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B4 Paraíba Terça-feira, 02 de julho de 2013 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Transporte municipal ou interestadual não é público DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR Não se considera serviço de transporte público, para efeito do art. 58, § 2, da CLT, o transporte municipal ou interestadual, tendo em vista que, além de ser proibido o translado de passageiros em pé, é fato público e notório que o número de linhas de ônibus no transporte intermu- nicipal é mais reduzido e que o respectivo custo é maior que o do transporte público urbano, inviabilizando sua utilização pelos trabalhadores. Por assim entender, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul, impôs o pagamento de horas in itinere a um empregado. Segundo o relator do processo, desembargador Nicanor de Araújo Lima, o transporte público urbano, na hipótese, é inexistente e os documentos apresentados no processo referem-se aos horários percorridos pelos ônibus de empresas de transportes intermunicipal e interestadual. Para o relator, “o transporte público urbano, em regra, apresenta, tarifas de menor custo e dispõe de maior mobilidade aos usuários, já que, em geral, o número de li- nhas de ônibus no transporte intermunicipal é mais redu- zido, além de haver proibição do translado de passageiros em pé, o que limita o número de pessoas a ser transporta- do, repercutindo em maior dificuldade para o trabalhador em cumprir a jornada fixada”. Dessa forma, afirmou o desembargador Nicanor, o custo maior do transporte coletivo, no caso, o intermunici- pal, “dificulta e até inviabiliza o seu uso pela maioria dos trabalhadores, sabidamente em grande parte com salários modestos”. Ao final, a Turma deferiu o pagamento de horas in itinere ao empregado, considerando todos os dias traba- lhados. (TRT 24ª. Região – 2ª. Turma - Proc. n. 0000398- 62.2012.5.24.0056) SINDICALISTAS CONDENADOS POR DANO MORAL COLETIVO O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul reconheceu que houve dano moral coletivo decorrente de atos ilícitos praticados por dirigentes do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana. A decisão confirmou a sentença de primeiro grau, que já havia imposto a dois dirigentes o cumprimento de pena restritiva do exercício de atividade sindical pelo pra- zo de oito anos, e ainda deferiu o pedido de condenação dos membros sindicais ao pagamento de indenização por dano moral coletivo. O relator do recurso, desembargador André Luís Moraes de Oliveira, ressaltou que a pretensão de paga- mento de indenização por dano moral coletivo encontra- se na seara de proteção dos valores básicos compartilha- dos por uma coletividade, visando a reprimir condutas antijurídicas que atinjam campos de interesse patrimonial e/ou moral de parcelas da população representadas por grupos, classes ou categorias de pessoas. Para o relator, “é plenamente viável proferir um decreto condenatório consubstanciado em dano moral co- letivo na hipótese vertente, uma vez que a prova existente nos autos aponta para lesão aos direitos dos substituídos e associados do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana, manifestamente reprovável, deflagrando um sentimento de indignação do patrimônio moral da coleti- vidade de todos os trabalhadores e repulsa social imedia- ta, dando ensejo ao reconhecimento da figura do dano moral coletivo pelo desvirtuamento do sistema sindical”. Ao final, o Pleno imputou aos sindicalistas, além da pena restritiva de direitos sindicais, o dever de pagar mul- tas de R$ 20 mil para um e de R$ 5 mil para outro. (TRT 24ª. Região – Pleno - Proc. 0000402- 77.2012.5.24.0031) Desde ontem o expediente passou a ser das 7h às 17h de segunda a sexta Tribunal do Trabalho tem novo horário de expediente O uso do fardamento com logomarcas dos produtos comercializados pela empresa está relacionado com a função exercida pelo trabalhador que é a de consultor de vendas Desembargador Eduardo Sérgio CORREIO TRABALHISTA A adequação ao horário não implicará na ampliação da jornada de trabalho dos servidores O Tribunal do Traba- lho da Paraíba adotou novo horário de expediente e desde ontem (segunda, 1º), passou a funcionar das 7h às 17h, de segunda a sex- ta-feira. O novo horário foi aprovado pelo Tribunal Ple- no em Sessão Administrati- va e está de acordo com a Resolução Administrativa 067/2013. O horário adotado até o último dia 28 de junho, que era das 10h às 17h na segunda-feira, das 7h às 17h de terça a quinta e, das 7h às 14h na sexta-feira, foi estabelecido na Resolução Administrativa 126/2009, levando em conta a ne- cessidade de contenção de gastos com energia elé- trica. Hoje, a necessidade não mais existe, conforme estudo técnico realizado pela Coordenadoria de En- genharia e Manutenção do Tribunal. Jornada de trabalho De acordo com a Re- solução Administrativa, a adequação ao horário não implicará ampliação da jornada de trabalho dos servidores. Ficou estabe- lecido horário de expe- diente interno das 14h às 17h, para todas as Varas do Trabalho da Paraíba e para as Centrais de Man- dados Judiciais e Arre- matações de João Pessoa e Campina Grande, Cen- trais de Arquivo das Varas de João Pessoa e Campina Grande. O horário interno não se aplica às Distribuições dos Feitos, Central de Atendimentos e, nas loca- lidades onde não houver Distribuição ou protocolo centralizado, aos protoco- los das Varas. NÃO VIOLA IMAGEM Marca de empresa é permitida em farda A Segunda Turma do Tribunal do Traba- lho da Paraíba (Segunda Instância) negou recur- so de um empregado que pediu indenização por danos morais, sob a alegação de ter tido vio- lado o direito à imagem em razão de ser obriga- do a usar uniforme com logomarcas dos produ- tos comercializados pela empresa Refrescos Gua- rarapes Ltda. A decisão em Primeira Instância foi tomada na 4ª Vara do Trabalho de João Pessoa e o trabalhador decidiu recorrer ao TRT. De acordo com o Processo 0149300- 22.2012.5.13.0004, o empregado sustentou que estava realizando promoções e publicida- de gratuita ao usar o fardamento, sem qual- quer anuência ou com- pensação salarial. As- segurou que se sentia um verdadeiro “outdoor humano”. Para o relator do acórdão, desembarga- dor Eduardo Sérgio, no caso concreto, o empre- gado não obteve êxito em provar a prática do dano moral, pois “o uso do fardamento com lo- gomarcas dos produtos comercializados pela empresa está relaciona- do com a função exer- cida pelo trabalhador, ou seja, consultor de vendas”. E, neste caso, “a propaganda dos pro- dutos poderia resultar acréscimo na sua remu- neração, uma vez que o reclamante confessou, em depoimento, ‘que recebia comissão pelas vendas’.” PUBLICAÇÃO DE ATOS Diário terá caderno administrativo Comitê reuniu gestores no curso de multiplicadores e publicadores O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT), passará a contar com caderno próprio para publicação de atos admi- nistrativos. A solicitação foi analisada pelo Comitê Gestor do DEJT, que após estudo reuniu em junho passado os gestores re- gionais para o curso de multiplicadores e publica- dores. O curso foi realizado na sede do Conselho Su- perior da Justiça do Tra- balho (CSJT), em Brasília, e ministrado pelos servi- dores Gustavo Ibarra, de Santa Catarina e Rômulo Araújo Carvalho, servidor e gestor do DEJT do TRT da Paraíba e membro efe- tivo do Comitê Gestor. Além do caderno ad- ministrativo, um pedido antigo de todos os Regio- nais, várias funcionali- dades foram implantadas ao caderno judiciário, trazendo mais segurança na transmissão das ma- térias e facilitando o dia a dia dos publicadores. “Como servidor de carreira é uma honra para qualquer um representar a Paraíba, que sempre foi destaque nacional na ele- tronização dos processos judiciais. É o salário moral que recebemos e me orgu- lho muito em ser multipli- cador de conhecimentos para todos os colegas do país”, disse Rômulo Car- valho.A previsão é que dentro de 60 dias a nova versão entre em funciona- mento, tempo necessário para que os conhecimen- tos adquiridos sejam mul- tiplicados nos Regionais e que os setores de Tecno- logia da Informação reali- zem as adequações neces- sárias. O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho foi instituído nos ternos do ar- tigo 4º da Lei 11.419/2006 e normatizado através do Ato Conjunto TST.CSJT. GP Nº 015/2008. INSTRUÇÕES Como participar do teletrabalho O Tribunal do Traba- lho da Paraíba, através da Resolução Administrativa 49/2013, criou a Comis- são de Gestão do Teletra- balho (Comget) com a fi- nalidade de implementar a realização do sistema de teletrabalho no Regional. A Comissão requer a atenção dos interessa- dos ao caráter facultativo de adesão, os requisitos, os destinatários, as ve- dações, o incremento de produtividade, o acom- panhamento e os deveres dos servidores autoriza- dos a participar. Os gestores interessa- dos devem preencher um requerimento informando o nome dos servidores e as metas mensais a serem atingidas. No final de cada trimestre, os campos des- tinados à avaliação, conti- dos no mesmo formulário, devem ser preenchidos e enviados vinculado ao protocolo anterior. O contato direto com a Comissão está disponí- vel através do e-mail com- [email protected]. De forma experimental, o Teletrabalho já havia sido implementado no Tribunal do Trabalho da Paraíba desde o final de 2012. No começo deste ano, em sessão administrativa, o Pleno do TRT da aprovou sua implantação através do Ato TRT GP 400/2012. O serviço já é utilizado por diversos órgãos em todo o País e obedece a Resolução nº 109 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). O teletrabalho prioriza o princípio da eficiência na Administração Pública, observada a necessidade de promoção de meios para motivar e comprometer as pessoas com a instituição, especialmente aquelas com habilidades para o auto gerenciamento do tempo e da organização. Sua implantação permite a otimização do trabalho, economizando tempo e custo de deslocamentos dos servidores. ! O Sistema A ferramenta permite o acesso, a qualquer tempo, de qualquer lugar, a todos os sistemas necessários ao trabalho com procedimentos judiciários, sem a necessidade da presença física do servidor na unidade, o que contribui para a melhoria dos programa socioambiental do Tribunal, com redução no consumo de água, esgoto, energia elétrica, papel e outros bens e serviços disponibilizados. Uma das exigências é que os servidores envolvidos aumentem a produtividade em no mínimo 15% em relação aos demais. O sistema tem por objetivo aumentar, em termos quantitativos e sem prejuízo de qualidade, a produtividade dos trabalhos realizados. Outra característica importante do teletrabalho é que amplia a possibilidade de trabalho das pessoas com dificuldade de deslocamento, com inegável impacto na sua qualidade de vida. ! Benefícios Juiz Paulo Roberto Rocha preside a Comissão do Teletrabalho

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Page 1: acs@trt13.gov.br O Direito e o Trabalho Tribunal do ... · nos autos aponta para lesão aos direitos dos substituídos e associados do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana,

B4 Paraíba Terça-feira, 02 de julho de 2013

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Transporte municipal ou interestadual não é público

Dorgival Terceiro NeTo JúNior

Não se considera serviço de transporte público, para efeito do art. 58, § 2, da CLT, o transporte municipal ou interestadual, tendo em vista que, além de ser proibido o translado de passageiros em pé, é fato público e notório que o número de linhas de ônibus no transporte intermu-nicipal é mais reduzido e que o respectivo custo é maior que o do transporte público urbano, inviabilizando sua utilização pelos trabalhadores.

Por assim entender, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul, impôs o pagamento de horas in itinere a um empregado.

Segundo o relator do processo, desembargador Nicanor de Araújo Lima, o transporte público urbano, na hipótese, é inexistente e os documentos apresentados no processo referem-se aos horários percorridos pelos ônibus de empresas de transportes intermunicipal e interestadual.

Para o relator, “o transporte público urbano, em regra, apresenta, tarifas de menor custo e dispõe de maior mobilidade aos usuários, já que, em geral, o número de li-nhas de ônibus no transporte intermunicipal é mais redu-zido, além de haver proibição do translado de passageiros em pé, o que limita o número de pessoas a ser transporta-do, repercutindo em maior dificuldade para o trabalhador em cumprir a jornada fixada”.

Dessa forma, afirmou o desembargador Nicanor, o custo maior do transporte coletivo, no caso, o intermunici-pal, “dificulta e até inviabiliza o seu uso pela maioria dos trabalhadores, sabidamente em grande parte com salários modestos”.

Ao final, a Turma deferiu o pagamento de horas in itinere ao empregado, considerando todos os dias traba-lhados.

(TRT 24ª. Região – 2ª. Turma - Proc. n. 0000398-62.2012.5.24.0056)

SINDICALISTAS CONDENADOS POR DANO MORAL COLETIVOO Pleno do Tribunal Regional do Trabalho do Mato

Grosso do Sul reconheceu que houve dano moral coletivo decorrente de atos ilícitos praticados por dirigentes do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana.

A decisão confirmou a sentença de primeiro grau, que já havia imposto a dois dirigentes o cumprimento de pena restritiva do exercício de atividade sindical pelo pra-zo de oito anos, e ainda deferiu o pedido de condenação dos membros sindicais ao pagamento de indenização por dano moral coletivo.

O relator do recurso, desembargador André Luís Moraes de Oliveira, ressaltou que a pretensão de paga-mento de indenização por dano moral coletivo encontra-se na seara de proteção dos valores básicos compartilha-dos por uma coletividade, visando a reprimir condutas antijurídicas que atinjam campos de interesse patrimonial e/ou moral de parcelas da população representadas por grupos, classes ou categorias de pessoas.

Para o relator, “é plenamente viável proferir um decreto condenatório consubstanciado em dano moral co-letivo na hipótese vertente, uma vez que a prova existente nos autos aponta para lesão aos direitos dos substituídos e associados do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana, manifestamente reprovável, deflagrando um sentimento de indignação do patrimônio moral da coleti-vidade de todos os trabalhadores e repulsa social imedia-ta, dando ensejo ao reconhecimento da figura do dano moral coletivo pelo desvirtuamento do sistema sindical”.

Ao final, o Pleno imputou aos sindicalistas, além da pena restritiva de direitos sindicais, o dever de pagar mul-tas de R$ 20 mil para um e de R$ 5 mil para outro.

(TRT 24ª. Região – Pleno - Proc. 0000402-77.2012.5.24.0031)

Desde ontem o expediente passou a ser das 7h às 17h de segunda a sexta

Tribunal do Trabalho tem novo horário de expediente

O uso do fardamento com logomarcas dos produtos comercializados pela empresa está relacionado com a função

exercida pelo trabalhador que é a de consultor de vendas

Desembargador Eduardo Sérgio

““Correio TrabalhisTa

a adequação ao horário não implicará na ampliação da jornada de trabalho dos servidores

O Tribunal do Traba-lho da Paraíba adotou novo horário de expediente e desde ontem (segunda, 1º), passou a funcionar das 7h às 17h, de segunda a sex-ta-feira. O novo horário foi aprovado pelo Tribunal Ple-no em Sessão Administrati-va e está de acordo com a Resolução Administrativa 067/2013.

O horário adotado até o último dia 28 de junho, que era das 10h às 17h na segunda-feira, das 7h às 17h de terça a quinta e, das 7h às 14h na sexta-feira, foi estabelecido na Resolução Administrativa 126/2009, levando em conta a ne-cessidade de contenção de gastos com energia elé-trica. Hoje, a necessidade não mais existe, conforme estudo técnico realizado pela Coordenadoria de En-genharia e Manutenção do Tribunal.

Jornada de trabalhoDe acordo com a Re-

solução Administrativa, a adequação ao horário não implicará ampliação da jornada de trabalho dos servidores. Ficou estabe-lecido horário de expe-diente interno das 14h às 17h, para todas as Varas

do Trabalho da Paraíba e para as Centrais de Man-dados Judiciais e Arre-matações de João Pessoa e Campina Grande, Cen-trais de Arquivo das Varas de João Pessoa e Campina Grande.

O horário interno não se aplica às Distribuições dos Feitos, Central de Atendimentos e, nas loca-lidades onde não houver Distribuição ou protocolo centralizado, aos protoco-los das Varas.

NãO VIOLA IMAgEM

Marca de empresa é permitida em farda

A Segunda Turma do Tribunal do Traba-lho da Paraíba (Segunda Instância) negou recur-so de um empregado que pediu indenização por danos morais, sob a alegação de ter tido vio-lado o direito à imagem em razão de ser obriga-do a usar uniforme com logomarcas dos produ-tos comercializados pela empresa Refrescos Gua-rarapes Ltda. A decisão em Primeira Instância foi tomada na 4ª Vara do Trabalho de João Pessoa e o trabalhador decidiu recorrer ao TRT.

De acordo com o Processo 0149300-22.2012.5.13.0004, o empregado sustentou que estava realizando promoções e publicida-de gratuita ao usar o fardamento, sem qual-

quer anuência ou com-pensação salarial. As-segurou que se sentia um verdadeiro “outdoor humano”.

Para o relator do acórdão, desembarga-dor Eduardo Sérgio, no caso concreto, o empre-gado não obteve êxito em provar a prática do dano moral, pois “o uso do fardamento com lo-gomarcas dos produtos comercializados pela empresa está relaciona-do com a função exer-cida pelo trabalhador, ou seja, consultor de vendas”. E, neste caso, “a propaganda dos pro-dutos poderia resultar acréscimo na sua remu-neração, uma vez que o reclamante confessou, em depoimento, ‘que recebia comissão pelas vendas’.”

PubLICAçãO DE ATOS

Diário terá caderno administrativo

comitê reuniu gestores no curso de multiplicadores e publicadores

O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT), passará a contar com caderno próprio para publicação de atos admi-nistrativos. A solicitação foi analisada pelo Comitê Gestor do DEJT, que após estudo reuniu em junho passado os gestores re-gionais para o curso de multiplicadores e publica-dores.

O curso foi realizado na sede do Conselho Su-perior da Justiça do Tra-balho (CSJT), em Brasília, e ministrado pelos servi-dores Gustavo Ibarra, de Santa Catarina e Rômulo Araújo Carvalho, servidor e gestor do DEJT do TRT da Paraíba e membro efe-tivo do Comitê Gestor.

Além do caderno ad-ministrativo, um pedido

antigo de todos os Regio-nais, várias funcionali-dades foram implantadas ao caderno judiciário, trazendo mais segurança na transmissão das ma-

térias e facilitando o dia a dia dos publicadores.

“Como servidor de carreira é uma honra para qualquer um representar a Paraíba, que sempre foi

destaque nacional na ele-tronização dos processos judiciais. É o salário moral que recebemos e me orgu-lho muito em ser multipli-cador de conhecimentos para todos os colegas do país”, disse Rômulo Car-valho.A previsão é que dentro de 60 dias a nova versão entre em funciona-mento, tempo necessário para que os conhecimen-tos adquiridos sejam mul-tiplicados nos Regionais e que os setores de Tecno-logia da Informação reali-zem as adequações neces-sárias.

O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho foi instituído nos ternos do ar-tigo 4º da Lei 11.419/2006 e normatizado através do Ato Conjunto TST.CSJT.GP Nº 015/2008.

INSTRuçõES

Como participar do teletrabalhoO Tribunal do Traba-

lho da Paraíba, através da Resolução Administrativa 49/2013, criou a Comis-são de Gestão do Teletra-balho (Comget) com a fi-nalidade de implementar a realização do sistema de teletrabalho no Regional.

A Comissão requer a atenção dos interessa-dos ao caráter facultativo de adesão, os requisitos, os destinatários, as ve-dações, o incremento de produtividade, o acom-panhamento e os deveres dos servidores autoriza-dos a participar.

Os gestores interessa-dos devem preencher um requerimento informando o nome dos servidores e as metas mensais a serem atingidas. No final de cada trimestre, os campos des-tinados à avaliação, conti-dos no mesmo formulário, devem ser preenchidos e enviados vinculado ao protocolo anterior.

O contato direto com a Comissão está disponí-vel através do e-mail [email protected].

De forma experimental, o Teletrabalho já havia sido implementado no Tribunal do Trabalho da Paraíba desde o final de 2012. No começo deste ano, em sessão administrativa, o Pleno do TRT da aprovou sua implantação através do Ato TRT GP 400/2012. O serviço já é utilizado por diversos órgãos em todo o País e obedece a Resolução nº 109 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).O teletrabalho prioriza o princípio da eficiência na Administração Pública, observada a necessidade de promoção de meios para motivar e comprometer as pessoas com a instituição, especialmente aquelas com habilidades para o auto gerenciamento do tempo e da organização. Sua implantação permite a otimização do trabalho, economizando tempo e custo de deslocamentos dos servidores.

!O Sistema

A ferramenta permite o acesso, a qualquer tempo, de qualquer lugar, a todos os sistemas necessários ao trabalho com procedimentos judiciários, sem a necessidade da presença física do servidor na unidade, o que contribui para a melhoria dos programa socioambiental do Tribunal, com redução no consumo de água, esgoto, energia elétrica, papel e outros bens e serviços disponibilizados. Uma das exigências é que os servidores envolvidos aumentem a produtividade em no mínimo 15% em relação aos demais.O sistema tem por objetivo aumentar, em termos quantitativos e sem prejuízo de qualidade, a produtividade dos trabalhos realizados. Outra característica importante do teletrabalho é que amplia a possibilidade de trabalho das pessoas com dificuldade de deslocamento, com inegável impacto na sua qualidade de vida.

!Benefícios

Juiz Paulo roberto rocha preside a comissão do Teletrabalho

Page 2: acs@trt13.gov.br O Direito e o Trabalho Tribunal do ... · nos autos aponta para lesão aos direitos dos substituídos e associados do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana,

B4 Paraíba Terça-feira, 09 de julho de 2013

O Direito e o [email protected]

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Penhora de imóvel rural de família

DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR

O bem de família que se constitua em imóvel rural, é passível de penhora em relação à fração que exceda o necessário à moradia do devedor e de sua família, conforme decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Sob a relatoria da ministra Eliana Calmon, a Turma entendeu que, apesar de a Lei n. 8.009/1990 assegurar a impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar, a regra con-tida no § 2º, do artigo 4º da mesma lei, delimita que “a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis”.

Para a Turma, a restrição contida no § 2º, do artigo 4º da Lei n. 8.009/1990, legitima a penhora incidente sobre a parte do imóvel que exceda o ne-cessário à sua utilização como moradia do devedor e de sua família.

(STJ – 2ª. Turma - REsp 1.237.176-SP)

ORDEM DE PRECEDÊNCIA DE PRECATÓRIOS DE CLASSES DIFERENTES

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que, no caso em que a data de venci-mento do precatório comum seja anterior à data de vencimento do precatório de natureza alimentar, o pagamento daquele realizado antes do pagamento deste não representa, por si só, ofensa ao direito de precedência constitucionalmente estabelecido.

Para a relatora, ministra Eliana Calmon, a única interpretação razoável que se pode dar ao texto constitucional é que a estrita observância da ordem cronológica estabelecida pela CF deve ocorrer dentro de cada uma das classes de precatório — de modo que os precatórios de natureza alimentar seguem uma ordem de pagamento que não pode ser com-parada com a dos precatórios comuns —, porquanto a utilização de interpretação diversa praticamente inviabilizaria qualquer pagamento de precatório de natureza comum, o que não se pode admitir.

(STJ – 2ª. Turma - RMS 35.089-MG)

PLANO DE SAÚDE PARA EX-EMPREGADO – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar a causa em que ex-empregado aposentado objetive ser mantido em plano de assistência médica e odontológica que, além de ser gerido por fundação instituída e mantida pelo ex-empregador, seja presta-do aos empregados sem contratação específica e sem qualquer contraprestação.

A decisão foi proferida pela 4ª. Turma do Superior Tribunal de Justiça, sob a relatoria do ministro Luiz Felipe Salomão, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que a competência para o julgamento de matéria concernen-te ao contrato de trabalho é da Justiça do Trabalho, enquanto que o Superior Tribunal de Justiça também tem entendido que, se a assistência médica, hospitalar e odontológica era fornecida gratuitamente aos emprega-dos da instituidora da fundação, consistindo em bene-fício acessório ao contrato de trabalho, cabe à Justiça do Trabalho, em razão da matéria, solucionar a lide.

(STJ – 4ª. Turma - REsp 1.045.753-RS)

Decisão inicial foi da Vara de Patos com confirmação da 2ª Turma do TRT

Fundação é condenada pelo TST por atraso de salários

O transporte de valores por funcionário, desacompanhado de vigilante, por meio de transporte alternativo ou táxi, além de ferir frontalmente as regras estabelecidas na Lei nº 7.102/83, denota total falta de compromisso da empresa com a seguran-ça, integridade física e psicológica dos seus empregados

Desembargador Leonardo Trajano

““CORREIO TRABALHISTAde vigilante, por meio de transporte alternativo ou táxi, além de ferir frontalmente as regras estabelecidas na Lei nº 7.102/83, denota total falta de compromisso da empresa com a seguran-ça, integridade física e psicológica dos seus empregados

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) confir-mou decisão da Justiça paraibana que condenou a Fundação Francisco Mas-carenhas, na cidade de Patos, a indenizar por da-nos morais, em R$ 50 mil, um professor, por repeti-dos atrasos no pagamen-to dos salários. A decisão foi tomada inicialmente na Vara do Trabalho de Patos e confirmada pelo desem-bargadores da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba

A Fundação recor-reu em todas as instân-cias, alegando que chegou

atrasar os salários alguns meses, e que tal fato acon-tecia eventualmente, não podendo ser configura-do o dano moral. Porém, as provas testemunhais afirmaram que os salá-rios chegavam a 20 dias de atraso nos períodos de matrícula dos alunos e nos demais meses chega-va a 10 dias.

U m a testemunha chegou a afirmar que a instituição justificava os atrasos por haver inadim-

plência no período de ma-trícula e porque o prédio da faculdade estava em reforma.

Para o relator do pro-cesso no TRT, desembar-gador Wolney Cordeiro, não houve nenhuma justi-ficativa legal para os atra-sos dos salários. “Imagine-se que a verba alimentar encontra-se preterida, em

face de uma reforma em suas insta-lações. Não ficou de-m o n s t r a d o nenhum mo-tivo grave ou

relevante que justifique o atraso contumaz”, frisou o magistrado.

A Instituição requereu o reconhecimento de culpa recíproca pela rescisão de contrato de trabalho realiza-da pelo funcionário. Porém, o relator ressaltou que a im-pontualidade do empregador gerou enorme instabilidade ao funcionário, causando-lhe prejuízos de ordem mate-rial e moral. “Aclara-se que o reconhecimento da rescisão indireta tem fundamento maior, a mora contumaz nos pagamentos de salários”, re-gistrou (processo: 002800-63.2012.5.13.0011).

CulpaNão ficou demonstrado nenhum motivo grave ou relevante que justifique o atraso contumaz

ACORDO TRABALHISTA

Maternidade de Areia será reaberta

Valor foi utilizado na compra de ambulância e equipamentos

Um acordo traba-lhista realizado na Vara do Trabalho de Areia vai contribuir para a reaber-tura da Maternidade do município. Equipamentos hospitalares que faltavam na instituição foram ad-quiridos com os valores do acordo celebrado entre o Ministério Público do Tra-balho e o Banco do Brasil.

Foram comprados uma ambulância Semi-UTI, aparelhos de raios-X e de hematologia, 25 ca-mas hospitalares, berços para recém-nascidos, ge-rador, máquina de lavar roupa, capinógrafo, des-fibrilador, monitores car-díacos, mesa cirúrgica, mesa para sala de parto, além de todos os equipa-

mentos necessários para o funcionamento do cen-tro cirúrgico do Hospital.

O juiz titular da Vara do Trabalho de Areia, Ju-arez Duarte Lima partici-pou de uma reunião com o secretário estadual da

Saúde, Waldson Souza e o prefeito de Areia, Paulo Gomes onde foi discutida a reabertura da Materni-dade Pública daquele mu-nicípio. A reunião acon-teceu na Secretaria de Saúde do Estado com a

participação do diretor de secretaria da Vara do Tra-balho de Areia, Francisco Leocádio.

Na reunião foi discu-tida a reabertura da ma-ternidade do Município, já que os equipamentos doa-dos à instituição hospita-lar tiveram esse objetivo. Ficou acertado que o mu-nicípio de Areia irá realizar um levantamento do custo para o funcionamento da Maternidade e o Governo do Estado, através da Se-cretaria de Saúde, tenta-rá viabilizar um consórcio com os municípios vizinhos buscando a reabertura da maternidade, já que tanto em Areia, quanto nos ou-tros municípios da região, não existe o serviço.

Banco vai pagar R$ 100 mil por danos morais

Um funcionário do Banco Bradesco S.A rece-berá duas indenizações por danos morais, totalizando o valor de R$ 100 mil. A pri-meira indenização, de R$ 50 mil, é referente as ativi-dades de risco que o empre-gado exercia na empresa. Ele transportava altos valo-res em dinheiro entre vários municípios paraibanos sem companhia de vigilante e fazendo uso de serviços de táxi. A segunda reparação, de igual valor, é atribuída ao reenquadramento do tra-balhador em atividades de caixa bancário, desrespei-tando orientação médica. Contra a decisão, oriunda da 7ª Vara do Trabalho de João Pessoa, foi interposto recurso ordinário, julgado pela 1ª Turma do TRT da Paraíba.

Em relação a primeira indenização, o bancou re-correu da decisão alegando ter provado a existência de contrato de transporte de valores com empresa espe-cializada. Sustentou ainda que o empregado não com-provou, durante a instrução processual, o sofrimento, a dor, ou vexame ao transpor-tar altos valores em dinheiro ao realizar viagens de táxi a serviço da instituição.

Porém, para o relator do acórdão, desembarga-dor Leonardo Trajano, a análise dos autos com base nas testemunhas e recibos levantados pelo emprega-do comprovaram conduta ilícita por parte da empre-sa. “O transporte de valo-res por funcionário, desa-companhado de vigilante, por meio de transporte al-

ternativo ou táxi, além de ferir frontalmente as re-gras estabelecidas na Lei nº 7.102/83, denota total falta de compromisso da empresa com a segurança, integridade física e psicoló-gica dos seus empregados”, frisou o magistrado.

Na segunda indeniza-ção, o empregado afirmou que, após sofrer um aci-dente de carro, ficou 5 anos afastado das atividades la-borais. Sustentou que, ao voltar para a instituição, foi reenquadrado como caixa bancário, não respeitando, a empresa, sua incapacida-de permanente de exercer as atividades profissionais que exercia anteriormente, por não poder permanecer muito tempo sentado ou de pé, tendo inclusive o INSS classificado o infortúnio como acidente de trabalho, do tipo trajeto.

Em sua defesa, o ban-co alegou que, para nascer a obrigação de indenizar o empregado por dano moral, é necessária a presença de três requisitos essenciais, o dano, o dolo/a culpa e o nexo de causalidade, o que não ficou comprovado por parte do empregado.

Para o desembarga-dor-relator, as provas tes-temunhais e a orientação da Previdência Social com-provaram mais um ato ilí-cito da empresa. “De igual modo, resta claro que esta conduta é ilícita, antiéti-ca e totalmente reprová-vel do demandado, agra-vou a situação de saúde do demandante”. Número do processo: 0104900-63.2012.5.13.0022.

CIENTÍFICO

Estudo mostra o passo a passo da eliminação

O secretário da Comissão Permanente de Avaliação de Do-cumentos (CPAD), do Tribunal do Trabalho da Paraíba, Raimun-do Normando Madei-ro Monteiro, realizou um estudo científico para detalhar o passo a passo da elimina-ção de documentos. O material servirá como fonte de pesquisa para usuários da Justiça do Trabalho, partes en-volvidas em processos que tramitam na Jus-tiça e, principalmente, estudantes do curso de Direito.

De acordo com Normando Madeiro, o trabalho objetiva mos-trar que o material que não é de guarda per-manente tem que ser descartado, garantin-do, porém, a conser-vação dos documentos importantes e necessá-

Documentário servirá como fonte de pesquisas

rios para a formação do acervo histórico e preservação da memó-ria da Justiça.

A íntegra do tra-balho pode ser acessa-da no sítio eletrônico do TRT na Internet, no link: http://www.trt13.jus.br/informe-se/noticias/arquivos/memorial-trabalho-cientifico/view

Raimundo Normando

OUVIDORIA:

Ouvidoria:Desembargador ouvidor: Wolney de Macedo CordeiroOuvidor substituto: desembargador Vicente Vanderlei

Horário de AtendimentoSegunda a sexta das 7h às 17h

Entre em Contato- 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)- Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguinte endereço: www.trt13.

jus.br.- Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamento do TRT.- Pessoalmente, também nos horários do TRT.- Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, na Aveni-

da Soares Corálio de Oliveira, s/n - Centro - João Pessoa - PB CEP: 58013-260. - Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas na sede do

Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.E-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, mediante prévio agendamento

pelo telefone 3533-6001.

Page 3: acs@trt13.gov.br O Direito e o Trabalho Tribunal do ... · nos autos aponta para lesão aos direitos dos substituídos e associados do Sindicato dos Empregados do Comércio de Aquidauana,

B4 Paraíba Terça-feira, 16 de julho de 2013

O Direito e o [email protected]

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Lei brasileira mais benéfica é aplicada no exterior

DorgivaL Terceiro NeTo JúNior

Em face do cancelamento da Súmula 207 do TST, que estabelecia a aplicação do princípio da lex loci executionis contracti (princípio da territorialida-de), a Oitava Turma do Tribunal Regional do Traba-lho de Minas Gerais julgou favoravelmente o recur-so de um empregado e, modificando a decisão de primeiro Grau, reconheceu ser aplicável a legislação brasileira ao período em que o trabalhador prestou serviços nos Estados Unidos.

A sentença de primeiro grau entendeu que tem cabimento no processo a lei vigente no local da prestação de serviços, levando em conta o princípio da lex loci executionis c ontracti, disposto na Súmu-la 207 do TST, e, ainda, o fato de a transferência do empregado ter ocorrido com intuito definitivo.

Entretanto, o relator do recurso, desembargador Márcio Ribeiro do Valle, entendeu de forma diversa, sob o fundamento de que a contratação de trabalha-dores no Brasil, bem como a transferência deles para prestação de serviços no exterior, é disciplinada pela Lei nº 7.064/82, que, por meio do artigo 3º, II, deter-mina que a lei brasileira seja utilizada no contrato de trabalho quando mais benéfica no conjunto de nor-mas e em relação a cada matéria, independente da lei vigente no local da execução dos serviços.

Para o relator, “o princípio da lex loci executio-nis contracti, pelo qual é aplicável à relação jurídica trabalhista a lei vigente no país da prestação do serviço, é de ordem genérica”, ressaltando que a Lei nº 7.064/82 é especial. Por isso, não existe conflito de leis. Sendo assim, a eventual aplicação da Súmula 207 do TST fica afastada. Até porque esse dispositivo foi cancelado.

Na ótica do relator, o reclamante foi contrata-do no Brasil, prestou serviços no país por mais de quatro anos, tendo sido transferido para os Estados Unidos para trabalhar em empresa pertencente ao mesmo grupo econômico da reclamada, voltando posteriormente.

Nesse contexto, seguindo o relator, a Turma decidiu que se aplica a legislação brasileira durante todo o período de prestação de trabalho no exterior

(TRT 3ª Região – 8ª Turma – Proc. 001322-41.2011.5.03.0073 RO)

RESTITUIÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NÃO É NA JUSTIÇA DO TRABALHO

A Justiça do Trabalho não tem competência para determinar que a União restitua o imposto de renda indevidamente recolhimento em processual judicial de reclamação trabalhista, conforme decisão da Pri-meira Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.

Entendeu a Turma, acompanhando o voto da relatora, desembargadora Viviane Colucci, que “não se insere na competência da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF/88) a determinação dirigida à União de restituição de valores recolhidos indevidamente ou a maior pela(s) parte(s) litigante(s) a título de impos-to de renda, devendo tal requerimento ser formula-do administrativamente junto à Secretaria da Recei-ta Federal do Brasil, ou mediante o ingresso de ação própria perante o Juízo competente.”

(TRT 12ª Região – 1ª. Câmara – Proc. 04275-2003-037-12-86-0)

Termos jurídicos em linguagem simplificada é o foco da iniciativa

Projeto ‘Comunicar’ do TRT dará suporte a jornalistas

Ficou provado o descuido da reclamada com as condições de segurança no ambiente de trabalho, uma vez que não providenciou o conserto da máquina, ape-sar do conhecimento de que estava quebrado, forçando-o a utilizar escada, demonstrando a culpa patronal e o nexo causal com o acidente.

Juiz convocado José Aírton Pereira

““Correio TrabalhisTa

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Horário de AtendimentoSegunda a sexta das 7h às 17h

Entre em Contato- 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)- Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguinte endereço: www.trt13.

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da Soares Corálio de Oliveira, s/n - Centro - João Pessoa - PB CEP: 58013-260. - Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas na sede do

Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.E-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, mediante prévio agendamento

pelo telefone 3533-6001.

as palavras e termos jurídicos serão enviados sempre às terças e quintas-feiras via e-mail

A Assessoria de Co-municação Social do Tri-bunal do Trabalho da Pa-raíba colocará em prática a partir da terça-feira (16), o Projeto Comuni-car, que tem como prin-cipal objetivo enviar para jornalistas, radialistas e blogueiros da Paraíba, termos jurídicos em uma linguagem simplificada, companhados de frases com exemplos.

Além de buscar es-treitar ainda mais o re-lacionamento com a im-prensa, a intenção do TRT é colaborar para que os jornalistas possam escre-ver as reportagens com maior facilidade, garan-tindo à população a total compreensão das decisões judiciais.

A Assessoria de Co-municação Social do TRT catalogou cerca de 1.800 pessoas, entre jornalistas, radialistas, blogueiros, advogados e estudantes de Direito, que vão rece-ber, a partir desta terça (16), dois verbetes jurídi-cos traduzidos e exemplifi-cados, sempre às 14h, nas terças e quintas-feiras, via e-mail.

O presidente do TRT, desembargador Carlos Coelho entende que o Po-

der Judiciário deve ser acessível à população e essa acessibilidade come-ça com o entendimento pelo povo da linguagem processual, que a grande maioria da população não tem conhecimento. “A po-pulação tem todo o direito de entender com clareza as decisões tomadas pelo Ju-diciário. Com esse projeto, e tendo a imprensa como aliada, estamos buscando simplificar a linguagem jurídica”, disse.

A ACS do TRT tem mais de 500 jornalistas com e-mails cadastrados que irão receber os tópicos semanalmente. Ao todo serão 80 termos que, em dezembro, estarão em uma cartilha eletrônica na home page do Tribunal (www.trt13.jus.br) ficando à disposição do público. Os jornalistas ou pessoas interessadas em receber essas informações semanalmente devem enviar uma mensagem para o e-mail [email protected], informando o endereço eletrônico. Podem, ainda, enviar termos jurídicos como sugestões para a inclusão no projeto. O Projeto Comunicar tem como patrocinador o jornalista José Vieira Neto e como gestora a jornalista Jaquilane Medeiros, da Assessoria de Comunicação do TRT. Conta ainda com a colaboração da estudante de jornalismo e estagiária do Tribunal, Jacyara Araújo. O Projeto Comunicar está inserido no Planejamento Estratégico do TRT.

!Cadastro

Sousa: juiz implanta práticas de integração com a população

Juiz Paulo roberto (detalhe) vai ao Fórum de Sousa de bicicleta

Quando foi morar na cidade de Sousa, no alto sertão da Paraíba, há dois anos, o juiz do trabalho, Paulo Roberto Vieira Ro-cha, decidiu buscar maior integração com a comuni-dade. Implantou práticas eficazes de estreitar esse relacionamento e uma delas foi a conversa dire-ta com a população. Tem um quadro mensal de meia hora na rádio Líder FM, dentro programa dos radialistas Jucélio Almei-da e Eugênio Rodrigues, denominado “Pergunte ao Juiz do Trabalho”. A par-ticipação acontece ao vivo e com telefone aberto para interação com o povo.

Decidiu que, não es-tando em audiência, recebe a todos, do trabalhador, ao empresário, advogados e agentes públicos. “Todos os servidores já conhecem essa recomendação, que acon-tece sem nenhuma buro-

cracia ou empecilho. Como o clima nestas conversas é de extremo respeito, não temos registro de nenhum confronto ou qualquer outra situação de animosidade”, disse Paulo Rocha.

O magistrado decidiu que não levaria automóvel para a cidade. Usaria uma bicicleta para se locomo-ver para o Fórum, para ir

às compras, passear ou a ir a qualquer outro ponto da cidade. Conta que esse já foi um diferencial para intensificar o bom con-vívio com a comunidade. Diverte-se contando que no início foi barrado pelos seguranças do Fórum, que não imaginavam que o juiz pudesse chegar ao traba-lho pedalando.

Nos primeiros dias de atuação na Vara do Trabalho de Sousa como juiz titular implantou uma sala específica para conciliação. É um ambiente separado, sem computadores ou móveis que traduzam a formalidade de uma sala de audiência. Segundo o juiz, neste ambiente a palavra mágica é ‘paciência’. A figura do juiz desaparece e passa a atuar o mediador. Em alguns casos o próprio juiz liga para o empresário convidando para uma conversa com o trabalhador, sempre na companhia dos advogados. “Dá muito mais trabalho e é uma atividade que requer muita energia. Os resultados, porém, são animadores e gratificantes”, pontuou. Além disso, com um acordo formalizado no início da ação, o desenrolar no futuro é prático, simples e rápido. “Temos o processo resolvido, que é o que queremos”.

!Paciência e conciliação

Uma curiosidade é que quando Paulo Rocha entrou para a magistratura, no ano de 2001, atuou como juiz substituto inicialmente em Sousa, cidade pela qual já ganhou afeição. “Minha origem é sertaneja e isso facilita muito. Percebemos aqui, claramente, o respeito que as pessoas têm no tratamento umas com as outras”.Paulo Roberto Vieira Rocha define-se como um privilegiado. “Sempre quis ser juiz do trabalho, e estar exercendo a magistratura hoje é um privilégio. Então busco fazer meu trabalho da maneira mais prazerosa possível, conversando com as pessoas e imprimindo um ritmo onde a busca pela melhoria é meta diária”, finalizou.

!Carreira por vocação

A Vara de Sousa tem cerca de 1.500 processos e jurisdição sobre 19 municípios da região do sertão. São 11 servidores em uma equipe liderada pelo diretor de secretaria Welton da Silva Mangueira. “É uma equipe coesa, motivada e em constante busca de melhoria”, disse Mangueira, destacando o papel fundamental exercido pelo diretor da unidade. Todos os dias o juiz almoça com os servidores. Paulo Roberto Rocha faz questão de mostrar as dificuldades enfrentadas no dia a dia. “Temos vários pontos que precisam ser melhorados em relação a tramitação processual. Estamos sempre procurando corrigir nossas falhas. Só que a nossa busca pela melhoria é contínua e isso tem ajudado muito”, disse, lembrando que em relação ao número de processos, a Vara é difícil. São cerca de 800 novas ações por ano, somadas às que continuam em tramitação.

!Motivação

Indenização

Vítima de queda terá dano moral

A Segunda Turma Tri-bunal do Trabalho da Paraíba majorou de R$ 20 mil para R$ 129 mil a indenização por dano material e de R$ 10 mil para R$ 30 mil por dano moral a ser paga a um empregado da Eli-zabeth Louças Sanitárias Ltda. (Duratex S/A) por acidente de trabalho. O funcionário foi ví-tima de queda de uma altura de 4 metros, em que fraturou o braço, antebraço, mão e de-dos, o que lhe causou danos irreversíveis.

A decisão é provenien-te da 8ª Vara do Trabalho de João Pessoa e foi majorada por unanimidade pela Corte do TRT por considerar que o valor fixado na origem se mos-tra insuficiente justa para a compensação do trabalhador e atender ao intuito pedagógico da medida.

Na petição inicial, o em-pregado alegou que a máquina fixa em que trabalhava esta-va com o sensor quebrado há quarto meses e que, em razão disso, com o conhecimento da empresa, era exigida sua ope-ração, via manual. A empresa recorreu da decisão alegando que o acidente foi uma fatali-dade. Acrescentou que o laudo pericial comprovou que as le-sões foram reparadas, haven-do apenas uma pequena redu-ção da capacidade laborativa, que seria momentânea.

Contudo, a perícia médi-ca comprovou o trauma sofrido pelo empregado por “apresen-tar sequela física de natureza definitiva, que causa limitação funcional e o incapacita para o trabalho que exija habilidade manual.”

Para o juiz convocado José Airton Pereira, “ficou de-vidamente provado o descuido da reclamada com as condi-ções de segurança no ambien-te de trabalho, uma vez que não providenciou o conserto da máquina apesar do conhe-cimento de que estava quebra-do, forçando-o a utilizar esca-da, restando demonstrada a culpa e o nexo causal com o acidente.”, ressaltou.

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A Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do TRT já disponibilizou no hall de entrada da sede do Tribunal e nos Fóruns de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita o programa “Gestão à Vista”, que divulga em painel digital as Metas Nacionais do Poder Judici-ário para 2013 e suas respectivas sinalizações.

Gestão Estratégica

B4 Paraíba Terça-feira, 23 de julho de 2013

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Juros de venda a prazo reflete em comissão

DorGival TErcEiro NETo JúNior

A Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais decidiu que, no cálculo da comissão paga ao vendedor, não podem ser excluídos os encargos financeiros pagos pelo cliente em razão da modalidade de venda à prazo, pouco importando se a venda é rea-lizada à vista, a prazo, por meio de cartão ou qualquer outra forma de pagamento.

Para a Turma, a comissão sempre deve ser calcula-da sobre o valor real e total da venda, pelo fato do risco do negócio é do empregador.

O relator, desembargador Jorge Berg de Mendonça, seguido pela Turma, externou a convicção de que “Não parece justo que somente a reclamada aufira os bônus dessa atividade lucrativa, já que o empregado efetiva-mente atuou junto ao cliente como forma de persuadi-lo a aderir à compra a prazo, que, certamente, confere grande rentabilidade à reclamada.”

Expôs ainda o relator, que “os valores acrescidos ao preço final dos produtos, a título de juros, pela venda a prazo, agregam-se ao preço da mercadoria vendida, por conseguinte, compor a base de cálculo das comissões devidas ao reclamante, já que esta é devida sobre o total pago pelo cliente à empresa.

Por assim entender, a Turma manteve em favor do empregado o direito às diferenças salariais.

(TRT 3ª. Região – 6ª. Turma – Proc. ( 0002352-76.2011.5.03.0020 )

INTERROMPER COCHILO DE EMPREGADO É LEGAL

A pretensão de uma empregada em obter indeniza-ção por danos morais, alegando ocorrência de agressão física por parte de encarregado ao pegá-la pelo braço quando a percebeu cochilando em serviço, acabou rejei-tada pelo Tribunal Superior do Trabalho.

No caso, os empregadores foram condenados em primeira instância a pagar uma indenização por danos morais de R$ 9.990,00 a uma empregada que alegou ter sofrido complicações na gravidez pelo fato de ter sido acordada pelo empregador quando cochilava em pleno horário de trabalho.

No Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, as empregadoras conseguiram reverter o resultado, por entender que a empregada não foi agredida fisicamente, mas apenas segurada no braço, pelo encarregado, para que não dormisse em seu posto de trabalho.

A empregada contou em audiência que estava sen-tada na máquina quando cochilou e o encarregado viu, pegando-a pelo braço e dizendo que, se quisesse dormir, deveria ir para casa. Ela, então, bateu o cartão de ponto e foi embora.

Para o Regional, não houve conclusiva de que o fato de a trabalhadora ter sido acometida de complica-ções durante a gravidez, e posteriormente afastada pelo órgão previdenciário em razão de depressão pós-parto, tenha relação direta, única e exclusivamente com qual-quer postura do empregador.

Ressaltou ainda o Tribunal que a afirmação da autora, admitindo ser fumante durante a gestação, ex-cluiu a possibilidade de responsabilizar exclusivamente as empregadoras por consequências que podem ter se originado, inclusive, de hábitos de vida da própria tra-balhadora, tal como o tabagismo, que, segundo o relator constitui “prática nociva à saúde e abominável, especial-mente, durante a gestação”.

(TRT 9ª. Região – Proc. 1867200-25.2004.5.09.0012)

Decisão foi da 1ª Turma de Julgamento por redução do intervalo interjornada

Faculdade é condenada e vaipagar R$ 117 mil a professora

Correio TrabalhisTa

Uma ex-professora da Unesc Faculdades re-ceberá verbas rescisórias que totalizam aproxima-damente R$ 117 mil por redução do intervalo in-terjornada, supressão do gozo de férias e pelo traba-lho habitualmente exerci-do em horas extras, como a orientação na elaboração de monografias de alunos e a supervisão em labora-tório de prática jurídica, entre outras atividades.

Ainda quando trami-tava o processo perante o Juízo da 5ª Vara do Tra-

balho de Campina Gran-de, a instituição de ensino empregadora alegou que as verbas rescisórias pre-tendidas não eram devi-das, porque houve pedido de demissão pela profes-sora, e que a alegada jor-nada extraordinária não encontrava correspondên-cia com o trabalho efetiva-mente exercido. A senten-ça reconheceu a ausência de documentos ou provas e condenou a faculdade ao pagamento de horas extras por confissão ficta, reconhecendo, ainda, di-

reito ao regime de tempo integral de jornada, que resultou em condenação total de R$ 250 mil.

No julgamento de re-cursos apresentados pe-las partes, a 1ª Turma de Julgamento do Tribunal Regional do Trabalho en-tendeu por definir a jor-nada de trabalho em 06 (seis) horas-aula, como instituído pelo artigo 318 da CLT, afastando alega-ção de aplicação de regime de tempo integral previsto para professores de insti-tuições pública de ensino

superior, mas manteve to-das as condenações de ver-bas trabalhistas devidas por horas extras, redução do intervalo interjornada, supressão do gozo de fé-rias, reconhecendo a insu-ficiência de documentos e elementos de prova a de-monstrar veracidade nas alegações da Faculdade. A professora ainda preten-dia condenação em danos morais, alegando ter sofri-do práticas de discrimina-ção e repúdio por parte da coordenação do Curso em que lecionava.

ATÉ O MOMENTO

TRT já cumpriu 3 Metas NacionaisTrês das dez Metas

Nacionais do Poder Judici-ário para este ano de 2013 já estão cumpridas pelo Tribunal do Trabalho da Paraíba. O prazo para atin-gir todas as metas estipu-ladas é o mês de dezembro. O programa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a participação de todos os tribunais do Brasil, visa dar mais eficiência ao Ju-diciário, melhorar a gestão com gerenciamento de roti-nas de trabalho, aumentar a produtividade e reduzir

custos, além de promover a redução do estoque pro-cessual.

A Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do TRT já disponibilizou no hall de en-trada da sede do Tribunal e nos Fóruns de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita o programa “Gestão à Vista”, que divulga em pai-nel digital as Metas Nacio-nais do Poder Judiciário para 2013 e suas respecti-vas sinalizações. O objetivo é dar transparência a dados liberados pelos gestores das

Metas para que os servido-res possam acompanhar o desempenho das atividades realizadas no Regional.

A AGE, disponibilizou também na ferramenta de BI (Busines Inteligent) Qli-kview para todos os ma-gistrados e servidores, com acesso via Intranet. Nesta ferramente de gestão o ma-gistrado poderá verificar como anda sua Vara do Trabalho e ainda pode con-sultar os dados até mesmo por classe de processo.

Participaram da reu-

nião o desembargador Pau-lo Maia e o juiz Antônio Eu-des, que são os gestores das Metas Nacionais no TRT da Paraíba; além dos diretores Leonardo Maroja (GDG), Marcelo Castro (SCR), An-gelo Giuseppe Guido (Setic), Denise Gomes (Ejud), Caio Geraldo (SCD), Samuel No-rat (Segepe), João Sexto (CPL), Gonçalo Junior (Ad-ministrativa), Max Frederi-do (AGE) e Edgard Saeger (AGE), que são os responsá-veis pelo acompanhamento e cumprimento das Metas.

curso foi ministrado por uma cardiologista e um oficial Bombeiro

Com aulas práticas ministradas por um oficial do Corpo de Bombeiros e por uma Cardiologista, os servidores do Tribunal do Trabalho da Paraíba par-ticiparam do curso “Im-portância dos Primeiros Socorros e da reanimação em parada cardíaca”, que teve como principal obje-tivo conscientizar sobre a importância de se tra-balhar em um ambiente seguro.

O presidente do TRT, desembargador Carlos Co-elho participou da abertu-ra do evento e observou que o propósito do curso é dar oportunidade para que os servidores obtenham o

conhecimento básico em primeiros socorros e pos-sam ajudar a salvar vidas, já que “imprevistos podem

acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar”.

O curso foi oferecido pela Secretaria de Gestão

AMbIENTE sEGuRO

Primeiros socorros para servidoresde Pessoas e, de acordo com o diretor Samuel No-rat, o conteúdo contribuiu para que os participantes possam agir com o míni-mo de segurança”.

O desembargador Ed-valdo de Andrade, que é presidente da Comissão de Segurança do TRT partici-pou das demonstrações e das instruções comanda-das pelo 1º Tenente Ovídio Fernandes Bezerra Neto, do Corpo de Bombeiros da Paraíba e pela cardio-logista Maria Catarina de Melo Dias Guerra, que é servidora do TRT. Direto-res e servidores também participaram das demons-trações.

Desembargador vai ministrar palestra sobre Termos Jurídicos

O desembargador Vi-cente Vanderlei, do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba vai ministrar a pa-lestra “Termos Jurídicos na Imprensa Brasileira” para jornalistas. O evento acontecerá às 19h desta quinta-feira, dia 25, no Vai Passar – Cursos, que fica na avenida Júlia Frei-re 1.200 – 3º andar, salas 310 e 311 do edifício em-presarial Metropolitan, em João Pessoa.

A palestra é gratuita e dirigida, preferencialmen-te, a jornalistas. O número de vagas é limitado e maio-res informações podem ser obtidas pelos 8769.4811 (OI) e 9620.2780 (TIM). O magistrado é também pro-fessor do curso de Direito e da disciplina Português.

PerfilO desembargador Vi-

cente Vanderlei Noguei-ra de Brito é formado em

Direito, nasceu no dia 19 de julho de 1948 . Atuou no Ministério Público do Trabalho como Procurador do Trabalho e ingressou no Tribunal do Trabalho da Paraíba no dia 25 de fevereiro de 1994. Presi-diu o Regional no biênio 1995/1997 e atualmente integra a Primeira Turma de Julgamento do TRT.

Foi membro do Con-selho Superior Consultivo do Ministério Público do Trabalho e Corregedor Ge-ral do Ministério Público do Trabalho. Foi também Procurador-Geral do Tra-balho e professor de Direi-to do Trabalho do Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), professor de Direito Processual do Trabalho da Associação de Ensino Unificado do Distri-to Federal - AEUDF (licen-ciado) e professor de Direi-to Civil, Direito Processual Civil, Direito do Trabalho,

Direito Processual do Tra-balho, Prática Forense e Teoria Geral do Processo da AEUDF (Brasília/DF), além de presidente da Co-missão de Professores e Alunos de Direito no In-tercâmbio Jurídico-Cul-tural Brasil-Paraguai, em Assunção, no Paraguai.

O tema será dirigido principalmente para jornalistas

Vicente Vanderlei

PROjETO COMuNICAR

Cerca de 2.700 pessoas já estão cadastradas

Durante toda a se-mana passada, diversos jornalistas, radialistas, blogueiros e estudantes entraram em contato com o Tribunal do Traba-lho da Paraíba solicitan-do a inclusão no Projeto Comunicar, desenvolvi-do pela Assessoria de Co-municação Social.

O projeto busca a simplificação de termos jurídicos e envia duas ve-zes por semana informa-ções via e-mail para mais de 2.700 pessoas.

A intenção é cola-borar para que os pro-fissionais da comunica-ção possam escrever as reportagens com maior facilidade, garantindo à população uma melhor compreensão das de-cisões judiciais. Várias

mensagens eletrônicas também foram enviadas elogiando a iniciativa do tribunal. Os jornalistas ou pessoas interessadas em receber essas infor-mações semanalmen-te ainda podem enviar mensagem para o e-mail [email protected], infor-mando o endereço ele-trônico. Podem, ainda, enviar termos jurídicos como sugestões para a inclusão no projeto.

Os envios ocorrem duas vezes por semana, nas terças e quintas-fei-ras, sempre às 14h. Ao todo serão 80 termos que, em dezembro, for-marão em uma cartilha eletrônica na home page do Tribunal (www.trt13.jus.br), que ficará à dis-posição do público.

- sILvANA sORRENTINO, jornalista: “Boa, adorei a iniciativa!”.- ÉRIkA TRAvAssOs, jornalista: “Parabenizo a equipe pela iniciativa”.- káTIA PINHEIRO, jornalista: “Parabenizo a sua louvável iniciativa de nos ajudar a entender os temos jurídicos para melhor desempenharmos nosso trabalho diário”.- IsAbELA DE AssIs, assessora de comunicação do TRT-RJ: “Bacana esse projeto. Parabéns! Gostaríamos de receber também essas informações na assessoria de imprensa do TRT do Rio de Janeiro”.- WALTER MIRO, estudante de jornalismo: “Gostaria de passar a receber as informações do projeto para utilização como suporte em futuras matérias. Sou estudante de comunicação social/jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba, no último período do curso, e como me encontro prestes a ingressar no mercado de trabalho, creio que o material deste projeto será de grande valia”.

!Depoimentos

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B4 Paraíba Terça-feira, 30 de julho de 2013

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Varrição de rua é insalubreDorgiVal Terceiro NeTo JúNior

O trabalho realizado em contato permanente com lixo urbano, seja em atividade de coleta ou de industriali-zação, está relacionado como atividade insalubre, em grau máximo, no Anexo 14 da NR 15 da Portaria nº 3.214 do MTE. Não há, pois, distinção entre o lixo coletado pelos garis que trabalham em caminhões e usinas de processa-mento daquele proveniente da varrição de rua. Assim, a concessão do adicional de insalubridade se dá com base na adoção de um critério qualitativo, qual seja, o contato com o lixo urbano.

Por assim entender, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais manteve a conde-nação ao pagamento do adicional de insalubridade, em grau máximo, a uma empregada que exercia a atividade de varrição das vias públicas.

Conforme frisou o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, relator do recurso, a atividade exercida pela empregada implicava o contato com o lixo urbano, já que, por vezes, tinha que recolher animais mortos e resíduos de toda natureza. “Assim sendo, resta evidenciada a expo-sição à fonte de diversos vetores de natureza patogênica, sendo evidente o risco de contaminação por meio dos de-tritos recolhidos nas ruas, que pode ocorrer por diversas vias (respiratória, pele,oral)”.

(TRT 3ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000279-07.2012.5.03.0050 )

ACELERAR MÁQUINA EM DEMASIA GERA DANO A imposição de velocidade maior na esteira rolan-

te transportadora para aumentar a rapidez do trabalho executado pelo empregado, e que acabou por vitimá-lo, levou a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul a condenar o empregador a pagar indenizações por danos moral e material.

O acidente ocorreu no dia 19.6.2009, nas instalações da empresa, quando o trabalhador desempenhava suas funções junto à máquina Puma, que movimenta uma esteira rolante transportadora de painéis de câmara, que devem ser retirados da esteira pelos trabalhadores e arma-zenados em local próximo.

O trabalhador alegou que o acidente ocorreu em ra-zão da velocidade da esteira, que havia sido alterada para que todos trabalhassem com maior rapidez, mas a veloci-dade seria incompatível com a capacidade de trabalho. O acidente teria acontecido no momento em que ele pegava um painel e outro se aproximou, atingindo seu braço esquerdo, causando lesão em um dos nervos principais e dois cortes de cerca de dois centímetros na região próxima ao cotovelo.

A empresa defendeu-se alegando ser culpa exclusiva da vítima que não teria se atentado às orientações recebi-das e afirmou que não determinou o aumento da veloci-dade da máquina.

Contudo, provas testemunhais comprovaram que a esteira da máquina apresentava velocidade incompatível com a capacidade dos trabalhadores e que outros empre-gados já haviam sido lesionados na mesma máquina.

Para o relator do processo, desembargador Nicanor de Araújo Lima, “Analisando as circunstâncias em que se deram os fatos e o conjunto probatório, tem-se comprovada e a culpa da empresa pelo acidente. Tem-se que o empre-gador exigiu trabalho em ritmo acima da capacidade do trabalhador, expondo-o a maior risco de acidente, compro-metendo, pois, a segurança e saúde dos empregados”.

Também ficou evidenciado que a empresa não forne-ceu os EPIs específicos para atenuar os riscos do acidente de trabalho.

Por isso, ao final, a Tuma deferiu pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 5 mil, além de indenização por dano material pelos lucros cessantes, que correspondem o que o trabalhador deixou de ganhar durante o período em que recebeu o auxílio-doença aci-dentário.

(TRT 24ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000661-16.2011.5.24.0061-RO)

O teor do comunicado não deixava dúvida quanto à sua carga ofensiva

Divulgação de invalidez psíquicade trabalhador gera dano moral

Correio TrabalhisTaNão fosse o bastante a negligência patronal em relação à publicação dos avisos afixados no mural da empresa, observa-se ainda uma injustificável demora na exclusão do ‘Comunicado’ supratranscrito

Juiz convocado José Aírton Pereira, relator do acórdão

““

OUvIDORIA:

Ouvidoria:Desembargador ouvidor: Wolney de Macedo CordeiroOuvidor substituto: desembargador Vicente Vanderlei

Horário de AtendimentoSegunda a sexta das 7h às 17h

Entre em Contato- 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)- Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguinte endereço: www.trt13.

jus.br.- Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamento do TRT.- Pessoalmente, também nos horários do TRT.- Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, na Aveni-

da Soares Corálio de Oliveira, s/n - Centro - João Pessoa - PB CEP: 58013-260. - Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas na sede do

Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.E-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, mediante prévio agendamento

pelo telefone 3533-6001.

A Cambuci S.A terá que pagar indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil a empregado. O motivo foi uma publicação da empresa no quadro de avisos em que revelava, a todos os funcionários, uma suposta invalidez psíquica do trabalhador. A Segunda Turma do Tribu-nal do Trabalho da Paraí-ba manteve o valor fixado da 8ª Vara do Trabalho de João Pessoa.

O empregado alegou

ter sofrido abalo moral em razão da proibição do exercício da função ocupa-da anteriormente ao gozo da licença previdenciária acidentária, sustentando, ainda, que a divulgação de sua invalidez psíquica, através de comunicado no quadro de avisos da em-presa, atin-giu sua hon-ra e causou transtornos

psicológicos.Segundo os autos, o

funcionário dirigiu-se até o setor de Recursos Hu-manos para a retirada do comunicado do quadro de avisos. Contudo, com a demora do atendimento

ao seu pedi-do, o próprio trabalhador foi responsá-vel, por “pe-gar o papel e rasgá-lo ao meio”.

Para o relator do acór-dão, o juiz convocado José Aírton Pereira, o teor do referido comunicado não deixa dúvida quanto à sua carga ofensiva. “Não fosse o bastante a negligência pa-tronal em relação à publi-cação dos avisos afixados no mural da empresa, ob-serva-se ainda uma injusti-ficável demora na exclusão do ‘Comunicado’ supra-transcrito”, frisou o magis-trado (processo: 0099200-97.2012.5.13.0025).

Abalo MoralEmpregado alegou ter sofrido abalo moral pela proibição do exercício da função

DIREItO DO tRAbALhO

Escola discute temas polêmicosA Escola Judicial

promoveu o primeiro en-contro sobre “Temas Polê-micos em Direito do Tra-balho”, na última quinta e também na sexta-feira, no Fórum do Trabalho de João Pessoa. Destinado a juízes, o encontro reuniu o professor Giovanni Alves, o procurador do trabalho Márcio Roberto de Freitas Evangelista e o desembar-gador do TRT do Rio de Ja-neiro, Enoque Ribeiro dos Santos.

O tema abordado pelo escritor e professor Giovanni Alves foi “Sindi-calismo e reestruturação econômica”. O procurador

Márcio Evangelista falou sobre “A tutela jurisdicio-nal coletiva: aspectos polê-micos” e o tema do desem-bargador do TRT do Rio de Janeiro, Enoque Ribeiro, foi “Dumping social na es-fera trabalhista: caracteri-zação e efeitos”.

A direção da Escola Judicial também promo-veu o lançamento do livro Dimensões da Precariza-ção do Trabalho (Ensaios de Sociologia do Trabalho), de autoria de Giovanni Al-ves. O livro é composto por um conjunto de ensaios que expõe uma nova abor-dagem da precarização es-trutural do trabalho. encontro reuniu desembargadores, procuradores e professores

tEAtRO

Grupo fez apresentação no IFPB

Servidores do TrT formam o grupo de teatro Justiça em palco

O grupo teatral do Tribunal do Trabalho d a Paraíba, Justiça em Pal-co, apresentou duas pe-ças no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Cam-pus João Pessoa. As en-cenações aconteceram em um evento promovido pelo Departamento de Gestão de Pessoas (DGDP), atra-vés do Núcleo de Promo-ção Social e Qualidade de Vida (NPQV) e abor-daram os temas “Aciden-te de Trabalho: Não Caia Nessa!” e “Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho”. O evento teve a participação de servidores

e alunos do IFPB.Na primeira peça,

cinco amigos se reencon-tram depois de anos e três haviam adquirido proble-

mas de saúde física devi-do a condições impróprias e insalubres no ambiente de trabalho. Os dois co-legas que estavam bem

de saúde aconselham e informam o grupo sobre os direito do trabalhador e os deveres da empresa. No final, todos se unem para lançar a campanha “Acidente de trabalho: não caia nessa.”

A segunda peça re-tratou temas atuais, como assédio moral e sexual e direitos e deveres das empregadas domésticas e patrões. Na peça, um pa-trão assedia sexualmente a empregada doméstica e moralmente sua funcioná-ria na empresa. As duas, aconselhadas por amigas, decidem denunciá-lo.

CORpO DIREtIvO

Planejamento Estratégico é acompanhado no TRT

A Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) realizou na últi-ma sexta-feira, 26, a 2ª Reunião de Análise da Estratégia – RAE Am-pliada com todo o corpo diretivo do Tribunal do Trabalho da Paraíba. O objetivo do evento, que teve a participação do presidente do Regional, desembargador Carlos Coelho, foi promover o acompanhamento da execução do Planeja-mento Estratégico Ins-titucional, identificar eventuais necessidades de realinhamento e an-tecipar estratégias de atuação para o alcance dos objetivos estraté-gicos do Planejamen-to quinquenal 2010 – 2014.

Desta vez, além da participação do Comitê Gestor do Planejamen-to Estratégico, o evento

contou com a presença dos servidores respon-sáveis pelos Objetivos Estratégicos, gestores dos projetos estraté-gicos e os Diretores de Secretaria e Serviços do Regional.

A abertura foi rea-lizada pelo desembarga-dor Ubiratan Delgado, componente do Comitê Gestor do Planejamento Estratégico, que desta-cou a importância de se avaliar o andamento das metas dos objetivos es-tratégicos. A reunião foi conduzida pelo Asses-sor de Gestão Estratégi-ca, Max Frederico, que mostrou os indicadores e parâmetros com suas respectivas situações.

Na ocasião, os ser-vidores responsáveis pelos indicadores e pa-râmetros dos objetivos que compõem o Pla-nejamento Estratégico

equipe analisou as dificuldades e apresentou alternativas

puderam debater com os demais participantes, re-latando as dificuldades e apresentando alterna-

tivas que poderão viabi-lizar o cumprimento dos 18 objetivos estratégicos do TRT da Paraíba.

Além dos objetivos estratégicos do Planejamento 2010 - 2014, a AGE possui mais duas ações. Uma delas é o cumprimento as Metas do Poder Judiciário 2013. O Tribunal do Trabalho da Paraíba já cumpriu, até o momento, três das dez metas traçadas pelo Conselho Nacional de Justiça. O programa visa dar mais eficiência ao Judiciário, melhorar a gestão com gerenciamento de rotinas de trabalho, aumentar a produtividade e reduzir custos, além de promover a redução do estoque processual. A AGE conta também com 22 projetos estratégicos abertos e mais de 90 servidores envolvidos diretamente, incluindo dois juízes. Eles estão divididos em nove patrocinadores, 18 gestores e 66 servidores. Todas as ações pretendem aperfeiçoar e modernizar os serviços judiciais, promovendo mais celeridade, qualidade e eficiência a justiça trabalhista.

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