administração estratégica

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Administração Estratégica Eliana Soares Barbosa Santos Ministério da Educação

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  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEscola Tcnica Aberta do Brasil

    Comrcio Administrao Estratgica

    Eliana Soares Barbosa Santos

    Ministrio daEducao

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEscola Tcnica Aberta do Brasil

    Comrcio

    Administrao Estratgica

    Eliana Soares Barbosa Santos

    Montes Claros - MG2011

  • Ministro da EducaoFernando Haddad

    Secretrio de Educao a DistnciaCarlos Eduardo Bielschowsky

    Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Iracy de Almeida Gallo Ritzmann

    Governador do Estado de Minas GeraisAntnio Augusto Junho Anastasia

    Secretrio de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino SuperiorAlberto Duque Portugal

    ReitorPaulo Csar Gonalves de Almeida

    Vice-ReitorJoo dos Reis Canela

    Pr-Reitora de EnsinoMaria Ivete Soares de Almeida

    Diretor de Documentao e InformaesGiuliano Vieira Mota

    Coordenadora do Ensino Mdio e FundamentalRita Tavares de Mello

    Diretor do Centro de Ensino Mdio e FundamentalWilson Atair Ramos

    Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesWilson Atair Ramos

    Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesRita Tavares de Mello

    Coordenadores de Cursos:Coordenador do Curso Tcnico em AgronegcioAugusto Guilherme Dias Coordenador do Curso Tcnico em ComrcioCarlos Alberto Meira Coordenador do Curso Tcnico em Meio AmbienteEdna Helenice Almeida

    Coordenador do Curso Tcnico em InformticaFrederico Bida de Oliveira

    Coordenador do Curso Tcnico em Vigilncia em SadeSimria de Jesus Soares

    Coordenador do Curso Tcnico em Gesto em SadeZaida ngela Marinho de Paiva Crispim

    ADMINISTRAO ESTRATGICAe-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

    ElaboraoEliana Soares Barbosa Santos

    Projeto Grficoe-Tec/MEC

    Superviso Alcino Franco de Moura Jnior

    DiagramaoHugo Daniel Duarte SilvaMarcos Aurlio de Almeida e Maia

    ImpressoGrfica RB Digital

    Designer InstrucionalAnglica de Souza Coimbra FrancoKtia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira

    RevisoMaria Ieda Almeida MunizPatrcia Goulart TondineliRita de Cssia Silva Dionsio

    Presidncia da Repblica Federativa do BrasilMinistrio da EducaoSecretaria de Educao a Distncia

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    3

    Prezado estudante,

    Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!

    Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Escola Tcnica Aberta do Brasil, instituda pelo Decreto n 6.301, de 12 de dezem-bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na modalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria entre o Ministrio da Educao, por meio das Secretarias de Educao a Distancia (SEED) e de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC), as universidades e escola tcnicas estaduais e federais.

    A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes-soas ao garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimen-to da formao de jovens moradores de regies distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.

    O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti-vando os jovens a concluir o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensino e o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das redes pblicas municipais e estaduais.

    O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tc-nico, seus servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, no s capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cul-tural, social, familiar, esportiva, poltica e tica.

    Ns acreditamos em voc!

    Desejamos sucesso na sua formao profissional!

    Ministrio da EducaoJaneiro de 2010

    Apresentao e-Tec Brasil/Unimontes

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    5

    Indicao de cones

    Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.

    Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.

    Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema estudado.

    Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizada no texto.

    Mdias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

    Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao DigitalSumrio

    7

    Palavra do professor conteudista .............................................9Projeto instrucional ........................................................... 11Aula 1 - Globalizao e mercado de trabalho ............................. 13 1.1 Introduo administrao estratgica .......................... 13 Resumo ................................................................... 18 Atividades de aprendizagem ........................................... 18Aula 2 - Variveis econmicas, polticas e sociais ........................ 21 2.1 Variveis que afetam o planejamento estratgico ............. 21 Resumo ................................................................... 27 Atividades de aprendizagem ........................................... 27Aula 3 - Planejamento: mtodos e tcnicas ............................... 29 3.1 Prticas de inteligncia competitiva ............................. 29 Resumo ................................................................... 36 Atividades de aprendizagem ........................................... 36Aula 4 - Noes e princpios do planejamento estratgico .............. 37 4.1 Princpios do planejamento ........................................ 37 4.2 Tipos de planejamento ............................................ 39 Resumo ................................................................... 40 Atividades de aprendizagem ........................................... 40Aula 5 - Definio do negcio nas empresas .............................. 41 5.1 Conceito de negcio ................................................ 41 Resumo ................................................................... 44 Atividades de aprendizagem ........................................... 44Aula 6 - Definio de misso na empresa .................................. 45 6.1 Conceito de misso ................................................. 45 Resumo ................................................................... 46 Atividades de aprendizagem ........................................... 47Aula 7 - Plano de ao ........................................................ 49 7.1 Conceito de plano de ao ......................................... 49 7.2 Aspectos gerais do plano de ao ................................ 50 Resumo ................................................................... 51 Atividades de aprendizagem ........................................... 51Aula 8 - Plano de negcio .................................................... 53 8.1 Conceito de plano de negcios .................................... 53 8.2 Detalhes de um plano de negcios .............................. 54 8.3 Passos para elaborao do plano de negcios .................. 56 8.4 Anlise SWOT / FOFA no plano de negcio ..................... 56 8.5 Benefcios gerados na execuo do plano de negcios ........ 57 Resumo ................................................................... 58 Atividades de aprendizagem ........................................... 58

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8

    Aula 9 - Planejamento financeiro ........................................... 59 9.1 Conceito de planejamento financeiro ............................ 59 9.2 Funo do planejamento financeiro .............................. 60 9.3 Ferramentas utilizadas no planejamento financeiro ........... 61 9.4 Caractersticas do planejamento financeiro ..................... 62 9.5 Aspectos do planejamento financeiro ............................ 62 Resumo ................................................................... 63 Atividades de aprendizagem ........................................... 63Referncias .................................................................... 64Currculo do professor conteudista ......................................... 66

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    9

    Palavra do professor conteudista

    Prezado(a) Acadmico(a),

    Seja bem-vindo aos estudos da Disciplina Administrao Estratgica do Curso Tcnico em Comrcio. Voc j teve a oportunidade de conhecer os princpios bsicos da administrao, suas funes e conceitos. Conheceu tambm sobre a empresa e o seu meio ambiente, identificou as caracte-rsticas do empreendedor e suas habilidades na disciplina de Introduo Administrao.

    Agora em nossa disciplina, vamos mostrar como gerenciar uma em-presa de forma estratgica, conhecer as ferramentas para um bom geren-ciamento de uma empresa.

    Vamos identificar qual o negcio de uma empresa, saber planej-lo, conhecer qual a misso de determinada empresa para a sociedade, identi-ficar os valores e como projetar um futuro para um empreendimento, aonde se pretende chegar e como chegar, o que fazer para alcanar os objetivos propostos para a empresa.

    Para atingirmos o nosso objetivo, alm dos textos colocados na pla-taforma oferecemos uma srie de literaturas complementares.

    Para que este aprendizado tenha o efeito esperado, preciso muita leitura e perseverana para se alcanar bons resultados.

    A voc, bons estudos e seja participativo, procure se informar, se atualizar sempre e coloque em prtica os conceitos adquiridos. Faa as atividades propostas para cada unidade e no deixe de acessar o ambiente virtual do curso para ter acesso s atividades complementares, aulas, chats e fruns.

    Tenha um excelente aproveitamento!

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    11

    Projeto instrucional

    Disciplina: Administrao Estratgica (carga horria: 64h).Ementa: Globalizao e mercado de trabalho; mtodos e tcnicas

    de planejamento; noes da teoria e princpios do planejamento estratgico; definio do negcio, da misso e dos princpios da empresa; planos de ao; planos de negcios; planejamento financeiro e formao de preo de venda.

    AULA OBJETIVOS DE APREN-DIZAGEM

    MATERIAIS CARGA HORRIA

    1. Globaliza-o e mercado

    de trabalho

    Identificar os conceitos de mercado e globali-

    zao

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual

    4h

    2.Variveis econmicas, polticas e

    sociais

    Conhecer os tipos de variveis econmicas,

    polticas e sociais

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    6h

    3. Planeja-mento:

    mtodos e tcnicas

    Identificar os tipos de mtodos e as tcnicas

    de planejamentos.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    6h

    4.Noes e princpios do planejamento

    estratgico

    Conhecer as noes e identificar os princ-pios do planejamento

    estratgico.

    Caderno do e-tec, textos e exerccios na pgina virtual

    8h

    5.Definio do negcio nas empresas

    Definir o negcio nas empresas.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    8h

    6.Definio de misso

    Definir e elaborar a misso nas empresas.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    8h

    7. Plano de ao

    Identificar os tipos e procedimentos de um

    plano de ao.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    8h

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 12

    8.Plano de negcio

    Conhecer e elaborar um plano de negcio.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    8h

    9.Planejamen-to financeiro

    Identificar e elabo-rar um planejamento

    financeiro.

    Caderno do e-tec e textos na pgina virtual; utilizar

    sites referentes ao contedo

    8h

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    13

    Aula 1 - Globalizao e mercado de tra-balho

    1.1 Introduo administrao estratgica Para se chegar, aonde quer que seja, no preciso dominar a fora; basta controlar a razo. Amir Kink

    Figura 1: Globalizao.Fonte: http://goo.gl/uKyJz > acesso em 24/11/2010

    Veremos, nesta aula, um breve histrico da globalizao e do mer-cado de trabalho, sua importncia nos processos administrativos, compre-endendo os conceitos bsicos, os princpios que norteiam a aplicao dos conhecimentos voltados estruturao do planejamento estratgico.

    1.1.1 Conceito de globalizao

    A globalizao apresenta-se como um conjunto de transformaes na poltica e economia mundial. O marco dessas mudanas a integrao dos mercados numa aldeia-global, explorada pelas grandes corporaes internacionais. Os Estados abrem-se ao comrcio e ao capital internacional e deixam gradativamente as barreiras comerciais para proteger sua produo da concorrncia dos produtos estrangeiros sendo esse processo acompanha-do de uma intensa revoluo nas tecnologias de informao devido ao al-cance mundial e crescente popularizao das redes sociais. Ultrapassando

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14

    assim os limites da economia e comeando a provocar uma homogeneizao cultural entre os povos.

    Voc pode observar no seu dia a dia como o conceito de distncia tornou-se relativo, principalmente pelas ferramentas tecnolgicas que esto disposio neste mundo virtual.

    1.1.2 Cronologia da globalizao

    Figura 2: Cronologia da Globalizao.Fonte: http://goo.gl/kYQMl > acesso em 24/11/2010

    Vamos conhecer alguns perodos da histria em que podemos iden-tificar que a globalizao teve incio na antiguidade:

    ela aparece na constituio do Imprio Chins; na civilizao egpcia, que manteve o domnio de todo o conti-

    nente africano; na Grcia, que apesar das cidades-estado, que mesmo indepen-

    dentes viam uma globalizao da economia;

    Aldeia Global: O conceito de aldeia global, criado pelo

    socilogo canadense Marshall McLuhan

    [1], quer dizer que o progresso tecnolgico estava reduzindo todo

    o planeta mesma situao que ocorre

    em uma aldeia. Marshall McLuhan foi

    o primeiro filsofo das transformaes

    sociais provocadas pela revoluo tecnolgica do computador e das

    telecomunicaes. Como paradigma da

    aldeia global, ele elegeu a televiso, um meio de comunicao de massa em nvel internacional,

    que comeava a ser integrado via satlite.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 15

    os Romanos utilizaram o direito como instrumento de poder, para organizar e controlar o Estado e com a expanso territorial, os romanos se veem obrigados a construir uma rede de estrada, que possibilitou a comercializao e a comunicao entre os diversos povos;

    os portugueses com as grandes navegaes procuravam novas rotas comerciais de globalizao;

    nos sculos (XIV e XV), capacidade de produo inferior ao consumo e falta de alimento para abastecer os ncleos urba-nos, culmina explorao de novos mercados, para suprir essa demanda;

    j no sculo XIX, no Imperialismo quando a economia europeia entrou em crise, as fbricas estavam produzindo cada vez mais mercadorias em menos tempo, o mercado no absorvia a super-produo de mercadorias, os preos e os juros despencaram. Para superar a crise, pases europeus, EUA e Japo buscaram mercados para escoar o excesso de produo e capitais;

    no sculo XX e XXI podemos observar que os mercados se unifi-caram, o fortalecimento de grupos internacionais (como o Mer-cosul ou a Comunidade Europeia) e o incentivo do governo de cada pas instalao de empresas estrangeiras em seu terri-trio coloca a globalizao efetivamente nos processos a serem considerados na administrao estratgica das empresas.

    Figura 3: Globalizao e o Mercado.Fonte: http://goo.gl/XBETZ

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16

    1.1.3 Globalizao

    Para alguns pesquisadores, a explicao mais didtica da globaliza-o est no teorema do economista Eduardo Gianetti da Fonseca: O fen-meno da globalizao resulta da conjuno de trs foras poderosas:

    a terceira revoluo tecnolgica (tecnologia ligada busca, pro-cessamento, difuso e transmisso de informaes; inteligncia artificial; engenharia gentica);

    a formao de reas de livre comrcio e blocos econmicos inte-grados (como o Mercosul (Mercado Comum do Sul, a Unio Euro-peia) e o Nafta (Tratado Norte Americano de livre Comrcio));

    a crescente interligao e interdependncia dos mercados fsi-cos e financeiros, em escala planetria.

    O que podemos observar no nosso dia a dia que a globalizao a interligao dos povos, independente de cultura, raa ou o poder aquisitivo. O mundo passa a quase que falar o mesmo dialeto, que o da tecnologia.

    Voc imaginaria poder fazer um curso de formao to especfico como este, sem a necessidade de se deslocar para outra regio, ou mesmo de casa, se voc possui as ferramentas tecnolgicas necessrias?

    A globalizao tem o poder de incluso e de excluso social, econ-mica e cultural. definitivamente um caminho de mo nica, define uma nova era da histria mundial.

    1.1.4 Comunicao

    Figura 4: Comunicao na globalizao.Fonte http://goo.gl/FXmFc > acesso em 24/11/2010

    A condio de poder acessar

    instantaneamente novas tecnologias, como

    novos medicamentos, equipamentos cirrgicos de

    alta qualidade e tcnicas cada vez mais eficientes, o

    aumento na produo de alimentos e

    barateamento no custo dos mesmos,

    tem causado nas ltimas dcadas um

    aumento generalizado da longevidade dos

    pases emergentes e desenvolvidos.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 17

    Verifica-se que a globalizao das comunicaes tem sua face mais visvel na internet, a rede mundial de computadores, estruturada por acor-dos e protocolos entre diferentes entidades privadas da rea de telecomuni-caes e governos no mundo. O que permitiu um fluxo de ideias e informa-es sem limites na atualidade.

    Vejamos, se antes voc estava limitado imprensa e informaes apenas regional, hoje voc mesmo pode se tornar parte da imprensa e ob-servar as tendncias do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limita-o a barreira lingustica.

    H tambm outra caracterstica da globalizao das comunicaes que o aumento da universalizao ao acesso dos meios de comunicao, graas ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de in-fraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graas inovao tecnolgica. Na atualidade, uma inova-o criada no Japo pode aparecer em vrios mercados ao mesmo tempo, e, em poucos dias, virar sucesso de mercado.

    1.1.5 Mercado

    Figura 5: Mercado globalizado.Fonte http://goo.gl/LliJb > acesso em 24/11/2010

    Como vimos, acabaram-se as fronteiras no universo globalizado, sendo os efeitos no mercado de trabalho da globalizao cada vez mais evi-dentes, com a criao da modalidade de outsourcing de empregos para pa-ses com mo de obra mais baratas para execuo de servios que no necessria alta qualificao, com a produo distribuda entre vrios pases, seja para criao de um nico produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criao do mesmo produto em vrios pases para reduo de custos e ganhar vantagem competitiva no acesso de mercados regionais.

    Conhecemos pelo menos os idiomas mais usuais nos mercados internacionais, que so o ingls e o espanhol, mais do que uma qualificao, uma exigncia do mercado de trabalho.

    Outsourcing (em ingls, Out significa fora e source ou sourcing significa fonte) designa a ao que existe por parte de uma organizao em obter mo de obra de fora da empresa, ou seja, mo de obra terceirizada. Est fortemente ligada a ideia de sub-contratao de servios.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18

    O ponto mais evidente o que o colunista David Brooks definiu como Era Cognitiva, na qual a capacidade de uma pessoa em processar informaes ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operrio em uma empresa graas automao, tambm conhecida como Era da Informao, uma transio da exausta era industrial para a era ps--industrial.

    Cada vez mais a necessidade de expandir seus mercados leva as naes a adquirirem produtos de outros pases, marcando o crescimento da ideologia econmica do liberalismo.

    Observa-se ento que na globalizao, o mercado converte-se aos princpios bsicos do liberalismo que so:

    defesa da propriedade privada; liberdade econmica (livre mercado); mnima participao do Estado nos assuntos econmicos da na-

    o (governo limitado); igualdade perante a lei (estado de direito).O que nos leva a seguinte afirmao: A deteno de conhecimento

    e das ferramentas da administrao estratgica so elementos fundamen-tais, no gerenciamento das empresas neste cenrio mundial.

    Resumo

    Nesta primeira aula, voc pde conhecer de forma sucinta a hist-ria da globalizao, sua influncia no mercado econmico.

    Vimos como a globalizao faz parte do nosso dia adia. Verificamos, tambm, que a tecnologia da informao um dos fatores primordiais para a solidificao dos mercados globalizados, verificamos que o conhecimento das ferramentas da administrao ser um fator determinante para o geren-ciamento das empresas.

    Ento, vamos verificar o qu voc aprendeu?

    Atividades de aprendizagem

    Prezado(a) acadmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco-mendada, responda s questes a seguir.

    1) Defina os conceitos de:

    Globalizao:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Liberalismo pode ser definido como um

    conjunto de princpios e teorias polticas, que apresenta como ponto

    principal a defesa da liberdade poltica e econmica. Nesse

    sentido, os liberais so contrrios ao forte

    controle do Estado na economia e na vida das

    pessoas.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 19

    Blocos econmicos:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Rede de comunicao:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica

    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    21

    Aula 2 - Variveis econmicas, polticas e sociais

    2.1 Variveis que afetam o planejamento estra-tgico

    Figura 6: Variveis do planejamento estratgico.Fonte: http://goo.gl/6HiIF > acesso em 24/11/2010

    O objetivo desta nossa aula conhecer as variveis econmicas, polticas e sociais que interferem na administrao estratgica da empresa.

    Ento, agora que j conhecemos alguns conceitos da globalizao e de mercado, conheceremos os pontos que afetam as movimentaes desses mercados.

    Como exemplo dessa afirmao pode-se observar que, quando h aumento do petrleo no mercado mundial, nossa gasolina sofre alguma va-riao, verificando assim a necessidade de conhecermos algumas variveis importantes no desenvolvimento do planejamento estratgico de uma em-presa.

    As alteraes ocorridas no mercado financeiro no mundo globalizado acarretam pontualmente a economia nacional e, consequentemente, a economia regional.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 22

    2.1.1 Variveis ambientais

    Figura 7: Ambiente empresarial.Fonte: http://goo.gl/tZc1y > acesso em 24/11/2010

    Dentro do processo de criao do planejamento estratgico ela a primeira a ser analisada, pois se faz necessrio conhecer o ambiente onde a empresa opera a sua atividade, suas caractersticas, tais como tamanho, rea de atuao e operacionalizao. Deve ser realizada com a participao de agentes representativos do setor ou da organizao, as quais devem ana-lisar e verificar aspectos inerentes realidade interna e externa.

    Nenhuma abundncia de recursos resiste ao impacto de uma explorao sem retorno. Paulo Nogueira Neto

    A forma como se caracteriza o ambiente

    vai determinar a execuo ou no de

    um novo projeto; sendo que estudos

    podem apontar locais e pocas corretas para

    se disponibilizar um produto ao consumidor.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 23

    2.1.2 Varivel econmica

    Figura 8: Varivel econmica.Fonte: http://goo.gl/lOxdN >acesso em 22/11/2010

    Quando falamos em varivel estamos falando em alguma grandeza que precisa ser definida e mensurada. E ao falarmos em varivel econmica, podemos definir como um grupo de grandezas determinadas pela disposio do sistema econmico, como exemplo, a riqueza produzida, o capital inves-tido, os preos, as taxas de juros, a poltica de cmbio.

    Riqueza produzida: O PIB (Produto Interno Bruto) constitui um dos principais indicadores da economia, pois demonstra o valor de toda riqueza produzida, num determinado perodo de tempo.

    Capital investido: o somatrio de recursos inscritos e coloca-dos disposio para gerao de riquezas em uma organizao.

    Preos: a base de custo de determinada oportunidade. Taxas de juros: So os percentuais de juros cobrados pela utili-

    zao de um crdito. o valor pago como compensao pelo uso de dinheiro alheio.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24

    Poltica de cmbio: So conjuntos de aes desenvolvidas pelo governo para controle das alteraes na taxa de cmbio, que representa o valor de uma unidade monetria de uma moeda estrangeira para converso em moeda nacional.

    Taxa de desemprego: o percentual de pessoas em condies de exercer uma profisso remunerada, que esto fora do mer-cado de trabalho. Corresponde ao nmero de trabalhadores de-sempregados divididos pela fora de trabalho.

    2.1.3 Variveis sociais

    Figura 9: Varivel social.Fonte: http://goo.gl/De6yt >acesso em 22/11/2010

    As variveis sociais um dos pontos fortes na elaborao de um planejamento estratgico, conhecer e identificar as condies sociais de de-terminada populao fator determinante para elaborao das estratgias.

    Grau de escolaridade: Define-se como a realizao de um ciclo de estudos, a composio dos nveis escolares.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN), em seu artigo 21, define o termo escolaridade no Ttulo 5, Captulo I: Composio dos Nveis Escolares, referindo:

    Art. 21. A educao escolar compe-se de: I - educao bsica, formada pela educao infantil, ensino funda-

    mental e ensino mdio;II - educao superior Classe social: Karl Marx foi o primeiro socilogo a desenvolver

    uma teoria das classes sociais. Marx faz da relao de proprie-dade a relao social determinante que ope, no modo de pro-duo capitalista, os proprietrios dos meios de produo e os proletrios detentores unicamente da sua fora de trabalho.

    A classe social definida como o conjunto dos agentes sociais colo-cados nas mesmas condies no processo de produo e que tm afinidades ideolgicas e polticas.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 25

    Voc sabia: Que Karl Heinrich Marx foi um intelectual e revolucio-nrio alemo, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filsofo, historiador, terico poltico e jornalista.

    Poder aquisitivo: Considerado como a capacidade de uma pessoa para adquirir bens, acumular riquezas, a relao monetria de um individuo pelo nmero de individuo de uma determinada populao.

    2.1.4 Variveis polticas

    Figura 10: Polticas pblicas.Fonte: http://goo.gl/aPNlk >acesso em 22/11/2010

    Sendo outro identificador para a implantao do planejamento es-tratgico, corresponde ao fator poltico de determinado contexto, onde se observa fatos e aes pontuais dos poderes executivo, judicirio e legisla-tivo. Alguns fatores so muito importantes nessa varivel, como estrutura ideolgica, sindical, instituies religiosas, tambm se deve levar em conta a estrutura de poder, bem como as polticas resultantes desse poder, sejam polticas monetrias, tributrias, de distribuio de rendas, polticas de se-gurana, entre outras.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26

    2.1.5 Variveis psicolgicas

    Figura 11: Consumidora ativa.Fonte: http://goo.gl/Ivhvy >acesso em 22/11/2010

    Refere-se maneira de pensar, as necessidades e desejos do consu-midor, nesse ponto que se aplica um estudo em conjunto com a Teoria de Maslow, para compreender os anseios do consumidor.

    Figura 12: Teoria de Maslow.Fonte: http://goo.gl/WivRV > acesso em 22/11/2010

    Teoria de Maslow: Corresponde a uma

    teoria de motivao. Para Maslow, as

    necessidades dos seres humanos obedecem a

    uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a

    serem conquistados.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 27

    Resumo

    Quadro resumo da aula 2

    Variveis que afetam o planejamento estratgico

    Variveis ambientais

    Variveis econmicas

    Variveis sociais

    Variveis psicolgicas

    Quadro I: Resumo dos tipos de variveis que afetam o planejamentoFonte: Prprio autor

    Bem, agora hora de praticar, vamos l!

    Atividades de aprendizagem

    Prezado(a) acadmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia reco-mendada, responda s questes a seguir.

    1) Quanto varivel econmica , cite 4 tipos, comente sobre eles e d exemplos de situaes que afetam um planejamento estratgico.

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    29

    Aula 3 - Planejamento: mtodos e tcnicas

    O objetivo desta nossa aula identificar os tipos de mtodos e as tcnicas do planejamento estratgico.

    Ento, observaram que antes de fazermos um planejamento estra-tgico precisamos fazer uma anlise das variveis que afetam a construo do projeto.

    Mas est faltando algo; precisamos conhecer, agora, os mtodos e tcnicas para a elaborao do planejamento.

    Para iniciar, vamos entender o significado de mtodos e tcnicas.Mtodo: Conjunto dos meios dispostos convenientemente para al-

    canar um fim e especialmente para chegar a um conhecimento cientfico ou comunic-lo aos outros.

    Tcnica: Conjunto dos mtodos e pormenores prticos essenciais execuo perfeita de uma arte ou profisso.

    Ao estudarmos sobre a globalizao, vimos que a velocidade de informao e conhecimento delas um fator determinante para o bom de-sempenho das empresas.

    No mercado globalizado, onde os dados que percorrem o mundo, chegam a fraes de segundos, a transformao de informaes em atitude prtica de apoio s decises tomadas nas empresas so de fundamental im-portncia para a liderana no mercado.

    Os profissionais da rea de inteligncia cognitiva coletam, analisam e aplicam, legal e eticamente, informaes relativas s capacidades, vulne-rabilidades e intenes de seus concorrentes e monitoram acontecimentos do ambiente competitivo geral. No h maneira de as organizaes operarem eficazmente sem um sistema de coleta e anlise de informaes (MILLER, 2002).

    3.1 Prticas de inteligncia competitiva

    As empresas direcionadas ao planejamento adotam prticas, ferra-mentas e tcnicas de anlise para que possam acompanhar o que fazem os seus concorrentes e as condies gerais do ambiente externo e interno.

    A utilizao dessas tcnicas fundamental para a tomada de de-ciso, proporcionando uma viso integrada do que acontece, otimizando o tempo, racionalizando o uso de recursos e minimizando os riscos nas empresas.

    Os empregos de tcnicas e ferramentas de anlise convergem para a monitorao de informaes ambientais, que pode se concretizar na estru-turao de sistemas de informao para a tomada de deciso (TARAPANOFF, 2001). Para Prescott e Miller (2002, p. 190), tcnicas analticas especialmen-te projetadas para a inteligncia permitem uma interpretao confivel do ambiente externo e, assim, do apoio tomada de decises estratgicas.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30

    Essas tcnicas devem coletar e interpretar informaes que captem o comportamento dos concorrentes, reguladores, tecnologias e outros fato-res de influncia externa de forma que permita uma anlise rigorosa e disci-plinada por parte de profissionais formados. O resultado final desta atividade analtica uma avaliao do que est ocorrendo externamente e do que isso significa para a empresa (PRESCOTT e MILLER, 2002).

    Destacaremos no quadro abaixo algumas prticas, que so refern-cia para muitos autores.

    Mtodos e prticas aplicadas ao planejamento

    SWOT / FOFA;

    Cenrios;

    Delphi;

    Painel de especialistas;

    Balanced Scorecard (BSC).

    Quadro II - Mtodos e prticas aplicadas ao planejamentoFonte: Prprio autor

    Prestem muita ateno nos conceitos que iremos trabalhar, pois a escolha do mtodo a ser aplicado pela empresa identifica detalhes especfi-cos para o sucesso do planejamento.

    3.1.1 Anlise SWOT

    uma ferramenta de gesto muito utilizada pelas empresas como parte do plano de negcios. O termo SWOT vem do ingls e representa as iniciais das palavras Strength (Fora), Weakness (Fraqueza), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaas).

    S Strengths

    W Weakness

    O Opportunities

    T Threats

    F Foras

    O Oportunidades

    F Fraquezas

    A Ameaas

    Quadro III - Anlise SWOTFonte: Prprio autor

    Esta anlise permite que o analista pense como um tomador de de-cises e identifique momentos para a ao corporativa. Destaca os riscos e oportunidades com que a empresa se depara ao tentar influenciar uma dada situao competitiva.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 31

    Quadro IV - Ambientes na Anlise FOFAFonte: Prprio autor

    Podemos observar que as foras e fortalezas so inerentes da em-presa, ou seja, acontece no ambiente interno. Ao fazer um planejamento possvel observar como foras: as competncias, os recursos, a posio alcanada, a vantagem competitiva; e as fraquezas (aspectos que limitam ou reduzem a capacidade de desenvolvimento e competitividade).

    3.1.1.1 Ambientes interno e externo na anlise SWOT / FOFA

    dividida em duas partes, sendo o ambiente interno e o ambiente externo organizao. Ela necessria porque a organizao tem que agir de forma diferente para cada caso.

    Verifica-se que o ambiente interno pode ser controlado pela ad-ministrao da empresa, j que ele o resultado de estratgias de atuao definidas pela prpria empresa.

    Porm o ambiente externo est fora do controle da organizao. O que no significa que no seja til conhec-lo. Mesmo no podendo control-lo, conseguimos monitor-lo e procurar reverter esse resultado para a empresa.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32

    Ambiente interno

    O ambiente interno deve ser monitorado constantemente, impor-tante fazer uma relao de quais so as variveis que devem ser monitora-das, em seguida, devemos criar uma escala para avaliar cada tpico.

    O passo seguinte determinar a importncia de cada um desses itens em relao aos objetivos da organizao.

    O ambiente interno corresponde s foras e fraquezas, como segue abaixo:

    Foras: correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser combinados para gerar vantagens competitivas em relao a seus competidores. Incluem:

    marcas de produtos; conceito da empresa; participao de mercado; vantagens de custos; localizao; fontes exclusivas de matrias-primas; grau de controle sobre a rede de distribuio.Fraquezas: os pontos mais vulnerveis da empresa em comparao

    aos mesmos pontos de competidores atuais ou em potencial: pouca fora de marca; baixo conceito junto ao mercado; custos elevados; localizao no favorvel; falta de acesso a fontes de matrias-primas; pouco controle sobre a rede de distribuio. De qualquer modo, deve-se atentar que muitas vezes foras e fra-

    quezas se confundem. Uma fora atual pode se transformar em fraqueza no futuro, pela dificuldade de mudana que a mesma provoca.

    Ambiente externo

    Vrios fatores externos organizao podem afetar o desempenho da empresa. E as mudanas no ambiente externo podem representar opor-tunidades ou ameaas ao desenvolvimento do plano estratgico de qualquer organizao.

    A avaliao do ambiente externo pode ser dividida em duas partes: Fatores macroambientais questes demogrficas, econmicas,

    tecnolgicas, polticas, legais, etc. Fatores microambientais beneficirios, suas famlias, as organi-

    zaes congneres, os principais parceiros, os potenciais parcei-ros, etc.

    As organizaes que percebem mudanas no ambiente externo e que tenham agilidade para se adaptar a essas mudanas, com certeza ter um melhor aproveitamento das oportunidades e sofrer menos consequn-cias das ameaas, sendo to fundamental a anlise do ambiente externo para as empresas.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 33

    A anlise deve ser permanente, porque o ambiente externo muito dinmico e est sendo alterado constantemente. O ambiente externo corres-ponde s oportunidades e ameaas, como segue abaixo:

    Oportunidades correspondem s oportunidades para crescimento, lucro e fortalecimento da empresa, tais como:

    Necessidades no satisfeitas do consumidor; Aumento do poder de compra do mercado; Disponibilidade de linhas de crdito. Ameaas correspondem a mudanas no ambiente que apresentam

    ameaas sobrevivncia da empresa, tais como: Mudanas nos padres de consumo; Lanamento de produtos substitutivos no mercado; Reduo no poder de compra dos consumidores.Bem como vimos uma coisa perceber a mudana no ambiente

    externo, outra ter competncia para adaptar-se a estas mudanas, apro-veitando as oportunidades e/ou enfrentando as ameaas.

    3.1.2 Anlise por cenrios

    So descries apresentadas em forma narrativa focalizadas de di-ferentes futuros provveis, pode ser uma descrio de ocorrncias futuras, em termos de variveis e questes-chave, ou pode ser formado em combina-es com outras tcnicas de previso.

    A utilizao do desenvolvimento de cenrios oferece aos tomadores de decises vestgios de possibilidades futuras que podem contribuir subs-tancialmente para o planejamento estratgico da empresa. Atravs dessa anlise, verificam-se continuamente as estatsticas vitais da empresa, como, situao financeira, vendas, oramentos.

    Podemos ainda definir como conjunto formado pela descrio, de forma coerente, de uma situao futura e do encaminhamento dos acon-tecimentos que permitam passar da situao de origem situao futura (GODET, 1996).

    Algumas caractersticas da anlise de cenrios:

    um mtodo para ordenar as percepes acerca de alternativas futuras, visando tomada de deciso e planejamento;

    um mtodo de previso estratgica, que mostra uma preocu-pao integral por todas as variveis da atividade organizacional;

    um mtodo especulativo que contempla o futuro como uma realidade mltipla e indeterminada;

    um mtodo qualitativo que demanda um esforo temporal e econmico.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 34

    3.1.3 Anlise pelo mtodo Delphi

    Segundo Oliveira (2001) o mtodo foi idealizado no sculo XX por Dalkey, Gordon, Helmer e Kaplan que produziram quatorze documentos con-siderados o prenncio da aplicao do mtodo, sendo que em 1968 Olaf Hel-mer apresenta uma forma estruturada, onde utiliza as diversas informaes identificadas e obtidas pelo julgamento intuitivo das pessoas, com a finalida-de de delinear e realizar previses.

    O mtodo se baseia na utilizao do julgamento intuitivo, sendo utilizadas opinies de especialistas, que so refinados em um processo inte-rativo e repetidos algumas vezes at se alcanar o consenso interdisciplinar e correspondente reduo do vis individual e situaes de respostas que evidenciem ignorncia sobre o assunto abordado.

    3.1.3.1 Caractersticas do mtodo DELPHI

    um mtodo de previso do futuro que realizado de forma sis-temtica, obtm o consenso entre diferentes especialistas;

    permite conhecer as opinies de um conjunto de especialistas para avaliar situaes sobre o que no existe conhecimento exato;

    os especialistas no conhecem a resposta, mas so capazes de estimar/prever riscos e incertezas de um determinado problema;

    propor estratgias de ao; tem como objetivo obter o consenso; o grupo de especialistas deve ser formado por pessoas altamente

    qualificadas; todo o processo dirigido por uma equipe coordenadora; o anonimato dos especialistas deve ser preservado; o processo deve ser estruturado e sistemtico; as respostas so analisadas estatisticamente; o mtodo permite modificar uma opinio inicial ou reafirm-la.

    3.1.4 Anlise pelo mtodo painel de especialistas

    Constitui uma forma de obter impresses de especialistas. Os pai-nis de especialistas permitem uma grande interao entre os participantes e garante uma representatividade equilibrada dos segmentos interessados, como as empresas, terceiro setor, governo, entre outros. Devem ter a mes-ma integridade e conduta de outros estudos cientficos e tcnicos e devem buscar o consenso, mas no a ponto de eliminar todas as discordncias.

    3.1.4.1 Caractersticas do mtodo painel de especialista

    Determinar a rea temtica, sendo que os especialistas devem ter competncias essenciais na rea definida, com um conheci-mento considervel da rea em questo;

    o nmero de participantes varia entre 10 a 15 pessoas;

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 35

    equilbrio quanto a faixa etria, gnero, local de origem e tam-bm a profisso;

    deve se ter um cuidado quanto as pessoa com personalidades dominantes;

    ter Habilidade de comunicao, expresso e sntese, criativida-de, imaginao;

    capacidade de auto-avaliao; flexibilidade e autonomia; capacidade de trabalhar em grupo, de liderana e tambm de

    resoluo de conflitos; habilidades em confrontar pontos de vista e opinies; utilizar a realidade vivenciada para avaliar as tendncias; deliberar formas de atuao e estratgias de ao.

    3.1.5 Anlise pelo mtodo Balanced Score Card (BSC) / Indicadores Balanceados de Desempenho

    Mtodo baseado em mediao e gesto de desempenho desenvol-vido por Kaplan e Norton em 1992, baseado em estudos referentes neces-sidade dos administradores de uma ferramenta que pudesse fornecer uma opo balanceada de indicadores e lhes permite analisar o desempenho de suas organizaes simultaneamente a partir de diferentes perspectivas que refletem a viso e estratgia empresarial:

    Figura 13: As quatro perspectivas de desempenho do BSC (Kaplan e Norton, 1992) Fonte: http://goo.gl/fu9SB >. Acesso em 24/11/2010

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 36

    3.1.5.1 Caractersticas do mtodo Balanced Score Card (BSC)

    Visa complementar o controle financeiro tradicional, que moni-tora as estratgias organizacionais a longo prazo, por meio de mecanismos de indicadores;

    visa implementar uma estrutura para alinhar e evidenciar a or-ganizao na execuo de sua estratgia;

    auxilia a traduo da misso e da estratgia organizacional em conjunto de medidas de desempenho bem determinadas.

    Resumo

    Nesta aula, voc conheceu os mtodos e tcnicas que possibilitam a anlise das informaes em uma empresa. Identificou as caractersticas b-sicas de cada mtodo e sua aplicabilidade em um planejamento estratgico.

    Bem, agora hora de praticar, vamos l!

    Atividades de aprendizagem1) Complete o texto com as devidas anlises do planejamento estratgico correspondentes s caractersticas abaixo:

    a) __________________________________ uma ferramenta de gesto muito utilizada pelas empresas como parte do plano de negcios. Suas ini-ciais significam em portugus: fora, fraqueza, oportunidade e ameaas.

    b) Podemos definir a ________________________________ como conjun-to formado pela descrio, de forma coerente, de uma situao futura e do encaminhamento dos acontecimentos que permitam passar da situao de origem situao futura.

    c) O mtodo_________________________________ foi idealizado no sculo XX por Dalkey, Gordon, Helmer e Kaplan que produziram quatorze documentos considerados o prenncio da aplicao do mtodo, sendo que em 1968 Olaf Helmer apresenta uma forma estruturada, em que utiliza as diversas informaes identificadas e obtidas pelo julgamento intuitivo das pessoas, com a finalidade de delinear e realizar previses.

    d) Os _______________________________________ permitem uma grande interao entre os participantes e garante uma representatividade equilibrada dos segmentos interessados, como as empresas, terceiro setor, governo, entre outros. Devem ter a mesma integridade e conduta de outros estudos cientficos e tcnicos e devem buscar o consenso, mas no a ponto de eliminar todas as discordncias.

    e) ________________________________Mtodo baseado em mediao e gesto de desempenho desenvolvido por KAPLAN e NORTON em 1992, baseado em estudos referentes necessidade dos administradores de uma ferramenta que pudesse fornecer uma opo balanceada de indicadores.

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    AULA 1

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    37

    Aula 4 - Noes e princpios do planeja-mento estratgico

    Figura 14: Planejamento estratgico.Fonte: http://goo.gl/HXMpH >> acesso em 24/11/2010

    O objetivo desta nossa aula conhecer noes e identificar os prin-

    cpios do planejamento estratgico.Entraremos agora no incio da construo do nosso planejamento

    estratgico, nas aulas anteriores conhecemos os mtodos e tcnicas utiliza-dos no planejamento, bem como ferramentas para a escolha da metodologia que melhor se aplica a determinada empresa, bem como os ambientes mer-cadolgicos.

    4.1 Princpios do planejamento

    Oliveira (2007) cita que o planejamento dentro de uma empresa deve respeitar alguns princpios, para que o resultado de sua operacionaliza-o sejam os esperados.

    4.1.1 Princpios gerais de planejamento

    Segundo Oliveira (2007) so quatro os princpios gerais para os quais os executivos devem estar atentos:

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 38

    O princpio da contribuio aos objetivos: nesse aspecto o pla-nejamento deve sempre visar aos objetivos mximos da empre-sa. No processo de planejamento devem-se hierarquizar os ob-jetivos estabelecidos e procurar alcan-los em sua totalidade, tendo em vista a interligao entre eles.

    O princpio da precedncia do planejamento: corresponde a uma funo administrativa que vem antes das outras (organiza-o, direo e controle). Na realidade, difcil separar e sequen-ciar as funes administrativas, mas pode-se considerar que, de maneira geral, o planejamento do que como vai ser feito aparece na ponta do processo. Como consequncia, o planeja-mento assume uma situao de maior importncia no processo administrativo.

    O princpio da maior influncia e abrangncia: o planejamen-to pode provocar uma srie de modificaes nas caractersti-cas e atividades da empresa. As modificaes provocadas nas pessoas podem corresponder s necessidades de treinamento, substituio, transferncias, funes, avaliao, etc.; na tecno-logia pode ser apresentada pelas evolues dos conhecimentos, pelas novas maneiras de fazer os trabalhos, etc.; e nos sistemas podem ocorrer alteraes nas responsabilidades estabelecidas nos nveis de autoridade, descentralizao, comunicaes, pro-cedimentos, instituies, etc.

    O princpio da maior eficincia, eficcia e efetividade: O pla-nejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficincias. Atravs desses aspectos, o planejamento procu-ra proporcionar a empresa uma situao de eficincia, eficcia e efetividade.

    Aps conhecermos esses princpios, ou seja, algumas caractersti-cas bsicas de um planejamento estratgico identificaremos agora as espe-cificidades do planejamento.

    4.1.2 Princpios especficos do planejamento

    Ackoff (1974) sugere quatro princpios de planejamentos que podem ser considerados como especficos:

    Planejamento participativo: o principal benefcio do planeja-mento no o seu resultado, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, o papel do responsvel pelo planeja-mento no simplesmente elabor-lo, mas facilitar o processo em sua elaborao, pela prpria empresa e deve ser realizado pelas reas pertinentes ao processo.

    Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos de-vem ser projetados de forma que atuem interdependentemente, sendo que nenhuma parte ou aspectos de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto.

    Voc consegue perceber, como a elaborao de um

    planejamento faz parte do nosso dia a dia?

    Quando fazemos uma anlise na atualidade,

    para obteno de ganhos futuros, estamos

    fazendo um plano de ao para obtermos

    uma realizao.

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    Planejamento integrado: os vrios escales de uma empresa devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas volta-das para ambiente, nas quais os objetivos empresariais dominam os dos seus membros, geralmente os objetivos so escolhidos de cima para baixo e os meios para atingi-los de baixo para cima, sendo esse fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja funo primria servir aos seus membros.

    Planejamento permanente: essa condio exigida pela pr-pria turbulncia do ambiente, pois nenhum plano mantm seu valor com o tempo.

    4.2 Tipos de planejamento

    Veremos a seguir os tipos de planejamento:

    Figura 15: Tipos de planejamento.Fonte: http://goo.gl/Wib2y > acesso em 24/11/2010

    Podemos destacar trs tipos de planejamento em relao aos nveis hierrquicos:

    Planejamento estratgico: possibilita ao empreendedor estabe-lecer o norte a ser seguido pela empresa, como modo de obter um nvel de melhores condies na relao com seu ambiente. Diz respeito tanto formulao de objetivos quanto seleo dos cursos de ao a serem seguidos para sua execuo, levando em considerao as condies externas e internas empresa e sua evoluo esperada.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 40

    Planejamento ttico: o meio empregado em determinado processo, desenvolvendo habilidades para sair-se bem nos re-sultados do projeto e no na empresa, desenvolvido a nveis organizacionais inferiores.

    Planejamento operacional: verifica-se os procedimentos relati-vos execuo das metodologias de desenvolvimento e imple-mentao dos planos de ao dentro da empresa.

    Veja como essencial conhecermos os tipos de planejamento. Ao conceituarmos cada um percebe-se a importncia e a interrelao entre eles e como aplic-los na empresa.

    Nas prximas unidades, focaremos a anlise da empresa pelo mto-do SWOT / FOFA, nos planos de ao e planos de negcio.

    Resumo

    Conhecemos, nesta aula, noes e os princpios do planejamento, comeamos a identificar os tipos e caractersticas relacionadas a metodolo-gias aplicadas no plano de ao para desenvolvimento da empresa.

    Ento, como est o seu aprendizado?

    Atividades de aprendizagem

    1) Faa uma pesquisa sobre eficincia, eficcia e efetividade, explicitando principalmente suas diferenas em um planejamentos estratgico.

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    41

    Aula 5 - Definio do negcio nas em-presas

    Figura 16: Negcio de sucesso. Fonte: http://goo.gl/ZdIUV

    Para compreendermos a definio do negcio nas empresas, iden-tificaremos os elementos que compem a construo desse item que, to importante para a empresa, suas caractersticas e sua elaborao.

    Voc pode estar se perguntando o porqu de ter uma unidade es-pecfica para conhecer o negcio de uma empresa. Pois bem, penso ser essa aula que mais ir mexer com a capacidade cognitiva na construo do pla-nejamento estratgico.

    5.1 Conceito de negcio

    No sentido literal da palavra negcio teremos: sm 1 Comrcio, trfi-co, transao comercial. 2 Contratos, ajuste. 3 Empresas (Dicionrio Micha-elisn on line), mas no momento em que estamos falando em planejamento em uma empresa, significa entender todas as razes que levam os clientes a eleg-la como fornecedora preferencial de um determinado produto.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 42

    Segundo Abell (1993) uma empresa deveria definir o seu negcio levando em conta trs dimenses:

    Quem ser beneficiado, o grupo de consumidores; O que ser o beneficio, qual a necessidade dos consumidores; Como satisfazer as necessidades dos consumidores.Pela aplicao dos conceitos de Abell a empresa pode aproveitar as

    mudanas ocorridas no ambiente, para ajudar a responder questo: Qual ser o nosso negcio?.

    Figura 17: Construir o negcio.Fonte: http://goo.gl/UxMHi

    A definio do negcio implica conhecer:

    os clientes - quem so e onde esto; os nossos clientes no futuro - quem sero; as necessidades que os nossos produtos/servios satisfazem; as tecnologias necessrias; os canais de distribuio que utilizamos. Os que utilizaremos no

    futuro, os mais eficientes.Os motivos por que comprar so definidos no momento do entendi-

    mento claro dos interesses percebidos pelas empresas e pessoas, que deci-dem por consumir determinado item, seja bens ou servios.

    Para entendermos melhor, vamos exemplificar:Se voc for definir o negcio de um cinema, talvez a sua resposta

    imediata fosse filmes. Essa seria a lgica simplista para um empreendedor.Como voc agora um tcnico em comrcio, ir se questionar;

    quem so os meus clientes? Quais os clientes que espero ter? Que produtos iro satisfaz-los? Quais as tecnologias aplicadas ao meu produto? De que forma o meu produto vai chegar at meus clientes?

    Nossa viu quantos questionamentos viro?

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 43

    Alm do filme o que mais voc estar oferecendo? Balas, pipocas, refrigerantes, ar condicionado, poltronas confortveis, ou seja, voc est indo muito alm de simplesmente oferecer filmes, seu negcio entreteni-mento, voc est oferecendo diverso, lazer.

    Percebeu a abrangncia destes questionamentos; aps concluir o verdadeiro significado do seu negcio ser muito mais fcil fazer o planeja-mento estratgico para a empresa.

    Quando for definir o negcio de uma empresa, questione sempre, insira perguntas que vai lev-lo em suas respostas satisfao do cliente, o motivo pelo qual ele prefere a sua empresa.

    Para a construo de um plano de negcio, necessrio definir:

    Figura 18: Viso de futuro.Fonte: http://goo.gl/6TluK

    Viso: Onde se pretende chegar. Percepo de determinada coisa.Valores: O preo atribudo a uma coisa; estimao valia. Carter

    dos seres pelo qual so mais ou menos desejados ou estimados por uma pes-soa ou grupo. Estimativa econmica da riqueza. Apreciao feita pelo indi-vduo da importncia de um bem, com base na utilidade e limitao relativa da riqueza, e levando em conta a possibilidade de sua troca por quantidade maior ou menor de outros bens.

    O entendimento desses dois pontos e a definio do negcio sero os pontos cruciais para que a empresa efetue seu plano de marketing, fundamental para o sucesso de quem produz e de quem usa um determinado insumo.

    Como vimos representa os princpios e a tica que a empresa deve respeitar para se manter no competitivo mercado, com o intuito de fazer uma gesto estratgica e ampla, para os negcios, produtos e servios da empresa.

    Valia: Valor intrnseco ou inerente substncia do objeto de que se trata.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 44

    Resumo

    Nesta aula, conceituamos o negcio da empresa e sua aplicabilida-de; verificamos a necessidade de conhecer a viso e os valores da empresa.

    Bem, agora hora de praticar, vamos l!

    Atividades de aprendizagem

    Prezado(a) acadmico(a), com base na apostila virtual e na biblio-grafia recomendada, responda s questes a seguir.

    1) Constitua uma empresa de pequeno porte no grfico abaixo, de-finindo seu negcio, sua viso de futuro e os valores.

    Empresa:

    Definio do negcio:

    Viso de futuro:

    Valores da empresa:

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    45

    Aula 6 - Definio de misso na empresa

    Figura 19: Misso: Reconhecimento global.Fonte: http://goo.gl/O51kK

    O objetivo desta aula definir e elaborar a misso nas empresas.

    6.1 Conceito de misso

    uma afirmao clara e resumida daquilo que a empresa quer ser e, no que ela quer se transformar, e qual o valor que ela vai gerar para a so-ciedade ou o mercado. uma forma de comunicao com a sociedade, onde se revela os benefcios que ela traz para o mercado.

    Misso significa responder s seguintes perguntas: Por que a empresa existe? Em que ambiente ela est? Para que propsito a empresa existe? Que valores a empresa oferece para a sociedade?

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 46

    Definir a misso da empresa uma tarefa difcil, pois voc precisa identificar os limites que so propostos, aonde a empresa que chegar, e prin-cipalmente definir os princpios num mercado to competitivo.

    um dos pontos do gerenciamento, muito discutido, mas pouco compreendido, onde raramente aplicado com propriedade. O que muitas vezes leva a um planejamento inadequado e sem consistncia.

    Ela deve responder o que a organizao se apresenta a fazer e, principalmente, para quem ir fazer.

    A misso demonstra a preocupao de que o resultado da empresa maior que o que foi feito para atingir esses resultados. O que se apresenta algo com muito mais significado do que a simples descrio do que feito.

    Segundo Oliveira (2007) a misso a razo de ser da empresa, uma forma de se traduzir determinado sistema de valores e crenas em termos de negcios e reas bsicas de atuao, considerando as tradies e filosofias da empresa.

    Para se formular a misso, algumas proposies so essenciais que sejam definidas, entre elas:

    a razo de ser da empresa; o negcio da empresa; as atividades de concentrao dos seus esforos no futuro; o produto a ser colocado no mercado; os fatores que influenciam as vendas; os mercados, os clientes com os quais ela vai atuar; a regio de atuao da empresa; suas crenas e valores.

    Definindo essas assertivas, facilitaremos o esboo dos principais temas a serem considerados na elaborao da misso, originando tais situ-aes:

    determinao em que pontos devem ser aplicados os recursos disponveis;

    um acordo na administrao de que os recursos e esforos para atingir a misso sero bem sucedidos.

    Ento podemos dizer que toda empresa possui uma misso?Com certeza sim, o que ocorre que algumas empresas utilizam

    na elaborao do plano de negcios e outras tm apenas informalmente, ou seja, o proprietrio no descreveu sua misso, por no perceber a necessi-dade de explicitar essa informao.

    A misso representa a essncia do que a empresa se prope ao ser constituda, bem definida, ela indica os rumos a serem seguidos pela admi-nistrao na organizao e delineia as aes a serem desenvolvidas.

    Resumo

    Nesta aula, identificamos as caractersticas da misso, os propsi-tos da misso na empresa, como construir uma misso.

    A elaborao do plano de negcios, com a definio do negcio, valores e

    misso fica evidente quando a empresa

    inicia um processo de descentralizao de

    decises, seja porque ela est crescendo, seja

    porque o proprietrio est se preparando

    para transferir as decises aos sucessores

    da famlia ou a profissionais.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 47

    Atividades de aprendizagem

    1) Elabore a misso para as seguintes empresas:

    a) Uma empresa de cosmticos:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) Uma padaria:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    c) Um supermercado de grande porte:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    AULA 1

    Alfabetizao Digital

    49

    Aula 7 - Plano de ao

    Figura 20: O poder das engrenagens. Fonte: http://goo.gl/SvyHX

    Os objetivos desta aula so identificar os tipos e os procedimentos para a elaborao de um plano de ao.

    Para incio, vamos identificar o que um plano de ao.

    7.1 Conceito de plano de ao

    Segundo Oliveira (2007) plano de ao um conjunto das partes comuns dos diversos projetos ao assunto que est sendo tratado (recursos humanos, tecnologia, etc).

    o planejamento das aes essenciais para alcanar um resultado desejado. Sendo nesse perodo, um momento de reflexo sobre sua misso, seus valores e sua viso de futuro.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50

    Para elaborao de um plano de ao, a empresa deve delinear os procedimentos a serem executados tais como:

    como e quando ser cumprido o plano; quem ser o responsvel pela execuo; quem ir direcionar cada ao; o porqu da realizao de cada ao; onde sero realizadas.As proposies e sugestes dos usurios e tambm o cenrio que

    abrange a organizao, so fatores essenciais na elaborao do plano de ao.

    7.2 Aspectos gerais do plano de ao

    Figura 21: Metas de um plano de aes.Fonte: http://goo.gl/6gpJ0

    Vamos ver agora, alguns pontos que um plano de ao deve con-templar:

    Objetivo: So deliberaes especficas, resultados a serem alcan-ados em determinado tempo, que, resultaro no cumprimento da misso que a organizao se props.

    Estratgias: So os rumos eleitos pela organizao para indicar como ela pretende realizar seus objetivos.

    Cronograma: Grfico demonstrativo do incio e do trmino das di-versas fases de um processo operacional, dentro das faixas de tempo previa-mente determinadas, deve:

    indicar o tempo necessrio para a execuo; estimar o tempo em relao aos recursos disponveis; verificar a conexo entre as atividades a serem realizadas.

    No meio empresarial se popularizou a utilizao

    da sigla 5W1H, um micro-ckeck-list para

    nos ajudar a lembrar dos seis pontos

    principais de um Plano de Ao.

    Origina-se das seis palavras em ingls:

    WHAT WHEN WHO WHY - WHERE HOW.

    Em portugus: O QUE QUANDO

    QUEM PORQUE ONDE COMO

    A definio e o cumprimento de datas em um plano de ao so importantssimos para a realizao e

    sucesso da organizao.

    O plano de ao um documento descritivo que deve ser sucinto

    nas suas diversas sees, mas que no

    deve deixar margens a interpretaes que no

    sejam claras.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 51

    Responsvel: Deve indicar o responsvel pelo projeto e tambm os responsveis pela execuo de cada ao.

    Recursos necessrios: Devem expressar os meios apropriados para chegar ao resultado esperado.

    Resumo

    Nesta aula, pudemos identificar todos os elementos que compem a elaborao de um plano de ao, sua metodologia e utilizao.

    Atividades de aprendizagem

    Elaborar um plano de ao da seguinte empresa:PLANO DE AO DA EMPRESA XYZ LTDA 1 Fase

    Meta: Implantar o Programa 5S de qualidade em 100% das instalaes da XYZ LTDA at abril de 2011

    O que fazer Quem Como Jan Fev Mar Abr

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Onde Por que Jan Fev Mar Abr

    1

    2

    3

    4

    5

    6

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    AULA 1

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    Aula 8 - Plano de negcio

    Figura 22: Plano de negcios: a bssola da empresa.Fonte: http://goo.gl/QgwtQ

    J aprendemos a construir um plano de ao, vamos ento conhe-cer e elaborar agora o plano de negcios de uma organizao.

    8.1 Conceito de plano de negcios

    Para alguns empreendedores, o plano de negcio o principal do-cumento a ser elaborado antes do incio das atividades das organizaes, pois nele que se vai estruturar todas as informaes para a realizao de um projeto e para fazer um prognstico dos problemas e a viabilidade de solues.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 54

    Como vimos, valer-se da ideia do empreendedor e transform-la numa ao exequvel. Para isso, so necessrias algumas informaes im-portantes, tais como, as caractersticas do empreendimento, quais as partes envolvidas, as oportunidades a serem conquistadas, quais os pontos que podem ser ameaas para realizao do projeto.

    Quando se vai iniciar um negcio, e se voc pretende solicitar re-curso a investidores ou rgo de fomento, o seu plano de negcios passa a ser essencial, pois atravs dele voc poder explicitar os sonhos e idias de uma maneira formal e estruturada. Sendo que uma de suas principais fi-nalidades, ou seja, persuadir o investido do poder de realizao do negcio, atravs da informao.

    A elaborao do documento em si, no das mais complexas, mas a base de todo o formato do projeto obter informao fidedigna para a realizao das proposies.

    8.2 Detalhes de um plano de negcios

    definir o que o negcio, quais os produtos e servios sero propostos, quais os motivos que levam a achar que o empreendi-mento ser um sucesso, quais as oportunidades que se percebe ou se pretende explorar;

    definir quem administrar o negcio, qual o grau de formao esta pessoa tem, que qualificao ser necessria para a equi-pe, quantos funcionrios precisar, suas atividades e tambm a remunerao, qual ser a estrutura organizacional, sua misso e a viso;

    presumir quem so os clientes potenciais, onde eles esto e como atra-los, identificar qual ser o diferencial do negcio para a fidelizao dos clientes, fato que se deve conhecer tam-bm quem so os seus concorrentes, conhecer quais os fatores de manuteno dele no mercado, identificar qual o seu nicho, demonstrar qual o seu ambiente externo, descrever como divul-gar e promover o seu negcio, de que forma ser a distribuio do produto ou servio;

    identificar as fontes do capital inicial do empreendimento, pro-jeo de faturamento, investimentos e gastos, definir em quanto tempo ter o retorno deste investimento, projetar o fluxo de caixa e o volume de negcio esperado para alcanar o ponto de equilbrio no resultado operacional, definir o capital permanente que ser investido;

    elaborar um cronograma com todos os procedimentos propostos para que se possa acompanhar a execuo deles;

    elaborar um resumo de forma a conquistar, investidores, par-ceiros, no se esquecendo de sempre pontuar com veracidade e organizao;

    a construo do plano de negcios deve conter o mximo de informaes para que o empreendedor identifique fatores que o levaro ao sucesso ou antecipe falhas que poderiam lev-lo ao fracasso;

    Exequvel: adjetivo que se pode executar.

    Nicho: corresponde a um segmento

    de mercado constitudo nmero

    de consumidores com caractersticas

    e necessidades homogneas e facilmente

    identificveis.

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 55

    o plano de negcios alm de ser uma excelente ferramenta na iniciao do empreendimento, poder ser feito para uma empre-sa em funcionamento, como ferramenta de marketing interno e gesto.

    Para Bolson (2003), plano de negcio uma obra de planejamento dinmico que descreve um empreendimento, projeta estratgias operacio-nais e de insero no mercado e prev os resultados financeiro. Segundo o mesmo autor, a estratgia de insero no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento de novos negcios.

    Figura 23: Aes cruciais da empresa.Fonte: http://goo.gl/MNZyS

    Para elaborar o plano de negcios utilizaremos os conceitos apre-endidos na aula 3, onde identificamos alguns mtodos e tcnicas utilizados como ferramentas na elaborao de projetos e planos, estas ferramentas iro compor o plano de negcio para analisar o ambiente externo e interno da organizao.

    A seguir colocaremos em prtica os contedos at ento apreendi-dos, vamos fazer um modelo de plano de negcios utilizando a tcnica de anlise SWOT, poderamos utilizar outras das estudadas, a metodologia a ser usada vai depender do tipo de empreendimento.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 56

    8.3 Passos para elaborao do plano de neg-cios

    1. Definir o conceito do negcio;2. identificar seu principal diferencial, os objetivos financeiros e

    estratgicos;3. detalhar O QUE ser feito, POR QUEM ser feito e COMO ser

    feito, para que os objetivos do negcio sejam atingidos;4. definir os produtos que sero ofertados no mercado;5. identificar A QUEM vai ser oferecido e QUEM vai competir com o

    novo negcio;6. posicionar COMO o cliente vai ser localizado e atendido;7. levantar QUANTO ser necessrio investir no novo negcio, e

    QUANDO ser o retorno financeiro previsto;8. definir QUANDO podero ser realizadas as atividades e como se-

    ro atingidas as metas;9. identificar os riscos, e at mesmo evit-los atravs de um plane-

    jamento adequado;10. estabelecer os pontos fortes e fracos da organizao e compar-

    -los com a concorrncia e o ambiente de negcios em se que atua;11. reconhecer o mercado de atuao e definir estratgias de ma-

    rketing para seus produtos e servios;12. avaliar o desempenho financeiro do negcio, analisando os in-

    vestimentos, e o retorno sobre o capital investido.

    8.4 Anlise SWOT / FOFA no plano de negcio

    AMBIENTE INTERNO

    PONTOS POSITIVOS

    AMBIENTE EXTERNO

    FORAS(Strenghts)

    OPORTUNIDADES (Opportunities)

    FRAQUEZAS (We-akness)

    PONTOS NEGATIVOS Quadro I Anlise SWOT / FOFAFonte: prprio autor

    Como vimos nas aulas anteriores, esta ferramenta estrutural auxilia na anlise do ambiente interno e externo da empresa.

    A anlise SWOT fornece segundo Machado (2005), uma orientao estratgica bastante significativa, pois permite:

    eliminar pontos fracos nas reas pelas quais a empresa enfrenta ameaas graves da concorrncia e tendncias desfavorveis pe-rante o negcio;

    compreender oportunidades descobertas a partir de seus pontos fortes;

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 57

    corrigir pontos fracos nas reas em que a organizao vislumbra oportunidades potenciais;

    monitorar reas onde a organizao possui pontos fortes afim de no ser surpreendida futuramente por possveis riscos e incertezas.

    O empreendedor dever elencar os pontos positivos e os pontos negativos da organizao, aps esta tarefa que no das mais simples, pois, identificar os problemas e at mesmo valorizar os pontos positivos requer um processo bastante minucioso, muitas vezes, gerando conflitos e posicio-namentos contrrios a administrao da empresa.

    Aps o diagnstico, eis o momento de produzir resultados para a alavancagem da empresa no mercado.

    8.5 Benefcios gerados na execuo do plano de negcios

    Figura 24: Gerao de resultados.Fonte: http://goo.gl/nEu3Z

    orienta o empreendedor no incio de sua atividade econmica ou na expanso do negcio;

    concede ao empreendedor estruturar as principais vises para uma anlise de viabilidade do negcio pretendido e minimizar os riscos j identificados;

    contribui para a formulao de uma vantagem competitiva que pode representar a sobrevivncia da empresa;

    figura como um instrumento de solicitao obteno de crditos junto a investidores e instituies financeiras;

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 58

    quando proposto a uma organizao j em andamento, alm dos objetivoscomuns implantao de um negcio, preocupa--se com a expanso da empresa, seja com um produto novo ou aumento na receita operacional.

    Ento percebeu que para construir um plano de negcios, no h uma receita pronta e acabada, no se tem uma estrutura obrigatria e for-mal, porm, ele deve possuir o mximo de informao para um entendimen-to completo pelos seus usurios.

    Resumo

    Nesta aula, conhecemos como elaborar um plano de negcio, suas caractersticas e sua aplicabilidade. Vimos que a metodologia de anlise SWOT uma das ferramentas auxilia na confeco do plano de negcio, identificamos os benefcios gerados para a organizao que entra no merca-do com metas e objetivos a serem alcanados.

    Vamos colocar a casa em ordem e praticar.

    Atividades de aprendizagem

    Prezado(a) acadmico(a), com base na apostila virtual e na biblio-grafia recomendada, monte um plano de negcios de uma empresa de sua escolha, utilizando a matriz de anlise SWOT / FOFA.

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Na pgina http://www.

    geranegocio.com.br/html/peqneg/

    p3.html#ele2, voc encontrar um modelo de Plano de Negcios.

    Acesse e conhea as peculiaridades deste

    plano.

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    AULA 1

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    59

    Aula 9 - Planejamento financeiro

    Figura 25: Planejamento Financeiro.Fonte: http://goo.gl/kb7vZ

    O objetivo desta aula conhecer planejamento financeiro, suas ca-ractersticas e funo dentro do ambiente organizacional.

    Nas aulas anteriores, conhecemos os conceitos do planejamento estratgico, suas caractersticas, os planos de ao e de negcio.

    Percebemos o quanto a palavra planejamento importante den-tro de uma organizao, o quanto essencial para a manuteno das empre-sas no mundo globalizado.

    Vamos compreender agora, como executar financeiramente as aes para o crescimento da organizao.

    9.1 Conceito de planejamento financeiro

    uma ferramenta por meio da qual se projeta quanto de recursos necessrio para operacionalizar uma organizao e se decide quando e como a necessidade de fundos ser financiada.

    A empresa precisa calcular gerenciar e controlar seu caixa, princi-palmente frente s futuras situaes econmicas e financeiras que ocorrero em um planejamento estratgico.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 60

    A inexistncia de um planejamento financeiro slido pode causar insuficincia de recursos, levando a organizao at mesmo falncia, necessrio fazer um planejamento cuidadoso para avaliar as necessidades ao longo de um plano de negcios de uma organizao.

    considerado como um processo evidente que leva o empreende-dor a acompanhar as indicaes de mudanas e a reorganizar, as metas e objetivos estabelecidos em um plano de negcios. Segundo Gitman (1987), os planos financeiros e oramentos fornecem roteiros para atingir os obje-tivos da empresa. Alm disso, esses veculos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padro de desempenho contra o qual possvel avaliar os eventos reais.

    9.1.1 Planejamento financeiro a curto prazo

    So aes planejadas para um perodo curto, normalmente de um a dois anos, cercado de previso de seus reflexos sobre os recursos finan-ceiros.

    Reflete a preocupao de antecipar criteriosamente as entradas e sadas de dinheiro geradas pela atividade operacional da organizao.

    So feitas previses de receitas operacionais e gerados dados ge-renciais e financeiros; os resultados mais importantes incluem inmeros or-amentos operacionais, o oramento de caixa e fluxo de caixa.

    9.1.2 Planejamento financeiro a longo prazo

    So aes planejadas para um perodo distante, cercadas de pre-viso de seus reflexos sobre os recursos financeiros. Sendo que sua cobertura afeta um perodo entre 2 a 10 anos.

    Procura identificar previamente o impacto da implementao de aes projetadas na empresa na rea financeira, prospectando ao adminis-trador a variao entre o excesso ou insuficincia dos recursos financeiros.

    Planos financeiros em longo prazo so parte de um plano estrat-gico integrado que, utilizam-se de estratgias e metas para orientar a em-presa a alcanar seus objetivos. So feitos com base em oramentos e planos de metas de uma organizao.

    Verifica-se que o planejamento financeiro, no s norteia os rumos para atingir os objetivos e metas dos planos de ao e negcio da empresa, tanto a curto como a longo prazo, proporciona um controle financeiro de toda a gerao de receita da organizao.

    9.2 Funo do planejamento financeiro

    A funo do planejamento financeiro indicar o grau de liquidez da organizao para que ela possa investir, quitar dividas, efetuar emprstimos,

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 61

    ou seja, diminuir os riscos de insucessos nos planos de aes e negcios e sugerir planos alternativos, para possveis necessidades de ocorrerem impre-vistos na implantao do planejamento estratgico.

    Geralmente so propostos planos com objetivos a longo prazo e depois so visados os de curto prazo, sendo que o plano de longo prazo acompanha o planejamento estratgico e o de curto prazo o planejamento operacional.

    Permite prev um supervit ou dficit de recursos financeiros na organizao, permitindo uma flexibilidade na aplicao dos recursos, ha-vendo necessidade de alterao por meio de fatores inerentes ao ambiente externo organizao.

    9.3 Ferramentas utilizadas no planejamento financeiro

    Para se fazer um planejamento financeiro, necessrio ter infor-maes demonstradas nos oramentos de caixa e nos demonstrativos de re-ceita, onde se verifica as variaes ocorridas nos perodos para a realizao de metas e dos fluxos oramentrios da organizao.

    Processo de elaborao do Fluxo Oramentrio:

    Figura 26: Fluxo financeiro.Fonte: http://goo.gl/2JmuI

    Parece bvio que uma empresa necessite de um controle financeiro adequado no mesmo? Porm fazer um planejamento financeiro com todas as caractersticas e projees para um bom desempenho da organizao, ainda para muitas empresa de mdio e pequeno porte um processo a ser utilizado com maior frequncia, principalmente a ferramenta fluxo de caixa.

    Supervit: O excesso da receita sobre a despesa num oramento, saldo positivo entre a receita e despesa.

    Dficit: O excesso da despesa em relao receita, em um oramento; saldo negativo entre a receita e a despesa.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 62

    histrico das realizaes; argumentaes propostas; previses oramentrias; clculos atravs de planilhas eletrnicas; relatrio formal.

    9.4 Caractersticas do planejamento financeiro Projees financeiras para o futuro: Atravs dos dados coleta-

    dos, tanto analticos quanto estatsticos, possibilita antever ris-cos ou acertos nas tomadas de decises pelo gestor financeiro.

    Flexibilidade na aplicao: Permite mudanas nos planos da em-presa, de acordo com as variaes dos cenrios e ambientes da organizao.

    Cooperao entre os gestores da empresa: Os gestores financei-ros necessitam das informaes econmico-financeiras dos con-tadores das organizaes, e tambm de quem executa as linhas gerais propostas no planejamento financeiro.

    9.5 Aspectos do planejamento financeiro Planejamento das entradas e sadas de dinheiro: Verifica-se os

    recebimentos em dinheiro e a utilizao para pagamento de gas-tos ou investimentos na organizao;

    planejamento dos tributos: Visa a compreenso e aplicao de impostos federais, estaduais e municipais, verificando a melhor maneira de diminuir as despesas tributarias dentro da legalida-de, conhecendo melhor a legislao pertinente a cada tributo;

    planejamento e administrao de riscos: gerencia o uso de pro-dutos e estratgias de seguro pela organizao;

    planejamento e administrao de investimentos: projees e metas para aquisio de bens permanentes.

    Figura 27: Confiana no planejamento financeiro.Fonte: http://goo.gl/vEanv

  • e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesAdministrao Estratgica 63

    O planejamento financeiro deve ser uma ferramenta para alocar recursos para iniciativas estratgicas nas organizaes, bem como rever atividades que no decorre da implantao dos planos de negcio e aes, necessitarem de alteraes ou mesmo a no realizao das aes ou metas propostas.

    Resumo

    Nesta aula conhecemos a importncia do planejamento financeiro na administrao estratgica, identificamos suas caractersticas e funes, bem como os principais aspectos do planejamento financeiro.

    Atividades de aprendizagem

    1. Numere a 1 coluna de acordo com a 2, no que se refere aos concei-tos dos controles administrativos.

    1. Flexibilidade na aplicao

    ( ) Atravs dos dados coletados, tanto analticos quanto estatsticos, possibilita antever riscos ou

    acertos nas tomadas de decises pelo gestor finan-ceiro.

    2. Planejamento e administrao de

    investimentos

    ( ) Permite mudanas nos planos da empresa, de acordo com as variaes dos cenrios e ambientes

    da organizao.

    3. Cooperao entre os gestores da empresa

    ( ) Os gestores financeiros necessitam das infor-maes econmico-financeiras dos contadores das organizaes, e tambm de quem executa as linhas

    gerais propostas no planejamento financeiro.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 64

    Referncias

    ABELL, Derek F. Administrando com dupla estratgia. Inserir o lugar de publicao:Pioneira.1 Edio - 1993

    ABELL, Derek F. Definio do negcio - ponto de partida do planejamento estratgico. Inserir o lugar de publicao: Atlas. 1 Edio - 1991

    ACKOFF, Russel L. Planejamento empresarial. Rio de Janeiro, Livros Tcnicos e Cientficos, 1974.

    BOLSON. Eder. Tchau, patro! Editora SENAC, Brasil. 2003

    BRASIL.Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponvel em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

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    MACHADO, Rosa Teresa Moreira. Estratgia e competitividade em organiza-es groindustriais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2005.

    MILLER, Jerry. O milnio da inteligncia competitiva. Porto Alegre: Book-man, 2002.

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    OLIVEIRA, D.P.R. Estratgia empresarial e vantagem competitiva: como esta-belecer, implementar e avaliar. So Paulo: Atlas, 2001.

    OLIVEIRA, Djalma. Planejamento estratgico conceitos, metodologia, prti-cas. 23 edio. So Paulo: Editora Atlas S/A, 2007.

    SMITH, Adam. Riqueza das naes. Lisboa: Ed. Fundao Calouste Gul-benkian, 1983.

    STIGLITZ, Joseph E. Livre mercado para todos. So Paulo: Campus Editora, 2006.

    STIGLITZ, Joseph E.Rumo a um novo paradigma. So Paulo: Francis, 2004.

    PRESCOTT, John; MILLER, Stephen. Inteligncia competitiva na prtica. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

    TARAPANOFF, Kira. Inteligncia organizacional e competitiva. Distrito Fede-ral: UNB, 2001.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 66

    Currculo do professor conteudista

    Eliana Soares Barbosa Santos

    Possui graduao em Cincias Contbeis pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (1989), Licenciatura Plena para a Graduao de Professores pelo CEFET - Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mi-nas Gerais (1993), especializao em Contabilidade pela Universidade Es-tadual de Montes Claros/Unimontes (1996) e aperfeioamento em Capaci-tao em Ensino a Distncia pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (2008). Atualmente, professora assistente da Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experincia na rea de Administrao, com nfase em Cincias Contbeis.

  • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 68

    e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEscola Tcnica Aberta do Brasil

    Palavra do professor conteudistaProjeto instrucionalAula 1 - Globalizao e mercado de trabalho1.1 Introduo administrao estratgicaResumoAtividades de aprendizagem

    Aula 2 - Variveis econmicas, polticas e sociais2.1 Variveis que afetam o planejamento estratgicoResumoAtividades de aprendizagem

    Aula 3 - Planejamento: mtodos e tcnicas3.1 Prticas de inteligncia competitivaResumoAtividades de aprendi