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______________________________________________________________________________________________ Responsável Técnico Página 1 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010 ADENDO 1 – RELATÓRIO FINAL Revisão dos Estudos Hidrológicos e Energéticos da UHE Teles Pires Outubro de 2010 TPI-V-00-000.010-R2

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Responsável Técnico Página 1 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010

ADENDO 1 – RELATÓRIO FINAL Revisão dos Estudos Hidrológicos e Energéticos da UHE Teles Pires

Outubro de 2010 TPI-V-00-000.010-R2

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Responsável Técnico Página 2 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010

2 revisão geral 25/10/10 MMSC SDS 25/10/10 PRA

Nº Revisões Data Visto Aprov. Data Aprov.

Consórcio LEME-CONCREMAT

EPE

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE

ESTUDOS DE VIABILIDADE DA USINA HIDRELÉTRICA TELES PIRES

ADENDO 1 - REVISÃO 2 – RELATÓRIO FINAL

REVISÃO DOS ESTUDOS DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA

DA UHE TELES PIRES

Nº TPI-V-00-000.010-RE

Elab.: VR/RJ Visto: JOM/FNS Aprov.: SDS/MMSC Aprov.:PRA/CFM

Emissão: R2

Data: 04/10/2010 Data: 06/10/2010 Consórcio LEME-CONCREMAT EPE

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Responsável Técnico Página 3 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4

2 SÉRIE DE VAZÕES ................................................................................... 5 2.1 Vazões Médias Diárias .................................................................................. 5 2.2 Vazões Médias Mensais ................................................................................ 6 2.3 Consistência Hidrológica ............................................................................ 14 2.4 Transferência da Série de Vazões para o Local da UHE Teles Pires .......... 19 2.5 Parecer da Agência Nacional de Águas ...................................................... 20 2.6 Curvas de Permanência de Vazões .............................................................. 22

3 ESTUDO DE VAZÕES EXTREMAS ..................................................... 24 3.1 Vazões Máximas ......................................................................................... 24 3.2 Verificação de Consistência ........................................................................ 28

4 ESTUDOS DE RESERVATÓRIO .......................................................... 30 4.1 Estudo de Remanso ..................................................................................... 30 4.1.1 Caracterização do Trecho Estudado ............................................................ .30 4.1.2 Calibração do Modelo Matemático .............................................................. 30 4.1.3 Simulação do Reservatório ........................................................................... 33 4.1.4 Rio Paranaíta ................................................................................................ 43 4.2 Estudo de Enchimento do Reservatório ...................................................... 43

5 ESTUDOS ENERGÉTICOS .................................................................... 44 5.1 Introdução .................................................................................................... 44 5.2 Dados básicos e parâmetros utilizados ........................................................ 44 5.2.1 Sistema de Referência ................................................................................. 44 5.2.2 Período Crítico ............................................................................................ 49 5.2.3 Série de vazões médias mensais .................................................................. 49 5.2.4 Evaporação líquida ...................................................................................... 52 5.2.5 Curva-chave do canal de fuga ..................................................................... 52 5.2.6 Representação do reservatório .................................................................... 52 5.2.7 Tipo de turbina ............................................................................................ 52 5.2.8 Rendimento do conjunto turbina-gerador ................................................... 53 5.2.9 Perda hidráulica ........................................................................................... 53 5.2.10 Taxas de indisponibilidade .......................................................................... 53 5.2.11 Vazões de uso consuntivo e remanescente .................................................. 53 5.3 Dimensionamento do reservatório .............................................................. 54 5.3.1 Determinação do Nível d’ Água Máximo Operativo .................................. 54 5.3.2 Determinação do Nível d’Água de Mínimo Operativo ............................... 54 5.4 Dimensionamento da Potência Instalada e Motorização da Usina ............. 55 5.5 Quedas de Referência e de Projeto .............................................................. 57

6 ESTUDO DE ECLUSAS .......................................................................... 58 7 ESTUDO DE QUALIDADE DA ÁGUA ................................................. 59

ANEXOS

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Responsável Técnico Página 4 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010

1 INTRODUÇÃO Esta nota técnica tem o objetivo apresentar as complementações do EDH do Estudo de Viabilidade da UHE Teles Pires solicitadas pela Agência Nacional de Águas - ANA pelo Ofício nº 1261/2010/GEREG/SOF-ANA encaminhado a ANEEL em 15/10/2010, após a reunião técnica ocorrida no dia 14/10/2010 na sede da ANA. No que se refere à série de vazões mensais, algumas bases de dados utilizadas como referência para os estudos de viabilidade passaram por estudos de consistência hidrológica, e foram modificadas em relação ao que foi utilizado nos estudos da UHE Teles Pires, principalmente as séries de precipitação em Diamantino e Alto Tapajós, estações do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), e a série de vazões do rio Teles Pires, em Cachoeirão. Este estudo foi encaminhado à ANA por meio do Ofício EPE nº 1146/EPE/2010, em 07 de outubro de 2010. Após análise deste estudo, a ANA concluiu parte das análises relativas à Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica referente à UHE Teles Pires, definindo a série apresentada no Ofício nº

1246/2010/GEREG/SOF-ANA, encaminhado a ANEEL em 11/10/2010. Além das complementações solicitadas no Ofício n° 1261/2010/GEREG/SOF-ANA, são apresentados o estudo de enchimento e os estudos energéticos, revisados em função da série de vazões médias mensais, estabelecida pela ANA.

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2 SÉRIE DE VAZÕES 2.1 Vazões Médias Diárias A série de vazões médias diárias da estação fluviométrica de referência aos estudos da UHE Teles Pires, Jusante Foz Peixoto de Azevedo (17380000), foi refeita, mantendo-se parte da metodologia utilizada nos estudos de viabilidade. A metodologia utilizada para a obtenção das séries de vazões médias diárias em Jusante Foz Peixoto de Azevedo (17410000), Indeco (17340000) e Santa Rosa (17410000), pode ser resumida da seguinte forma:

• Foram baixados os dados atualizados de cota média diária do site do Hidroweb, para as três estações. Não foram realizados preenchimentos nos históricos de cotas.

• Foi utilizado prioritariamente o histórico de cotas médias diárias, consistidas, sendo o

histórico complementado pelos valores de cotas médias diárias, dados brutos, apenas para os anos mais recentes das séries.

• Foram utilizadas curvas-chave diferentes daquelas aplicadas nos estudos de viabilidade

para as três estações, tendo sido fornecidas pela ANA as curvas-chave de Indeco e de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, e ajustada uma nova curva-chave para a estação fluviométrica de Santa Rosa.

• A partir dos dados de cotas médias diárias foram geradas as séries de vazões médias diárias nas três estações fluviométricas.

O ajuste da curva-chave do rio Teles Pires em Santa Rosa (17410000) é apresentada no gráfico da Figura 1. Foi ajustada a curva pela metodologia logarítmica, obtendo-se a seguinte equação de potência para a curva-chave da estação: � � 18,42064 · �� 278,1138��,������ onde: Q é a vazão, em m³/s; H é a cota lida na régua, em cm.

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Figura 1 – Curva-chave do rio Teles Pires em Santa Rosa (17410000)

Para as estações fluviométricas de Indeco (17340000) e Jusante Foz Peixoto de Azevedo (17380000) foram utilizadas as curvas-chave fornecidas pela ANA. As curvas-chave utilizadas nestas duas estações fluviométricas são apresentadas no Anexo 1. Foi consultado o banco de dados da ANA na internet (Hidroweb), e baixados os dados de cota para as três estações fluviométricas em estudo, tendo sido utilizados os dados de cota média diária, privilegiando o histórico de dados consistidos, complementados com dados brutos para os anos mais recentes. As séries de cota média diária das estações estudadas foram anexadas a esta nota técnica apenas na forma digital, em planilha. De posse das curvas-chave e das cotas médias diárias foram gerados os históricos de vazão média diária para as três estações. As séries de vazão média diária das estações estudadas foram anexadas a esta nota técnica apenas na forma digital, em planilha. Por terem sido utilizadas curvas-chave diferentes para as três estações em estudo, as séries de vazões médias diárias apresentadas nesta nota técnica diferem daquelas apresentadas nos Estudos de Viabilidade da UHE Teles Pires. 2.2 Vazões Médias Mensais A série de vazões médias mensais da UHE Teles Pires foi gerada a partir dos dados da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo. Devido às alterações dos dados utilizados nos estudos de viabilidade para os apresentados nesta nota técnica, foi necessária a realização de

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cota

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Sa

nta

Ro

sa (

cm)

vazão em Santa Rosa (m³/s)

medições de vazão curva-chave ajustada

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novos preenchimentos e extensão da série de vazões médias mensais em Jusante foz Peixoto de Azevedo. A série de vazões médias mensais para as estações de Indeco, Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Santa Rosa foram geradas a partir dos dados de vazão média diária, obtidas conforme descrito no item anterior. Para a composição da série de vazões na UHE Teles Pires, além das três estações já mencionadas, foram utilizadas informações das estações fluviométricas de Cachoeirão (17280000) e Três Marias (17420000), ambas no rio Teles Pires. Para a estação fluviométrica de Cachoeirão foi utilizada a série da ANA apresentada no Ofício nº 876/2010/GEREG/SOF-ANA, de 2 de agosto de 2010. As séries de vazão média mensal antes dos preenchimentos e a série oficial constante no ofício da ANA são apresentadas no Anexo 2. • Preenchimento de Falhas Para os preenchimentos foram testadas correlações diretas entre vazões médias mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e nas demais estações, testando-se a correlação linear dos dados de vazão média mensal e a correlação linear dos dados do logaritmo natural das vazões médias mensais. Os gráficos das correlações utilizadas são apresentados nas Figuras 2 a 9.

Figura 2 – Correlação Entre as Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Cachoeirão

y = 2,8848x - 422,1123R² = 0,9035

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vazões médias mensais em Cachoeirão (m³/s)

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Figura 3 – Correlação Entre o Logaritmo Natural das Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de

Azevedo e Cachoeirão

Figura 4 – Correlação Entre as Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Indeco

y = 1,3185x - 1,3362R² = 0,9329

6

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5,5 6 6,5 7 7,5 8

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logarítmo natural das vazões médias mensais em Cachoeirão

y = 1,9948x - 292,2960R² = 0,9873

0

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vazões médias mensais em Indeco (m³/s)

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Figura 5 – Correlação Entre o Logaritmo Natural das Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de

Azevedo e Indeco

Figura 6 – Correlação Entre as Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Santa Rosa

y = 1,2036x - 0,9169R² = 0,9849

6

6,5

7

7,5

8

8,5

9

5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5

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Ju

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logarítmo natural das vazões médias mensais em Indeco

y = 0,6042x - 22,0013R² = 0,9656

0

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Fo

z P

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Aze

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do

(m

³/s)

vazões médias mensais em Santa Rosa (m³/s)

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Figura 7 – Correlação Entre o Logaritmo Natural das Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de

Azevedo e Santa Rosa

Figura 8 – Correlação Entre as Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Três

Marias

y = 0,9436x - 0,0671R² = 0,9571

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6,5

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6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5

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logarítmo natural das vazões médias mensais em Santa Rosa

y = 0,5641x - 9,8029

R² = 0,9605

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(m

³/s)

vazões médias mensais em Três Marias (m³/s)

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Figura 9 – Correlação Entre o Logaritmo Natural das Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de

Azevedo e Três Marias Os preenchimentos foram realizados prioritariamente pelas melhores correlações obtidas, tendo sido utilizados como critérios o coeficiente de determinação (R²) e o ajuste visual da reta de correlação aos dados observados. Para a geração dos coeficientes da reta de regressão e realização dos preenchimentos abordados neste item, foi utilizada a série de vazões de Cachoeirão sem as extensões e preenchimentos, apenas os dados medidos. A série completa, constante no ofício da ANA foi utilizada apenas para a extensão da série de vazões de Jusante Foz Peixoto de Azevedo. A equação de preenchimento considerando a correlação entre as vazões médias mensais é a seguinte: ����� � � · ����� � � onde: ����� = vazão na estação fluviométrica a ser preenchida; ����� = vazão na estação fluviométrica base para o preenchimento; a = coeficiente angular da correlação das vazões médias mensais; b = coeficiente linear da correlação das vazões médias mensais.

y = 1,0044x - 0,6216R² = 0,9747

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logarítmo natural das vazões médias mensais em Três Marias

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A equação de preenchimento considerando a correlação dos logaritmos naturais das vazões médias mensais é a seguinte: ����� � ������ · �� onde: ����� = vazão na estação fluviométrica a ser preenchida; ����� = vazão na estação fluviométrica base para o preenchimento; a = coeficiente angular da correlação dos logaritmos naturais; b = coeficiente linear da correlação dos logaritmos naturais. Os valores dos coeficientes “a” e “b” dos dois tipos de correlação, foram apresentados nos gráficos de correlação linear, apresentados anteriormente. • Extensão da Série de Vazões A extensão da série de vazões foi fruto de vários testes e estudos comparativos apresentados nos estudos de viabilidade da UHE Teles Pires, tendo sido escolhida como metodologia a correlação direta entre os dados de vazão média mensal na estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo e na estação fluviométrica de Cachoeirão. Esta metodologia foi mantida para esta nota técnica. A correlação utilizada foi apresentada no subitem anterior. O resultado dos preenchimentos e extensão da série de vazões na estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo é apresentado na Tabela 1.

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Tabela 1 – Série de Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo (Preenchida e Entendida), Antes de Consistências.

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média mínimo máximo

1931 2.662 3.495 4.142 2.044 1.814 1.410 1.061 801 697 1.320 1.765 2.500 1.976 697 4.142

1932 2.258 2.878 3.992 1.871 1.617 1.248 1.017 922 732 836 948 1.078 1.616 732 3.992

1933 5.414 3.224 2.065 2.327 1.516 1.165 862 625 596 683 1.159 4.678 2.026 596 5.414

1934 2.942 3.974 3.484 2.385 1.698 1.326 994 801 1.038 994 1.332 3.080 2.004 801 3.974

1935 8.062 2.313 5.379 2.486 1.877 1.439 1.087 798 614 1.026 1.107 2.604 2.399 614 8.062

1936 1.840 6.683 1.961 1.779 1.398 1.052 772 544 478 400 556 697 1.513 400 6.683

1937 2.517 1.459 3.995 2.396 1.482 1.228 914 660 590 841 879 5.881 1.904 590 5.881

1938 6.527 2.708 2.243 1.793 1.511 1.144 847 605 458 2.408 1.580 2.489 2.026 458 6.527

1939 1.998 3.097 2.174 1.724 1.384 1.190 994 726 680 778 2.388 3.057 1.683 680 3.097

1940 5.339 5.708 7.018 3.605 2.229 1.727 1.332 1.000 818 850 2.408 1.537 2.798 818 7.018

1941 2.890 4.468 6.054 2.013 1.690 1.289 971 980 830 2.258 1.652 1.516 2.217 830 6.054

1942 3.317 3.490 3.233 4.309 1.967 1.528 1.159 856 833 1.534 2.442 1.404 2.173 833 4.309

1943 4.344 3.158 3.689 2.852 1.753 1.343 1.006 735 723 2.515 2.264 3.718 2.342 723 4.344

1944 1.739 3.054 2.803 1.773 1.358 1.052 772 544 489 732 2.039 1.525 1.490 489 3.054

1945 4.058 4.990 5.875 3.239 2.111 1.629 1.240 922 787 911 2.610 3.403 2.648 787 5.875

1946 2.070 6.501 3.741 1.981 2.290 1.542 1.248 931 703 758 2.385 2.529 2.223 703 6.501

1947 6.634 3.931 5.313 2.463 1.935 1.488 1.124 830 660 1.110 1.470 3.467 2.535 660 6.634

1948 2.264 3.729 2.725 1.883 1.488 1.124 945 686 818 942 2.119 11.354 2.506 686 11.354

1949 5.027 5.270 3.478 2.255 1.822 1.505 1.139 844 614 1.961 1.090 4.817 2.485 614 5.270

1950 6.585 3.351 5.137 2.122 1.649 1.254 937 677 469 873 1.537 6.025 2.551 469 6.585

1951 3.960 3.625 9.753 2.125 2.033 1.586 1.205 905 772 694 1.716 1.623 2.500 694 9.753

1952 2.901 2.705 2.529 2.171 1.491 1.127 833 593 435 423 836 2.766 1.567 423 2.901

1953 2.396 3.285 5.143 1.776 1.482 1.121 827 590 717 1.147 1.061 2.261 1.817 590 5.143

1954 3.008 4.649 5.815 1.975 1.606 1.263 942 683 637 706 2.696 1.418 2.117 637 5.815

1955 5.495 2.013 5.823 1.969 1.698 1.329 997 726 510 518 582 4.139 2.150 510 5.823

1956 1.992 3.423 1.938 2.610 1.776 1.522 1.159 893 948 922 5.486 3.628 2.192 893 5.486

1957 3.190 4.961 3.123 2.232 1.733 1.395 1.052 844 1.000 991 1.441 3.493 2.121 844 4.961

1958 3.640 2.425 2.999 2.541 1.739 1.338 1.066 784 642 764 1.992 4.364 2.024 642 4.364

1959 8.691 3.351 6.129 2.255 1.842 1.447 1.130 850 631 602 4.880 3.931 2.978 602 8.691

1960 4.825 4.719 2.711 2.316 1.724 1.317 986 720 504 818 1.326 3.169 2.095 504 4.825

1961 4.996 2.803 4.753 1.975 1.747 1.341 1.006 862 639 732 1.179 4.433 2.205 639 4.996

1962 5.682 4.439 1.889 2.367 1.540 1.188 882 668 882 934 957 7.041 2.372 668 7.041

1963 1.941 4.929 2.731 1.949 1.545 1.173 870 625 478 510 1.808 1.222 1.648 478 4.929

1964 4.191 1.551 2.307 1.387 1.205 896 654 452 296 1.427 3.429 2.217 1.668 296 4.191

1965 2.959 3.689 4.384 2.212 1.739 1.335 1.000 729 764 3.094 3.305 2.267 2.290 729 4.384

1966 3.406 5.497 2.670 2.010 1.684 1.283 960 697 588 1.932 1.055 1.315 1.925 588 5.497

1967 1.773 2.013 2.307 2.027 1.387 1.069 787 556 409 940 1.283 2.910 1.455 409 2.910

1968 1.554 2.630 1.470 1.254 940 680 472 461 484 758 916 3.149 1.231 461 3.149

1969 2.968 1.724 2.024 1.589 1.294 980 714 498 417 619 1.796 4.419 1.587 417 4.419

1970 4.318 2.685 1.981 1.805 1.514 1.147 847 608 432 1.040 951 925 1.521 432 4.318

1971 2.131 2.711 1.470 1.349 1.159 867 709 524 631 862 1.167 1.234 1.234 524 2.711

1972 1.658 3.544 1.606 1.398 1.147 873 712 513 449 631 2.642 2.823 1.500 449 3.544

1973 2.417 2.506 2.229 1.600 1.286 1.020 766 559 478 723 2.933 4.214 1.728 478 4.214

1974 6.173 2.388 3.198 2.206 1.822 1.395 1.049 787 714 720 867 3.513 2.069 714 6.173

1975 2.013 3.118 2.223 1.900 1.459 1.104 905 654 455 605 889 1.554 1.407 455 3.118

1976 2.051 3.078 3.889 2.939 1.905 1.170 783 587 535 825 1.143 2.332 1.770 535 3.889

1977 3.047 4.280 2.758 2.471 1.885 1.362 880 640 627 941 1.375 2.122 1.866 627 4.280

1978 5.140 3.856 7.290 4.711 3.061 1.692 1.245 977 848 930 1.231 2.424 2.784 848 7.290

1979 4.176 4.595 3.025 3.370 2.564 1.530 1.029 808 838 845 1.074 1.176 2.086 808 4.595

1980 2.293 4.863 5.896 4.281 2.002 1.329 1.041 802 768 794 1.011 1.894 2.248 768 5.896

1981 3.245 3.631 3.370 3.673 2.190 1.175 856 669 560 640 1.105 1.928 1.920 560 3.673

1982 3.256 5.883 5.418 4.182 2.887 1.500 992 744 780 855 904 1.156 2.380 744 5.883

1983 2.808 4.858 3.626 2.911 1.482 1.078 788 633 583 754 1.023 1.860 1.867 583 4.858

1984 2.444 2.382 3.291 3.665 2.461 1.303 772 531 610 740 1.085 1.757 1.753 531 3.665

1985 3.175 4.161 3.562 3.735 2.470 1.249 908 702 646 760 1.154 1.388 1.993 646 4.161

1986 3.495 4.245 3.965 3.211 2.251 1.208 822 655 664 1.119 1.226 1.501 2.030 655 4.245

1987 2.562 3.222 3.514 2.866 1.833 1.061 694 559 517 515 935 2.240 1.710 515 3.514

1988 3.181 3.602 4.833 3.974 2.443 1.423 897 632 521 642 1.143 2.519 2.151 521 4.833

1989 3.335 4.386 4.642 3.861 2.693 1.354 992 758 668 713 1.166 2.647 2.268 668 4.642

1990 4.154 4.031 5.240 3.069 2.292 1.543 944 734 539 811 1.025 1.566 2.162 539 5.240

1991 3.409 4.630 4.454 4.491 1.566 1.173 1.023 945 942 993 1.493 1.897 2.251 942 4.630

1992 2.425 3.911 3.524 3.164 1.791 1.231 942 817 911 993 1.251 2.076 1.920 817 3.911

1993 2.534 3.387 3.935 2.732 1.492 1.015 790 670 636 740 972 1.671 1.715 636 3.935

1994 3.866 3.731 4.656 3.719 1.879 1.230 991 735 638 743 975 1.677 2.070 638 4.656

1995 4.205 4.556 4.527 4.305 3.360 1.807 1.126 822 718 800 1.044 2.100 2.447 718 4.556

1996 2.699 2.847 3.198 3.199 2.224 1.295 854 684 630 760 1.295 1.626 1.776 630 3.199

1997 3.022 3.802 4.363 4.432 2.692 1.508 969 719 652 674 789 1.304 2.077 652 4.432

1998 1.507 2.400 3.483 2.113 1.342 828 600 500 475 590 1.069 1.910 1.401 475 3.483

1999 2.739 2.394 3.319 2.150 1.761 985 681 514 522 568 1.030 1.739 1.534 514 3.319

2000 3.688 4.251 4.931 3.487 1.934 1.094 780 611 633 642 1.173 2.287 2.126 611 4.931

2001 2.789 2.709 3.482 2.783 1.562 1.099 731 546 565 717 1.116 2.950 1.754 546 3.482

2002 4.680 4.150 3.795 2.737 1.564 1.042 791 658 640 699 1.035 1.499 1.941 640 4.680

2003 3.042 4.349 4.353 4.703 2.547 1.615 1.030 766 694 1.093 1.458 1.990 2.303 694 4.703

2004 2.944 5.152 6.076 4.322 2.558 1.548 1.115 848 764 860 1.296 1.594 2.423 764 6.076

2005 2.661 3.839 4.838 3.754 2.298 1.328 920 696 655 808 984 3.103 2.157 655 4.838

2006 5.206 4.124 4.541 5.452 2.710 1.452 1.050 831 763 1.094 1.565 2.520 2.609 763 5.452

2007 3.402 5.420 4.900 2.811 1.879 1.218 903 742 678 742 1.016 2.440 2.179 678 5.420

2008 3.444 4.952 5.176 4.244 2.620 1.491 1.014 769 672 816 1.244 2.625 2.422 672 5.176

média 3.505 3.725 3.892 2.741 1.864 1.275 935 712 647 937 1.517 2.653 2.033 626 4.996

mínimo 1.507 1.459 1.470 1.254 940 680 472 452 296 400 556 697 1.231 296 2.711

máximo 8.691 6.683 9.753 5.452 3.360 1.807 1.332 1.000 1.038 3.094 5.486 11.354 2.978 942 11.354

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Legenda de cores da Tabela:

azul vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Indeco (17340000) - correlação logarítmica

vermelho vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Santa Rosa (17410000) - correlação linear

verde vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Três Marias (17420000) - correlação logarítmica

amarelo vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Cachoeirão (17280000) - correlação linear

laranja vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Cachoeirão (17280000), considerados discrepantes

2.3 Consistência Hidrológica No item anterior foram deixados alguns grifos em laranja na série de vazões médias mensais obtida para a estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo. Embora a metodologia de extensão da série ter apresentado bom coeficiente de determinação, conforme apresentado nos estudos de inventário, pequenos desvios são comuns, especialmente ao se aplicar correlação sobre correlação em dados hidrológicos, ou correlação sobre resultado de modelagem matemática. A série de vazões de Cachoeirão também apresenta valores altos para as datas destes valores com grifo, mas isto fica potencializado ao transferir a vazão para a estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, com área de drenagem bem superior à de Cachoeirão. Os valores foram considerados discrepantes, pois foi feita uma análise do desvio em relação à média do mês, apresentando nestes casos, valor superior a cerca de três vezes o desvio padrão do mês somado à vazão média do mês. As análises se restringiram aos valores muito altos observados no período úmido do ano hidrológico. Estes nove valores filtrados como discrepantes ocorrem inclusive fora dos meses em que se espera a vazão máxima do ano hidrológico do rio Teles Pires. No histórico de vazões máximas, dados observados, nas estações de Indeco, Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Santa Rosa. Os valores máximos sempre ocorrem entre os meses de fevereiro e maio. Os valores considerados discrepantes, atingindo inclusive a máxima do histórico, ocorrem nos meses de novembro, dezembro e janeiro. A exceção é a vazão de março/1951. Para os testes, também foi feito o gráfico de vazões médias mensais do histórico, para mínimas, médias e máximas. O gráfico é apresentado na Figura 10. As máximas de novembro, dezembro e janeiro ficam completamente fora do padrão das vazões médias. O valor máximo observado em dezembro/1948 é equivalente ao valor da vazão decamilenar da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, como será visto adiante, na revisão do estudo de vazões máximas. Pelo gráfico da Figura 10, também é possível suspeitar da magnitude da vazão máxima de março.

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Figura 10 – Vazões Médias Mensais da UHE Teles Pires, Antes das Consistências

Para os nove valores considerados discrepantes na série de vazões médias mensais, foi associada a precipitação em Diamantino, em Alto Tapajós, e Diamantino acumulada quadrimestral, além das vazões em Jusante Foz Peixoto de Azevedo, antes e depois da consistência, conforme apresentado na Tabela 2. Foram apresentados os valores para o mês consistido (grifo) e também os valores dos meses anterior e posterior. A observação dos valores de vazão antes da consistência, nos meses anterior e posterior, já permite ver alguma discrepância, como é o caso da vazão em dezembro/1948, a vazão anterior é de 2.199 m³/s, e a posterior é de 5.027 m³/s. A Precipitação em Diamantino naquele mês foi impressionante, 651 mm, se o monitoramento estiver correto, mas o fato não foi observado concomitantemente em Alto Tapajós (representa a precipitação no norte da bacia) e nem na precipitação acumulada quadrimestral de Diamantino. Além deste fato, de acordo com os estudos de viabilidade, há um retardo entre o início das precipitações mais fortes e a resposta do rio Teles Pires com vazões mais altas na estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo.

937

1,517

2,653

3,5053,725

3,892

2,741

1,864

1,275

935712 647

0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

va

zão

(m

³/s)

MÉDIAS

mínimas

máximas

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Tabela 2 – Vazões e Precipitações Utilizadas para a Consistência Hidrológica

Mês Vazão (m³/s) Precipitação acumulada (mm)

Jus.Foz P.Azevedo Jus.Foz P.Azevedo

consistida Diamantino Alto Tapajós

Diamantino quadrimestral

dez/34 3.080 303 280 749

jan/35 8.062 3.644 515 337 1.103

fev/35 2.313 176 447 1.172

nov/37 879 119 - 328

dez/37 5.881 2.654 458 - 786

jan/38 6.527 447 444 1.181

nov/48 2.119 255 207 525

dez/48 11.354 3.871 651 352 1.175

jan/49 5.027 351 440 1.394

nov/50 1.537 222 337 400

dez/50 6.025 2.865 453 399 853

jan/51 3.960 318 350 1.171

fev/51 3.625 284 252 1.276

mar/51 9.753 5.213 551 555 1.605

abr/51 2.125 39 322 1.191

out/56 922 90 385 223

nov/56 5.486 2.271 442 300 663

dez/56 3.628 310 429 959

dez/58 4.364 372 273 789

jan/59 8.691 4.219 531 404 1.287

fev/59 3.351 252 249 1.414

out/59 602 66 249 95

nov/59 4.880 1.796 431 186 511

dez/59 3.931 340 203 846

nov/62 957 109 382 397

dez/62 7.041 2.974 503 357 888

jan/63 1.941 181 227 916

Obs.: valores em negrito: valores considerados discrepantes. O critério utilizado para chegar ao valor consistido foi a utilização da correlação direta entre as vazões médias mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e a precipitação acumulada quadrimestral em Diamantino, conforme mostrado na Figura 11. A correlação não pode ser considerada boa, principalmente para os valores mais baixos, apesar de um alto coeficiente de determinação. Porém, foi utilizada para gerar apenas nove valores, e valores de vazão mais altas.

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Figura 11 – Correlação das Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e a Precipitação

Acumulada Quadrimestral em Diamantino As séries de precipitações mensais em Diamantino e Alto Tapajós, utilizadas neste capítulo da nota técnica, são apresentadas no Anexo 3. Após as consistências apresentadas, a série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Jusante Foz Peixoto de Azevedo, utilizada nos estudos desta nota técnica, é apresentada na Tabela 3.

y = 3,1224x + 200,7723R² = 0,8096

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800

va

zão

dia

me

nsa

l em

Ju

san

te F

oz

Pe

ixo

to d

e A

zev

ed

o (

m³/

s)

precipitação acumulada quadrimestral em Diamantino (mm)

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Responsável Técnico Página 18 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/2010

Tabela 3 – Série de Vazões Médias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média mínimo máximo

1931 2.662 3.495 4.142 2.044 1.814 1.410 1.061 801 697 1.320 1.765 2.500 1.976 697 4.142

1932 2.258 2.878 3.992 1.871 1.617 1.248 1.017 922 732 836 948 1.078 1.616 732 3.992

1933 5.414 3.224 2.065 2.327 1.516 1.165 862 625 596 683 1.159 4.678 2.026 596 5.414

1934 2.942 3.974 3.484 2.385 1.698 1.326 994 801 1.038 994 1.332 3.080 2.004 801 3.974

1935 3.644 2.313 5.379 2.486 1.877 1.439 1.087 798 614 1.026 1.107 2.604 2.031 614 5.379

1936 1.840 6.683 1.961 1.779 1.398 1.052 772 544 478 400 556 697 1.513 400 6.683

1937 2.517 1.459 3.995 2.396 1.482 1.228 914 660 590 841 879 2.654 1.635 590 3.995

1938 6.527 2.708 2.243 1.793 1.511 1.144 847 605 458 2.408 1.580 2.489 2.026 458 6.527

1939 1.998 3.097 2.174 1.724 1.384 1.190 994 726 680 778 2.388 3.057 1.683 680 3.097

1940 5.339 5.708 7.018 3.605 2.229 1.727 1.332 1.000 818 850 2.408 1.537 2.798 818 7.018

1941 2.890 4.468 6.054 2.013 1.690 1.289 971 980 830 2.258 1.652 1.516 2.217 830 6.054

1942 3.317 3.490 3.233 4.309 1.967 1.528 1.159 856 833 1.534 2.442 1.404 2.173 833 4.309

1943 4.344 3.158 3.689 2.852 1.753 1.343 1.006 735 723 2.515 2.264 3.718 2.342 723 4.344

1944 1.739 3.054 2.803 1.773 1.358 1.052 772 544 489 732 2.039 1.525 1.490 489 3.054

1945 4.058 4.990 5.875 3.239 2.111 1.629 1.240 922 787 911 2.610 3.403 2.648 787 5.875

1946 2.070 6.501 3.741 1.981 2.290 1.542 1.248 931 703 758 2.385 2.529 2.223 703 6.501

1947 6.634 3.931 5.313 2.463 1.935 1.488 1.124 830 660 1.110 1.470 3.467 2.535 660 6.634

1948 2.264 3.729 2.725 1.883 1.488 1.124 945 686 818 942 2.119 3.871 1.883 686 3.871

1949 5.027 5.270 3.478 2.255 1.822 1.505 1.139 844 614 1.961 1.090 4.817 2.485 614 5.270

1950 6.585 3.351 5.137 2.122 1.649 1.254 937 677 469 873 1.537 2.865 2.288 469 6.585

1951 3.960 3.625 5.213 2.125 2.033 1.586 1.205 905 772 694 1.716 1.623 2.121 694 5.213

1952 2.901 2.705 2.529 2.171 1.491 1.127 833 593 435 423 836 2.766 1.567 423 2.901

1953 2.396 3.285 5.143 1.776 1.482 1.121 827 590 717 1.147 1.061 2.261 1.817 590 5.143

1954 3.008 4.649 5.815 1.975 1.606 1.263 942 683 637 706 2.696 1.418 2.117 637 5.815

1955 5.495 2.013 5.823 1.969 1.698 1.329 997 726 510 518 582 4.139 2.150 510 5.823

1956 1.992 3.423 1.938 2.610 1.776 1.522 1.159 893 948 922 2.271 3.628 1.924 893 3.628

1957 3.190 4.961 3.123 2.232 1.733 1.395 1.052 844 1.000 991 1.441 3.493 2.121 844 4.961

1958 3.640 2.425 2.999 2.541 1.739 1.338 1.066 784 642 764 1.992 4.364 2.024 642 4.364

1959 4.219 3.351 6.129 2.255 1.842 1.447 1.130 850 631 602 1.796 3.931 2.349 602 6.129

1960 4.825 4.719 2.711 2.316 1.724 1.317 986 720 504 818 1.326 3.169 2.095 504 4.825

1961 4.996 2.803 4.753 1.975 1.747 1.341 1.006 862 639 732 1.179 4.433 2.205 639 4.996

1962 5.682 4.439 1.889 2.367 1.540 1.188 882 668 882 934 957 2.974 2.033 668 5.682

1963 1.941 4.929 2.731 1.949 1.545 1.173 870 625 478 510 1.808 1.222 1.648 478 4.929

1964 4.191 1.551 2.307 1.387 1.205 896 654 452 296 1.427 3.429 2.217 1.668 296 4.191

1965 2.959 3.689 4.384 2.212 1.739 1.335 1.000 729 764 3.094 3.305 2.267 2.290 729 4.384

1966 3.406 5.497 2.670 2.010 1.684 1.283 960 697 588 1.932 1.055 1.315 1.925 588 5.497

1967 1.773 2.013 2.307 2.027 1.387 1.069 787 556 409 940 1.283 2.910 1.455 409 2.910

1968 1.554 2.630 1.470 1.254 940 680 472 461 484 758 916 3.149 1.231 461 3.149

1969 2.968 1.724 2.024 1.589 1.294 980 714 498 417 619 1.796 4.419 1.587 417 4.419

1970 4.318 2.685 1.981 1.805 1.514 1.147 847 608 432 1.040 951 925 1.521 432 4.318

1971 2.131 2.711 1.470 1.349 1.159 867 709 524 631 862 1.167 1.234 1.234 524 2.711

1972 1.658 3.544 1.606 1.398 1.147 873 712 513 449 631 2.642 2.823 1.500 449 3.544

1973 2.417 2.506 2.229 1.600 1.286 1.020 766 559 478 723 2.933 4.214 1.728 478 4.214

1974 6.173 2.388 3.198 2.206 1.822 1.395 1.049 787 714 720 867 3.513 2.069 714 6.173

1975 2.013 3.118 2.223 1.900 1.459 1.104 905 654 455 605 889 1.554 1.407 455 3.118

1976 2.051 3.078 3.889 2.939 1.905 1.170 783 587 535 825 1.143 2.332 1.770 535 3.889

1977 3.047 4.280 2.758 2.471 1.885 1.362 880 640 627 941 1.375 2.122 1.866 627 4.280

1978 5.140 3.856 7.290 4.711 3.061 1.692 1.245 977 848 930 1.231 2.424 2.784 848 7.290

1979 4.176 4.595 3.025 3.370 2.564 1.530 1.029 808 838 845 1.074 1.176 2.086 808 4.595

1980 2.293 4.863 5.896 4.281 2.002 1.329 1.041 802 768 794 1.011 1.894 2.248 768 5.896

1981 3.245 3.631 3.370 3.673 2.190 1.175 856 669 560 640 1.105 1.928 1.920 560 3.673

1982 3.256 5.883 5.418 4.182 2.887 1.500 992 744 780 855 904 1.156 2.380 744 5.883

1983 2.808 4.858 3.626 2.911 1.482 1.078 788 633 583 754 1.023 1.860 1.867 583 4.858

1984 2.444 2.382 3.291 3.665 2.461 1.303 772 531 610 740 1.085 1.757 1.753 531 3.665

1985 3.175 4.161 3.562 3.735 2.470 1.249 908 702 646 760 1.154 1.388 1.993 646 4.161

1986 3.495 4.245 3.965 3.211 2.251 1.208 822 655 664 1.119 1.226 1.501 2.030 655 4.245

1987 2.562 3.222 3.514 2.866 1.833 1.061 694 559 517 515 935 2.240 1.710 515 3.514

1988 3.181 3.602 4.833 3.974 2.443 1.423 897 632 521 642 1.143 2.519 2.151 521 4.833

1989 3.335 4.386 4.642 3.861 2.693 1.354 992 758 668 713 1.166 2.647 2.268 668 4.642

1990 4.154 4.031 5.240 3.069 2.292 1.543 944 734 539 811 1.025 1.566 2.162 539 5.240

1991 3.409 4.630 4.454 4.491 1.566 1.173 1.023 945 942 993 1.493 1.897 2.251 942 4.630

1992 2.425 3.911 3.524 3.164 1.791 1.231 942 817 911 993 1.251 2.076 1.920 817 3.911

1993 2.534 3.387 3.935 2.732 1.492 1.015 790 670 636 740 972 1.671 1.715 636 3.935

1994 3.866 3.731 4.656 3.719 1.879 1.230 991 735 638 743 975 1.677 2.070 638 4.656

1995 4.205 4.556 4.527 4.305 3.360 1.807 1.126 822 718 800 1.044 2.100 2.447 718 4.556

1996 2.699 2.847 3.198 3.199 2.224 1.295 854 684 630 760 1.295 1.626 1.776 630 3.199

1997 3.022 3.802 4.363 4.432 2.692 1.508 969 719 652 674 789 1.304 2.077 652 4.432

1998 1.507 2.400 3.483 2.113 1.342 828 600 500 475 590 1.069 1.910 1.401 475 3.483

1999 2.739 2.394 3.319 2.150 1.761 985 681 514 522 568 1.030 1.739 1.534 514 3.319

2000 3.688 4.251 4.931 3.487 1.934 1.094 780 611 633 642 1.173 2.287 2.126 611 4.931

2001 2.789 2.709 3.482 2.783 1.562 1.099 731 546 565 717 1.116 2.950 1.754 546 3.482

2002 4.680 4.150 3.795 2.737 1.564 1.042 791 658 640 699 1.035 1.499 1.941 640 4.680

2003 3.042 4.349 4.353 4.703 2.547 1.615 1.030 766 694 1.093 1.458 1.990 2.303 694 4.703

2004 2.944 5.152 6.076 4.322 2.558 1.548 1.115 848 764 860 1.296 1.594 2.423 764 6.076

2005 2.661 3.839 4.838 3.754 2.298 1.328 920 696 655 808 984 3.103 2.157 655 4.838

2006 5.206 4.124 4.541 5.452 2.710 1.452 1.050 831 763 1.094 1.565 2.520 2.609 763 5.452

2007 3.402 5.420 4.900 2.811 1.879 1.218 903 742 678 742 1.016 2.440 2.179 678 5.420

2008 3.444 4.952 5.176 4.244 2.620 1.491 1.014 769 672 816 1.244 2.625 2.422 672 5.176

média 3.391 3.725 3.834 2.741 1.864 1.275 935 712 647 937 1.436 2.423 1.993 626 4.709

mínimo 1.507 1.459 1.470 1.254 940 680 472 452 296 400 556 697 1.231 296 2.711

máximo 6.634 6.683 7.290 5.452 3.360 1.807 1.332 1.000 1.038 3.094 3.429 4.817 2.798 942 7.290

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Legenda de cores da Tabela:

azul vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Indeco (17340000) - correlação logarítmica

vermelho vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Santa Rosa (17410000) - correlação linear

verde vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Três Marias (17420000) - correlação logarítmica

amarelo vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Cachoeirão (17280000) - correlação linear

laranja vazões preenchidas por correlação com a precipitação quadrimestral em Diamantino

Após a substituição das nove vazões consistidas pelo valor da correlação com a chuva acumulada quadrimestral em Diamantino, foi feito novamente o gráfico de vazões médias mensais do histórico, para mínimas, médias e máximas, conforme apresentado na Figura 12. O gráfico agora apresenta vazões máximas coerentes com as vazões médias e mínimas.

Figura 12 – Vazões Médias Mensais da UHE Teles Pires, Depois das Consistências

2.4 Transferência da Série de Vazões para o Local da UHE Teles Pires Para a transferência das vazões do local da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo para o local da UHE Teles Pires foi testado o mesmo critério aplicado nos estudos de viabilidade. O critério utilizado anteriormente considerava a variação da área de drenagem e da vazão média de longo termo nas estações fluviométricas estudas. Com a modificação das curvas-chave nas estações de Indeco, Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Santa Rosa, tal metodologia não se mostrou satisfatória, pois apresentava um coeficiente multiplicador com valor inferior ao coeficiente obtido pela simples ponderação por área de drenagem.

937

1,436

2,423

3,391

3,7253,834

2,741

1,864

1,275

935712 647

0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

va

zão

(m

³/s)

MÉDIAS

mínimas

máximas

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Para a presente nota técnica foi utilizado o critério da ponderação por área de drenagem. A área de drenagem da UHE Teles Pires, 90.704 km², foi dividida pela área de drenagem da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, 81.858 km², obtendo-se o multiplicador de 1,108. Este multiplicador foi utilizado para transformar as vazões médias mensais, obtendo-se a série de vazões da UHE Teles Pires. 2.5 Parecer da Agência Nacional de Águas A Agência Nacional de Águas (ANA), de posse do estudo apresentado nos itens anteriores, optou por fazer algumas modificações na série de vazões médias mensais, nos nove valores que haviam passado por consistência hidrológica. Estes valores foram modificados considerando-se a premissa de não gerar vazão incremental negativa no rio Teles Pires, entre as usinas hidrelétricas estudadas na bacia hidrográfica. A série de vazões adotada a partir deste ponto da nota técnica, é a série apresentada no Ofício

nº 1246/2010/GEREG/SOF-ANA, que foi embasada pela Nota Técnica nº 7/2010/NHI da ANA, de 11 de outubro de 2010. A série de vazões para a UHE Teles Pires é apresentada na Tabela 4.

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Tabela 4 – Série de Vazões Médias Mensais da UHE Teles Pires ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

média

1931 2,949 3,873 4,589 2,265 2,009 1,562 1,175 888 772 1,463 1,955 2,770

2,189

1932 2,502 3,189 4,423 2,073 1,792 1,383 1,127 1,022 811 926 1,051 1,194

1,791

1933 5,999 3,572 2,288 2,578 1,680 1,290 955 693 661 757 1,284 5,183

2,245

1934 3,259 4,404 3,860 2,642 1,882 1,469 1,102 888 1,150 1,102 1,476 3,413

2,220

1935 7,682 2,562 5,960 2,754 2,080 1,594 1,204 884 680 1,137 1,226 2,885

2,554

1936 2,038 7,405 2,172 1,971 1,549 1,166 856 603 530 443 616 772

1,677

1937 2,789 1,616 4,426 2,655 1,642 1,361 1,012 731 654 932 974 5,707

2,042

1938 7,232 3,000 2,486 1,987 1,674 1,268 939 670 507 2,668 1,751 2,757

2,245

1939 2,214 3,432 2,409 1,910 1,533 1,319 1,102 804 753 862 2,646 3,387

1,864

1940 5,915 6,325 7,776 3,994 2,470 1,914 1,476 1,108 907 942 2,668 1,703

3,100

1941 3,202 4,950 6,708 2,230 1,872 1,428 1,076 1,086 920 2,502 1,830 1,680

2,457

1942 3,675 3,867 3,582 4,774 2,179 1,693 1,284 948 923 1,699 2,706 1,556

2,407

1943 4,813 3,499 4,087 3,160 1,942 1,488 1,114 814 801 2,786 2,508 4,119

2,594

1944 1,926 3,384 3,106 1,965 1,504 1,166 856 603 542 811 2,259 1,690

1,651

1945 4,496 5,529 6,510 3,588 2,339 1,805 1,373 1,022 872 1,009 2,892 3,771

2,934

1946 2,294 7,204 4,145 2,195 2,537 1,709 1,383 1,031 779 840 2,642 2,802

2,463

1947 7,351 4,356 5,887 2,729 2,144 1,648 1,246 920 731 1,230 1,629 3,841

2,809

1948 2,508 4,132 3,020 2,086 1,648 1,246 1,047 760 907 1,044 2,348 10,662

2,617

1949 5,570 5,839 3,854 2,499 2,019 1,667 1,262 936 680 2,172 1,207 5,337

2,753

1950 7,296 3,713 5,692 2,351 1,827 1,389 1,038 750 520 967 1,703 5,838

2,757

1951 4,388 4,017 9,212 2,355 2,252 1,757 1,335 1,003 856 769 1,901 1,799

2,637

1952 3,215 2,997 2,802 2,406 1,651 1,249 923 657 482 469 926 3,064

1,737

1953 2,655 3,640 5,698 1,968 1,642 1,242 916 654 795 1,271 1,175 2,505

2,013

1954 3,333 5,151 6,443 2,188 1,779 1,399 1,044 757 705 782 2,988 1,572

2,345

1955 6,088 2,230 6,452 2,182 1,882 1,472 1,105 804 565 574 645 4,586

2,382

1956 2,208 3,793 2,147 2,892 1,968 1,687 1,284 990 1,051 1,022 5,349 4,020

2,367

1957 3,534 5,497 3,461 2,473 1,920 1,546 1,166 936 1,108 1,099 1,597 3,870

2,350

1958 4,033 2,687 3,323 2,815 1,926 1,482 1,182 868 712 846 2,208 4,835

2,243

1959 8,251 3,713 6,791 2,499 2,041 1,604 1,252 942 699 667 4,801 4,356

3,135

1960 5,346 5,228 3,004 2,566 1,910 1,460 1,092 798 558 907 1,469 3,512

2,321

1961 5,535 3,106 5,267 2,188 1,936 1,485 1,114 955 709 811 1,306 4,912

2,444

1962 6,296 4,918 2,093 2,623 1,706 1,316 977 741 977 1,035 1,060 6,757

2,541

1963 2,150 5,462 3,026 2,160 1,712 1,300 964 693 530 565 2,003 1,354

1,826

1964 4,643 1,719 2,556 1,536 1,335 993 725 501 328 1,581 3,799 2,457

1,848

1965 3,278 4,087 4,857 2,451 1,926 1,479 1,108 808 846 3,429 3,662 2,511

2,537

1966 3,774 6,091 2,959 2,227 1,866 1,421 1,063 772 651 2,141 1,169 1,457

2,133

1967 1,965 2,230 2,556 2,246 1,536 1,185 872 616 453 1,041 1,421 3,224

1,612

1968 1,722 2,914 1,629 1,389 1,041 753 523 510 536 840 1,015 3,489

1,364

1969 3,288 1,910 2,243 1,760 1,434 1,086 792 552 462 686 1,990 4,896

1,758

1970 4,784 2,975 2,195 2,000 1,677 1,271 939 673 478 1,153 1,054 1,025

1,685

1971 2,361 3,004 1,629 1,495 1,284 961 785 581 699 955 1,293 1,367

1,368

1972 1,837 3,927 1,779 1,549 1,271 967 788 568 498 699 2,927 3,128

1,662

1973 2,678 2,777 2,470 1,773 1,425 1,130 849 619 530 801 3,250 4,669

1,914

1974 6,839 2,646 3,544 2,444 2,019 1,546 1,162 872 792 798 961 3,892

2,293

1975 2,230 3,454 2,463 2,105 1,616 1,223 1,003 725 504 670 985 1,722

1,558

1976 2,273 3,410 4,309 3,256 2,111 1,297 868 650 593 915 1,267 2,583

1,961

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ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

média

1977 3,376 4,742 3,055 2,738 2,089 1,509 975 710 695 1,043 1,524 2,351

2,067

1978 5,696 4,272 8,077 5,220 3,392 1,874 1,379 1,083 939 1,031 1,364 2,686

3,084

1979 4,627 5,091 3,352 3,734 2,841 1,696 1,140 896 928 936 1,190 1,303

2,311

1980 2,540 5,388 6,532 4,744 2,219 1,473 1,153 889 850 880 1,120 2,099

2,491

1981 3,595 4,023 3,734 4,070 2,427 1,302 948 741 620 709 1,224 2,136

2,128

1982 3,608 6,518 6,004 4,634 3,199 1,662 1,099 824 864 947 1,002 1,281

2,637

1983 3,111 5,383 4,017 3,226 1,643 1,195 873 701 646 835 1,133 2,061

2,069

1984 2,708 2,639 3,646 4,061 2,727 1,444 855 588 676 820 1,202 1,947

1,943

1985 3,518 4,611 3,947 4,138 2,737 1,384 1,006 778 716 842 1,279 1,538

2,208

1986 3,872 4,703 4,393 3,558 2,494 1,338 911 726 736 1,240 1,358 1,663

2,249

1987 2,839 3,570 3,894 3,176 2,031 1,176 769 619 573 571 1,036 2,482

1,894

1988 3,525 3,991 5,355 4,403 2,707 1,577 994 700 577 711 1,266 2,791

2,383

1989 3,695 4,860 5,143 4,278 2,984 1,500 1,099 840 740 790 1,292 2,933

2,513

1990 4,602 4,466 5,805 3,401 2,539 1,710 1,046 813 597 898 1,136 1,735

2,396

1991 3,777 5,130 4,935 4,976 1,735 1,300 1,134 1,047 1,044 1,100 1,655 2,102

2,495

1992 2,687 4,333 3,905 3,505 1,984 1,364 1,043 906 1,009 1,101 1,386 2,300

2,127

1993 2,808 3,753 4,360 3,027 1,653 1,125 876 742 705 820 1,077 1,851

1,900

1994 4,284 4,134 5,159 4,121 2,082 1,363 1,098 814 707 823 1,080 1,858

2,294

1995 4,659 5,048 5,016 4,770 3,723 2,002 1,248 911 796 886 1,157 2,327

2,712

1996 2,990 3,154 3,543 3,544 2,464 1,435 946 758 698 842 1,435 1,802

1,968

1997 3,348 4,213 4,834 4,911 2,983 1,671 1,074 797 722 747 874 1,445

2,302

1998 1,670 2,659 3,859 2,341 1,487 917 665 554 526 654 1,184 2,116

1,553

1999 3,035 2,653 3,677 2,382 1,951 1,091 755 570 578 629 1,141 1,927

1,699

2000 4,086 4,710 5,464 3,864 2,143 1,212 864 677 701 711 1,300 2,534

2,356

2001 3,090 3,002 3,858 3,084 1,731 1,218 810 605 626 794 1,237 3,269

1,944

2002 5,185 4,598 4,205 3,033 1,733 1,155 876 729 709 774 1,147 1,661

2,150

2003 3,371 4,819 4,823 5,211 2,822 1,789 1,141 849 769 1,211 1,615 2,205

2,552

2004 3,262 5,708 6,732 4,789 2,834 1,715 1,235 940 847 953 1,436 1,766

2,685

2005 2,948 4,254 5,361 4,159 2,546 1,471 1,019 771 726 895 1,090 3,438

2,390

2006 5,768 4,570 5,032 6,041 3,002 1,608 1,163 921 845 1,212 1,734 2,792

2,891

2007 3,769 6,005 5,429 3,115 2,082 1,350 1,001 822 751 822 1,126 2,704

2,415

2008 3,816 5,487 5,735 4,702 2,903 1,652 1,124 852 745 904 1,378 2,909

2,684

média 3,850 4,127 4,292 3,037 2,065 1,412 1,036 789 716 1,038 1,664 2,880

2,242

mínimo 1,670 1,616 1,629 1,389 1,041 753 523 501 328 443 616 772

1,364

máximo 8,251 7,405 9,212 6,041 3,723 2,002 1,476 1,108 1,150 3,429 5,349 10,662

3,135

2.6 Curvas de Permanência de Vazões A partir da série de vazões médias mensais revisada, foi gerada a nova curva de permanência de vazões para a UHE Teles Pires, apresentada na Figura 13 e na Tabela 5.

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Figura 13 – Gráfico de Permanência de Vazões Médias Mensais do Rio Teles Pires na UHE Teles Pires

Tabela 5 – Permanência de Vazões Médias Mensais do Rio Teles Pires na UHE Teles Pires

Permanência Vazão (m³/s) Permanência Vazão (m³/s) 5% 5.470 55% 1.488

10% 4.703 60% 1.316

15% 4.017 65% 1.186

20% 3.543 70% 1.092

25% 3.086 75% 983

30% 2.738 80% 896

35% 2.470 85% 812

40% 2.150 90% 734

45% 1.911 95% 646

50% 1.680 99% 505

100

1.000

10.000

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

va

zão

(m

³/s)

probabilidade de excedência

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3 ESTUDO DE VAZÕES EXTREMAS 3.1 Vazões Máximas Em virtude da proximidade entre a estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo (17380000), localizado no rio Teles Pires, e o local do empreendimento, onde não se dispõe de série de dados de vazões máximas diárias, optou-se por calcular as cheias no local da estação fluviométrica, e transferi-las para o local da UHE Teles Pires. Para a nova série de vazões médias diárias de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, sem a utilização de preenchimentos no histórico de cotas, conforme havia sido feito nos estudos de viabilidade, a série de valores máximos apresenta apenas 20 valores. Devido a esta amostra ser muito curta, foi feita a extensão da série de vazões máximas com base em correlações dos valores máximos diários mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e nas estações de Indeco e Santa Rosa. As correlações são apresentadas nos gráficos das Figuras 14 e 15.

Figura 14 – Correlação Entre as Vazões Máximas Diárias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e

Indeco

y = 1.9655x - 286.7682R² = 0.9855

0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

0 500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 4,000

va

zõe

s m

áxi

ma

s m

en

sais

em

Ju

san

te F

oz

Pe

ixo

to d

e A

zev

ed

o (

m³/

s)

vazões máximas mensais em Indeco (m³/s)

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Figura 15 – Correlação Entre as Vazões Máximas Diárias Mensais em Jusante Foz Peixoto de Azevedo e

Santa Rosa A amostra de vazões máximas obtida do histórico de vazões médias diárias, bem como os preenchimentos realizados para a estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo são apresentadas na Tabela 6. Tabela 6 – Vazões Máximas no Ano Hidrológico em Indeco, Jusante Foz Peixoto de Azevedo e

Santa Rosa, Rio Teles Pires

Ano Hidrológico Indeco Jusante Foz Peixoto de Azevedo Santa Rosa

1975-1976 2.299 4.232* - 1976-1977 2.404 4.438* - 1977-1978 3.985 7.546* - 1978-1979 - - - 1979-1980 - - - 1980-1981 2.381 4.266 - 1981-1982 3.157 5.918* - 1982-1983 2.785 5.187* 7.629 1983-1984 2.086 4.215 7.463 1984-1985 2.569 4.763* - 1985-1986 2.457 4.541 - 1986-1987 2.092 3.914 6.738 1987-1988 2.809 5.234 8.337

y = 0.6301x - 94.0985R² = 0.9637

0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000 9,000 10,000

va

zõe

s m

áxi

ma

s m

en

sais

em

Ju

san

te F

oz

Pe

ixo

to d

e A

zev

ed

o (

m³/

s)

vazões máximas mensais em Santa Rosa (m³/s)

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Ano Hidrológico Indeco Jusante Foz Peixoto de Azevedo Santa Rosa

1988-1989 2.653 5.000 7.782 1989-1990 3.450 6.494* 9.455 1990-1991 - 5.429** 8.765 1991-1992 - - - 1992-1993 - 4.757** 7.699 1993-1994 2.718 5.055* 7.602 1994-1995 2.875 5.135 7.477 1995-1996 2.018 3.742 6.375 1996-1997 2.857 5.180 8.143 1997-1998 2.178 3.793 - 1998-1999 1.962 3.742 5.926 1999-2000 2.979 5.522 8.254 2000-2001 2.052 3.853 6.822 2001-2002 2.912 5.378 8.655 2002-2003 2.712 5.270 9.607 2003-2004 3.601 6.512 - 2004-2005 2.718 5.369 - 2005-2006 3.101 5.808* 8.309 2006-2007 3.456 6.557 8.627 2007-2008 3.034 5.594 8.392 2008-2009 - 4.163 - máximo 3.985 7.546 9.607 média 2.725 5.052 7.903

* valores de máxima preenchidos por correlação com a estação fluviométrica de Indeco. ** valores de máxima preenchidos por correlação com a estação fluviométrica de Santa Rosa. Após definida a amostra de valores máximos anuais, ano hidrológico, foi utilizado o software SEAF – Sistema Especialista em Análise de Frequência, desenvolvido por Márcio de Oliveira Cândido no Programa de mestrado dos Departamentos de Engenharia Sanitária e Ambiental e Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais. O software testa 8 distribuições de frequência de valores máximos e indica aquelas que podem ser descartadas e aquelas que apresentam os melhores ajustes. Não obstante a avaliação do software, as distribuições mais recomendadas foram plotadas junto aos dados de vazão máxima no gráfico da Figura 16 para a análise visual do ajuste das distribuições. Os valores obtidos para as três distribuições são apresentados na Tabela 7.

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Figura 16 – Ajuste de Distribuições Estatísticas às Vazões Máximas do Rio Teles Pires em Jusante Foz

Peixoto de Azevedo

Tabela 7 – Vazões Máximas na Estação Fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, rio Teles Pires

Tempo de Retorno (anos)

Vazão (m³/s) Gumbel Exponencial Log-Normal

2 4.898 4.764 4.971 5 5.726 5.623 5.794

10 6.274 6.273 6.278 25 6.966 7.131 6.838 50 7.480 7.781 7.226

100 7.990 8.430 7.594 500 9.169 9.939 8.396

1000 9.675 10.588 8.727 5000 10.851 12.096 9.472

10000 11.357 12.746 9.785 A distribuição Gumbel foi escolhida para a geração das vazões máximas para os estudos da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, considerando-se três motivos: foi a distribuição mais recomendada pelo SEAF; foi considerada a distribuição com melhor ajuste visual aos pontos observados; e é a distribuição recomendada para este tipo de estudo pelas publicações da Eletrobrás, devido ao coeficiente de assimetria da amostra ser inferior a 1,5.

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

11000

12000

13000

14000

1 10 100 1000 10000

va

zão

(m

³/s)

tempo de retorno (anos)

posição de plotagem Gumbel Exponencial 2P Log-Normal

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Para a transformação das informações de vazão média diária em cheia instantânea foi utilizada a majoração pelo coeficiente de Füller, dado pela seguinte equação:

� !"# � � · $1 � 2,66%&�,�'

onde: AD = área de drenagem da estação fluviométrica (km²); QINST = vazão instantânea (m3/s); Q = vazão média diária (m3/s). O coeficiente de Füller obtido para a estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, com área de drenagem de 81.858 km², é igual a 1,089. Para o transporte das vazões das cheias da estação fluviométrica para o local da UHE Teles Pires foi utilizado o mesmo multiplicador utilizado na geração da série de vazões médias mensais, ponderado pela proporção entre as áreas de drenagem, e igual a 1,108. Na Tabela 8 são apresentados os dados de vazões máximas para a UHE Teles Pires.

Tabela 8 – Vazões Máximas Instantâneas na UHE Teles Pires, rio Teles Pires

Tempo de Retorno (anos) Vazão máxima (m³/s) sem coeficiente de Füller

Vazão máxima instantânea (m³/s)

2 5.427 5.910 5 6.344 6.909

10 6.951 7.570 25 7.719 8.406 50 8.288 9.026

100 8.853 9.641 500 10.159 11.063 1000 10.720 11.674 5000 12.023 13.093

10000 12.584 13.704 3.2 Verificação de Consistência A revisão dos estudos de vazões máximas apresentou valores inferiores aos anteriormente obtidos, tendo como referência os estudos de inventário e os estudos de viabilidade apresentados pela EPE, elaborado junto ao consórcio Leme/Concremat. A vazão decamilenar calculada nesta nota técnica é de 13.704 m³/s, que comparada dos estudos de viabilidade, de 14.438 m³/s, representa uma redução de apenas 5%. As séries de vazão máxima anual utilizadas nos três estudos foram colocadas lado a lado, conforme apresentado na Tabela 9.

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Tabela 9 – Vazões Máximas Anuais (Ano Hidrológico ou Ano Civil) em Jusante Foz Peixoto de

Azevedo Utilizadas em Três Diferentes Estudos da UHE Teles Pires

Ano Hidrológico Esta Nota Técnica Estudo Viabilidade Leme/Concremat Ano Inventário

1975-1976 4.232* 4.314 1976 4.276 1976-1977 4.438* 4.548 1977 4.484 1977-1978 7.546* 6.812 1978 7.628 1978-1979 - 6.144 1979 5.918 1979-1980 - - 1980 6.421 1980-1981 4.266 4.260 1981 4.328 1981-1982 5.918* 6.291 1982 5.981 1982-1983 5.187* 4.769 1983 5.242 1983-1984 4.215 4.211 1984 4.275 1984-1985 4.763* 4.105 1985 4.812 1985-1986 4.541 4.667 1986 4.614 1986-1987 3.914 3.904 1987 3.970 1987-1988 5.234 5.275 1988 5.323 1988-1989 5.000 4.957 1989 5.080 1989-1990 6.494* 6.994 1990 6.564 1990-1991 5.429** 5.725 1991 6.130 1991-1992 - - 1992 4.175 1992-1993 4.757** 4.826 1993 5.492 1993-1994 5.055* 4.961 1994 5.015 1994-1995 5.135 5.165 1995 5.230 1995-1996 3.742 3.736 1996 4.022 1996-1997 5.180 5.218 1997 5.267 1997-1998 3.793 3.783 1998 3.850 1998-1999 3.742 3.736 1999 3.890 1999-2000 5.522 5.585 2000 5.725 2000-2001 3.853 3.839 2001 3.994 2001-2002 5.378 5.425 2002 5.474 2002-2003 5.270 5.314 2003 5.361 2003-2004 6.512 6.692 2004 7.326 2004-2005 5.369 5.415 2005 - 2005-2006 5.808* 6.159 2006 - 2006-2007 6.557 6.749 2007 - 2007-2008 5.594 - 2008 - 2008-2009 4.163 - 2009 - Máximo 7.546 6.994 - 7.628 Média 5.052 5.119 - 5.168

* valores de máxima preenchidos por correlação com a estação fluviométrica de Indeco; ** valores de máxima preenchidos por correlação com a estação fluviométrica de Santa Rosa Não foram observadas grandes discrepâncias, porém, a amostra utilizada nesta nota técnica apresenta dados a mais, nos anos mais recentes, com valores próximos ou abaixo da média da

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amostra. A diferença nos estudos se deve principalmente ao próprio ajuste da distribuição, que em todos os estudos comparados foi a distribuição de Gumbel para máximos. 4 ESTUDOS DE RESERVATÓRIO 4.1 Estudo de Remanso

4.1.1 Caracterização do Trecho Estudado O trecho do rio Teles Pires, onde será formado o reservatório da UHE Teles Pires, pode ser dividido em duas partes com características distintas. A primeira parte compreende o trecho entre a barragem e o meio do reservatório, aproximadamente, com cerca de 35,0 km de extensão. Neste primeiro trecho o rio apresenta-se com forte declividade, encachoeirado, apresentando vários controles hidráulicos, fundo majoritariamente rochoso em muitos locais, com vários afloramentos. Este trecho é mais característico entre as seções transversais de TPI-31 até o eixo da barragem. O segunda parte do reservatório, com cerca de 35,0 km também, caracteriza-se por uma calha fluvial menos rochosa, com a presença de ilhas e bancos de areia, região de morfologia fluvial moldada pelos controles hidráulicos presentes a jusante do trecho e pelas vazões dominantes no rio Teles Pires. Este trecho é observado entre as seções transversais TPI-17 e TPI-29.

4.1.2 Calibração do Modelo Matemático A calibração do modelo matemático levou em consideração as linhas d’água instantâneas levantadas em campo e valores físicos bibliográficos para o coeficiente de rugosidade da equação Manning. Na etapa de calibração, contatou-se um comportamento diferenciado entre os dois trechos distintos do rio, descritos no item anterior. Houve também uma dificuldade quanto à distinção entre o final da calha e início da planície de inundação, devido à presença de rocha até partes mais altas das seções transversais. Foi adotado um valor único para o coeficiente de rugosidade de Manning, em toda a seção transversal. A dificuldade quanto aos controles hidráulicos presentes na calha fluvial (corredeiras e cachoeiras) levaram à adoção de 3 seções transversais intermediárias levantadas a partir dos dados de topografia e com o fundo do rio ajustado para se obter a linha d’água de calibração. Dentre as várias tentativas de calibração, para os melhores ajustes da linha d’água, foram obtidos os coeficientes de rugosidade de manning apresentados na Tabela 10. Nas Tabelas 11, 12, 13 e 14, são apresentados os valores de linha d’água observados e simulados.

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Tabela 10 – Coeficientes de Rugosidade de Manning Obtidos na Calibração do Estudo de Remanso do Reservatório da UHE São Manoel para Diversos Perfis de Linha d’Água

Data do NA 22-ago-08 28-mai-08 11-dez-08 04-fev-08 Vazão (m³/s) 737 2169 3166 4977

Seção Rugosidade equação de Manning 17 0,010 0,050 0,050 0,050 18 0,010 0,050 0,050 0,050 19 0,010 0,050 0,050 0,050 20 0,005 0,010 0,010 0,020 21 0,005 0,010 0,010 0,030 22 0,010 0,010 0,010 0,030 23 0,010 0,015 0,010 0,040 24 0,010 0,025 0,010 0,040 25 0,015 0,035 0,035 0,035 26 0,010 0,010 0,010 0,010 27 0,015 0,015 0,015 0,015 28 0,015 0,015 0,015 0,015 29 0,025 0,040 0,030 0,040 32 0,900 0,150 0,100 0,100 33 0,600 0,300 0,300 0,300 35 0,100 0,050 0,040 0,070 36 0,100 0,050 0,035 0,040 38 0,100 0,050 0,035 0,040 39 0,100 0,050 0,040 0,040 40 0,100 0,050 0,040 0,040

Tabela 11 – Níveis d’Água Observados (em 22/08/2008) e Simulados, Vazão de 737 m³/s

Seção Observado Simulado Diferença TPI-17 217,80 217,98 0,18 TPI-19 217,93 218,03 0,10 TPI-20 217,57 218,02 0,45 TPI-21 217,59 217,97 0,38 TPI-22 217,70 217,85 0,15 TPI-23 217,46 217,54 0,08 TPI-24 217,14 217,41 0,27 TPI-25 217,48 217,19 -0,29 TPI-26 217,09 216,86 -0,23 TPI-27 216,45 216,26 -0,19 TPI-28 - 216,23 - TPI-29 216,63 216,08 -0,55 TPI-32 214,02 214,09 0,07 TPI-33 200,60 198,80 -1,80 TPI-35 197,62 197,62 0,00 TPI-36 - 197,35 - TPI-38 - 196,82 - TPI-39 196,50 196,50 0,00

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Tabela 12 – Níveis d’Água Observados (em 28/05/2008) e Simulados, Vazão de 2.169 m³/s

Seção Observado Simulado Diferença TPI-19 - 220,12 - TPI-20 - 220,08 - TPI-21 219,41 220,04 0,63 TPI-22 - 219,94 - TPI-23 - 219,72 - TPI-24 - 219,41 - TPI-25 219,13 218,88 -0,25 TPI-26 - 218,58 - TPI-27 218,06 218,32 0,26 TPI-28 - 218,27 - TPI-29 218,09 218,01 -0,08 TPI-32 - 213,53 - TPI-33 203,14 200,71 -2,43 TPI-35 199,82 199,65 -0,17 TPI-36 - 199,36 - TPI-38 - 198,88 - TPI-39 198,53 198,53 0,00

Tabela 13 – Níveis d’Água Observados (em 11/12/2008) e Simulados, Vazão de 3.166 m³/s

Seção Observado Simulado Diferença TPI-19 220,55 220,41 -0,14 TPI-20 220,1 220,35 0,25 TPI-21 220,08 220,28 0,20 TPI-22 220,11 220,1 -0,01 TPI-23 219,85 219,66 -0,19 TPI-24 219,5 219,66 0,16 TPI-25 219,79 219,44 -0,35 TPI-26 - 219,08 - TPI-27 218,7 218,74 0,04 TPI-28 - 218,66 - TPI-29 218,62 218,31 -0,31 TPI-32 215,02 214,48 -0,54 TPI-33 203,71 201,38 -2,33 TPI-35 200,34 200,08 -0,26 TPI-36 199,68 199,72 0,04 TPI-38 199,17 199,33 0,16 TPI-39 198,94 198,94 0,00

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Tabela 14 – Níveis d’Água Observados (em 04/02/2008) e Simulados, Vazão de 4.977 m³/s

Seção Observado Simulado Diferença TPI-19 223,92 223,89 -0,03 TPI-20 223,48 223,80 0,32 TPI-21 - 223,72 - TPI-22 - 223,34 - TPI-23 223,07 222,88 -0,19 TPI-24 - 222,22 - TPI-25 - 221,69 - TPI-26 - 221,56 - TPI-27 221,69 221,42 -0,27 TPI-28 221,21 221,34 0,13 TPI-29 221,41 221,07 -0,34 TPI-32 - 218,06 - TPI-33 207,10 206,76 -0,34 TPI-35 204,59 204,25 -0,34 TPI-36 - 203,76 - TPI-38 - 203,39 - TPI-39 203,14 203,14 0,00

A análise das informações permite observar alguns valores muito altos para o coeficiente de rugosidade, obtidos para a calibração do modelo, na tentativa de simular as diversas corredeiras e singularidades hidráulicas do escoamento do rio Teles Pires. Analisando-se os níveis d’água observados e simulados, foram obtidas diferenças acima do que se pode considerar aceitável para a calibração adequada. Devido aos valores obtidos para o coeficiente de rugosidade de manning terem sidos muito dispersos, foram adotados valores bibliográficos para as simulações da condição de reservatório. Este fato parte do princípio de que é mais fácil ser encontrado algum erro na medição da linha d’água do que o erro de levantamento de toda uma seção transversal (que abrange a locação inicial, implantação de marco, levantamento de calha e topografia). Entre as seções TPI-17 e TPI-29 foi adotado o valor de 0,040 para o coeficiente de rugosidade de Manning. Para o trecho entre as seções TPI-31 e o eixo da barragem, foi ajustado o valor de 0,050 para o coeficiente de rugosidade de Manning. Estes valores estão de acordo com as recomendações do item 3.9, tabela 3.2 – coeficientes de rugosidade, da publicação Critérios de Projeto Civil de Usinas Hidrelétricas, da Eletrobrás, de outubro/2003.

4.1.3 Simulação do Reservatório O estudo de remanso realizado no âmbito dos estudos de viabilidade foi feito com o software HEC-RAS. Para esta revisão foi utilizado o mesmo software, sem realizar uma nova calibração do modelo matemático. Foi feita apenas a etapa de simulação, devido à modificação da série de vazões médias mensais e das vazões máximas. Para a simulação do modelo matemático HEC-RAS, foram selecionadas as vazões de referência apresentadas na Tabela 15. Para a condição natural do rio Teles Pires na UHE Teles Pires foram

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simuladas as diversas vazões partindo-se da elevação do nível d’água obtido com a aplicação da curva-chave logo a jusante do eixo da barragem da UHE Teles Pires. Para condição de simulação com o reservatório foi utilizada a elevação 220,0 m. Tabela 15 – Dados de Entrada do Software HEC-RAS: Vazões de Referência e Níveis d’Água de

Partida para a Modelagem Matemática

Especificação Vazão (m³/s) N.A. Natural (m) N.A. Reservatório (m) Q mín.mensal 328 154,66 220,00

Q95 646 156,07 220,00

Q90 734 156,40 220,00

QMLT 2242 160,25 220,00

TR=50 9026 169,11 220,00

TR=100 9641 169,70 220,00

Q máx.mensal 10662 170,63 220,00

TR=10000 13704 173,15 220,00 Os resultados das simulações com as vazões simuladas são apresentados nas Tabelas 16 a 23 e nas Figuras 17 a 24. Os mapas com a mancha de inundação para os tempos de retorno de 50 e 100 anos são apresentados no Anexo 4. Não há interferência com infraestrutura ou usuários da água. À exceção de algumas pousadas, não há ocupação na zona de remanso do reservatório da UHE Teles Pires.

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Tabela 16 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Mínima Mensal (328 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 218,94 0,31 220,20 0,19 TPI - 18 71,50 218,72 0,57 220,15 0,23 TPI - 19 69,80 218,72 0,12 220,15 0,11 TPI - 20 67,43 218,72 0,15 220,15 0,11 TPI - 21 65,16 218,68 0,28 220,14 0,14 TPI - 22 60,06 218,39 0,26 220,11 0,13 TPI - 23 57,79 218,16 0,60 220,08 0,23 TPI - 24 55,55 217,82 0,33 220,06 0,13 TPI - 25 53,45 217,63 0,32 220,05 0,13 TPI - 26 50,41 217,32 0,36 220,04 0,12 TPI - 27 44,91 215,71 0,81 220,02 0,11 TPI - 28 42,73 215,29 0,34 220,02 0,09 TPI - 29 36,11 214,52 0,48 220,01 0,07 TPI - 31 31,71 213,51 0,35 220,01 0,09 TPI - 32 29,50 213,44 0,15 220,00 0,05 TPI - 33 17,82 195,29 0,21 220,00 0,02 TPI - 35 14,16 195,25 0,29 220,00 0,02 TPI - 36 12,63 195,20 0,34 220,00 0,02 TPI - 38 9,98 195,13 0,27 220,00 0,02 TPI - 39 8,15 195,10 0,27 220,00 0,01 TPI - 40 6,87 195,05 0,34 220,00 0,01 barragem 0,00 154,66 0,71 220,00 0,01

Figura 17 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Mínima Mensal (328 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

0 10 20 30 40 50 60 70

ele

va

ção

(m

)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 17 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 95% de Permanência (646 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 219,93 0,42 220,63 0,33 TPI - 18 71,50 219,61 0,62 220,51 0,39 TPI - 19 69,80 219,61 0,22 220,50 0,20 TPI - 20 67,43 219,60 0,24 220,49 0,21 TPI - 21 65,16 219,54 0,34 220,47 0,24 TPI - 22 60,06 219,25 0,35 220,37 0,24 TPI - 23 57,79 218,96 0,75 220,29 0,42 TPI - 24 55,55 218,55 0,43 220,23 0,24 TPI - 25 53,45 218,34 0,45 220,20 0,25 TPI - 26 50,41 217,98 0,48 220,16 0,23 TPI - 27 44,91 216,63 0,73 220,09 0,21 TPI - 28 42,73 216,30 0,43 220,08 0,18 TPI - 29 36,11 215,54 0,55 220,06 0,14 TPI - 31 31,71 214,07 0,56 220,02 0,18 TPI - 32 29,50 213,87 0,28 220,01 0,09 TPI - 33 17,82 196,40 0,39 220,00 0,04 TPI - 35 14,16 196,31 0,43 220,00 0,04 TPI - 36 12,63 196,20 0,58 220,00 0,03 TPI - 38 9,98 196,04 0,45 220,00 0,03 TPI - 39 8,15 195,95 0,46 220,00 0,02 TPI - 40 6,87 195,85 0,48 220,00 0,02 barragem 0,00 156,07 1,05 220,00 0,02

Figura 18 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 95% de Permanência (646 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

0 10 20 30 40 50 60 70

ele

va

ção

(m

)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 18 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 90% de Permanência (734 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 220,13 0,44 220,76 0,36 TPI - 18 71,50 219,81 0,62 220,62 0,42 TPI - 19 69,80 219,80 0,24 220,61 0,23 TPI - 20 67,43 219,79 0,27 220,60 0,23 TPI - 21 65,16 219,73 0,36 220,57 0,27 TPI - 22 60,06 219,43 0,37 220,46 0,27 TPI - 23 57,79 219,13 0,78 220,37 0,46 TPI - 24 55,55 218,72 0,45 220,30 0,27 TPI - 25 53,45 218,50 0,47 220,26 0,28 TPI - 26 50,41 218,13 0,51 220,21 0,25 TPI - 27 44,91 216,84 0,72 220,12 0,24 TPI - 28 42,73 216,53 0,45 220,10 0,20 TPI - 29 36,11 215,77 0,56 220,07 0,16 TPI - 31 31,71 214,22 0,60 220,03 0,20 TPI - 32 29,50 213,98 0,31 220,01 0,10 TPI - 33 17,82 196,66 0,43 220,00 0,05 TPI - 35 14,16 196,56 0,46 220,00 0,04 TPI - 36 12,63 196,43 0,63 220,00 0,04 TPI - 38 9,98 196,25 0,49 220,00 0,04 TPI - 39 8,15 196,14 0,51 220,00 0,02 TPI - 40 6,87 196,04 0,51 220,00 0,02 barragem 0,00 156,40 1,13 220,00 0,03

Figura 19 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 90% de Permanência (734 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

0 10 20 30 40 50 60 70

ele

va

ção

(m

)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 19 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Média de Longo Termo (2.242 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 222,54 0,71 222,91 0,66 TPI - 18 71,50 222,26 0,73 222,71 0,65 TPI - 19 69,80 222,19 0,63 222,65 0,61 TPI - 20 67,43 222,13 0,55 222,60 0,51 TPI - 21 65,16 222,02 0,57 222,51 0,51 TPI - 22 60,06 221,63 0,62 222,23 0,54 TPI - 23 57,79 221,25 1,09 221,99 0,91 TPI - 24 55,55 220,88 0,71 221,74 0,58 TPI - 25 53,45 220,62 0,78 221,58 0,64 TPI - 26 50,41 220,20 0,78 221,37 0,60 TPI - 27 44,91 219,22 0,91 220,91 0,59 TPI - 28 42,73 218,91 0,75 220,79 0,54 TPI - 29 36,11 218,08 0,75 220,58 0,45 TPI - 31 31,71 216,24 1,12 220,25 0,59 TPI - 32 29,50 215,38 0,75 220,09 0,31 TPI - 33 17,82 200,08 1,06 220,02 0,14 TPI - 35 14,16 199,75 0,83 220,01 0,13 TPI - 36 12,63 199,44 1,32 220,01 0,11 TPI - 38 9,98 198,94 1,00 220,00 0,11 TPI - 39 8,15 198,54 1,17 220,00 0,06 TPI - 40 6,87 198,25 0,88 220,00 0,06 barragem 0,00 160,25 2,05 220,00 0,08

Figura 20 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Média de Longo Termo (2.242 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

0 10 20 30 40 50 60 70

elev

ação

(m)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 20 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 50 Anos de Período de Retorno (9.026 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 228,52 1,17 228,56 1,17 TPI - 18 71,50 228,28 1,10 228,33 1,10 TPI - 19 69,80 228,01 1,47 228,06 1,47 TPI - 20 67,43 227,77 1,12 227,82 1,11 TPI - 21 65,16 227,59 0,94 227,65 0,93 TPI - 22 60,06 227,15 1,00 227,22 1,00 TPI - 23 57,79 226,71 1,74 226,78 1,73 TPI - 24 55,55 226,44 0,92 226,53 0,91 TPI - 25 53,45 226,13 1,31 226,23 1,29 TPI - 26 50,41 225,69 1,18 225,81 1,16 TPI - 27 44,91 225,02 0,79 225,19 0,77 TPI - 28 42,73 224,71 0,89 224,90 0,85 TPI - 29 36,11 223,63 1,17 223,95 1,12 TPI - 31 31,71 221,68 1,87 222,35 1,65 TPI - 32 29,50 219,26 1,46 221,17 1,04 TPI - 33 17,82 209,74 2,05 220,24 0,55 TPI - 35 14,16 208,24 1,46 220,15 0,51 TPI - 36 12,63 207,25 2,54 220,13 0,43 TPI - 38 9,98 205,34 2,16 220,07 0,44 TPI - 39 8,15 204,04 2,16 220,06 0,25 TPI - 40 6,87 203,35 1,71 220,05 0,25 barragem 0,00 169,11 3,75 220,00 0,31

Figura 21 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 50 Anos de Período de Retorno (9.026 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

0 10 20 30 40 50 60 70

elev

ação

(m)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 21 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 100 Anos de Período de Retorno (9.641 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório

transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s) TPI - 17 73,76 228,87 1,20 228,91 1,20 TPI - 18 71,50 228,62 1,14 228,67 1,13 TPI - 19 69,80 228,35 1,53 228,39 1,52 TPI - 20 67,43 228,09 1,16 228,14 1,15 TPI - 21 65,16 227,90 0,97 227,96 0,96 TPI - 22 60,06 227,46 1,04 227,53 1,03 TPI - 23 57,79 227,00 1,80 227,07 1,78 TPI - 24 55,55 226,73 0,94 226,82 0,93 TPI - 25 53,45 226,42 1,35 226,51 1,34 TPI - 26 50,41 225,96 1,22 226,08 1,20 TPI - 27 44,91 225,29 0,80 225,45 0,78 TPI - 28 42,73 224,99 0,89 225,17 0,85 TPI - 29 36,11 223,92 1,21 224,21 1,16 TPI - 31 31,71 221,91 1,91 222,55 1,71 TPI - 32 29,50 219,46 1,50 221,30 1,09 TPI - 33 17,82 210,52 1,99 220,27 0,59 TPI - 35 14,16 209,15 1,41 220,17 0,55 TPI - 36 12,63 208,22 2,39 220,14 0,45 TPI - 38 9,98 205,91 2,16 220,08 0,47 TPI - 39 8,15 204,42 2,19 220,07 0,27 TPI - 40 6,87 203,71 1,75 220,06 0,27 barragem 0,00 169,70 3,85 220,00 0,33

Figura 22 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 100 Anos de Período de Retorno (9.641 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

0 10 20 30 40 50 60 70

elev

ação

(m)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 22 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Máxima Mensal (10.662 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s)

TPI - 17 73,76 229,42 1,26 229,46 1,25 TPI - 18 71,50 229,16 1,19 229,21 1,18 TPI - 19 69,80 228,87 1,61 228,92 1,60 TPI - 20 67,43 228,60 1,22 228,65 1,21 TPI - 21 65,16 228,41 1,01 228,46 1,01 TPI - 22 60,06 227,95 1,09 228,01 1,08 TPI - 23 57,79 227,46 1,89 227,53 1,88 TPI - 24 55,55 227,19 0,98 227,28 0,97 TPI - 25 53,45 226,87 1,42 226,96 1,41 TPI - 26 50,41 226,40 1,28 226,51 1,26 TPI - 27 44,91 225,73 0,82 225,88 0,80 TPI - 28 42,73 225,44 0,89 225,61 0,86 TPI - 29 36,11 224,37 1,26 224,63 1,23 TPI - 31 31,71 222,29 1,98 222,87 1,79 TPI - 32 29,50 219,85 1,54 221,52 1,17 TPI - 33 17,82 211,48 1,93 220,33 0,65 TPI - 35 14,16 209,90 1,43 220,21 0,60 TPI - 36 12,63 208,94 2,39 220,18 0,50 TPI - 38 9,98 206,57 2,20 220,10 0,52 TPI - 39 8,15 205,00 2,24 220,08 0,30 TPI - 40 6,87 204,23 1,83 220,07 0,30 barragem 0,00 170,63 3,99 220,00 0,37

Figura 23 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão Máxima Mensal (10.662 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

0 10 20 30 40 50 60 70

ele

vaçã

o (

m)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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Tabela 23 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 10.000 Anos de Período de Retorno (13.704 m³/s)

Seção Distância ao Condição natural Com reservatório transversal eixo (km) N.A. (m) Velocidade (m/s) N.A. (m) Velocidade (m/s)

TPI - 17 73,76 230,90 1,39 230,94 1,39 TPI - 18 71,50 230,63 1,33 230,67 1,33 TPI - 19 69,80 230,29 1,82 230,34 1,81 TPI - 20 67,43 229,98 1,38 230,03 1,38 TPI - 21 65,16 229,77 1,14 229,82 1,13 TPI - 22 60,06 229,27 1,23 229,33 1,22 TPI - 23 57,79 228,71 2,14 228,78 2,12 TPI - 24 55,55 228,45 1,08 228,52 1,07 TPI - 25 53,45 228,08 1,61 228,16 1,60 TPI - 26 50,41 227,56 1,44 227,66 1,43 TPI - 27 44,91 226,90 0,86 227,03 0,84 TPI - 28 42,73 226,63 0,91 226,78 0,88 TPI - 29 36,11 225,56 1,42 225,78 1,39 TPI - 31 31,71 223,27 2,15 223,77 1,99 TPI - 32 29,50 220,76 1,69 222,19 1,36 TPI - 33 17,82 213,29 1,86 220,54 0,81 TPI - 35 14,16 211,85 1,50 220,34 0,77 TPI - 36 12,63 210,98 2,12 220,29 0,64 TPI - 38 9,98 208,46 2,28 220,17 0,66 TPI - 39 8,15 206,66 2,18 220,14 0,38 TPI - 40 6,87 205,64 2,01 220,12 0,38 barragem 0,00 173,15 4,38 220,00 0,47

Figura 24 - Resultados das Simulações, Níveis d’Água para a Condição Natural e Com o

Reservatório da UHE Teles Pires, Vazão com 10.000 Anos de Período de Retorno (13.704 m³/s)

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

0 10 20 30 40 50 60 70

ele

va

ção

(m

)

distância ao eixo da barragem (km)

N.A. natural fundo N.A. reservatório

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4.1.4 Rio Paranaíta A área de drenagem do rio Paranaíta é de 3.751 km² . Considerando a relação das áreas de drenagem deste rio e do rio principal, as vazões afluentes representariam cerca de 4% das vazões do rio Teles Pires no local da UHE Teles Pires, ou seja, as vazões no afluente seriam pouco impactantes nos níveis simulados para o reservatório na região de sua foz com o rio Teles Pires. Devido a este fato, foi considerado de menor importância o efeito de remanso do rio Paranaíta, isto acima da cota de 220 m, e o estudo de remanso realizado se restringiu à calha principal do rio Teles Pires. 4.2 Estudo de Enchimento do Reservatório Devido à modificação da série de vazões médias mensais, o estudo de enchimento do reservatório teve que ser refeito. Foi mantida a mesma metodologia aplicada nos estudos de viabilidade, tendo sido alterados dados de entrada da simulação, a saber: série de vazões médias mensais e vazão residual deixada para jusante durante o enchimento. Foi adotada a vazão residual de 328 m³/s, pois esta é a nova vazão mínima da série de vazões médias mensais da UHE Teles Pires. A Tabela 24 resume os resultados das simulações de enchimento do reservatório, iniciando em qualquer um dos meses do ano. Para referência de estudos, é mais interessante observar a coluna com 50% de permanência. Tabela 24 – Resultados dos Estudos de Enchimento do Reservatório, em dias, de Acordo com a

Permanência de Vazões.

Início de enchimento

Permanência (dias) 10% 50% 90%

jan 1,8 3,4 5,6

fev 2,0 2,8 4,5

mar 1,7 2,8 5,4

abr 2,4 4,5 6,4

mai 4,2 6,5 8,8

jun 7,6 9,8 13,1

jul 11,3 14,6 22,1

ago 15,7 23,3 80,5

set 17,5 27,6 59,8

out 8,9 18,5 30,7

nov 4,3 10,8 15,4

dez 2,3 4,8 9,3

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5 ESTUDOS ENERGÉTICOS 5.1 Introdução Este capítulo apresenta a análise e os resultados obtidos no Estudo de Viabilidade Energético-Econômica do Aproveitamento Hidrelétrico Teles Pires, previsto no rio Teles Pires, no estado do Mato Grosso. O UHE Teles Pires apresenta-se na divisão de quedas aprovada no estudo de Inventário do rio Teles Pires, aprovado pela ANEEL em julho de 2006. As características do Aproveitamento definidas nos Estudos de Inventário são as seguintes: nível d’água máximo normal de montante na elevação 220 m, operação a fio d´água, potência instalada igual a 1819.8 MW e 6 unidades geradoras. Os estudos de dimensionamento energético do UHE Teles Pires seguem as ”Instruções para Estudos de Viabilidade de Aproveitamentos Hidrelétricos”, da Eletrobrás, divulgado em 1997. Em virtude do novo modelo regulatório do Setor Elétrico Brasileiro, alguns critérios energéticos são esclarecidos e atualizados na Nota Técnica da EPE - EPE-DEE-RE-127/2008-R0. A metodologia utilizada consiste na avaliação dos benefícios energéticos incrementais (energia firme) advindos do aumento da motorização da usina (ou da altura da barragem, ou deplecionamento), comparando-os, posteriormente, aos custos adicionais medidos em termos de investimento, operação e manutenção. Para o dimensionamento do número de unidades e da queda de referência são considerados certos critérios de atendimento e seus respectivos impactos nos custos, esta decisão leva em conta também o contexto em que a usina deverá se inserir. De uma maneira sucinta, busca-se a otimização econômico-energética do aproveitamento, através de análise da relação custo/benefício incremental obtida a partir dos acréscimos mencionados, considerando como viável todo o acréscimo que propicie uma relação custo/benefício menor ou igual a 1 (um). As avaliações energéticas foram efetuadas utilizando o Modelo de Simulação a Usinas Individualizadas – MSUI (versão 3.1), desenvolvido pela Eletrobrás. 5.2 Dados básicos e parâmetros utilizados 5.2.1 Sistema de Referência O sistema de referência utilizado é composto por todas as usinas existentes, em estudo, ou planejadas, que interfiram ou que possam ser afetadas pela operação hidráulica da UHE Teles Pires. Desta análise resultou um conjunto composto de todas as usinas inventariadas nos rios Teles Pires, Tapajós e Apiacás. A tabela 25 a seguir apresenta o conjunto de usinas consideradas no sistema de referência. Os benefícios energéticos foram avaliados em relação a este sistema e em relação às usinas de jusante da UHE Teles Pires, a saber: São Manoel, Chacorão, Jatobá e São Luiz do Tapajós.

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Tabela 25 – Usinas de Referência Continua

Usina Rio Potência Instalada (MW) Situação 14 de Julho Das Antas 100 Construção A.A. Laydner Paranapanema 98 Operação A.S.Lima Tietê 144 Operação A.S.Oliveira Pardo 32 Operação Água Limpa Das Mortes 320 Planejada Água Vermelha Grande 1.396 Operação Aimorés Doce 330 Operação B.Brauna Pomba 39 Construção B.Coqueiros Tietê Claro 90 Construção B.Esperança Parnaíba 225 Operação Barra Grande Pelotas 698 Operação Baguari Doce 140 Construção Baixo Iguaçu Iguaçu 350 Planejada Balbina Uatumã 250 Operação Barra Bonita Tietê 140 Operação Barra Pomba Paraíba do Sul 80 Planejada Baú Doce 110 Construção Buriti Queimado Das Almas 142 Planejada Belo Monte Principal Xingu 11.000 Planejada

Belo Monte Complementar Xingu 233 Planejada

Cachoeira Parnaíba 63 Planejada

Cachoeira do Caí Jamanxim 818 Planejada

Cachoeira dos Patos Jamanxim 539 Planejada

Cachoeira Dourada Paranaíba 658 Operação

Caconde Pardo 80 Operação

Caçu Claro 65 Construção

Camargos Grande 46 Operação

Cambuci Paraíba do Sul 50 Planejada

Campos Novos Canoas 880 Operação

Cana Brava Tocantins 450 Operação

Candonga Doce 140 Operação

Canoas I Paranapanema 83 Operação

Canoas II Paranapanema 72 Operação

Capim Branco I Araguari 240 Operação

Capim Branco II Araguari 210 Operação

Capivara Paranapanema 640 Operação

Castro Alves Das Antas 130 Operação

Cachoeirão Juruena 64 Planejada

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Tabela 25 – Usinas de Referência Continuação

Usina Rio Potência Instalada (MW) Situação Castelhano Parnaíba 64 Planejada

Chacorão Tapajós 3.336 Planejada

Chavantes Paranapanema 414 Operação

Coaracy Nunes Araguari 67 Operação

Complexo P. Afonso São Francisco 4.282 Operação

Couto Magalhães Araguaia 150 Planejada

Corumbá I Corumbá 375 Operação

Corumbá III Corumbá 94 Construção

Corumbá IV Corumbá 127 Operação

Curuá Una Curuá Una 30 Operação

D.Francisca Jacuí 125 Operação

Dardanelos Aripuanã 261 Construção

E. da Cunha Pardo 109 Operação

Emborcação Paranaíba 1.192 Operação

Estreito Tocantins 1.087 Construção

Estreito Grande 1.104 Operação

Estreito Parnaíba 56 Planejada

F. Chapecó Uruguai 855 Construção

F.R.Claro Claro 67 Construção

Fontes Lajes 132 Operação

Fundão Jordão 120 Operação

Funil Paraíba do Sul 222 Operação

Funil Grande Grande 180 Operação

Furnas Grande 1.312 Operação

Garibaldi Canoas 150 Planejada

G.B.Munhoz Iguaçu 1.676 Operação

G.P.Souza Capivari 260 Operação

Guaporé Guaporé 120 Operação

Guilman Amorim Piracicaba 140 Operação

Henry Borden Pedras 888 Operação

Ibitinga Tietê 132 Operação

Igarapava Grande 210 Operação

Ilha Pombos Paraíba do Sul 187 Operação

Ilha Solteira Equivalente Paraná 4.252 Operação

Irapé Jequitinhonha 360 Operação

Itá Uruguai 1.450 Operação

Itaguaçu Claro 133 Planejada

Itaipu Paraná 14 Operação

Itaparica São Francisco 1.5 Operação

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Tabela 25 – Usinas de Referência Continuação

Usina Rio Potência Instalada (MW) Situação Itapebi Jequitinhonha 475 Operação

Itaúba Jacuí 500 Operação

Itiquira I Itiquira 61 Operação

Itiquira II Itiquira 95 Operação

Itumbiara Paranaíba 2.280 Operação

Itutinga Grande 52 Operação

Itapiranga Uruguai 725 Planejada

Jacuí Jacuí 180 Operação

Jaguará Grande 424 Operação

Jaguari Jaguari 28 Operação

Jamanxim Jamanxim 899 Planejada

Jatobá Tapajós 2.386 Planejada

Jauru Jauru 118 Operação

Jirau Madeira 3.300 Construção

Jupiá Paraná 1.551 Operação

Juruena Juruena 46 Planejada

L.N.Garcez Paranapanema 74 Operação

Lajeado Tocantins 903 Operação

M. de Moraes Grande 478 Operação

M.Claro das Antas 130 Construção

Machadinho Machadinho 1.140 Operação

Manso Manso 210 Operação

Marabá Tocantins 2.160 Planejada

Maranhão Baixo Maranhão 125 Planejada

Marimbondo Grande 1.488 Operação

Mascarenhas Doce 198 Operação

Mauá Tibagi 350 Construção

Mirador Tocantinzinho 80 Planejada

Miranda Araguari 408 Operação

Monjolinho Passo Fundo 67 Construção

N.Peçanha Ribeirão das Lajes 380 Operação

Nova Avanhandava Tietê 347 Operação

Nova Ponte Araguari 510 Operação

Novo Acordo Sono 160 Planejada

Ourinhos Paranapanema 44 Operação

P.Cavalo Paraguaçu 160 Operação

P.Estrela Santo Antônio 112 Operação

P.Fundo P.Fundo 226 Operação

P.Passos Lajes 100 Operação

P.Real Jacuí 158 Operação

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Tabela 25 – Usinas de Referência Continuação

Usina Rio Potência Instalada (MW) Situação Pai Querê Pelotas 292 Planejada

Paraibuna Paraíba do Sul 85 Operação

Paranhos Chopim 63 Planejada

Passo S. João Ijuí 77 Construção

Batalha São Marcos 54 Construção

Peixe Angical Tocantins 452 Operação

Picada Peixe 50 Operação

Piraju Paranapanema 80 Operação

Porteiras 2 Tocantins 86 Planejada

Ponte Pedra Correntes 176 Operação

Porto Colômbia Grande 328 Operação

Porto Galeano Sucuriú 139 Planejada

Porto Primavera Paraná 1.540 Operação

Promissão Tietê 264 Operação

Rosana Paranapanema 372 Operação

Samuel Jamari 216 Planejada

São Salvador Tocantins 243 Construção

São Simão Paranaíba 1.710 Operação

Serra do Facão São Marcos 213 Construção

Serra da Mesa Tocantins 1.275 Operação Quebra Queixo Chapecó 120 Operação Queimado Preto 105 Operação Retiro Baixo Paraopeba 82 Construção Riacho Seco S.Francisco 240 Planejada Ribeiro Gonçalves Parnaíba 113 Planejada

Rondon II Comemoração 74 Construção

Rosal Itabapoana 55 Operação

S.Antônio Madeira 3.150 Construção

S.Antônio do Jari Jari 100 Planejada

S.Caxias Iguaçu 1.240 Operação

S.Grande Santo Antônio 102 Operação

S.Grande Chopim 53 Operação

S.Osório Iguaçu 1.078 Operação

S.Pilão Itajaí 182 Construção

S.Santiago Iguaçu 1.420 Operação

S.Verdinho Verde 93 Construção

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Tabela 25 – Usinas de Referência Continuação

Usina Rio Potência Instalada (MW) Situação Sá Carvalho Severo 78 Operação

Salto Verde 108 Construção

São Domingos Verde 48 Planejada

São José Ijuí 51 Construção

São Luiz do Tapajós Tapajós 6.258 Planejada

São Miguel Grande 65 Planejada

São Roque Canoas 214 Planejada

Segredo Iguaçu 1260 Operação

Serra Quebrada Tocantins 1.328 Planejada

Simplício Paraíba do Sul 306 Construção

Sobradinho São Francisco 1.050 Operação

Sobragi Paraibuna 60 Operação

Sta. Clara PR Jordão 120 Operação

Sta.Branca Paraíba do Sul 56 Operação

Sta.Clara MG Mucuri 60 Operação

Tabajara Ji-Paraná 350 Planejada

Taquaruçu Paranapanema 554 Operação

Telêmaco Borba Tibagi 112 Planejada

Tijuco Alto Ribeira do Iguape 129 Planejada

Toricoejo Das Mortes 76 Planejada

Torixoréu Araguaia 408 Planejada

Três Marias São Francisco 396 Operação

Tucuruí Tocantins 8.370 Operação

Uruçuí Parnaíba 134 Planejada

Volta Grande Grande 380 Operação

Volta Grande Chopim 55 Planejada

Xingó São Francisco 3.162 Operação

Sinop Teles Pires 400 Planejada

Colider Teles Pires 300 Planejada

Teles Pires Teles Pires 1.820 Planejada

Foz do Apiacás Apiacás 230 Planejada

São Manoel Teles Pires 700 Planejada

5.2.2 Período Crítico O período crítico do Sistema Interligado Nacional adotado nos estudos compreende o período de junho de 1949 a novembro de 1956. 5.2.3 Série de vazões médias mensais A série de vazões naturais médias mensais do rio Teles Pires, no local do aproveitamento, é apresentada na Tabela 26 a seguir:

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Tabela 26 – Vazões naturais médias mensais do rio Teles Pires Continua

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 1931 2949 3873 4589 2265 2009 1562 1175 888 772 1463 1955 2770 2189

1932 2502 3189 4423 2073 1792 1383 1127 1022 811 926 1051 1194 1791 1933 5999 3573 2288 2578 1680 1290 955 693 661 757 1284 5183 2245

1934 3259 4404 3860 2642 1882 1469 1102 888 1150 1102 1476 3413 2221 1935 7682 2562 5960 2754 2080 1594 1204 884 680 1137 1226 2885 2554

1936 2038 7405 2172 1971 1549 1166 856 603 530 443 616 772 1677 1937 2789 1616 4426 2655 1642 1361 1012 731 654 932 974 5707 2042

1938 7232 3000 2486 1987 1674 1268 939 670 507 2668 1751 2757 2245 1939 2214 3432 2409 1910 1533 1319 1102 804 753 862 2646 3387 1864

1940 5915 6325 7776 3994 2470 1914 1476 1108 907 942 2668 1703 3100 1941 3202 4950 6708 2230 1872 1428 1076 1086 920 2502 1830 1680 2457

1942 3675 3867 3582 4774 2179 1693 1284 948 923 1699 2706 1556 2407 1943 4813 3499 4087 3160 1942 1488 1115 814 801 2786 2508 4119 2594

1944 1926 3384 3106 1965 1504 1166 856 603 542 811 2259 1690 1651 1945 4496 5529 6510 3588 2339 1805 1373 1022 872 1009 2892 3771 2934

1946 2294 7204 4145 2195 2537 1709 1383 1031 779 840 2642 2802 2463 1947 7351 4356 5887 2729 2144 1648 1246 920 731 1230 1629 3841 2809

1948 2508 4132 3020 2086 1648 1246 1047 760 907 1044 2348 10662 2617 1949 5570 5839 3854 2499 2019 1667 1262 936 680 2173 1207 5337 2754

1950 7296 3713 5692 2352 1827 1389 1038 750 520 967 1703 5838 2757 1951 4388 4017 9212 2355 2252 1757 1335 1003 856 769 1901 1799 2637

1952 3215 2997 2802 2406 1652 1249 923 657 482 469 926 3064 1737 1953 2655 3640 5698 1968 1642 1242 916 654 795 1271 1175 2505 2013

1954 3333 5152 6443 2188 1779 1399 1044 757 705 782 2988 1572 2345 1955 6088 2230 6452 2182 1882 1473 1105 804 565 574 645 4586 2382

1956 2208 3793 2147 2892 1968 1687 1284 990 1051 1022 5349 4020 2368 1957 3534 5497 3461 2473 1920 1546 1166 936 1108 1099 1597 3870 2351

1958 4033 2687 3323 2815 1926 1482 1182 868 712 846 2208 4835 2243 1959 8251 3713 6791 2499 2041 1604 1252 942 699 667 4801 4356 3135

1960 5346 5228 3004 2566 1910 1460 1092 798 558 907 1469 3512 2321 1961 5535 3106 5267 2188 1936 1485 1115 955 709 811 1306 4912 2444

1962 6296 4918 2093 2623 1706 1316 977 741 977 1035 1060 6757 2542 1963 2150 5462 3026 2160 1712 1300 964 693 530 565 2003 1354 1827

1964 4643 1719 2556 1536 1335 993 725 501 328 1581 3799 2457 1848 1965 3278 4087 4857 2451 1926 1479 1108 808 846 3429 3662 2511 2537

1966 3774 6091 2959 2227 1866 1421 1063 773 651 2141 1169 1457 2133 1967 1965 2230 2556 2246 1536 1185 872 616 453 1041 1421 3224 1612

1968 1722 2914 1629 1389 1041 753 523 510 536 840 1015 3489 1363 1969 3288 1910 2243 1760 1434 1086 792 552 462 686 1990 4896 1758

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Tabela 26 – Vazões naturais médias mensais do rio Teles Pires Conclusão

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 1970 4784 2975 2195 2000 1677 1271 939 673 478 1153 1054 1025 1685

1971 2361 3004 1629 1495 1284 961 785 581 699 955 1294 1367 1368 1972 1837 3927 1779 1549 1271 967 788 568 498 699 2927 3128 1662

1973 2678 2777 2470 1773 1425 1131 849 619 530 801 3250 4669 1914 1974 6839 2646 3544 2444 2019 1546 1162 872 792 798 961 3892 2293

1975 2230 3454 2463 2105 1616 1223 1003 725 504 670 985 1722 1558 1976 2273 3410 4309 3256 2111 1297 868 650 593 915 1267 2583 1961

1977 3376 4742 3055 2738 2089 1509 975 710 695 1043 1524 2351 2067 1978 5696 4272 8077 5220 3392 1874 1379 1083 939 1031 1364 2686 3084

1979 4627 5091 3352 3734 2841 1696 1140 896 928 936 1190 1303 2311 1980 2540 5388 6532 4744 2219 1473 1153 889 851 880 1120 2099 2491

1981 3596 4023 3734 4070 2427 1302 949 741 621 709 1224 2136 2128 1982 3608 6518 6004 4634 3199 1662 1099 824 864 947 1002 1281 2637

1983 3111 5383 4017 3226 1643 1195 873 701 646 836 1134 2061 2069 1984 2708 2639 3647 4061 2727 1444 856 589 676 820 1202 1947 1943

1985 3518 4611 3947 4138 2737 1384 1007 779 716 842 1279 1538 2208 1986 3873 4704 4393 3558 2494 1339 911 726 736 1240 1359 1663 2250

1987 2839 3570 3894 3176 2031 1176 769 620 573 571 1036 2482 1895 1988 3525 3991 5355 4403 2707 1577 994 701 578 712 1267 2791 2383

1989 3695 4860 5144 4278 2984 1501 1099 840 740 790 1292 2933 2513 1990 4602 4467 5806 3401 2539 1710 1046 813 597 898 1136 1735 2396

1991 3778 5130 4935 4977 1735 1300 1134 1048 1045 1101 1655 2102 2495 1992 2687 4334 3905 3506 1984 1364 1044 906 1009 1101 1386 2300 2127

1993 2808 3753 4360 3028 1654 1125 876 743 705 820 1077 1852 1900 1994 4284 4134 5159 4122 2082 1363 1098 814 707 824 1081 1858 2294

1995 4660 5048 5016 4770 3723 2003 1248 911 796 887 1157 2327 2712 1996 2991 3155 3544 3545 2465 1435 947 758 699 843 1435 1802 1968

1997 3349 4213 4835 4911 2984 1672 1075 798 723 747 875 1445 2302 1998 1670 2660 3860 2342 1488 919 666 555 528 654 1185 2117 1554

1999 3035 2653 3678 2383 1953 1093 756 571 580 630 1142 1927 1700 2000 4087 4711 5464 3864 2145 1214 866 679 703 713 1300 2534 2357

2001 3091 3002 3858 3084 1732 1220 812 608 628 795 1237 3269 1945 2002 5186 4599 4205 3034 1735 1157 879 732 711 776 1147 1661 2152

2003 3371 4819 4824 5211 2824 1792 1144 852 771 1212 1616 2205 2553 2004 3262 5709 6733 4789 2836 1718 1238 943 850 953 1437 1767 2686

2005 2949 4254 5361 4162 2549 1474 1023 775 729 897 1091 3439 2392 2006 5768 4570 5032 6041 3004 1611 1168 925 847 1213 1735 2793 2892

Mínima 3851 4085 4258 3015 2054 1410 1035 789 716 1043 1675 2882 3851 Média 1670 1616 1629 1389 1041 753 523 501 328 443 616 772 1670

Máxima 8251 7405 9212 6041 3723 2003 1476 1108 1150 3429 5349 10662 8251

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5.2.4 Evaporação líquida A evaporação líquida mensal do reservatório, isto é, o saldo entre a evaporação de superfície líquida e a evapotranspiração na sua bacia hidráulica, é apresentada abaixo:

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Evaporação Líquida

(mm) 40 35 44 6 6 9 15 30 39 6 40 57

5.2.5 Curva-chave do canal de fuga

A curva representativa do nível do canal de fuga (m), em função da vazão defluente (m3/s), é também denominada curva-chave. A representação polinomial da curva-chave natural é apresentada abaixo:

Independente 1º Grau 2º Grau 3º Grau 4º Grau 1.5378951E+02 3.6339335E-03 -4.0465159E-07 2.6819284E-11 -6.6115958E-16

Nos estudos energéticos foi considerada a curva-chave ajustada de modo a considerar o afogamento do canal de fuga do UHE Teles Pires, pelo reservatório do UHE São Manoel:

Independente 1º Grau 2º Grau 3º Grau 4º Grau 1,6080002E+02 9,6652773E-04 4,7208084E-08 -7,3370752E-12 2,5575308E-16

Nesta etapa, não foram obtidos dados atualizados do UHE São Manoel que permitissem uma avaliação conjunta. 5.2.6 Representação do reservatório Os polinômios, Volume-Cota (PVC) e Cota-Área (PCA), de representação do reservatório do UHE Teles Pires, são apresentados abaixo:

Independente 1º Grau 2º Grau 3º Grau 4º Grau PVC 1,9522802E+02 1,0134648E-01 -1,9647091E-04 1,8358500E-07 -6,2522850E-11

PCA 6,0165770E+04 -1,3492049E+03 1,1318202E+01 -4,2098450E-02 5,8587099E-05

5.2.7 Tipo de turbina As turbinas a serem utilizadas no UHE Teles Pires são do tipo Francis. Limite operacional das turbinas O engolimento mínimo considerado para uma turbina Francis foi de 60% de sua vazão nominal.

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5.2.8 Rendimento do conjunto turbina-gerador O rendimento do conjunto turbina-gerador considerado foi de 90%. 5.2.9 Perda hidráulica A perda hidráulica considerada nas simulações de operação da usina foi de 1,4 m. 5.2.10 Taxas de indisponibilidade Os valores de taxa de indisponibilidade forçada e programada (TEIF e IP) considerados são aqueles recomendados pelo Comitê Brasileiro da CIER – BRACIER. A tabela 27 abaixo apresenta os valores adotados para as alternativas de potência unitária dos empreendimentos que compõem o sistema de referência.

Tabela 27 – Valores adotados para as alternativas de potência unitária

Potência Unitária (MW) TEIF (p.u.) IP (p.u)

até 29 0,02333 0,06861

30 -- 59 0,01672 0,05403

60 -- 199 0,02533 0,08091

200 -- 500 0,02917 0,12122

501 -- 699 0,06000 0,08000

700 -- 1300 0,00210 0,10000

As taxas de indisponibilidade forçada e programada adotadas nas simulações para o empreendimento em estudo foram de 2,917% e 12,122%, respectivamente. 5.2.11 Vazões de uso consuntivo e remanescente Foram adotados os seguintes valores de usos consuntivos incrementais:

Usos Consuntivos

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Sinop (*) -2,88 -2,88 -10,08 -12,96 -15,84 -18,72 -15,84 -15,84 -7,2 -2,88 -2,88 -2,88

Colíder (*) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Teles Pires (**)

-1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16 -1,16

São Manoel (***)

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Foz do Apiacás (***)

-0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6 -0,6

(*) – Valores resultantes da nota técnica da EPE nº EPE-DEE-RE-031/2010-r1 (disponível em www.epe.gov.br), para o cálculo da garantia física de Colider para o leilão A-5 de 2010. (**) – valores obtidos do Ofício ANA n° 1246/2010/GEREF/SOF-ANA. (***) – valores obtidos do Ofício ANA n° 835/2009/SOF-ANA.

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Os sistemas de Transposição de Peixes das usinas do rio Teles Pires foram modelados nos estudos energéticos com um vazão remanescente em cada aproveitamento. Os valores são apresentados a seguir:

Vazão Remanescente

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Sinop -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4 -4,4

Colider -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5 -9,5

Teles Pires -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5 -10,5

São Manoel -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6 -9,6

Foz do Apiacás -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4

Para as análises econômico-energéticas foram adotados os seguintes parâmetros:

• Taxa de desconto de 10%;

• Vida útil do aproveitamento de 50 anos;

• Custo de dimensionamento de energia de R$ 130,00/MWh;

• Custo de operação e manutenção estimados em R$2,48/MWh. 5.3 Dimensionamento do reservatório 5.3.1 Determinação do Nível d’ Água Máximo Operativo Por restrições ambientais, o nível d’água do reservatório foi definido na elevação 220,00 m. 5.3.2 Determinação do Nível d’Água de Mínimo Operativo O nível d’água mínimo operativo determina o volume útil do reservatório. Para cada valor de N. A. Máximo deve-se determinar o corresponde valor de N. A. Mínimo ótimo. Este procedimento é feito levantando os valores incrementais do benefício energético convertido para valor econômico e do custo do empreendimento ao se reduzir o N. A. Mínimo do reservatório. O benefício energético ao aumentar o volume útil do reservatório é contabilizado como a soma dos ganhos de energia firme nas usinas a jusante do aproveitamento a ser analisado, subtraída da perda de energia firme na própria usina, devido à perda de queda líquida que ocorre quando o reservatório for deplecionado. As usinas a jusante do UHE Teles Pires consideradas nos estudos são: São Manoel, no rio Teles Pires e Chacorão, Jatobá e São Luiz do Tapajós no rio Tapajós, O ganho de energia firme da

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Cascata é a soma da energia firme do UHE Teles Pires com os incrementos de energia firme nas usinas de jusante. Foram determinados os benefícios energéticos para diversos valores de N. A. Mínimo Operativo, variando-se de 2 m em 2 m a partir de 200 m até o limite de 220 m. Os resultados apresentados na Tabela 28 abaixo indicam que o deplecionamento do reservatório resulta em perdas energéticas para o UHE Teles Pires e ganhos nas Usinas de jusante. Esses ganhos, entretanto, são pouco significativos e não são suficientes para compensar as perdas na usina em estudo, ou seja, há perdas também na Cascata. Note que também se verificam perdas no sistema. Logo, a UHE Teles Pires deve operar a fio d’água.

Tabela 28 – Simulações de Deplecionamento do Reservatório

Deplecio-namento

Ganho de Energia Firme Energia Firme Local

Incremento Fator de

Capacidade Usinas

de jusante

Incremento Cascata Incremento Sistema Incremento

0 -1,45 901,9 373,2 903,39 49,6% 2 -0,62 0,83 899,1 -2,81 370,1 -3,07 899,75 -3,64 49,4% 4 0,41 1,03 895,6 -3,54 367,3 -2,80 895,18 -4,57 49,2%

5.4 Dimensionamento da Potência Instalada e Motorização da Usina Uma vez determinado o volume útil ótimo do reservatório, passa-se aos estudos de definição da potência instalada ótima. Esses estudos consistem em, inicialmente, analisar os incrementos de energia firme decorrentes da variação da potência. Para subsidiar as análises foram realizadas três hipóteses de motorização, apresentadas na Tabela 29 abaixo:

Tabela 29 – Hipóteses de Motorização

Potência Instalada (MW)

Energia Firme Local (MWmédios)

Incremento Fator de

Capacidade 1700 883,44 52%

1820 903,39 19,95 50%

1900 915,88 12,49 48%

Na análise custo-benefício de variação de potência instalada foram considerados os valores de CRE (custo de referência de energia) como de R$ 130,00 por MWh; O&M (custo de operação e manutenção) como de R$ 2,48 por MWh; taxa de desconto como de 10% ao ano e vida útil do aproveitamento como 50 anos. Os juros durante a construção resultam em 18% do custo total sem juros. Na Tabela 30, a seguir, é apresentada a análise econômica-energética considerando 6 unidades geradoras e avaliando o benefício energético na Cascata:

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Tabela 30 – Análise econômica-energética

POTÊNCIA INSTALADA

ENERGIA FIRME CUSTO DE

INVESTIMENTO COM JDC

CUSTO DE O&M

CUSTO TOTAL

ÍNDICE CUSTO-

BENEFÍCIO DA ALTERNATIVA

ANÁLISE INCREMENTAL

ENERGIA BENEFÍCIO CUSTO RELAÇÃO

C/B- (MW)

(MW-médios)

(MWh/ano) (106 R$) (106 R$) (106 R$) (R$/MWh) (MWh/ano) (106 R$) (106 R$)

1700 883,44 7738934,4 3947,2 190,29 4137,49 53,92 - - - -

1820 903,39 7913696,4 4137,8 194,59 4332,39 55,22 174762 225,26 194,90 0,87

1900 915,88 8023108,8 4277,1 197,28 4474,38 56,25 109412,4 141,02 141,99 1,01

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A potência ótima é definida com base na análise econômico-energético incremental. Considera-se viável um incremento de potência se a relação custo/benefício incremental for menor que um. Desse modo, foi mantida a potência de inventário, ou seja, 1820 MW. De acordo com a análise pelo despacho mínimo verifica-se que com uma permanência de 96,5%, a UHE Teles Pires será capaz de atender à ponta 10% do tempo e manter uma de suas unidades Francis operando com 60% de seu engolimento nominal, fora do horário de ponta, com um número mínimo de 6 unidades. Conclui-se então que a motorização indicada para o UHE Teles Pires é de 1.820 MW e 6 unidades geradoras com turbinas do tipo Francis. 5.5 Quedas de Referência e de Projeto

O estudo de quedas foi realizado a partir dos resultados das simulações considerando a configuração final do aproveitamento, ou seja, 1820 MW, 6 unidades geradoras, N.A. máximo normal na cota 220 m e operação da usina a fio d’água. A queda de projeto é definida como a queda para a qual o rendimento da turbina deverá ser máximo. Esta queda é calculada como a média ponderada em relação à energia gerada ao longo do período crítico, que é dada pela seguinte equação:

=

=

=m

li

i

m

li

ii

p

G

HG

H

*

Onde:

pH é a queda de projeto (m);

iG é a geração da usina no mês i (MW médios);

iH é a queda líquida da usina no mês i (m);

l e m são, respectivamente, os meses de início (jun/49) e fim (nov/56) do período crítico.

Resultando, então numa queda de projeto igual a 54,7 m.

A queda de referência utilizada nos estudos energéticos foi de 51,7 m. Este valor corresponde a 97,4% da curva de permanência de quedas líquidas para a UHE Teles Pires, valor perfeitamente aceitável para as usinas hidrelétricas do SIN.

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6 ESTUDO DE ECLUSAS Conforme previsto no Manual dos Estudos de Viabilidade de Usinas Hidrelétricas da ELETROBRAS, para a implantação de empreendimentos hidrelétricos deve-se verificar a viabilidade de implantação de sistema de transposição de nível para manutenção das condições de navegabilidade do rio após a implantação da Usina. Para tanto a EPE, após a elaboração das diversas alternativas de arranjo da usina hidrelétrica de Teles Pires e seleção daquela de melhor relação custo beneficio em termos energéticos, foram realizados estudos de viabilidade de implantação do sistema de transposição de nível. Foram avaliadas alternativas de implantação do sistema de forma incorporada e de forma independente do barramento. No entanto, considerando que a implantação do sistema de transposição nível pode ocorrer em época distinta à implantação da UHE Teles Pires, optou-se por verificar a viabilidade da implantação do sistema de forma totalmente independente da implantação da usina, podendo inclusive ser realizado durante a operação da comercial da mesma. Com relação aos aspectos técnicos e econômicos, a adoção da alternativa de arranjo com a localização do sistema de eclusagem, fora do barramento, trás significativos benefícios que foram levados em conta para esta definição, como por exemplo:

• Evitar uma antecipação de investimento por tempo ainda indefinido;

• Evitar uma necessária alteração no arranjo das estruturas em concreto, localizadas nas margens, com consequências diretas nos custos de escavação, pois, a restituição do rio a jusante se dará de forma convergente, o que, para a aproximação dos comboios, seria tecnicamente inviável;

• Evitar também a necessidade de escavação adicional em rocha, a jusante do barramento, para assegurar as condições de navegação, garantindo um calado mínimo de 3,5 m;

• O posicionamento das eclusas em local próximo ao barramento e, acompanhando o desnível natural da rocha, propicia a concepção das câmaras de eclusagem na própria rocha, sem a necessidade de revestimento das paredes em concreto;

• Esta sugestão, caso aceita pelo Ministério dos transportes e a ANTAQ, poderá trazer benefícios, com uma possível antecipação na escavação em rocha das câmaras na fase de construção da UHE Teles Pires, propiciando assim a utilização do local como jazida de empréstimo de rocha, para aplicação na própria obra.

Para tanto, a EPE elaborou alguns estudos preliminares avaliando alternativas de implantação desse sistema passando pela margem esquerda ou pela margem direita do rio Teles Pires. Considerando que as condições topográficas da margem direita são mais favoráveis a implantação do sistema, já que os volumes de escavação seriam menores, finalmente optou-se por sugerir a implantação do sistema de eclusagem na margem direita do empreendimento, conforme apresentado nos desenhos e ilustrações em 3D, em anexo.

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O estudo em questão foi baseado em dados de comboio disponibilizados pelo Ministério de Transportes, através de sua Secretaria de Política Nacional de Transportes, por meio do Ofício 033/SPNT/MT, emitido em 06 de fevereiro de 2009 (copio em anexo), por meio do qual o MT ratifica os termos do Ofício nº 533/SPNT/MT, de 12 de dezembro de 2008, endereçado a ANA, que estabelece as seguintes dimensões do comboio a ser considerado nos estudos:

• Comboio tipo para o rio teles Pires – Formação E-3-3-3

• Boca – 33 metros

• Comprimento – 217,5 metros

• Calado – 3,5 metros 7 ESTUDO DE QUALIDADE DA ÁGUA Neste capítulo estão apresentadas as informações solicitadas pela ANA por meio do Ofício n° 1261/2010 de 15/10/2010, relacionadas ao Estudo de Qualidade da Água da UHE Teles Pires.

a) Localização e perfis das 20 seções topobatimétricas utilizadas no modelo de qualidade de água;

Para a utilização do modelo matemático foram definidos compartimentos, não sendo elaborados os desenhos gráficos das seções que os definem. Os cálculos de área e volume entre cada cota foram feitos por meio do software Auto CAD, baseados em restituição em escala 1:10000 e cotas de metro em metro. As áreas e volumes referentes a cada intervalo de 5 metros de cota foram apresentadas no Modelo Matemático, e indicadas nas tabelas 31 a 34 a seguir:

TABELA 31

Cota (m)

Segmento 01 Segmento 02 Segmento 03 Segmento 04 Segmento 05

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

215,0 0,368 0,000 0,272 0,000 0,351 0,000 0,407 0,000 0,887 0,000 220,0 0,461 2,073 0,415 1,718 0,440 1,978 0,500 2,268 1,159 5,115 225,0 0,558 4,620 0,540 4,105 0,543 4,435 0,587 4,985 1,417 11,555

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TABELA 32

Cota (m)

Segmento 06 Segmento 07 Segmento 08 Segmento 09 Segmento 10

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

190,0 - - - - - - 0,000 0,000 - - 195,0 - - - - - - 0,313 0,783 - - 200,0 - - 0,000 0,000 0,000 0,000 0,626 3,131 - - 205,0 0,000 0,000 4,029 10,073 0,705 1,762 3,381 13,148 0,000 0,000 210,0 0,199 0,498 8,058 40,290 1,410 7,048 6,135 36,937 0,348 0,860 215,0 0,416 2,035 12,08 90,653 2,114 15,86 8,890 74,499 2,645 6,941 220,0 0,634 4,660 16,12 161,160 2,819 28,190 11,64 125,833 5,671 19,718 225,0 0,827 8,313 21,00 253,950 3,520 44,038 15,00 192,443 10,00 41,100

TABELA 33

Cota (m)

Segmento 11 Segmento 12 Segmento 13 Segmento 14 Segmento 15

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

170,0 - - - - - - - - - - 175,0 - - - - - - - - - - 180,0 - - - - - - - - - - 185,0 - - - - - - - - - - 190,0 0,000 0,000 - - - - - - 0,000 0,000 195,0 1,561 3,904 - - - - - - 1,561 3,904 200,0 3,123 15,614 - - - - 0,000 0,000 3,123 15,614 205,0 5,529 37,243 0,000 0,000 0,000 0,000 0,991 2,478 5,529 37,243 210,0 7,935 70,903 0,339 0,837 2,612 6,451 1,982 9,910 7,935 70,903 215,0 10,34 116,592 2,241 5,997 7,625 24,228 2,973 22,298 10,34 116,592 220,0 12,75 174,312 4,496 15,998 13,45 50,185 3,964 39,640 12,75 174,312 225,0 15,00 243,680 9,000 35,265 22,00 93,190 5,000 62,050 15,00 243,680

TABELA 34

Cota (m)

Segmento 16 Segmento 17 Segmento 18 Segmento 19

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

Área (km²)

Volume (106m³)

170,0 - - - - - - 0,000 0,000 175,0 - - - - - - 0,538 1,346 180,0 - - - - - - 1,076 5,382 185,0 - - - - - - 1,668 12,244 190,0 - - 0,000 0,000 0,000 0,000 2,260 22,063 195,0 - - 0,621 1,553 0,025 0,063 2,851 34,841 200,0 0,000 0,000 1,243 6,214 0,050 0,252 3,443 50,577 205,0 1,548 3,871 2,681 16,023 0,753 2,260 4,218 69,728 210,0 3,097 15,483 4,119 33,024 1,455 7,778 4,992 92,752 215,0 4,645 34,836 5,558 57,217 2,157 16,807 5,767 119,648 220,0 6,193 61,930 6,996 88,601 2,859 29,347 6,541 150,417 225,0 8,000 97,413 8,500 127,341 3,600 45,494 7,400 185,269

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b) Esclarecimentos a respeito da simulação hidráulica nos braços do reservatório (sobretudo o do rio Paranaíta).

Os braços do reservatório foram considerados na modelagem matemática para definição dos compartimentos da mesma forma descrita no item “a”, considerando a área e o volume em profundidades com intervalo de 5 metros. A seguir, nas Tabelas 35 e 36, são indicadas as características morfológicas para o rio Paranaíta e para os córregos Oscar Miranda e Vileroy e para dois córregos não identificados:

TABELA 35

Profundidade (m)

Compartimentos no rio Paranaíta 10 11 12 13

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

5 0,348 0,860 1,561 3,904 0,339 0,837 2,612 6,451 10 2,645 6,941 3,123 15,614 2,241 5,997 7,625 24,228 15 5,671 19,718 5,529 37,243 4,496 15,998 13,452 50,185 20 7,935 70,903 25 10,341 116,592 30 12,747 174,312

TABELA 36

Profundidade (m)

Compartimentos

Córrego Oscar Miranda Córrego Vileroy

Córrego não identificado

Córrego não identificado

16 17 18 8 14 Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

Área (m2)

Volume (m3)

5 1,548 3,871 0,621 1,553 0,025 0,063 0,705 1,762 0,991 2,478 10 3,097 15,483 1,243 6,214 0,050 0,252 1,410 7,048 1,982 9,910 15 4,645 34,836 2,681 16,023 0,753 2,260 2,114 15,857 2,973 22,298 20 6,193 61,930 4,119 33,024 1,455 7,778 2,819 28,190 3,964 39,640 25 5,558 57,217 2,157 16,807 30 6,996 88,601 2,859 29,347

c) Cálculo dos tempos de residência utilizados na representação do reservatório na modelagem matemática da qualidade de água.

Os tempos de residência foram calculados a partir dos volumes definidos pelo Auto CAD e com base nas vazões afluentes ao reservatório estimadas para cada compartimento, apresentadas na Tabela 37, a seguir.

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TABELA 37

Ponto de Afluência

Q-1 Q-2 Q-3 Q-4 Q-5 Q-6 Q-7 Q-8 Q-9

Curso d’água

Teles Pires Montante

Afluente lateral

Afluente lateral

Afluente lateral

Afluente lateral

Rio Paranaíta

Afluente lateral

Afluente lateral

Afluente lateral

Segmento 1 2 4 6 8 10 14 16 18 Área (km2) 84880 480 720 553,5 92,5 3751 72,5 121 33,5

Jan 3698,51 23,42 35,12 27,00 4,51 160,37 3,54 5,90 1,63 Fev 4372,04 27,67 41,50 31,90 5,33 187,48 4,18 6,97 1,93 Mar 4663,56 29,54 44,30 34,06 5,69 202,88 4,46 7,45 2,06 Abr 3518,50 22,53 33,80 25,98 4,34 193,19 3,40 5,68 1,57 Mai 2136,33 13,84 20,76 15,96 2,67 144,89 2,09 3,49 0,97 Jun 1332,02 8,62 12,92 9,94 1,66 90,77 1,30 2,17 0,60 Jul 973,68 6,23 9,35 7,19 1,20 54,40 0,94 1,57 0,44 Ago 792,26 5,03 7,55 5,80 0,97 34,01 0,76 1,27 0,35 Set 756,29 4,78 7,17 5,51 0,92 30,08 0,72 1,20 0,33 Out 929,35 5,89 8,84 6,80 1,14 44,20 0,89 1,49 0,41 Nov 1383,71 8,86 13,28 10,21 1,71 72,04 1,34 2,23 0,62 Dez 2333,75 14,88 22,32 17,16 2,87 118,99 2,25 3,75 1,04

As vazões correspondentes ao rio Paranaíta e às afluências laterais foram obtidas considerando a produtividade hídrica intermediária computada entre o eixo de Teles Pires e a estação fluviométrica Jusante Foz Peixoto de Azevedo e as áreas contribuintes de cada local, sintetizada pela seguinte equação:

Qx = (QTeles Pires – QJusante Foz Peixoto de Azevedo) / (ATeles Pires – AJusante Foz Peixoto de Azevedo) * Ax

onde: Qx = Vazão afluente em m3/s; QTeles Pires = Vazão afluente ao local do eixo em m3/s; QJusante Foz Peixoto de Azevedo = Vazão afluente no local da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto Azevedo em m3/s; ATeles Pires = Área de drenagem contribuinte ao eixo de Teles Pires em km2; AJusante Foz Peixoto de Azevedo = Área de drenagem contribuinte ao local da estação fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo em km2 e

Ax = Área de drenagem contribuinte ao ponto de afluência em km2.

d) Tempos de residência do canal principal do reservatório, do rio Paranaíta e dos outros dois braços na margem esquerda.

O tempo de residência foi obtido da forma convencional considerando a relação entre o volume do corpo d’água e a vazão média afluente. A Tabela 38, a seguir, apresenta o volume, a vazão média afluente e o tempo de residência para os corpos d’água considerados na modelagem matemática. Para o corpo central do reservatório, o braço do rio Paranaíta e o córrego Oscar Miranda foram calculados tempos de residência integrados para cada corpo d’água.

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TABELA 38

Local Volume

(m3 *106)

Vazão Média (m3/s)

Tempo de Residência

(dias) Corpo central do reservatório 629,53 2240,8 3,3

rio Paranaíta 260,21 111,1 27,1 Compartimentos 16 e 17 – córrego Oscar Miranda 150,53 3,6 484,3

Compartimento 18 – córrego Vileroy 29,35 1,0 341,1 Compartimento 8 – córrego não identificado 28,19 2,8 118,6 Compartimento 14 - córrego não identificado 39,64 2,2 212,8

e) Usos de água (captações e lançamentos) no entorno do futuro reservatório e de seus braços. Para os usos eventualmente identificados, propor medidas para adequá-los as novas condições de cota e de qualidade de água que serão criadas com a formação do reservatório;

De acordo com os levantamentos realizados, atualmente há poucos usos do recurso hídrico nos rios Teles Pires e Paranaíta e nos córregos tributários, apenas pesca e lazer. Não há captações de água para abastecimento ou lançamentos de efluentes. A cidade de Paranaíta está localizada a cerca de 20 km do rio Teles Pires. Seu sistema de saneamento é baseado em fossas sépticas. No rio Paranaíta, o assentamento São Pedro, que terá 23 lotes parcialmente atingidos pela cabeceira do reservatório, é dotado de fossas sépticas, tem a vegetação ciliar preservada, e se abastece por meio de poços. Com a formação reservatório, não são previstas interferências significativas nos usos atuais nas áreas do reservatório e nos braços laterais, uma vez que a cabeceira do corpo principal e do braço Paranaíta tendem a manter as condições semelhantes as naturais, estabelecidas pela hidrodinâmica fluvial. Para as atividades de lazer que sofrerá interferências, são previstos programas ambientais compensatórios.

f) Origem dos dados de qualidade de água adotados como valores de entrada do modelo de qualidade de água.

Os dados de qualidade da água utilizados no modelo matemático estão apresentados no item 1.5.2.1 – Variáveis Bioquímicas do relatório de modelagem matemática, do EIA, já encaminhado à ANA. A partir destas informações foi gerado o seguinte conjunto de dados para a entrada no modelo matemático: temperatura da água 26,2ºC, OD 7,2 mg/L, DBO 1 mg/L, nitrato 0,08 mg/L, amônia 0,05 mg/L, nitrogênio total 0,5 mg/L, fósforo total 0,07 mg/L e clorofila a 7 µg/L.

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g) Resultado do Modelo de Qualidade da Água em termos de Clorofila-A.

O modelo matemático adotado nessa etapa do estudo é adequado para simular variáveis físico-químicas e limitado para simular variáveis biológicas. Embora tenha sido alimentado com dados de clorofila a, conforme visto no item “f”, os resultados desse tipo de simulação não foram considerados consistentes, portanto não utilizados nos resultados do estudo. Nas etapas futuras do empreendimento, se considerados pertinente, poderão ser adotados outros modelos que apresentam melhores respostas na simulação de variáveis biológicas.

h) Propostas de percentuais de desmatamento no corpo principal e nos braços que

atendam também o limite do parâmetro fósforo conforme Resolução CONAMA 357.

Para essa etapa do estudo, o resultado do modelo foi considerado satisfatório para a avaliação dos impactos ambientais e a proposição de programa de limpeza do reservatório. De acordo com o modelo matemático, há indicação para realização de uma limpeza da área a ser alagada entre 68 e 96% nos compartimentos mais críticos. Esses valores foram considerados na proposição do programa de limpeza do reservatório. Quanto a referência ao fósforo, na Figura 4-1 Cenário 2 do relatório encaminhado à ANA, o modelo matemático indicou que para o corpo central, após um curto período crítico, são esperados valores semelhantes aos recomendados para a Classe 2 da Resolução CONAMA nº 357/2005 (até 0,05 mg/L, em ambientes intermediários com tempo de residência entre 2 e 40 dias). A Figura 4-4 Cenário 2 indicou para o braço do rio Paranaíta que, após a estabilização do processo, são esperados valores semelhantes aos referidos acima. Já para os demais braços tributários, são esperados valores superiores. Considerando a pequena expressão dessas áreas e não ocupação humana, não há justificativas para a alteração do programa de limpeza do reservatório nesta etapa do estudo. No entanto, nas etapas futuras do empreendimento, notadamente a etapa de projeto básico, caso se julgue necessário poderão ser efetuadas simulações complementares, alteração dos percentuais ou redefinição das áreas a serem limpas.

i) ART e contato dos Responsáveis pelos Estudos de Qualidade da Água. Os Técnicos Responsáveis pelo estudo de qualidade de água são Humberto Jacobsen Teixeira, CREASP n° 0600376792 e Rodrigo Borsari, CREASP n° 5060488088. As Anotações de Responsabilidade Técnica destes profissionais estão apresentadas em anexo. Pela EPE, o responsável pelo estudo de qualidade da água é o Coordenador dos Estudo de Impacto Ambiental da UHE Teles Pires, Carlos Frederico Menezes, Tel: (21) 3512-3212.

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ANEXO 1 – CURVAS-CHAVE UTILIZADAS NOS ESTUDOS As curvas-chave apresentadas neste anexo foram fornecidas pela ANA e foram utilizadas sem ser feito novo ajuste de curva-chave para Indeco e Jusante Foz Peixoto de Azevedo. A estação fluviométrica de Santa Rosa foi feito novo ajuste, conforme o apresentado no corpo da nota técnica. Curva-Chave da Estação Fluviométrica de Indeco, Rio Teles Pires

A curva-chave válida de 1/1/1975 a 5/6/1999 é dada por uma equação de potência com os seguintes coeficientes:

Tipo de equação: Potência

a: 319,34763

h0 (m): 3,25

n: 1,24052

400

500

600

700

800

900

1000

1100

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

cota

lid

a n

a r

ég

ua

(m

)

vazão (m³/s)

dados medidos curva válida 1/1/1975-5/6/1999 curva válida 6/6/1999-31/12/2008

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A curva-chave válida para o período de 6/6/1999 a 31/12/2006, e que foi utilizada até o ano de 2008, é dada por uma tabela, conforme segue.

Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) 420 335 610 1171 810 2264 1010 3475 430 365 620 1222 820 2322 1020 3538 440 402 630 1274 830 2381 1030 3601 450 441 640 1326 840 2439 1040 3665 460 483 650 1378 850 2498 1050 3728 470 528 660 1431 860 2557 1060 3792 480 573 670 1484 870 2617 1070 3856 490 618 680 1538 880 2677 1080 3921 500 663 690 1591 890 2736 1090 3985 510 708 700 1646 900 2797 520 753 710 1700 910 2857 530 798 720 1755 920 2918 540 843 730 1811 930 2979 550 888 740 1866 940 3040 560 933 750 1922 950 3101 570 978 760 1978 960 3163 580 1023 770 2035 970 3225 590 1068 780 2092 980 3287 600 1120 790 2149 990 3350

800 2207 1000 3412

Curva-Chave da Estação Fluviométrica de Jusante Foz Peixoto de Azevedo, Rio Teles Pires

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

1300

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

cota

lid

a n

a ré

gua

(m)

vazão (m³/s)

dados medidos curva válida 16/8/1980 - 22/2/2002 curva válida 23/2/2002 - 31/12/2006

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Curva-chave válida para o período 16/8/1980 a 22/2/2002:

Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s)

460 435 710 1870 910 3348 1110 5090

470 480 720 1940 920 3432 1120 5180

480 530 730 2010 930 3518 1130 5270

490 575 740 2080 940 3604 1140 5360

500 625 750 2150 950 3690 1150 5450

510 675 760 2220 960 3776 1160 5540

520 725 770 2292 970 3862 1170 5630

530 775 780 2364 980 3948 1180 5720

540 828 790 2436 990 4034 1190 5810

550 881 800 2508 1000 4120 1200 5900

560 934 810 2580 1010 4206 1210 5990

570 987 820 2655 1020 4292 1220 6080

580 1040 830 2730 1030 4378 1230 6170

590 1097 840 2805 1040 4464 1240 6260

600 1157 850 2880 1050 4550 1250 6350

610 1217 860 2957 1060 4640 1260 6440

620 1277 870 3034 1070 4730 1270 6530

630 1337 880 3111 1080 4820

640 1400 890 3190 1090 4910

650 1462 900 3268 1100 5000

660 1528

670 1594

680 1660

690 1730

700 1800

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Curva-chave válida para o período 23/2/2002 a 31/12/2006:

Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s) Cota (cm) Vazão (m3/s)

460 511 710 1960 910 3348 1110 5090

470 556 720 2029 920 3432 1120 5180

480 603 730 2099 930 3518 1130 5270

490 650 740 2170 940 3604 1140 5360

500 700 750 2238 950 3690 1150 5450

510 750 760 2297 960 3776 1160 5540

520 801 770 2360 970 3862 1170 5630

530 854 780 2422 980 3948 1180 5720

540 907 790 2483 990 4034 1190 5810

550 962 800 2542 1000 4120 1200 5900

560 1017 810 2601 1010 4206 1210 5990

570 1074 820 2661 1020 4292 1220 6080

580 1131 830 2730 1030 4378 1230 6170

590 1190 840 2805 1040 4464 1240 6260

600 1249 850 2880 1050 4550 1250 6350

610 1310 860 2957 1060 4640 1260 6440

620 1371 870 3034 1070 4730 1270 6530

630 1433 880 3111 1080 4820

640 1496 890 3190 1090 4910

650 1560 900 3268 1100 5000

660 1625

670 1690

680 1756

690 1823

700 1891

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Curva-Chave da Estação Fluviométrica de Santa Rosa, Rio Teles Pires Comparação da curva-chave fornecida pela ANA com a curva-chave adotada nesta nota técnica:

A curva-chave da ANA, válida de 1/8/1982 a 31/12/2006, é dada por uma equação de potência com os seguintes coeficientes:

Tipo de equação: Potência

a: 1343,61

h0 (m): 2,64

n: 0,999

300

400

500

600

700

800

900

1000

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

cota

(cm

)

vazão (m³/s)

dados medidos curva-chave ANA curva-chave adotada

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ANEXO 2 – SÉRIES DE VAZÃO MÉDIA MENSAL (CACHOEIRÃO, INDECO, JUSANTE FOZ PEIXOTO DE AZEVEDO, SANTA ROSA E TRÊS MARIAS)

Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Cachoeirão série disponível no Hidroweb, sem preenchimentos

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1975 866 1976 870 1.146 1.382 1.069 710 529 406 339 332 430 597 1.156 1977 1.233 1.511 1.005 987 848 673 447 356 355 460 682 1978 1.792 1.354 2.287 1.154 968 723 577 500 441 560 689 1.063 1979 1.195 407 399 370 456 456 632 713 1980 1.278 2.139 2.190 1.247 839 685 549 467 466 465 518 964 1981 1.421 1.411 1.325 1.415 983 657 529 446 383 465 995 1.059 1982 1.474 937 704 566 478 470 536 630 1983 1.286 1.673 1.218 1.050 680 558 438 377 352 479 623 930 1984 989 949 1.092 1.000 735 509 418 372 381 426 565 1.019 1985 1.520 1.504 1.333 1.223 846 578 470 391 371 480 573 609 1986 1.252 1.541 1.343 943 692 537 432 411 404 488 493 703 1987 1.357 1.280 1.235 998 673 486 392 348 326 337 615 1.287 1988 1.394 1.329 1.553 1.249 811 568 447 375 336 366 623 1.038 1989 1.338 1.693 1.679 1.350 861 587 493 430 400 381 494 1.139 1990 1.655 1.446 1.393 1.103 771 550 473 1991 1992 625 436 493 529 1993 649 522 419 376 357 393 474 786 1994 1.442 1.208 1.772 1.204 833 680 524 416 370 428 517 700 1995 2.128 1.949 1.880 1.631 1.274 811 583 487 444 461 593 1996 1.301 1.156 1.353 1.133 764 571 439 401 378 401 732 670 1997 1.265 1.786 1.731 1.175 814 632 479 401 366 388 486 865 1998 867 1.128 1.232 764 533 412 349 320 308 363 639 1.096 1999 1.563 1.089 1.448 823 597 451 383 329 330 330 498 812 2000 1.133 1.360 1.692 1.135 680 495 426 368 371 366 652 817 2001 824 826 1.120 940 639 508 411 357 362 470 587 1.217 2002 1.459 1.360 1.480 1.073 699 537 451 390 388 394 536 691 2003 1.338 1.479 1.533 1.737 881 658 527 439 414 508 646 889 2004 606 508 455 529 704 770 2005 1.201 1.301 1.310 1.059 695 541 469 400 390 470 600 1.226 2006 2.052 1.442 1.636 1.770 901 687 562 462 452 652 799 1.311 2007 1.355 2.035 1.717 983 793 620 531 457 416 461 608 994

média 1.358 1.427 1.486 1.174 789 583 473 407 392 449 614 940

mínimo 824 826 1.005 764 533 407 349 320 308 330 474 609 máximo 2.128 2.139 2.287 1.770 1.274 811 606 508 493 652 995 1.311

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Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Cachoeirão série fornecida pela ANA, apresentada na Nota Técnica nº 04/2010/NHI – ANA, com vazões de 2007 e 2008 corrigidas no documento Comunicação Interna nº 36/2010/NHI – ANA.

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1931 1069 1358 1582 855 775 635 514 424 388 604 758 1013 1932 929 1144 1530 795 707 579 499 466 400 436 475 520 1933 2023 1264 862 953 672 550 445 363 353 383 548 1768 1934 1166 1524 1354 973 735 606 491 424 506 491 608 1214 1935 2941 948 2011 1008 797 645 523 423 359 502 530 1049 1936 784 2463 826 763 631 511 414 335 312 285 339 388 1937 1019 652 1531 977 660 572 463 375 351 438 451 2185 1938 2409 1085 924 768 670 543 440 356 305 981 694 1009 1939 839 1220 900 744 626 559 491 398 382 416 974 1206 1940 1997 2125 2579 1396 919 745 608 493 430 441 981 679 1941 1148 1695 2245 844 732 593 483 486 434 929 719 672 1942 1296 1356 1267 1640 828 676 548 443 435 678 993 633 1943 1652 1241 1425 1135 754 612 495 401 397 1018 931 1435 1944 749 1205 1118 761 617 511 414 335 316 400 853 675 1945 1553 1876 2183 1269 878 711 576 466 419 462 1051 1326 1946 864 2400 1443 833 940 681 579 469 390 409 973 1023 1947 2446 1509 1988 1000 817 662 536 434 375 531 656 1348 1948 931 1439 1091 799 662 536 474 384 430 473 881 4082 1949 1889 1973 1352 928 778 668 541 439 359 826 524 1816 1950 2429 1308 1927 882 718 581 471 381 309 449 679 2235 1951 1519 1403 3527 883 851 696 564 460 414 387 741 709 1952 1152 1084 1023 899 663 537 435 352 297 293 436 1105 1953 977 1285 1929 762 660 535 433 351 395 544 514 930 1954 1189 1758 2162 831 703 584 473 383 367 391 1081 638 1955 2051 844 2165 829 735 607 492 398 323 326 348 1581 1956 837 1333 818 1051 762 674 548 456 475 466 2048 1404 1957 1252 1866 1229 920 747 630 511 439 493 490 646 1357 1958 1408 987 1186 1027 749 610 516 418 369 411 837 1659 1959 3159 1308 2271 928 785 648 538 441 365 355 1838 1509 1960 1819 1782 1086 949 744 603 488 396 321 430 606 1245 1961 1878 1118 1794 831 752 611 495 445 368 400 555 1683 1962 2116 1685 801 967 680 558 452 378 452 470 478 2587 1963 819 1855 1093 822 682 553 448 363 312 323 773 570 1964 1599 684 946 627 564 457 373 303 249 641 1335 915 1965 1172 1425 1666 913 749 609 493 399 411 1219 1292 932 1966 1327 2052 1072 843 730 591 479 388 350 816 512 602 1967 761 844 946 849 627 517 419 339 288 472 591 1155 1968 685 1058 656 581 472 382 310 306 314 409 464 1238 1969 1175 744 848 697 595 486 394 319 291 361 769 1678 1970 1643 1077 833 772 671 544 440 357 296 507 476 467 1971 885 1086 656 614 548 447 392 328 365 445 551 574 1972 721 1375 703 631 544 449 393 324 302 365 1062 1125 1973 984 1015 919 701 592 500 412 340 312 397 1163 1607 1974 2286 974 1255 911 778 630 510 419 394 396 447 1364

Segue…

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continuação

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1975 844 1227 917 805 652 529 460 373 304 356 558 572 1976 870 1146 1382 1069 710 529 406 339 332 430 597 1156 1977 1233 1511 1005 987 848 673 447 356 355 460 682 1018 1978 1792 1354 2287 1154 968 723 577 500 441 560 689 1063 1979 1848 1739 1195 1037 686 407 399 370 456 456 632 713 1980 1278 2139 2190 1247 839 685 549 467 466 465 518 964 1981 1421 1411 1325 1415 983 657 529 446 383 465 995 1059 1982 1742 1819 1399 1474 937 704 566 478 470 536 630 958 1983 1286 1673 1218 1050 680 558 438 377 352 479 623 930 1984 989 949 1092 1000 735 509 418 372 381 426 565 1019 1985 1520 1504 1333 1223 846 578 470 391 371 480 573 609 1986 1252 1541 1343 943 692 537 432 411 404 488 493 703 1987 1357 1280 1235 998 673 486 392 348 326 337 615 1287 1988 1394 1329 1553 1249 811 568 447 375 336 366 623 1038 1989 1338 1693 1679 1350 861 587 493 430 400 381 494 1139 1990 1655 1446 1393 1103 771 550 473 480 488 608 679 821 1991 1191 1509 1607 1228 689 553 501 474 473 507 664 804 1992 987 1502 1368 1243 767 625 501 436 493 529 742 1350 1993 1127 1488 1018 834 649 522 419 376 357 393 474 786 1994 1442 1208 1772 1204 833 680 524 416 370 428 517 700 1995 2128 1949 1880 1631 1274 811 583 487 444 461 593 927 1996 1301 1156 1353 1133 764 571 439 401 378 401 732 670 1997 1265 1786 1731 1175 814 632 479 401 366 388 486 865 1998 867 1128 1232 764 533 412 349 320 308 363 639 1096 1999 1563 1089 1448 823 597 451 383 329 330 330 498 812 2000 1133 1360 1692 1135 680 495 426 368 371 366 652 817 2001 824 826 1120 940 639 508 411 357 362 470 587 1217 2002 1459 1360 1480 1073 699 537 451 390 388 394 536 691 2003 1338 1479 1533 1737 881 658 527 439 414 508 646 889 2004 1272 2741 1493 1272 926 687 606 508 455 529 704 770 2005 1201 1301 1310 1059 695 541 469 400 390 470 600 1226 2006 2052 1442 1636 1770 901 687 562 462 452 652 799 1311 2007 1355 2035 1716 983 792 620 531 457 416 461 608 994 2008 1122 2145 1926 1506 924 686 557 459 414 468 691 951

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Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Indeco Série gerada para esta nota técnica utilizando as cotas consistidas (1975-2006) e brutas (2007-2008), curva-chave da ANA

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1975 604 961 1976 1.210 1.694 2.058 1.631 1.138 759 543 428 396 568 744 1.345 1977 1.680 2.228 1.547 1.412 1.128 861 599 460 452 633 868 1.244 1978 2.595 2.043 3.468 2.414 1.687 1.030 799 653 580 627 791 1.389 1979 2.183 1.827 682 558 575 579 706 762 1980 1.327 2.478 2.229 1.186 843 688 554 534 603 683 1.215 1981 2.069 2.047 1.873 2.047 1.203 815 630 536 464 548 1.064 1.364 1982 1.936 2.902 2.711 2.256 1.542 941 713 567 638 682 755 932 1983 1.570 2.476 1.941 1.618 923 709 546 455 425 587 735 1.218 1984 1.374 1.276 1.654 1.771 1.151 719 538 454 468 510 694 1.111 1985 1.686 2.177 1.913 1.990 1.411 801 615 496 463 568 806 840 1986 1.937 2.354 2.143 1.634 1.115 740 566 507 508 664 670 832 1987 1.425 1.743 1.822 1.522 1.054 674 514 433 400 399 705 1.414 1988 1.820 1.915 2.653 2.087 1.278 834 593 465 406 468 729 1.435 1989 1.814 2.385 2.464 2.056 1.407 827 644 522 525 496 685 1.544 1990 2.174 2.120 2.636 1.691 1.326 955 866 1991 662 1992 791 633 563 616 664 802 1.310 1993 1.535 928 674 548 477 434 492 636 1.028 1994 2.118 1.937 2.531 1.983 1.124 791 661 515 436 494 639 1.014 1995 2.438 2.551 2.488 2.356 1.822 1.040 747 568 526 574 697 1.231 1996 1.630 1.593 1.752 1.719 1.174 783 592 492 465 540 862 986 1997 1.636 2.129 2.303 2.305 1.393 903 650 520 474 495 574 915 1998 1.018 1.507 1.945 1.159 779 553 439 380 355 437 740 1.199 1999 1.643 1.351 1.791 1.124 863 594 480 397 405 402 661 1.014 2000 2.014 2.401 2.662 1.791 1.045 710 569 473 483 468 783 1.229 2001 1.446 1.384 1.808 1.421 874 681 513 419 430 534 745 1.648 2002 2.517 2.239 2.039 1.467 897 675 552 467 459 484 670 861 2003 1.670 2.268 2.315 2.481 1.352 913 673 533 491 667 847 1.167 2004 1.666 2.906 3.282 2.169 1.334 898 734 600 535 595 818 917 2005 1.474 2.008 2.471 1.902 1.120 742 583 477 455 561 671 1.707 2006 2.623 2.162 2.342 2.726 1.525 909 694 571 532 722 918 1.443 2007 1.831 2.880 2.503 1.429 1.013 748 616 524 471 517 694 1.208 2008 1.515 2.647 2.754 2.214 861 664 535 474 571 819 1.437

média 1.801 2.131 2.281 1.870 1.200 799 621 503 480 557 744 1.185

mínimo 1.018 1.276 1.547 1.124 779 553 439 380 355 399 574 762 máximo 2.623 2.906 3.468 2.726 1.822 1.040 866 653 638 722 1.064 1.707

Legenda de cores: laranja vazões passaram por consistência hidrológica para evitar vazão incremental negativa

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Responsável Técnico Página 74 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/10

Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Jusante Foz Peixoto de Azevedo Série gerada para esta nota técnica utilizando as cotas consistidas (1980-2006) e brutas (2007-2008), curva-chave da ANA

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1931 2.662 3.495 4.142 2.044 1.814 1.410 1.061 801 697 1.320 1.765 2.500 1932 2.258 2.878 3.992 1.871 1.617 1.248 1.017 922 732 836 948 1.078 1933 5.414 3.224 2.065 2.327 1.516 1.165 862 625 596 683 1.159 4.678 1934 2.942 3.974 3.484 2.385 1.698 1.326 994 801 1.038 994 1.332 3.080 1935 8.062 2.313 5.379 2.486 1.877 1.439 1.087 798 614 1.026 1.107 2.604 1936 1.840 6.683 1.961 1.779 1.398 1.052 772 544 478 400 556 697 1937 2.517 1.459 3.995 2.396 1.482 1.228 914 660 590 841 879 5.881 1938 6.527 2.708 2.243 1.793 1.511 1.144 847 605 458 2.408 1.580 2.489 1939 1.998 3.097 2.174 1.724 1.384 1.190 994 726 680 778 2.388 3.057 1940 5.339 5.708 7.018 3.605 2.229 1.727 1.332 1.000 818 850 2.408 1.537 1941 2.890 4.468 6.054 2.013 1.690 1.289 971 980 830 2.258 1.652 1.516 1942 3.317 3.490 3.233 4.309 1.967 1.528 1.159 856 833 1.534 2.442 1.404 1943 4.344 3.158 3.689 2.852 1.753 1.343 1.006 735 723 2.515 2.264 3.718 1944 1.739 3.054 2.803 1.773 1.358 1.052 772 544 489 732 2.039 1.525 1945 4.058 4.990 5.875 3.239 2.111 1.629 1.240 922 787 911 2.610 3.403 1946 2.070 6.501 3.741 1.981 2.290 1.542 1.248 931 703 758 2.385 2.529 1947 6.634 3.931 5.313 2.463 1.935 1.488 1.124 830 660 1.110 1.470 3.467 1948 2.264 3.729 2.725 1.883 1.488 1.124 945 686 818 942 2.119 11.354 1949 5.027 5.270 3.478 2.255 1.822 1.505 1.139 844 614 1.961 1.090 4.817 1950 6.585 3.351 5.137 2.122 1.649 1.254 937 677 469 873 1.537 6.025 1951 3.960 3.625 9.753 2.125 2.033 1.586 1.205 905 772 694 1.716 1.623 1952 2.901 2.705 2.529 2.171 1.491 1.127 833 593 435 423 836 2.766 1953 2.396 3.285 5.143 1.776 1.482 1.121 827 590 717 1.147 1.061 2.261 1954 3.008 4.649 5.815 1.975 1.606 1.263 942 683 637 706 2.696 1.418 1955 5.495 2.013 5.823 1.969 1.698 1.329 997 726 510 518 582 4.139 1956 1.992 3.423 1.938 2.610 1.776 1.522 1.159 893 948 922 5.486 3.628 1957 3.190 4.961 3.123 2.232 1.733 1.395 1.052 844 1.000 991 1.441 3.493 1958 3.640 2.425 2.999 2.541 1.739 1.338 1.066 784 642 764 1.992 4.364 1959 8.691 3.351 6.129 2.255 1.842 1.447 1.130 850 631 602 4.880 3.931 1960 4.825 4.719 2.711 2.316 1.724 1.317 986 720 504 818 1.326 3.169 1961 4.996 2.803 4.753 1.975 1.747 1.341 1.006 862 639 732 1.179 4.433 1962 5.682 4.439 1.889 2.367 1.540 1.188 882 668 882 934 957 7.041 1963 1.941 4.929 2.731 1.949 1.545 1.173 870 625 478 510 1.808 1.222 1964 4.191 1.551 2.307 1.387 1.205 896 654 452 296 1.427 3.429 2.217 1965 2.959 3.689 4.384 2.212 1.739 1.335 1.000 729 764 3.094 3.305 2.267 1966 3.406 5.497 2.670 2.010 1.684 1.283 960 697 588 1.932 1.055 1.315 1967 1.773 2.013 2.307 2.027 1.387 1.069 787 556 409 940 1.283 2.910 1968 1.554 2.630 1.470 1.254 940 680 472 461 484 758 916 3.149 1969 2.968 1.724 2.024 1.589 1.294 980 714 498 417 619 1.796 4.419 1970 4.318 2.685 1.981 1.805 1.514 1.147 847 608 432 1.040 951 925 1971 2.131 2.711 1.470 1.349 1.159 867 709 524 631 862 1.167 1.234 1972 1.658 3.544 1.606 1.398 1.147 873 712 513 449 631 2.642 2.823 1973 2.417 2.506 2.229 1.600 1.286 1.020 766 559 478 723 2.933 4.214 1974 6.173 2.388 3.198 2.206 1.822 1.395 1.049 787 714 720 867 3.513

Segue…

Page 75: ADENDO 1 – RELATÓRIO FINAL - epe.gov.br · A série de vazões médias mensais para as estações de Indeco, Jusante Foz Peixoto de Azevedo e Santa Rosa foram geradas a partir

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Responsável Técnico Página 75 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/10

Continuação.

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1975 2.013 3.118 2.223 1.900 1.459 1.104 905 654 455 605 889 1.554 1976 2.051 3.078 3.889 2.939 1.905 1.170 783 587 535 825 1.143 2.332 1977 3.047 4.280 2.758 2.471 1.885 1.362 880 640 627 941 1.375 2.122 1978 5.140 3.856 7.290 4.711 3.061 1.692 1.245 977 848 930 1.231 2.424 1979 4.176 4.595 3.025 3.370 2.564 1.530 1.029 808 838 845 1.074 1.176 1980 2.293 4.863 5.896 4.281 2.002 1.329 1.041 802 768 794 1.011 1.894 1981 3.245 3.631 3.370 3.673 2.190 1.175 856 669 560 640 1.105 1.928 1982 3.256 5.883 5.418 4.182 2.887 1.500 992 744 780 855 904 1.156 1983 2.808 4.858 3.626 2.911 1.482 1.078 788 633 583 754 1.023 1.860 1984 2.444 2.382 3.291 3.665 2.461 1.303 772 531 610 740 1.085 1.757 1985 3.175 4.161 3.562 3.735 2.470 1.249 908 702 646 760 1.154 1.388 1986 3.495 4.245 3.965 3.211 2.251 1.208 822 655 664 1.119 1.226 1.501 1987 2.562 3.222 3.514 2.866 1.833 1.061 694 559 517 515 935 2.240 1988 3.181 3.602 4.833 3.974 2.443 1.423 897 632 521 642 1.143 2.519 1989 3.335 4.386 4.642 3.861 2.693 1.354 992 758 668 713 1.166 2.647 1990 4.154 4.031 5.240 3.069 2.292 1.543 944 734 539 811 1.025 1.566 1991 3.409 4.630 4.454 4.491 1.566 1.173 1.023 945 942 993 1.493 1.897 1992 2.425 3.911 3.524 3.164 1.791 1.231 942 817 911 993 1.251 2.076 1993 2.534 3.387 3.935 2.732 1.492 1.015 790 670 636 740 972 1.671 1994 3.866 3.731 4.656 3.719 1.879 1.230 991 735 638 743 975 1.677 1995 4.205 4.556 4.527 4.305 3.360 1.807 1.126 822 718 800 1.044 2.100 1996 2.699 2.847 3.198 3.199 2.224 1.295 854 684 630 760 1.295 1.626 1997 3.022 3.802 4.363 4.432 2.692 1.508 969 719 652 674 789 1.304 1998 1.507 2.400 3.483 2.113 1.342 828 600 500 475 590 1.069 1.910 1999 2.739 2.394 3.319 2.150 1.761 985 681 514 522 568 1.030 1.739 2000 3.688 4.251 4.931 3.487 1.934 1.094 780 611 633 642 1.173 2.287 2001 2.789 2.709 3.482 2.783 1.562 1.099 731 546 565 717 1.116 2.950 2002 4.680 4.150 3.795 2.737 1.564 1.042 791 658 640 699 1.035 1.499 2003 3.042 4.349 4.353 4.703 2.547 1.615 1.030 766 694 1.093 1.458 1.990 2004 2.944 5.152 6.076 4.322 2.558 1.548 1.115 848 764 860 1.296 1.594 2005 2.661 3.839 4.838 3.754 2.298 1.328 920 696 655 808 984 3.103 2006 5.206 4.124 4.541 5.452 2.710 1.452 1.050 831 763 1.094 1.565 2.520 2007 3.402 5.420 4.900 2.811 1.879 1.218 903 742 678 742 1.016 2.440 2008 3.444 4.952 5.176 4.244 2.620 1.491 1.014 769 672 816 1.244 2.625

média 3.505 3.725 3.892 2.741 1.864 1.275 935 712 647 937 1.517 2.653

mínimo 1.507 1.459 1.470 1.254 940 680 472 452 296 400 556 697 máximo 8.691 6.683 9.753 5.452 3.360 1.807 1.332 1.000 1.038 3.094 5.486 11.354 Legenda de cores:

azul vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Indeco (17340000) - correlação logarítmica

vermelho vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Santa Rosa (17410000) - correlação linear

verde vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Três Marias (17420000) - correlação logarítmica

amarelo vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Cachoeirão (17280000) - correlação linear

laranja vazões preenchidas por correlação com a estação fluviométrica de Cachoeirão (17280000), considerados discrepantes

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Responsável Técnico Página 76 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/10

Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Santa Rosa Série gerada para esta nota técnica utilizando as cotas consistidas (1982-mar2007) e brutas (abr2007-2008), curva-chave ajustada nesta nota técnica

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1982 1.360 1.517 1.691 2.372 1983 4.199 6.959 6.182 5.541 2.883 1.925 1.145 950 884 931 1.415 2.819 1984 3.993 4.196 5.705 6.531 4.514 2.480 1.574 1.109 1.233 1.437 2.044 3.016 1985 1986 2.312 1.499 1.101 1.091 2.031 2.235 2.832 1987 4.375 5.434 6.187 5.359 3.334 1.951 1.217 887 807 827 1.624 3.674 1988 5.133 6.110 7.858 6.882 4.507 2.497 1.485 1.023 748 1.024 1.982 4.104 1989 5.663 7.230 7.529 6.572 5.122 2.781 1.859 1.407 1.165 1.348 2.401 4.508 1990 6.535 6.336 7.959 6.038 4.006 2.180 1.599 1.251 928 1.378 1.733 2.628 1991 5.679 7.699 7.408 7.470 1992 1.885 3.472 1993 4.231 5.642 6.708 5.139 3.530 2.034 1.295 987 1.079 1.552 1.900 3.143 1994 5.377 5.921 7.288 6.377 3.849 2.423 1.776 1.155 1.023 1.378 1.870 3.954 1995 6.428 7.008 6.965 6.979 6.064 3.263 1.933 1.270 1.026 1.206 1.667 3.499 1996 4.415 4.596 5.528 5.504 4.051 2.339 1.361 1.015 930 1.278 2.370 2.973 1997 4.964 5.738 6.902 7.060 4.733 2.634 1.610 1.144 1.028 1.071 1.245 2.151 1998 2.426 3.901 5.681 1999 4.450 4.087 5.518 3.919 3.462 1.843 1.115 707 712 855 1.722 2.980 2000 5.724 6.637 7.396 5.904 3.540 1.884 1.218 878 954 2001 4.718 5.014 6.239 5.299 3.206 2.220 1.328 869 913 1.188 1.748 4.793 2002 7.496 6.607 6.085 4.838 2.764 1.656 1.120 887 798 937 1.540 2.315 2003 6.143 8.301 8.383 8.772 5.746 4.140 3.038 2.550 2.402 2004 8.568 6.861 4.201 2.518 1.509 980 863 1.000 2005 1.375 929 831 1.079 1.391 2006 6.360 6.143 7.194 7.842 5.160 2.747 1.632 1.060 1.003 1.605 2.337 3.768 2007 5.268 7.761 7.444 4.863 3.278 1.989 1.332 1.015 869 1.006 1.403 3.113 2008 4.576 7.473 7.981 6.773 4.678 2.540 1.586 1.065 869 1.136 1.810

média 5.150 6.133 6.941 6.215 4.131 2.398 1.528 1.102 1.022 1.228 1.810 3.269

mínimo 2.426 3.901 5.518 3.919 2.764 1.656 1.115 707 712 827 1.245 2.151 máximo 7.496 8.301 8.568 8.772 6.064 4.140 3.038 2.550 2.402 2.031 2.401 4.793

Legenda de cores: laranja vazões passaram por consistência hidrológica para evitar vazão incremental negativa

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Série de vazões médias mensais do rio Teles Pires em Três Marias Série gerada para esta nota técnica utilizando as cotas consistidas (1975-2007) e brutas (2008-2009)

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 1975 2.597 1976 3.692 5.487 6.840 6.299 4.748 2.787 1.669 1.181 1.050 1.454 2.176 3.555 1977 5.293 6.563 6.448 5.804 4.882 3.506 2.012 1.344 1.233 1.904 2.565 4.003 1978 8.528 6.889 10.354 8.160 6.206 3.964 2.374 1.681 1.423 1.688 2.280 4.107 1979 6.559 7.644 4.600 2.752 1.822 1.404 1.500 1.462 1.897 2.194 1980 4.591 7.910 7.246 3.982 2.401 1.702 1.314 1.239 1.471 1.809 2.928 1981 5.658 6.753 6.469 6.993 4.296 2.288 1.558 1.247 1.098 1.227 2.137 3.512 1982 6.113 8.541 8.726 7.466 5.577 2.924 1.957 1.439 1.511 1.647 1.743 2.245 1983 4.020 6.433 1984 1985 6.105 2.851 1.863 1.376 1.221 1.347 2.056 2.836 1986 6.194 7.687 7.414 6.625 4.661 2.598 1.690 1.356 1.352 1.911 2.259 2.909 1987 4.639 5.876 6.721 5.680 3.641 2.146 1.413 1.106 1.033 1.037 1.592 3.349 1988 5.274 6.428 8.956 8.035 5.365 3.014 1.791 1.331 1.097 1.255 1.840 3.895 1989 6.090 8.149 8.733 7.919 6.135 3.114 2.107 1.597 1.348 1990 1991 1992 1993 1994 1995 5.042 5.737 6.674 7.663 6.958 3.576 2.071 1.462 1.243 1.324 1.658 3.539 1996 4.709 4.997 6.139 6.339 4.812 2.602 1.610 1.272 1.165 1.367 2.220 2.944 1997 4.862 6.300 7.535 8.482 5.438 2.859 1.792 1.335 1.185 1.178 1.305 2.047 1998 2.303 3.750 6.247 4.828 2.901 1.621 1.113 943 899 989 1.615 2.905 1999 4.608 4.276 5.935 4.379 3.691 1.999 1.307 958 910 1.008 1.621 2.685 2000 5.799 6.976 8.101 6.843 4.021 1.388 1.112 1.124 2001 5.019 5.469 6.994 6.215 3.686 2.496 1.563 1.132 1.099 1.288 1.645 4.636 2002 8.083 7.078 6.760 5.405 2.982 1.828 1.303 1.101 1.010 1.094 1.524 2.193 2003 4.536 7.366 7.547 8.828 4.914 2.839 1.700 1.253 1.108 2004 10.164 8.018 4.660 2.685 1.802 1.335 1.212 1.269 2.426 2005 3.871 5.909 8.060 6.820 4.147 2.186 1.457 1.093 1.021 1.148 1.363 4.001 2006 6.612 6.505 8.143 8.878 6.004 3.014 1.822 1.306 1.147 1.566 2.237 3.481 2007 5.267 8.285 8.544 2008 4.461 8.284 9.235 7.943 5.311 2.743 1.718 1.261 1.093 1.246 1.771 5.224 2009 6.749 7.104 8.609 8.650 7.333 4.142 1.908

média 5.330 6.597 7.723 7.061 4.887 2.757 1.712 1.278 1.173 1.358 1.872 3.227

mínimo 2.303 3.750 5.935 4.379 2.901 1.621 1.113 943 899 989 1.305 2.047 máximo 8.528 8.541 10.354 8.878 7.333 4.142 2.374 1.681 1.511 1.911 2.565 5.224

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ANEXO 3 – SÉRIES DE PRECIPIAÇÃO EM DIAMANTINO E ALTO TAPAJÓS Série de precipitações mensais em Diamantino série fornecida pela ANA Série pluviométrica mensal (mm) - Estação Diamantino

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez anual 1931 249 291 315 119 92 7 0 9 49 209 222 258 1820 1932 219 256 314 78 71 7 33 68 25 125 134 144 1475 1933 428 281 173 201 11 7 0 3 66 108 190 398 1864 1934 270 316 273 180 15 13 0 29 162 107 178 303 1846 1935 515 176 373 174 45 0 0 0 18 184 160 281 1926 1936 192 459 136 114 14 0 0 0 45 36 121 126 1243 1937 296 174 344 218 29 42 0 0 52 157 119 458 1888 1938 447 219 173 88 53 0 0 0 19 308 204 259 1770 1939 198 276 186 99 26 57 43 0 66 119 285 297 1652 1940 395 389 433 246 76 0 5 0 34 103 284 174 2140 1941 277 349 408 67 54 0 3 105 45 275 191 155 1930 1942 301 293 262 318 52 6 0 0 85 218 266 116 1915 1943 359 268 291 222 9 1 0 0 80 299 247 320 2095 1944 131 269 238 72 0 13 0 0 49 152 264 186 1373 1945 348 372 396 235 93 0 0 0 46 136 292 312 2229 1946 191 440 280 67 192 0 31 0 11 103 288 265 1868 1947 456 298 363 162 53 0 0 0 26 189 201 325 2072 1948 217 307 225 106 17 0 43 0 133 137 255 651 2090 1949 351 352 244 120 29 43 0 0 5 270 121 399 1932 1950 446 260 353 87 4 0 0 0 0 179 222 453 2004 1951 318 284 551 39 140 16 0 4 45 57 244 203 1901 1952 284 249 224 182 0 0 0 0 13 57 178 310 1497 1953 253 293 376 50 48 0 0 0 123 186 134 256 1719 1954 285 359 395 55 33 17 0 0 63 103 309 166 1784 1955 417 172 409 100 71 13 0 0 0 72 93 393 1740 1956 221 304 169 234 117 64 2 13 118 90 442 310 2083 1957 265 354 235 144 16 28 1 27 148 105 192 325 1840 1958 309 206 248 205 38 3 25 0 34 125 259 372 1823 1959 531 252 396 108 36 14 15 5 9 66 431 340 2204 1960 362 338 202 166 17 0 0 0 0 166 202 315 1769 1961 384 236 346 82 87 3 0 48 9 113 188 386 1882 1962 412 328 68 206 13 9 0 13 153 123 109 503 1935 1963 181 370 219 122 18 0 1 0 20 78 262 166 1437 1964 364 128 226 29 63 0 4 0 4 249 344 234 1645 1965 270 301 328 150 33 2 0 0 97 332 309 213 2035 1966 285 385 197 92 53 0 0 0 40 268 115 168 1603 1967 205 212 224 184 6 10 0 0 15 193 198 300 1548 1968 157 254 64 55 1 0 0 62 73 156 149 322 1294 1969 282 153 191 101 35 4 0 0 36 138 253 380 1572 1970 345 226 149 127 52 0 0 0 8 203 146 97 1352 1971 255 273 103 91 56 3 33 12 110 154 175 158 1424 1972 197 319 112 69 37 9 33 6 44 133 309 286 1554

Segue…

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Série pluviométrica mensal (mm) - Estação Diamantino Continuação.

ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez anual

1973 235 229 196 58 27 22 8 7 41 152 322 359 1656

1974 426 185 254 160 78 0 0 7 60 86 138 345 1739

1975 212 280 196 154 21 2 35 0 3 122 201 173 1397

1976 234 374 264 144 94 2 0 8 45 129 204 160 1657

1977 245 222 141 169 105 15 0 8 115 92 264 307 1683

1978 296 315 140 327 122 0 1 10 73 251 280 324 2136

1979 507 342 270 159 53 0 7 34 45 91 60 346 1913

1980 322 327 176 69 57 15 0 19 73 74 178 345 1656

1981 328 171 206 90 5 31 0 8 47 121 224 218 1449

1982 312 242 299 108 40 0 0 33 132 154 255 194 1769

1983 375 207 182 73 75 14 4 0 50 127 312 271 1690

1984 129 116 167 236 35 0 0 29 69 178 146 268 1373

1985 267 155 225 110 4 9 15 2 37 101 57 88 1070

1986 245 204 181 82 83 7 0 62 65 102 142 264 1435

1987 300 128 253 93 31 33 0 0 6 115 178 346 1484

1988 352 260 314 226 17 2 1 0 3 126 248 371 1920

1989 281 223 358 229 17 20 17 68 11 110 118 201 1652

1990 222 98 201 83 76 0 12 32 176 192 262 239 1591

1991 279 274 303 190 79 2 2 2 54 164 230 210 1790

1992 218 300 227 130 16 0 0 47 110 110 211 468 1837

1993 117 314 147 102 103 55 4 6 18 78 218 241 1403

1994 299 282 174 118 43 46 20 7 60 173 160 198 1582

1995 221 367 290 166 56 12 0 16 23 117 260 212 1740

1996 222 143 330 120 45 0 0 73 27 94 306 255 1616

1997 286 176 228 227 68 23 5 0 98 149 255 285 1801

1998 134 89 185 104 103 1 0 42 33 119 219 134 1163

1999 198 199 325 146 0 20 2 0 42 107 240 261 1539

2000 229 368 378 129 1 0 0 17 35 143 340 286 1926

2001 252 193 200 76 75 0 1 54 95 267 378 384 1977

2002 369 476 275 74 109 0 10 19 29 120 191 229 1900

2003 427 383 369 152 52 0 0 2 78 233 200 259 2155

2004 472 447 129 202 61 2 69 2 44 185 313 261 2187

2005 376 167 264 85 19 0 0 10 102 196 269 415 1904

2006 257 440 344 200 15 0 29 31 102 258 174 346 2196

2007 227 363 261 93 27 4 32 3 4 145 303 337 1800

2008 457 267 298 203 22 0 0 3 25 99 152 399 1926

2009 191 441 354 226 132 23 5 57 92 139 279 450 2388

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Série de precipitações mensais em Alto Tapajós Série fornecida pela ANA, obtida no INMET INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA – INMET ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA PRINCIPAL DE ALTO TAPAJÓS/PA Lat : 07°21'00'' S Long : 057°31'00'' W Alt :140 m PRECIPITACAO, TOTAL MENSAL (mm)

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1925 474,7 481,6 288,7 266,3 137,6 37,2 154,6 53,6 257,2 295,7 193,8 315,6 1926 447,4 452,5 391,5 439,9 38,4 2,0 1,2 X X X X X 1927 X X X X X X X X X X X X 1928 X X X X X X X X X X X X 1929 X 367,7 403,3 371,7 87,1 0,1 0,0 69,9 133,4 81,9 246,7 553,6 1930 342,2 286,3 222,3 291,4 60,2 35,2 16,1 43,7 144,9 120,1 253,6 356,1 1931 292,7 406,7 351,4 290,0 129,0 22,6 0,0 1,8 116,2 185,7 336,9 211,0 1932 438,1 377,8 383,2 252,8 125,5 31,2 41,4 52,8 55,5 X 309,1 311,2 1933 282,5 449,8 387,5 429,0 16,8 0,2 7,0 49,2 172,0 374,6 180,2 309,6 1934 382,8 X 294,4 307,0 112,4 41,5 0,0 104,4 142,3 199,5 243,4 279,6 1935 336,5 446,8 429,5 451,9 189,6 17,8 0,0 46,1 89,1 256,0 447,5 309,9 1936 371,2 423,5 X 212,7 71,7 1,0 0,0 3,0 91,2 X X X 1937 X X X X X X X X X X X X 1938 443,6 379,2 449,3 251,7 67,5 24,8 0,0 4,0 73,9 355,3 430,0 490,6 1939 523,0 414,2 351,0 258,8 132,1 13,3 48,0 90,8 177,6 313,2 565,9 273,9 1940 444,7 561,7 432,5 248,1 253,9 33,7 50,4 31,5 194,1 179,2 246,5 268,5 1941 444,9 221,8 543,1 281,2 78,9 0,5 5,5 145,0 102,9 398,9 325,0 307,6 1942 344,7 547,1 377,0 175,5 178,4 33,4 0,0 14,4 174,9 200,0 X X 1943 544,5 136,7 400,3 153,7 94,8 35,8 0,0 4,9 130,3 169,4 310,7 241,2 1944 526,8 478,8 254,4 283,2 42,7 22,6 0,0 0,0 127,4 275,3 264,8 336,1 1945 361,4 323,5 559,2 343,5 149,9 44,8 0,0 10,1 159,6 227,6 402,1 359,4 1946 380,2 290,9 246,5 252,4 187,0 59,3 11,0 0,3 127,0 151,8 328,2 282,6 1947 430,3 359,2 616,9 263,1 161,1 13,6 19,7 127,1 147,0 219,8 360,0 390,1 1948 506,4 333,0 504,6 369,1 58,3 19,6 51,0 46,5 157,7 263,4 206,6 352,3 1949 439,5 337,9 294,1 226,5 176,5 59,0 4,3 12,2 99,8 207,0 192,1 258,2 1950 612,2 424,8 626,1 391,3 41,8 6,6 0,3 1,0 144,2 150,5 337,3 399,2 1951 349,9 252,3 554,8 321,7 231,6 14,5 0,0 17,8 230,5 222,5 365,8 378,0 1952 279,5 385,5 470,4 314,3 85,2 66,9 3,3 49,4 151,2 153,8 241,9 431,0 1953 356,0 486,1 526,1 284,5 X 38,0 5,3 8,5 308,0 243,1 461,4 513,3 1954 319,8 316,0 342,4 265,1 51,1 9,0 1,7 0,0 131,6 81,7 358,3 301,1 1955 281,7 340,2 553,8 290,2 92,6 19,5 0,0 8,0 119,4 234,4 283,8 311,4 1956 474,9 214,2 339,8 348,8 296,8 19,1 42,3 41,7 80,3 384,9 299,8 428,7 1957 540,3 365,0 294,3 226,1 77,3 39,9 1,0 15,1 170,5 134,5 219,8 232,8 1958 371,5 428,6 623,9 405,9 115,7 18,3 23,1 4,0 112,4 203,8 270,6 273,0 1959 404,4 249,0 473,6 121,9 200,8 63,9 1,8 24,0 114,9 249,4 186,4 202,6 1960 366,8 406,6 591,1 243,4 156,8 0,6 0,0 25,6 116,6 296,7 279,0 411,6 1961 X 279,4 450,9 173,3 218,8 0,0 0,0 0,0 90,8 213,3 217,1 410,2 1962 376,7 394,2 516,9 367,5 62,5 30,0 2,8 12,4 113,3 296,8 381,9 356,5 1963 227,2 188,7 352,3 325,8 127,8 0,0 0,0 1,0 44,3 92,5 413,6 452,4 1964 534,8 653,6 389,6 255,5 202,0 59,0 8,5 7,4 156,6 271,1 217,1 381,6 1965 480,6 413,6 661,0 400,8 26,4 47,0 49,3 X 60,8 269,0 208,5 234,0 1966 215,9 319,8 355,0 268,8 139,1 12,6 0,0 19,9 134,0 183,3 362,8 240,6 1967 343,6 437,2 342,6 370,5 93,7 8,7 5,5 9,1 45,9 296,3 248,5 222,1 1968 259,6 254,1 316,8 415,0 236,7 18,3 0,0 27,2 151,8 229,9 278,3 328,3 1969 322,6 288,0 423,5 228,0 123,1 0,6 5,6 32,7 208,0 167,3 107,6 372,7 1970 249,1 330,3 253,2 355,8 63,6 37,7 X 64,3 109,0 161,7 233,8 177,5 1971 293,1 337,6 339,9 318,8 150,7 101,9 38,7 91,2 101,6 206,2 276,0 165,5 1972 370,2 365,4 278,1 316,8 325,1 42,5 74,7 155,7 188,1 175,7 357,6 233,0 1973 135,1 323,2 272,1 250,5 352,7 73,0 57,9 110,1 138,4 225,6 284,8 261,5 1974 259,1 187,0 279,1 309,5 125,2 8,9 0,3 27,3 130,6 100,8 221,4 411,9 1975 323,7 353,0 406,5 329,3 188,8 51,2 56,5 9,4 105,7 172,2 267,9 229,2 1976 288,4 254,0 298,0 153,3 119,2 8,8 4,3 50,5 104,2 182,5 320,7 196,3

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ANEXO 4 – MAPA DO RESERVATÓRIO COM LINHAS DE INUNDAÇÃO PARA OS TEMPOS DE RETORNO DE 50 E 100 ANOS

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Responsável Técnico Mário Gramani Guedes CREA Nº 52906/D-SP

ANEXO 5 – ARRANJO DA UHE TELES ________________________________________________________________________________________________

ARRANJO DA UHE TELES PIRES CONSIDERANDO A

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Página 82 de 91 Revisão: 2

Data: Outubro/2010

PIRES CONSIDERANDO A ECLUSA

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Responsável Técnico Mário Gramani Guedes CREA Nº 52906/D-SP

ANEXO 6 – PERFIL LONGITUDINAL

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PERFIL LONGITUDINAL DA ECLUSA

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Página 83 de 91 Revisão: 2

Data: Outubro/10

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Responsável Técnico Mário Gramani Guedes CREA Nº 52906/D-SP

ANEXO 7 – VISTAS DA ECLUSA EM

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VISTAS DA ECLUSA EM 3D

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Página 84 de 91 Revisão: 2

Data: Outubro/10

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Responsável Técnico Página 85 de 91 Mário Gramani Guedes Revisão: 2 CREA Nº 52906/D-SP Data: Outubro/10

ANEXO 8 – OFÍCIO N° 033/SPNT/MT – DEFINIÇÃO DO COMBOIO-TIPO PARA A HIDROVIA TAPAJÓS-TELES PIRES

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ANEXO 9 – ART’S DOS PROFISSIONAIS

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