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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PENAMACOR ACTA DA SESSÃO PÚBLICA ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL REALIZADA NO DIA VINTE DE DEZEMBRO DE DOIS MIL E SETE Aos vinte dias do mês de Dezembro de dois mil e sete reuniu, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Sessão Ordinária, a Assembleia Municipal sob a Presidência do Senhor Dr. Manuel Martins Lopes Marcelo que declarou aberta a Sessão às dezanove horas e dez minutos. Sr. Presidente da Assembleia – Dr. Lopes Marcelo – Saudou todos os presentes e deu início aos trabalhos. Solicitou que fosse feita a verificação das presenças e dos vinte e sete membros que compõem a Assembleia registaram-se as seguintes ausências: Senhor Joaquim Luís Silva Martins, que apresentou a respectiva justificação de falta e Professor António Vicente Vieira. Estiveram também presentes por parte do Executivo o Sr. Presidente Dr. Domingos Torrão, o Sr. Vice Presidente Dr. António Cabanas e os senhores vereadores Dr.ª Ilídia Cruchinho, Dr. Abel Martins e Dr. Vítor Gabriel. Deu-se em seguida início à discussão dos assuntos constantes da Ordem de Trabalhos: I – Antes da Ordem do Dia O Sr. Presidente da Assembleia começou por informar terem sido colocadas nas pastas de todos cópias da última página da acta que por lapso não foi enviada juntamente com a mesma. Agradeceu ao Sr. Vice Presidente a amável oferta, a todos os membros da Assembleia, de uma monografia da sua autoria intitulada “Meimoa, Ontem e Hoje”.

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PENAMACOR

ACTA DA SESSÃO PÚBLICA ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL REALIZADA NO DIA VINTE DE

DEZEMBRO DE DOIS MIL E SETE Aos vinte dias do mês de Dezembro de dois mil e sete reuniu, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Sessão Ordinária, a Assembleia Municipal sob a Presidência do Senhor Dr. Manuel Martins Lopes Marcelo que declarou aberta a Sessão às dezanove horas e dez minutos. Sr. Presidente da Assembleia – Dr. Lopes Marcelo – Saudou todos os presentes e deu início aos trabalhos. Solicitou que fosse feita a verificação das presenças e dos vinte e sete membros que compõem a Assembleia registaram-se as seguintes ausências: Senhor Joaquim Luís Silva Martins, que apresentou a respectiva justificação de falta e Professor António Vicente Vieira. Estiveram também presentes por parte do Executivo o Sr. Presidente Dr. Domingos Torrão, o Sr. Vice Presidente Dr. António Cabanas e os senhores vereadores Dr.ª Ilídia Cruchinho, Dr. Abel Martins e Dr. Vítor Gabriel. Deu-se em seguida início à discussão dos assuntos constantes da Ordem de Trabalhos: I – Antes da Ordem do Dia O Sr. Presidente da Assembleia começou por informar terem sido colocadas nas pastas de todos cópias da última página da acta que por lapso não foi enviada juntamente com a mesma. Agradeceu ao Sr. Vice Presidente a amável oferta, a todos os membros da Assembleia, de uma monografia da sua autoria intitulada “Meimoa, Ontem e Hoje”.

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1 - Análise e Aprovação da Acta da sessão anterior.

Dando início aos trabalhos, colocou para analise a acta do dia 27 de Setembro, como ninguém se pronunciou foi a mesma posta à votação sendo aprovada por maioria, com a abstenção dos membros que não estiveram presentes.

2 – Assuntos Correntes. O Sr. Presidente da Assembleia começou por dar conhecimento de uma carta enviada pelo Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches, convidando todos a visitar aquela Instituição, tendo o convite sido feito no seguimento de algumas afirmações proferidas na última sessão por membros da Assembleia, conforme constataram nas auscultação no gabinete da Assembleia na gravação da ultima sessão, procurando assim dar a conhecer, melhor, as suas instalações. O Sr. Presidente da Assembleia sugeriu, a todos mas mais em concreto aos que estiverem interessados e disponíveis, para que no dia da próxima assembleia, pelas 17h visitaram as instalações da Escola seguindo-se a sessão às 19h. Propôs de seguida uma alteração à Ordem de Trabalhos com a inclusão no ponto 1 – Proposta de Regulamento do Conselho Municipal de Segurança, reordenando-se os seguintes pontos. Passou a ler a legislação que dá suporte legal à constituição do referido Conselho, recordando todos os passos já dados ao longo das últimas sessões faltando somente escolher os 5 cidadãos da comunidade que serão propostos por ambas as bancadas (3 pelo PS e 2 pela Coligação), ficando assim concluídos todos os requisitos para a sua composição. A alteração foi aceite por unanimidade.

3 – Intervenção dos Senhores Membros da Assembleia. Após as inscrições, deu-se início às intervenções.

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Dr. António Neves Bento: Saudou todos os presentes e disse que desde o início do mandato foi timbre da Coligação Todos por Penamacor actuar nesta Assembleia de maneira cordial, democrática, mas oposição dura, pedindo responsabilidades à Câmara, solicitando informações em tempo útil em diferentes pontos e circunstâncias. Tem constatado haver por parte da Autarquia situações às que dão resposta e outras não, isto pelo facto de ter remetido à Mesa da Assembleia requerimentos de relevante importância, dos quais ainda não obteve resposta. Um relativo às dívidas do Município para com os fornecedores, com valores descriminados, individualizados, voltou novamente a remetê-lo à Mesa da Assembleia. Outro que também não obteve a totalidade das respostas diz respeito à empresa MALCATUR, tendo-se escudado do competente exercício do poder, dando aquela sociedade a responsabilidade e tirando a Assembleia Municipal a possibilidade de fiscalizar as contas. Detendo a Câmara Municipal 49% da sociedade, a Assembleia não se pode demitir de os fiscalizar, sendo neste contesto que exigem resposta a certas questões. Disse que não crê que a sócia maioritária não preste contas ao outro sócio. Foram eleitos para pedir responsabilidades à Câmara e é o que estão a fazer, pois entendem que a MALCATUR é uma empresa constituída e existem factos que são importantes e necessitam de ser esclarecidos, assim, voltou novamente e entregar outro requerimento com o mesmo teor. Continuou dizendo que os 49% da Câmara nesta sociedade representam em dinheiro 220 500, 00€ e que a MATEP no acto da escritura subscreveu o valor de 147 750,00€ parte do capital social e o restante em 30.06.2006. Perguntou o que é feito deste capital social? Após quase 4 anos passados o hotel está na mesma, os terrenos já foram cedidos à sociedade, onde pára o dinheiro? Gostaria que o Sr. Presidente da Assembleia, na qualidade de Presidente da Assembleia e como economista de formação fizesse todas as diligências para que estas questões fossem clarificadas. Se o Hotel nunca se fizer para quem são os 220 500,00€ que a Câmara subscreveu. Este dinheiro em cash à taxa de 2,5% líquidos desde 2004 já teria rendido mais ou menos 2 300 contos que juntos ao capital social já teria um valor perto de 94 mil contos.

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Gostaria de ser esclarecido desta situação da qual não abdica nem que tenha de se recorrer de outros meios. Dr. Francisco Abreu: Saudou todos os presentes e disse que ao contrário do que por vezes é dito nesta Assembleia e mesmo nas reuniões do Executivo não é verdade que a Oposição não queira colaborar com sugestões que considera ser necessárias para resoluções de problemas no Concelho sejam eles pequenos ou grandes. A dificuldade maior está na atitude que a maioria no Executivo tem para com as sugestões propostas. Como se tem constatado ultimamente têm ocorrido, mais propriamente noutros centros urbanos, atropelamentos nas passadeiras para peões estando estas devidamente sinalizadas. Existe uma Freguesia no nosso Concelho que se encontra em conformidade que é a de Meimoa, porém nem na sede de Concelho nem em Pedrógão de S. Pedro tal não se verifica, situação que convinha corrigir. Por varias razões não teve oportunidade de reunir com os colegas de bancada para em conjunto analisarem a questões tratadas na Ordem de Trabalhos, situação que não impediu de haver algum consenso em questões que já hoje foram abordadas e que também gostaria de referir. Ao preparar a sua intervenção de hoje recorreu aos seus arquivos em busca de documentos que lhe pudessem avivar a memória bem como ao Sr. Presidente da Câmara. Reportando-se as recortes da imprensa local de 2002 relembrou várias promessas eleitorais não compridas, até mesmo do anterior mandato e que se vêm estendendo a este, tais como entreposto comercial e o hotel. Encontrou também um contrato de arrendamento subscrito em 2003, do qual leu um excerto, referente ao timing de duração e prorrogação do mesmo. Refere-se ao arrendamento do Colégio com o qual se gasta anualmente 4 800 contos, gostaria de saber se na contenção de despesas que é necessário fazer prevê cessar o arrendamento. Sr. António Dias Lopes: Saudou e desejou a todos umas boas festas e começou por dizer que politicamente não podia deixar de passar algumas questões. Disse ter sido em tempos treinador de futebol e quando um atleta, lesionado,

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vai para o treino parece que todos lhe batem no mesmo sítio, situação que a seu ver também aqui acontece, pois a Oposição descobriu que o hotel pode ser uma questão frágil da actuação desta Câmara, porém a resposta virá no futuro. Dirigindo-se ao Sr. Dr. Bento disse que quis hoje aqui dar uma lição de sapiência no que toca à gestão financeira. A seu ver é fácil de resolver a questão do dinheiro da MALCATUR, pois pode ir buscá-lo vendendo o terreno, dado que é fácil de entender onde é que ele está, pois foi gasto com a compra do local onde irá ser implantado o hotel. Trás hoje 2 moções para serem votadas por todos, enquanto a Oposição trás 2 requerimentos, com os quais pretende fazer justiça na acção politica pelas suas próprias mãos. As moções são para votar o Sr. Dr. Bento lê requerimentos que devia de dirigir ao Presidente da Assembleia e que o plenário não tinha nada que os ouvir, pois não lhes cabe responder, mas sim votar, colaborar e fazer funcionar a democracia. A verdade democrática é só uma, a Oposição não trouxe nenhuma proposta para votar e passou por cima de todos retirando-lhes valor, perspectiva que também corroborada pelo Sr. Dr. Abreu que vem munido de entrevistas, mas não fala nas dele. Referiu-se ao arrendamento do colégio, sugeriu do Sr. Presidente de o contratasse para construir o Arquivo Municipal. Sendo o referido contrato uma questão do foro particular da Câmara Municipal. Quis saber como o tem na sua posse. Ao que lhe foi respondido lhe ter sido entregue pelo Executivo enquanto Vereador. O Sr. Dias Lopes então retorquiu que assim sendo estava a abusar do poder. Continuou dizendo que o que pretendem é um futuro melhor para Penamacor e uma vida diferente para todos. Entregou as moções à Mesa da Assembleia sendo as mesmas subscritas por todos os elementos da bancada do PS, solicitando ao Sr. Presidente que as mesmas fossem lidas pela Mesa.

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Presidente da Junta de Freguesia de Águas - Sr. Francisco Barreto: Saudou e desejou a todos um Bom Natal e um Bom Ano de 2008. Começou por se referir à solicitação do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches, e como também foi um dos que na última sessão se referiu àquela instituição disse que mantém exactamente tudo o que então disse. Disse também que enquanto Presidente de Junta faz parte do Conselho Municipal de Educação, do qual se realizou recentemente uma reunião, onde também fez reparo a determinadas situações no que toca ao funcionamento do Agrupamento, com as responsabilidades que lhe são inerentes uma vez que responde sobre todos os ciclo que lhe estão agregados, também lhe compete informar esta Assembleia sobre o que ali se passa. Não entende que a mesma pessoa tome posições diferentes quando ocupa cargos diferentes, isto para dizer que se hoje alguém aqui chegasse com a acta já feita com o que se vai aqui tratar e todos tivéssemos que assinar ninguém o aceitaria. Passou a explicar: é da responsabilidade do Agrupamento manter as escolas abertas até às 17h30m, caso surjam algumas dificuldades é necessário reunir com os pais para que se possam suprir. Acontece que na Escola EB1 de Águas foi marcada essa reunião para onde alguém levou uma acta já feita onde se lia que não ia haver professor, então tinham de abdicar do funcionamento da mesma até às 17h30 e que só tinham que assinar. Agradeceu o esforço feito pelo Sr. Presidente da Câmara para a realização da reunião com conjunta entre a Junta de Freguesia que representa, a CMP e as Águas do Zêzere e Côa a fim de se encontrar uma solução para os maus cheiros que se têm verificado na sua Freguesia provenientes da ETAR. Solicitou ao Sr. Presidente que fosse efectuada a limpeza, num pequeno troço na berma da Estrada 233, que ficou talvez por se fazer por não se saber onde acabava o limite que pertence à CMP e a Câmara de Castelo Branco. Solicitou também ao Sr. Presidente da Câmara que, e como já existiu em tempos um projecto para o local, fossem colocados semáforos no cruzamento de Águas, fundamentais para prevenir acidentes que ali possam ocorrer. Espera que estes pedidos possam ser satisfeitos. Presidente da Junta de freguesia de Benquerença – Sr. António Beites Soares: Saudou todos os presentes e começou por dizer que ia ser rápido mas preciso e conciso alertando para situações que entende ser do interesse público.

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Na tinha previsto fazer um preambulo, porém com o que ouviu anteriormente não pode deixar passar. O Estatuto dos Eleitos Locais, serve tanto para os vencedores como para os vencidos, portanto os que perdem são Oposição, assim esta tem o dever e a obrigação de alertar para os problemas existentes no Concelho, bem como sobre o eventual funcionamento da Câmara e naturalmente solicitar esclarecimentos sobre as matérias em que se sentem menos informado. Se a Oposição o tem feito bem ou mal, cada um fará a sua interpretação, o que todos têm é que aceitar que este é o seu real papel. Por outro lado lamenta que há dois anos a esta parte se verifiquem intervenções, nesta Assembleia, por sinal sempre na sequência das intervenções da Oposição, que em nada tenham sido construtivas quer para o bom funcionamento dos diversos órgãos quer em termos de aproveitamento actual e futuro para o Concelho. Crê que as pessoas deveriam melhorar um pouco as suas intervenções pois focar assuntos que foram abordados pelo antecessor é fácil, devendo sim fazê-lo de uma forma construtiva e que em nada se coadunam com a perspectiva do desenvolvimento futuro do Concelho. Desde que foi construída a Estrada Municipal 570, ano após ano e nesta altura, manifesta sempre a mesma preocupação, que é a questão da formação de gelo na curva ali existente, local propício à ocorrência de acidentes. Seria bom que o Executivo mandasse elaborar um projecto rectificativo para aquele local. Felicitou o Sr. Presidente da Câmara pela conclusão das obras de ligação de água ao Anascer, faltando agora, somente o saneamento. Não vai aqui dizer que o Agrupamento de Escolas funciona bem ou menos bem, felizmente na sua Freguesia não se pode queixar antes pelo contrário, isto também muito devido ao empenho da Sr.ª Vereadora nesta matéria, só se verificando uma situação que tem a ver com a criação de melhores condições no edifício da escola de modo a evitar que as crianças tenham de ser deslocadas na hora de almoço principalmente quando chove. Informou que existem mais de uma centenas de buracos em Benquerença, pelo que solicitou ao Sr. Presidente da Câmara o levantamento da situação e a resolução deste problema. Foram feitas condutas de abastecimento em alta na Freguesia pela empresa Águas do Zêzere e Côa, que provocaram danos no pavimento que neste

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momento cedem tornando-se necessária uma rápida chamada da atenção a empresa e respectivo empreiteiro, enquanto a obra se encontra dentro da respectiva garantia de modo a que seja reposto o pavimento. Referiu também a intervenção feita pela empresa do parque eólico e como o foi no acesso à Serra de Stª Marta, que a seu ver talvez seja prática mas pouco funcional. Perguntou qual é neste momento a situação em que se encontra a ligação do Concelho à A23, é uma questão que deve importar a todos, e gostava de saber qual é neste momento a real perspectiva desta ligação. Sr. Porfírio Saraiva: Saudou todos os presentes e começou por dizer que se ia falar sobre a Comissão de Agricultura dar conta de uma reunião efectuada na passada 2ª feira onde foi decidido, entre outros assuntos, que seria oportuno promover um Colóquio sobre agricultura e para o qual seriam convidadas diversas entidades ligadas à agricultura e com alguma responsabilidade no Governo, tendo sido indicado o dia 19 de Fevereiro próximo para a sua realização neste mesmo salão. A preocupação, para além da fixação de pessoas, passa também pela criação do mínimo de condições, sendo a agricultura um pólo que poderá ter um papel importante no desenvolvimento do Concelho. É do conhecimento de todos que aqui ainda se vive da agricultura, da pecuária e da floresta, assim é de todo importante saber quais as ideias do Governo e quais os apoios que se poderão conseguir neste momento. Irão ser convidados agricultores, outras entidades e espera que todos os presentes também assistam e se manifestem colocando as preocupações do Concelho. Crê que será um encontro importante onde se poderão adquirir ideias, conhecimentos e benefícios. O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Águas invocou a defesa da honra, dizendo que para que tudo fique esclarecido, gostava de saber a quem se referiu o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Benquerença no início da sua intervenção se quando referiu “anterior intervenção”, se era a sua pessoa ou não. O Sr. Presidente da Assembleia disse que anterior era anterior, então a resposta estava dada.

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Deu de seguida a palavra ao Sr. 1º Secretário a fim de ler as moções, situação que se verificou, dando-se aqui como reproduzidas, sendo anexadas a esta acta e dela passando a fazer parte integrante. O Sr. Presidente da Assembleia inquiriu o primeiro subscritor das mesmas se pretendia acrescentar mais alguma explicação de modo a completá-las. Ao que o Deputado Sr. Dias Lopes lhes respondeu que a bancada não vive de primeiros subscritores mas de um todo e o que ali está escrito não precisa de mais esclarecimentos. São acções que podem dinamizar o Concelho, ao mesmo tempo que podem servir de incentivo a modificar aspectos de trabalho. As propostas estão na Mesa e pensa que alguém terá algo a dizer. O Sr. Presidente da Assembleia colocou-as à apreciação dos membros da Assembleia. Dr. Francisco Abreu: Começou por dizer que se o colega pensava que a Coligação iria votar contra ou abster-se engana-se. São moções que aprovarão de cruz sem qualquer problema. Quis saber ao que se refere concretamente quando propõe a Medalha de Mérito aos Bombeiros, uma vez que aquela Associação já foi agraciada pela Câmara. Se é a proposta de uma segunda medalha óptimo, talvez até mesmo uma terceira, para votarem em consciência precisa saber se se informou junto daquela Associação e até mesmo de alguns comandantes que também foram agraciados pelo Município. Não sabe bem ao que se está a referir. Sr. Dias Lopes: Quanto à questão que colocou teve o cuidado de indagar o que se passou. De facto a Câmara já entregou aquela Associação a Medalha de Ouro da Vila de Penamacor, algures em parte incerta, porem as distinções têm diferenças. O que propõem é a entrega da Medalha de Mérito Municipal que tem três vertentes, ouro, prata e bronze, colocando este aspecto à consideração da Câmara. Não pretende retirar o que já foi feito, nem criticar, pretende sim reforçar.

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Dr. António Bento: Disse subscrever totalmente o que disse o colega de bancada, pois há coisas que são óbvias, não compreendendo a ênfase feita pelo interlocutor das propostas como destas dependendo o futuro de Penamacor. Os bombeiros de Penamacor, salvo raras excepções, inerentes a sua profissão, são uma instituição com o máximo de dignidade, que todos devemos apoiar de forma a que funcione o melhor possível, não só ao nível florestal mas também ao nível da saúde. Ao nível da saúde têm-se verificado algumas situações menos bem conseguidas no que toca a rapidez na resposta quando solicitadas as ambulâncias. Se tal se deve à escassez de verbas para pagamento aos motoristas, segundo lhe constou, permite-se sugerir à Câmara que reforce os subsídios de forma a colmatar a situação económica dos bombeiros. Foi a moção colocada à votação tendo sido aprovada por maioria, com as abstenções do Sr. Porfírio Saraiva e Sr. Luís Canes pelo facto de serem Presidente da Direcção da AHBVP e Vogal, respectivamente. O Sr. Porfírio Saraiva apresentou verbalmente uma declaração de voto a fim de explicar o porque da sua abstenção, ficando-se a dever precisamente ao facto de ser Presidente da Direcção daquela Associação. Quis ainda informar que no que diz respeito á questão das ambulâncias nomeadamente a do INEM, informou que os bombeiros não têm autonomia no que toca à saída desta unidade de socorro estando sim dependentes de um telefonema para o 112 do qual ficam a aguarda a respectiva autorização para poderem sair com ela, verificando-se depois situações que não são agradáveis para ninguém. Também o Sr. Luís Canes apresentou uma declaração de voto pelo facto de também estar ligado à Direcção da Associação. O Sr. Presidente da Assembleia colocou a 2º Moção à apreciação de todos. Dr. António Bento: Disse ser mais um dos assuntos óbvios para o desenvolvimento de Penamacor e que não criam entraves de parte a parte. Irão subscrevê-la embora não entenda o seu conteúdo.

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Crê que quando se trás uma Moção, esta deve ser muito bem elaborada feita com tempo e não em cima do joelho. O Sr. Presidente da Assembleia interrompeu para referir ser deselegante da parte do Sr. Deputado a afirmações que proferiu, dado que a moção não deve ser analisada pela forma mas pelo conteúdo. O Sr. Dr. António Bento continuou a dizer ser intenção da Coligação votar favoravelmente a Moção, porém continua a referir que a mesma não está bem elaborada embora o sentido esteja correcto. O Sr. Dias Lopes pretendeu usar da palavra em defesa da honra, disse ser filho de um comerciante e não um ser superior. Foi o redactor da Moção fê-lo com a maior simplicidade possível e para poder verificar se dentro da Assembleia pode haver entendimento, porém “ desde que alguns seres superiores não sejam eles a fazer, tudo está mal feito”. O Sr. Dr. António Bento também quis usar do direito de defesa da honra, disse ser, por norma, duro nas suas intervenções na defesa do Concelho de Penamacor, na fiscalização que esta Assembleia tem de exercer, mas em nenhuma circunstância pautou a sua actuação pela má educação, assim, nunca faz juízos de valor, nem familiares, nem pessoais nem profissionais. Também é filho de um comerciante e tem muito orgulho nisso e em nenhuma circunstância se sente superior a ninguém. Quem o conhece sabe bem que prefere lidar com os mais simples do que com os mais importantes. Se o seu antecessor solicitou a defesa da honra, não sabe qual, pois o que fez foi ofender a honra dos outros. Dr. Francisco Abreu: Também esta é consensual. Porém, espera que os colegas da bancada do PS reconheçam que contem um conjunto de informações que poderão ser deselegantes se forem enviadas ao Sr. Director Regional de Parques e Reservas, uma vez que algumas das actividades ali propostas já estão a ser implementadas pela RNSM nos últimos anos assim como devidamente publicitadas em folhetos próprios que tem a disposição de todos.

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Disse que da forma como a mesma está elaborada não votará favoravelmente, mas sim, abster-se. Foi a Moção colocada à votação tendo sido aprovada por maioria, com 6 abstenções (Dr. António Bento, Dr. Francisco Abreu, Sr. Manuel E. Robalo, Sr. António B. Soares, D. Maria de Lurdes Gameiro e D. Guiomar Leitão). O Dr. António Bento apresentou uma declaração de voto, verbal, disse que quando fez a apreciação desta Moção referiu votar favoravelmente, porém com o desencadear do processo foi obrigado a abster-se, pois entende que estas coisas têm outra maneira de se fazer. O Sr. Presidente da Assembleia deu a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dar resposta às intervenções anteriores. Presidente da Câmara – Dr. Domingos Torrão: Saudou todos os presentes e referindo-se a intervenção do Sr. Porfírio Saraiva concretamente a iniciativa da Comissão de Agricultura, disse que é salutar o trabalho desenvolvido acrescido da pretensão da realização de um Colóquio. Um dos objectivos do Concelho reside na tentativa de aproveitar os milhões de contos investidos na zona norte, mais propriamente no Regadio da Cova da Beira de modo a ser factor de desenvolvimento e não de estagnação. É evidente que o efectivo pecuário aumentou, mas continua por resolver a questão do emparcelamento. Crê que esta iniciativa poderá ser um bom contributo para que a agricultura seja um factor positivo no Concelho. Acerca da ligação à A23 disse não ter percebido se a mesma é através da Estrada Regional ou da Municipal 570. O que sempre tem defendido é a ligação através do nó Norte do Fundão. É fundamental que o troço avance, continuará a ter a mesma postura na apresentação deste assunto pois está ciente que o desenvolvimento do Concelho também passa por esta ligação através da fixação de micro e pequenas empresas pois estas também dependerão dela. Outra ligação possível passa pela ligação Municipal 570 ao nó de Caria, residindo o maior problema na curva referida pelo Sr. Presidente da Junta de Benquerença. A recepção da obra foi feita há bem pouco tempo, há que equacionar a sua reparação.

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Finalmente o Anascer tem água com qualidade e em condições. Em relação ao saneamento aguarda o licenciamento da ETAR por parte do Ministério do Ambiente. Relativamente as restantes intervenções, nomeadamente à Freguesia Águas no que toca à reunião com as Águas do Zêzere e Côa, o problema tem de ser resolvido como o foi com a Freguesia de Aranhas onde se verificou um problema semelhante. Quanto a semaforização no cruzamento de Águas, pretende conjuntamente com as Estradas de Portugal, encontrar a melhor solução de modo a resolver esta situação. Vai agora concentrar-se no futuro do Concelho e sobre este aspecto verificam-se duas posições, as do que acreditam no Concelho e a dos que o desprezam e que não têm vontade de aqui nada se faça. Das intervenções iniciais que ouviu por parte da Coligação “esperam” que nada se faça. Em relação ao hotel e á Malcatur, não acreditam que do ponto de vista económico e social este vem beneficiar o Concelho, pois estão preocupados com a questão politica. Como o hotel é um projecto Ancora, continuará acreditar na sua viabilidade e concretização. Sobre a distribuição do capital da Malcatur disse que os 49% do Município são em termos financeiros o resultado da compra do terreno (30 mil contos) e da avaliação feita pelos revisores oficiais de contas em relação ao restante. O investimento da candidatura por parte da Malcatur assume um valor de 7 228 000,00€. Após a análise do processo pelo Turismo de Portugal fez alguns cortes e o valor para efeitos de investimento está nos 6 374 000,00€. A candidatura está homologada. Em termos de PO-Centro, medida 3.11 a despesa ilegível ronda os 4 290 000,00€, verificando-se um incentivo a fundo perdido e um reembolsável no valor de 2 087 000,00€. As questões que se colocam dizem respeito ao diferencial entre a despesa ilegível de 4 290 000,00€ e o valor do investimento global de 6 374 000,00€. Para efeitos de negociação a Malcatur exige que a despesa ilegível aumente. Tem estado a negociar, conjuntamente com os parceiros para que consigam elevar este montante. É fundamental chegar o mais próximo possível dos 6 milhões de modo a que o investimento se concretize e que a verba gasta com a limpeza do espaço também seja tida em conta.

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Tem estado a tratar com o Turismo de Portugal a urgência da assinatura do Contrato. Acredita que o hotel é fundamental para o Concelho, um projecto desta natureza envolvendo uma verba tão elevada torna-se o maior investimento aqui feito. Considera ter dado resposta ao requerimento. Deu-se início ao período da Ordem do Dia. II – Ordem do Dia 1. Proposta de Regulamento do Conselho Municipal de

Segurança. O Sr. Presidente da Assembleia começou por dizer que em relação a este ponto o que está em aberto é a eleição dos 5 elementos da comunidade. Informou ter chegado à Mesa uma proposta subscrita pela Coligação propondo dois nomes. Aguarda os três nomes a indicar pela bancada do PS. Logo que estes sejam indicados ficam reunidos todas as condições para se enviar ao Executivo a proposta de regulamento de modo a posteriormente se concretizarem os pontos seguintes. Da proposta da Coligação constam os seguintes nomes; Sr. Carlos Manuel Nunes Vaz Sousa e Sr. José Rocha da Silva Pinto. Entretanto chegou à Mesa a proposta da bancada do PS que continha os seguintes nomes; Sr. Joaquim Manuel Fonseca, Sr. Vítor Manuel da Costa Leandro e Sr. Libério Candeias Lopes. Foram os nomes colocados à votação tendo os mesmos sido aprovados por unanimidade. Fez-se um pequeno intervalo. Após o remeço dos trabalhos Sr. Presidente da Assembleia deu a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que apresentou o seguinte ponto. 2. Deliberação / Autorização de:

Convénio/Acordo de Cooperação Transfronteiriço CT BIN-SAL

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Regulamento de Funcionamento de Cooperação Transfronteiriço CT BIN-SAL.

O Sr. Presidente da Câmara começou por dizer que é de todo conveniente fazer parte desta Cooperação Transfronteiriça de modo a se conseguir elaborar projectos conjuntos a fim de serem candidatados ao INTERREG. Ao fazer-se parte conjuntamente com outros municípios pertencentes à NUT- Cova da Beira, Beira Interior Norte, onde esta inserido o Concelho de Sabugal ao qual estão ligados para um melhor aproveitamento para a RNSM, Valverde Del Fresno, Norte da Estremadura Espanhola e Província de Castilla Leon, com vista à aprovação de algumas candidaturas neste quadro comunitário é de todo conveniente que dela façamos parte, assim como a nossa adesão também é desejada pelos municípios que a compõem. Espera com esta adesão que muitos projectos e respectivas candidaturas cheguem a Bruxelas. O Sr. Presidente da Assembleia disse que este ponto menciona dois sub-pontos o Convénio e o Regulamento, sendo este só para conhecimento cabendo a esta Assembleia aprovar a adesão do Município a este Convénio transfronteiriço. Colocou o ponto à apreciação do plenário. Dr. Francisco Abreu: Disse ser daquelas propostas que poderão claramente trazer bons resultados e sucesso no futuro. É uma proposta que não vê inconveniente em aprovar, no entanto gostaria de colocar algumas questões. Qual a posição da Comurbeiras em relação a este assunto? Pois esta é constituída por quase todos os municípios que compõem o Convénio. Porquê surgir agora e porque é que Penamacor não o integra desde o início, dá a ideia que agora “vamos um pouco a reboque” isto porque os nove municípios que compõem a Beira Interior Norte é que o assinaram e Penamacor “já apanha o comboio m movimento”, será para fazer jeito ao número de municípios e á dimensão da comunidade de trabalho? Referindo-se ao artigo 3º do regulamento, respeitante ao exercício da presidência que será exercido por cada um dos municípios que compõem a BIN há que rectificá-lo agora uma vez que Penamacor não lhe pertence mas sim ao sul, pois caso não se altere nunca exercerá a presidência.

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Solicitou também esclarecimentos sobre o que significa que a sede desta comunidade se localiza em cada um dos concelhos integrantes. O Sr. Presidente da Câmara respondendo disse que efectivamente Penamacor, pertence a NUT’s III – Beira Interior Sul, porém também desde há muito tempo também pertence à Associação de Municípios da Cova da Beira, onde não há mais nenhum Município da Beira Interior Sul, pertence a Região de Turismo da Serra da Estrela e a Comurbeiras. A relação com a Cova da Beira é preferencial e como existe alguma afinidade com o Sabugal, ao que se junta o Regadio da Cova da Beira cujo ponto de abastecimento está neste Concelho e que por enquanto ainda não s estende ao sul, o convite para integrar este Convénio tem como objectivo o próximo Quadro comunitário. A Comurbeiras é formada pela NUT’s III – Cova da Beira e Penamacor, se ela não está incluída no Convénio é uma questão que terão de lhe colocar. O Sr. Presidente da Assembleia colocou o ponto à votação tendo sido aprovado por unanimidade a adesão de Penamacor à Cooperação Transfronteiriça. Foi também deliberado por unanimidade aprovar este ponto em minuta. 3. Apresentação, discussão e aprovação das GOP e Orçamento

para 2008. Foi o ponto colocado à apreciação dos senhores deputados. Dr. Francisco Abreu: Tem esta Assembleia debatido com bastante frequência a questão do desenvolvimento e do progresso do Concelho de Penamacor, sento talvez o assunto que mais opõe a oposição e os apoiantes da maioria do Executivo Municipal. São muito poucas as sessões em que críticas, não são ouvidas, sobre opiniões que se sustentam na realidade comprovada diariamente e que são expressadas pela oposição sobre a falta de desenvolvimento e fixação de pessoas. A razão não está do lado de nenhuns, não está do lado da oposição porque algumas festas se fazem; touradas e passeios carnavalescos têm sido feitos; também algumas provas desportivas têm canalizado muito dinheiro para fora do Concelho; muitos estudos e projectos efectuados; muitas reuniões têm

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sido promovidas com vista ao debate e estudo do desenvolvimento do Concelho, como se a doença não estivesse há muito diagnosticada. Não estará a razão do lado do Executivo quando se verifica que em cada ano que passa a população é cada vez menos; que não há novas pequenas ou médias empresas que aqui se instalam; não estará do lado da maioria quando se constata que o hotel é um enorme elefante branco; que algumas boas ideias foram incluídas em anteriores planos de actividades que ou caíram ou se vão arrastando pelos seguintes sem nunca serem concluídas. Há casos em que se prova que a Oposição nem sempre está contra, como por exemplo o Regadio do Meimão; o Salão Paroquial; os parques eólicos; recuperação do Teatro Clube de Penamacor. A Oposição é criticada por parecer não ter fé nem esperança no futuro deste Concelho, porém é errado pensar assim. No âmbito do trabalho autárquico para se ter esperança no futuro de um Concelho é preciso que se verifiquem politicas que fixem pessoas e jovens; criatividade e inovação; esforço e empenho na resolução de problemas; imaginação na construção de politicas que propiciem a instalação de alguns empresários; vontade de união e entendimento e não sobranceria e manifestações de pequenas autocracias com ameaças de tribunal sempre que alguém critica o poder; é necessário ver-se boa gestão dos dinheiros públicos e não despesimos e festas para enganar o povo; que se trabalhe esforçadamente em prol do Concelho e não do factor a tempo inteiro, carro à disposição ou do curriculum pessoal; que não se use nem abuse do poder seja com munícipes ou até com funcionários municipais, que não se permitam situações de favorecimento ou aproveitamento pessoal. Ao analisar-se o plano de actividades também se pode verificar se a maioria do Executivo está disposta a criar esse tipo de confiança. Gostaria de “elogiar alguns aspectos tais como a criação dos Linx Parq; os 45 000,00€ para enriquecimento curricular; 570 000,00€ para o Cruzamento Penamacor /Aldeias, só espera que estas obras não se venham a arrastar ao longo dos anos, como muitas outras se têm vindo a arrastar. Presidente da Junta de Freguesia de Aldeia do Bispo – Sr. Manuel Joaquim Robalo: Saudou todos os presentes e começou por dizer que fez um breve apanhado do PPI/GOP e gostava de realçar alguns aspectos.

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É notável verificar que no orçamento para 2008 se tenta controlar mais as despesas correntes, tendo como maior problema as despesas com a água, tratamento de efluentes e resíduos sólidos. Num breve apanhado sobre a compra directa de serviços para venda ao público verificou-se um gasto de 23,48% das despesas correntes. Analisando estes números e comparando-os com os do ano anterior verifica-se um aumento dessas despesas em 618 mil euros, totalizando em certas rúbricas e no que diz respeito a investimentos e despesas correntes um diferencial, face a receitas orçamentas, de 390 mil euros. Colocou uma questão e de um uma possível solução. Na sua perspectiva existem 2 cenários possíveis; ou se congelam as despesas às Águas do Zêzere e Côa e espera-se que caía, unindo-se para tal os municípios que dela fazem parte, na tentativa de a inviabilizar financeiramente para posteriormente de renegociar o contrato dos sistemas de água em alta e em baixa ou com a privatização em baixa e quem pagará todos os encargos será o consumidor. O investimento está muito condicionado e limitado devido às necessidades impostas pelo Governo, no controlo das despesas e capacidade de endividamento por parte da Câmara. Em relação ás dívidas a fornecedores e factoring conseguiu apurar que em 2005 totalizavam 5 439 305,00€, em 2006 7 653 718,00€ e em 2007 7 042 798,00€. Nos encargos com capital e em termos de orçamentação verificou-se um aumento de 188 000,00€. Com este envolvimento a possibilidade de se efectuarem projectos para candidaturas ao QREN a capacidade da autarquia está limitada, só vendo uma hipótese, a de a Câmara se aliar ao sector privado compensando-o após a candidatura aprovada, diluindo-se o investimento da Câmara. O PPI mais o orçamento de 2008 tendem a concentrar o investimento na sede de Concelho mais propriamente a Via Estruturante Sul, no Convento de Stº Estêvão, no cruzamento para Aldeia do Bispo, Centro Educativo, arranjos urbanísticos e caminhos agrícolas todos com candidaturas ao QREN. Presidente da Junta de Freguesia de Benquerença – Sr. António Beites Soares: Disse que estava à espera de uma explicação prévia do

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documento como tal não se concretizou faz a sua intervenção nos mesmos moldes. Como Presidente da Junta de Freguesia de Benquerença continua e continuará a lutar por diversos aspectos que entende dignos e correctos para a sua localidade. Está muito satisfeito por finalmente ver ter sido incluída uma grande obra para a sua Freguesia, a seu ver um dos maiores problemas e que é o levantamento e reposição integral de toda a calçada da R. Principal, esperando que em 2008 ela seja iniciada. Congratulou-se também por ver sido incluída mais uma obra concretamente a zona de lazer e moinho e que também esta se inicie em 2008. Espera também que o problema do saneamento para o Anascer se resolva. Com base neste três pontos que focou, e na qualidade de representante da sua Freguesia espera estar aqui no final de 2008 a felicitar o Executivo pelas obras que constam deste documento no qual hoje votará favoravelmente. Presidente da Junta de Freguesia de Águas – Sr. Francisco Barreto: Em relação às GOP para 2008 pensa que ficaria bem fazer chegar junto dos partidos, que os Presidentes de Junta não deviam de deixar de ser parte interessada na sua aprovação, isto sobre a futura Lei que está a ser elabora a fim de, daqui a algum tempo, ser aprovada na Assembleia da Republica. Pensa que este plano de actividades revela a situação do Concelho, constata-se uma preocupação com as instituições sociais; com a saúde; com o desporto; as termas; o hotel; protocolos/ contratos programa entre a CMP e as Juntas dando-lhes assim possibilidade de poderem realizar mais algumas obras que sem este apoio não lhes era possível concretizar. Desejou a todos um bom natal. Presidente da Câmara – Dr. Domingos Torrão: Começou por se referir ao Linx ParK e aos arquivos do Dr. Abreu lamentando não ter também arquivado uma reportagem que saiu no Expresso sobre a exigências feitas por Bruxelas acerca da Barragem de Odelouca e da obrigação por parte das Águas do Algarve para que ali fique o Centro de reprodução. Esta opção não agradou ao Executivo e fizeram-no sentir junto das instâncias superiores, tendo conseguido a promessa por parte do ICNB que a partir do

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momento em que haja linces em Silves, conjuntamente com o Parque de Doñana, a RNSM seja contemplada com um centro de aclimatização do lince. Foi uma decisão que não agradou, entendem que este espaço natural devia de ser visto como o mais indicado, porém Bruxelas assim não o entendeu. Continuará a lutar pelo Centro de aclimatização. Em relação ás outras intervenções disse que o Concelho tem um problema que se revela na falta de centralidade na Vila, se grande parte dos investimentos são aqui feitos é com o objectivo de aqui criar condições para que seja uma vila atractiva, com capacidades de gerar riqueza e postos de trabalho. Apesar do esforço a fazer na vila com vista à centralidade, as freguesias nunca serão esquecidas nem a necessidade de ali se fazerem obras. Em relação à questão da Águas do Zêzere e Côa disse que o diferencial reside entre a compra e a venda da água, estão a tomar medidas em relação ao que possa vir a acontecer com a água em baixa. Outro aspecto essencial que também tem se ser considerado no orçamento é as verbas gastas com as associações, nomeadamente com a AHBVP, o desporto, o SAP. Manter o nível do défice que obrigatoriamente há que cumprir não ultrapassando os limites do endividamento. Referiu-se também ao apoio e o trabalho directo com as juntas de Freguesia, disse ainda que são para manter as transferências para efeitos de despesa corrente e de capital, iniciar-se-á em Janeiro a elaboração de Protocolos/Contratos Programa com vista a ajudar as Juntas e resolverem situações que sem este apoio serão impossíveis de concretizar. Apesar de todos os constrangimentos e a situação que o País atravessa e com a esperança no próximo quadro de apoio que se avizinha espera serem capazes de conseguir a aprovação de candidaturas em diversos programas e de realizar a maior parte dos objectivos a que se propõem. O Sr. Presidente da Assembleia colocou o ponto à votação tendo sido aprovado por maioria com 4 votos contra (Dr. Francisco Abreu, Dr. António Bento, Sr. Manuel Esteves Robalo e D. Guiomar Leitão) e 2 abstenções (Sr. Luís Vaz e Cor. Arnaldo Antunes). Por unanimidade foi deliberado aprovar este ponto em minuta.

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4. Deliberação sobre participação variável no IRS ao abrigo do

nº1 e 2 do Artº 20º da Lei nº 2/2007. Presidente da Câmara – Dr. Domingos Torrão: Referindo-se ao artigo 20º da Lei das Finanças Locais, onde dá o direito aos municípios de abdicar até 5% do IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal, sendo então decisão dos municípios optar sobre o que pretendem fazer com esta opção. Está ciente que é um presente envenenado do Governo pois não é com estas medidas que se consegue o que se pretende. Em algumas zonas do País têm enveredado por este conjunto de ofertas, subsídios para que a fixação da população aumente, mas os resultados não confirmam tal pretensão. A opção que a maioria do Executivo tomou foi que não seriam 3 ou 5% que iriam fazer com que parte significativa da população beneficia-se e não os que têm maiores rendimentos e mais recebem. A política a seguir é de carácter social, isto é, a Autarquia recebe esses 5% e continuará a utiliza-los para apoiar os mais carenciados em medicamentos, habitações degradadas e livros escolares. Foi esta situação que os levou a não optar por abdicar dos 5%. O Sr. Presidente da Assembleia colocou este ponto à apreciação. Dr. Francisco Abreu: Dirigindo-se ao Sr. Presidente da Câmara disse que já deve ter verificado que tem alguma dificuldade em se identificar com o PS. O Governo tem dito várias vezes que a questão não passa por gastar os dinheiros dos cofres do orçamento do estado, mas sim, em gasta-lo bem. Se abdicasse dos 5% do IRS seriam 65 000,00€ que não receberia, por ano gasta com o aluguer do Colégio 25 000,00€, muito mais gasta como o futebol e em festas, então reduza os gastos com o futebol e não faça as festas explique à população que não as pode fazer. São muitos os exemplos em que poderia deixar de gastar, mal gasto, o dinheiro do Município e dizer aos munícipes que iam poupar 5% de IRS, assim sim, é fazer boa gestão, não é gastando quase 200 mil euros com futebol, onde a grande maioria dos jogadores são de fora do concelho.

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Dr. António Bento: Pensa que esta não proposta vem no seguimento de uma proposta dos vereadores da oposição porque a medida que está em vigor é a que a maioria aqui vem propor. Concorda com o espírito da proposta, porém é uma redundância apresentar aqui o óbvio da legislação. Se a Câmara tivesse as tais preocupações sociais que diz ter em vez do IRS devia antes tê-lo feito no IMI, que atinge todas as pessoas, assim sim era preocupação social. Não entende esta proposta. Presidente da Junta de Freguesia de Benquerença – Sr. António Beites Soares: Disse que não concorda com a decisão do Executivo, pois todos e quaisquer incentivos que possam ser dados às pessoas que aqui residem e que aqui possam vir a residir, são sempre poucos neste momento para um Concelho em vias de despovoamento. Entende que seria mais um pequeno passo em termos de benefício, a redução da taxa do IRS. Manifestou a intenção de votar contra. Sr. Porfírio Saraiva: Disse que estão de acordo com a proposta do Executivo pois não iria beneficiar a maioria dos habitantes do Concelho mas sim uma pequena minoria. São também de opinião que deve ser empregue em acção social. Disse ainda que não é beneficiando a pequena minoria que paga IRS que se fixa população, mas sim com a criação de postos de trabalho. Também não é retirando o apoio às associações que se aumenta a capacidade de investimento. Assim o grupo do PS vai votar favoravelmente esta proposta. O Sr. Presidente da Câmara disse que não é do Partido da Terra nem nunca foi do MRPP ou outras siglas. Em relação à questão do pagamento da renda do colégio, assunto hoje já aqui focado por duas vezes, foi uma opção do Executivo para colocar naquele espaço a Escola de Musica, formação profissional e provisoriamente o arquivo municipal, isto porque não havia outros espaço reunisse condições para o efeito. O que dói à oposição e não terem sido deles as iniciativas ali desenvolvidas.

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Quando houver condições para o efeito tomarão a decisão de continuarem ou não o arrendamento daquele espaço. Informou que o centro de emprego está a pagar renda por utilizar algumas salas. Em relação ao IMI disse que este tem vindo a diminuir conforme foi sua pretensão desde que este foi implementado, a progressão continuará a ser feita conforme os prédios urbanos forem sendo avaliados. O Dr. Francisco Abreu pretendeu usar da palavra em defesa da honra. Começou por dizer que nunca foi do MRPP a sua filiação foi sim no PRD, como muitos outros deputados que hoje se sentam na bancada do PS na Assembleia da República. Pensa que o Sr. Dias Lopes não negará que várias vezes o tentou a filiar-se no PCP porém nunca o fez. Filiou-se no PS no dia em que o Eng. José Socrates foi eleito Presidente da Federação Distrital do PS na Covilhã. Continua ainda na sua carteira o cartão de militante do PS do qual está à espera, há dois anos, de ser expulso. Com muita honra será expulso deste PS, isto não é PS em lado nenhum. Foi o ponto colocado à votação tendo sido aprovado por maioria com 6 votos contra (Dr. Francisco Abreu, Dr. António Bento, Sr. Manuel Esteves Robalo, Sr. António Beites Soares, D. Guiomar Leitão e D. Lurdes Gameiro) e duas abstenções (Sr. Luís Vaz e Cor. Arnaldo Antunes). Por unanimidade foi deliberado aprovar este ponto em minuta 5. O Desenvolvimento Sustentado do Concelho – Reflexão e contributos para um Plano de Acção Integrada. (Continuação) Presidente da Assembleia – Dr. Lopes Marcelo: Começou por dizer ter sido aprovado recentemente em Bruxelas o Programa de Desenvolvimento Rural – PRODER. No âmbito deste programa, que é composto por 3 eixos, o eixo 3 tem uma grande aderência para enquadrar candidaturas de animação do tecido social, cultural e produtivo das comunidades rurais. O Concelho de Penamacor como um todo é uma comunidade rural composto por cada uma das freguesias sendo cada uma também uma comunidade rural

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com identidade própria, com problemas e características próprias, com oportunidades e potencialidades próprias. Pensa que irão ser confrontados com as grelhas das candidaturas no primeiro semestre de 2008. Não é sua intenção partilhar hoje os conceitos, nem fazer análises de diagnostico, gostaria sim de lançar o repto a todos os presidentes de Junta para que daqui a um ano ou dois todos os cidadãos do concelho tudo tenham feito para preparar essas candidaturas, identificando em cada uma das freguesias as forças, os lideres, as actividades, as oportunidades independentemente dos partidos, dos rótulos, das amizades entre famílias, sendo a maneira de estar na politica, directa e de olhos nos olhos, que hoje aqui lança o desafio, conseguir identificar em cada aquilo que em cada uma há de mais especifico e que possa ser aproveitado para criar alguns postos de trabalho, algumas pequenas empresas que concretizem a melhoria do tecido produtivo no nosso território. Se nada for feita pensa que não terá valido a pena. Há que juntar esforços, todos juntos e apresentar candidaturas concretas ao eixo 3 do QREN, e se não se fizer não será capaz de continuar a dar a sua modesta contribuição politica e cívica neste Concelho. Há que defender e dignificar o nosso território, assume o apelo aqui hoje com todos os membros da Assembleia, muito em especial com os Srs. Presidentes das juntas sem diferenciar ninguém. 6 – Comunicação do Senhor Presidente da Câmara Presidente da Câmara – Dr. Domingos Torrão: Disse que se iria referir a 3 pontos: homologação da Carta Educativa documento fundamental para próximas candidaturas na área da educação; a apresentação do projecto de implantação da Agenda 21 Local, a qual tinha sido feita no passado dia 18 neste Salão, onde foram focados os pontos fortes e fracos do Concelho e apresentados um conjunto de linhas de acção com vista ao seu desenvolvimento. O outro assunto diz respeito à COMURBEIRAS, Associação constituída aquando de um normativo sobre descentralização em que os municípios se podiam agrupar em comunidades urbanas, em áreas metropolitanas ou outros tipos de associações de fins específicos.

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Com base neste normativo a Beira Interior Norte (BIN) e parte da Cova da Beira e Penamacor constituíram a COMURBEIRAS, que tinha como intuito a apresentação conjunta de candidaturas supra municipais. Com as regras do QREN as associações têm de ser constituídas pelos municípios das respectivas NUT’s. Penamacor pertence a Beira Interior Sul (BIS) juntamente com Vila Velha de Ródão, Castelo Branco e Idanha-a-Nova associação que irá ser constituída. Muito brevemente virá à Assembleia Municipal a autorização para participação na BIS com vista a concretização de algumas candidaturas supra municipais junto da CCDR. Penamacor continuará a fazer parte da COMURBEIRAS mas na parte do investimento não será contemplada. Isto não invalida efectuar candidaturas, situação que já vem acontecendo em conjunto com Belmonte e Sabugal. Aproveitou para desejar a todo um bom natal e um bom 2008. Dr. Francisco Abreu: Foi solicitada autorização para adesão a um Cooperação transfronteiriça da qual fazem partes municípios da BIN e Deputacion de Salamanca, agora diz-nos que não pertencemos à NUT – Cova da Beira, nem a BIN, pertencemos à NUT’s da BIS que ainda irá ser constituída uma Associação, em que se fica? Para que serve a adesão anteriormente aprovada? Aonde pertencemos? O problema de Penamacor é que não sabe onde pertence. Referindo-se ao ponto 15 da Informação onde refere o estudo estratégico de desenvolvimento para a região BIS, é necessário o referido estudo, no entanto Penamacor associa-se a uma associação da BIN. Quer acreditar que muitas vezes vai atrás “destes chamamentos” porque algum Município lhe diz “que faz jeito, vem lá e depois para o Concelho não dá jeito nenhum”. Disse ainda que em Fevereiro próximo faz um ano que aqui trouxe e leu uma carta que foi enviada ao Sr. Vereador António Cabanas por um funcionário desta Autarquia. Desde então foi aberto um inquérito interno. Disse que em Fevereiro aqui trará novamente este assunto, isto porque foi o leitor dessa carta, foi ouvido pelo Sr. Inspector do Município de Sintra amigo do Sr. Presidente da Câmara e que até ao momento ainda não teve acesso ao resultados do mesmo, nem pelo correio nem entregue em mão.

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O Sr. Presidente da assembleia referiu que este assunto teria cabimento no período antes da ordem do dia e não agora período destinado a comentar a informação do Sr. Presidente. O Sr. Presidente da Câmara pretendeu usar novamente da palavra para dizer ao Dr. Francisco Abreu que sabe o que quer para o Concelho de Penamacor. A questão de pertencer a mais do que uma Associação nunca trouxe nada de mal a Penamacor. Este último estudo de desenvolvimento estratégico tem de ser feito, pois são exigências do QREN que assim o impõem. Não admite a ninguém que goste mais de Penamacor, escusando fazer constantes insinuações sobre esta questão. Todas as pessoas que para cá vieram foram sempre bem recebidas porém nunca deram nada ao Concelho. O Sr. Presidente da Assembleia disse que o apelo que fez anteriormente tem a ver com a BIS, é essencial que as acções a desenvolver sejam mais amplas, eficazes, úteis para o nosso Concelho. Estes não podem ser ilhas rodeadas de terra por todos os lados, devem sim associar-se equacionando o território com a sua lógica. III – Intervenção do Público O Sr. Presidente da Assembleia dirigindo-se ao público solicitou a quem o pretendesse que se inscrevesse para intervir. Como ninguém o quis fazer desejou a todos um bom Natal e um Ano de 2008 agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a sessão quando eram vinte e duas horas e quarenta minutos. Para constar se lavrou a presente acta que, depois de lida, julgada conforme e aprovada, vai ser assinada. E eu, Maria Manuela da Silva Campos Martins, Auxiliar Administrativa, a redigi e subscrevi. O Presidente da Mesa da Assembleia A Aux. Administrativa ___________________________ _______________________ (Dr. Manuel M. Lopes Marcelo) (Manuela Martins)