma maldição em

bênção, tornando novas todas as coisas, permitindo que a Terra fique mais bonita e as pessoas que nela habitarem sejam mais amorosas.

O Sim de DeusAprendi que os pais, às vezes, dizem

“sim” quando, na verdade, querem dizer “não” e, às vezes, dizem “não” quando nós, como crianças, queremos apenas ouvir “sim”. Mas com nosso Pai celestial “sim” sempre significa “sim” e “não” sempre significa “não”. E quan-do a resposta para nossas orações é “não”, ao mesmo tempo significa “sim” para algo melhor. Entretanto, isso leva tempo para ser compreendido, mas devemos confiar e crer que “todas as coisas contribuem para o bem”. Pode ser que, nesta vida, nunca venhamos a

compreender isso, mas temos a certeza de que, um dia, Deus – como Pai ma-ravilhoso que é – enxugará dos olhos todas as lágrimas e fará novas todas as coisas (Rm 8:28; Ap 21:4, 5). Como podemos desejar um Deus melhor do que esse?

Por certo, aprenderemos uma coisa através da eternidade: Ele é infinita-mente melhor do que nossa limitação humana possa imaginar; e precisaremos de não menos que uma eternidade para reconhecer isso. Portanto, procuremos amá-Lo mais e mais... para sempre! El-len White disse: “E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais

abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhe-cimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter.”2

1 Adaptado da letra de Dennis Jernigan, Shepherd’s Heart Music, 2002.2 O Grande Conflito, p 678.

Clinton Wahlen é diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral

da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

Meu pai terreno fez o que lhe parecia ser o melhor (quase sempre!), mas meu Pai celeste sabe o que é melhor para mim (sempre!).

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Apresença de Ellen G. White na Igreja Adventista do Sétimo Dia é significativa. Cremos que ela possuía o dom profético. Hoje, como no passado, ainda exerce influência na vida da igreja. Qual é a natu-

reza de sua contribuição para o desenvolvimento da doutrina adventista do sétimo dia? Alguns alegam ser ela a fonte dessas doutrinas.

As doutrinas adventistas do sétimo dia foram resumidas em 28 crenças fundamentais. Algumas dessas crenças são co-muns a outras denominações cristãs: a doutrina de Deus, da criação, pecado, salvação. No entanto, temos algumas crenças que nos distinguem de todas as principais denominações do mundo. Essas crenças são o milênio pós-advento, o sábado do sétimo dia, o ministério de Cristo no santuário celestial,

Por Kwabena Donkor

o julgamento pré-advento, as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 e a imortalidade condicional da alma. Para descobrir a contribuição de Ellen White, concentremo-nos especialmente no seguinte:

Fonte das CrençasNo desenvolvimento das doutrinas cristãs em geral,

é possível detectar influências diretas e indiretas. Ao prosseguir com nossa pesquisa, pode ser útil explorar a contribuição de Ellen White a partir de duas perspectivas. Houve contribuição direta, de sua parte, para as doutrinas exclusivamente adventistas?

Embora fosse profetisa, pode ser uma surpresa o fato de Ellen White não ter exercido influência direta e expressiva sobre o desenvolvimento de nossas crenças doutrinárias. Por exemplo, a doutrina do sábado do sétimo dia veio pela influ-ência dos Batistas do Sétimo Dia; a doutrina da imortalidade

Estudo bíblico cuidadoso produziu a regra de nossa fé

A R Q U I V O S D A R E V I E W & H E R A L D

P U B L I S H I N G A S S O C I A T I O N

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

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condicional veio principalmente por meio de George Storrs, membro do movimento milerita. A doutrina do santuário, o julgamento pré-advento e o significado do sábado do sétimo dia nos tempos do fim, vieram de pioneiros como O. R. L. Crosier e José Bates. O movimento milerita já falava nas três mensagens angélicas. Isso significa que Ellen White não teve nenhuma influência sobre o desenvolvimento da doutrina adventista do sétimo dia? De maneira alguma. Encontramos sua influência de maneira indireta.

Pioneiros da FéComo regra geral, os pioneiros da Igreja Adventista do

Sétimo Dia chegaram às suas crenças distintas pelo intenso estudo da Bíblia. Durante o período entre 1848 e 1850, foram realizadas aproximadamente 23 conferências bíblicas durante as quais nossas crenças distintas foram desenvolvidas. Nessas conferências, os pioneiros se reuniram para estudar e orar, às vezes, durante toda a noite. Ellen White lembra que, por anos, não conseguia compreender o raciocínio dos “irmãos” e o significado dos assuntos que estudavam nas Escrituras. “Minha mente estava nessa condição,” ela escreve, “até que todos os principais pontos de nossa fé se tornaram claros em nossa mente e em harmonia com a Palavra de Deus.”1 Aparentemen-te, Deus não queria que Seu povo fizesse atalhos nas questões bíblicas fundamentais, dependendo exclusivamente das visões de Ellen White. Sua influência veio de várias formas indiretas.

Clareza e ConfirmaçãoUm modo indireto, mas importante, de Ellen White

influenciar no desenvolvimento das doutrinas foi por meio de suas visões, que confirmavam as conclusões a que levava o estudo bíblico. Esse fenômeno ocorreu várias vezes durante as conferências bíblicas citadas acima. Pelo menos uma vez, uma visão de Ellen White ajudou a resolver opiniões divergentes so-bre uma doutrina emergente. Houve divergência sobre quando se iniciava a observância do sábado. As opiniões variavam entre a meia-noite de sexta-feira, o nascer do sol de sábado, às seis da tarde na sexta-feira ou ao pôr-do-sol de sexta-feira.

J. N. Andrews foi incumbido de estudar o assunto e apre-sentar suas conclusões numa conferência em Battle Creek, em novembro de 1855. Ele concluiu que o horário para começar o sábado era no pôr-do-sol de sexta-feira. Mesmo após Andrews apresentar seu estudo, Ellen White e José Bates mantinham a opinião de que seria às seis horas da tarde, sendo corrigidos apenas por uma visão poucos dias após o relatório de Andrews.

Um Guia de ConsultaNos tempos em que as crendices eram muito fortes nas

igrejas, Ellen White foi um instrumento para encorajar a igreja a ser fiel à Bíblia como única fonte de fé e prática. Ela era firme no princípio da “Bíblia e a Bíblia somente, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas”.2

Esse compromisso com a primazia das Escrituras, o qual per-meou o pensamento dos pioneiros, continua a ser enfatizado no pensamento adventista de hoje.

A maioria dos sistemas doutrinários possui coerência in-terna porque, consciente ou inconscientemente, um conjunto de doutrinas de uma igreja tem um centro que os une, for-mando um sistema. Um dos resultados fundamentais da visão de Ellen White, em 1858, sobre o grande conflito, consistiu em dar aos adventistas uma perspectiva de pensamento que trouxe coerência e significado às doutrinas. Certamente, Ellen White não foi a primeira a falar sobre o conceito do conflito cósmico entre o Bem e o Mal. Entretanto, a lei de Deus e o sábado do sétimo dia sendo colocados no centro do conflito foi uma nova perspectiva. O significado do grande conflito sobre o desenvolvimento da doutrina adventista não deve ser minimizado. Ele ressalta textos bíblicos, dando uma perspec-tiva que de outra forma teria sido perdida. Ele dá à igreja uma filosofia da história e explica o inexorável compromisso da igreja para com a lei de Deus e com as doutrinas relacionadas com o decorrer da História.

O Dom da GraçaDesde o início, os adventistas do sétimo dia estão centra-

dos na missão, pregando a mensagem que chama o povo de volta às verdades bíblicas negligenciadas, inclusive a lei de Deus. Alguns, entretanto, foram levados a enfatizar exagera-damente a “verdade” da lei e a negligenciar a graça de Cristo. Contra aqueles que insistiam dizendo: “Você não deve se fixar na justiça de Cristo, dando-lhe tanta importância. Deve pre-gar sobre a lei,” Ellen White observou: “Como povo, pregamos tanto sobre a lei até nos tornarmos secos como os montes de Gilboa, onde não caía orvalho nem chuva. Devemos pregar Cristo na lei, e haverá seiva e nutrição na pregação que será como alimento para o faminto rebanho de Deus.”3 Os conse-lhos de Ellen White salvaram a igreja do enfoque legalista nas declarações públicas.

Os adventistas do sétimo dia têm em alta estima o dom profético de Ellen White. Contudo, nem Deus nem os pioneiros consideraram ser necessário desenvolver as doutrinas diretamente de seus escritos, visões ou direção pessoal. As doutrinas foram desenvolvidas a partir de intenso estudo da Bíblia.

1 The Early Years, p. 145. 2 O Grande Conflito, p. 595.3 Materiais de Ellen G. White, de 1888, p. 560.

Kwabena Donkor é diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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doutrinaadventista

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Harry W. Miller (1879-1977), um dos mais competentes cirurgiões do mundo, desenvolveu uma brilhante carreira ao longo de 58 anos. Na China, ele tratava, com o mesmo interesse, altos funcionários do governo, ricos e pobres. Durante a I Guerra Mundial, serviu como diretor médico do Washington Sanatorium (hoje Hospital Adventista de Washington), re-tornando à China em 1925. Ele trabalha-va com soja, criando produtos saborosos e práticos. Sua realização mais importante foi o leite de soja, saboroso, acessível e que salvou a vida de muitos bebês chineses. Em 1956, Miller recebeu a Estrela Azul da China, a mais alta comenda do país, do Generalíssimo Chiang Kai Shek. Aos 90 anos de idade, Miller continuava sendo consultor da Organização Mundial de Saúde e da Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas. Ainda fazia frequentes viagens à Àsia,1 embora dissesse que não faria!

O Dr. Miller estava caminhando com Stella Houser, uma de suas alunas

mais antigas, quando ela perguntou sobre seus planos para o futuro. Como ex-secretária da Comissão das Missões Estrangeiras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela estava constantemente à procura de novos missionários.

− Penso que continuarei fazendo cirurgia e dando aulas – respondeu ela.

− Por quê? − Porque acho que seria maravilhoso

se o senhor e sua esposa fossem para a China – disse ela, honestamente. Casu-almente, ele conversou sobre o assunto com Maude, sua esposa. De repente, as perguntas começaram a se atropelar. Será que havia um plano divino por trás disso? Como seria a China? Eles sabiam pouca coisa sobre aquele país, ou seja, que existiam duas cidades: Pequim

e Xangai, que produziam tintureiros chineses.

Levando o Serviço a SérioMiller falou com seu ex-colega de

quarto, Arthur Selmon, cuja noiva – Ber-tha – também era médica. ... Ele e Bertha se ofereceram para ir, [assim como] duas enfermeiras. ... A ideia foi crescendo. Uma coisa era decidir ir para a China, outra era chegar lá. Ninguém do grupo possuía mais do que alguns centavos no bolso.

Stella […] passou a notícia para o secretário na mesa da Missão. Más notícias chegaram como resposta: “... a comissão não tem fundos para enviá-los”. Se tivessem de ir, teriam que encontrar um meio de conseguir, por eles mesmos, o dinheiro e o transporte.

A China tornou-se [...] assunto de muito estudo. Equipados como numa aula de estudos sociais da sétima série, eles escreveram cartas para as missões da China. ... Compraram um livro de missões intitulado Características Chine-sas e estudaram sobre J. Hudson Taylor, o missionário metodista pioneiro. ... Mesmo indo como médicos, eles neces-sitariam de literatura cristã. Tinham que imprimi-la por conta própria. ... Quanto mais aprendiam sobre as características dos chineses e sua complexa língua, mais proibitivo se tornava o desafio. ... A tarefa requeria mais perseverança e sacrifício do que tinham imaginado. Oraram muito para ter a certeza de que estavam no caminho certo.

Fazendo a EscolhaQuando o Dr. John Harvey Kellogg

soube dos planos deles, resolveu dissu-adi-los da ideia. ... Ele disse que havia altas posições esperando por eles em muitos hospitais e escolas de medicina. Ele foi bem incisivo, mas as necessi-dades da China sobressaíam diante da alternativa atraente. A decisão de dis-cordar do Dr. Kellogg era uma atitude

cheia de incertezas quanto ao futuro em um país que havia se tornado a sepultura de muitos missionários bem-intencionados, que foram antes deles.

Viagem da Distância de um Oceano

Várias pessoas prometeram ajuda financeira, o que os futuros missioná-rios consideraram como inequívoca resposta às orações. ... As peças do que-bra-cabeça começaram a se encaixar. … A Associação de Ohaio, à qual Miller pertencia, e a Associação de Iowa, de onde veio Selmon, concordaram em pagar o transporte e contribuir com um pequeno auxílio no primeiro ano – cerca de sete dólares por semana para cada família. Com essa ajuda, deveriam pagar as enfermeiras. As associações lhes conferiram credenciais de ministro e [...] enviaram o pequeno e abnegado grupo para seu destino, ordenados para o ministério médico na China.

... Logo descobriram que o transpor-te marítimo mais barato era a terceira classe; na realidade, na proa do navio canadense Imperatriz da Índia. A passa-gem custava 100 dólares por pessoa. ... A viagem se mantinha vívida na mente do Dr. Miller: “Na tarde do dia 3 de outubro de 1903, enquanto o Imperatriz se afastava do cais, subimos para o convés, confiantes no início de nossa grande aventura. Desfilávamos para cima e para baixo no navio, afirmando uns aos outros que seríamos bons marujos. Com arrogância, como sempre, nenhum de nós ficou enjoado, nem mesmo um pou-co. Mas estávamos em águas calmas, tão serenas como um lago no jardim. Exceto pela vibração dos motores, percebia-se muito pouco movimento.

“Fizemos uma breve parada em Vitória e seguimos em frente para as águas profundas. A essa altura, já estáva-mos todos na cama e o navio começou a balançar. Se tivesse balançado apenas em

Vagaroso NavioH E R A N Ç A A D V E N T I S T A

Raymond S. More dedicou grande parte de sua carreira como educador, tanto em instituições

públicas como adventistas.

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uma direção, não teria sido tão mal, mas balançava para todos os lados e o tempo todo. Uma sensação horrível se apoderou de mim. Selmon e eu estávamos na mes-ma cabine hermética, e as quatro mu-lheres na outra. Em seguida, ficamos tão enjoados que nenhum de nós conseguia ir ver como estavam as mulheres.

“ ‘Certamente isso passará logo’, confortávamos um ao outro. Mas a situação só piorava. Quanto maior era o enjoo, mais desidratados ficávamos, pois não conseguíamos comer ou beber nada. Nem podíamos nos assentar nem sair da cabine. Eu, o mais arrogante, fui o que mais enjoou. Não havia remédios eficazes contra enjoo, naquela época. ...

“Finalmente, após quatro dias ali deitado ... em agonia, consegui ir até o convés. Consegui chegar lá com indes-critível fraqueza, cambaleando, meio que me arrastando. O ar fresco do oceano foi emocionante e o pessoal do navio, muito atento e gentil, mas ... não saí da cabine ou do convés pelos nove dias seguintes, com exceção de uma excursão, antes de chegar a Yokohama. Minha primeira impressão da cidade oriental era que todas as ruas e prédios estavam balançando para cima e para baixo e eu caminhava com cuidado para acompanhar seus movimentos.”

Promessa Não Cumprida Conduz a Vida de Serviço

O Dr. Miller ainda se lembra da pro-messa que fez: “Estou indo para a China e vou permanecer lá toda a minha vida. Nunca mais voltarei para a América. Prefiro morrer a passar por todo esse enjoo outra vez.”

Harry Miller, porém, não era vidente. No futuro, seria recordista em travessias do oceano, tanto por navio como por avião. Seu ministério médico o levaria a todas as partes dos Estados Unidos e a mais de cinquenta países do mundo, em uma das mais abrangentes e significati-vas carreiras médicas da história.

1 Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia, Séries de Referências Comentadas, v. 11, p. 71, 72. Review and Herald Publishing Association, 1996.2 “Vagaroso Navio Para a China”, extraído de Doutor China, História da Vida de Harry Willis Miller, por Raymond S. Moore. Harper & Brothers, Publishers, 1961.

Vagaroso Navio

ChınaHarry W. Miller: médico e servidor abnegadoPor Raymond S. Moore

De cima para baixo: MISTURANDO-SE: Logo após sua chegada à China, Harry e Maude Miller posam vestidos como aqueles a quem foram servir. UMA CARREIRA DE DEDICAÇÃO: Miller e sua esposa Maude viajaram para a China no Imperatriz da Índia (à esquerda e abaixo). Durante toda sua carreira Miller serviu em hospitais e clínicas ao redor do mundo.

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F O T O S : C O R T E S I A D A U N I V E R S I D A D E D E L O M A L I N D A

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P E R G U N TA : Os períodos de tempo mencionados em Daniel 12:11, 12 (1290 dias e 1335 dias) devem ser compreendidos como literais ou simbólicos?

Os adventistas seguem o método historicista de interpretação profética, segundo o qual as profecias recebidas por Daniel compreendem o período de

tempo desde os dias do profeta até o estabelecimento do reino de Deus.

De acordo com essa abordagem, o princípio dia-ano (Ez 4:6) é usado para interpretar os períodos proféticos. A abordagem historicista alega que esses períodos foram anos e que se cumpriram no fim da Idade Média.

Alguns adventistas, hoje, argumentam que o princípio dia-ano não se aplica a essas duas profecias e que esses períodos proféticos deveriam ser compreendidos como dias literais de eventos a se cumprir antes do retorno de Jesus. São forçados a especu-lar sobre os acontecimentos que marcarão o fim desses períodos. Para entender esse assunto, examinemos o con-texto da passagem.

1. Contexto Imediato e o Fim dos Tempos. Nem tudo que é descrito em Daniel 12:5-13 está relacionado com o tempo do fim. Por exemplo, o selamento do livro e a multiplicação do conhecimento começam antes desse tempo (versos 4, 9); antes do tempo do fim, o ser celestial jura “por Aquele que vive eternamente” (verso 7), quando o poder do povo santo for espalhado e todas “essas coisas” chegarem a um fim (verso 8).

O povo de Deus sempre foi provado ao longo da História, não simplesmente no tempo do fim (verso 10). Portanto, é incorreto dizer que, uma vez que o contexto imediato men-ciona o tempo do fim, os períodos proféticos pertencem a esse mesmo período.

2. Períodos Proféticos em Daniel: Mesmo reconhecendo que os períodos proféticos estão em um contexto no qual não existem visões e que a linguagem é predominantemente literal, não significa que os dias são literais. Em Daniel, os períodos proféticos nunca são revelados de forma visual. O profeta ouve ou é instruído pelo ser celestial. Em Daniel 7:25, os três tempos e meio não são introduzidos durante a visão, mas durante a explanação que o anjo faz da visão. Em Daniel 8:14, os 2300 dias são dados no contexto de uma

revelação na qual a linguagem é predominantemente literal. Finalmente, em Daniel 9, encontramos a profecia das 70 semanas dada a Daniel por meio de uma explanação oral. Em todos esses casos, a linguagem usada na interpretação da visão é basicamente literal, mas os períodos proféticos não o são. Eles são introduzidos após a visão como informação adicional, mas seu conteúdo simbólico não é completamente explanado. Isso é exatamente o que encontramos em Daniel 12:11, 12. Durante a apresentação oral, os períodos proféticos são dados sem interpretação detalhada. Daniel não consegue compreendê-los, mas é levado a crer que o povo de Deus o compreenderia no futuro.

3. Conexão Entre os Períodos de Tempo: Os 1290 dias são uma extensão dos 1260 dias mencionados em Daniel 7:25 e 12:7 como “um tempo, tempos e metade do tempo”. A

diferença em Daniel 12:11 são 30 dias, sugerindo que foi adicionado um mês para aumentar o período (uma prática comum nos calendários lunares). Uma vez que o período de 1290 dias é baseado nos 1260 dias e é reconhecido pelos intérpretes historicistas que os 1260 dias são anos, temos de concluir que o princípio dia-ano se aplica também aos 1290 dias.

A referência aos 1260 dias em Daniel 7:25 enfatiza o tempo durante o qual o povo de Deus sofreria perseguição.

Daniel 12:7 realça o momento em que as atividades dos inimigos de Deus findarão. Os 1290 dias mencionados em Daniel 12:11 enfatizam o momento em que o período pro-fético começa. Para sincronizar o início da profecia com um acontecimento específico, o período é estendido pela adição de um mês e, em vez de 42 meses (1260 dias), temos agora 43 (1290 dias). Essa intercalação permite que o anjo intérprete seja mais preciso em relação ao acontecimento com que se inicia o período, bem como à sua extensão completa. O pe-ríodo profético de 1290 dias é, então, aumentado em 45 dias extras, somando um total de 1335 anos proféticos, baseados no princípio dia-ano.

Concluindo, esses dois períodos de tempo são extensões de um período profético bem estabelecido e devem ser interpretados simbolicamente, em harmonia com o resto da profecia.

Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.

Tempo PorAngel Manuel Rodríguez

JáÉ

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

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Page 27: Adventist World (Março 2009)

Alguma vez você já lutou contra hábitos que julgou serem impossíveis de vencer? Há algum pecado que você tenha cometido várias vezes na vida? Você já quis se libertar de algo que o escraviza? Existe esperança. Na lição de hoje, descobriremos os princípios bíblicos que o capacitarão a experimentar a alegria da vitória por meio de Cristo.

1. O que a Bíblia diz sobre as tentações que enfrentamos? Leia o texto abaixo e escreva a resposta em suas palavras.“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13).

Toda tentação que enfrentamos já foi enfrentada por alguém. Deus promete que há uma saída para cada tentação do maligno, para aqueles que buscam em Cristo a força de sua fé.

2. Como Isaías descreve a obra do Messias em nos libertar da escravidão? Leia o texto abaixo e responda no espaço em branco.“O espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque o Senhor Me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou- Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Is 61:1).

Jesus veio para pregar aos , a

os de , a aos

e a de aos .

3. Como podemos cooperar com Cristo no processo da vitória? Leia o texto abaixo e circule as duas palavras que nos mostram como cooperar com Deus.“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7).

Sem Deus, não conseguiremos a vitória. Ele, porém, não nos dará a vitória sobre o pecado sem nossa cooperação. Quando nos submetemos à Sua vontade, abrindo o coração para receber Seu poder, o Espírito Santo obtém o controle de nossa vida. Isso não significa que nunca mais seremos tentados; significa simplesmente que agora somos capazes de resistir por meio do poder do Deus vivo.

4. Por que temos a impressão de que falhamos repetidamente e de que cometemos sempre o mesmo pecado? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco.“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).

a. Jesus nos convida a nEle.

b. Quando permanecemos em Cristo, daremos muitos .

c. Porque nada podemos fazer.

Por Mark A. FinleyVíciosVencendo

E S T U D O B Í B L I C O

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Uma das razões de falharmos repetidamente é porque tentamos viver a vida cristã em nossa própria força e não na força de Jesus.

5. Que segurança nos dá o apóstolo Paulo em relação à vitória na vida cristã? Leia o texto abaixo e escreva sua opinião. O que essa passagem bíblica significa para você? “Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece” (Fp 4:13).

6. É possível ler a Bíblia e não receber a força espiritual planejada por Deus? Procure outro elo perdido na luta contra o pecado em nossa vida. Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb 4:2).

Para nosso benefício, a Palavra de Deus deve estar misturada à

Deus nos concede poderosa ajuda espiritual para vencermos a escravidão do pecado. Ele enviou Seu Santo Espírito e deu-nos a Sua Palavra para termos coragem e esperança. Mas, a menos que aceitemos Suas promessas pela fé, elas não nos serão de nenhum benefício.

7. Qual é a promessa de Deus quando aceitamos, pela fé, Sua Palavra? Leia os textos abaixo e responda, com suas próprias palavras, o que Deus lhe promete.a. “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar vossa alma” (Tg 1:21).b. “Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas para que, por elas, fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que, pela concupiscência, há no mundo” (2Pe 1:4).

Em toda a Bíblia, homens e mulheres tiveram a vida transformada ao abrirem o coração para receber o poder de Deus. Sua graça é maior do que o pecado. Seu poder é maior do que o poder do maligno. Por mais fraco que seja um filho de Deus, se receber Sua graça, torna-se mais forte do que todos os poderes do inferno. Por isso, abra hoje o coração para receber, pela fé, tudo o que Deus tem para lhe oferecer. Assim, sua vida será vitoriosa e não de frustração e derrota.

No próximo mês, exploraremos o assunto: “Como Receber Respostas

às Suas Orações”.

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Page 29: Adventist World (Março 2009)

C A R T A S

Se lermos o Evangelho de Marcos, a especulação “muito provavelmente” não existe, pois o escritor declara claramente que Ele “apareceu primeiramente a Ma-ria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc 16:9).

Omitir esse verso tão significativo no fim do livro de Marcos sabota efe-tivamente alguns comentários de Ellen White, entre os quais encontramos este: “Maria fora considerada grande peca-dora, mas Cristo sabia as circunstâncias que lhe haviam moldado a vida. [...] Fora Ele que a erguera do desespero e da ruína. Sete vezes ouvira ela Sua repreensão aos demônios que lhe dominavam o coração e a mente” (O Desejado de Todas as Nações, p 568).

Jerry A. Stevens Fairfield Glade, Tennessee, Estados Unidos

Único e IncomparávelNa Adventist World de dezembro de 2008, há um artigo muito singular de Angel Manuel Rodríguez, intitulado “Único e Incomparável”, falando sobre o Deus que todos amamos e adoramos.

Achei, tanto o artigo como seu tema, muito informativos, embora, por

Intercâmbio Mundial

Esse é, realmente, um grande testemunho!

— Noreen MalcolmNova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos

Março 2009 | Adventist World 29

O Bounty e a BíbliaMuito obrigado pelo maravilhoso artigo sobre a Ilha de Pitcairn (“O Bounty e a Bíblia”, por Herbert Ford e Wilona Karimabadi, Adventist World de

janeiro de 2009). Li a versão online no site www.adventistworld.org. Enquanto lia, lembrei-me de 2004, quando a ilha estava nos jornais pelos motivos errados.

A pergunta é: Qual foi o papel da Igreja Adventista na época e qual é seu papel agora?

Geoffrey ChegeGilgil, Quênia

Evangelho Segundo MariaA coluna de Angel Manuel Rodríguez sempre estimula o raciocínio e é desa-fiadora. Respeitosamente, no entanto, devo apontar uma afirmação incorreta em relação a Maria Madalena, na qual ele escreve que “ela, especialmente, foi libertada de sete demônios, muito pro-vavelmente por Jesus (Lc 8:2).”

toda a vida, eu tenha sido adventista. É louvável e muito bem explanada a abordagem de Rodríguez .

Fico emocionado ao ler artigos desse nível. Realmente, apreciamos a Adventist World. Ela deveria estar em todos os lares adventistas. Que venham mais artigos como esse.

James Wallace Russells Point, Ohio, Estados Unidos

Minha Jornada . . . Até AquiRecentemente, li o artigo “Minha Jor-nada... Até Aqui”, da edição de se-tembro de 2008 e fui realmente ins-pirada. Creio que a história de Fiona Peart é essencial na experiência do jovem adulto. Frequentemente, há um sentimento de desconforto ao nos lançarmos a alguma tarefa ou ao irmos a algum lugar desconhecido. À seme-lhança de Fiona, muitas vezes fazemos planos segundo nossa vontade e nos esquecemos de perguntar a Deus o que Ele quer que façamos com nossa vida. Louvo a Deus por terem me lembrado de quão importante é permitir que Ele dirija nossa vida diária e de que deve-mos abandonar o medo.

Primeiro, minha irmã leu a história e depois me emprestou para que eu lesse. Assim, aqui estou dizendo: “Esse é, realmente, um grande testemunho!”

Muito obrigada pelo ministério da Adventist World.

Noreen Malcolm Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos

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C A R T A S

Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.

Terceiro MinistérioFui tocado pelo artigo “O Terceiro Ministério”, de agosto de 2008, escrito por Benjamin e Ester Lau, que visitaram o Hospital Mei Hwa, em Gulangyu, Xiamen, China. Cresci na linda ilha de Gulangyu e frequentei a escola de ensino fundamental onde hoje está o hospital. Fui educado em uma família budista e me tornei adventista depois que vim para o Canadá. Retornei a Gulangyu, em 1984, e visitei a igreja adventista local. A senhora Shei, esposa do pastor, cumprimentou-me com lágrimas nos olhos. Ela foi a enfermeira que fez o parto de minha mãe quando nasci. Eu não sabia que eram adventistas. Deve

ter sido por suas orações que hoje sou um adventista.

Meus sogros abandonaram o budismo e se uniram à Igreja Adventista em 1998, na Califórnia. Durante a Revolução Cultural, testemunhei a idosa mãe do pastor Shei ser publicamente humilhada por causa de sua fé, pelos guardas vermelhos do regime comunis-ta. Louvado seja o Senhor pelo fato de os adventistas agora poderem adorar a Deus livremente nessa linda ilha e testemunhar por Cristo outra vez. Que-ro agradecer ao casal Laus pela grande contribuição para minha terra natal.

F. TjhatraOntario, Canadá

Errata:Identificamos, erroneamente, uma jaqueira como sendo a árvore de durião na resposta do quadro “Que Lugar é Esse?”, na contracapa da Adventist World, edição de fevereiro de 2009. Lamentamos a falha.

Sou um cristão em necessidade desde que minha casa foi atingida por um ciclone. Também sou atormentado por espíritos maus. Por favor, peçam a Deus para me purificar e me dar bons pensa-mentos. Necessito de suas orações.

Regis, Haiti

Estou preso no corredor da morte. Fui condenado injustamente. Por favor, orem pelos irmãos e irmãs que me têm ajudado e encorajado durante meus oito anos de prisão. Orem também pelo ministério da prisão aqui no Zâmbia. Neste ano, comparecerei ao tribunal de apelação; por favor, orem pelo meu recurso.

Mudimah, Zâmbia

Oremos para que todos os estudantes do mundo obtenham êxito em seus estudos.

Dan, China

Por favor, orem por minha vida espiritual. Sou chileno. Estou passando por problemas financeiros, que criam problemas em casa.

Carlos, Brasil

Há um ano procuro emprego e enfrento uma fase muito difícil em minha vida. Uni-me à Igreja Adventista há alguns meses apenas. Estou esperando de Cristo o milagre de um emprego neste novo ano e por isso peço suas orações.

Collins, Quênia

Sou cristão e gosto de fazer corridas de pequena distância, especialmente de 400 metros. Será que poderiam orar para que eu receba poder espiritual e habilidade física para espalhar as boas novas entre outras pessoas ligadas ao esporte? Espero que Deus me dirija para que eu participe de alguma competição e compartilhe palavras de esperança sobre nosso Senhor e Salvador Jesus.

Per, Suécia

Por favor, orem para que o namorado de minha filha, que é aluno de uma universidade adventista, possa con-seguir trabalho. Orem também por minhas duas filhas e pelo crescimento espiritual dos adventistas em minha cidade, ao compartilharem o evangelho.

Adriana, Argentina

Solicito aos adventistas de todo o mundo que orem para que uma igreja adventista, fechada nos últimos oito anos, seja reaberta. Ela está localizada em Bellary City, Karnataka, Índia.

Bhaskar, Índia

O L U G A R D E O R A Ç Ã O

Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.

Intercâmbio Mundial

30 Adventist World | Março 2009

Page 31: Adventist World (Março 2009)

I N T E R C Â M B I O D E I D E I A S

Vizinhos e vizinhança já foram parte importante na formação social de uma pessoa. Lembro-me de ter crescido numa rua, na zona rural em New South Wales, na Austrália, onde conhecíamos, pelo primeiro nome, a família de

todos os vizinhos. Sempre que nos encontrávamos, as informações compartilhadas ajudavam ambas as partes.

Mas, para a maioria de nós, esse cenário mudou. A selva suburbana, com suas enormes mansões ou minúsculos apartamentos, tem amontoado as pessoas, resultando em maior isolamento em lugar de aumentar a intimidade.

Enquanto a tendência é o isolamento pelo uso de automóveis, o transporte público pode ser um fenômeno interessante para nos separar uns dos outros. A mesma coisa acontece no transporte aéreo. Em voos recentes, com duração de várias horas, a tripulação instituiu adesivos para cada passageiro com as seguintes frases: “Por favor, não perturbe”, “Favor acordar-me para as refeições” e “Favor acordar-me para as compras do duty-free”.

Nenhuma dessas opções, em particular, me atraiu e me parece que também a pessoa sentada ao meu lado. Uma jovem mãe, de descendência italiana, não demorou muito para se apresentar, resultando em várias horas de uma interação agradável. Empresária, ela e seu esposo dividiam responsabilidades familiares e o lançamento de um novo produto em um setor do mercado já competitivo.

Seu esposo também é de ascendência italiana e, embora vivam e trabalhem em tempos modernos, utilizam sua rica herança cultural para ter sucesso. Em meio a uma agenda ocupada, a família se reúne, não apenas para socializar, mas para unir forças na fabricação e industrialização de salsichas, massas, ricota, azeitonas e molhos.

Toda essa união se reflete na rua onde ela mora. A seu convite e iniciativa, toda a sua vizinhança multicultural se reuniu para uma festa de Natal no meio da rua, que foi fechada ao tráfico enquanto compartilhavam comida, receitas, risos e, acima de tudo, amizade.

A iniciativa foi tão bem sucedida que tem se repetido há vários anos.Após o menino Jesus haver confundido os líderes religiosos do Templo com Sua

mente aguçada e discernimento bíblico, as Escrituras declaram: “E desceu com eles, e foi para Nazaré [sua cidade], e era-lhes sujeito [a Seus pais]. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2:51, 52).

Nesse mundo frenético e desconectado, seria muito bom se redescobríssemos a arte de ser vizinhos.

O retorno à vizinhança multicultural, quer seja em centros urbanos ou na rua em que moramos, pode ser mais benéfico a esse mundo mau do que dinheiro, políticas governamentais ou legislações, juntos.

E ainda poderemos nos surpreender com os resultados evangelísticos. —Kevin Geelan, Austrália

Leitor compartilha algumas ideias sobre vizinhança

emVizinhos

Trânsito

M I C H A L Z A C H A R Z E W S K I

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte.

Editor AdministrativoBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialJan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Robert E. Kyte, assessor jurídico

Comissão Coordenadora da Adventist WorldLee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson;Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk

Editor-ChefeBill Knott

Editores em Silver Spring, MarylandRoy Adams (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

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Coordenadora TécnicaMerle Poirier

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Atendimento ao LeitorMerle Poirier

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson

ConsultoresJan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts, Bertil A. Wiklander

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

E-mail: [email protected]: www.adventistworld.org

A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

Adventist World é uma revista mensal editada simultanea-mente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos.

Vol. 5, No. 3

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Março 2009 | Adventist World 31

Page 32: Adventist World (Março 2009)

RESPOSTA: Num acampamento cristão em Kagoshima, Japão, voluntários da igreja contam histórias da Bíblia para um grupo de crianças.

Q U E L U G A R É E S S E ?

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P A R T I C I P E D A C O N V E R S A !Estamos procurando textos para as seguintes categorias: FRASES ADVENTISTAS (profundas ou espontâneas)VIDA ADVENTISTA (anedotas curtas, especialmente de adultos)DICAS RÁPIDAS (dicas relacionadas à igreja)LEMBRANÇAS DE ACAMPAMENTOS OU CAMPAIS (curtas, humorísticas ou anedotas profundas)EM QUE LUGAR DO MUNDO? (Fotos em alta qualidade de membros da igreja ao redor do mundo)

Enviar material para Give & Take, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA; fax 301-680-6638; e-mail: [email protected].

Por gentileza, inclua o número do seu telefone. O material enviado não será devolvido.

F R A S E D O M Ê S

“Esta mensagem se torna viva pela compaixão. Mensagem que se expressa de forma mais completa e atraente, não mediante exegese teológica [...] mas por meio de uma preocupação ativa pelas pessoas.”—Pastor Jan Paulsen, em dezembro de 2008, em seu pronunciamento de Natal, transmitido pelo Hope Channel (canal de televisão da Igreja), para cerca de 16 milhões de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia ao redor do mundo.

V I D A A D V E N T I S T ADurante meu último ano na

Universidade Adventista das Filipinas, fui convidado para falar a um “grupo internacional de desbrava-dores”. O grupo era formado por japoneses, coreanos, indonésios, birmaneses, tailandeses, e assim por diante. Fiz-lhes a seguinte pergunta:

“O que, realmente, foi a causa da morte de Jesus?”

Um africano, sincero e líder de equipe, disse: “Senhor, o sangue dEle escorreu depois que os soldados romanos furaram Seu lado.” O líder fez uma pausa e foi ajudado por uma garota sueca: “Senhor, Jesus pode ter morrido de hemorragia.”

Uma criança filipina, sem levantar a mão, respondeu confiantemente: “Senhor, a ponta da lança estava en-ferrujada; Jesus morreu de tétano!”

Ao usar uma frase de Ellen White na conclusão do sermão, o grupo ficou impressionado ao descobrir que Jesus morreu de coração partido!—Jonathan Tabingo, República de Palau

J O R G E V I C E N T E

O Lugar Das

PESS AS