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Edição Especial 01 - Setembro 2016 Praia de Pajuçara - Crédito: Wesley Menegari Principal evento de tempo compartilhado no Brasil chega a sua quarta edição, em Maceió/AL, trazendo todas as novidades e tendências do setor. ADIT Share 2016 Entrevista Sócio-diretor da Live Better Brasil, Renato Souza. Reportagem Tempo compartilhado e parques temáticos: uma parceria que potencializa os resultados para ambos.

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    rédito:

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    Menegari

    Principal evento de tempo compartilhado no Brasil chega a sua quarta edição, em Maceió/AL, trazendo todas as novidades e tendências do setor.

    ADIT Share 2016

    Entrevista Sócio-diretor da Live Better Brasil, Renato Souza.

    ReportagemTempo compartilhado e parques t emá t i co s : uma pa r ce r i a que potencializa os resultados para ambos.

  • [email protected]

    www.facebook.com/turismocompartilhado

    Jornalista ResponsávelFábio Mendonça (MTb 01.877)

    Diagramação e ArteFlávia Correia

    ImpressãoGráca IpanemaTiragem - 500 exemplares

    (64) 98157-6994(64) 99336-4554(64) 99909-8792

    ÍNDICE

    EDITORIAL

    www.turismocompartilhado.com.br

    Rua 2 Qd. B Lt. 1-RI Bairro Chácara Primavera Caldas Novas - GO CEP: 75690-000

    Há uma entrevista com Renato Souza, sócio-

    diretor da consultoria especializada em tempo

    compartilhado Live Better Brasil, sobre salas de

    vendas off sites, a parceria com a Rede Plaza e outros

    assuntos pertinentes para o mercado.

    Também traremos uma reportagem sobre a

    relação vantajosa entre tempo compartilhado e

    parques temáticos; além de um artigo de Alexandre

    Mota sobre a relação entre a administradora dos

    empreendimentos de fração imobiliária e os

    proprietários.

    Aproveite o ADIT Share! Boa Leitura!

    Essa é a primeira edição especial da Revista

    Turismo Compartilhado e é lançada durante um

    momento muito especial, na quarta edição do

    seminário ADIT Share 2016, nos dias 5 e 6 setembro,

    em Maceió/AL.

    O ADIT Share, organizado pela ADIT Brasil, é

    o único evento de tempo compartilhado que

    consegue reunir todos os players, empreendedores,

    hoteleiros e demais interessados nesse mercado. O

    crescimento do evento mostra o fortalecimento da

    indústria.

    A Revista Turismo Compartilhado, como

    principal veículo de comunicação para se entender,

    saber das novidades e fazer negócios nesse mercado,

    pela primeira vez estará no ADIT Share como media

    partner. Por isso, nessa edição especial os assuntos e

    entrevistados foram selecionados para que possam

    contribuir nos painéis durante o seminário.

    Fundamental para o mercado de propriedade compartilhada

    EntrevistaSócio-diretor da Live Be�er Brasil, Renato Souza - Página 4.

    EspecialComo que o ADIT Share contribui para o fortalecimento da indústria de tempo compar�lhado - Página 5.

    Compar�lheHot Beach Suítes, em Olímpia/SP, comemora um ano de lançamento e comercialização - Página 6.

    ReportagemParques e tempo compar�lhado: como funciona essa parceria? - Páginas 8 e 9.

    Ar�goA entrega do empreendimento fracionado e a relação com os mul�proprietários - Página 10.

    Compar�lheAventura e adrenalina: Aldeira das Águas inaugura �rolesa - Página 7.

    Fábio MendonçaDiretor de Jornalismo

  • ENTREVISTA

    04 | Entrevista

    O que é uma sala de vendas off site?São salas que estão fora do empreendimento hoteleiro com abordagens a não turistas. Atualmente, uma nova concepção, muito usada no México e nos EUA, nos mostra que o conceito de salas urbanas, junto aos hotéis de negócios, também é eciente e cria uma nova sala “off site”. Nesses países o modelo está sendo chamado de “salas urbanas”, voltadas para clientes moradores da região onde está o hotel e identicadas com sua marca. Por que vendas nesse tipo de sala são consideradas mais difíceis? Os clientes não estão em clima de férias, fazendo com que as equipes envolvidas demandem maior esforço para encantar e transportá-los em experiências virtuais de lazer, em família, ou seja, criando maior diculdade. O treinamento da equipe para esse tipo de sala é diferente de uma sala no empreendimento?Totalmente. São pessoas mágicas, pois colocam os clientes dentro do empreendimento através do “imagine''. As capacitações de salas urbanas são longas, pois a equipe precisa saber muito mais sobre o produto, o destino e as experiências. Todas as equipes (promoção, call center, vendas e pós-vendas) devem passar por várias horas de capacitação que envolvem, inclusive, psicologia e neurolinguística. Qualquer projeto, vacation club hoteleiro ou fractional, pode ter sucesso em salas off site?Claro. Com experiência e sabendo fazer, pois estando em um local fora do empreendimento amplia-se a visibilidade, mas sempre com muita atenção em custos. É necessário equipes de promoção e call center excelentes e claro, a marca ajuda. Com o fantasma do cancelamento como a Live Better orienta seus clientes?Vender a verdade! Continuar o encantamento após a venda através de ações das mais diversas e variadas formas de relacionamento com os sócios.

    Qual a vantagem de ter uma Grande Bandeira como a Rede Plaza de Hotéis?Uma honra. Estamos falando de uma rede de 58 anos que vem colocando novos hotéis em seu portfólio, como recentemente o Plaza Ecoresort Capivari/PR. A p a r c e r i a t a m b é m c o l a b o r a q u a n d o u m empreendedor (hoteleiro) quer comercializar vacation club ou fracionado e tem um único destino, assim, em alguns casos, podemos oferecer a Bandeira e agregar valor ao produto nal. Também podemos utilizar o share de custos de comercialização, de call center e central e de relacionamento do cliente. Como escolher a empresa de Intercâmbio para o empreendimento? Aquela que proporcione maior inventário nacional e internacional, assim como maior exibilidade para os sócios e para o empreendimento. Também é importante trabalhar com aquela que utilize uma boa plataforma tecnológica, pessoas capacitadoras e estrutura local. Quais os seus medos na indústria fracionado ou vacation club?Gostaria que fosse criado um conselho nacional de corretores de timeshare, que no sul estamos encaminhando. Outro ponto importante seria a regulamentação para excesso de demanda em certas regiões e a entrega dos empreendimentos no período estipulados em contrato. Situações que geram desconforto.

    Por que um hotel deve investir em vacation club ou fractional ?Principalmente para trabalhar com períodos de baixa temporada. Hoje as redes hoteleiras e os hotéis independentes estão revendo o quanto investem em Ota’s (Hotéis.com, Decolar etc ) e chegam a conclusão que é quase o preço de uma comercialização de Vacation Club. E esse programa de timeshare, em alguns anos, será seu maior cliente, delizado por anos. Fractional é outro produto fantástico que grandes incorporadoras estão entrando, pois o valor do m² é maravilhoso.

    A Live Better Brasil é a consultoria em tempo compartilhado que comercializa os programas de férias do Plaza Vacation Club, em parceria com a Rede Plaza de Hotéis. Já são dois anos de parceria e sucesso. A consultoria é especializada em salas off site, um estilo de venda mais difícil de realizar. Nessa entrevista, o sócio-diretor da Live Better Brasil, Renato Souza, explica sobre salas off sites, além de outras questões relevantes para o mercado de tempo

    Salas off site: difícil mas não um mistério

    Crédito: Marcelo Schimidt

  • Para a diretora

    geral da RCI Brasil, Maria

    Ca ro l i na P i nhe i r o , o

    seminário é uma forma de

    divulgação, credibilidade,

    conança e transparência

    do mercado de tempo

    compartilhado. ''Para quem

    já está na indústria é bom

    para compartilhar, para

    quem não está no mercado

    é ótimo para conhecer os

    grandes players da indústria e cases de sucesso''.

    Maria Carolina conta que a RCI apoia

    não apenas o ADIT Share desde o primeiro

    evento, mas também a ADIT Brasil desde o

    começo da entidade.

    ''Foi percebida a necessidade de criar um

    evento para o tempo compartilhado'', diz a

    diretora da RCI. ''Há eventos no exterior, no

    México e EUA, mas são outros mercados, outra

    realidade. O ADIT Share expressa a nossa

    realidade''.

    O diretor executivo da

    Interval International no Brasil,

    Fernando Martinelli, arma que os

    painéis proporcionam discussões

    valiosas para o desenvolvimento

    da indústria, além do fator

    business do evento.

    ''Observamos que boas

    oportunidades de negócio nasceram do evento

    e cada ano a rede de network que forma é

    maior'', diz Martinelli.

    ESPECIAL

    ADIT Share mostra fortalecimento do tempo compartilhado

    presidente da ADIT Brasil, Felipe

    OCavalcante, lembra que o ADIT Share começou com uma missão técnica no Rio Quente Resorts que surpreendeu os

    organizadores pelo número de participantes. ''Na

    época não havia nenhum evento que juntasse o

    setor''.

    De acordo com Cavalcante, antes de lançar

    o ADIT Share, a ADIT já ajudava na divulgação do

    timeshare através de painéis durante os seus outros

    eventos.

    ' 'O mercado amadureceu em vários

    aspectos, como legislação, em pessoas, em práticas

    contábeis, tributárias, processos, consultorias'',

    arma o diretor da ADIT. ''Isso fez com que o

    timeshare fosse visto como uma grande alternativa

    para os hotéis''.

    Cavalcante explica que o evento é muito

    focado em business, educação e networking. ''É uma

    fonte de informação e orientação para quem está

    chegando ao mercado, e muita renovação e

    networking para os mais experientes''.

    2

    O seminário ADIT Share, organizado pela ADIT Brasil, chega esse ano a sua quarta edição, em Maceió/AL, nos dias 5 e 6 de setembro, totalmente consolidado e reconhecido como o evento mais importante da indústria de tempo compartilhado no país. O evento reúne os mais importantes players do mercado para debaterem temas e compartilharem experiências, além, é claro, de empreendedores interessados em fazer negócios nessa indústria.

    Felipe Calvacante

    05 | Especial

  • 11 | Reportagem

    O empreendimento Hot Beach Suítes, em

    Olímpia/SP, celebra um ano de lançamento e

    comercialização de suas frações imobiliárias. O Hot

    Beach Suítes tem como construtora e incorporadora o

    Grupo Ferrasa e a gestão exclusiva de vendas é

    responsabilidade da UP! Administração e Marketing,

    Consultoria Especializada na Comercialização de

    Empreendimentos Turísticos Fracionados.

    Em um ano de comerc ia l i zação , o

    empreendimento teve todas as suas metas

    alcançadas e fez com que o Grupo Ferrasa

    experimentasse um crescimento de sua receita.

    O diretor presidente do Grupo Ferrasa,

    Newton Ferrato, além de comemorar os resultados

    positivos do Hot Beach Suítes, também revela que as

    obras do empreendimento de 442 apartamentos

    começarão nesse mês de setembro, com entrega aos

    multiproprietários prevista para o m de 2019.

    De acordo com Ferrato, a razão do sucesso do

    Hot Beach Suítes é por ser um produto diferenciado. ''É

    um empreendimento pé na areia, pois será junto ao

    COMPARTILHEHot Beach Suítes celebra

    um ano com metas alcançadas

    Da esquerda para direita: João Paulo Mansano, Newton Ferrato e Danilo Corgozinho.

    Para comemorar os resultados de um ano de comercialização do Hot

    Beach Suítes, o Grupo Ferrasa e a Up! Admisnistração e Marketing

    promoveram uma confraternização (no estilo gaeira carioca) entre os

    diretores e gerentes do grupo, além de promotores de marketing e consultores

    de vendas. A festa contou ainda com premiação para os melhores vendedores

    da temporada de julho e a RCI também premiou os melhores de 2015.

    Para os sócios da UP! Administração e Markteting, Danilo Corgozinho,

    Marinilce Lamana e João Paulo Mansano, as vendas no segundo ano do projeto

    crescerão cerca de 35% em razão da entrega do parque, início da construção

    do empreendimento e novas estratégias comerciais que estão sendo adotadas.

    A administração do Hot Beach Suítes quando

    entregue será do próprio Grupo Ferrasa, por já ter

    experiência em administração hoteleira e de

    condomínios. O grupo tem 35 anos, atuando nos

    setores de construção, incorporação, imobiliária,

    hotelaria, timeshare e fractional.

    Além do Hot Beach Suítes e o parque Hot

    Beach Olímpia, o Grupo Ferrasa conta com um hotel

    (Thermas Park Resort & Spa) e dois condo-hotéis

    (Celebration Resort, já entregue, e Hot Beach Resort, a

    ser entregue no primeiro semestre de 2017).

    Newton Ferrato diz que o Grupo Ferrasa foi o

    pioneiro em hotelaria em Olímpia, quando lançou o

    Thermas Park em 2003. ''Não havia hotéis na cidade,

    os visitantes vinham apenas para passar o dia''.

    Festa de um ano

    parque Hot Beach Olímpia' ', diz. O parque

    mencionado pelo diretor do Grupo Ferrasa será

    inaugurado no m desse ano e terá uma praia

    articial, além de estar em frente ao Hot Beach Suítes.

    Além do diferencial do parque aquático, com

    os proprietários do Hot Beach Suítes tendo livre

    acesso ao parque, Ferrato listou outras características

    que impressionam e emocionam as famílias ao

    conhecerem o projeto. ''O mobiliário; a decoração; o

    enxoval; o tamanho dos apartamentos, que são

    maiores que a maioria dos empreendimentos de

    fração imobiliária (apartamentos de 1 quarto – 53 m²,

    apartamento de 2 quartos – 69 m²); varanda

    gourmet; churrasqueira a carvão; e aliação a

    intercambiadora de férias RCI (Resorts Condominius

    International)''.

    06 | Compartilhe

    Administração hoteleira será do Grupo Ferrasa

    Crédito: Wellington Fernandes de Andrade

    Crédito: Wellington Fernandes de Andrade

  • Aventura e adrenalina: Aldeia das Águas inaugura tirolesa

    COMPARTILHE

    07 | Compartilhe

    Uma tirolesa de 50m de altura, 300m de

    extensão, que pode alcançar uma velocidade de 60

    km/h e em um minuto de descida. Essa é a Skylink, a

    nova atração do Aldeia das Águas Park Resort, em

    Barra do Piraí/RJ, inaugurada em 06/08, e com um

    investimento de R$ 512.000.

    O complexo Aldeia das Águas é formado pelo

    parque aquático, o hotel Village das Águas, o

    empreendimento fracionado que será inaugurado no

    m desse ano Quartier das Águas, além de ser

    conhecido pelo Kilimanjaro, o maior toboágua do

    mundo, de 49,9m, inclusive certicado pelo Guinness

    Book.

    De acordo com o diretor executivo do Aldeia

    das Águas, Valmir Ferreira, o público que visita o

    Aldeia das Águas é fã de esportes radicais, por isso

    desenvolveram essa opção de lazer. '' Investindo em

    atrações de alto nível e que não envolvam água

    conseguimos entreter e divertir nossos clientes em

    qualquer época do ano''.

    A Skylink liga o meio do parque aquático à

    base do Kilimanjaro, na área da piscina de ondas. O

    equipamento conta com sistema de cadeirinha de

    embarque, onde o cliente vai sentado, o que

    simplica e agiliza a operação, além de aumentar

    muito o conforto dos participantes, principalmente em

    roupas de banho.

    Além do Skylink e Kilimanjaro, o parque

    aquático do Aldeia das Águas possui 17 piscinas,

    toboáguas, piscinas de ondas, rio corrente, espaço

    para esportes radicais e lago para pesca.

    O diretor executivo revela que a

    expectativa do grupo é de dobrar as receitas

    no ano que vem, já que terá no m desse a

    inauguração do novo hotel, no sistema de

    fração imobiliária, Quartier das Águas, com

    192 apartamentos e investimento de R$ 18

    milhões.

    “O novo hotel terá um padrão ainda

    mais alto e um maior número de UH`s, para

    que possamos atender ainda melhor nossos

    clientes, oferecendo duas opções de preços e

    atrações na hotelar ia do complexo,

    aumentando ainda mais nossa visibilidade no

    cenário nacional”, conta Ferreira.

    Fracionado

    Hotel Village das Águas

  • 08 | Reportagem

    REPORTAGEM

    A relação entre hotéis e parques temáticos já

    é bem difundida. Os parques ajudam os hotéis na

    ocupação e os hotéis ajudam os parques com mais

    visitantes. E a relação entre hotéis e tempo

    compartilhado também. O timeshare tem um

    importante papel na ocupação dos hotéis na baixa

    temporada, além de ser uma venda de diárias

    antecipadas. Já tempo compartilhado e parques têm

    uma parceira diferente.

    Muitos grupos utilizam bem a parceria entre

    esses dois produtos (parques e tempo compartilhado).

    Aproveitam o parque para potencializar o tempo

    compartilhado, com captação de clientes, vendas e

    credibilidade. E utilizam técnicas de tempo

    compartilhado para ter uma antecipação de receita

    para o parque e aumentar o número de visitantes.

    O diretor de novos negócios da JAM Lazer e

    Turismo, Juliano Macedo, arma que para um

    fracionado ter sucesso é necessário um atrativo na

    cidade ou um parque temático. A JAM é um empresa

    de consultoria especializada no desenvolvimento de

    empreendimentos hoteleiros, fracionados e parques

    temáticos.

    Segundo Juliano Macedo, quando não há

    esse atrativo na cidade, ''é necessário criar uma

    atração para que as pessoas queiram visitar e car

    mais tempo no destino''. O consultor de negócios no ramo de parques temáticos, propriedade fracionada e venda imobiliária, Alex Cavaleiro, também é da opinião que ter atrativos no destino é fundamental para o sucesso do tempo compartilhado. ''A propriedade fracionada precisa de mais atrativos, neste caso os parques de entretenimento, fazem com que o interesse pela compra seja ainda maior''. ''Existe uma possibilidade maior de venda quando este estiver ligado a parques temáticos devidamente planejados'', arma Cavaleiro, que é ex-sócio invest idor do Parque Snowland, em Gramado/RS, e ex-sócio do Grupo Gramado Parks. Segundo os consultores, a captação de potenciais clientes qualicados para assistir as apresentações e adquirirem os produtos, que são um dos maiores desaos para quem quer ingressar nesse negócio, é um dos principais pontos da vantajosa relação entre tempo compartilhado e parques de entretenimento. ''Os parques detêm o público qualicado que pode vir a ter interesse na propriedade fracionada'', diz Cavaleiro.

    Alex Cavaleiro e Juliano Macedo

    Os parques temáticos também são apontados pelos consultores de negócios como uma forma de credibilidade para os potenciais clientes, pois as famílias que visitam o parque e assistem a apresentação estarão utilizando e aproveitando um produto do grupo. O consultor Juliano Macedo conta que uma estratégia para empreendedores que queiram lançar produtos fracionados é criar um parque temático primeiro, como forma de criar atratividade e credibilidade, e depois usá-lo para captação de clientes. A JAM trabalha no lançamento do parque aquático Hot Planet Araçatuba/SP, com previsão de inauguração esse ano. Nesse projeto, Juliano Macedo conta que o grupo lançara o parque e o hotel, assim criando um atrativo para que as pessoas permaneçam mais tempo no destino, e no próximo ano será lançado um empreendimento de fração imobiliária.

    Tempo compartilhado e parques temáticos. Dois produtos

    diferentes, mas quando trabalhados em parceria podem

    potencializar os resultados para ambos.

    Parques e tempo compartilhado: uma fórmula para impulsionar as receitas

    Credibilidade

  • Outra forma de relação entre parques e tempo compartilhado são os Passaport Clubs, já mencionado em reportagem da Revista Turismo Compartilhado de março 2016, que se utilizam de técnicas de vendas de tempo compartilhado para comercializar um programa em que o cliente adquire o direito de frequentar o parque por um tempo estipulado em contrato. ''O passaport club gera receita antecipada para o parque'', aponta o diretor da Tríade Soluções Inteligentes, Rodrigo Macedo. O passaport club já é bem utilizado por vários parques temáticos do Brasil. O diretor da Tríade Soluções, que é uma empresa de tecnologia e sistema para parques, explica ser possível gerar informações para facilitar a captação de clientes através da tecnologia. Segundo ele, toda pessoa que frequenta o parque é um potencial cliente, mas pode-se estabelecer o perl das famílias, como qualicadas ou não, através de seu consumo. ''Os tickets de consumo podem gerar informações para a captação'', diz Rodrigo Macedo.

    O consultor Alex Cavaleiro arma que fracionados também ajudam no produto parques com a elevação de visitantes. ''Eles ajudam muito, pois trazem aos parques a elevação do número de visitantes no ano, pois o proprietário da fração imobiliária vem nas suas semanas de utilização, ou então troca o uso destas semanas com outras famílias, via empresas como a RCI''. Outro benefício apontado por Juliano Macedo são as vendas marginais (gastos dos proprietários com A&B, roupas, lembranças). ''As pessoas visitam e geram receitas''. O diretor da JAM também esclarece como deixar o público day use dos parques satisfeitos, apesar de terem sido abordados pela captação e perdido parte da sua visita ao parque por ter assistido a apresentação do produto fracionado. ''Tem que ter transparência, levando o cliente a comprar e car feliz'', arma Juliano Macedo. Além disso, ele indica o uso de brindes como benefícios aos clientes que assistem a apresentação. '' Pode ter mais um dia no parque, ou dar desconto no segundo ingresso, tarifas menores''.

    REPORTAGEM

    Passaport club: uma forma de gerar receitas antecipadas

    Brindes para deixar clientes felizes

  • ARTIGO

    A entrega do empreendimento vendido pelo

    sistema fracionado inicia um novo momento do ciclo

    do empreendimento.

    A abertura é um momento importante tanto

    para o proprietário e para aquele que foi incumbido

    de administrar o condomínio. Não falarei aqui do

    sistema de pool, pois isso é um sistema marginal do

    empreendimento e que pode ter uma série de

    soluções que não podem comprometer a integridade

    do empreendimento no seu dia a dia.

    A administradora deve se preparar para

    entrar em campo pelo menos três meses antes da

    abertura do empreendimento, a primeira assembleia

    deve ser convocada antes da abertura e o orçamento

    da taxa de manutenção/condomínio apresentada,

    analisada e aprovada.

    Esse primeiro contato não é só numérico, é

    importante que o administrador abra o canal de

    comunicação com todos os multiproprietários e

    convide-os para utilizarem suas semanas, anal o

    valor do empreendimento só será validado conforme

    as pessoas usem, aprovem e queiram voltar. A tarefa

    incansável do administrador é manter as pessoas

    animadas com o empreendimento e entendam que o

    sucesso e a manutenção dele dependem do

    pagamento das taxas de manutenção/condomínio.

    Nesse sentido, esse primeiro contato deve:

    a) Abrir os canais de comunicação entre

    administradores e multiproprietários,

    estabelecendo uma rotina de newsletter,

    avisos, prestação de contas e etc.

    b) Apresentar as regras de uso para o

    empreendimento, tanto na área privada

    como na área comum, importante deixar um

    link eletrônico para acesso ao regimento

    interno e à convenção do condomínio.

    c) Apresentar a forma de prestação de serviços,

    por exemplo, a limpeza diária e a limpeza

    pesada, quando e como acontecem; ou com

    que frequência se realizam as trocas de

    enxoval.

    d) Deixar claro os serviços que são prestados por

    terceiros e são opcionais, como o café da

    manhã e qualquer outro que não esteja

    incluso na cota de manutenção/condominial.

    e) Deixar claro que a administração do

    condomínio não se confunde com a

    administração de eventual pool hoteleiro ou

    de locação, que as regras do condomínio em

    qualquer modalidade de cessão de uso da

    semana para um terceiro, diretamente ou

    intermediada, deve seguir todas as regras do

    regimento interno e da convenção de

    condomínio.

    A comunicação com os multiproprietários tem

    três enfoques, sendo que cada um deles deve ser

    pensado e equilibrado para tornar esse momento

    prazeroso para todas as partes: deveres e direitos,

    cobrança e informativos de incentivo para o uso da

    propriedade e/ou pelo menos motivacional de forma

    a manter o interesse do multiproprietário em manter a

    posse da cota.

    Terminando, ressalto mais uma vez que o os

    empreendimentos, mesmo vendidos com a opção do

    p o o l d e l o c a ç ã o a s e r g e r e n c i a d o p e l a

    administradora, precisam separar efetivamente as

    operações do negócio. O sistema residencial do

    fracionado é preponderante à operação de qualquer

    pool de locação/hoteleiro. A manutenção equilibrada

    do empreendimento está centrada na cota de

    manutenção/condomínio e não na operação

    hoteleira. Signica dizer que as exigências da

    operação hoteleira não podem inuenciar a operação

    do condomínio, afetando de forma assimétrica os

    multiproprietários e hóspedes, bem como carregar as

    cotas de manutenção/condomínio com gastos não

    próprios do empreendimento em si. Esse tipo de

    situação é ponto de discórdia e que afeta o

    relacionamento dos multiproprietários com a

    administradora.

    A Entrega do Empreendimento Fracionado e a Relação com os Multiproprietários

    10 | Artigo

    Alexandre Mota é diretor da Caio Calfat Real Estate Consulting Possui mestrado em Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi e pós-graduação em Gestão de Marketing para Hotelaria e Turismo pela ECA/USP, já foi docente para os cursos de graduação e pós-graduação de hotelaria, comércio exterior e marketing & nanças da Anhembi-Morumbi e do Centro Universitário Senac, para o curso de hotelaria. Por 8 anos foi consultor associado da BSH International.

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