adoÇÃo e convivÊncia familiar na prÁtica · e educado no seio da sua família e,...
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06 de agosto de 2016
ADOÇÃO E CONVIVÊNCIA
FAMILIAR
NA PRÁTICA
Comissão Especial de Direito à Adoção
LEGALE – Cursos Jurídicos
Procedimentos jurídicos, legais e
processuais
“Todos os filhos são biológicos e todos os filhos são adotivos.
Biológicos, porque essa é a única maneira de existirmos concreta e
objetivamente;
adotivos, porque é a única forma de sermos verdadeiramente filhos.”
Luiz Schettini Filho
Adoção: origem, segredo e revelação
Edições Bagaço, 1999, Recife/Pe
Psicólogo clínico, Professor de Psicologia da UFRPE
Toda criança deve ser filho:
um direito a defender
Toda criança deve poder:
Ser filho
Retornar filho
Renascer filho
CF, art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.010, DE 3 DE AGOSTO DE 2009.
1 - Dispõe sobre adoção;2 – altera o Estatuto da Criança e do Adolescente,
3 – altera a lei que regula investigação de paternidade;
4 - revoga dispositivos do Código Civil,
5 – revoga dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho
6 - e dá outras providências.
Art. 1º
Esta Lei dispõe sobre o
aperfeiçoamento da
sistemática prevista para
garantia do direito à
convivência familiar
a todas as crianças e
adolescentes, na forma
prevista pela Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990,
Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Uma Lei Federal com somente oito artigos:
A palavra adotar vem do latim adoptare quesignifica escolher, perfilhar, dar o seu nomea, optar, ajuntar, escolher, desejar.
Do ponto de vista jurídico, a adoção é umprocedimento legal que consiste em transferirtodos os direitos e deveres de pais biológicospara uma família substituta, conferindo parao adotando (criança/adolescente/adulto)todos os direitos e deveres de filho.
O QUE É ADOÇÃO?
• A adoção de crianças e adolescentes éregulamentada pelo Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA), que determina claramente que aadoção deve priorizar as reais necessidades,interesses e direitos da criança/adolescente.
• No ECA artigo 39 e seus parágrafos, em consonânciacom o Código Civil, dispõe que, a adoção é medidaexcepcional e irrevogável, portanto, atribui a condiçãode filho ao adotado, com todos os direitos, inclusive osucessório, criando vínculos com os demais parentes.
O que existe de dados HOJE:
O Censo SUAS (2012) identificou 33.390 crianças e adolescentes
acolhidos em 2.268 unidades de acolhimento.
O Levantamento Nacional (2010 ) identificou 36.929 crianças e
adolescentes acolhidos em 2.624 unidades de acolhimento institucional
e 932 crianças e adolescentes acolhidos em 144 serviços de
acolhimento em famílias acolhedoras.
Dentre os principais motivos de acolhimento, estão (Levantamento
2010):
negligência (37,6%),
pais dependentes químicos/alcoolista (20,1%),
abandono pelos pais (19%),
trajetória de rua (10,1%),
carência de recursos materiais (9,7%).
Total de Crianças e Adolescentes Abrigados no Estado de São Paulo
70%
30%
Interior/Litoral
Capital
11 Varas Regionais da Capital e 263 Comarcas e Distritos do interior e litoral
(84% das circunscrições)
Deste levantamento obteve-se o total de 9619 acolhidos,
sendo que 2870 (30%) são da capital
e 6749 (70%) do interior
Nova característica do Acolhimento
Institucional
Art. 19, § 2º - A permanência da criança e do
adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 2
(dois) anos, salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse,
devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.
Direito à Convivência Familiar:Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado
e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas
dependentes de substâncias entorpecentes.
§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua
situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em
relatório elaborado por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas
no art. 28 desta Lei.
Quem pode adotar (art. 40 do ECA).• Maiores de 18 anos, sem limitação de idade no caso de idosos, independente do
estado civil
• Devendo o adotante ser pelo menos 16 anos mais velho que o adotando;
• Para pessoas casadas ou com união estável comprovada, basta que um deles tenha
os 18 anos;
• Divorciados, judicialmente separados e os ex-companheiros desde que acordem
sobre a guarda e o regime de visitas e que o estágio de convivência tenha se iniciado na
constância do período de convivência e seja comprovada a existência de vínculos
afetivos e de afinidade com o aquele que não detém a guarda e que justifiquem a
excepcionalidade da concessão;
• Os candidatos devem apresentar ambiente familiar adequado, revelarem
compatibilidade com a natureza do pedido; estabilidade emocional e social;
• Não podem adotar: Os ascendentes, os irmãos do adotando e seu tutor e curador
(enquanto não prestadas as contas).
Sujeitos da Adoção
Quem pode ser adotado (art. 42 do ECA).• Menores de 18 anos, pelas regras do ECA.
• Maiores de 18 anos pelas regras do Código Civil, nos casos expressos
em lei, aplica-se excepcionalmente o Estatuto às pessoas entre 18 e 21
anos.
• Toda adoção deve ser feita judicialmente
• Art. 28, § 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será
necessário seu consentimento, colhido em audiência
Sujeitos da Adoção
Onde se encontram e quem são estas
crianças disponíveis para adoção?• Geralmente encontram-se em instituições de acolhimento (públicas ou
privadas) ou sob guarda de outrem.
• São aquelas cujos genitores são desconhecidos, faleceram ou foram
destituídos do poder familiar, por uma destas razões:
o Abandonadas: não podem ou não devem ficar sob a guarda de um
parente;
o Vítimas de maus tratos;
o Encontradas em ambiente contrário à moral e aos bons costumes;
o Descumprimento, injustificado, pelos pais, dos deveres do poder
familiar ou de decisões judiciais;
•Pobreza não é causa de destituição.
Sujeitos da Adoção
O que é o poder familiar?
• O conceito de poder familiar foi inspirado no conceito de família atual que
consta da Constituição de 1988 e consagrado pelo artigo 1.630 do Código Civil
de 2002, que através da nova denominação, alterou e encerrou o termo “pátrio
poder” que constava do antigo Código de 1916;
• O artigo 229 da Constituição Federal estabelece que “Os pais têm o dever
de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
• O conceito de poder familiar pode ser definido como o conjunto de
direitos e obrigações conferidos aos pais ou responsáveis legais, em relação
aos seus filhos menores, baseado sempre na observância de proteção dos
interesses legais dos filhos, assistência à saúde, alimentação, vestuários,
moradia e educação, além de outros direitos conferidos à criança (lazer,
medicamentos, etc).
Poder Familiar no ECA
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela
mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de,
em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da
divergência.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão do poder familiar.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da
medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá
obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na
hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
Direitos de pais e mães
privados de liberdade
§ 4o Será garantida a convivência da criança e do
adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
responsável, independentemente de autorização
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
A perda do Poder Familiar dos
privados de liberdade
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
do poder familiar.
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não
implicará a destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à
pena de reclusão, contra o próprio filho ou
filha. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer
resposta escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo
desde logo o rol de testemunhas e documentos.
Parágrafo único. Deverão ser esgotados todos os meios para a
citação pessoal.
§ 1o A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os meios
para sua realização. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
§ 2o O requerido privado de liberdade deverá ser citado
pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir
advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, poderá
requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo, ao qual incumbirá
a apresentação de resposta, contando-se o prazo a partir da intimação
do despacho de nomeação.
Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de liberdade, o
oficial de justiça deverá perguntar, no momento da citação
pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor. (Incluído
pela Lei nº 12.962, de 2014)
O Arrependimento...Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder
familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família
substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos
próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado.
§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, esses serão ouvidos pela autoridade
judiciária e pelo representante do Ministério Público, tomando-se por termo as
declarações.
§ 2o O consentimento dos titulares do poder familiar será precedido de orientações e
esclarecimentos prestados pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da
Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da medida.
§ 3o O consentimento dos titulares do poder familiar será colhido pela autoridade
judiciária competente em audiência, presente o Ministério Público, garantida a livre
manifestação de vontade e esgotados os esforços para manutenção da criança ou
do adolescente na família natural ou extensa.
§ 4o O consentimento prestado por escrito não terá validade se não for ratificado na
audiência a que se refere o § 3o deste artigo.
§ 5o O consentimento é retratável até a data da publicação da sentença
constitutiva da adoção.
§ 6o O consentimento somente terá valor se for dado após o nascimento da criança.
CADASTRO NACIONAL DE
ADOÇÃO
Gerenciado pelo CNJ é um sistemasnformatizado de caráter nacional.
Permite o cruzamente de dados e perfis decrianças disponíveis à adoção epretendentes previamente habilitados.
(www.cnj.jus.br/cna)
Da responsabilidade da autoridade
judiciária
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de
providenciar a instalação e operacionalização dos
cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta
Lei:
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
mil reais).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
adolescentes em condições de serem adotadas, de
pessoas ou casais habilitados à adoção e de crianças e
adolescentes em regime de acolhimento institucional ou
familiar.
Habilitação dos adotantes / Curso oferecido
pela Justiça da Infância e da Juventude.
• A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de
preparação psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça
da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar. (arts. 197-A a 197-E, do ECA)
• O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos
técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público. Não será deferida a
inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou verificada
qualquer das hipóteses previstas no art. 29 do ECA:
a) Pessoa que revele incompatibilidade com a natureza da medida;
b) não ofereça ambiente familiar adequado.
HABILITAÇÃO À ADOÇÃO
Quando não é obrigatório o prévio cadastramento
dos pretendentes? (ECA: art. 50, § 13)
• Quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro,
adoção unilateral;
• Parentes próximos (exceto avós e irmãos);
• Pedido de quem detém a tutela ou a guarda legal de criança
maior 03 (três) anos ou adolescente e por lapso de tempo que
permita avaliar a existência de vínculos de afinidade e de
afetividade (sempre visando o bem estar da criança).
Cadastramento
O PRETENDENTE PODE ESCOLHER A
CRIANÇA OU O ADOLESCENTE QUE
PRETENDE ADOTAR?
Ao adotante é preservado o direito deindicar o perfil da criança a ser adotada, nomomento do preenchimento da ficha depostulante à adoção.
Idade máxima pretendida por nacionais
ZERO a 5 ANOS
+
Indiferente
=
93,65%
0 à 6 meses 9,50%
7 meses a 1 ano 17,00%
01 à 02 anos 22,35%
02 anos a 03 anos 20,25%
03 anos a 04 anos 14,04%
04 anos a 05 anos 10,46%
05 anos a 06 anos 2,77%
06 anos a 07 anos 1,43%
07 anos a 08 anos 0,72%
08 anos a 09 anos 0,29%
09 anos a 10 anos 0,81%
10 anos a 11 anos 0,00%
Acima de 11 anos 0,33%
indiferente 0,05%
nada consta 0,00%
Total 100,00%
Dados do Cadastro Nacional de Adoção
(lançado em 29 de abril de 2008)
29.440 pretendentes
5.426 crianças e adolescentes disponíveis
A maioria desses pretendentes (91,3%) quer crianças da raça branca, 64,9% aceitam crianças pardas,
37,6% aceitam crianças negras, 36,5 % adotariam crianças amarelas e outros 33,6% aceitam crianças
indígenas.
Das crianças cadastradas, no entanto, 2.272 (ou 46,37%) são pardas. Outras 916 (ou 18,69%) são negras,
35 (ou 0,71%) amarelas e 29 (0,59%) indígenas. Brancos somam 1.657 (ou 33,82%).
a maioria das pessoas candidatas a adotar (82,5%) deseja apenas uma criança e outros 19% dos
pretendentes disseram querer adotar duas crianças e somente 0,76% adotariam três crianças.
Mais de 80% deles possuem irmãos, mas nem todos têm esses irmãos também cadastrados no CNA
e 58,78% não tem preferência do sexo da criança, mas, 33,31% preferem meninas, mas a maioria é de
meninos (2.754 do total)
O cadastro mostra que o número de interessados em adotar crianças com seis anos de idade caiu para
3,02%.
Menos de 1% aceita adotar crianças com mais de 8 anos de idades e 4% adotariam crianças com mais de 6
anos
Desejam adotar crianças com até dois anos de idade: 57,8%
Quanto à idade dos pretendentes: a maioria dos interessados possui entre 41 a 50 anos de idade (somam
10.578 dos cadastrados), entre 31 a 40 anos de idade (8.432 pessoas); com mais de 61 anos chegam a
3.495
quanto à faixa salarial: o maior grupo ganha entre três e cinco salários mínimos (6.465 dos cadastrados). Em
seguida, os com renda entre três a 10 salários (5.819), dois e três salários (4.137), de um a dois salários
(3.461) e de 10 a 15 salários (2.222 pessoas).
Dos cadastrados, 2.610 têm filhos adotivos.
DADOS ESTATÍSTICOS DE
CRIANÇAS/ADOLESCENTES
Total de Crianças/Adolescentes cadastrados: 5653 100,00%
Total de Raça Branca: 1819 32,18%
Total de Raça Negra: 1045 18,49%
Total de Raça Amarela: 22 0,39%
Total de Raça Parda: 2744 48,54%
Total de Raça Indígena: 29 0,51%
Total que possuem irmãos: 4363 77,18%
Total que possuem irmãos cadastrados no CNA: 2132 37,71%
Total que possuem problemas de saúde: 1260 22,29%
Adoção cumulada com decretação de perda
do poder familiar
• É uma questão de discussão jurisprudencial. O entendimento
majoritário define que, uma vez demonstrado o interesse de adotar
determinada criança, desde que se tenha preenchidos os requisitos para
destituição, pode o pretendente, assessorado por Advogado, pleitear a
destituição do Poder Familiar (arts. 155 a 163, do ECA).
• Ministério Público
• Citação/edital/curador/dativos
• Setor Técnico: entrevistas
• Oitivas de testemunhas
Modalidades de adoção
A MORTE DO (S) ADOTANTE (S) RESTABELECE O PODER FAMILIAR DOS GENITORES BIOLÓGICOS?
O ECA encerra a questão de forma expressa, dispondoque mesmo com a morte dos pais adotantes, não háretomada do poder familiar pelos pais biológicos.
Desta forma, mesmo com o falecimento dosadotantes, não existe a possibilidade dorestabelecimento do Poder Familiar dos paisbiológicos (art. 49, ECA)
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
judicial, que será inscrita no registro civil mediante
mandado do qual não se fornecerá certidão.
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de
adoção em que o adotando for criança ou adolescente com
deficiência ou com doença crônica. (Incluído pela Lei nº
12.955, de 2014)
Prioridade processual
Distribuição das doenças e/ou
deficiências das crianças disponíveis
para adoção no CNA (27/01/2015)
- Doença tratável: 425
- Doença não tratável: 160
- Deficiência física: 218
- Deficiência mental: 476
- Vírus HIV: 108
- Nenhuma: 4396
- Nenhuma Ignorado: 231
O que é Guarda para fins de Adoção
e Estágio de convivência?
Estágio é momento em que a família tem a guarda dacriança (art. 33, § 1º, do ECA), mas a sentença deadoção será lavrada pelo juiz após visitas domiciliaresou entrevistas realizadas por essa equipe, por umtempo determinado caso a caso. Normalmente, ela sedá por um período em torno de hum ano.
O estágio de convivência tem como fundamentopermitir a adaptação da criança em seu novo entornofamiliar e também favorecer o estabelecimento dasbases afetivas entre a criança e o adulto (art. 46, ECA).
Adoção unilateral
• Trata-se da possibilidade de um dos cônjuges ou companheiros, virem
a adotar o filho de só um deles, em virtude de casamento ou relação
anterior ao atual, então filho este denominado de enteado (a), nessa
hipótese, o pai ou mãe biológica, não perdem o poder familiar, em relação
a criança a ser adotada pelo marido/esposa ou companheiro(a) que deverá
consentir a adoção.
• Porém há duas hipóteses a serem consideradas, a primeira, consiste no
fato de a criança estar registrada somente em nome da mãe, na segunda
hipótese, considerando que a criança a ser adotada, esteja registrada em
nome de ambos os pais biológicos, em ambos os casos o adotante deverá
requerê-la através de processo judicial de adoção, porém tal adoção só será
concedida se o pai biológico for destituído do poder familiar através de
ação prévia de destituição em procedimento próprio.
Modalidades de adoção
Adoção “intuitu personae”Adoção Intuitu Personae é a adoção de crianças ou adolescentes
mediante comprovada existência de vínculos entre o(s) pretendente(s) e a
criança/adolescente.
• Esta modalidade da adoção, busca a manutenção do vinculo existente
minorando à criança/adolescente as conseqüências do ato adotivo.
• Art. 50, § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos
desta Lei quando:
• III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de
criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo
de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade,
e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações
previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
Modalidades de adoção
Adoção “post mortem”
• É a concessão da Adoção de criança/adolescente após a morte do
adotante.
• Esta previsão legal permite que mesmo em caso de falecimento do
adotante durante o processo adotivo, a criança receba os direitos e a
condição de filho mesmo após a morte do adotante (art. 42,§ 6º, do ECA).
Modalidades de adoção
Adoção Internacional.
• É subsidiária e somente deverá ser utilizada depois de esgotadas todas
a possibilidades de colocação da criança e do adolescente em família
substituta brasileira.
• Artigos 50, § 10, 51, 52, 52-A, 52-B, 52-C e 52-D do Estatuto da
Criança e do Adolescente alterados pela Lei 12.010/09.
Modalidades de adoção
Adoção de nascituros ou de embriões
• A adoção tem por sujeito o nascido vivo.
• Nascituros e embriões são desprovidos de personalidade jurídica
CC: Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro.
Modalidades de adoção
Dados do movimento judiciário anual
Estado de São Paulo
Fonte: Movimento Judiciário Mensal – Diário Oficial – NÚMERO DE PROCESSOS JULGADOS
Ano Total Adoções Nacionais Adoções Internacionais
2014 (até novembro) 2075 2037 98,17% 38 1,83%
2013 80
2012 3535 3464 97,99% 71 2,01%
2011 3450 3388 98,20% 62 1,80%
2010 3256 3167 97,30% 89 2,70%
2009 4253 4153 97,60% 100 2,40%
2008 4726 4604 97,40% 122 2,90%
2007 4497 4396 97,80% 101 2,60%
2006 4234 4144 97,90% 90 2,40%
2005 3828 3749 97,90% 79 2,10%
2004 3274 3182 97,20% 92 2,80%
2003 4150 4030 97,10% 120 2,90%
2002 4155 4066 97,90% 89 2,10%
2001 3555 3459 97,30% 96 2,70%
“Adoção à Brasileira” com ou sem registro direto, abandono de recém-
nascido, entrega direta por maternidade/parteira
• “Adoção à Brasileira” se dá quando se registra filho alheio como próprio. É
ilegal e causa insegurança para os envolvidos.
• É crime previsto em nossa legislação e que pode trazer pena de até 6 (seis)
anos, bem como a perda do poder familiar exercido. Art. 242 do Código Penal
• os funcionários (médicos, enfermeiras, etc.) devem comunicar o fato à
Vara da Infância e da Juventude, para que a equipe técnica analise a situação e
o magistrado decida o que deve ser feito (retirar a criança e colocá-la em
entidade de acolhimento e posterior adoção). Maternidade ou casas de saúde
não têm o poder de decidir se a criança deve ou não sair da convivência da
mãe biológica ou ir para outra família (art. 258-B) Multa de R$ 1.000,00 a R$
3.000,00.
Crime na Adoção
A renda dos pretendentes é critério para a
adoção?• Não, mas se faz necessário que o adotante tenha condições de
proporcionar à criança/adolescente assistência material e educacional.
• A adoção só será deferida quando apresentar reais vantagens ao
adotando.
Aspectos sobre a Adoção
Haverá alguma distinção entre o filho
adotivo e o filho biológico?
Não. O filho adotivo tem os mesmos direitos e deveres que o
biológico, inclusive na linha sucessória. Art. 20 do ECA.
O filho adotivo mantém algum vínculo
jurídico com os pais e parentes biológicos?
• Não. Salvo os impedimentos matrimoniais (para se evitar casamentos
entre irmãos ou de filhos com os pais) (art. 41, do ECA)
Aspectos da Adoção
Acesso às informações e histórico de vida
(art. 47, § 8º, do ECA)• É imprescindível contar à criança que ela foi adotada, por várias
razões:
a) A criança adotiva tem o direito de saber sobre sua origem. Isso
permite com que ela construa um sentimento de identidade consistente,
baseado na realidade;
b) A honestidade e o diálogo sincero numa família constituem uma
das bases da parentalidade saudável. As mentiras e omissões sobre
temas importantes como a origem da criança são sentidas
inconscientemente pela criança, e podem causar danos psicológicos
importantes.
c) A criança pode ter informações sobre a adoção por outras pessoas
que não os pais, e de uma forma inadequada. Isso pode representar
um trauma para a criança, e a confiança dela nos pais pode ficar
abalada.
Origem e Revelação
Revogação da Adoção
• Conforme preceitua o art. 39, e seu § 1º A adoção de criança e de
adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei. Sendo medida
excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 do ECA.
• Destituição do Poder Familiar dos Adotantes
• Nova tendência do Judiciário: indenização por danos
morais, alimentos, tratamento psicossocial, tratamentos
médicos entre outros.
Distinguindo os termos
Sexualidade entre pessoas:
Heterossexual – Homossexual - Bissexual
Vínculos afetivos de filiação:
Maternal – Paternal - Homoafetivo
Relações Jurídicas de Filiação:
Maternidade – Paternidade
Homoparentalidade
Países onde se permite a adoção
homoparental (conjunta)
Holanda 2001 Noruega 2008
Alemanha 2001 Dinamarca 2009
Suécia 2002 Uruguai 2009
Austrália 2002 Argentina 2010
África do Sul 2002 França 2013
Canadá 2005 EUA 14 Estados
Inglaterra 2005 México Distrito Federal
País de Gales 2005 Andorra
Nova Zelândia 2005
Espanha 2006
Islândia 2006
Bélgica 2006
Israel 2008
ADOÇÃO HOMOPARENTAL
A LEGALIDADE E A HOMOFOBIA
Como acontece com o pretendente à adoção - casado ou solteiro - o
homoafetivo deverá requerer a adoção através de processo judicial.
Implica afirmar que o desejo da adoção será obrigatoriamente
avaliado por profissionais, que irão fazer um levantamento da vida
social do adotante.
Vale dizer por fim, que o que impedirá ou permitirá a adoção jamais
será a homossexualidade do pretendente mas, sim, a
apresentação dos requisitos legais, processuais, sócio-
ambientais e morais que comprovem as reais vantagens para o
adotando e a pretensão fundar-se em motivos legítimos.
Vale dizer por fim, que o que impedirá ou
permitirá a adoção jamais será a
homossexualidade do pretendente
mas, sim, a apresentação
dos requisitos legais,
requisitos processuais,
requisitos sócio-ambientais e
requisitos morais
que comprovem as reais vantagens para
o adotando e a pretensão fundar-se em
motivos legítimos.
REQUISITOS FORMAIS E LEGAIS
“CF, Art. 227, § 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da
lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de
estrangeiros.”
“ECA, Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
independentemente do estado civil.
§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam
casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a
estabilidade da família. “
“CF, Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável
entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar
sua conversão em casamento.”
CC, Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o
homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Entendimento dos Tribunais
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 4277 e a ADPF 132
no mês de maio de 2011 decidiu pela equiparação da União
Homoafetiva à União Estável definida no Artigo 1723 do Código
Civil.
O STF conferiu uma interpretação sistemático-teleológica ao art. 226,
§3º, da CF/88 de sorte a compatibilizar o referido dispositivo
constitucional com os princípios da igualdade, da dignidade da
pessoa humana, da liberdade e da segurança jurídica,
reconhecendo que a redação normativa segundo a qual “Para efeito
de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar...” não traz em si um óbice ao
reconhecimento da união estável homoafetiva.
“ainda que não se reconheça a existência de união estável
entre casais homossexuais, o fato é que esse tipo de união
deve receber o mesmo tratamento conferido às uniões
estáveis, o que afasta a pretensa violação ao artigo 1.622
do Código Civil, que dispunha: 'Ninguém pode ser adotado
por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher, ou se
viverem em união estável' (tal dispositivo foi revogado pela
recente Lei de Adoção – Lei 12.010, de 3 de agosto de 2009,
que, ao alterar a redação do artigo 42, § 2º, do Estatuto da
Criança e do Adolescente, acrescentou a necessidade de
comprovação da estabilidade da família, preconizando: 'Para
adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam
casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada
a estabilidade da família').” (Resp nº 889.852 - RS o Superior
Tribunal de Justiça )
“Com efeito, como tive a oportunidade de dizer perante a
tribuna do STF em sustentação oral, dizer que “é
reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher” é diferente de dizer que ela é
reconhecida “‘apenas’ entre o homem e a mulher”, pois
o “apenas” não está escrito e, assim, se não está
escrito, não há limites semânticos no texto que impeçam
a exegese constitucional” (Paulo Vecchiati).
Diz ainda, a CF §3º do art. 226, que a lei deve facilitar a
conversão da união estável em casamento, donde,
sendo a união homoafetiva uma união estável, deve ter
a si reconhecido o direito à conversão em casamento.
DONDE SE CONCLUI QUE:a adoção conjunta por pares homoafetivos
agora poderá ser deferida,
pois a legislação diz que podem adotar conjuntamente os cônjuges e
os companheiros – e companheiros é o termo técnico do Direito para
designar os integrantes de uma união estável, que o Supremo disse
existir em casais homoafetivos pautados por uma relação pública,
contínua e duradoura.
Sem prejuízo, caso a caso,
deverá passar pelo crivo do juízo competente cada pedido específico,
que diante do caso concreto avaliará a possibilidade de concessão do
pleito conjunto.
Todo Juiz é obrigado a acatar
esta decisão do STF?
Por mais estranho que possa parecer, no Direito
brasileiro nem todas as decisões do STF vinculam os
magistrados, o que significa dizer que os juízes não
são obrigados a seguir toda e qualquer tipo de
decisão da suprema corte.
Os magistrados brasileiros só ficam restritos ao
entendimento adotado pelo STF quando a decisão
tomada tenha efeito vinculante.
“Se não houver efeito vinculante pode divergir, se houver
efeito vinculante não pode” (Ives Gandra Martins).
É necessário contratar advogado para adotar?
• Não é necessária quando (art. 166, do ECA):
o os adotantes já estão habilitados, pois serão convocados a adotar
crianças já destituídas do poder familiar;
o nos casos de adoção unilateral;
o nas adoções com adesão expressa dos genitores.
• É necessária quando:
o houver discordância dos pais;
o quando os pais estiverem em lugar incerto e não sabido;
o quando podem contestar o ato durante o processo, etc.
• Para estes casos existe a Defensoria Pública, OAB/SP, onde todos os atos
são gratuitos, todavia, nada impede que os adotantes contratem advogado
particular.
Advogado
LEGISLAÇÃOArt. 133. O advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável
por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, nos limites da lei.
Artigo 104 - O advogado é indispensável à
administração da justiça e, nos termos da lei,
inviolável por seus atos e manifestações, no
exercício da profissão.
Parágrafo único - É obrigatório o patrocínio
das partes por advogados, em qualquer juízo
ou tribunal, inclusive nos juizados de
menores, nos juizados previstos nos incisos
VIII e IX do art. 54 e junto às turmas de
recursos, ressalvadas as exceções legais.
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido
destituídos ou suspensos do poder familiar, ou
houverem aderido expressamente ao pedido de
colocação em família substituta, este poderá ser
formulado diretamente em cartório, em petição
assinada pelos próprios requerentes, dispensada
a assistência de advogado. (Redação dada pela
Lei nº 12.010, de 2009).
§ 7o A família substituta receberá a
devida orientação por intermédio de
equipe técnica interprofissional a
serviço do Poder Judiciário,
preferencialmente com apoio dos
técnicos responsáveis pela execução
da política municipal de garantia do
direito à convivência familiar. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)
Art. 169. Nas hipóteses em que a
destituição da tutela, a perda ou a
suspensão do poder familiar constituir
pressuposto lógico da medida principal de
colocação em família substituta, será
observado o procedimento contraditório
previsto nas Seções II e III deste
Capítulo. (Expressão substituída pela Lei nº
12.010, de 2009).
Dispõe o § 1º do art. 2º do Estatuto da
Advocacia e da OAB:
“No seu ministério privado, o advogado presta
serviço público e exerce função social”.
DECISÕES RECENTES EM MATÉRIA DE
ADOÇÃO
STJ decide que domicílio dos avós de
menor é competente para julgar adoção
- O Superior Tribunal de Justiça decidiu que ações de interesse
de um menor fossem julgadas no domicilio dos avós e não da
pessoa que detém a guarda. O Tribunal desconsiderou a
aplicação do artigo 147 do ECA e a súmula 383 da Corte. O
colegiado entendeu que o reconhecimento da competência do
juízo do foro do domicílio do detentor da guarda provisória
dificultaria a defesa dos avós da criança e poderia levar à
ocorrência de possível irregularidade na concessão da guarda
provisória. (www.ibdfam.org.br)
STJ decide que vício formal não impede
adoção se atender ao melhor interesse
do menor.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) sustentou decisão que concedeu a
guarda de uma criança aos pais adotivos, mesmo sem o
comparecimento da mãe biológica à audiência de instrução. A Terceira
Turma do STJ entendeu que diante do confronto entre as formalidades
legais e os vínculos de afeto criados entre adotantes e adotado, os últimos
devem sempre prevalecer.
Os ministros avaliaram que o vício formal, ou seja, a postergação de
alguma formalidade essencial ou ato que não reveste a forma legal,
não é suficiente para impedir a adoção, tendo prevalecido o interesse
da criança. Eles verificaram que a declaração prestada pela genitora,
mesmo não ratificada em audiência, demonstrou o consentimento e a
intenção de entregar a criança aos pais adotivos, que já conviviam com a
menor durante 13 anos. (www.ibdfam.org.br)
STJ concede guarda de menor a casal
acusado de burlar lista de adoção.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de
habeas corpus, concedeu em decisão unânime, ordem de ofício para que
uma criança de três meses, enviada a abrigo, fosse devolvida a um casal
acusado de burlar a lista de adoção. O habeas corpus foi impetrado contra
decisão que negou liminar, pois a Turma reconheceu que esse não é o
instrumento processual adequado para defender interesses da criança,
mas entendeu que o caso era excepcional. Para os ministros, esse é um
caso que justifica o afastamento excepcional de todos os obstáculos que,
em princípio, levariam ao não conhecimento do habeas corpus.
Trata-se de adoção à brasileira uma vez que o acórdão noticia que o
adotante registrou a criança como filha, a fim de ter o benefício da
exceção da adoção unilateral e não se habilitar. Verificada a fraude, o
juízo a quo e o TJSP entenderam por aplicar a medida protetiva de
acolhimento institucional ao infante a fim de que fosse encaminhado à
família adotiva habilitada. (www.ibdfam.org.br)
Art.152, Lei nº
12.010/2009
Parágrafo único. É
assegurada, sob pena
de responsabilidade,
prioridade absoluta na
tramitação dos
processos e
procedimentos previstos
nesta Lei, assim como
na execução dos atos e
diligências judiciais a
eles referentes.
Carlos Berlini Presidente da Comissão
Especial de Direito à Adoção da
OAB/SP
Associado e Membro da
Comissão Nacional de Adoção
do IBDFam – Instituto Brasileiro
de Direito de Família
Membro da Frente Parlamentar
de Adoção da Assembleia
Legislativa de São Paulo
Professor e Palestrante do Depto
de Cultura e Eventos da OAB/SP
Tel. (11) 2538.0578