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  • 8/2/2019 administracao-publica + Exerccios

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    CURSOS ON-LI NE DI REI TO ADMI NI STRATI VO PROF. LEANDRO CADENAS

    w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r 1

    AULA 2: ADMI NI STRAO PBLI CA

    5. ADMINISTRAO PBLICA

    5.1 INTRODUO

    Como vimos na primeira aula, o Direito Administrativo o c o n j u n t o d o spr inc p ios ju r d icos que t ra tam da Admin is t rao Pb l i ca , suas en t idades , rgos , agentes pb l i cos, enfim, tudo o que diz respeito maneira como seatingir as finalidades do Estado.

    Vistos os princpios mais importantes do Direito Administrativo, vamos agora teceralguns comentrios sobre Administrao Pblica, com suas caractersticas,

    subdivises, e demais detalhes pertinentes cobrados em concursos pblicos.Inicialmente cabe destacar duas formas distintas do vocbulo AdministraoPblica, seja ele escrito com a e p maisculos ou minsculos.

    Assim, Adm in i s t r ao Pb l i ca t em s en t i do s ub je t i v o ou o rgn i c o, referindo-seao prprio Estado, c on jun t o de rgos e entidades incumbidos da realizao daatividade administrativa, com vistas a atingir os fins do Estado.

    Cuidado: por vezes, diz-se Administrao como sinnimo de Poder Executivo!!Porm, tecnicamente, Administrao qualquer dos Poderes do Estado na funoadministrativa!!

    De outro modo, adm in i s t r a o pb l i c a t em s en t i do ob je t i v o , m a t e r i a l ,

    representando o exerccio da a t i v i dade adm in i s t r a t i v a exercida por aquelesentes, ou seja, o Estado administrando.

    Administrao Pblica cabe, ento, a prtica de atos administrativos, agindo deacordo com competncias definidas previamente, exercendo atividade politicamenteneutra. Ademais, hierarquizada e de carter instrumental.

    Guarde assim: AP o Estado em si, ap o que ele realiza, sua atividade.

    5.2 ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA

    Enquanto a organizao do Estado, com sua diviso territorial, Poderes etc,

    matria constitucional, cabendo ao Direito Constitucional disciplin-la, a criao,estruturao, organizao da Administrao Pblica so temas de naturezaadministrativa, objeto de normatizao do Direito Administrativo.

    Desse modo, cabe essencialmente l e i essas tarefas (vejam-se os artigos 51, IV;52, XIII; 61, 1, e, CF/88), bem como criar ou autorizar a criao de autarquias,fundaes, sociedades de economia mista ou empresas pblicas (art. 37, XIX,CF/88).

    Pelo princpio do paralelismo das formas ou da simetria, os Estados-membros,Distrito Federal e Municpios tambm seguem essa orientao, organizando suasestrutura atravs de lei.

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    5.3 ADMINISTRAO DIRETA E INDIRETA. DESCENTRALIZAO EDESCONCENTRAO

    A Administrao Direta corresponde prestao dos servios pblicos diretamentepelo prprio Estado e seus rgos. Na lio do saudoso Hely Lopes Meirelles, rgospblicos "so centros de competncia institudos para o desempenho de funesestatais, atravs de seus agentes, cuja atuao imputada pessoa jurdica a quepertencem".

    Indireto o servio prestado por pessoa jurdica criada pelo poder pblico paraexercer tal atividade.

    Assim, quando a Unio, os Estados-membros, Distrito Federal e Municpios,prestam servios pblicos por seus prprios meios, diz-se que h atuao da

    Adm in i s t r a o D i re t a . Se cria autarquias, fundaes, sociedades de economiamista ou empresas pblicas e lhes repassa servios pblicos, haverA d m i n i st r a o I n d i r e t a.

    Segundo lio de Maria Sylvia Z. Di Pietro, na composio da AdministraoPblica, tecnicamente falando, dever-se-iam incluir as empresas concessionrias epermissionrias de servios pblicos, constitudas ou no com participao acionriado Estado.

    Entretanto, segundo o inciso XIX do art. 37 da CF/88, alterado pela EC n 19/98,somente c om pem a Adm in i s t r a o Pb l i c a I nd i r e t a as au t a rqu ias ,fundaes , soc iedades de economia m is ta e empresas pb l i cas , e nenhumaoutra entidade, valendo essa regra para todos os entes da federao. No mbitofederal, essa enumerao j era vista no Decreto-Lei n 200/67, recepcionado pelaCF/88. Lembre que esses 4 fazem parte da Administrao Pblica Indireta.

    Chama-se cent ra l i zada a atividade exercida diretamente pelos entes estatais, ouseja, pela Admin is t rao D i re ta . Descent ra l i zada , por sua vez, a atividadedelegada (por contrato) ou outorgada (por lei) para as entidades daAdm in i s t r a o I nd i r e t a .

    A teno: no con funda descent ra l i zao com desconcent rao !Descentralizar repassar a execuo e a titularidade, ou s a execuo de umapessoa para outra, no havendo hierarquia. Por exemplo, quando a Unio transferiua titularidade dos servios relativos seguridade social autarquia INSS. J na

    desconcentrao h somente uma pessoa, que reparte competncias entre seusrgos, despersonalizados, onde h hierarquia. Por exemplo, a subdiviso do PoderExecutivo em Ministrios, do Ministrio da Fazenda em Secretarias, e assim pordiante.

    Na esfera federal, a Administrao Direta ou Centralizada composta por rgossubordinados Presidncia da Repblica e aos Ministrios, como o Departamentoda Polcia Federal, Secretaria do Tesouro Nacional ou a Corregedoria-Geral daUnio.

    A diferena entre descentralizao e desconcentrao j foi vrias vezes cobradaem provas anteriores. Fixou bem a diferena? Caso contrrio, leia novamente.

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    5.4 ADMINISTRAO INDIRETA/DESCENTRALIZADA

    Neste momento, nos importa estabelecer as caractersticas principais de cada umadas pessoas que formam a Administrao Descentralizada, bem como clarearalguns conceitos para que voc possa entender com facilidade esta matria.

    Como se viu, o poder pblico pode repassar seus servios a outras pessoasjurdicas, sejam elas de d i re i t o pb l i co (sujeitas s regras do direito pblico) oude d i re i t o p r i v ado (sujeitas s regras do direito privado, em especial, direito civile comercial).

    Como caractersticas das pessoas pbl icas, pode-se destacar:

    --origem na vontade do Estado;

    --fins no lucrativos;

    --finalidade de interesse coletivo;--ausncia de liberdade na fixao ou modificao dos prprios fins;

    --impossibilidade de se extinguir pela prpria vontade;

    --sujeio a controle positivo pelo Estado;

    --prerrogativas autoritrias de que, em geral, dispem.

    Por outro lado, veja as caractersticas das pessoas p r i v adas em geral:

    --origem na vontade do particular;

    --fim geralmente lucrativo;

    --finalidade de interesse particular;

    --liberdade de fixar, modificar, prosseguir ou no seus prprios fins;--liberdade de se extinguir;

    --sujeio a controle negativo do Estado ou simples fiscalizao;

    --ausncia de prerrogativas autoritrias.

    Quando o Estado cria pessoas jurdicas de d i re i t o pb l i c o (autarquias oufundaes pblicas), estas acabam por ter quase todas as caractersticas daAdministrao Direta. Algumas caractersticas prprias da Administrao Direta,como a imunidade tributria, possibilidade de resciso ou alterao de contratosadministrativos, impenhorabilidade de seus bens, sujeio ao princpio dalegalidade, licitao, concursos pblicos etc, tambm fazem parte das

    caractersticas das autarquias e fundaes pblicas.Por outro lado, quando so criadas pessoas p r i vadas pelo Estado, busca-se umamaior agilidade e liberdade de ao que a proporcionada pela Administrao Direta.Porm, como h interesses pblicos, essas pessoas nunca sero reg idast o t a lm en t e pe lo D i re it o P r i v ado. Diz-se que a elas se aplica o Di re i to Pr i vadoder rogado pe lo D i re i to Pb l i co (derrogao revogao parcial, ab-rogao revogao total).

    Assim, no desenvolvimento de suas atividades, essas entidades tero os meiosnecessrios para atuar livremente na esfera privada (art. 173, 1, II, CF), porm,dev e ro se subm e t e r em pa r t e ao reg im e adm in i s t r a t i v o , para que se garantaque sejam atingidos os fins para os quais foi criada. A guisa de exemplo, destaco

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    que devem seguir normas especiais de licitao (art. 173, 1, III, CF), admissode mo de obra (art. 37, I e II, CF), acumulao de empregos e funes (art. 37,XVII, CF), responsabilidade objetiva (art. 37, 6, CF).

    A principal diferena entre pessoas pblicas e privadas est nas p re r roga t i v as eres t r i es prprias do regime jurdico administrativo.

    Dito isto, veja que a descentralizao pode ser feita de duas formas distintas:

    Out o rga: diz-se outorgado ao servio repassado pela l e i , que inclui a t i t u l a r i dadee a execuo , tendo carter de definitividade enquanto nova lei no alterar essasituao.

    Delegao: transfere-se somente a execuo do servio, seja por c on t ra t o (concesso), seja por at o (permisso e autorizao) unilateral da AdministraoPblica, tendo, como regra, termo final previamente estipulado.

    Outorga e delegao tambm so conceitos sempre exigidos em concursos.

    5.4.1 DESCENTRALIZAO PARA PESSOA PBLICA

    Como nosso objetivo aqui tentar ajudar voc a passar em concurso pblico, fareiuma rpida explanao, destacando aspectos relevantes sobre cada um dos entesda Administrao Pblica Descentralizada, apontando o que mais interessa saberpara enfrentar as provas.

    5.4.1.1 AUTARQUIAS

    O DL n 200/67, em seu art. 5, I, cuidou de definir autarquia federal como sendo:

    ... o servio autnomo, criado por lei, com personalidade jurdica,patrimnio e receitas prprios, para executar atividades tpicas daAdministrao Pblica, para seu melhor funcionamento, gestoadministrativa e financeira descentralizada.

    Assim, so pessoas ju r d icas de d i re i t o p b l i co , tendo praticamente as mesmasprerrogativas e sujeies da Administrao Direta; sua principal diferena peranteos entes polticos Unio, os Estados-membros, Distrito Federal e Municpios a faltade capacidade de fazer suas prprias leis (capacidade poltica), limitando-se capacidade de auto-administrar-se, nos limites impostos pela lei.

    Detm, em nome prprio, direitos e obrigaes, poderes e deveres, prerrogativas eresponsabilidades.

    De acordo com a Constituio (art. 37, XIX e XX), sua cr iao deve ser feita porle i espec f ica , bem como a criao de suas subsidirias ou a participao emempresas privadas. Tal lei de i n i c ia t i va ex c lus iva do Chefe do Execu t i v o .

    A seguir, para lembrar com mais facilidade, algumas importantes caractersticasdas autarquias:

    --criao por lei especfica;

    --organizao por decreto, regulamento ou estatuto;

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    --personalidade jurdica de direito pblico;

    --auto-administrao;

    --atuao em nome prprio;--especializao dos fins ou atividades; exercem atividades tpicas de Estado;

    --sujeita a controle ou tutela ordinria, preventiva ou repressiva, de legalidadeou de mrito;

    --dotadas de patrimnio prprio, inalienvel, impenhorvel e imprescritvel;

    --admisso de servidores pblicos por concurso (art. 37, II, CF/88), sobregime estatutrio ou da CLT; admisso sem concurso s na hiptese decontratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria(art. 37, IX, CF/88);

    --reclamaes trabalhistas processadas perante a Justia do Trabalho (art.

    1141

    , CF/88) se o vnculo for trabalhista, e perante a Justia Comum, se forestatutrio (art. 109, I2, CF/88 e Smula 137/STJ);

    --impossibilidade, em regra, de seus servidores acumularem cargos pblicos(art. 37, XVI e XVII, CF/88);

    --atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana eao popular;

    --imunidade (recproca ou ontolgica) de impostos sobre patrimnio, renda eservios (art. 150, 2, CF/88);

    --dbitos pagos mediante precatrio, exceto os definidos em lei como depequeno valor (art. 100, 1 e 3, CF/88);

    --prazos processuais privilegiados: em dobro para recorrer e em qudruplopara contestar (art. 188, CPC) e garantia do duplo grau de jurisdioobrigatrio, quando a sentena lhe for desfavorvel (art. 475, II, CPC e Lei n9.469/97, art. 10);

    --atos com presuno de legalidade;

    --crditos cobrados via execuo fiscal (Lei n 6.830/80 e art. 578, CPC);

    --responsabilidade objetiva e possibilidade de ao de regresso contra seusservidores (art. 37, 6, CF/88);

    --sujeita s regras licitatrias (Lei n 8.666/93).

    Guarde sempre essas caractersticas.

    Adianta decorar? Sempre digo em minhas aulas que aquilo que voc decora,esquece! Ento no decore. Quem est estudando pra concurso sabe da quantidadede matria que tem que saber pra passar numa prova dessas. Se for decorar tudo,fica maluco. Ademais, a questo feita pra confundir. Se voc memorizou sem

    1 Art. 114. Compete Justia do Trabalho conciliar e julgar os dissdios individuais e coletivos entretrabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito pblico externo e da administraopblica direta e indireta dos Municpios, do Distrito Federal, dos Estados e da Unio (...).2 Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a Unio, entidadeautrquica ou empresa pblica federal forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ouoponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho (...).

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    entender direito o contexto, vai errar com mesma probabilidade de um chute comolhos fechados!

    Ento, o que fazer?

    O melhor entender a matria, no s Administrativo, mas todas, desdecontabilidade, estatstica etc. Se voc entende, no precisa decorar.

    Pegue as caractersticas principais e perceba as nuances com as demais entidades,vistas a seguir, e noutro dia, releia esses pontos principais. Voc ver que fica fcildessa forma.

    Finalizando autarquias genericamente consideradas, cito como exemplo o INSS, aOAB, o Banco Central do Brasil, IBGE e diversas universidades.

    No posso deixar de destacar algumas outras espcies de autarquias, citadas peladoutrina e eventualmente exigidas nos concursos atuais.

    Au t a rqu ia Te r r i t o r i a l

    a diviso geogrfica, com personalidade jurdica prpria, criada para prestarservios genricos sociedade, como sade, educao, segurana, justia etc.Assim, foge regra da especializao das autarquias.

    Exemplos desse tipo de autarquia so os t e r r i t r i os f ede ra is, que atualmente noexistem no Brasil mas podem vir a ser criados (art. 33, CF/88). No faz parte dafederao, no possuem autonomia legislativa, e so subordinados ao podercentral.

    Aut arqu ia em Reg im e Especia lEssa uma caracterstica dada a certas autarquias pela lei que as cria,correspondendo apenas a presena de um maior nmero de privilgios concedidosa ela. A doutrina ainda pouco se refere a ela, mas indica exemplos, como a USP,UNESP, Banco Central do Brasil.

    Agnc ia Regu lador a

    uma autarquia criada sob regime especial, com a atribuio de exercer o podernormativo das concesses e permisses de servios pblicos, competncia essaque, originalmente, do Poder Pblico.

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    Assim, exerce o poder de polcia3, fiscalizando e controlando a atuao dosconcessionrios e permissionrios. Entre os muitos exemplos que temosatualmente, cito ANEEL, ANA, ANATEL, ANVS.

    Seguindo a definio dada por Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino4, so entidadesadministrativas com alto grau de especializao tcnica, integrantes da estruturaformal da Administrao Pblica, institudas sob a forma de autarquias em regimeespecial, com a funo de regular um setor especfico de atividade econmica, oude intervir de forma geral sobre relaes jurdicas decorrentes destas atividades,que devem atuar com a maior independncia possvel perante o Poder Executivo ecom imparcialidade em relao s partes interessadas (Estado, setores regulados esociedade).

    Agnc ia Execu t i v a

    uma qua l i dade ou a t r i bu t o de pes s oa j u r d i c a de d i r e i t o pb l i c o quece lebre con t ra to de ges to (art. 37, 8, CF/88 e art. 5, Lei Federal n9.637/98) para otimizar recursos, reduzir custos, aperfeioar o servio pblico.

    Ressalte-se que tal qualidade pode s e r a t r i bu da t an t o s au t a rqu ias quan t os fundaes, desde que cumpram os requisitos do art. 51 da Lei Federal n9.649/98:

    I ter um plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional em andamento;

    II ter celebrado Contrato de Gesto com o respectivo Ministriosupervisor.

    Um exemplo de privilgio dado a esse tipo de autarquia pode ser visto na Lei delicitaes pblicas (Lei n 8.666/93, alterada pela Lei n 9.648/98), cujo art. 24,assim dispe:

    Art. 24. dispen svel a l ic i tao :

    I para obras e servios de engenharia de v a lo r a t 1 0 % ( d e z p orc en t o ) do l im i t e p rev i s t o na alnea "a", do inciso I do artigo anterior,desde que no se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servio ouainda para obras e servios da mesma natureza e no mesmo local quepossam ser realizadas conjunta e concomitantemente;

    II para outros servios e compras de v a lo r a t 1 0 % ( d e z p orc en t o ) do l im i t e p rev i s t o na alnea "a", do inciso II do artigo anterior e

    para alienaes, nos casos previstos nesta Lei, desde que no se refirama parcelas de um mesmo servio, compra ou alienao de maior vultoque possa ser realizada de uma s vez;

    (...)

    Pargrafo nico. Os pe rc en t ua i s r e f e r i dos nos i nc i s os I e I I des t ea r t i g o , s er o 2 0 % ( v i n t e p o r c e n t o ) para compras, obras e servioscontratados por sociedade de economia mista e empresa pblica, bem

    3 Visto na aula 3.4Agncias Reguladoras. Rio de Janeiro: Impetus, 2003, p. 20.

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    assim por aut arqu ia e fundao qua l i f i cadas, na fo rm a da lei , comoAgnc ias Execut ivas.

    (grifou-se)

    Assim, as agncias executivas esto dispensadas de promoverem licitao at 20%do valor indicado na Lei (atualmente R$ 150.000,00 e R$ 80.000,00, art 23, I, a eII, a, da Lei n 8.666/93), enquanto que as demais tm essa dispensa limitada a10% desses valores.

    Veja tambm o que diz o art. 52 da Lei n 9.649/98:

    Art. 52.Os planos estratgicos de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional definiro diretrizes, polticas e medidas voltadas para aracionalizao de estruturas e do quadro de servidores, a reviso dosprocessos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e ofortalecimento da identidade institucional da Agnc ia Execu t i v a .

    1o Os Cont ratos de Gesto das Agnc ias Execut ivas serocelebrados com periodicidade mnima de um ano e estabelecero osobjetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade,bem como os recursos necessrios e os critrios e instrumentos para aavaliao do seu cumprimento.

    2o O Poder Executivo definir os critrios e procedimentos para aelaborao e o acompanhamento dos Cont ratos de Gesto e dosprogramas estratgicos de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional das Agnc ias Execu t i v as.

    (grifou-se)

    Assim, como visto, a agnc ia ex ec u t i v a t em m a io res p r i v i l g i os que asdemais au ta rqu ias ou fundaes sem essa qua l idade , mas fica adstrita a umcontrato de gesto. Tra t a - s e de en t i dade j ex i s t en t e que , t em pora r i am en t e ,tem essa carac te r s t i ca . O aspecto transitrio refere-se durao de ditocontrato de gesto.

    Entenda bem cada uma dessas espcies, a tendncia de aumentar a cobranadesses assuntos.

    5.4.1.2 FUNDAES DE DIREITO PBLICO

    A natureza jurdica das fundaes muito controvertida na doutrina, algunsnegando a possibilidade de a mesma ter natureza pblica, outros admitindo tanto anatureza pblica quanto a privada.

    Para os fins a que se destina este trabalho, no vamos nos aprofundar muito nessadiscusso, que dificilmente objeto de questionamento nos concursos.

    H tambm quem sustente que fundao uma espcie do gnero autarquia. At oSTF5 j decidiu dessa forma:

    RECURSO EXTRAORDINRIO. FUNDAO NACIONAL DE SADE.CONFLITO DE COMPETNCIA ENTRE A JUSTIA FEDERAL E A JUSTIA

    5 STF, RE 215741/SE, relator Ministro Mauricio Corra, publicao DJ 04/06/1999.

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    COMUM. NATUREZA JURDICA DAS FUNDAES INSTITUDAS PELOPODER PBLICO. 1. A Fundao Nacional de Sade, que mantida porrecursos oramentrios oficiais da Unio e por ela instituda, entidade

    de direito pblico. 2. Conflito de competncia entre a Justia Comum e aFederal. Artigo 109, I da Constituio Federal. Compete Justia Federalprocessar e julgar ao em que figura como parte fundao pblica,tendo em vista sua situao jurdica conceitual assemelhar- se, em suaorigem, s autarquias. 3. Ainda que o artigo 109, I da ConstituioFederal, no se refira expressamente s fundaes, o e n t e n d i m e n t odes ta Cor te o de que a f ina l idade, a o r igem dos recursos e oreg im e adm in i s t r a t i v o de t u t e l a abs o lu t a a que , po r l e i , es t osu je i tas , fazem de las espc ie do gnero au ta rqu ia . 4. Recursoextraordinrio conhecido e provido para declarar a competncia daJustia Federal.

    (grifou-se)Veja tambm esse outro julgado6, que determina que tambm se aplica a elas avedao acumulao de cargos:

    ACUMULAO DE CARGO, FUNO OU EMPREGO. FUNDAOINSTITUDA PELO PODER PBLICO. Nem toda fundao instituda peloPoder Pblico fundao de direito privado. As fundaes, institudaspelo Poder Pblico, que assumem a gesto de servio estatal e sesubmetem a regime administrativo previsto, nos Estados-Membros, porleis estaduais so fundaes de direito pblico, e, portanto, pessoas

    jurdicas de direito pblico. Tais fundaes so espc ie do gneroa u t a r q u i a (...)

    (grifou-se)

    Portanto, bastam breves comentrios sobre fundao para satisfazer s exignciasdas bancas examinadoras, sabendo, claro, as caractersticas das autarquias.

    Pela definio mais clssica, tem-se que f u n d a o u m p a t r i m n i opersona l i zado , sem f ins luc ra t i vos , des t inado a um f im espec f i co .

    O patrimnio pode ser todo pblico ou no, e sua personalidade jurdica, pblica ouprivada, ser definida em lei. Como regra, suas atribuies so estatais na reasocial, tem capacidade de auto-administrao e est sujeita tutela, ou controle,estatal.

    perfeitamente possvel a criao, tanto de autarquias quanto de fundaes, por

    todos os entes da Administrao Pblica (Unio, Estados-membros, Distrito Federale Municpios), cada qual na sua rea de competncia.

    Por fim, prev o art. 37, XIX da CF/88, que a criao de fundaes serautor i zada por le i espec f i ca , sendo que l e i c om p lem en t a r de f i n i r s uasreas de a tu ao.

    Assim, usando a concluso dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,tem-se:

    6 STF, RE 101126/RJ, relator Ministro Moreira Alves, publicao DJ 01/03/1985.

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    Fundao Pblica compersonalidade jurdica de Direito

    Institudas por

    Pblico lei especfica (diretamente)

    Privadoato prprio do Poder Executivo,

    autorizado por lei especfica.

    Cito como exemplos a Fundao Nacional do ndio, o Conselho Nacional deEngenharia e a Fundao Brasil Central, todas no mbito federal, e a FundaoUniversidade Estadual de Londrina, no Paran.

    5.4.2 DESCENTRALIZAO PARA PESSOA PRIVADA

    5.4.2.1 EMPRESAS PBLICAS

    A definio de empresa pblica foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67, em seu art.6, II, que dizia ser ... entidade dotada de personalidade jurdica de direitoprivado, com patrimnio prprio e capital exclusivo do Estado, criada por lei7 para aexplorao de atividade econmica, podendo revestir-se de qualquer das formasadmitidas em direito.

    Veja tambm a previso constitucional, em seu art. 173, alterado pela EC n19/98:

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, aexplorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitidaquando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevanteinteresse coletivo, conforme definidos em lei.

    " 1 - A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, dasociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorematividade econmica de produo ou comercializao de bens ou deprestao de servios, dispondo sobre:

    I - sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e pelasociedade;

    II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas,

    inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas etributrios;

    III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes,observados os princpios da administrao pblica;

    IV - a constituio e o funcionamento dos conselhos de administrao efiscal, com a participao de acionistas minoritrios;

    V - os mandatos, a avaliao de desempenho e a responsabilidade dosadministradores."

    7 De acordo com a atual CF/88, em seu art. 37, XIX, exige-se apenas l e i espec f i ca paraau t o r i zao; uma vez autorizada, a criao dar-se- por meio de decreto.

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    2 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista nopodero gozar de privilgios fiscais no extensivos s do setor privado.

    3 - A lei regulamentar as relaes da empresa pblica com o Estadoe a sociedade. 4 - A lei reprimir o abuso do poder econmico que vise dominaodos mercados, eliminao da concorrncia e ao aumento arbitrrio doslucros8.

    5 - A lei, sem prejuzo da responsabilidade individual dos dirigentes dapessoa jurdica, estabelecer a responsabilidade desta, sujeitando-a spunies compatveis com sua natureza, nos atos praticados contra aordem econmica e financeira e contra a economia popular.

    Isto posto, pa ra f i x a r , veja suas principais caractersticas:

    --criao autorizada por lei especfica (art. 37, XIX, CF/88); uma vez

    autorizada, a criao seguir o modelo do direito privado, por meio dedecreto; extino tambm por lei;

    --podem ser sociedades mercantis, industriais ou de servios; vinculam-se aosfins previstos na lei;

    --podem prestar servio pblico ou explorar atividade econmica em cartersuplementar, se necessria segurana nacional ou relevante interessecoletivo;

    --sujeitas s regras do direito privado, derrogado (parcialmente revogado)pelo direito pblico9, quando exploradora de atividade econmica e s regrasdo direito pblico, com as ressalvas constitucionais e legais, quando

    prestadora de servio pblico;--devem licitar, com regras prprias ou da Lei de Licitaes n 8.666/93;

    --capital exclusivamente pblico (unipessoal se 100% do capital pertencer aum ente da federao; pluripessoal se dividido entre dois ou mais entes);

    --sujeitas s obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrias;

    --vedados privilgios fiscais no extensivos ao setor privado;

    --a responsabilidade civil objetiva (art. 37, 6, CF/88) somente se aplicaquelas prestadoras de servios pblicos, no s exploradoras de atividadeseconmicas;

    --admitem qualquer forma societria prevista em direito (sociedade annima,

    de responsabilidade limitada, capital e indstria, comandita etc);--servidores regidos pela CLT, com acesso mediante concurso pblico (art. 37,II, CF/88), sendo possvel o acesso mediante seleo simplificada no caso deexploradora de atividade econmica;

    8 Veja tambm o que diz o recente art. 146-A, includo pela Emenda Constitucional n 42, de19.12.2003: Lei complementar poder estabelecer critrios especiais de tributao, com o objetivo deprevenir desequilbrios da concorrncia, sem prejuzo da competncia de a Unio, por lei, estabelecernormas de igual objetivo.9 O STF j se referiu a esse como um sistema semipblico MS 21.322-1/DF, 23/04/1993.

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    --impossibilidade de acumulao de cargos de seus servidores (art. 37, XVI eXVII, CF/88), e equiparados a funcionrios pblicos para fins penais (art. 327,CP) e de improbidade administrativa (Lei n 8.429/92);

    --sujeio ao teto de remunerao, se receber recursos pblicos parapagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, 9);

    --competente a Justia do Trabalho nas causas em que a controvrsia decorrente de contrato de trabalho (STJ, MAS 1.691/PE, 06/09/91);

    --competente a Justia Federal, com as excees do art 109, I, CF/8810, nocaso das empresas pblicas federais, e da Justia Estadual, no caso dasestaduais e municipais;

    --atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana (sede natureza pblica) e ao popular (se lesivos ao patrimnio pblico).

    No que concerne possibilidade de f a lnc ia, o entendimento de boa parte da

    doutrina (no pacfico) era de que, se fosse pres tadora de serv io pb l i co , nose su je i ta r ia fa lnc ia; se fosse exp lo radora de a t i v idade econmica ,poder ia se su je i ta r a e la , em face da similaridade com o regime privado (art.173, 1, II, CF/88). No entanto, a nova Lei n 11.101/2005, previuexpressamente o seguinte:

    Art. 1 Esta Lei disciplina a recuperao judicial, a recuperaoextrajudicial e a falncia do empresrio e da sociedade empresria,doravante referidos simplesmente como devedor.

    Art. 2 Esta Lei no se aplica a:

    I empresa pblica e sociedade de economia mista; (...)

    Como a antiga Lei de Falncias foi revogada, atualmente no h instrumentonormativo que regre esse assunto.

    So exemplos de empresas pblicas: Infraero, Correios, Caixa Econmica Federal.

    Aqui o mesmo comentrio que fiz nas autarquias: guarde bem, tanto ascaractersticas comuns de cada ente, como os detalhes que os diferenciam.Concursos adoram esse tipo de coisa. so caractersticas comuns... ou ento, oque fundamentalmente distingue uma da outra....

    5.4.2.2 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

    10 Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:I as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas nacondio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalhoe as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho (...).STJ, Smula n 15: Compete Justia Estadual processar e julgar os litgios decorrentes de acidentedo trabalho. Veja tambm: STJ, RESP 369016, relator Ministro Hlio Quaglia Barbosa, publicao DJ18/11/2004: da Justia Comum Estadual, em primeiro e segundo graus da jurisdio, nos termosdo disposto no art. 109, inciso I, da Lei fundamental, a competncia para processo e julgamento dasquestes relativas a benefcios decorrentes de acidente do trabalho, mesmo quando digam respeito reviso do valor dos mesmos.

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    Da mesma forma que a empresa pblica, a definio de sociedade deeconomia mista tambm foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67, em seuart. 6, III, in verbis: ... entidade dotada de personalidade jurdica de

    direito privado, criada por lei11 para a explorao de atividade econmica,sob a forma de sociedade annima.

    Assim, basicamente so dois os pr inc ipa is t raos d is t in t i vos entre esses doistipos de empresas estatais:

    --formao do capital;

    --organizao;

    --competncia jurisdicional.

    Enquanto as em pr esas pb l i c as dev em t e r 100 % do c ap i t a l pb l i c o, nassociedades de econom ia m is t a a par t i c ipao deve ser m a jo r i t r ia do PoderPbl ico , admitindo-se a participao de capital privado.

    Por outro lado, as em pres as pb l i c as podem rev es t i r - s e de qua lque r f o rm aadm i t i da em d i r e i t o , enquanto que as soc iedades de economia m is ta devemser sob a fo rma de soc iedade ann ima. A primeira pode ser civil ou comercial;a segunda, sempre comercial.

    Finalmente, enquanto a em pres a pb l i c a t em f o ros d i f e ren t es (Just iaFedera l , no caso das empresas pblicas federais, e Just ia Estad ual , no caso dasestaduais e municipais), as soc iedades de economia m is ta tm como forosempre a Just ia Estadu al .

    Como exemplos, temos o Banco do Brasil, a Petrobrs e a Telebrs.

    5.4.2.3 CONCESSIONRIAS, PERMISSIONRIAS E AUTORIZATRIAS

    Apenas para citar, quando a Administrao Pblica deseja repassar a execuo dedeterminado servio pblico de sua competncia para a iniciativa privada podefaz-lo mediante aut or i zao, perm isso ou concesso (art. 21, XII, e art. 175,CF/88). Como dita a maior parte da doutrina, no fazem parte da AdministraoPblica Indireta.

    Essas trs figuras sero estudadas na aula 5, sobre servios pblicos.

    5.4.2.4 OUTROS

    Em face da evoluo e das exigncias dos administrados, a prestao de serviospblicos vai se tornando mais complexa, exigindo da Administrao Pblicainovao constante nos meios de atender aos anseios da sociedade.

    Em vista disso, aqui vou destacar algumas formas de prestao alternativa deservios pblicos. Veremos convnios, consrcios, servios sociais autnomos eorganizaes sociais: importantes para concursos. Perguntas sobre autarquias,

    11 De acordo com a atual CF/88, em seu art. 37, XIX, exige-se apenas l e i espec f i ca paraau t o r i zao; uma vez autorizada, a criao dar-se- por meio de decreto.

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    empresas pblicas etc, j esto batidas (mas no deixam de cair), e possvel quecomecem a cobrar mais outros detalhes, como os vistos a seguir.

    CONVNIOS

    So a jus tes en t re pessoas pb l i cas en t re s i ou en t re e las e par t i cu la respara rea l i zao de serv ios ou obras pb l i cas (art. 23, nico e art. 241,CF/88). D-se o nome de convnio quando o acordo feito entre entes distintos,por exemplo, entre Unio e Estado-membro, ou entre este e Municpio. Se forem damesma espcie, denomina-se consrcio, visto a seguir.

    Esse acordo ou ajuste administrativo visa consecuo de interesse comum dosconvenentes. Pode ter por objeto qualquer coisa (obra, servio, uso), e, comoregra, sem prazo certo. Por sua prpria caracterstica, no adquire personalidade

    jurdica, nem necessita registro ou arquivamento em rgos pblicos.

    CONSRCIO

    De maneira semelhante ao convnio, chama-se c ons rc i o o a j us t e en t repessoas pb l i cas da mesm a espcie (ou seja, entre Estados, entre Municpios)para consecuo de in t e resse com um ent r e as par t es.

    A doutrina ainda aponta algumas poucas diferenas entre ambos, porm de poucaimportncia prtica.

    SERVIOS SOCIAIS AUTNOMOS

    So pessoas ju r d icas de d i re i to p r i vado que co laboram com aAdmin is t rao Pb l i ca , sem f ins luc ra t i vos e que , regra gera l , v incu lam-sea ca tegor ias p ro f i ss iona is . A tuam nas reas de educao, sade,ass is tnc ia soc ia l .

    Os exemplos mais conhecidos so: SESC, SENAI, SENAC, SESI.

    Seguem as regras do direito privado, porm podem receber recursos pblicos oucontribuies (art. 149, CF/88); seus empregados sero contratados segundoregras da CLT, atravs de processo seletivo; so equiparados a funcionriospblicos para fins penais (art. 327, 1, CP); submetem-se fiscalizao doTribunal de Contas (art. 70, nico, CF/88); atos dos dirigentes podem serquestionados por Mandado de Segurana ou Ao Popular, se revestidos de

    caractersticas de atos administrativos ou causarem prejuzo ao patrimnio daentidade; dirigentes esto sujeitos Lei n 8429/92 (improbidade administrativa);suas aes sero julgadas pela Justia Comum (Smula 516, STF); no possuemprivilgios administrativos, fiscais ou processuais, exceto se alguma lei especficalhes atribuir algum privilgio; esto obrigados a seguir os princpios da licitao.

    ORGANIZAES SOCIAIS

    So pessoas ju r d icas de d i re i to p r i vado sem f ins luc ra t i vos , vo l tadas aodesempenho de a t i v idades de in te resse pb l i co , em espec ia l nas reas desade, cu l tu ra , ens ino , pesqu isa , tecno log ia , me io ambien te que ,

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    dec la radas de in te resse soc ia l ou de u t i l i dade pb l i ca , ce lebram cont ra tosde ges t o com a Adm in i s t r aoPbl ica. Veja o que prev o art. 1 da Lei n9.637/98:

    Art. 1 O Poder Executivo poder qualificar como organizaes sociaispessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividadessejam dirigidas ao ensino, pesquisa cientfica, ao desenvolvimentotecnolgico, proteo e preservao do meio ambiente, cultura e sade, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

    Assim, no so entidades da Administrao Indireta, mas apenas pessoas jurdicasde direito privado que prestam atividades pblicas atravs de contrato de gesto,com apoio e controle pblicos.

    Essas entidades podem perder tal qualificao a qualquer tempo. Uma vezpactuado, podem receber recursos pblicos, bem mveis ou imveis, que sero

    revertidos no caso de desqualificao, segundo prev o art. 16 da mesma Lei n9.637/98:

    Art. 16. O Poder Executivo poder proceder desqualificao daentidade como organizao social, quando constatado o descumprimentodas disposies contidas no contrato de gesto.

    1 A desqualificao ser precedida de processo administrativo,assegurado o direito de ampla defesa, respondendo os dirigentes daorganizao social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuzosdecorrentes de sua ao ou omisso.

    2 A desqualificao importar reverso dos bens permitidos e dosvalores entregues utilizao da organizao social, sem prejuzo de

    outras sanes cabveis.A destinao dos bens ser feita sem licitao prvia, o que merece crticas porparte da doutrina. o que determina o 3, do art. 12 da citada lei:

    3 Os bens de que trata este artigo sero destinados s organizaessociais, dispensada licitao, mediante permisso de uso, consoanteclusula expressa do contrato de gesto.

    5.4.3 CONTRATO DE GESTO

    Os chamados cont ra tos de ges to , inmeras vezes citados aqui, so acordosentre a Administrao Pblica Centralizada e as entidades da AdministraoIndireta, ou entre aquela e as organizaes sociais, com o objetivo de estabelecerm e t as e d i r e t r i z es , em c on t rapa r t i da de um a m a io r au t onom iaadm in i s t r a t i v a . Se o pacto entre a Administrao Pblica e uma organizaosocial, pode haver repasse de verbas pblicas, com o controle estatal deatingimento dos objetivos contratados.

    Assim, o con t ro le passa a ser de resu l tados, podendo a Administrao Pblicamanter, alterar ou encerrar o contrato, se de sua convenincia.

    O princpio basilar desses contratos a ef ic inc ia , buscada pela Estado, naconsecuo dos fins.

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    Foi na reforma administrativa de 1998 (EC n 19/98) que surgiu essa previso nombito constitucional, incluindo tambm tal princpio da eficincia como deobservncia obrigatria pelos administradores pblicos:

    "Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dosPoderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpiosobedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    (...)

    8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos eentidades da administrao direta e indireta poder ser ampliadamediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poderpblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para orgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre:

    I o prazo de durao do contrato;II os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos,obrigaes e responsabilidade dos dirigentes;

    III a remunerao do pessoal."

    Como previsto na CF/88, o contrato de gesto pode ser firmado entre rgospblicos ou entidades privadas.

    Pactuado com um rgo , pretende a m p l i a r a a u t o n o m i a dele, vinculada aoatingimento das metas estipuladas no mesmo contrato.

    Se, por outro lado, for celebrado com uma organ izao social, haver umaum en t o no c on t ro l e es t a t a l sobre essa entidade, uma vez que passar a lhe

    fornecer bens e recursos pblicos para a consecuo dos seus objetivos.Relembrando, se uma autarquia ou fundao pblica celebrar contrato de gestocom a Administrao Pblica, ser ela qualificada como agnc ia execu t i va , nostermos da Lei n 9.649/98, com os benefcios de aumento de autonomiaadministrativa, oramentria, financeira, porm, adstrita ao cumprimento dosobjetivos plasmados no contrato.

    Ento, ressalte-se uma vez mais que agncia executiva no uma nova espcie naestrutura da Administrao Pblica, mas sim uma autarquia, ou fundao pblica,

    j existente, que foi qualificada como tal, por haver celebrado esse contrato, comdurao mnima de um ano.

    A segunda hiptese de celebrao desse contrato, desta vez com as organizaessociais, regida pela Lei n 9.637/98. A entidade se obriga a atingir certas metasde interesse social, e a Administrao colabora com esses objetivos, sejatransferindo recursos, seja fornecendo bens pblicos ou mesmo servidores. AAdministrao controla o cumprimento do contrato, devendo a entidade fornecerprestaes de contas e relatrios peridicos de suas atividades.

    Sobre a natureza jurdica dos contratos de gesto, temos algumas consideraesimportantes a fazer.

    Algumas crticas so feitas pela doutrina, que no v com bons olhos apossibilidade de celebrao desse contrato com rgos pblicos, em face daausncia de personalidade jurdica tpica dos mesmos.

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    Em face disso, Maria Sylvia Di Pietro considera que os contratos de gesto com elespactuados no teriam a natureza jurdica prpria dos contratos, haja vista aausncia de interesses contrrios entre os contratantes. Assim, cita que teriam a

    natureza de meros termos de compromisso, assumidos pelas autoridadescompetentes.

    Pelo mesmo motivo, considera que tampouco haveria essa natureza jurdica nocaso de contratos entre a Administrao Pblica Direta e a Indireta, pois tampoucocabe a existncia de interesses opostos. Para a consagrada mestre, haveria umaespcie de convnio.

    Embora haja essa divergncia doutrinria, destaque-se que a CF/88 expressamentepreviu essa figura do contrato de gesto firmado tambm com rgos pblicos,sabidamente despersonalizados. Assim, no se discute a validade desses contratos,ainda que sejam de difcil enquadramento diante dos conceitos tradicionais decontratos.

    Entendeu bem essa novidade? Se no, volte e reveja esse ponto, com grandeschances de cair nos prximos concursos.

    De teoria, por hoje s.

    Que tal deixar pra amanh a leitura do resumo?

    E pra depois de amanh os exerccios? As dvidas durante a resoluo deles vocpode tirar relendo o que esqueceu.

    Bons estudos e um abrao.

    Leandro

    PARA GUARDAR

    Administrao Pblica o Estado; administrao pblica a atividadeadministrativa do Estado.

    Administrao Direta/Centralizada: prestao servios pblicos pelos prpriosrgos estatais.

    Administrao Indireta/Descentralizada: prestao de servios pblicos pordelegao ou outorga do poder pblico.

    Descentralizao: repasse de atividades de uma pessoa para outra.

    Desconcentrao: repasse de atividades dentro da mesma pessoa jurdica. O repasse de servio pblico pode ser feito para pessoas jurdicas de diretopblico ou de direito privado.

    Mesmo as pessoas privadas tm limitaes, impostas pela derrogao dodireito privado pelo pblico.

    A descentralizao pode ser via outorga (por lei, da titularidade e daexecuo), ou delegao (por contrato/ato, da execuo somente).

    Caractersticas das au t a rqu ias:

    --criao por lei especfica; organizao por decreto, regulamento ouestatuto;

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    --personalidade jurdica de direito pblico;

    --auto-administrao;

    --atuao em nome prprio;

    --especializao dos fins ou atividades; exercem atividades tpicas de Estado;

    --sujeita a controle ou tutela ordinria, preventiva ou repressiva, delegalidade ou de mrito;

    --dotadas de patrimnio prprio, inalienvel, impenhorvel e imprescritvel;

    --admisso de servidores pblicos por concurso (art. 37, II, CF/88), sobregime estatutrio ou da CLT; admisso sem concurso s na hiptese decontratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria (art.37, IX, CF/88);

    --reclamaes trabalhistas processadas perante a Justia do Trabalho (art.

    114, CF/88) se o vnculo for trabalhista, e perante a Justia Comum, se forestatutrio (art. 109, I, CF/88 e Smula 137/STJ);

    --impossibilidade, em regra, de seus servidores acumularem cargos pblicos(art. 37, XVI e XVII, CF/88);

    --atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana eao popular;

    --imunidade (recproca ou ontolgica) de impostos sobre patrimnio, renda eservios (art. 150, 2, CF/88);

    --dbitos pagos mediante precatrio, exceto os definidos em lei como depequeno valor (art. 100, 1 e 3, CF/88);

    --prazos processuais privilegiados: em dobro para recorrer e em qudruplopara contestar (art. 188, CPC) e garantia do duplo grau de jurisdio obrigatrio,quando a sentena lhe for desfavorvel (art. 475, II, CPC e Lei n 9.469/97, art.10);

    --atos com presuno de legalidade;

    --crditos cobrados via execuo fiscal (Lei n 6.830/80 e art. 578, CPC);

    --responsabilidade objetiva e possibilidade de ao de regresso contra seusservidores (art. 37, 6, CF/88);

    --sujeita s regras licitatrias (Lei n 8.666/93).

    Au t a rqu ia T e r r i t o r i a l a diviso geogrfica, com personalidade jurdica

    prpria, criada para prestar servios genricos sociedade ( uma exceo aoprincpio da especializao).

    Autarqu ia em Reg ime Espec ia l uma caracterstica dada a certasautarquias pela lei que as cria, correspondendo apenas a p res en a de um m a io rnm ero de p r i v i l g i os. Em geral, so subdivididas em: Agncias Reguladoras eAgncias Executivas.

    Agnc ia Regu ladora uma autarquia criada sob regime especial, com aatribuio de exercer o poder normativo das concesses e permisses de serviospblicos, com petnc ia essa que , o r ig ina lm ent e , do Poder Pb l i co .

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    Agnc ia Execu t i va uma qualidade ou atributo de pessoa jurdica dedireito pblico que celebre contrato de gesto. Ta l qua l idade pode ser atribudatanto s autarquias quanto s fundaes, des de que c um pram os requ i s i t os

    legais . Fundao instituda pelo poder pblico um patrimnio dotado depersonalidade jurdica, destinado prestao de atividades pblicas na rea social.Segundo STF, espcie do gnero autarquia.

    Principais caracte r s t i cas das em presas pb l i cas:

    --criao autorizada por lei especfica (art. 37, XIX, CF/88); uma vezautorizada, a criao seguir o modelo do direito privado, por meio de decreto;extino tambm por lei;

    --podem ser sociedades mercantis, industriais ou de servios; vinculam-seaos fins previstos na lei;

    --podem prestar servio pblico ou explorar atividade econmica em cartersuplementar, se necessria segurana nacional ou relevante interesse coletivo;

    --sujeitas s regras do direito privado, derrogado (parcialmente revogado)pelo direito pblico, quando exploradora de atividade econmica e s regras dodireito pblico, com as ressalvas constitucionais e legais, quando prestadora deservio pblico;

    --devem licitar, com regras prprias ou da Lei de Licitaes n 8.666/93;

    --capital exclusivamente pblico (unipessoal se 100% do capital pertencer aum ente da federao; pluripessoal se dividido entre dois ou mais entes);

    --sujeitas s obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrias;

    --vedados privilgios fiscais no extensivos ao setor privado; --a responsabilidade civil objetiva (art. 37, 6, CF/88) somente se aplicaquelas prestadoras de servios pblicos, no s exploradoras de atividadeseconmicas;

    --admitem qualquer forma societria admitida em direito (sociedadeannima, de responsabilidade limitada, capital e indstria, comandita etc);

    --servidores regidos pela CLT, com acesso mediante concurso pblico (art.37, II, CF/88), sendo possvel mediante seleo simplificada, no caso deexploradora de atividade econmica;

    --impossibilidade de acumulao de cargos de seus servidores (art. 37, XVI e

    XVII, CF/88), e equiparados a funcionrios pblicos para fins penais (art. 327, CP)e de improbidade administrativa (Lei n 8.429/92);

    --sujeio ao teto de remunerao, se receber recursos pblicos parapagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, 9);

    --competente a Justia do Trabalho nas causas em que a controvrsia decorrente de contrato de trabalho (STJ, MAS 1.691/PE, 06/09/91);

    --competente a Justia Federal, com as excees do art 109, I, CF/88, nocaso das empresas pblicas federais, e da Justia Estadual, no caso das estaduais emunicipais. CF, art. 109, I: Aos juzes federais compete processar e julgar ascausas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem

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    interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as defalncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia doTrabalho. STJ, Smula n 15: Compete Justia Estadual processar e julgar os

    litgios decorrentes de acidente do trabalho; --atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana (sede natureza pblica) e ao popular (se lesivos ao patrimnio pblico).

    Sobre f a lnc ia, tem-se que, se for pres tador a de serv io pb l i co , no sesu je i t a a ela , por suas prprias caractersticas. Alm disso, a Lei n 11.101/2005,previu expressamente que no se aplica empresa pblica e sociedade deeconomia mista a recuperao judicial, a recuperao extrajudicial e a falncia doempresrio e da sociedade empresria.

    Caracter s t icas comuns s empresas pbl icas e s soc iedades deec onom ia m is t a: criao e extino por lei; personalidade jurdica de direito

    privado; sujeio parcial ao direito pblico e ao controle do Estado; atividade denatureza econmica. Carac te r s t i cas p rpr ias das empresas pb l i cas: capitalintegralmente pblico; sob qualquer forma admitida em direito. Caracter s t icasprpr ias das soc iedades de economia m is ta : capital misto pblico/privado,com participao majoritria daquele; exclusivamente sob a forma de sociedadeannima.

    Enquanto a em pr esa pb l i c a t em f o ros d i f e ren t es (Just ia Federa l , nocaso das empresas pblicas federais, e Just ia Estadual , no caso das estaduais emunicipais), as sociedades de econom ia m is ta tm como foro sempre a Just iaEstadual .

    Convn ios so ajustes entre pessoas pblicas entre si ou entre elas e

    particulares para realizao de servios ou obras pblicas Consrc io o ajuste entre pessoas pblicas da mesma espcie (ou seja,entre Estados, entre Municpios) para consecuo de interesse comum entre aspartes.

    Serv ios Soc ia is Au tno m os so pessoas jurdicas de direito privado quecolaboram com a Administrao Pblica, sem fins lucrativos e que, regra geral, sevinculam a categorias profissionais. Atuam nas reas de educao, sade,assistncia social.

    Organizaes Soc ia is so pessoas jurdicas de direito privado sem finslucrativos, voltadas ao desempenho de atividades de interesse pblico, em especialnas reas de sade, cultura, ensino, pesquisa, tecnologia, meio ambiente que,

    declaradas de interesse social ou de utilidade pblica, celebram contratos de gestocom a Administrao Pblica.

    Os cont ra tos de ges to so acordos entre a Administrao PblicaCentralizada e as entidades da Administrao Indireta, ou entre aquela e asorganizaes sociais, com o objetivo de es tabe lecer metas e d i re t r i zes , emc on t rapa r t i da de um a m a io r au t onom ia adm in i s t r a t i v a . Se o pacto entre aAdministrao Pblica e uma organizao social, pode haver repasse de verbaspblicas, com o controle estatal de atingimento dos objetivos contratados.

    O cont r o le de resu l tados .

    O princpio basilar desses contratos a ef ic inc ia .

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    Pactuado com um rgo , am p l i a sua au t onom ia, vinculada ao atingimentodas metas estipuladas no mesmo contrato.

    Celebrado com uma organ izao social, haver um a u m e n t o n o c o n t r o lees ta ta l sobre essa entidade, uma vez que passar a lhe fornecer bens e recursospblicos para a consecuo dos seus objetivos.

    EXERCCIOS

    1 (CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se

    ( ) Pelo desempenho de atividades tipicamente estatais.

    ( ) Por serem entidades dotadas de personalidade jurdica de direito pblico.

    ( ) Por beneficiarem-se dos mesmos prazos processuais aplicveis administrao

    pblica centralizada.( ) Como rgo prestadores de servios pblicos dotados de autonomiaadministrativa.

    ( ) Por integrarem a administrao pblica centralizada.

    2 (CESPE/PROCURADOR/INSS/98) Julgue os itens abaixo, relativos organizaoe aos privilgios da administrao pblica brasileira.

    ( ) Fica sujeita ao duplo grau de jurisdio obrigatrio a sentena que julgarprocedente o pedido deduzido em ao em que a fundao pblica federal figurecomo r.

    ( ) Uma empresa pblica constituda de capital exclusivamente pblico, emboraesse capital possa pertencer a mais de um ente.

    ( ) So processadas e julgadas na justia federal as aes propostas por servidorescontra as empresas pblicas federais com as quais mantenham relao jurdicalaboral.

    ( ) Os bens do INSS so impenhorveis. Os dbitos desse ente pblico, definidosem sentena judicial, so pagos exclusivamente por meio de precatrios.

    3 (ESAF/AGU/98) A Administrao Pblica, como tal prevista na ConstituioFederal (art. 37) e na legislao pertinente (Decreto-Lei no 200/67, com alteraes

    supervenientes), alm dos rgos estatais e de diversos tipos de entidadesabrange, tambm,

    (A) as concessionrias de servio pblico em geral

    (B) as universidades federais que so fundaes pblicas

    (C) as organizaes sindicais

    (D) os chamados servios sociais autnomos (Senai, Senac etc.)

    (E) os partidos polticos

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    4 (ESAF/AGU/98) As autarquias e as empresas pblicas, como integrantes daAdministrao Federal Indireta, equiparam-se entre si pelo fato de que ambas so:

    (A) pessoas administrativas, com personalidade jurdica prpria

    (B) pessoas administrativas, sem personalidade jurdica prpria

    (C) pessoas jurdicas de direito pblico interno

    (D) pessoas jurdicas de direito privado

    (E) pessoas ou entidades polticas estatais

    5 (ESAF/ASSISTENTE JURDICO/AGU/99) Quanto s fundaes institudas peloPoder Pblico, com personalidade jurdica de direito pblico, pode-se afirmar,exceto:

    (A) o regime jurdico de seu pessoal pode ser o estatutrio

    (B) os atos de seus dirigentes no so suscetveis de controle pelo MinistrioPblico

    (C) tm as mesmas caractersticas das entidades autrquicas

    (D) podem expressar poder de polcia administrativa

    (E) o seu patrimnio impenhorvel

    6 - (CESPE/ASSISTENTE JUDICIRIO/TJPE/2001) Personalidade jurdica de direitoprivado, necessidade de lei autorizativa especfica para a sua criao e capital socialexclusivamente estatal so caractersticas das:

    (A) autarquias.(B) empresas pblicas.

    (C) sociedades de economia mista.

    (D) fundaes pblicas.

    (E) entidades que integram a administrao pblica direta.

    7 - (CESPE/ASSISTENTE JUDICIRIO/TJPE/2001) A existncia de personalidadejurdica prpria de direito pblico, criao por lei especfica e o desempenho deatividades tpicas de Estado so algumas das caractersticas de um(a):

    (A) autarquia.

    (B) fundao pblica.

    (C) sociedade de economia mista.

    (D) rgo independente.

    (E) rgo autnomo.

    8 - (CONTROLADOR DE ARRECADAO/RJ/2002) A entidade dotada depersonalidade jurdica de direito privado, com patrimnio prprio e capitalpblico majoritariamente do Estado, criada por lei para a explorao de atividadeeconmica que o Governo seja levado a exercer por fora de contingncia ou

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    de convenincia administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formasadmitidas em direito, uma:

    (A) autarquia

    (B) empresa pblica

    (C) fundao pblica

    (D) sociedade de economia mista

    9 - (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) A natureza jurdica dasagncias reguladoras de:

    (a) rgo da administrao direta.

    (b) rgo concentrado.

    (c) Fundao pblica.

    (d) Empresa pblica.

    (e) Autarquia especial.

    10 - (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) Com relao ao regimejurdico no servio pblico, analise as proposies abaixo e assinale a alternativaverdadeira.

    I Nas empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes privadas queexercem atividade econmica o regime jurdico necessariamente ser o celetista.

    II Cada esfera de governo poder instituir o regime estatutrio ou o contratual,

    com possibilidade de conviverem os dois regimes na mesma entidade ou rgo.III H necessidade de que o mesmo regime adotado para a Administrao diretaseja igual para as autarquias e fundaes pblicas.

    IV Na administrao indireta dever existir apenas o regime jurdico celetista.

    (a) As alternativas II e III so verdadeiras.

    (b) As alternativas III e IV so verdadeiras.

    (c) As alternativas II e IV so verdadeiras.

    (d) As alternativas I e II so verdadeiras.

    (e) As alternativas I e IV so verdadeiras.

    11 (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) Analise as seguintesproposies e assinale a alternativa correta.

    I A Administrao pblica pode atuar de forma descentralizada, atribuindo aoutrem poderes da Administrao.

    II A descentralizao administrativa pressupe a existncia de uma pessoa,distinta da do Estado, qual, investida dos necessrios poderes de administrao,exercita atividade pblica ou de utilidade pblica.

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    III A desconcentrao administrativa significa a repartio de funes entre osvrios rgos (despersonalizados) de uma Administrao, sem quebra dehierarquia.

    IV Na descentralizao a execuo de atividades ou a prestao de servios peloEstado indireta; na desconcentrao direta e imediata.

    (a) As alternativas I e III so verdadeiras.

    (b) As alternativas II e IV so verdadeiras.

    (c) As alternativas II e III so falsas.

    (d) Todas as alternativas so verdadeiras.

    (e) Todas as alternativas so falsas.

    12. (ESAF/94) A proibio constitucional de acumular cargos, empregos e funes

    no setor pblico alcana as diversas reas de governo (federal, estadual, distrital emunicipal), compreendendo tanto a Administrao Direta como, tambm, a Indireta

    a) Incorreta, porque a vedao restrita apenas a cargos pblicos

    b) Incorreta, porque a vedao estende-se, tambm, aos chamados servios sociaisautnomos, s concessionrias de servio pblico e s demais entidades sobcontrole indireto do Poder Pblico, como o caso das subsidirias de estatais

    c) Correta esta assertiva

    d) Incorreta esta assertiva, porque a vedao restringe-se Administrao Diretae) Incorreta, porque a vedao restringe-se a cada rea de governo

    13. (ESAF/94) O Banco Central do Brasil

    a) uma Empresa Pblica

    b) uma Sociedade de Economia Mista

    c) um rgo autnomo integrante da Administrao Federal Direta

    d) um rgo autnomo vinculado ao Poder Legislativo

    e) uma Autarquia Federal

    14. (ESAF/94) A diferenciao fundamental entre a Empresa Pblica e a Sociedadede Economia Mista reside precisamente

    a) na sua personalidade jurdicab) na sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusivequanto s obrigaes trabalhistas e tributrias

    c) no controle acionrio do capital social, pelo Poder Pblico

    d) na intensidade de participao do Poder Pblico no seu capital social

    e) na natureza especfica do tipo de atividade desenvolvida

    15. (ESAF/94) As autarquias federais, pela sua natureza, so consideradas pessoas

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    a) polticas

    b) administrativas, com personalidade jurdica de direito privado

    c) jurdicas de direito privadod) administrativas, sem personalidade jurdica prpria

    e) jurdicas de direito pblico

    16. (ESAF/94) A criao de uma entidade, por meio de lei, com personalidadejurdica prpria, para o desempenho exclusivo de uma atividade administrativa,prpria do Poder Pblico, configura uma forma de

    a) delegao de competncia

    b) concesso

    c) coordenao

    d) desconcentrao

    e) descentralizao

    17 - (CESPE/PROCURADOR AUTRQUICO/INSS/99) Em relao ao regime jurdicoaplicvel a rgos e entidade da administrao pblica direta e indireta julgue ositens abaixo.

    (1) entendimento assente na doutrina e na jurisprudncia que os empregadosde sociedades de economia mista no precisam prestar concurso pblico de provasou de provas e ttulos para ingressar em empresas estatais porque estas sesubmetem a regime jurdico prprio das empresas privadas.

    (2) A autonomia gerencial, oramentria e financeira das entidades daadministrao indireta poder ser ampliada mediante contrato de gesto, a serfixado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixaode metas de desempenho para a entidade, sendo descabido falar em contrato degesto assinado por rgos pblicos, uma vez que estes ltimos no tmpersonalidade jurdica.

    (3) A administrao pblica brasileira, tomada em acepo subjetiva, de acordocom a letra do Decreto-lei n 200/67, no engloba os servios sociais autnomos.

    18 - (ESAF/ASSISTENTE JURDICO/AGU/99) So rgos da Administrao Pblica,

    sem personalidade jurdica, exceto:(a) Departamento de Polcia Federal

    (b) Estado Maior das Foras Armadas

    (c) Imprensa Nacional

    (d) Escola Nacional de Administrao Pblica

    (e) Conselho Monetrio Nacional

    19 - (ESAF/PFN/2003) Tratando-se de Administrao Pblica Descentralizada ouIndireta, assinale a afirmativa falsa.

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    a) A qualificao como agncia executiva pode recair tanto sobre entidadeautrquica quanto fundacional, integrante da Administrao Pblica.

    b) Conforme a norma constitucional, a empresa pblica exploradora de atividadeeconmica ter um tratamento diferenciado quanto s regras de licitao.c) Admite-se, na esfera federal, uma empresa pblica, sob a forma de sociedadeannima, com um nico scio.

    d) Pode se instituir uma agncia reguladora cujo objeto de fiscalizao ou regulaono seja uma atividade considerada como de servio pblico.

    e) As entidades qualificadas como Organizaes Sociais, pela Unio Federal,passam a integrar, para efeitos de superviso, a Administrao PblicaDescentralizada.

    20 (ESAF/AFC/SFC/2000) Em relao organizao administrativa, no corretoafirmar:

    a) A autonomia gerencial de rgo despersonalizado pode ser ampliadamediante contrato de gesto.

    b) Somente lei especfica pode criar autarquia.

    c) As organizaes sociais gozam de personalidade jurdica de direito privado.

    d) A rea de atuao da fundao deve ser objeto de lei complementar.

    e) A participao da sociedade de economia mista em empresa privadaprescinde de autorizao legislativa.

    21 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRF5/2003) De acordo com o ensinamentopredominante na doutrina brasileira, pode-se identificar na organizaoadministrativa ptria, como fruto da desconcentrao, no plano federal,

    (A) uma fundao pblica.

    (B) um ministrio.

    (C) uma autarquia qualificada como agncia executiva.

    (D) uma sociedade de economia mista.

    (E) uma agncia reguladora.

    22 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRF5/2003) Uma empresa que exera atividadeeconmica, com 70% de seu capital votante nas mos da Unio, sendo o restantede seu capital de propriedade de um Estado,

    (A) enquadra-se na definio legal de empresa pblica, tendo personalidade jurdicade direito pblico.

    (B) enquadra-se na definio legal de sociedade de economia mista, tendopersonalidade jurdica de direito pblico.

    (C) enquadra-se na definio legal de empresa pblica, tendo personalidade jurdicade direito privado.

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    (D) enquadra-se na definio legal de sociedade de economia mista, tendopersonalidade jurdica de direito privado.

    (E) no se enquadra em nenhuma definio legal quanto s entidades daAdministrao indireta.

    23 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRF5/2003) De acordo com o Direito brasileiro, exemplo de pessoa jurdica de direito pblico externo

    (A) a Unio.

    (B) o Distrito Federal.

    (C) uma sociedade de economia mista com aes negociadas em mercados deaes estrangeiros.

    (D) um Estado-membro, desde que assim reconhecido pelo Senado Federal.

    (E) um Estado estrangeiro.

    24 - (ESAF/CONTADOR RECIFE/2003) As agncias reguladoras criadas nos ltimosanos na esfera federal assumiram a forma jurdica de:

    a) fundaes pblicas

    b) rgos da administrao direta

    c) empresas pblicas

    d) sociedades de economia mista

    e) autarquias

    25 - (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) O Municpio do Recife (PE) qualificado comosendo uma:

    a) agncia pblica.

    b) autarquia territorial.

    c) entidade de administrao indireta.

    d) entidade poltica.

    e) pessoa jurdica de direito privado.

    26 - (JUIZ/TRT 17/2003) Observe as proposies abaixo:I Somente por lei especfica pode ser criada empresa pblica, mas a criao desuas subsidirias independe de autorizao legislativa;

    II Relativamente s fundaes pblicas so elas criadas e institudas pelaAdministrao Pblica destinadas essencialmente realizao de atividades nolucrativas e de interesse dos administrados, sujeitas ao controle positivo do Estadoe impossibilitadas de se extinguir pela sua prpria vontade;

    III Agncias reguladoras so criadas por lei como autarquias de regime especial eseus servidores so vinculados pelo regime estatutrio ou celetista.

    Assinale a letra correta:

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    a) as proposies I e II esto corretas;

    b) as proposies I e III esto corretas;

    c) as proposies II e III esto corretas;d) apenas uma est correta;

    e) todas esto corretas.

    27 (JUIZ/TRT 9/2003) Considere as seguintes proposies:

    I - Nos termos do previsto na Constituio Federal, as autarquias somente podemser criadas por lei complementar. Seus bens so inalienveis, insuscetveis deusucapio e de penhora.

    II - As agncias reguladoras so autarquias especiais. Nos termos da legislaoprpria, seus Conselheiros e Diretores tm mandato fixo e somente o perdero em

    caso de renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processoadministrativo disciplinar.

    III - O regime jurdico dos servidores de empresas pblicas poder ser trabalhistaou estatutrio.

    IV - Por fora de dispositivo constitucional, as sociedades de economia mista estosujeitas ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aosdireitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios. Por isso, no exigida, para contratao de seus empregados, a aprovao prvia em concursopblico de provas ou de provas e ttulos.

    Assinale a alternativa correta:

    (a) Todas proposies esto corretas.(b) Todas as proposies esto erradas.

    (c) Apenas uma proposio est correta.

    (d) Apenas duas proposies esto corretas.

    (e) Apenas trs proposies esto corretas.

    28 (ESAF/TCNICO MPU/2004) As agncias reguladoras so

    a) pessoas jurdicas de direito pblico interno de administrao direta.

    b) sociedades simples.

    c) pessoas jurdicas de direito pblico interno de administrao indireta.d) empresas pblicas.

    e) sociedades empresrias.

    29 - (ESAF/ASSISTENTE JURDICO/AGU/99) A Administrao Pblica, em sentidoobjetivo, no exerccio da funo administrativa, engloba as seguintes atividades,exceto:

    (a) polcia administrativa

    (b) servio pblico

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    (c) elaborao legislativa, com carter inovador

    (d) fomento a atividades privadas de interesse pblico

    (e) interveno no domnio pblico

    30 - (AFC/2002) Como entidades da Administrao Pblica Federal Indireta, asautarquias e empresas pblicas podem ter em comum, por lhes serem iguais:a) a sua natureza jurdica.

    b) a imunidade fiscal.

    c) o foro da Justia Federal.

    d) o regime jurdico de seus servidores.

    e) o fato de constiturem um servio pblico essencial personificado.

    31 - (esaf/TRF/2002) - As empresas pblicas e sociedades de economia mista, nocontexto da Administrao Pblica Federal, detm alguns aspectos e pontos emcomum, juridicamente, mas entre os que lhes so diferentes destaca-se:a) a sua natureza jurdica.

    b) o regime jurdico dos seus servidores.

    c) o foro de controle jurisdicional.

    d) o tratamento fiscal privilegiado.

    e) a exigibilidade de licitao.

    32 (ESAF/PROCURADOR DO BACEN/2002) Tratando-se da relao jurdico-administrativa, assinale a opo falsa.

    a) Nesta relao, uma das partes est em posio de supremacia em relao outra.

    b) A presuno de legitimidade dos atos administrativos decorre da natureza destarelao.

    c) Um ato de gesto de pessoal de uma fundao pblica de direito pblico, quantoa seu servidor, insere-se nesta relao.

    d) O fundamento da ao administrativa nesta relao , necessariamente, arealizao do interesse pblico.

    e) Para se configurar esta relao, basta que uma das partes seja pessoa jurdicaintegrante da Administrao Pblica Direta ou Indireta.

    33 - (CESPE/ANALISTA JUDICIRIO/TRT-PE/2002) Com relao ao regime jurdicoda administrao pblica federal, julgue o item:

    (1) As agncias reguladoras constituem espcie distinta de ente da administraopblica indireta: no so autarquias nem empresas pblicas; possuempersonalidade jurdica de direito privado, amplos poderes normativos e seusdirigentes no so demissveis ad nutum.

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    34 - (ESAF/Analista MPU/2004) O servio pblico personificado, com personalidadejurdica de direito pblico, e capacidade exclusivamente administrativa, conceituado como sendo um(a)

    a) empresa pblica.b) rgo autnomo.

    c) entidade autrquica.

    d) fundao pblica.

    e) sociedade de economia mista.

    35 (ESAF/AFRF/2003) No h previso legal para a celebrao de contrato degesto entre a pessoa jurdica de direito pblico poltica e a seguinte espcie:

    a) rgo pblico

    b) organizao socialc) agncia executiva

    d) organizao da sociedade civil de interesse pblico

    e) sociedade de economia mista

    36- (ESAF/AFRF/2003) A Constituio Federal prev a edio do estatuto jurdico daempresa pblica e da sociedade de economia mista que explorem atividadeeconmica. No contedo da referida norma jurdica, conforme o textoconstitucional, no est previsto dispor sobre:

    a) licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observadosos princpios da administrao pblica.

    b) constituio e funcionamento dos conselhos de administrao e fiscal, com aparticipao dos acionistas minoritrios.

    c) a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quantoaos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios.

    d) sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e pela sociedade.

    e) forma de distribuio de seus resultados, inclusive para os acionistasminoritrios.

    37 (CESPE/UnB/AFPS) Quanto estrutura da administrao pblica federal,julgue os itens a seguir:

    (1) Embora seja pessoa jurdica de direito privado, a empresa pblica federalcaracteriza-se por ser composta apenas por capital pblico.

    (2) Ao contrrio das entidades da administrao pblica indireta, os rgos daadministrao pblica direta tm personalidade jurdica de direito pblico.

    (3) No direito administrativo brasileiro, autarquia conceitua-se como um patrimniopblico dotado de personalidade jurdica para a consecuo de finalidadeespecificada em lei.

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    (4) A autarquia concebida como pessoa jurdica destinada ao desenvolvimentode atividade econmica pelo Estado, de modo descentralizado.

    38 (ESAF/PFN/2004) Quanto teoria do rgo e sua aplicao ao DireitoAdministrativo, aponte a opo correta.

    a) Consoante tal teoria, o rgo apenas parte do corpo da entidade e, porconseqncia, todas as suas manifestaes de vontade so consideradas como daprpria entidade.

    b) Essa teoria no distingue rgo de entidade, reconhecendo personalidadejurdica a ambos, indistintamente, e, por conseguinte, reconhecendo serem sujeitosde direitos e obrigaes, de forma direta.

    c) Essa teoria, de ampla aceitao entre os administrativistas ptrios, reconhecepersonalidade jurdica ao rgo, que passa a ser sujeito de direitos e obrigaes.

    d) Por tal teoria, o agente (pessoa fsica) atua como representante da pessoajurdica, semelhana do tutor e do curador de incapazes.

    e) Essa teoria no tem aceitao entre os publicistas contemporneos, por noexplicar, de forma satisfatria, como atribuir aos entes pblicos os atos das pessoashumanas que agem em seu nome.

    39 (ESAF/AFTE-RN/2005) O patrimnio personificado, destinado a um fimespecfico, que constitui uma entidade da Administrao Pblica, com personalidade

    jurdica de direito pblico, cuja criao depende de prvia autorizao expressa porlei, se conceitua como sendo

    a) um rgo autnomo.b) um servio social autnomo.

    c) uma autarquia.

    d) uma empresa pblica.

    e) uma fundao pblica.

    GABARITO

    1. V V V F F

    2. V V F F

    3. B

    4. A

    5. B

    6. B

    7. A

    8. B

    9. E

    10. D

    11. D

    12. C

    13. E

    14. D

    15. E

    16. E

    17. F F V

    18. D

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    19. E

    20. E

    21. B22. C

    23. E

    24. E

    25. D

    26. C

    27. C (II)

    28. C

    29. C

    30. C31. C

    32. E

    33. F

    34. C

    35. D

    36. E

    37. V F F F

    38. A

    39. E

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