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Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
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ESTILOS DE APRENDIZAGEM E ESTILOS DE ENSINO CONTRIBUTOS PARA A QUALIDADE DO
ENSINO SUPERIOR
STYLES DrsquoAPPRENTISSAGE ET STYLES DrsquoENSEIGNEMENT QUELQUES CONTRIBUTIONS POUR
LA QUALITE DE LrsquoENSEIGNEMENT SUPERIEUR
GONCcedilALVES Susana (susanaesecpt)
Escola Superior de Educaccedilatildeo de Coimbra
RESUMO
Num ambiente educativo estruturado a aprendizagem faz-se de muacuteltiplas formas No entanto todas requerem por parte do estudante competecircncias ao niacutevel da recepccedilatildeo e do processamento de ideias informaccedilotildees e emoccedilotildees Sabe-se hoje que cada um dos diferentes estilos de aprendizagem se ajusta em diferentes graus a diferentes estilos de ensino
Na presente comunicaccedilatildeo procuramos clarificar estas conexotildees entre os modos de aprender e de ensinar no ensino superior tendo em consideraccedilatildeo a investigaccedilatildeo mais recente neste domiacutenio A adopccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de ensino por parte do docente do ensino superior deveraacute ter em conta os modos preferidos de perceber o mundo e o corpo de conhecimentos especiacuteficos de cada disciplina por parte dos seus estudantes Assim depois de identificarmos e definirmos cada um destes estilos de aprendizagem e de os relacionarmos com as diferentes metodologias de ensino apresentaremos algumas sugestotildees praacuteticas para o docente que poderatildeo ser aplicadas em turmas do ensino superior de diferentes dimensotildees influenciando no sentido positivo a aprendizagem e a motivaccedilatildeo dos estudantes
RESUME
Dans un milieu eacuteducatif structureacute lrsquoapprentissage revecirct des formes multiples Cependant elles exigent toutes de la part des eacutetudiants des compeacutetences au niveau de la reacuteception et du traitement des ideacutees des informations et des eacutemotions On sait actuellement que chaque style drsquoapprentissage srsquoadapte agrave diffeacuterents degreacutes agrave des styles drsquoenseignement diffeacuterents
Dans cette communication nous cherchons agrave clarifier les connexions entre les faccedilons drsquoapprendre et celles drsquoenseigner dans lrsquoenseignement supeacuterieur en tenant compte des recherches les plus reacutecentes dans ce domaine Le choix de certaines techniques drsquoenseignement de la part des professeurs de lrsquoenseignement supeacuterieur devra tenir compte de la faccedilon dont les eacutetudiants comprennent le monde et lrsquoensemble des connaissances speacutecifiques agrave chaque discipline Ainsi apregraves avoir identifieacute et deacutefini divers styles drsquoapprentissage et de les avoir mis en rapport avec les diffeacuterentes meacutethodologies drsquoenseignement nous preacutesenterons quelques suggestions pratiques que lrsquoenseignant pourra utiliser dans des classes de dimensions variables pouvant influencer positivement lrsquoapprentissage et la motivation des eacutetudiants
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
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1 Introduccedilatildeo
A educaccedilatildeo centrada no estudante perfila-se como uma das principais apostas do ensino
superior nos actuais sistemas educativos dos paiacuteses europeus Esta preocupaccedilatildeo verifica-se em
todos os niacuteveis de ensinos mas actualmente com particular ecircnfase ao niacutevel do ensino superior
dadas as novas demandas do processo Bolonha A educaccedilatildeo centrada no papel activo do
estudante obriga-nos a dar uma atenccedilatildeo especial ao conceito de aprendizagem e aos
diferentes modos como se aprende Na apresente comunicaccedilatildeo termos por objectivo analisar
agraves seguintes questotildees o que satildeo os estilos de aprendizagem Que enquadramento teoacuterico e
que investigaccedilatildeo suporta este conceito Como organizar o ensino superior para que acomode
os diferentes estilos de aprendizagem dos estudantes
2 Estilos de aprendizagem breve histoacuteria do conceito
Os antecedentes conceptuais do conceito de estilo de aprendizagem radicam na psicologia
cognitiva dos anos 50 Em reacccedilatildeo agraves insuficiecircncias do paradigma associacionista-behaviorista
os autores cognitivistas inauguraram a investigaccedilatildeo no domiacutenio da cogniccedilatildeo da percepccedilatildeo e
da resoluccedilatildeo de problemas que veio a traduzir-se em novas formas de encarar o conceito de
aprendizagem e os modos de aprender Com os trabalhos sobre a dependecircncia-independecircncia
de campo Witkin (1954 cit in Chevrier Fortin Theacuteberge amp Leblanc 2000) foi um dos
primeiros autores a interessar-se pala questatildeo dos estilos cognitivos um conceito que procura
expressar as formas particulares atraveacutes das quais os indiviacuteduos percepcionam e processam
informaccedilatildeo e relacionam as partes com o todo (campo visual e perceptivo) Este conceito
relaciona-se tambeacutem com os estudos sobre a personalidade (cf Allport 1961 Curry 1990)
Vaacuterios autores da psicologia cognitiva (cf Allport 1961 Huteau 1985) retomaram e
aprofundaram esta problemaacutetica no domiacutenio da psicologia e da neurologia Neste caso
relembremos a importacircncia dos estudos dos anos 60 sobre o desempenho diferenciado dos
hemisfeacuterios cerebrais esquerdo e direito e suas funccedilotildees ao niacutevel da linguagem raciociacutenio
loacutegico abstracccedilatildeo (hemisfeacuterio esquerdo) e pensamento concreto intuiccedilatildeo imaginaccedilatildeo
relaccedilotildees espaciais e reconhecimento de imagens e configuraccedilotildees (hemisfeacuterio direito) Nos
anos 60 principalmente nos Estados Unidos estes estudos encontraram eco entre os autores
e investigadores da pedagogia e da psicologia educacional os quais se aperceberam
rapidamente da sua importacircncia no domiacutenio acadeacutemico e das suas implicaccedilotildees para os
movimentos de reforma curricular e didaacutectica de entatildeo que defendiam as metodologias de
ensino centradas no estudante e na aprendizagem activa em alternativa agraves metodologias
tradicionais
O conceito de estilo cognitivo foi gradualmente dando lugar ao conceito de estilos de
aprendizagem mais grato para psicoloacutegicos educacionais e pedagogos por ser menos
abstracto mais compreensivo (inclui os aspectos cognitivos e afectivos da recepccedilatildeo e
processamento de informaccedilatildeo) mais praacutetico (Woolfolk 2004) e por ter conta o caraacutecter
multidimensional da aquisiccedilatildeo de conhecimentos relacionando-o com o contexto escolar em
que ocorre (Willing 1988 Wenden 1991 citados em Roset nd)
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3 Estilo de aprendizagem significado do conceito
A literatura sobre este conceito caracteriza-se pela dispersatildeo teoacuterica e ausecircncia de um quadro
de referecircncia conceptual comum aos autores o que se revela nas inuacutemeras definiccedilotildees deste
conceito e na imensidatildeo de instrumentos de avaliaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem com
diferentes orientaccedilotildees teoacutericas de base Os vaacuterios autores que escrevem sobre este assunto
habitualmente apresentam mais do que uma definiccedilatildeo [Chevrier Fortin Leblanc e Theacuteberge
(2000) apresentam-nos cerca de duas dezenas de definiccedilotildees] ou optam por agrupar os
aspectos mais distintivos das vaacuterias definiccedilotildees numa formulaccedilatildeo conjunta A resenha de
definiccedilotildees permite-nos identificar os seguintes elementos nos estilos de aprendizagem
Descrevem as condiccedilotildees educativas que favorecem a aprendizagem dizer que um estudante tem
um dado estilo de aprendizagem significa dizer que aprende melhor com algumas abordagens
educativas que se tornam mais eficazes do que com outras (Hunt 1979 cit In Chevrier Fortin
Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo factores cognitivos afectivos e fisioloacutegicos caracteriacutesticos do indiviacuteduo que servem como
indicadores relativamente estaacuteveis da forma como aprende percebe interage e age num meio de
aprendizagem (Keefe 1979 Keefe 1987 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo predisposiccedilotildees dos estudantes para adoptar determinadas estrateacutegias de aprendizagem
independentes das exigecircncias especiacuteficas da tarefa de aprendizagem (Schmeck e Lockard 1983)
Satildeo diferenccedilas individuais na aprendizagem baseadas nas preferecircncias do aprendiz resultantes de
factores hereditaacuterios experiecircncias passadas e contingecircncias do meio que o levam a resolver o
conflito entre ser concreto ou abstracto ou entre ser activo ou reflexivo adoptando um
determinado modo de aprendizagem (Kolb 1984 Kolb amp Kolb 2005)
Satildeo comportamentos e pensamentos em que o estudante se envolve durante a aprendizagem e
que tecircm por objectivo influenciar o processo de codificaccedilatildeo (Weinstein amp Mayer 1986 cit In
Lessard-Clouston M (2004)
Qualquer conjunto de operaccedilotildees planos rotinas usadas pelo aprendiz apara facilitar a obtenccedilatildeo
armazenamento recuperaccedilatildeo e uso de informaccedilatildeo (Wenden amp Rubin 1987 cit in Hismanoglu
2004)
Satildeo rotinas de tratamento de informaccedilatildeo que funcionam como traccedilos ou niacuteveis de personalidade
(Curry 1990)
Eacute a maneira como cada aprendiz se concentra numa informaccedilatildeo nova e difiacutecil e como a processa
(Dunn Dunn amp Kenneth 1993 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000)
Para alguns autores esta pluralidade de definiccedilotildees e descriccedilotildees gera alguma confusatildeo
conceptual (Bonham 1087 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000) e obstaacuteculos agrave
aplicaccedilatildeo educativa do conceito (Briggs 1979 Curry 1990 Kolb 1984 Marton 1984
Schmeck 1988) Mas este campo de investigaccedilatildeo tende a ganhar alguma coerecircncia conceptual
e um lugar de relevo cada vez maior no domiacutenio da psicologia educacional
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Apesar da diversidade de definiccedilotildees eacute possiacutevel identificar pontos de acordo entre os autores
As vaacuterias definiccedilotildees apontam para a ideia de que os estilos de aprendizagem tecircm um caraacutecter
dinacircmico podem modificar-se e desenvolver-se em funccedilatildeo das experiecircncias e oportunidades
variando tambeacutem com as exigecircncias agraves quais se adaptam das tarefas de aprendizagem e dos
contextos acadeacutemicos satildeo multidimensionais referido-se tanto aos processos como obtemos
a informaccedilatildeo como aos processos atraveacutes dos quais a processamos satildeo interdependentes
influenciando-se mutuamente (cf Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000 Kang 1999) Os
estilos de aprendizagem tecircm sido classificados essencialmente em funccedilatildeo de criteacuterios relativos
agraves preferecircncias dos aprendizes em relaccedilatildeo agrave obtenccedilatildeo e ao tratamento da informaccedilatildeo Uma
vez que a recepccedilatildeo de informaccedilatildeo pelos sentidos eacute o primeiro passo para iniciar a
aprendizagem e aquilo que permite a recolha percepccedilatildeo armazenamento e codificaccedilatildeo de
informaccedilatildeo eacute possiacutevel encontrar estudantes com diferentes preferecircncias sensoriais (visuais
auditivos cinesteacutesicos) (OacuteConnor amp Seymur 2000 cit In Romo Loacutepez Tovar amp Loacutepez 2004)
Nas situaccedilotildees escolares os estilos de aprendizagem incluem trecircs elementos interrelacionados
(Cassidy 2004) o processamento de informaccedilatildeo (modos habituais de perceber armazenar e
organizar informaccedilatildeo tal como atraveacutes de imagens ou palavras) as preferecircncias de ensino
(predisposiccedilotildees para aprender preferencialmente de uma dada forma como por exemplo
individualmente ou em cooperaccedilatildeo ou num dado contexto) e as estrateacutegias de aprendizagem
(as abordagens aos assuntos a aprender num dado contexto como por exemplo o contexto
escolar)
4 Modelos e classificaccedilotildees dos estilos de aprendizagem
Curry (1987 ref in Griggs 1991 Curry 1990) procedeu agrave revisatildeo das taxonomia dos estilos de
aprendizagem desenvolvidas nos uacuteltimos vinte anos por vaacuterios investigadores tendo concluiacutedo
que estes podem ser organizados em quatro grandes modelos
a) Modelos de personalidade centrados no modo como as variaccedilotildees de personalidade
moldam as orientaccedilotildees de aprendizagem e em relaccedilatildeo ao mundo Incluem-se neste
grupo o construto de independecircncia-dependecircnca de campo de Witkin e o Myers-
Briggs Type Indicator (Myers 1978)
b) Modelos de processamento de informaccedilatildeo (centrados na forma como os mecanismos
de processamento de informaccedilatildeo afectam a aprendizagem) Incluem-se neste grupo o
construto de complexidade cognitiva de Schmeck (1983) e o modelo da aprendizagem
experiencial de Kolb (1984)
c) Modelos de interacccedilatildeo social (centrados na forma como os estudantes se comportam
em contextos especiacuteficos de aprendizagem em grupo) Neste grupo inclui-se o modelo
de processamento de informaccedilatildeo humana (Keefe 1989) e a classificaccedilatildeo do tipo de
aprendizes de Reichmann e Grasha (1974)
d) Modelos multidimensionais relativos agraves preferecircncias ambientais e de ensino Entre
outro inclui-se aqui o Modelo dos estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn (1978) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
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Embora existam muitas classificaccedilotildees e modelos de estilos de aprendizagem optaacutemos por
sumariar apenas trecircs dos mais conhecidos o modelo Myers-Briggs (Myers-Briggs Type
Indicator) (cf Albert nd) a tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb (1984) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
Indicador de Myers-Briggs (MBTI Myers-Briggs Type Indicator)
Este indicador classifica os estudantes segundo quatro grandes escalas (Extroversatildeo-
Introversatildeo Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo Pensamento-Sentimento e Julgamento-Percepccedilatildeo) as quais se
combinam numa matriz de 16 categorias que representam diferentes estilos de aprendizagem
A escala Extroversatildeo-Introversatildeo refere-se agrave motivaccedilatildeo (como surge a motivaccedilatildeo) a escala
Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo refere-se agrave observaccedilatildeo (aquilo a que a pessoa presta atenccedilatildeo) a escala
Pensamento-Sentimento refere-se agraves decisotildees (como uma pessoa toma decisotildees) e a escala
Julgamento-Percepccedilatildeo refere-se ao modo de vida tiacutepico adoptado pela pessoa
EXTROVERSAtildeO (focados no mundo externo das pessoas)
Preferecircncia por tirar energia do mundo exterior das pessoas actividades ou coisas
INTROVERSAtildeO (focados no mundo interno das ideias)
Preferecircncia por tirar energia do mundo interior das ideias emoccedilotildees ou impressotildees pessoais
SENSACcedilAtildeO (praacuteticos orientados para o detalhe centram-se nos factos e procedimentos)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes dos cinco sentidos e observar o real
INTUICcedilAtildeO (imaginativos orientados para os conceitos centrados no significado e nas possibilidades)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes do sexto sentido observando o que pode ser
PENSAMENTO (ceacutepticos tendem a decidir com base na loacutegica e nas regras)
Preferecircncia por organizar e estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira loacutegica e objectiva
SENTIMENTO (tendem a tomar decisotildees baseadas em consideraccedilotildees pessoais e humanistas)
Preferecircncia por estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira pessoal orientada para valores
JULGAMENTO (definem e orientam-se por planos procuram o sentido mesmo em dados incompletos)
Preferecircncia pela organizaccedilatildeo e planeamento
PERCEPCcedilAtildeO (adaptam-se a circunstacircncias incertas lidam bem coma incerteza o risco e a imprecisatildeo)
Preferecircncia pela espontaneidade e flexibilidade
Quadro 1 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia Myers-Briggs (Myers 1978)
A tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb
A tipologia dos estilos de aprendizagem de Kolb (1984 Kolb amp Kolb 2006 Kolb Boyatzis amp
Mainemelis 2000) baseia-se no modelo da aprendizagem experiencial Para este autor a
aprendizagem e o desenvolvimento satildeo processos integrados que resultam da integraccedilatildeo de
um conjunto de sistemas interdependentes Assim o ciclo da aprendizagem experiencial inclui
quatro fases Experiecircncia Concreta (EC) Observaccedilatildeo Reflexiva (OR) Conceptualizaccedilatildeo
Abstracta (CA) e Experimentaccedilatildeo Activa (EA) Estes processos tecircm uma funccedilatildeo adaptativa e satildeo
a base para que o indiviacuteduo perceba pense aja e sinta nos seus contextos de vida Estes
modos de aprender agrupam-se de acordo com duas dimensotildees concreto abstracto e acccedilatildeo
reflexatildeo
Tomando por base o seu modelo experiencial baseado nas ideias de Dewey Kurt Lewin
Flavell Bruner e Kagan Kolb (1984) defende que os indiviacuteduos desenvolvem estilos de
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aprendizagem preferenciais devida a factores ambientais e internos Neste modelo os
aprendizes satildeo classificados em funccedilatildeo da sua preferecircncia por 1) experiecircncia concreta ou
conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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1 Introduccedilatildeo
A educaccedilatildeo centrada no estudante perfila-se como uma das principais apostas do ensino
superior nos actuais sistemas educativos dos paiacuteses europeus Esta preocupaccedilatildeo verifica-se em
todos os niacuteveis de ensinos mas actualmente com particular ecircnfase ao niacutevel do ensino superior
dadas as novas demandas do processo Bolonha A educaccedilatildeo centrada no papel activo do
estudante obriga-nos a dar uma atenccedilatildeo especial ao conceito de aprendizagem e aos
diferentes modos como se aprende Na apresente comunicaccedilatildeo termos por objectivo analisar
agraves seguintes questotildees o que satildeo os estilos de aprendizagem Que enquadramento teoacuterico e
que investigaccedilatildeo suporta este conceito Como organizar o ensino superior para que acomode
os diferentes estilos de aprendizagem dos estudantes
2 Estilos de aprendizagem breve histoacuteria do conceito
Os antecedentes conceptuais do conceito de estilo de aprendizagem radicam na psicologia
cognitiva dos anos 50 Em reacccedilatildeo agraves insuficiecircncias do paradigma associacionista-behaviorista
os autores cognitivistas inauguraram a investigaccedilatildeo no domiacutenio da cogniccedilatildeo da percepccedilatildeo e
da resoluccedilatildeo de problemas que veio a traduzir-se em novas formas de encarar o conceito de
aprendizagem e os modos de aprender Com os trabalhos sobre a dependecircncia-independecircncia
de campo Witkin (1954 cit in Chevrier Fortin Theacuteberge amp Leblanc 2000) foi um dos
primeiros autores a interessar-se pala questatildeo dos estilos cognitivos um conceito que procura
expressar as formas particulares atraveacutes das quais os indiviacuteduos percepcionam e processam
informaccedilatildeo e relacionam as partes com o todo (campo visual e perceptivo) Este conceito
relaciona-se tambeacutem com os estudos sobre a personalidade (cf Allport 1961 Curry 1990)
Vaacuterios autores da psicologia cognitiva (cf Allport 1961 Huteau 1985) retomaram e
aprofundaram esta problemaacutetica no domiacutenio da psicologia e da neurologia Neste caso
relembremos a importacircncia dos estudos dos anos 60 sobre o desempenho diferenciado dos
hemisfeacuterios cerebrais esquerdo e direito e suas funccedilotildees ao niacutevel da linguagem raciociacutenio
loacutegico abstracccedilatildeo (hemisfeacuterio esquerdo) e pensamento concreto intuiccedilatildeo imaginaccedilatildeo
relaccedilotildees espaciais e reconhecimento de imagens e configuraccedilotildees (hemisfeacuterio direito) Nos
anos 60 principalmente nos Estados Unidos estes estudos encontraram eco entre os autores
e investigadores da pedagogia e da psicologia educacional os quais se aperceberam
rapidamente da sua importacircncia no domiacutenio acadeacutemico e das suas implicaccedilotildees para os
movimentos de reforma curricular e didaacutectica de entatildeo que defendiam as metodologias de
ensino centradas no estudante e na aprendizagem activa em alternativa agraves metodologias
tradicionais
O conceito de estilo cognitivo foi gradualmente dando lugar ao conceito de estilos de
aprendizagem mais grato para psicoloacutegicos educacionais e pedagogos por ser menos
abstracto mais compreensivo (inclui os aspectos cognitivos e afectivos da recepccedilatildeo e
processamento de informaccedilatildeo) mais praacutetico (Woolfolk 2004) e por ter conta o caraacutecter
multidimensional da aquisiccedilatildeo de conhecimentos relacionando-o com o contexto escolar em
que ocorre (Willing 1988 Wenden 1991 citados em Roset nd)
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3 Estilo de aprendizagem significado do conceito
A literatura sobre este conceito caracteriza-se pela dispersatildeo teoacuterica e ausecircncia de um quadro
de referecircncia conceptual comum aos autores o que se revela nas inuacutemeras definiccedilotildees deste
conceito e na imensidatildeo de instrumentos de avaliaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem com
diferentes orientaccedilotildees teoacutericas de base Os vaacuterios autores que escrevem sobre este assunto
habitualmente apresentam mais do que uma definiccedilatildeo [Chevrier Fortin Leblanc e Theacuteberge
(2000) apresentam-nos cerca de duas dezenas de definiccedilotildees] ou optam por agrupar os
aspectos mais distintivos das vaacuterias definiccedilotildees numa formulaccedilatildeo conjunta A resenha de
definiccedilotildees permite-nos identificar os seguintes elementos nos estilos de aprendizagem
Descrevem as condiccedilotildees educativas que favorecem a aprendizagem dizer que um estudante tem
um dado estilo de aprendizagem significa dizer que aprende melhor com algumas abordagens
educativas que se tornam mais eficazes do que com outras (Hunt 1979 cit In Chevrier Fortin
Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo factores cognitivos afectivos e fisioloacutegicos caracteriacutesticos do indiviacuteduo que servem como
indicadores relativamente estaacuteveis da forma como aprende percebe interage e age num meio de
aprendizagem (Keefe 1979 Keefe 1987 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo predisposiccedilotildees dos estudantes para adoptar determinadas estrateacutegias de aprendizagem
independentes das exigecircncias especiacuteficas da tarefa de aprendizagem (Schmeck e Lockard 1983)
Satildeo diferenccedilas individuais na aprendizagem baseadas nas preferecircncias do aprendiz resultantes de
factores hereditaacuterios experiecircncias passadas e contingecircncias do meio que o levam a resolver o
conflito entre ser concreto ou abstracto ou entre ser activo ou reflexivo adoptando um
determinado modo de aprendizagem (Kolb 1984 Kolb amp Kolb 2005)
Satildeo comportamentos e pensamentos em que o estudante se envolve durante a aprendizagem e
que tecircm por objectivo influenciar o processo de codificaccedilatildeo (Weinstein amp Mayer 1986 cit In
Lessard-Clouston M (2004)
Qualquer conjunto de operaccedilotildees planos rotinas usadas pelo aprendiz apara facilitar a obtenccedilatildeo
armazenamento recuperaccedilatildeo e uso de informaccedilatildeo (Wenden amp Rubin 1987 cit in Hismanoglu
2004)
Satildeo rotinas de tratamento de informaccedilatildeo que funcionam como traccedilos ou niacuteveis de personalidade
(Curry 1990)
Eacute a maneira como cada aprendiz se concentra numa informaccedilatildeo nova e difiacutecil e como a processa
(Dunn Dunn amp Kenneth 1993 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000)
Para alguns autores esta pluralidade de definiccedilotildees e descriccedilotildees gera alguma confusatildeo
conceptual (Bonham 1087 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000) e obstaacuteculos agrave
aplicaccedilatildeo educativa do conceito (Briggs 1979 Curry 1990 Kolb 1984 Marton 1984
Schmeck 1988) Mas este campo de investigaccedilatildeo tende a ganhar alguma coerecircncia conceptual
e um lugar de relevo cada vez maior no domiacutenio da psicologia educacional
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Apesar da diversidade de definiccedilotildees eacute possiacutevel identificar pontos de acordo entre os autores
As vaacuterias definiccedilotildees apontam para a ideia de que os estilos de aprendizagem tecircm um caraacutecter
dinacircmico podem modificar-se e desenvolver-se em funccedilatildeo das experiecircncias e oportunidades
variando tambeacutem com as exigecircncias agraves quais se adaptam das tarefas de aprendizagem e dos
contextos acadeacutemicos satildeo multidimensionais referido-se tanto aos processos como obtemos
a informaccedilatildeo como aos processos atraveacutes dos quais a processamos satildeo interdependentes
influenciando-se mutuamente (cf Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000 Kang 1999) Os
estilos de aprendizagem tecircm sido classificados essencialmente em funccedilatildeo de criteacuterios relativos
agraves preferecircncias dos aprendizes em relaccedilatildeo agrave obtenccedilatildeo e ao tratamento da informaccedilatildeo Uma
vez que a recepccedilatildeo de informaccedilatildeo pelos sentidos eacute o primeiro passo para iniciar a
aprendizagem e aquilo que permite a recolha percepccedilatildeo armazenamento e codificaccedilatildeo de
informaccedilatildeo eacute possiacutevel encontrar estudantes com diferentes preferecircncias sensoriais (visuais
auditivos cinesteacutesicos) (OacuteConnor amp Seymur 2000 cit In Romo Loacutepez Tovar amp Loacutepez 2004)
Nas situaccedilotildees escolares os estilos de aprendizagem incluem trecircs elementos interrelacionados
(Cassidy 2004) o processamento de informaccedilatildeo (modos habituais de perceber armazenar e
organizar informaccedilatildeo tal como atraveacutes de imagens ou palavras) as preferecircncias de ensino
(predisposiccedilotildees para aprender preferencialmente de uma dada forma como por exemplo
individualmente ou em cooperaccedilatildeo ou num dado contexto) e as estrateacutegias de aprendizagem
(as abordagens aos assuntos a aprender num dado contexto como por exemplo o contexto
escolar)
4 Modelos e classificaccedilotildees dos estilos de aprendizagem
Curry (1987 ref in Griggs 1991 Curry 1990) procedeu agrave revisatildeo das taxonomia dos estilos de
aprendizagem desenvolvidas nos uacuteltimos vinte anos por vaacuterios investigadores tendo concluiacutedo
que estes podem ser organizados em quatro grandes modelos
a) Modelos de personalidade centrados no modo como as variaccedilotildees de personalidade
moldam as orientaccedilotildees de aprendizagem e em relaccedilatildeo ao mundo Incluem-se neste
grupo o construto de independecircncia-dependecircnca de campo de Witkin e o Myers-
Briggs Type Indicator (Myers 1978)
b) Modelos de processamento de informaccedilatildeo (centrados na forma como os mecanismos
de processamento de informaccedilatildeo afectam a aprendizagem) Incluem-se neste grupo o
construto de complexidade cognitiva de Schmeck (1983) e o modelo da aprendizagem
experiencial de Kolb (1984)
c) Modelos de interacccedilatildeo social (centrados na forma como os estudantes se comportam
em contextos especiacuteficos de aprendizagem em grupo) Neste grupo inclui-se o modelo
de processamento de informaccedilatildeo humana (Keefe 1989) e a classificaccedilatildeo do tipo de
aprendizes de Reichmann e Grasha (1974)
d) Modelos multidimensionais relativos agraves preferecircncias ambientais e de ensino Entre
outro inclui-se aqui o Modelo dos estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn (1978) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
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Embora existam muitas classificaccedilotildees e modelos de estilos de aprendizagem optaacutemos por
sumariar apenas trecircs dos mais conhecidos o modelo Myers-Briggs (Myers-Briggs Type
Indicator) (cf Albert nd) a tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb (1984) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
Indicador de Myers-Briggs (MBTI Myers-Briggs Type Indicator)
Este indicador classifica os estudantes segundo quatro grandes escalas (Extroversatildeo-
Introversatildeo Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo Pensamento-Sentimento e Julgamento-Percepccedilatildeo) as quais se
combinam numa matriz de 16 categorias que representam diferentes estilos de aprendizagem
A escala Extroversatildeo-Introversatildeo refere-se agrave motivaccedilatildeo (como surge a motivaccedilatildeo) a escala
Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo refere-se agrave observaccedilatildeo (aquilo a que a pessoa presta atenccedilatildeo) a escala
Pensamento-Sentimento refere-se agraves decisotildees (como uma pessoa toma decisotildees) e a escala
Julgamento-Percepccedilatildeo refere-se ao modo de vida tiacutepico adoptado pela pessoa
EXTROVERSAtildeO (focados no mundo externo das pessoas)
Preferecircncia por tirar energia do mundo exterior das pessoas actividades ou coisas
INTROVERSAtildeO (focados no mundo interno das ideias)
Preferecircncia por tirar energia do mundo interior das ideias emoccedilotildees ou impressotildees pessoais
SENSACcedilAtildeO (praacuteticos orientados para o detalhe centram-se nos factos e procedimentos)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes dos cinco sentidos e observar o real
INTUICcedilAtildeO (imaginativos orientados para os conceitos centrados no significado e nas possibilidades)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes do sexto sentido observando o que pode ser
PENSAMENTO (ceacutepticos tendem a decidir com base na loacutegica e nas regras)
Preferecircncia por organizar e estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira loacutegica e objectiva
SENTIMENTO (tendem a tomar decisotildees baseadas em consideraccedilotildees pessoais e humanistas)
Preferecircncia por estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira pessoal orientada para valores
JULGAMENTO (definem e orientam-se por planos procuram o sentido mesmo em dados incompletos)
Preferecircncia pela organizaccedilatildeo e planeamento
PERCEPCcedilAtildeO (adaptam-se a circunstacircncias incertas lidam bem coma incerteza o risco e a imprecisatildeo)
Preferecircncia pela espontaneidade e flexibilidade
Quadro 1 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia Myers-Briggs (Myers 1978)
A tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb
A tipologia dos estilos de aprendizagem de Kolb (1984 Kolb amp Kolb 2006 Kolb Boyatzis amp
Mainemelis 2000) baseia-se no modelo da aprendizagem experiencial Para este autor a
aprendizagem e o desenvolvimento satildeo processos integrados que resultam da integraccedilatildeo de
um conjunto de sistemas interdependentes Assim o ciclo da aprendizagem experiencial inclui
quatro fases Experiecircncia Concreta (EC) Observaccedilatildeo Reflexiva (OR) Conceptualizaccedilatildeo
Abstracta (CA) e Experimentaccedilatildeo Activa (EA) Estes processos tecircm uma funccedilatildeo adaptativa e satildeo
a base para que o indiviacuteduo perceba pense aja e sinta nos seus contextos de vida Estes
modos de aprender agrupam-se de acordo com duas dimensotildees concreto abstracto e acccedilatildeo
reflexatildeo
Tomando por base o seu modelo experiencial baseado nas ideias de Dewey Kurt Lewin
Flavell Bruner e Kagan Kolb (1984) defende que os indiviacuteduos desenvolvem estilos de
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aprendizagem preferenciais devida a factores ambientais e internos Neste modelo os
aprendizes satildeo classificados em funccedilatildeo da sua preferecircncia por 1) experiecircncia concreta ou
conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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3 Estilo de aprendizagem significado do conceito
A literatura sobre este conceito caracteriza-se pela dispersatildeo teoacuterica e ausecircncia de um quadro
de referecircncia conceptual comum aos autores o que se revela nas inuacutemeras definiccedilotildees deste
conceito e na imensidatildeo de instrumentos de avaliaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem com
diferentes orientaccedilotildees teoacutericas de base Os vaacuterios autores que escrevem sobre este assunto
habitualmente apresentam mais do que uma definiccedilatildeo [Chevrier Fortin Leblanc e Theacuteberge
(2000) apresentam-nos cerca de duas dezenas de definiccedilotildees] ou optam por agrupar os
aspectos mais distintivos das vaacuterias definiccedilotildees numa formulaccedilatildeo conjunta A resenha de
definiccedilotildees permite-nos identificar os seguintes elementos nos estilos de aprendizagem
Descrevem as condiccedilotildees educativas que favorecem a aprendizagem dizer que um estudante tem
um dado estilo de aprendizagem significa dizer que aprende melhor com algumas abordagens
educativas que se tornam mais eficazes do que com outras (Hunt 1979 cit In Chevrier Fortin
Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo factores cognitivos afectivos e fisioloacutegicos caracteriacutesticos do indiviacuteduo que servem como
indicadores relativamente estaacuteveis da forma como aprende percebe interage e age num meio de
aprendizagem (Keefe 1979 Keefe 1987 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge (2000)
Satildeo predisposiccedilotildees dos estudantes para adoptar determinadas estrateacutegias de aprendizagem
independentes das exigecircncias especiacuteficas da tarefa de aprendizagem (Schmeck e Lockard 1983)
Satildeo diferenccedilas individuais na aprendizagem baseadas nas preferecircncias do aprendiz resultantes de
factores hereditaacuterios experiecircncias passadas e contingecircncias do meio que o levam a resolver o
conflito entre ser concreto ou abstracto ou entre ser activo ou reflexivo adoptando um
determinado modo de aprendizagem (Kolb 1984 Kolb amp Kolb 2005)
Satildeo comportamentos e pensamentos em que o estudante se envolve durante a aprendizagem e
que tecircm por objectivo influenciar o processo de codificaccedilatildeo (Weinstein amp Mayer 1986 cit In
Lessard-Clouston M (2004)
Qualquer conjunto de operaccedilotildees planos rotinas usadas pelo aprendiz apara facilitar a obtenccedilatildeo
armazenamento recuperaccedilatildeo e uso de informaccedilatildeo (Wenden amp Rubin 1987 cit in Hismanoglu
2004)
Satildeo rotinas de tratamento de informaccedilatildeo que funcionam como traccedilos ou niacuteveis de personalidade
(Curry 1990)
Eacute a maneira como cada aprendiz se concentra numa informaccedilatildeo nova e difiacutecil e como a processa
(Dunn Dunn amp Kenneth 1993 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000)
Para alguns autores esta pluralidade de definiccedilotildees e descriccedilotildees gera alguma confusatildeo
conceptual (Bonham 1087 cit in Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000) e obstaacuteculos agrave
aplicaccedilatildeo educativa do conceito (Briggs 1979 Curry 1990 Kolb 1984 Marton 1984
Schmeck 1988) Mas este campo de investigaccedilatildeo tende a ganhar alguma coerecircncia conceptual
e um lugar de relevo cada vez maior no domiacutenio da psicologia educacional
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Apesar da diversidade de definiccedilotildees eacute possiacutevel identificar pontos de acordo entre os autores
As vaacuterias definiccedilotildees apontam para a ideia de que os estilos de aprendizagem tecircm um caraacutecter
dinacircmico podem modificar-se e desenvolver-se em funccedilatildeo das experiecircncias e oportunidades
variando tambeacutem com as exigecircncias agraves quais se adaptam das tarefas de aprendizagem e dos
contextos acadeacutemicos satildeo multidimensionais referido-se tanto aos processos como obtemos
a informaccedilatildeo como aos processos atraveacutes dos quais a processamos satildeo interdependentes
influenciando-se mutuamente (cf Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000 Kang 1999) Os
estilos de aprendizagem tecircm sido classificados essencialmente em funccedilatildeo de criteacuterios relativos
agraves preferecircncias dos aprendizes em relaccedilatildeo agrave obtenccedilatildeo e ao tratamento da informaccedilatildeo Uma
vez que a recepccedilatildeo de informaccedilatildeo pelos sentidos eacute o primeiro passo para iniciar a
aprendizagem e aquilo que permite a recolha percepccedilatildeo armazenamento e codificaccedilatildeo de
informaccedilatildeo eacute possiacutevel encontrar estudantes com diferentes preferecircncias sensoriais (visuais
auditivos cinesteacutesicos) (OacuteConnor amp Seymur 2000 cit In Romo Loacutepez Tovar amp Loacutepez 2004)
Nas situaccedilotildees escolares os estilos de aprendizagem incluem trecircs elementos interrelacionados
(Cassidy 2004) o processamento de informaccedilatildeo (modos habituais de perceber armazenar e
organizar informaccedilatildeo tal como atraveacutes de imagens ou palavras) as preferecircncias de ensino
(predisposiccedilotildees para aprender preferencialmente de uma dada forma como por exemplo
individualmente ou em cooperaccedilatildeo ou num dado contexto) e as estrateacutegias de aprendizagem
(as abordagens aos assuntos a aprender num dado contexto como por exemplo o contexto
escolar)
4 Modelos e classificaccedilotildees dos estilos de aprendizagem
Curry (1987 ref in Griggs 1991 Curry 1990) procedeu agrave revisatildeo das taxonomia dos estilos de
aprendizagem desenvolvidas nos uacuteltimos vinte anos por vaacuterios investigadores tendo concluiacutedo
que estes podem ser organizados em quatro grandes modelos
a) Modelos de personalidade centrados no modo como as variaccedilotildees de personalidade
moldam as orientaccedilotildees de aprendizagem e em relaccedilatildeo ao mundo Incluem-se neste
grupo o construto de independecircncia-dependecircnca de campo de Witkin e o Myers-
Briggs Type Indicator (Myers 1978)
b) Modelos de processamento de informaccedilatildeo (centrados na forma como os mecanismos
de processamento de informaccedilatildeo afectam a aprendizagem) Incluem-se neste grupo o
construto de complexidade cognitiva de Schmeck (1983) e o modelo da aprendizagem
experiencial de Kolb (1984)
c) Modelos de interacccedilatildeo social (centrados na forma como os estudantes se comportam
em contextos especiacuteficos de aprendizagem em grupo) Neste grupo inclui-se o modelo
de processamento de informaccedilatildeo humana (Keefe 1989) e a classificaccedilatildeo do tipo de
aprendizes de Reichmann e Grasha (1974)
d) Modelos multidimensionais relativos agraves preferecircncias ambientais e de ensino Entre
outro inclui-se aqui o Modelo dos estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn (1978) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
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Embora existam muitas classificaccedilotildees e modelos de estilos de aprendizagem optaacutemos por
sumariar apenas trecircs dos mais conhecidos o modelo Myers-Briggs (Myers-Briggs Type
Indicator) (cf Albert nd) a tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb (1984) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
Indicador de Myers-Briggs (MBTI Myers-Briggs Type Indicator)
Este indicador classifica os estudantes segundo quatro grandes escalas (Extroversatildeo-
Introversatildeo Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo Pensamento-Sentimento e Julgamento-Percepccedilatildeo) as quais se
combinam numa matriz de 16 categorias que representam diferentes estilos de aprendizagem
A escala Extroversatildeo-Introversatildeo refere-se agrave motivaccedilatildeo (como surge a motivaccedilatildeo) a escala
Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo refere-se agrave observaccedilatildeo (aquilo a que a pessoa presta atenccedilatildeo) a escala
Pensamento-Sentimento refere-se agraves decisotildees (como uma pessoa toma decisotildees) e a escala
Julgamento-Percepccedilatildeo refere-se ao modo de vida tiacutepico adoptado pela pessoa
EXTROVERSAtildeO (focados no mundo externo das pessoas)
Preferecircncia por tirar energia do mundo exterior das pessoas actividades ou coisas
INTROVERSAtildeO (focados no mundo interno das ideias)
Preferecircncia por tirar energia do mundo interior das ideias emoccedilotildees ou impressotildees pessoais
SENSACcedilAtildeO (praacuteticos orientados para o detalhe centram-se nos factos e procedimentos)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes dos cinco sentidos e observar o real
INTUICcedilAtildeO (imaginativos orientados para os conceitos centrados no significado e nas possibilidades)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes do sexto sentido observando o que pode ser
PENSAMENTO (ceacutepticos tendem a decidir com base na loacutegica e nas regras)
Preferecircncia por organizar e estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira loacutegica e objectiva
SENTIMENTO (tendem a tomar decisotildees baseadas em consideraccedilotildees pessoais e humanistas)
Preferecircncia por estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira pessoal orientada para valores
JULGAMENTO (definem e orientam-se por planos procuram o sentido mesmo em dados incompletos)
Preferecircncia pela organizaccedilatildeo e planeamento
PERCEPCcedilAtildeO (adaptam-se a circunstacircncias incertas lidam bem coma incerteza o risco e a imprecisatildeo)
Preferecircncia pela espontaneidade e flexibilidade
Quadro 1 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia Myers-Briggs (Myers 1978)
A tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb
A tipologia dos estilos de aprendizagem de Kolb (1984 Kolb amp Kolb 2006 Kolb Boyatzis amp
Mainemelis 2000) baseia-se no modelo da aprendizagem experiencial Para este autor a
aprendizagem e o desenvolvimento satildeo processos integrados que resultam da integraccedilatildeo de
um conjunto de sistemas interdependentes Assim o ciclo da aprendizagem experiencial inclui
quatro fases Experiecircncia Concreta (EC) Observaccedilatildeo Reflexiva (OR) Conceptualizaccedilatildeo
Abstracta (CA) e Experimentaccedilatildeo Activa (EA) Estes processos tecircm uma funccedilatildeo adaptativa e satildeo
a base para que o indiviacuteduo perceba pense aja e sinta nos seus contextos de vida Estes
modos de aprender agrupam-se de acordo com duas dimensotildees concreto abstracto e acccedilatildeo
reflexatildeo
Tomando por base o seu modelo experiencial baseado nas ideias de Dewey Kurt Lewin
Flavell Bruner e Kagan Kolb (1984) defende que os indiviacuteduos desenvolvem estilos de
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aprendizagem preferenciais devida a factores ambientais e internos Neste modelo os
aprendizes satildeo classificados em funccedilatildeo da sua preferecircncia por 1) experiecircncia concreta ou
conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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Apesar da diversidade de definiccedilotildees eacute possiacutevel identificar pontos de acordo entre os autores
As vaacuterias definiccedilotildees apontam para a ideia de que os estilos de aprendizagem tecircm um caraacutecter
dinacircmico podem modificar-se e desenvolver-se em funccedilatildeo das experiecircncias e oportunidades
variando tambeacutem com as exigecircncias agraves quais se adaptam das tarefas de aprendizagem e dos
contextos acadeacutemicos satildeo multidimensionais referido-se tanto aos processos como obtemos
a informaccedilatildeo como aos processos atraveacutes dos quais a processamos satildeo interdependentes
influenciando-se mutuamente (cf Chevrier Fortin Leblanc amp Theacuteberge 2000 Kang 1999) Os
estilos de aprendizagem tecircm sido classificados essencialmente em funccedilatildeo de criteacuterios relativos
agraves preferecircncias dos aprendizes em relaccedilatildeo agrave obtenccedilatildeo e ao tratamento da informaccedilatildeo Uma
vez que a recepccedilatildeo de informaccedilatildeo pelos sentidos eacute o primeiro passo para iniciar a
aprendizagem e aquilo que permite a recolha percepccedilatildeo armazenamento e codificaccedilatildeo de
informaccedilatildeo eacute possiacutevel encontrar estudantes com diferentes preferecircncias sensoriais (visuais
auditivos cinesteacutesicos) (OacuteConnor amp Seymur 2000 cit In Romo Loacutepez Tovar amp Loacutepez 2004)
Nas situaccedilotildees escolares os estilos de aprendizagem incluem trecircs elementos interrelacionados
(Cassidy 2004) o processamento de informaccedilatildeo (modos habituais de perceber armazenar e
organizar informaccedilatildeo tal como atraveacutes de imagens ou palavras) as preferecircncias de ensino
(predisposiccedilotildees para aprender preferencialmente de uma dada forma como por exemplo
individualmente ou em cooperaccedilatildeo ou num dado contexto) e as estrateacutegias de aprendizagem
(as abordagens aos assuntos a aprender num dado contexto como por exemplo o contexto
escolar)
4 Modelos e classificaccedilotildees dos estilos de aprendizagem
Curry (1987 ref in Griggs 1991 Curry 1990) procedeu agrave revisatildeo das taxonomia dos estilos de
aprendizagem desenvolvidas nos uacuteltimos vinte anos por vaacuterios investigadores tendo concluiacutedo
que estes podem ser organizados em quatro grandes modelos
a) Modelos de personalidade centrados no modo como as variaccedilotildees de personalidade
moldam as orientaccedilotildees de aprendizagem e em relaccedilatildeo ao mundo Incluem-se neste
grupo o construto de independecircncia-dependecircnca de campo de Witkin e o Myers-
Briggs Type Indicator (Myers 1978)
b) Modelos de processamento de informaccedilatildeo (centrados na forma como os mecanismos
de processamento de informaccedilatildeo afectam a aprendizagem) Incluem-se neste grupo o
construto de complexidade cognitiva de Schmeck (1983) e o modelo da aprendizagem
experiencial de Kolb (1984)
c) Modelos de interacccedilatildeo social (centrados na forma como os estudantes se comportam
em contextos especiacuteficos de aprendizagem em grupo) Neste grupo inclui-se o modelo
de processamento de informaccedilatildeo humana (Keefe 1989) e a classificaccedilatildeo do tipo de
aprendizes de Reichmann e Grasha (1974)
d) Modelos multidimensionais relativos agraves preferecircncias ambientais e de ensino Entre
outro inclui-se aqui o Modelo dos estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn (1978) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
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Embora existam muitas classificaccedilotildees e modelos de estilos de aprendizagem optaacutemos por
sumariar apenas trecircs dos mais conhecidos o modelo Myers-Briggs (Myers-Briggs Type
Indicator) (cf Albert nd) a tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb (1984) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
Indicador de Myers-Briggs (MBTI Myers-Briggs Type Indicator)
Este indicador classifica os estudantes segundo quatro grandes escalas (Extroversatildeo-
Introversatildeo Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo Pensamento-Sentimento e Julgamento-Percepccedilatildeo) as quais se
combinam numa matriz de 16 categorias que representam diferentes estilos de aprendizagem
A escala Extroversatildeo-Introversatildeo refere-se agrave motivaccedilatildeo (como surge a motivaccedilatildeo) a escala
Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo refere-se agrave observaccedilatildeo (aquilo a que a pessoa presta atenccedilatildeo) a escala
Pensamento-Sentimento refere-se agraves decisotildees (como uma pessoa toma decisotildees) e a escala
Julgamento-Percepccedilatildeo refere-se ao modo de vida tiacutepico adoptado pela pessoa
EXTROVERSAtildeO (focados no mundo externo das pessoas)
Preferecircncia por tirar energia do mundo exterior das pessoas actividades ou coisas
INTROVERSAtildeO (focados no mundo interno das ideias)
Preferecircncia por tirar energia do mundo interior das ideias emoccedilotildees ou impressotildees pessoais
SENSACcedilAtildeO (praacuteticos orientados para o detalhe centram-se nos factos e procedimentos)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes dos cinco sentidos e observar o real
INTUICcedilAtildeO (imaginativos orientados para os conceitos centrados no significado e nas possibilidades)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes do sexto sentido observando o que pode ser
PENSAMENTO (ceacutepticos tendem a decidir com base na loacutegica e nas regras)
Preferecircncia por organizar e estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira loacutegica e objectiva
SENTIMENTO (tendem a tomar decisotildees baseadas em consideraccedilotildees pessoais e humanistas)
Preferecircncia por estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira pessoal orientada para valores
JULGAMENTO (definem e orientam-se por planos procuram o sentido mesmo em dados incompletos)
Preferecircncia pela organizaccedilatildeo e planeamento
PERCEPCcedilAtildeO (adaptam-se a circunstacircncias incertas lidam bem coma incerteza o risco e a imprecisatildeo)
Preferecircncia pela espontaneidade e flexibilidade
Quadro 1 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia Myers-Briggs (Myers 1978)
A tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb
A tipologia dos estilos de aprendizagem de Kolb (1984 Kolb amp Kolb 2006 Kolb Boyatzis amp
Mainemelis 2000) baseia-se no modelo da aprendizagem experiencial Para este autor a
aprendizagem e o desenvolvimento satildeo processos integrados que resultam da integraccedilatildeo de
um conjunto de sistemas interdependentes Assim o ciclo da aprendizagem experiencial inclui
quatro fases Experiecircncia Concreta (EC) Observaccedilatildeo Reflexiva (OR) Conceptualizaccedilatildeo
Abstracta (CA) e Experimentaccedilatildeo Activa (EA) Estes processos tecircm uma funccedilatildeo adaptativa e satildeo
a base para que o indiviacuteduo perceba pense aja e sinta nos seus contextos de vida Estes
modos de aprender agrupam-se de acordo com duas dimensotildees concreto abstracto e acccedilatildeo
reflexatildeo
Tomando por base o seu modelo experiencial baseado nas ideias de Dewey Kurt Lewin
Flavell Bruner e Kagan Kolb (1984) defende que os indiviacuteduos desenvolvem estilos de
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aprendizagem preferenciais devida a factores ambientais e internos Neste modelo os
aprendizes satildeo classificados em funccedilatildeo da sua preferecircncia por 1) experiecircncia concreta ou
conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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Embora existam muitas classificaccedilotildees e modelos de estilos de aprendizagem optaacutemos por
sumariar apenas trecircs dos mais conhecidos o modelo Myers-Briggs (Myers-Briggs Type
Indicator) (cf Albert nd) a tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb (1984) e o
modelo de Felder e Silverman (1988)
Indicador de Myers-Briggs (MBTI Myers-Briggs Type Indicator)
Este indicador classifica os estudantes segundo quatro grandes escalas (Extroversatildeo-
Introversatildeo Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo Pensamento-Sentimento e Julgamento-Percepccedilatildeo) as quais se
combinam numa matriz de 16 categorias que representam diferentes estilos de aprendizagem
A escala Extroversatildeo-Introversatildeo refere-se agrave motivaccedilatildeo (como surge a motivaccedilatildeo) a escala
Sensaccedilatildeo-Intuiccedilatildeo refere-se agrave observaccedilatildeo (aquilo a que a pessoa presta atenccedilatildeo) a escala
Pensamento-Sentimento refere-se agraves decisotildees (como uma pessoa toma decisotildees) e a escala
Julgamento-Percepccedilatildeo refere-se ao modo de vida tiacutepico adoptado pela pessoa
EXTROVERSAtildeO (focados no mundo externo das pessoas)
Preferecircncia por tirar energia do mundo exterior das pessoas actividades ou coisas
INTROVERSAtildeO (focados no mundo interno das ideias)
Preferecircncia por tirar energia do mundo interior das ideias emoccedilotildees ou impressotildees pessoais
SENSACcedilAtildeO (praacuteticos orientados para o detalhe centram-se nos factos e procedimentos)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes dos cinco sentidos e observar o real
INTUICcedilAtildeO (imaginativos orientados para os conceitos centrados no significado e nas possibilidades)
Preferecircncia por obter informaccedilotildees atraveacutes do sexto sentido observando o que pode ser
PENSAMENTO (ceacutepticos tendem a decidir com base na loacutegica e nas regras)
Preferecircncia por organizar e estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira loacutegica e objectiva
SENTIMENTO (tendem a tomar decisotildees baseadas em consideraccedilotildees pessoais e humanistas)
Preferecircncia por estruturar as informaccedilotildees para tomar decisotildees de maneira pessoal orientada para valores
JULGAMENTO (definem e orientam-se por planos procuram o sentido mesmo em dados incompletos)
Preferecircncia pela organizaccedilatildeo e planeamento
PERCEPCcedilAtildeO (adaptam-se a circunstacircncias incertas lidam bem coma incerteza o risco e a imprecisatildeo)
Preferecircncia pela espontaneidade e flexibilidade
Quadro 1 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia Myers-Briggs (Myers 1978)
A tipologia dos estilos de aprendizagem de David Kolb
A tipologia dos estilos de aprendizagem de Kolb (1984 Kolb amp Kolb 2006 Kolb Boyatzis amp
Mainemelis 2000) baseia-se no modelo da aprendizagem experiencial Para este autor a
aprendizagem e o desenvolvimento satildeo processos integrados que resultam da integraccedilatildeo de
um conjunto de sistemas interdependentes Assim o ciclo da aprendizagem experiencial inclui
quatro fases Experiecircncia Concreta (EC) Observaccedilatildeo Reflexiva (OR) Conceptualizaccedilatildeo
Abstracta (CA) e Experimentaccedilatildeo Activa (EA) Estes processos tecircm uma funccedilatildeo adaptativa e satildeo
a base para que o indiviacuteduo perceba pense aja e sinta nos seus contextos de vida Estes
modos de aprender agrupam-se de acordo com duas dimensotildees concreto abstracto e acccedilatildeo
reflexatildeo
Tomando por base o seu modelo experiencial baseado nas ideias de Dewey Kurt Lewin
Flavell Bruner e Kagan Kolb (1984) defende que os indiviacuteduos desenvolvem estilos de
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Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
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aprendizagem preferenciais devida a factores ambientais e internos Neste modelo os
aprendizes satildeo classificados em funccedilatildeo da sua preferecircncia por 1) experiecircncia concreta ou
conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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conceptualizaccedilatildeo abstracta (forma como recebem a informaccedilatildeo) e 2) experimentaccedilatildeo activa
ou observaccedilatildeo reflexiva (forma como processam a informaccedilatildeo) Estas preferecircncias satildeo a base
para a classificaccedilatildeo dos quatro tipos de aprendizes proposta pelo autor (ver Quadro 1)
DIVERGENTES (EC + OR) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma reflexiva interessam-se pelo proacuteximo e observam com facilidade os assuntos a partir de diferentes perspectivas
ASSIMILADORES (CA + OR) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos que processam de forma reflexiva interessam-se pelas ideias e conceitos e procuram criar modelos valorizando a sua coerecircncia
CONVERGENTES (CA + EA) Baseiam-se em teorias e conceitos abstractos e abstractas do mundo e processam-nos de forma activa Controlam as suas emoccedilotildees e privilegiam a resoluccedilatildeo de problemas mais do que os contactos interpessoais
ACOMODADORES (EC+ EA) Baseiam-se nas suas experiecircncias concretas e processam-nas de forma activa Gostam de fazer coisas e implicar-se em novas experiecircncias seguindo por ensaios e erros para resolver problemas gostam de desafios e assumir riscos
Quadro 2 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de David Kolb (1984)
O modelo dos estilos de aprendizagem de Felder e Silverman (1988)
Felder e Silverman (1988) tambeacutem consideram que os estilos de aprendizagem podem ser
classificados em grande parte pela forma como os estudantes preferem receber e processar a
informaccedilatildeo Assim a identificaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem passa pela resposta a cinco
grandes questotildees relativas agrave forma como o estudante percebe recebe processa compreende
e organiza a informaccedilatildeo Estas questotildees e as suas possiacuteveis respostas (criteacuterios de
caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem) assim como os diferentes estilos identificados por
Felder e Silberman satildeo apresentadas nos Quadro 3 e Quadro 4
Criteacuterios de caracterizaccedilatildeo Estilo de aprendizagem
Percepccedilatildeo Que tipo de informaccedilatildeo o estudante percebe preferencialmente
(externa) sinais sons sensaccedilotildees fiacutesicas Sensorial
(interna) possibilidades ldquoinsightsrdquo pressentimentos
Intuitivo
Input Atraveacutes de que canal sensorial eacute melhor percebida a informaccedilatildeo externa
Figuras diagramas graacuteficos demonstraccedilotildees Visual
Palavras sons Auditivo
Processamento Como eacute que o estudante prefere processar a informaccedilatildeo
Atraveacutes do envolvimento em actividade fiacutesica ou discussatildeo
Activo
Atraveacutes da introspecccedilatildeo Reflexivo
Compreensatildeo Como eacute que o estudante progride ateacute atingir a compreensatildeo
Em etapas contiacutenuas Sequencial
Em grandes saltos de forma holiacutestica Global
Organizaccedilatildeo Qual a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo preferida pelo estudante
Factos e observaccedilotildees que satildeo fornecidos princiacutepios satildeo inferidos
Indutivo
Princiacutepios satildeo fornecidos consequecircncias e aplicaccedilotildees satildeo deduzidas
Dedutivo
Quadro 3 - Criteacuterios para caracterizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem ( Felder amp Silverman 1988 Felder 1993)
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
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[7]
SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[8]
Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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SENSORIAIS Gostam do detalhe memorizam factos com facilidade saem-se bem em trabalhos praacuteticos (pex laboratoacuterio) Concretos praacuteticos orientados para os factos e procedimentos
INTUITIVOS Preferem descobrir possibilidades e relaccedilotildees Sentem-se confortaacuteveis a lidar com novos conceitos abstracccedilotildees e foacutermulas matemaacuteticas Conceptuais inovadores orientados para as teorias e significados
VISUAIS Lembram-se melhor daquilo que viram Preferem representaccedilotildees visuais e apresentadas por meio de gravuras imagens diagramas graacuteficos filmes e demonstraccedilotildees
AUDITIVOS Tiram maior proveito das palavras ndash explicaccedilotildees orais ou escritas Preferem explicaccedilotildees baseadas na escrita e na fala
INDUTIVOS Para aprender uma mateacuteria preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do especiacutefico e concreto para o geral Preferem apresentaccedilotildees que comeccedilam pelos casos e exemplos extraindo depois as leis e princiacutepios abstractos
DEDUTIVOS Apreciam apresentaccedilotildees estruturadas concisas e ordenadas Preferem apresentaccedilotildees que vatildeo do geral para o concreto comeccedilando com os princiacutepios gerais e deduzir as consequecircncias e aplicaccedilotildees
ACTIVOS Tendem a reter mais e compreender melhor as informaccedilotildees discutindo aplicando conceitos eou explicando a outras pessoas Aprendem com ensaios erros e trabalhando em grupo
REFLEXIVOS Precisam de tempo para pensar sozinhos sobre as informaccedilotildees Aprendem melhor pensando e trabalhando sozinhos
SEQUENCIAIS Preferem caminhos loacutegicos e aprendem melhor os conteuacutedos apresentados de forma linear e encadeada passo a passo
GLOBAIS Compreendem os conteuacutedos por meio de insights Aprendem em conjuntos globais de informaccedilatildeo satildeo holiacutesticos e sistemaacuteticos
Quadro 4 - Tipos de aprendizagem segundo a tipologia de Felder e Silverman (1988)
Este modelo eacute especialmente interessante pela sua aplicaccedilatildeo imediata no ensino superior
Com efeito a organizaccedilatildeo dos estilos de aprendizagem em funccedilatildeo do modo de receber e
processar informaccedilatildeo pode ser comparada ao modo como os professores organizaccedilatildeo e
apresentam a informaccedilatildeo aos seus estudantes e pode ainda contribuir para a identificaccedilatildeo de
estrateacutegias de ensino adequadas para se coadunarem o melhor possiacutevel agrave diversidade de
estilos de aprendizagem numa turma
5 Estilos de aprendizagem e estilos de ensino uma proposta de integraccedilatildeo
A aprendizagem no ensino superior pressupotildee contextos estruturados nos quais se transmite
recebe e processa informaccedilatildeo relevante Na realidade nem tudo aquilo que eacute ensinado eacute
aprendido e retido significativamente pelos estudantes Isto pode dever-se a vaacuterios factores
externos ao aprendiz mas natildeo deve ser desprezada a possibilidade de o material ter sido
ignorado pelo aprendiz durante a fase de recepccedilatildeo pelo facto de o modo de a informaccedilatildeo ser
apresentada natildeo se ajustar ao seu modo preferido de obter informaccedilatildeo (o modo mais
facilitador da atenccedilatildeo) ou natildeo terem sido consideradas as suas preferecircncias de processamento
de informaccedilatildeo (memorizaccedilatildeo ou raciociacutenio indutivodedutivo reflexatildeo ou acccedilatildeo introspecccedilatildeo
ou interacccedilatildeo com outras pessoas)
Os estudantes desenvolvem estilos de aprendizagem proacuteprios e aplicam-nos de forma
consistente agraves tarefas de aprendizagem aos modo como recolhem organizam a informaccedilatildeo
como percebem e interpretam as situaccedilotildees e como se adaptam ao seu ambiente Como tal eacute
importante prestar atenccedilatildeo a estas variaccedilotildees pois as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem
dos estudantes relacionam-se com a eficaacutecia das metodologias e estilos de ensino dos
professores como iremos salientar mais adiante
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
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Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[11]
praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
Referecircncias bibliograacuteficas
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o 1
Recolhido em 12 de Janeiro de 2006 em httpwwwacelfcacrevuerevuehtml28-102-chevrierhtml
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SCHMECK R (1981) Improving learning by improving thinking En Educational leadership Nordm 38
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WOOLFOLK A (2004) Educational psychology Boston Pearson Education
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[8]
Assim como satildeo variadas as formas como os estudantes aprendem (vendo e ouvindo
reflectindo e agindo raciocinando logicamente e intuitivamente memorizando e
visualizando) tambeacutem as formas como os professores ensinam variam (muitas vezes por
razatildeo das suas proacuteprias preferecircncias de aprendizagem) Ora as diferentes formas de ensinar
(exposiccedilotildees demonstraccedilotildees discussotildees valorizaccedilatildeo dos princiacutepios ou aplicaccedilotildees ecircnfase na
memoacuteria ou na compreensatildeo) natildeo se ajustam igualmente bem a todos os estudantes u
fenoacutemenos que eacute descrito em diversos estudos relativos nos estilos de ensino e aprendizagem
em vaacuterios domiacutenio acadeacutemicos (cf Kolb amp Kolb 2006) Para aleacutem de aspectos como a
capacidade o conhecimento preacutevio o interesse ou o estado emocional a aprendizagem
depende tambeacutem da compatibilidade entre estilos de aprendizagem e estilos de ensino
Estas concepccedilotildees e modelos teoacutericos sobre os estilos de aprendizagem satildeo um instrumento
uacutetil para os professores do ensino superior pois eacute possiacutevel extrair a partir delas vaacuterias
implicaccedilotildees pedagoacutegicas que poderatildeo contribuir para aumentar a eficaacutecia do ensino ao
traduzir-se em estrateacutegias pedagoacutegicas que favorecem a aprendizagem tendo em
consideraccedilatildeo os seus tipos e estilos preferenciais de recolha e processamento de informaccedilatildeo
Em primeiro lugar eacute de referir que se o professor estiver conscientes de que existem estas
variaccedilotildees nos estilos e preferecircncias poderaacute ajudar os seus estudantes a ganhar tambeacutem
consciecircncia sobre as suas proacuteprias orientaccedilotildees e ajudaacute-los natildeo apenas a aperfeiccediloaacute-las como
igualmente a alargar as suas preferecircncias a outros modos de aprender Isto eacute especialmente
importante porque nem todos os assuntos se ajustam igualmente bem a um determinado
estilo e nem todos os estilos satildeo igualmente uacuteteis para todas as aprendizagens requeridas no
ensino superior Visto que os estilos de aprendizagem satildeo dinacircmicos modificaacuteveis e podem
ser ajustados agraves tarefas de aprendizagem os estudantes podem explorar outros modos de
aprender e aplicaacute-los quando necessaacuterio No entanto eacute possiacutevel ajustar o ensino agraves variaccedilotildees
nos estilos de aprendizagem preferidos pelos estudantes Felder (1988 1993 1996) propotildee
algumas sugestotildees praacuteticas para conciliar o ensino com a diversidade de estilos de
aprendizagem dos estudantes as quais satildeo compatiacuteveis com os pressupostos de vaacuterios
modelos de estilos de ensino e com as variaccedilotildees entre os estudantes que os mesmos
identificam Entre essas sugestotildees praacuteticas contam-se
Relacionar os conteuacutedos com o que foi dito e o que vai ser dito a seguir e com as
experiecircncias dos alunos
Ensinar a teoria por meio da apresentaccedilatildeo dos fenoacutemenos e problemas que lhe estatildeo
relacionados
Equilibrar informaccedilatildeo concreta (factos experiecircncias e seus resultados) e conceitos
abstractos (princiacutepios teorias modelos matemaacuteticos)
Equilibrar material que daacute ecircnfase agrave resoluccedilatildeo de problemas praacuteticos com material que daacute
ecircnfase agrave compreensatildeo fundamental
Usar imagens esquemas graacuteficos filmes ensino assistido por computador
demonstraccedilotildees e experimentaccedilatildeo directa ndash antes durante e depois da apresentaccedilatildeo de
material verbal
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[9]
Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
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[10]
b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
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[11]
praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
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[9]
Usar vaacuterios exemplos para ilustrar conceitos abstractos e meacutetodos de resoluccedilatildeo de
problemas especiacuteficos
Apresentar ilustraccedilotildees expliacutecitas de padrotildees intuitivos (inferecircncias loacutegicas reconhecimento
de padrotildees generalizaccedilotildees) e padrotildees sensoriais (observaccedilatildeo experimentaccedilatildeo atenccedilatildeo
ao detalhe)
Criar oportunidades na aula para que os estudantes faccedilam mais do que tomar notas e
inserir pequenas pausas na exposiccedilatildeo para que os estudantes pensem sobre o que foi dito
e coloquem questotildees
Permitir que os estudantes cooperem nos trabalhos na aula e fora da aula
Seguir meacutetodo cientiacutefico na exposiccedilatildeo (dar exemplos concretos do fenoacutemeno que a teoria
descreve desenvolver depois a teoria mostrar como esta eacute validada e deduzidas as suas
consequecircncias e apresentar as aplicaccedilotildees)
Propor exerciacutecios de ensaio para praticar os meacutetodos que estatildeo a ser ensinados
Apresentar exerciacutecios e problemas em aberto de anaacutelise e siacutentese
A diversidade e relevacircncia dos materiais usados no ensino eacute um facto determinante da
aprendizagem e motivaccedilatildeo dos estudantes Kang (1999) salienta o uso criativo do viacutedeo e
outros suportes audiovisuais para ilustrar conceitos e ideias como sendo boas alternativas ao
uso exclusivo do quadro O ensino assistido por computar eacute outra estrateacutegia relevante pois
permite ajustar as actividades ao ritmo de cada estudante Em conjunto com actividades
praacuteticas e exerciacutecios de auto-reflexatildeo estes meios contribuem para tornar as aulas mais
interessantes para todos Aleacutem disso eacute importante ajudar os estudantes a terem consciecircncia
dos seus estilos de aprendizagem e a reconhecerem a importacircncia de desenvolverem outros
estilos de modo a aumentarem o benefiacutecio de diferentes meacutetodos de ensino e preferecircncias
dos seus professores Por fim importa natildeo esquecer que o crescimento intelectual dos
estudantes eacute facilitado quando as condiccedilotildees de ensino incluem como referem Felder e Brent
(2004 citados em Felder amp Brent 2005)
1 Variedade de escolhas e tarefas de aprendizagem
a Problemas de tipos variados
b Tarefas de vaacuterios niacuteveis de estrutura e objectivos
c Escolha de tarefas e poliacuteticas de classificaccedilatildeo
2 Comunicaccedilatildeo e explicaccedilatildeo de expectativas
a Objectivos de ensino cobrindo tarefas de alto niacutevel
b Guias de estudo e testes adequados aos objectivos
3 Modelaccedilatildeo praacutetica e feedback para tarefas de alto niacutevel
a Apresentaccedilatildeo de tarefas relevantes e modelaccedilatildeo dos processos para as
resolver
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[10]
b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
Actas do XIV Coloacutequio da AFIRSE | Para um Balanccedilo da Investigaccedilatildeo em Educaccedilatildeo de 1960 a 2005 Teorias e Praacuteticas
Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[11]
praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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Actes du XIVegraveme Colloque de lrsquoAFIRSE | Pour un bilan de la Recherche en Education de 1960 agrave 2005 Theacuteories et Pratiques
[10]
b Praacutetica nas tarefas distribuiacutedas e inclusatildeo de tarefas semelhantes nas provas
de avaliaccedilatildeo
4 Ambiente de ensino centrado no estudante
a Aprendizagem indutiva (baseada em projectos inqueacuterito orientado e
resoluccedilatildeo de problemas)
b Aprendizagem activa e cooperativa
c Medidas para reduzir a resistecircncia ao ensino centrado no estudante
5 Respeito pelos estudantes em todos os niacuteveis de desenvolvimento
a Ajuda aos estudantes
b Respeito pelos niacuteveis de desenvolvimento e promoccedilatildeo da transiccedilatildeo para niacuteveis
superiores
6 Conclusatildeo
Em resultado da investigaccedilatildeo recente sobre os estilos de aprendizagem vaacuterios autores da
psicologia educacional defendem que as praticas de ensino podem beneficiar com a inclusatildeo
deste corpo de conhecimentos acerca da forma como os estudantes aprendem (Gagne 1993)
O conceito de estilos de aprendizagem eacute relevante para a organizaccedilatildeo metodoloacutegica do ensino
uma vez que oferece pistas aos professores sobre formas alternativas de estruturar os
conteuacutedos a ensinar e as actividades de aprendizagem propostas aos alunos quer no acircmbito
das aulas quer na elaboraccedilatildeo de curriacuteculos textos e outros materiais para estudo autoacutenomo
(incluindo a ediccedilatildeo de materiais virtuais) e cooperativa Ao estruturar o ensino tendo em conta
as variaccedilotildees nos estilos de aprendizagem o professor torna o seu trabalho mais ajustado aos
diferentes estudantes e promove a igualdade de oportunidades educativas para todos
Por outro lado o professor pode ajustar de forma consciente o seu modo de ensinar aos
diferentes tipos de estudantes adoptando estrateacutegias diversificadas para que a maioria dos
seus alunos beneficie com as suas aulas e aprenda da forma que lhe eacute mais agradaacutevel Embora
dependente das finalidades do ensino das condiccedilotildees em que este ocorre e da especificidade
dos conteuacutedos a ensinar o professor pode organizar de um forma mais flexiacutevel as suas praacuteticas
docentes e tomar decisotildees sobre os meacutetodos a usar diversificando-os conjugando-os e
alternando-os de forma a que as competecircncias a desenvolver e os objectivos a alcanccedilar
possam ser de uma forma ou de outra concretizados por todos os estudantes As opccedilotildees
metodoloacutegicas e as ferramentas e estrateacutegias de ensino ao dispor do docente satildeo hoje em dia
quase ilimitadas A exposiccedilatildeo interactiva os grupos de aprendizagem os projectos e resoluccedilatildeo
de problemas o ensino apoiado pelos meios audiovisuais e informaacuteticos satildeo apenas algumas
das variaccedilotildees ao ensino de estilo uacutenico que podem ser incorporadas numa mesma aula e que
contribuem de uma forma ou de outra para promover a actividade fiacutesica e intelectual do
estudante a compreensatildeo das mateacuterias e o desenvolvimento de aptidotildees de complexidade
cada vez maior que ultrapassam em muito a mera memorizaccedilatildeo e a aprendizagem rotineira
envolvendo capacidades de ordem superior tal como o pensamento divergente a aplicaccedilatildeo
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[11]
praacutetica a clarificaccedilatildeo das implicaccedilotildees praacuteticas a descoberta de novas soluccedilotildees e formas de ver
os problemas de aprendizagem
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