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Administração de
Recursos Materiais e Patrimoniais
CURVA ABC
Imagine você um administrador de uma filial de uma grande
empresa e que comercializa uma grande variedade de
produtos...
Agora suponha que em uma reunião com o presidente sejam
feitas a você as seguintes perguntas:
- Quais são os itens que você mais tem em estoque?
- Quais são os itens de maior peso (maior representatividade)
do estoque?
- Quais são os itens que mais são vendidos?
- Quais os itens que representam o maior faturamento?
- Quais os itens que dão maior lucratividade?
Em uma organização, a curva ABC é muito utilizada para:
✓ a administração de estoques,
✓ definição de políticas de vendas,
✓ estabelecimento de prioridades,
✓ programação de produção,
✓ etc.
Para a administração de estoques, por exemplo: o administrador
a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de
aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas - essenciais
para o controle do estoque, que variam de acordo com a
demanda do consumidor.
Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se:
✓ o giro dos itens no estoque,
✓ o nível da lucratividade,
✓ o grau de representação no faturamento da organização.
Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque
poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados
fornecidos com a curva ABC.
ALGUMAS UTILIZAÇÕES DO GRÁFICO DE PARETO PARA EFEITOS
✓ Qualidade:
Percentual de produtos defeituosos, número de reclamações de clientes,número de devoluções de produtos
✓ Custo:
Perdas de produção, gastos com reparos de produtos dentro do prazo degarantia, custos de manutenção de equipamentos
✓ Entrega:
Índices de atraso de entrega, índices de entrega em quantidade e localerrados, falta de matéria-prima em estoque
✓ Moral:
Índices de reclamações trabalhistas, índices de demissões, absenteísmo
✓ Segurança:
Número de acidentes de trabalho, índices de gravidade dos acidentes,
número de acidentes sofridos por usuários do produto
ALGUMAS UTILIZAÇÕES DO GRÁFICO DE PARETO PARA CAUSAS
✓ Máquinas:
Desgaste, manutenção, modo de operação, tipo de ferramenta utilizada
✓ Matérias-primas:
Fornecedor, lote, tipo, armazenamento, transporte
✓ Medições:
Calibração e precisão dos instrumentos de medição, método de medição
✓ Meio Ambiente:
Temperatura, umidade, iluminação, clima
✓ Mão-de-obra:
Idade, treinamento, saúde, experiência
✓ Métodos:
Informação, atualização, clareza das instruções
É um critério de classificação utilizado para distinguir a importância
de cada item do estoque segundo o valor do investimento feito nele.
Observa-se empiricamente que uma pequena parte dos itens é
responsável pela maior parte dos investimentos. (Regra 80/20)
Lei de Pareto referenciada como regra 80/20 (tipicamente 80% do
valor do estoque de uma operação é responsável por somente 20%
de todos os tipos de itens estocados).
CONCEITUAÇÃO
A curva ABC consiste em fazer uma análise do consumo dos
materiais em um determinado espaço de tempo (que normalmente
varia entre 6 meses e 1 ano), levando em consideração o valor
monetário e quantidade de itens do estoque, a fim de avaliar as
condições e necessidades, planejando a partir desse ponto
melhorias que possibilitem aos administradores atingirem os
resultados desejados pela empresa.
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a sequência dos itens e
sua classificação ABC, disso resulta imediatamente a aplicação
preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a
importância dos itens.
PLANEJAMENTO
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as
classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
Itens Classe A: são aqueles 20% de itens de alto valor que
representam cerca de 80% do valor do estoque. São os itens
mais importantes, que devem receber atenção especial.
Itens Classe B: são aqueles de valor médio, usualmente os
seguintes 30% dos itens que representam cerca de 10% do
valor total.
Itens Classe C: são aqueles itens de baixo valor que, apesar de
compreender cerca de 50% do total de tipos de itens estocados,
provavelmente representam cerca de 10% do valor total de itens
estocados.
De acordo com Pozo (2010), a montagem da Curva ABC é realizada
em quatro passos, assim:
1. Inicialmente, a empresa deverá levantar todos os itens, com os
dados de suas quantidades, preços unitários e preços totais;
2. O segundo passo é colocar todos esses itens em uma tabela em
ordem decrescente de preços totais e a somatória total. Nesta
tabela deve constar as seguintes colunas: item, nome ou número da
peça, preço unitário, preço total do item, preço acumulado e
porcentagem;
3. O passo seguinte é dividir cada item pela somatória total de todos
os itens e colocar a porcentagem obtida em sua respectiva coluna;
4. E por fim, a empresa deverá dividir todos os itens em classe A, B
e C, de acordo com a prioridade e tempo disponível para a empresa
tomar decisão.
POZO,H. Administração de recursos materiais e patrimoniais, 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2010.
Um exemplo de gráfico da curva ABC:
Dias (2010), afirma que os diferentes esquemas utilizados nas
construções das curvas ABC podem ser resumidos sob forma de um
diagrama de bloco (próximo slide). Este diagrama tem por objetivo
facilitar a montagem da Curva ABC, ao mesmo tempo em que todos os
aspectos sejam devidamente considerados.
DIAS, Marco Aurélio P.. Administração de Materiais Uma abordagem Logística. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
1Necessidade da Curva ABC
Discussão preliminar
Definição dos objetivos
2Verificação das técnicas para
análise
Tratamento de dados
Cálculo manual ou eletrônico
3Obtenção da classificação:
Classe A, Classe B e Classe C
sobre a ordenação efetuada
Tabelas explicativas e traçado
do gráfico ABC
4 Análise e conclusões
5 Providências e Decisões
Modelo para confecção da Curva ABC:
A empresa deverá ser dedicada e ter cuidados especiais aos
problemas sugeridos na fase de verificação e levantamento dos
dados a serem utilizados na confecção da curva ABC. Sendo
assim, deverão ser providenciados:
1)pessoal treinado e preparado para fazer levantamentos;
2)Depois fazer os formulários para a coleta de dados,
3)providenciar as normas e rotinas para o levantamento.
A uniformidade dos dados coletados é de primordial importância para
a consistência das conclusões da curva ABC, principalmente quando
estes dados são numerosos.
Nesse caso, é interessante fazer uma análise preliminar após o
registro de uma amostra de dados para verificar a necessidade de
estimativas, arredondamentos e conferências de dados, a fim de
padronizar as normas de registro.
Em seguida, conforme a disponibilidade de pessoal e de
equipamentos, deve ser programada a tarefa de cálculo para
obtenção da curva ABC, utilizando-se meios de cálculos manual ou
um software adequado. (DIAS, 2010, p. 71)
DIAS, Marco Aurélio P.. Administração de Materiais Uma abordagem Logística. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
▪ A definição das classes A, B e C obedece apenas a critérios de
bom senso e conveniência dos controles a serem
estabelecidos.
▪ Em geral são colocados, no máximo, 20% dos itens na classe
A, 30% na classe B e os restantes 50% na classe C.
▪ Essas porcentagens poderão variar de caso para caso,
segundo as diferentes necessidades de tratamentos
administrativos a serem aplicados.
o Os parâmetros anteriores não são uma regra matematicamente
fixa, pois podem variar de organização para organização nos
percentuais descritos.
o O que importa é que a análise destes parâmetros propicia o
trabalho de controle de quem analisa, cuja decisão pode se
basear nos resultados obtidos pela curva ABC.
o Os itens considerados de Classe A merecerão um tratamento
preferencial.
o Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a otimização
da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando
desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento
da lucratividade.
Como se obtém a curva ABC?
Para ilustrar as etapas de confecção de uma curva ABC, vamos ver
um caso simplificado de apenas dez itens. Ressalva-se, porém, que
o procedimento é válido para qualquer número de itens. O critério
de ordenação será o valor do consumo ( preço unitário x consumo)
para cada item.
Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens que serão
analisados, conforme sua importância relativa no grupo.
A montagem dos grupos pode parecer um pouco trabalhosa, mas
pode ser que ela seja feita uma única vez, ou mesmo muito
esporadicamente. Os itens de cada grupo permanecem enquanto
permanecerem as condições que possam afetar os itens (consumo;
vendas; preços; etc.).
A montagem dos grupos pode ser feita em duas etapas:
1ª Etapa:
1) relaciona-se todos os itens que foram consumidos em determinado
período (1);
2) para cada item registra-se o preço unitário (2) e o consumo (3) no
período considerado (se a análise fosse sobre vendas, ou sobre
transporte, ao invés de consumo seria usada a quantidade
vendida, ou a quantidade transportada, etc.);
3) para cada item calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao
preço unitário x consumo;
4) registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior
valor, 2 para o segundo maior valor, e assim por diante).
2ª Etapa:
1) ordena-se os itens de acordo com a classificação (5);
2) para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que
é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo
acumulado da linha anterior;
3) para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total
acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado
dividido pelo valor de consumo acumulado do último item.
➢ Para a definição das classes A, B e C, adotando-se o critério de
que A = 20%; B = 30% e C = 50% dos itens.
➢ Sendo, no exemplo 10 itens, 20% são os dois primeiros itens,
30% os três itens seguintes e 50% os cinco últimos itens.
➢ Resultando, assim, os seguintes valores:
- classe A (2 primeiros itens) = 62,44%;
- classe B (3 itens seguintes) = (85,22% - 62,44%) = 22,78%;
- classe C (5 itens restantes) = (100% - 85,22%) = 14,78%;
A
BC
Para o exemplo demonstrado:
✓ Se quiséssemos controlar, digamos, 80% do valor do estoque,
teríamos que controlar apenas os quatro primeiros itens (já que
eles representam 80,00%).
✓ O estoque (ou as compras, ou o transporte, etc.) dos itens da
classe A, tendo em vista seu valor, devem ser mais rigorosamente
controlados.
✓ O estoque e a encomenda dos itens de classe C devem ter
controles simples.
✓ Já os itens da classe B deverão estar em situação intermediária.
EXERCÍCIO 1 - CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS
Fazer a análise ABC dos itens de estoque descritos abaixo:
ITEMCONSUMO
(un / ano)
CUSTO
(R$ / un)
A 450 2,35
B 23590 0,45
C 12025 2,05
D 670 3,60
E 25 150,00
F 6540 0,80
G 2460 12,00
H 3480 2,60
I 1250 0,08
J 4020 0,50
K 1890 2,75
L 680 3,90
M 345 6,80
N 9870 0,75
O 5680 0,35
A) Calcular o valor consumido, multiplicando-se o
consumo anual pelo custo unitário.
B) Ordenar em ordem decrescente a tabela pelos
valores consumidos obtidos na etapa “A”
anterior.
C) Calcular o percentual individual e o percentual
acumulado referente a cada item da tabela
obtida na etapa “B” anterior (Usar 2 casas após
a vírgula).
D) Classificar os itens em grupos A, B, e C nas
proporções: 20% (3 primeiros itens), 26,67% (4
itens seguintes) e 53,33% (últimos 8 itens),
respectivamente, da quantidade acumulada de
itens.
EXERCÍCIO 1 - CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS
A) Calcular o valor consumido, multiplicando-se o consumo anual pelo custo unitário.
EXERCÍCIO 1 - CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS
B) Ordenar em ordem decrescente a tabela pelos valores consumidos obtidos na etapa “A”
anterior.ITEM VALOR CONSUMIDO
G 29.520,00C 24.651,25B 10.615,50H 9.048,00N 7.402,50F 5.232,00K 5.197,50E 3.750,00L 2.652,00D 2.412,00M 2.346,00J 2.010,00O 1.988,00A 1.057,50I 100,00
TOTAL 107.982,25
EXERCÍCIO 1 - CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS
C) Calcular o percentual individual e o percentual acumulado referente a cada item da tabela
obtida na etapa “B” anterior.
(Usar 2 casas após a vírgula)
EXERCÍCIO 1 - CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS
D) Classificar os itens em grupos A, B, e C nas proporções: 20% (3 primeiros itens), 26,67% (4
itens seguintes) e 53,33% (últimos 8 itens), respectivamente, da quantidade acumulada de itens.
A – 60,00%B – 24,89%C – 15,11%
Análises obtidas da curva ABC.
Itens A’s
✓Itens que possuem alto valor de demanda ou consumo.
✓São os principais itens em estoque de alta prioridade, foco
de atenção do gestor de materiais, pois são materiais com
maior valor devido à sua importância econômica.
✓Estima-se que 20% dos itens em estoque correspondem a
80% do valor do estoque.
Itens A’s
✓Devem ocupar as posições mais estratégicas
✓ Manter um controle rígido de entradas, saídas e saldos
✓ Comprar somente baseado em necessidades calculadas
✓ Negociar com fornecedores a garantia de entrega, de forma
a poder manter estoques baixos
✓Manter um estoque de segurança baixo
Itens B’s
✓Itens que possuem um valor de demanda ou consumo
intermediário.
✓Compreendem os itens que ainda são considerados
economicamente preciosos, logo após os itens de categoria
A, e que recebem cuidados medianos.
✓Estima-se que 30% dos itens em estoque correspondem a
15% do valor do estoque.
Itens B’s✓ Manter um controle moderado evitando sua falta;
✓ Comprar quantidades maiores, pois o baixo valor
envolvido nestes itens faz com que despesas
como frete, contatos com fornecedores, tornem-se
mais elevados;
✓Manter estoques de segurança maiores.
Itens C’s
✓Itens que possuem um valor de demanda ou consumobaixo.
✓Não deixam de ser importantes também, pois sua falta podeinviabilizar a continuidade do processo, no entanto o critérioestabelece que seu impacto econômico não é dramático, oque possibilita menos esforços.
✓Estima-se que 50% dos itens em estoque correspondem a5% do valor do estoque.
Itens C’s
Manter um controle moderado evitando sua falta;
Comprar quantidades maiores, pois o baixo valor envolvido
nestes itens faz com que despesas como frete, contatos
com fornecedores, tornem-se mais elevados;
Manter estoques de segurança maiores.
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ABC
GRUPOS
QUANTIDADE
(% de itens)
VALOR
(% de $)
GRAU DE
CONTROLE
ESTOQUE DE
SEGURANÇA
PROCEDIMENTOS DE
PEDIDO
itens A 10 -20 % 70-80% rígido baixocuidadoso, rigoroso;
revisões freqüentes
itens B 30 - 40% 15 - 20% normal moderado
pedidos normais;
algum acompanhamento
itens C 40 - 50% 5 - 10% simples grandepedidos periódicos;
suprimento para longo prazo
Para pensar:
“Em nossa empresa classificamos os nossos itens por valores
unitários: no nosso negócio a maior parte dos itens possui valores
unitários semelhantes e, por esse motivo, não adotamos um sistema
ABC.”
Certo ou errado?
O valor de utilização do item não é dado somente em função do preço
unitário do produto, mas também pelo produto desse preço unitário
pelo consumo real efetivo. Um item pode ter o mesmo preço unitário
de outro, mas, a partir do momento em que possua consumos
diferentes, as classes também podem mudar.
Para pensar:
“Fizemos uma classificação ABC e eliminamos todos os itens da
classe C da linha... Quase falimos.”
Certo ou errado?
A classificação ABC não é o único recurso a ser utilizado para decidir tirar
produtos de linha ou de estoque.
Suponhamos uma linha de produção de automóveis e a classificação ABC
de seus componentes.
Poderíamos considerar o câmbio e o motor como itens da classe A e os
parafusos como itens da classe C.
Isto significa que poderíamos simplesmente eliminar esses parafusos? É
claro que não, pois a classificação ABC nos diz quem é quem, mas não nos
diz o que fazer.
EXERCÍCIOS
1) A respeito da curva ABC, assinale a opção correta.
a) Os itens da classe C devem receber atenção antes dos
demais.
b) Os itens da classe B são os de menor importância.
c) Os itens da classe A são os mais numerosos.
d) A última ação a ser tomada na montagem da curva ABC é a
divisão dos itens em classes A, B e C.
e) A utilização da curva ABC reduz as imobilizações em estoque,
porém prejudica a segurança.
2) Quanto à curva ABC (ou análise de Pareto), assinale a alternativa
incorreta.
a) A curva ABC também é conhecida como análise de Pareto ou
regra 80 – 20.
b) O nome Pareto vem de uma homenagem ao economista italiano
Vilfredo Pareto que, em seu estudo, observou que 80% da riqueza da
Itália estavam nas mãos de 20% da população.
c) Classe A é a de maior importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 20% do total.
d) Classe B é a de menor importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 80% do total.
e) O uso mais comum da curva ABC dá-se no gerenciamento de
estoques.
Classe C é a de menor importância e não a classe B
3) Uma obra foi dividida em 5 itens e, a
partir de seus custos, foi montada a curva
ABC, apresentada no gráfico ao lado.
Considerando que o custo total da obra é
de R$ 25.000,00, afirma-se que:
a) a participação do item 2, no custo total
da obra, é de 60%.
b) o item 5 é o mais oneroso da obra.
c) o custo do item 4 é de R$ 23.750,00.
d) o custo do item 3 é de R$ 5.000,00.
e) os itens encontram-se dispostos, no
eixo das abscissas, em ordem crescente
de participação em relação ao custo total
da obra.
A soma total dessas participações obviamente tem que ser 100%. O item 1 representa 35% da obra, o
item 2 representa 25% (=60-35), o item 3 representa 20% (=80-60), e assim sucessivamente. Assim
sendo, o custo do item 3 é de 20% de R$ 25000,00 = R$ 5000,00
4) Considere as informações abaixo, referentes aos serviços e custos de uma obra:
S1: R$ 5.000,00
S2: R$ 8.000,00
S3: R$ 10.000,00
S4: R$ 12.000,00
Esses serviços compõem-se das seguintes parcelas: 10% equipamentos, 30%
materiais e 60% mão de obra.
Considerando-se que os materiais tiveram um reajuste de 40% nos serviços S1 e S3 e
que a mão de obra dos serviços S2 e S4 foi contratada com 30% de desconto, a curva
ABC (em ordem crescente de custos) dos serviços passa a ser:
a) S1, S2, S3 e S4
b) S1, S2, S4 e S3
c) S1, S3, S2 e S4
d) S2, S1, S3 e S4
e) S2, S1, S4 e S3
10%
EQUIPAMENTOS
30%
MATERIAIS
60%
MÃO DE OBRATOTAL
S1 500,00R$ 1.500,00R$ 3.000,00R$ 5.000,00R$
S2 800,00R$ 2.400,00R$ 4.800,00R$ 8.000,00R$
S3 1.000,00R$ 3.000,00R$ 6.000,00R$ 10.000,00R$
S4 1.200,00R$ 3.600,00R$ 7.200,00R$ 12.000,00R$
10%
EQUIPAMENTOS
30%
MATERIAIS
60%
MÃO DE OBRATOTAL
S1 500,00R$ 2.100,00R$ 3.000,00R$ 5.600,00R$
S2 800,00R$ 1.680,00R$ 4.800,00R$ 7.280,00R$
S3 1.000,00R$ 4.200,00R$ 6.000,00R$ 11.200,00R$
S4 1.200,00R$ 2.520,00R$ 7.200,00R$ 10.920,00R$
S1 5.600,00R$
S2 7.280,00R$
S4 10.920,00R$
S3 11.200,00R$
40% DE REAJUSTE
NOS MATERIAIS
30% DE DESCONTO
NOS MATERIAIS
CURVA ABC EM ORDEM CRESCENTE
DE CUSTOS
5) Com relação à classificação de materiais pela curva ABC, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a afirmativa Falsa.
( ) É usada para estudos de estoques de acabados, vendas, prioridades de
programação, tomada de preços em suprimentos e dimensionamento de estoque.
( ) É usada em relação a várias unidades de medidas como peso, tempo, volume,
custo unitário.
( ) É extremamente vantajosa, porque permite reduzir as imobilizações em
estoques sem prejudicar a segurança.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) F, F e F.
e) V, V e F.
6) Certa empresa classificou seu estoque com base no sistema ABC. Assim, decidiu
que os itens do grupo A deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro
vezes por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do grupo A,
80 do grupo B e 15 do grupo C.
Com referência a essa situação hipotética e à adoção do sistema ABC para o controle
de estoques, julgue a afirmação a seguir.
Se a empresa funciona 5 dias por semana e 50 semanas por ano, então ela deve
efetuar, em média, 4 contagens por dia para cumprir sua meta de contagens anuais.
( ) Certo ( )Errado
Vamos ver quantas contagens podemos fazer no esquema 5, 50, 4:
5 * 50 * 4 = 1000 contagens
Pois bem, o enunciado diz que podemos cumprir a meta com 1000
contagens. Vejamos se é verdade:
Grupo A -> 250 itens que serão contados duas vezes por ano -> 500
contagens;
Grupo B -> 80 itens que serão contados quatro vezes por ano -> 4*80 ->
320 contagens;
Grupo C -> 15 itens que serão contados uma vez por mês -> 15*12 ->
180 contagens.
500 + 320 + 180 = 1000 contagens
(I)
A - 250 itens x 2 contagens por ano = 500 contagens
B - 80 itens x 4 contagens por ano = 320 contagens
C - 15 itens x 12 contagens por ano (1 por mês) = 180 contagens
__________________________________
TOTAL = 1000 contagens por ano
(II)
A empresa trabalha 250 dias (5 dias x 50 semanas)
(
III)
Logo, para atingir 1000 contagens, deverá fazer 4 contagens por dia!
(250 dias x 4 contagens = 1000 contagens no ano)
7) Com base na tabela acima, que apresenta itens de matérias-primas em
estoque de uma fábrica de aeromodelos, julgue a afirmação abaixo:
Se a classe A da curva ABC dessa empresa corresponder a cerca de 70% do
valor financeiro dos estoques, então ela será composta por 7 itens.
( ) Certo ( ) Errado Somente o primeiro item já corresponde a 70%
do valor financeiro.
8) Considerando que a figura
representa a curva ABC de
determinada empresa, é correto
afirmar que os materiais
enumerados por I, II e III são
itens da classe A.
( ) Certo
( ) Errado
Em se tratando de curva ABC, o correto é calcular o valor
TOTAL dos itens (100+90+80+70+60+50+40+30+20+10 = 550)
e, a partir daí, verificar os percentuais (80% A , 15% B e 5% C)
em relação ao VALOR TOTAL definido (550).
ITEM VALOR %%
ACUMULADOX 100 18 18
IX 90 16 35
VIII 80 15 49
VII 70 13 62
VI 60 11 73
V 50 9 82
IV 40 7 89
III 30 5 95
III 20 4 98
I 10 2 100
550
A
B
C
9) Com base no
quadro, julgue a
afirmativa:
A agulha para
anestesia é item
da classe A.
( ) Certo
( ) Errado
10) Com base no
quadro, julgue a
afirmativa:
Os itens pertencentes
à classe C contribuem
com 9,93% do valor
monetário total dos
estoques.
( ) Certo
( ) Errado1,87+1,83+1,67+1,37+1,1+0,73+0,58+0,27+0,18+0,08+0,05 = 9,73 ou100-69,98-10,35-9,93 = 9,74
11) A tabela representa o consumo de todos os
itens de almoxarifado de determinada
empresa.
Sabendo que, na tabela apresentada, 20% dos
itens em estoque são da classe A; 30% são da
classe B e 50% são da classe C, assinale a
opção que apresenta, respectivamente, um
item da classe C e um item da classe A.
a) resma A4 e borracha
b) envelope e pasta em L
c) régua de 30 cm e lápis
d) lápis e envelope
e) lápis e cola
% % acum. classificação
resma A4 17.580,00 59,85 59,85 A
envelope 3.000,00 10,21 70,06 A
cola 2.637,50 8,98 79,04 B
caneta 2.054,00 6,99 86,03 B
pasta em L 1.172,00 3,99 90,02 B
régua 30 cm 878,50 2,99 93,01 C
marcador de texto 877,50 2,99 96,00 C
fita crepe 588,00 2,00 98,00 C
lápis 294,00 1,00 99,00 C
borracha 292,50 1,00 100,00 C
29.374,00
12) Um administrador que montar a curva ABC do
seu estoque. Recebe do seu gerente uma planilha
na qual constam os valores de investimento mensal
acumulado de cada item conforme a tabela.
Classifique os itens da curva ABC, considerando os
parâmetros A=72%, B=17% e C=10%.
Assinale a opção correta:
a) A - A - A - A - A - B - B - C - C - C
b) A - A - B - B - B - B - C - C - C - C
c) A - A - B - B - B - C - C - C - C - C
d) A - A - A - B - B - B - C - C - C - C
e) A - A - A - A - A - A - A - B - B - C
ITENS B = 89-72 = 17ITENS C = 100-89 = 11
13) A tabela Apresenta informações acerca
dos itens mantidos no estoque de
determinada empresa.
Considerando que apenas esses itens
estejam armazenados nesse estoque,
julgue a afirmação a seguir:
Na classificação ABC, o filtro de ar
condicionado é classificado como um item
do tipo A.
( ) Certo
( ) Errado
14) A respeito da função administração de recursos materiais,
julgue a afirmação abaixo:
A curva ABC é importante instrumento para o administrador,
porque permite controlar a entrada e a saída de bens do
almoxarifado, de modo que os materiais mais antigos ou
perecíveis sejam consumidos primeiramente.
( ) Certo
( ) Errado
A questão trata de CURVA ABC. Se tratasse de método de avaliação do estoque PEPS estaria certa.
Níveis de Estoque
Conflito de interesses quanto aos estoques
MÍNIMO NÍVEL DE ESTOQUE MÁXIMO
Para finanças
Matérias primas
Para compras
Para finanças
Materiais semi-acabadosMateriais acabados
Para as seções produtivas
Para finanças
Produtos acabados
Para o depósito
- Menor capital investido- Menores juros e custos de
estocagem
- Melhores condições de compras e descontos
- Nenhum risco de falta
- Menor risco de perda e de obsolescência
- Nenhum risco de falta- Maior segurança- Flexibilidade
- Menor capital investido- Menor custo de estocagem
- Entregas rápidas- Nenhum risco de falta
Papel dos estoques
Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxode negócios.
Como a velocidade com que as mercadorias são recebidas éusualmente diferente da velocidade com que são utilizadas, há anecessidade de um estoque, funcionando como um amortecedor.
V(t) = velocidade
de entrada
v(t) = velocidade
de saída
V(t)
E
v(t)
Papel dos estoques Quando a velocidade de entrada dos itens é maior que a de saída, ou
quando o número de unidades recebidas é maior do que o número deunidades expedidas, o nível de estoque aumenta.
Se, ao contrário, mais itens saem do que entram, o estoque diminui.
E, se a quantidade que é recebida é igual a que é despachada, o estoquemantém-se constante.
Exemplo: A empresa XYZ consome determinado item a uma velocidade de 450 unidades
por dia. Este item é comprado de terceiros e usado na montagem do produtofinal da empresa. Sabendo-se que, em uma semana útil de 5 dias, a empresarecebeu dois lotes de 2.500 do item, qual foi a variação do estoque deste itemnessa semana?
Recebimento = 2 x 2.500 = 5.000 por semana Consumo = 5 x 450 = 2.250 Variação = Recebimento – Consumo = 5.000 – 2.250 = 2.750 Como a velocidade de entrada é maior do que a velocidade de saída, o estoque
aumenta.
Avaliação dos níveis de estoque
Qual o nível de estoque mais econômico para a empresa?
Os custos de estoque são influenciados por:
Volume
Disponibilidade
Movimentação
Mão de obra
Recursos financeiros
Em cada situação estas variáveis assumem pesos diferentes.
Sistema Máximo Mínimo
Uma das técnicas utilizadas para trabalhar com níveis deestoque é o enfoque da dimensão do lote econômico paramanutenção de níveis de estoques satisfatórios e quedenominamos de sistema Máximo Mínimo.
Lote econômico é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada operação dereposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos deestocagem são mínimos para o período considerado. Este conceito aplica-se tanto na relaçãode abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de loteeconômico de produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado,passando a ser designado como lote econômico de compras.
D é a demanda do período
Cp é o custo por pedido
Ce é o custo unitário de estocagem
Fórmula do lote econômico de compra:
Sistema Máximo Mínimo
Possibilita a manutenção dos níveis de estoques estabelecidosque configuram um sistema automático de suprimentos damanutenção de estoque.
Novas ordens são emitidas em função da variação do próprionível de estoque. Assim, toda vez que o estoque fica abaixo donível de ponto de pedido é emitida uma requisição de compraspara o item em específico.
Sistema Máximo Mínimo
Cada produto ou material apresenta as seguintes informações:
Emin – Estoque mínimo ou estoque de segurança (ES) ou estoquereserva – volume mínimo de peças que se deseja manter
PP – Ponto de pedido – momento em que novas quantidades dapeça devem ser compradas
TR – Tempo de reposição – tempo necessário para repor a peça
IR – Intervalo de reposição – tempo decorrido entre os pontos depedido
LC – Lote de compra – quantidade de peças que devem sercompradas
C – Consumo
EMax – Estoque máximo – volume máximo de peças no estoque
Gráficos de estoque A representação da movimentação de uma peça dentro de um sistema de
estoque pode ser feita por um gráfico em que a abscissa é o tempodecorrido para o consumo e a ordenada é a quantidade em unidadesdesta peça no intervalo de tempo.
Bastante utilizados pelas empresas, muitas vezes são chamados de“dente de serra” por causa de sua semelhança com os dentes de umaserra.
Três generalizações são importantes:
1. O gráfico é uma forma simplificada, já que para construí-lo foinecessário assumir a hipótese de que o recebimento das unidadesdeu-se no fim do dia.
2. O recebimento das unidades deu-se de uma única vez,instantaneamente, isto é, não se considerou o tempo gasto nodescarregamento e acondicionamento do item.
3. O consumo das unidades/dia dá-se a uma razão constante durante asoito horas do dia de trabalho.
Gráficos de estoque
Exemplo: Variação dos estoques de determinado item durante uma semana.
Valores em unidades:
Vamos considerar que os itens são recebidos e contabilizados no fimdo expediente do respectivo dia, e que o consumo se dá de formauniforme durante as 8 horas do dia de trabalho.
Dia Einic. Recebimento Consumo Efinal
2ª 830 2.500 450 2.880
3ª 2.880 0 450 2.430
4ª 2.430 0 450 1.980
5ª 1.980 2.500 450 4.030
6ª 4.030 0 450 3.580
Gráficos de estoque
Este ciclo será sempre repetitivo e constante se: Não existir alterações de consumo durante o tempo
Não existirem falhas que provoquem um esquecimento de comprar
O fornecedor não atrasa a entrega do produto
Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle dequalidade
Sistema Máximo Mínimo
Para trabalhar o sistema Máximo Mínimo é preciso:
Determinar o consumo previsto
Fixar o período de consumo
Calcular o ponto de pedido
Calcular os estoques máximo e mínimo
Calcular o lote de compra
VOLTANDO:
TR – tempo de reposição Ao fazer um pedido de compra existe um tempo entre o
momento de sua solicitação no almoxarifado, colocação dopedido de compra e passa pelo processo de fabricação nofornecedor até o momento do recebimento e liberação paraprodução.
O TR é composto de 3 elementos:
1. Tempo para elaborar e confirmar o pedido junto aofornecedor
2. Tempo que o fornecedor leva para processar o pedido
3. Tempo para processar a liberação do pedido na fábrica
As variáveis 1 e 3 dependem de ações da empresa.
A variável 2 depende de uma boa negociação com ofornecedor.
PP – Ponto de Pedido Quando um determinado item de estoque atende seu ponto de
pedido deve-se fazer o ressuprimento de seu estoque,colocando-se um pedido de compra.
Esta quantidade de peças irá garantir que a produção não sofraproblemas de continuidade enquanto se aguarda a chegada dolote de compras durante o tempo de reposição.
Para calcular o ponto de pedido usa-se:
PP = (C x TR) + ES
PP = Ponto de pedido
C = Consumo normal da peça
TR = Tempo de reposição
ES = Estoque de segurança
PP – Ponto de Pedido Determinada peça é consumida em 2.500 unidades
mensalmente e sabemos que seu tempo de reposição é de 45dias. Então, qual é o seu ponto de pedido, uma vez que seuestoque de segurança é de 400 unidades?
PP = ?
C = 2.500 por mês
TR = 45 dias = 1,5 mês
ES = 400
PP=(CxTR)+ES
PP=(2.500x1,5)+400
PP=(3.750)+400
PP=4150 unidades
Então, quando o estoque chegar a 4150
unidades, deverá ser emitido um pedido de
compra da peça, para que, ao final de 45
dias, chegue ao almoxarifado a quantidade
comprada, assim que atingir o estoque de
segurança.
PP – Ponto de Pedido
Qual seria o ponto de pedido desta mesma empresa se o tempo de reposição fosse de 15 dias?
PP = ?
C = 2.500 por mês
TR = 15 dias = 0,5 mês
ES = 400
PP=(CxTR)+ES
PP=(2.500x0,5)+400
PP=(1.250)+400
PP=1.650 unidades
LC – Lote de Compra
É a quantidade de peças especificadas no pedidode compra, que estará sujeita à política deestoque de cada empresa.
EMax – Estoque Máximo
Resultado da soma do estoque de segurança com o lote decompras.
EMax= ES + LC
Exemplo:
Qual é o estoque máximo de uma peça cujo lote de compraé de 1.000 unidades e o estoque de segurança é igual ametade do lote de compra?
LC = 1.000
ES = 1.000/2 = 500
EMax= 500 + 1.000
EMax= 1.500 unidades
ES – Estoque de Segurança Também é chamado de estoque mínimo (Emin) ou estoque reserva.
Irá corrigir variações.
É utilizado quando ocorrem:
Atrasos no TR
Rejeição do LC
Aumento na demanda
A função deste estoque é prover condições de atendimento adequado aomercado (poderá ocorrer um aumento inesperado na demanda e/ouatraso nas entregas).
Serve também para melhorar o nível de serviço, a segurança contra ascontingências e para proteção de mercado.
(Tempo de reposição)
(Lote de compra)
Contingência: é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento que tem como fundamento a
incerteza de que pode ou não acontecer.
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Para que a matéria prima possa transformar-se ou ser
beneficiada, pelo menos um dos três elementos básicos
de produção deve movimentar-se:
✓ Homem,
✓ Máquina, ou
✓ Material,
Se não ocorrer esta movimentação não se pode pensar
em termos de um processo produtivo.
A movimentação e o transporte de material são atualmenteclassificados de acordo com a atividade funcional a que sedestina:
• GRANEL• CARGAS UNITÁRIAS• EMBALAGEM• ARMAZENAMENTO• VIAS DE TRANSPORTE• ANÁLISE DE DADOS
Vejamos cada uma delas.
GRANELAbrange os métodos e equipamentos de transportes usadosdesde a extração até o armazenamento de toda a espécie demateriais a granel, incluindo gases, líquidos e sólidos.
CARGAS UNITÁRIASBasicamente trata-se de cargas contidas em um recipiente deparedes rígidas formando um todo único do ponto de vista demanipulação.
EMBALAGEMÉ o conjunto de técnicas usadas no projeto, seleção e utilizaçãode recipientes para o transporte de produtos em processo eprodutos acabados.
ARMAZENAMENTOCompreende o recebimento, empilhamento ou colocação emprateleiras ou em suportes especiais, assim como expedição decargas de qualquer forma, em qualquer fase do processamento deum produto ou na distribuição dos mesmos.
VIAS DE TRANSPORTEAbrange o estudo de carregamento, fixação do transporte,desembarque e transferência de qualquer tipo de materiais nosterminais das vias de transporte, ou seja, portos, ferrovias,rodovias e aeroportos.
ANÁLISE DE DADOSEstão contidos todos os aspectos analíticos de movimentação demateriais, tais como: levantamento de mapas de transportes,disposição física do equipamento, organização, treinamento,segurança, manutenção, padronização, análise de custos e outrastécnicas para o desenvolvimento de um sistema eficiente demovimentação de materiais.
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
Um sistema de movimentação de materiais deve atender auma série de finalidades básicas, sendo:
REDUÇÃO DE CUSTOS
MELHORES CONDIÇÕES DE
TRABALHO
MELHOR DISTRIBUIÇÃO
AUMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA
Vejamos cada uma delas.
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
REDUÇÃO DE CUSTOS
➢ Redução de custos de mão-de-obra: substituição da mão-de-obra braçal pelosmeios mecânicos, liberando esta mão-de-obra para serviços mais nobresdentro das organizações, serviços esses que vão exigir menos esforço físico dohomem.
➢ Redução dos custos de materiais: com um melhor condicionamento e umtransporte mais racional, o custo de perdas durante a armazenagem e otransporte é reduzido ao mínimo.
➢ Redução de custos em despesas gerais: racionalizando-se os processos detransporte e estoque, também caem os custos de despesas gerais, pois ficamuito mais fácil manter os locais limpos, evitando riscos de acidentes depessoal e sinistro.
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
AUMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA
➢ Aumento de produção: conseguido pela maior rapidez na chegada dosmateriais até as linhas de produção.
➢ Aumento da capacidade de armazenagem: os equipamentos para empilharpermitem explorar ao máximo a altura dos edifícios, aumentando assim acapacidade de estocagem. Permitem também um melhor condicionamento,contribuindo para o aumento do espaço.
➢ Melhor distribuição de armazenagem: com a utilização de dispositivos paraformação de cargas unitárias é possível montar um sistema de armazenagemmuito mais bem organizado, com a aplicação de paletes, corredores, estantes,endereçamentos, etc.
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
➢ Maior segurança: a adoção de cargas unitárias e equipamentos demovimentação, como empilhadeiras, diminui o risco de acidentes nasoperações, obedecidos os critérios de segurança.
➢ Redução da fadiga/maior conforto para o pessoal: a força de trabalho éutilizada basicamente na operação dos equipamentos, havendo substancialdiminuição de trabalho manual.
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
MELHOR DISTRIBUIÇÃO
➢ Melhoria na circulação: através da criação de corredores bem definidos comendereçamento fácil e equipamentos eficientes; a integração das unidades deprodução com os centros de distribuição aumenta ainda mais a eficiência dosistema.
➢ Localização estratégica do armazém: a criação de pontos de armazenagem emlocais distantes da fábrica e colocados próximos aos pontos consumidores épossível graças à utilização de equipamentos de movimentação earmazenagem, que reduzem os custos do processo.
continua...
FINALIDADES DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
MELHOR DISTRIBUIÇÃO
➢ Melhoria dos serviços ao usuário: a proximidade dos centros de distribuição ecentros consumidores reduz as quebras e perdas, de forma a entregarprodutos melhores e mais baratos aos consumidores.
➢ Maior disponibilidade: a eficiência gerada pelos sistemas de movimentaçãopermite uma distribuição mais abrangente, atingindo um público consumidormaior.
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Para se manter eficiente um sistema de movimentação de materiais,existem ainda certas “leis” que, sempre dentro das possibilidades, devemser levadas em consideração. São elas:
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
1. Obediência ao fluxo das operações
Dispor a trajetória dos materiais de forma qual a mesma seja a sequênciade operações. Ou seja, utilizar sempre, dentro do possível, o arranjo tipolinear.
2. Mínima distância
Reduzir as a distância e transporte pela eliminação de ziguezagues no fluxodos materiais.
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
3. Mínima manipulação
Reduzir a frequência de transporte manual. O transporte mecânico custamenos que as operações de carga e descarga, levantamento earmazenamento. Evitar manipular os materiais tanto quanto possível ao longodo ciclo de processamento.
4. Segurança e satisfação
Levar sempre em conta a segurança dos operadores e o pessoal circulante,quando selecionar o equipamento de transporte de materiais.
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
5. Padronização
Usar equipamento padronizado na medida do possível. O custo inicial é maisbaixo, a manutenção é mais fácil e mais barata.
6. Flexibilidade
O valor de determinado equipamento para o usuário é proporcional à suaflexibilidade, isto é, capacidade de satisfazer ao transporte de vários tipos decargas , em condições variadas de trabalho.
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
7. Máxima utilização do equipamento
Manter o equipamento ocupado tanto quanto possível. Evitar o acúmulo demateriais nos terminais do ciclo de transporte.
8. Máxima utilização da gravidade
Usar a gravidade sempre que possível. Pequenos trechos motorizados detransportadores podem elevar a carga a uma altura conveniente para suprirtrechos longos de transportes por gravidade
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
9. Máxima utilização do espaço disponível
Usar o espaço “sobre cabeças” sempre que for possível. Empilhar cargas ouutilizar suportes especiais para isso.
10. Método alternativo
Fazer uma previsão de um método alternativo de movimentação em caso defalha do meio mecânico de transporte .
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
11. Menor custo total
Selecionar equipamentos na base de custos totais e não somente do custoinicial mais baixo, ou do custo operacional, ou somente de manutenção. Oequipamento escolhido deve ser aquele que apresenta o menor custototal para uma vida útil razoável e a uma taxa de retorno do investimentoadequado.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE
MATERIAIS
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
A classificação normalmente adotada para os equipamentos de movimentação etransporte situa -se em grupos bastante amplos, de acordo com umageneralização bem funcional.
Uma análise dos materiais a serem transportados e os movimentos a seremfeitos indicarão o método.
Cada tipo de equipamento tem seu uso e vantagens específicas e seu uso podeser combinado.
MATERIAL MOVIMENTO
EQUIPAMENTO
+
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Nesta classificação são incluídos também os dispositivos carga, descarga emanuseio que, não sendo máquinas, constituem o meio de apoio à maioria dossistemas modernos:
a) Transportadores - Correias, fitas metálicas, roletes, rodízios, roscas e vibratórios;
b) Guindastes, talhas e elevadores - Guindastes fixos e móveis, pontes rolantes,talhas, guinchos, elevadores, etc.
c) Veículos industriais- carrinhos de todos os tipos, tratores, trailers e veículosespeciais para transporte a granel.
d) Equipamento de posicionamento , pesagem e controle - plataformas fixas emóveis, rampas, equipamentos de transferências, etc.
e) Contêineres e estruturas de suporte - Tanques, suportes e plataformas , estrados,paletes, suportes para bobinas e equipamento auxiliar de embalagem.
FILME
MOVIMENTAÇÃO E
ARMAZENAGEM
PARTE 1-2 DURAÇÃO: 0:06:40
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
A atividade de movimentação de materiais deve ser analisada junto com olayout (planejamento do espaço físico a fim de obter a facilitação do fluxo, aacessibilidade, localização e conservação da qualidade dos produtos que estãoestocados).Para tal, uma série de dados é necessária:
▪ Produto – dimensões, peso, características, quantidade a ser transportada.
▪ Edificação – espaço entre as colunas, resistência do piso, dimensão daspassagens, corredores, portas, etc.
▪ Método – sequência das operações, método de armazenagem, equipamentode movimentação.
continua...
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
▪ Custo da movimentação
▪ Área necessária para o funcionamento do equipamento
▪ Fonte de energia necessária
▪ Deslocamento
▪ Direção do movimento
▪ Operador
▪ Flexibilidade do equipamento
TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE
MATERIAIS
Qual das duas maneiras é mais fácil de colocar a carga no caminhão?
Quais as vantagens da segunda opção?
Redução de custos com trabalhadores Maior agilidade Menores desperdícios Menos acidentes de trabalho Entre outros
Modulação, Unitização, Acondicionamento de
Cargas
Modulação, Unitização, Acondicionamento de Cargas
Objetivo:
Visa facilitar e padronizar a movimentação de materiais, desde o seufornecedor até o seu cliente final. A administração do fluxo de materiaisfica facilitada necessitando menos tempo para carga e descarga.
Se pensarmos direito, a unitização de cargas é algo tão antigo quanto aprópria história do homem. A prática de vender, comercializar, armazenar etransportar todo tipo de produto em lotes ou quantidades específicas já éuma espécie de unitização.Um produto, por exemplo, é o grão de milho, ele só é vendido em sacas de60 kg cada uma. Imagine como seria difícil transportar, vender e estocargrãos de modo solto.
Unitização
Unitização
Além da “facilidade” de transporte, há uma série de outras vantagens quepodem ser conseguidas mediante a implantação de regimes de unitização:✓ Minimização de custos hora-homem e trabalhistas;✓ Menor custo de manutenção e controle de estoques, bem como facilitação
na catalogação e controles de entrada e saída de mercadorias;✓ Rapidez no manuseio de cargas;✓ Racionalização do espaço de armazenagem, com aproveitamento melhor em
termos horizontais ou verticais;✓ Diminuição do número de movimentações em armazéns e em trânsito;✓ Queda nos índices de desperdício e perda de produtos;✓ Adequação dos lotes aos equipamentos de movimentação de carga e vice-
versa;✓ Redução de roubos e extravios, com volumes unitários maiores e mais
difíceis de se desviar.
Unitização
Entretanto, implantar rotinas de unitização exige treinamentos de pessoal,aquisição de equipamentos e máquinas mais adequados à movimentação delotes e cargas unitizadas, além da criação de eventuais espaços vazios emdepósitos.
Modulação
Para que os produtos possam ser movimentados com segurança e eficiência,estes necessitam estar devidamente arrumados em embalagenspadronizadas e seguras que facilitem o processo de movimentação econtrole.
É um sistema estruturado que cria uma corrente de racionalidades geradaspela padronização desde os fornecedores até o destinatário final, o últimocliente.
Modulação
Tipos de Modulação:
➢Modulação externa: Consiste em assumirum padrão de carga próprio, fazendo comque os meios de transporte se adaptem aela.
➢ Modulação Interna: É o oposto daanterior, pois baseados nos meios externosde transporte, é que se faz a modulação.
Modulação
Vantagens
➢Volume:
Utilização dos espaços verticais com liberação de área para a produção e elevação
da capacidade de armazenamento.
➢ Segurança:
Redução dos acidentes com pessoas que trabalham com movimentação de cargas.
➢ Custos:
Economia com os custos de movimentação de cargas.
➢ Proteção:
Melhor qualidade no acondicionamento das mercadorias e redução das perdas.
Modulação
Vantagens
➢Velocidade:
Redução do tempo de deslocamento e elevação da velocidade de atendimento
aos clientes.
➢ Racionalização:
Redução substancial dos custos de transporte pela redução drástica do tempo de
carga e descarga dos caminhões.
➢ Valorização:
Deslocamento dos operários para as atividades produtivas que acrescentam valor
ao produto.
Modulação
Modulação de cargas - Embalagens
UNIAP – Unidade de Apresentação (PRIMÁRIA)
➢ Contato direto com o produto e, portanto, deve haver compatibilidade entre
os materiais do produto e da embalagem.
➢ Embalagem do produto adquirido pelo cliente final.
Ex: Caixa de 1kg de sabão em pó.
UNICOM – Unidade de Comercialização (SECUNDÁRIA)
➢ Envolve a unidade de apresentação é com a qual o produto se apresenta ao
cliente intermediário (ponto-de-venda, loja,…).
➢ Embalagem com várias UNIAP.
Ex: Caixa de Papelão contendo 20 caixas de 1kg de sabão em pó.
Modulação
Modulação de cargas - Embalagens
UNIMOV – Unidade de Movimentação (TERCIÁRIA)
➢ Múltiplo da embalagem de comercialização, para ser movimentadaracionalmente por equipamentos mecânicos.
➢ Embalagem com várias UNICOM, usada para transporte.
Ex: Paletes com 18 caixas de 20kg de sabão em pó armazenados em galpões de supermercados ou distribuidores.
Modulação
Modulação de cargas - Embalagens
QUARTENÁRIA:
Envolve uma quantidade de embalagens terciárias de um produto, facilitando
assim a armazenagem e o transporte.
QUINTENÁRIA:
Unidade conteneirizada ou especial para envio a longa distância.
O processo de unitização está baseado na utilização de paletes:
O palete é uma plataforma dispostahorizontalmente para carregamento,constituída de vigas, blocos ou uma simplesface sobre os apoios, cuja altura écompatível com a introdução de garfos deempilhadeira ou paleteira ou outrossistemas de movimentação e que permite oarranjo e o agrupamento de materiais,possibilitando o manuseio, estocagem,movimentação e transporte como umaúnica carga.
TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE
MATERIAIS
FILME
EQUIPAMENTOS DE
MOVIMENTAÇÃO
DURAÇÃO: 0:06:47
SISTEMA DE TRANSPORTADORES CONTÍNUOS
Toda vez que for necessário executar uma movimentação constante, entre doispontos predeterminados, devem-se usar sistemas de transportadores, ostransportadores de roletes ou rodízios, os transportadores de rosca, oscilatórios oude arraste.Os transportadores contínuos podem ser utilizados em mineração, indústrias,terminais de carga e descarga, terminais de recepção e expedição de mercadoriasou em armazéns de granéis.
SISTEMAS DE MANUSEIO PARA ÁREAS RESTRITAS
São feitos para locais onde a área é elemento crítico: por isso são bastanteutilizados em almoxarifados.Os mais usados são a ponte rolante, pórticos e stacker-crane(transelevador).
SISTEMAS DE MANUSEIO PARA ÁREAS RESTRITAS
Pontes rolantes: Viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre dois trilhos.São empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o aproveitamentototal da área útil (armazenamento de ferro para construção, chapas de aço ebobinas, recepção de carga de grandes proporções e peso.Vantagens: elevada durabilidade, movimentam cargas ultrapesadas, carregam edescarregam em qualquer ponto, posicionamento aéreo.Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de movimentação definida
SISTEMAS DE MANUSEIO PARA ÁREAS RESTRITAS
Pórticos: São vigas elevadas e auto-sustentáveis sobre trilhos. Possuemsistema de elevação semelhante ao das pontes rolantes. Os pórticos sãoutilizados no armazenamento em locais descobertos.Vantagens: maior capacidade de carga que as pontes rolantes, não requerestrutura.Desvantagens: menos seguro, interfere com o tráfego no piso.
SISTEMAS DE MANUSEIO PARA ÁREAS RESTRITAS
Ultraelevador: Consiste numa torre apoiada sobre um trilho inferior e guiada por um trilho superior. Pode ser instalada em corredores com menos de 1 metro de largura e algumas torres atingem até 30m de altura. Exige alto investimento, mas ocasiona uma grande economia de espaço.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
CARRINHOSO mais simples dos equipamentos que formam os sistemas sem limites fixos;Do velho carro-plataforma usado desde os primeiros tempos nas estradas deferro, foi derivando uma série de modelos de carrinhos; O princípiopermanece: plataforma com rodas e um timão direcional.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
PALETEIRA HIDRÁULICA Seus braços metálicos em forma de garfo recolhem diretamente pallets ourecipientes que tenham dispositivos de base, preparados para o manuseio.Um pequeno pistão hidráulico, produz uma leve elevação da carga, suficientepara tirá-la do chão e permitir seu transporte.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
PALETEIRAS MOTORIZADAS
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
EmpilhadeirasSão usadas quando o peso e as distâncias são maiores (se comparadas com ocarrinho).As mais comuns são as frontais de contrapeso.Vantagens: livre escolha do caminho, exige pouca largura dos corredores,segurança ao operário e à carga, diminui a mão-de-obra.Desvantagens: retornam quase sempre vazias, exige operador especializado,exige paletização de cargas pequenas.Podem ser elétricas ou com motor a explosão (gasolina, GLP, diesel ou álcool)que exige áreas abertas de operação. No caso de funcionar em ambientesfechados, torna-se necessário que exista bastante ventilação.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
Independente do tipo de empilhadeira a ser usado, é necessário conhecerbem o local e as condições da operação, antes de adquiri-la. Devem serobservados os seguintes pontos:
➢ Tipo de carga a ser movimentada:Influi no modelo correto de empilhadeira a ser especificada, como tambémdeterminar a aplicação de acessórios.
➢ Peso da carga a ser movimentada:Fator mais importante para determinar a capacidade do equipamento a seradquirido.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Dimensões da carga a ser movimentada:Centro da carga
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Ciclo de movimentação de cargas:Quando o trabalho a ser executado exige rapidez (terminais aéreos,ferroviários, marítimos ou rodoviários), necessita-se de equipamento quepossa imprimir mais velocidade ao ciclo.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Tipo de terreno a ser percorrido:Diâmetro da roda, altura do chassi, tração.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ O percurso tem rampas?Os modelos com motor a explosão apresentam vantagens.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ O percurso tem passagens, arcos, pontes, vigas, tubulações, etc.?A existência de obstáculos pode limitar a especificação de certos dispositivos,como a torre.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Qual a largura do corredor?A montagem do layout, seja de produção, seja de armazenamento,pressupõe o conhecimento da capacidade da empilhadeira em executarcurvas e manobras, principalmente a 90o
Quanto menor o espaço exigido pela empilhadeira, maior a economiaproporcionada ao layout.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Qual a altura a ser utilizada paraestocagem?
Para cada caso de altura de estocagem háuma torre própria de aplicação.
SISTEMAS DE MANUSEIO ENTRE PONTOS SEM LIMITES FIXOS
Empilhadeiras
➢ Quais as características ambientais do depósito?Estocagem de produtos que não podem sofrer contaminação (alimentos ouprodutos farmacêuticos, por exemplo). A empilhadeira do tipo elétrica émais indicada.
OUTROS SISTEMAS DE MANUSEIO
GUINDASTES, TALHAS
➢A característica peculiar deste tipo de equipamento é que ele não
fica limitado a operar na superfície, como no caso de empilhadeiras
e transportadores.
➢Geralmente operam sobre a área de armazenagem e, portanto, não
precisam de corredores.
➢Também são capazes de mover cargas extremamente pesadas
com agilidade e segurança.
➢Guinchos são especialmente preparados para o manuseio de
matérias-primas pesadas (o aço, por exemplo), para carga e
descarga de navios e para o transbordo de carga entre trens e
caminhões.
OUTROS SISTEMAS DE MANUSEIO
MONOTRILHOS ELÉTRICOS (TRANSPORTADORES AÉREOS)
➢Usados frequentemente para mover peças grandes em
fábricas.
➢Muito utilizados em montadoras de automóveis.
➢Como são montados no teto, a área do chão permanece
disponível para outros equipamentos.
➢Permitem que os produtos sejam transportados na altura
adequada em relação aos trabalhadores, aumentado a
ergonomia e a produtividade.
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
❖ Existem equipamentos auxiliares no manuseio de materiais, que
servem também para melhorar a utilização do espaço físico dos
armazéns e diminuir danos no manuseio.
❖ São eles os porta-paletes.
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Este tipo de equipamento serve para três finalidades básicas:
1.Utilização cúbica: fornece a estrutura de apoio necessária
para o empilhamento de produtos em alturas maiores do que
seria possível se os paletes com produtos fossem empilhados
uns sobre os outros.
2.Proteção do produto: elimina as forças de esmagamento
verticais que ocorreriam se os produtos fossem empilhados
uns sobre os outros e protege o produto do impacto dos
veículos.
3.Organização: cada palete é estocado em um local exclusivo.
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Vantagens:
o Seletividade: acesso fácil a qualquer posição de
armazenamento sem precisar movimentar outras cargas.
o É possível trabalhar com posições fixas, possibilitando a
utilização de sistemas informatizados para controle de todo o
estoque.
o Possibilidade de alterar sua configuração.
Desvantagens:
o Ocupa muito espaço no piso destinado a armazenagem,
criando muitos corredores.
o Limitação de carga nas posições superiores.
o Perigo de ocorrência de acidentes com empilhadeiras.
OUTROS SISTEMAS DE MANUSEIO
VEÍCULOS INDUSTRIAIS
OUTROS SISTEMAS DE MANUSEIO
VEÍCULOS INDUSTRIAISLiebherr T282B
- 14 metros de
comprimento
- 7 metros de altura
- Só é vendido
desmontado.
- Carrega 400 toneladas
por vez.
- Custo 4,5 milhões de
dólares.
✓ Dentre todos os equipamentos de movimentação de materiais
vistos, o mais utilizado é a empilhadeira.
✓ É normalmente utilizada em conjunto com paletes, que são
plataformas nas quais as mercadorias são empilhadas, servindo
para unitizar, ou seja, transformar a carga numa única unidade
de movimentação.
✓ A parte inferior do palete é projetada para aceitar as lâminas do
garfo da empilhadeira, de forma que todo o conjunto (estrado e
carga) possa ser movimentado de uma vez.
✓ Este método de manuseio e transporte provou ser tanto eficiente
quanto flexível.
✓ Daí sua razão de ser muito utilizado na quase totalidade das
empresas.
CONSIDERAÇÕES
PALETE
Pallets, palavra de origem inglesa (pallet) que em português se escreve Palete ou
Pálete, é um estrado de madeira, que também pode ser confeccionado em metal
ou plástico e que são dispositivos de unitização de cargas criados para dinamizar
a movimentação mecânica na produção industrial, nos depósitos e tendem agilizar
os meios de transportes no momento de carregamento e descarga.
A função dos paletes é viabilizar a otimização do transporte de cargas através
do uso de paleteiras e empilhadeiras, obtendo com isso vantagens como:
▪ Redução do custo homem/hora. O tempo de movimentação fica reduzido;
▪ Rapidez na estocagem e movimentação das cargas.
▪ Racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento
vertical da área de estocagem;
▪ Diminuição das operações de movimentação;
▪ Redução de acidentes pessoais na substituição da movimentação manual
pela movimentação mecânica ;
▪ Diminuição de danos aos produtos;
▪ Melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação;
▪ Uniformização do local de estocagem.
▪ Reduz o tempo de carga e descarga de caminhões;
Entre as desvantagens, estão:
▪ Investimentos na aquisição de paletes, acessórios para a fixação da
mercadoria à plataforma e equipamentos para a movimentação das unidades
de carga;
▪ O peso do palete e o seu volume podem aumentar o valor do frete;
▪ Desgaste da madeira (lascas, rachaduras e quebras);
▪ Deterioração por umidade;
▪ Infestação por insetos (cupins, formigas);
▪ Podem armazenar sujeira e detritos;
TIPOS E MODELOS DE PALETES:
A Norma NBR 8254 editada em novembro de 1983, classifica os tipos de paletes
da seguinte forma:
- QUANTO AO TIPO DE OPERAÇÃO E QUANTO AO MODELO.
- QUANTO AO TIPO DE OPERAÇÃO:
Como alternativa ao palete circulante,
discute-se a utilização de paletes
descartáveis que apresentam
problemas relativos a custos.
Esse tipo de palete agrega custo ao
produto; outro problema é o ecológico,
relativo aos produtos descartáveis.
PALETE DESCARTÁVEL:
Um dos maiores usuários de cargas
paletizadas são as indústrias de bens de
consumo, que distribuem a sua produção
através dos supermercados.
Por essa razão, A Associação Brasileira de
Supermercados, conhecida como “ABRAS”,
tem procurado a padronização dos paletes
em função da qualidade, dimensões e
desenho.
PALETE CIRCULANTE OU RETORNÁVEL :
São os que permitem a
introdução do garfo, somente
pelos dois lados opostos.
Dimensões – padrão:
1000 x 1200 mm
- QUANTO AO MODELO.
PALETE DE DUAS ENTRADAS:
São os que permitem a introdução
de garfos pelos quatro lados.
PALETE DE QUATRO ENTRADAS:
Palete Padrão Brasil - PBR
▪ Em 1988 foi criado pela ABRAS (Associação Brasileira dos Supermercados)
o GPD (Grupo Palete de Distribuição), um grupo de profissionais dedicados
ao estudo, desenvolvimento, avaliação e testes para criação de um palete
padrão.
▪ As características peculiares do PBR proporcionam uma ampla interação
com os meios de transporte, compatibilização com os equipamentos de
movimentação, melhor aproveitamento da madeira e preservação
ambiental. Para chegar ao palete ideal foram consultadas normas
internacionais, feitos diversos ensaios e produzidos vários modelos, que
foram testados por indústrias renomadas no Brasil.
Características:➢ Padronização – essencial na logística, devido à alta rotatividade entre as
empresas;
➢ Durabilidade – dentro de sua expectativa de vida útil, permite várias
viagens, reduzindo assim os custos com investimento em novas
aquisições ou substituições do produto;
➢ Versatilidade – permite a utilização em todos os segmentos da cadeia
produtiva e nos sistemas de distribuição;
➢ Certificação – os paletes são submetidos a um processo de controle de
qualidade no processo de sua fabricação, desde que adquiridos em
empresas credenciadas pela Abras;
➢ Confiabilidade – os paletes são projetados para oferecer segurança em
seu manuseio e utilização.
Palete Padrão Brasil - PBR
http://www.abras.com.br/pdf/3a%20revisao%20da%20Especificacao-PBR-1-julho%2012.pdf
Outras características:
o Defeitos não permitidos na madeira para a fabricação: nós, rachaduras,
colorações/manchas, furos de insetos, empenamento, odores;
o Teor de umidade da madeira;
o Pregos: dimensões e tipo de pregação;
o Quinas a 45°;
o Dimensões:
comprimento - 1200mm
largura - 1000mm
altura - 135mm;
o Peso (máximo): 42 kg;
CUIDADOS NECESSÁRIOS NO MANUSEIO DE CARGAS PALETIZADAS:
O correto manuseio de cargas paletizadas, requer alguns procedimentos de
segurança, de modo a preservar os paletes e também para evitar acidentes
com o uso de empilhadeiras:
1- O usuário deve conhecer a capacidade da empilhadeira ou paleteira que irá
movimentar as cargas, evitando danos ao carregamento e também à
empilhadeira;
2- Deve-se tomar cuidado com obstáculos como pilares, muretas, canos e
outras irregularidades, quer no piso ou ambiente de armazenagem. As
condições do piso devem ser regularmente verificadas. Pulos ou saltos da
empilhadeira, devido a irregularidades no piso, causam danos aos paletes e as
embalagens;
3- Deve-se adequar a abertura do garfo da empilhadeira aos vãos de
estocagem dos paletes, de modo a evitar acidentes;
CUIDADOS NECESSÁRIOS NO MANUSEIO DE CARGAS PALETIZADAS:
4- Na movimentação das unidades de carga, a empilhadeira deve estar
perfeitamente encaixada, evitando instabilidade das pilhas, causadas por
inclinações nos paletes;
5- A distribuição da carga nos paletes e o planejamento de carga
sobreposicionada, são itens importantes para evitar danos nas embalagens;
6- As empilhadeiras não devem ser freiadas bruscamente e nem fazer curvas
rápidas, de modo a não causar a desestabilização das unidades de cargas,
evitando também causar acidentes;
7- No momento de encaixar os garfos nos paletes, o garfo da empilhadeira
deve estar no ângulo de 90 graus. Após encaixar o palete, deve-se inclinar a
torre da empilhadeira um pouco para trás, elevando o palete nessa posição,
colocando-se o garfo da empilhadeira na posição de 90 graus, no momento de
colocar o palete no lugar;
CUIDADOS NECESSÁRIOS NO MANUSEIO DE CARGAS PALETIZADAS:
8- É necessário estar sempre atento à movimentação da carga, não permitindo
a permanência de pessoas sobre o garfo da empilhadeira ou sob as unidades
de carga. Após descarregar um palete, no momento da estacionar o veículo,
deve-se abaixar o garfo da empilhadeira;
9- A aproximação das unidades de carga deve ser lenta, evitando também
partidas bruscas e trancos, tanto na movimentação do palete como no
deslocamento da empilhadeira;
10- Ao carregar um caminhão, a carga não deve ser arrastada, de modo a
evitar danos ao conjunto: carga-palete-empilhadeira-carroceria do caminhão.
OPERAÇÃO E SEGURANÇA
- Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, serão
calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias
garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas
condições de trabalho.
- Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga
máxima de trabalho permitida.
- Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão
exigidas condições especiais de segurança.
- Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador
deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o
habilitará nessa função.
- Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos,
por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar
concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.
NORMA REGULAMENTADORA 11 - NR 11
TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS
11.1 Normas de Segurança para Operação de
Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e
Máquinas Transportadoras
FILME
NR 11
DURAÇÃO: 0:31:49