acto n. 22, de 13 de março de 1893 2_1893.pdf · terço restante as áreas e pateos. 2. ... cujo...

7
Acto n. 22, de 13 de março de 1893 Alfredo Angustode Azevedo, intendente municipal de Porto Alegre: Faço saber, em cumprimento do disposto no art. 33 da lei organica, que, não tendo sido transmittidas, no prazo legal, observacoes nem emendas ao projecto de 86 - lei n. 2 d'esta. íutendcncia, publicado pela imprensa no dia 10 do mez de fevereiro proxirno findo, promulgo, tal qual foi projectada. a seguinte Lei n. 2 CODIGO m: POSTUI:tAS MU~WIPAES SOBRE CONSTltUCçõES DaI:; editicações predios Art. 10 - As edificacões e reediíicacões dentro dos limites urbanos, assim como as alterações que se fizerem nos predios actuaes, ficam sujeitas á immcdiata tlscali- sacao da municipalidade. Art. 2° - Os proprietarios deverão apresentar um plano completo das obras que pretendam executar, constando: a) Da planta de nada pavimento. b) Da elevação das fachadas principaes. c) De cortes longitud iuaes e transversaes q ue dêrn perfeita comprehensão do projecto, indicando ao mesmo tempo os declives do terreno, e quaes as obras necessa- rias ao exgotto das aguas. d) Do plano completo de qualquer dependencia que tenha a mesma obra . .As escalas d'esses desenhos serão de 1/100 para a :planta e elevações, e de 1/60 para os cortes. Os planos serão assignados pelo propríetario ou seu procurador. e desenhados em duplicata, sendo um dos exemplares estampilhado. § 10 Ficam dispensados dos desenhos de que trata este artigo, os galpoes, telheiros, e obras analogas que tenham de ser construidas no interior do terreno, de- vendo, entretanto, ser indicada a lrea a occupar-se com essas edifícacões e o seu fim. § 2 0 Não carecem de licença os simples concertos para conservação dos prédios e as obras que devam ser feitas em virtude de intirnacão para cumprimento d'este codigo.

Upload: vudang

Post on 15-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Acto n. 22, de 13 de março de 1893

Alfredo Angustode Azevedo, intendente municipalde Porto Alegre:

Faço saber, em cumprimento do disposto no art. 33da lei organica, que, não tendo sido transmittidas, noprazo legal, observacoes nem emendas ao projecto de

-86 -

lei n. 2 d'esta. íutendcncia, publicado pela imprensa nodia 10 do mez de fevereiro proxirno findo, promulgo,tal qual foi projectada. a seguinte

Lei n. 2

CODIGO m: POSTUI:tAS MU~WIPAES SOBRE CONSTltUCçõES

DaI:; editicações predios

Art. 10 - As edificacões e reediíicacões dentro doslimites urbanos, assim como as alterações que se fizeremnos predios actuaes, ficam sujeitas á immcdiata tlscali-sacao da municipalidade.

Art. 2° - Os proprietarios deverão apresentar umplano completo das obras que pretendam executar,constando:

a) Da planta de nada pavimento.b) Da elevação das fachadas principaes.c) De cortes longitud iuaes e transversaes q ue dêrn

perfeita comprehensão do projecto, indicando ao mesmotempo os declives do terreno, e quaes as obras necessa-rias ao exgotto das aguas.

d) Do plano completo de qualquer dependenciaque tenha a mesma obra .

.As escalas d'esses desenhos serão de 1/100 para a:planta e elevações, e de 1/60 para os cortes.

Os planos serão assignados pelo propríetario ou seuprocurador. e desenhados em duplicata, sendo um dosexemplares estampilhado.

§ 10 Ficam dispensados dos desenhos de que trataeste artigo, os galpoes, telheiros, e obras analogas quetenham de ser construidas no interior do terreno, de-vendo, entretanto, ser indicada a lrea a occupar-se comessas edifícacões e o seu fim.

§ 20 Não carecem de licença os simples concertospara conservação dos prédios e as obras que devam serfeitas em virtude de intirnacão para cumprimento d'estecodigo.

- 81 -

-

Art. 3° - As condições essenciaes a que estão sujei-tas as edif'icacões serão:

1. A edificação não se cxtendcrá além de dousterços da superficie total do terreno, incluindo-se noterço restante as áreas e pateos.

2. Nenhuma habitação terá mais de 20m,0 de fundosem que medeie uma área ou pateo, cujo lado minimoseja pelo menos igual a um terço da altura total doedifício. ~

Exceptuarn-se aquellas que tiverem aberturas parauma passagem lateral cuia largura seja pelo menosigual a um terço de altura da fachada.

3. A área total das portas e janellas de todas asfachadas será pelo menos igual á quinta parte da árealivre total do edificio.

4. Nas condições 1\ 2a e 3a salvam-se os casos es-peciaes a juizo da intendencia.

5. Nenhum compartimento terá menos de sete me-tros quadrados de área livre, com excepção d'aquellesdestinados a latrinas, banheiros, dispensas e passagens.

6. Os corredores não poderão ter comprimento SUl

perior a ~wm,O sem que recebam luz directa de alguma.área ou pateo.

7. Todos os compartimentos terão o convenientearejamento.

8. A altura da fachada sobre a rua não poderá ser'superior a uma e meia vez a largura da mesma rua.

a) Quando os edifícios tiverem fachadas sobreduas ruas que se cruzem, com larguras differentes, aaltura será determinada pela maior largura.

b) Quando os edifícios tiverem fachadas sobre duasruas proximamente na mesma direceão e com grandedifferença de ni vel, a altura será determinada pela in-tendencia.

c) As alturas serão medidas desde a calçada dopasseio até a linha horisontal mais alta que tenha oedifício,

I j

- 88 - - 89 -

d) As medidas serão tornadas no centro da fachada.9. A altura mínima dos pés direitos interiores, será,

para as editicacões que ficarem nJS alinhamentos, de4m,0 para as casas térreas, e para os sobrados de 4tn,0para () andar térreo, de 3,78 para o 10 andar. de 3,5&para o 2° andar, e assim por diante na mesma pro-porção.

10. As soleiras ficarão na altura de 0,16 acima dospasseios, e nas ruas onde não haja calçamento na altu-ra que f'õr indicada pelos engenheiros da municípali-dade.

11. Nas ruas que tiverem de ser aterradas para ofuturo as soleiras poderão ficar em altura inferior áque fór indicada, desde que isso convenha ao proprie-tario, que não poderá protestar contra o levantamentoposterior que soffra a rua.

1:J. Os soalhos dos pa virnentos térreos deverão fi-car pelo menos a O,mõO acima do 3010, e nunca inferio-res ás soleiras.

Exceptuam-se casos de armazém, a juizo da inten-dencia.

13. 'rodas as paredes terão a espessura sufficicnte •.a juizo da intendencía.

14. As paredes lateraes, divisarias de um prédiocom outro contiguo, terão a resistencia precisa para semanterem sem o apoio das paredes visinhas, salvo ocaso de meacao, em que a parede divisoria é uma uni-ca e deve ter a resistencia necessaria para servir aosdous prédios contiguos e meeiros.

'15. Nenhum edifício terá beirada saliente de telha-do, nem balanço algum superior a um metro.

16. Nas casas assobradadas, onde se tenha de cons-truir sacadas ou balcões, estas sacadas ou balcões de-verão ficar pelo menos a 2m,3 acima do passeio e não

i poderão ter saliencia superior a om,óo.17. Os degráos f6ra do alinhamento das ruas s6

serão permittidos em casos especiaes a juizo da inten-

dencia, ou como medida provisoria em ruas que tenhamde ser aterradas para o futuro.

18. Não serão permittidos em caso algum, nos edi-fícios que ficarem nos alinhamentos, as rotulas e portasde abrir para Ióra, assim como as hornbreiras, vêrgas,peitoris, sacadas e balcões de madeira.

19, O alinhamento será dado pelo plano principalda fachada do edificio e, no caso de columnas ou pilas-tras, pelas mesmas columnas ou pilastras.

20. Os soccos não poderão sobresair de mais deom,IO do alinhamento.

21. Os predios que não tiverem de seguir os ali-nhamer.to~ das ruas deverão ficar afastados pelo me-

nos 4tn,0.2~. Em qualquer proiecto de casa de moradia será

indieado o compartimento reservado li latrina.23. Não serão admittidas as cdificacões de madei-

ra nos alinhamentos das ruas e nem contíguas a outros

predios.24. Os predios que forem repartidos para mais de

uma habitação não terão, em comffium, quintal, exgotto,latrinas e tanques.

~ó. Os predios destinados a habitaçOes collectivas-como hotéis, casas de pensão, etc., e os destinados areuniões, como thoatros, sala de baile, eie., deverão sa-tisíazer as condições de hygiene, segurança e esthetica,a juizo da intendencia.

26. Ao projecto de pl'edios destinados a estabeleci-mentos induscriaee deverá acompanhar uma planta to-pographica de todo o terreno de sua serventia.

N'esta planta será figurado o plano completo deexgotto de aguas .e a posição do prédio em relação aoutros visinbos.

27. As chaminés das fabricas. officinas, etc., deve-rão ter altura superior á dos predios visinhos.

!:l8. Não será permittida a coílocecao de tubos para

Il

!)O - - 91 -

escapamento de vapor ou fumo nas paredes que ditopara os logradouros publicas.

Art. 4° - Os constructores terão sempre ao pé daobra os desenhos appro vados, de modo que em qual-quer tempo possam ser examinados pelos engenheirosda municipalidade.

A cada infraccão deste artigo pagará o proprieta-rio a multa de 5$000.

Art. 5° - Nenhuma alteração se fará durante a exe-cução da obra sem prévia licença da mnuicipalidade ;devendo para isso serem ele novo apresentados 03 dese-nhos com as modificações indicadas,

O infractor pagará a multa de 50$000 e será obri-gado a demolir a parte alterada desde que se afaste dascondições exigidas neste codigo.

Art, 60 - Nenhum proprietário poderá impedir quesejam feitos os exames que cabem aos engenheiros damunicipalidade para se certificarem da solidez das edí-ficacões, quer estas estejam em execução, quer já seachem concluidas.

Art. 7° - Os proprietarios serão obrigados a demo-lir qualquer parte da edificacão. toda vez que se veri-fique a sua má execução, sob pena de não poder pro-seguir nas obras e multa de 100$000, ficando entendidoque nada terá a intendencia com os conflictos que sesnscitarem por esse motivo entre o proprietario e o con-structor.

Art, 80 - Os nroprietarioa de prédios, muros ououtras construccões que ameaçarem ruína serão obriga-dos a demolil-os no todo ou parte, a juizo da intenden-cia, no praso que lhes fõr marcado pela mesma.

Conclnido esse praso a demolição será feita pelamunicipalidade e por conta do proprierario.

Art. Ho - Em qualquer demolição será observadotodo o cuidado, de modo a não correr risco o transitopublico, sob pena de 200$000 de multa.

Dos muros e cercas

Arr. 10 _ Os proprietarios de terrenos que fizeremface aos logradouros publicas serão obrigados a mural-osou cereal-os dentro do praso de 3 mezes, a contar dadata do edital da intendencia, fazendo a íntímacão. at-tentas as condições dos R§ seguintes:

§ 1,) Serão cercados com murç,s rebocados e caia-dos, ou gradis com aiicerces e pilares de alvenaria, osterrenos situados em quadras de ruas ou praças ja edi-ficadas em mais de metade.

§ 20 Poderão ser cercados simplesmente com Üi,-

boas bem unidas e com ~m,ú pelo menos de altura, osterrenos existentes em \luadl'as de ruas ou praças queainda não se acharem edificadas em mais de metade.

§ Ro Poderão ser cercados, de qualquer fórma, 08

terrenos que estiverem f6ra da zona em que fôr mar-cado horário para a retirada elo lixo.

§ 40 Os portões IIue se fizerem nos muros terãodimensõe~\ convenientes, a juizo da ictendencia.

Art. 11 _ Expirado o praso a que se refere o anti-go antecedente será taxado o imposto respectivo.

Dos trapiches, caes. ele.Art. 12 _ Ninguem poderá fazer obras no littoral-

mesmo em marinhas de sua propriedade, sem que pre-ceda de licenç,a da municipalidade.

As obras deverão ter a necessaria solidez e nãopoderão prcjudi(~ar as marinhas visinhas e nem o canal.

Do deposito de maleriaes nas ruas 'e andailnes

Art. 13 _ Os que depositarem materiaes nos logra-doures publicos, de conformidade com a licença que Inestôr concedida, só occuparão a extensão da frente de suapropriedade e não poderãO exteuder ·os referidos ma-teriaes além da metade da rua ou estrada, quando alar gura entre passeios não fór de menos de 5

m,O, ou

I- 93

- 92- terreno nivelado e calçado nas condições em que o mes-mo se achava antes da obra, e reparar durante o prasode um mez os estragos e reba.ixamentos produzidos pelorecalque das terras,

O íntractor pagará a multa de ~O$OOO.Art, 20 - A face superior das linhas de carris de-

verá acompanhar o nivelamento das ruas ou praças; esempre que se tenha de fazer alguma reparação seráde modo a não alterar o calçamento existente,

Art. 2J - Os que fizerem oxcavacoes nas proximi-dades de habitacoes ou do transito publico, deverão dei-xar (I talude necessario á estabilidade das terras, a juizoda intendencia..

Os infractorcs pagarão a multa de 60$000.Art. 22 - Ninguem poderá tirar aterro ou Iazer

quaesquer cxcavaçOes nas ruas, praças e praias sem.prévia licença da municipalidacte.

Os íntractores incorrerãu na multa de 10$000 ouna pena de 5 dias de cadêa.

Art. 23 _ Todos os proprietaríos de predios ou ter-renos que enfrentarem com as ruas e praças que te-nham sargetas 011 calhas empedradas, são obrlgadoa aconstruir o passeio correspondente no praso de tresmezes, a contar da data do erlital da intendencia inti-mando-os a fazer esse melhoramento.

Expirado este praso sor-lhes-á taxado o imposto res-pectivo.

§ unico. A frente de todos os predios que foremconstruidos d'ora em diante nos alinhamentos das ruasqne tenham sargetas ou calhas empedradae. receberá orespectivo passeio no acto da coustruccão.

Art. 24 - Na construcção dos passeios se observa-rão os seguintes detalhes:

a) Serão empregadas somente pedras graniticas,Iages de grés, mar more ou mosaico 'em cimento.

b) Nas ladeiras de mais de 6 °10 da declividade,

além da distancia de 8m,0 nas praças; não sendo emcaso algum impedido o livre curso das aguas nas sar-getas.

§ unico. Quando as ruas tiverem menos de 5 me-tros de largura entre os passeios e n'outros casos espe-ciaes a intendencia resolverá.

Art. 14 - Os andaimes e mais apparelhos de seme-lhante natureza, que se empregarem nas obras, devemser construidos e collados com a máxima segurança e ossoalhos dos referidos andaimes completamente vedados,de modo a não correr risco o transito publico, sob penade serem demolidos pelos proprietarios, além da multade 100$000.

Art. 15 - Os entulhos que tiverem de ser lançadosdo alto sel-o-ao por meio de calhas fechadas para umdeposito igualmente fechado, sob pena de bO$OOO de multa.

Art. 16 - Concluida qualquer obra, serão removi-dos os andaimes, amassadores e depósitos de materiaesdas ruas e praças dentro do praso de 4 dias, sob penade 5$000 por dia de excesso.

Art. 17 -- Si por effeito das mesmas obras ficaralgum estrago nas calcadas, sargetas, canos ou sumidou-ros publicos, serão esses estragos .reparados no prasode 15 dias, sob pena de 50$000 de multa.

Do calçamento das ruas e excaoaçõesArt. 18 - Não poderá ser feita excavação alguma:

nos logradouros publicos sem prévia licença da muni-cipalidade.

§ 1° As companhias que por seus contractos jágosarem do direito de fazer descalcamentos e excava-coes nos logradouros publicas, são obrigadas a avisar aintendeneia préviamente sobre o dia e local em que ti-verem de fazer as referidas obras.

O infractor pagará a multa de 20$000.Art. HI - Todo aquelle que fizer excavacoes nos

solos dos logradouros públicos, é obrigado a deixar o

I- 94- - 95-

não poderá ser empregado material de superficie lisaou escorregadiça.

C) Nas ruas em que não tenha sido ainda determi-nada a largura do passeio, esta eerá de 3m,3 para asruas de 22 metros; de ~m,75 para as de 17rn,6 e de 2m,2para as de 13m,2.

Nas ruas, de largura menor de 13m,2 e nas demaior de 22m,0 será a largura do passeio determinadapela municipalidade.

d) 'I'erão os passeios o declive de 01~,04 por metropara o cen tro da rua.

Art. 25 - A conservação dos passeios será feitapela municipalidade.

Art. 32 - Os alinhamentos para a construccão depredios, muro ou cercas que enfrentarem com os logra-douros publicos, serão dados pela municipalidade, a re-querimento do proprietario ou seu procurador.

Os engenheiros encarregados d'este serviço darãoaos proprietarios uma declaração por escripto, medianterecibo, dos pontos de reterencia do alinhamento dado.

Art. 33 - As ediíicacões que não seguirem as indi-cações contidas na declaração referida no artigo ante-cedente, serão demolidas pelo proprietario dentro dopraso que lhe Iór marcado pela íntendencia, sob penadó não poder proseguir na obra e de ser essa demoli-cao feita pela munleipalidade e por conta do propric-tario.

Art. 34 - Ninguém poderá tapar, alterar ou porqualquer fórma impedir ou prejudicar a servidão dasestradas e caminhos, rios e riachos publicos.

O infractor será obrigado a pôr tudo no seu antigoestado, além da multa de 100$000 em que incorrerá.

Arr. 35 - As estradas do municiplo terão a larguramínima de 22m,O, salvo os casos especiaes, a juizo daintendencia.

Disposições geraes

Art. 36 - 05 que requererem licença para edifica-çOes provisorias, como sejam: barracões, kiosques, co-rêtos, andaimes, etc., ou para. depositarem materiaesnas ruas ou praças, deverão indicar o tempo que em-baraçarão o transito publico com essas obras ou depo-sitos, assim com) a área occupada pelas referidas edifi-cacões, afim de lhes ser taxado o imposto respectivo.

Excedido o praso pedido, será requerida nova li-cença, sob pena de 50$ de multa, sem prejuizo da. taxapara prorogacão da licença.

Art. 37 - Os entulhos provenientes de demoliçõesserão retirados das ruas dentro do praso de 4 dias.

Excedido este praso pagará o proprietario a multadiaria de ó$.

Dos loqradouros publicos

Art. 26 - Só serão abertas, e em occasião oppor-tuna, as ruas e praças que a municipalidade julgar deutilidade publica, de conformidade com o plano geralda cidade.

Art. 27 - Os que offerecerem á municipalidadeterrenos, mesmo suburbanos, para a abertura d'esseslogradouros, deverão apresentar uma planta bem orien-tada, com indicação das ruas visinhas.

Art. 28 - S6 depois de acceitas pela municipali-dade poderão as ruas ser abertas ao transito publico epermittida a edificação em seus alinhamentos.

Art. 29 - 03 que intringirem a disposição do arti-go antecedente serão obrigados a proceder ao compe-tente tapamento, sob pena de incorrer no imposto oumulta determinado para os terrenos não cercados.

Art. 30 - As ruas que se abrirem de ora em diante,deverão ser perpendiculares ás ruas que atravessareme nao poderão ter menos de 17m,60 de largura, salvoos casos especiaes, a juizo da intendencia.

Art, 31 - As ruas oblíquas deverão ter os angulosagudos cortados por uma linha de 2m,ó, ou por um arco,cuja corda seja de ijm,O.

- 96

-Art. 38 -- 03 que damnificarem o calçamento das

ruas e praças, as fachadas dos prédios, muros e cercasescalavrando-os, riscando-os ou pintando-os, os gradis eruas dos jardins ou as plantas n'elles existentes, os pos-tes e fios telegraphicos ou telephonicos, os lampeões deilluminação, as caixas do correio, kiosques e pavilhõesou quaesquer outros ediculos nos logradouros publicasconstruidos com consentimento da municipalidade, in-correrão na multa de 20$ ou na pena de 15 dias decadêa.

Art. 39 -- Os fossos ou aberturas que se fizerem nasruas ou praças serão fechados durante a noite e ternoas luzes necessarias para indicar a sua existeneia, quan-do realisados em lugares onde não haja illurninacãopublica,

Art. 40 - Ficam tambem sujeitos li imposição deterem luzes durante H noite, o!'\andaimes ou quaesqueroutras construccões que possam fazer perigar o transitopublico.

Em cada noite que infringir o vpropr ietario estadisposição pagará a multa de 20$.

Art. 41 - Os prédios actuaes que forem reconstrui-dos no todo ou em parte, ficam sujeitos a todas as dis-posições d'este codígo.

Art. 42 - Ficam revogadas as disposições em con-trario.

Mando, portanto, a todas as autoridades, a q nemo conhecimento e execução da referida lei pertencer,que a cumpram e Iacam cumprir tão inteiramente comon'ella se contém.

Publique-se.

Secretaria da Intendencia Municipal em Porto Ale-gre, 13 de março de 1893.

Alfredo Auousto de Azevedo,Intendente.