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B4 Paraíba Terça-feira, 06 de janeiro de 2015 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Uso indevido de celular no trabalho é ilegal DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR Solenidade acontecerá amanhã no teatro Paulo Pontes, na Funesc TRT empossa presidente e vice para o biênio 2015/16 CORREIO TRABALHISTA A Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul manteve rescisão por justa causa aplicada a um instrutor de um centro de formação de condutores que costumava falar ao telefone enquanto dava aulas. No caso, o empregador ajuizou inquérito para apu- rar o cometimento de falta grave por parte do emprega- do, já que ele era dirigente sindical e, portanto, detinha garantia no emprego e não poderia ser dispensado sem justa causa. O empregador baseou-se em reclamação apresenta- da por uma aluna do instrutor, dando conta de que ele a deixava sozinha no carro durante as aulas para realizar tarefas pessoais, além de falar no telefone, consultar redes sociais. O relator do recurso, desembargador Francisco Rossal de Araújo, anotou que os fatos apresentados pelo empregador são graves o suficiente para “quebrar” a con- fiança que deve haver entre empregador e empregado, justificando-se a ruptura do contrato por justa causa. O magistrado observou que o cargo ocupado pelo trabalhador tem muita importância, porque trata-se da formação de novos condutores, sendo que o instrutor deveria servir de exemplo de conduta no trânsito. “Ao negligenciar o aprendizado da aluna, ficando ao telefo- ne, deixando-a sozinha no veículo para fazer atividades particulares, o requerido representou um potencial risco à integridade física da aluna e de terceiros que se encontravam em via pública, descumprindo o dever de vigilância e o dever de empregar todos os meios neces- sários para garantir a segurança no trânsito”. (TRT 4ª Região – 8ª Turma) DEMISSÃO VOLUNTÁRIA EVITA PRORROGAÇÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA Somente a demissão involuntária permite que o trabalhador prorrogue o chamado período de graça, que importa na manutenção de benefícios previdenciários mesmo sem haver contribuição. Foi o que entendeu a Turma Nacional de Uniformi- zação dos Juizados Especiais Federais ao derrubar decisão que estendia por mais um ano auxílio-doença a uma mora- dora do Paraná que saiu do emprego por sua vontade. A sentença da Primeira Turma Recursal para- naense dizia que “a legislação previdenciária não faz distinção entre as situações de desemprego voluntário ou involuntário para efeito de prorrogação do período de graça, sendo irrelevante o fato de o último vínculo de emprego ter sido rescindido por iniciativa própria”. A autora alegava que, conforme o artigo 15, parágra- fo 2º, da Lei 8.213/1991, desempregados podem continuar como segurados, independente de contribuição, por 24 meses, prorrogáveis por mais 12. Mas o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tinha entendimento diferente. Na Turma Nacional de Uniformização , o relator do caso, juiz federal Bruno Carrá, avaliou que a Consti- tuição Federal restringe a proteção especial da Previdên- cia Social a quem não queria ser dispensado. Para o relator, “Considerando a nítida feição social do direito previdenciário, cujo escopo maior é albergar as situações de contingência que podem atingir o traba- lhador durante sua vida, não é razoável deferir proteção especial àqueles que voluntariamente se colocam em situação de desemprego.” Expôs ainda o relator que “No desemprego vo- luntário não há risco social. O risco é individual e deliberadamente aceito pelo sujeito (...) Se a situação foi tencionada pela parte, a ela cabe o ônus de sua ação (ou inação), não ao Estado”. (TNU – Processo 5047353-65.2011.4.04.7000) O Tribunal do Tra- balho da Paraíba (13ª Re- gião) vai empossar, ama- nhã (quarta-feira, 7) os novos presidente e vice- presidente para o biênio 2015/2017. A Sessão Solene de Posse aconte- cerá às 16h30 no Teatro Paulo Pontes da Funda- ção Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). O desembargador Ubiratan Moreira Delgado assumirá o cargo de Presi- dente e o desembargador Eduardo Sérgio de Almei- da, assumirá o cargo de Vice-Presidente do TRT. Os novos dirigentes foram eleitos por unanimidade de votos, em novembro último, pelos desembar- gadores que compõem o Tribunal Pleno. A transfe- rência do cargo será feita pelo atual presidente do TRT, desembargador Car- los Coelho, que está con- cluindo seu biênio admi- nistrativo. Ainda nesta quarta- feira, pela manhã, será celebrada uma missa em ação de graças pelos no- vos dirigentes do Tribu- nal. A celebração acon- tecerá às 9h no auditório do Pleno do Regional. O desembargador Ubiratan Moreira Delgado concluiu o curso de Direito pela Universidade Federal da Paraíba no ano de 1986. Foi advogado militante nas Justiças Comum, Federal, Eleitoral e do Trabalho de 1986 a 1989 e procurador do Estado da Paraíba. Em 1989 foi aprovado em concurso para o cargo de Juiz do Trabalho Substituto no Tribunal do Trabalho da Paraíba. Atuou como juiz substituto até 1993, quando passou à titularidade. No TRT foi convocado em substituição aos desembargadores Ruy Eloy, Ana Maria Madruga, Vicente Vanderlei, Francisco de Assis Carvalho e Silva, Edvaldo de Andrade e Ana Clara Nóbrega. Tomou posse como desembargador no TRT paraibano no dia 17 de dezembro de 2010 e atualmente exerce o cargo de vice-presidente. É doutorando em Direito Social pela Universidade Castilla de La-Mancha, na Espanha. É coautor do livro Ação Rescisória (capítulo), em curso de processo ao trabalho, organizado pelo juiz Luciano Ataíde Chaves. São Paulo: LTR 2009, PP.1177/1214. Foi presidente da Amatra da 13ª Região (Paraíba), na gestão 1992/1994. É professor do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) desde 1988, onde leciona a disciplina Direito do Trabalho. Na Universidade Estadual da Paraíba lecionou por dois anos, de 1995 a 1996, a disciplina de Direito Processual do Trabalho. Também foi professor da Escola Superior da Magistratura Trabalhista, Esmat 13 por seis anos. ! Ubiratan Moreira Delgado O desembargador Eduardo Sérgio de Almeida concluiu o curso de Direito pela Universidade Federal de Pernambuco no ano de 1975. Foi advogado militante por mais de 13 anos, trabalho iniciado ainda como estudante, em 1974. Aprovado no concurso para juiz do trabalho na Paraíba, assumiu o cargo no ano de 1987, atuando, como titular, nas Varas do Trabalho de Guarabira, Itabaiana e 7ª Vara de João Pessoa. Assumiu o cargo de desembargador no Tribunal do Trabalho da Paraíba em setembro de 2011. Antes da magistratura foi advogado da Fundação de Ensino Superior de Pernambuco – FESP, atualmente Universidade de Pernambuco, no período de 1977 a 1987. Foi procurador Judicial do Município do Recife de 1982 a 1987 e ex-professor de Introdução ao Direito nas Faculdades Integradas do Recife (FIR). Foi aprovado em concurso público para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para procurador Judicial do Município do Recife e para Juiz do Trabalho Substituto do TRT-PB. É mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e pós-graduado em Filosofia, também pela UFPE. Tem outra pós-graduação, essa na área do Direito do Trabalho e pela Universidade Castilla La Mancha, na Espanha (2008). ! Eduardo Sérgio de Almeida Atualmente o Tribunal do Trabalho da Paraíba tem nove desembargadores, com a seguinte composição: Carlos Coelho de Miranda Freire, presidente; Ubiratan Moreira Delgado, vice-presidente; Ana Maria Madruga, Francisco de Assis Carvalho e Silva, Edvaldo de Andrade, Eduardo Sérgio de Almeida, Wolney de Macedo Cordeiro e Leonardo Trajano. O TRT tem uma vaga em sua composição decorrente da aposentadoria do desembargador Vicente Vanderlei, que está sendo ocupada interinamente pela juíza Ana Paula Porto, convocada para atuar no Tribunal Pleno. A vaga pertence ao Ministério Público do Trabalho. ! Composição atual NOVOS DIRIGENTES Primeira Turma de Julgamento: Presidente: desembargador Leonardo Trajano Segunda Turma de Julgamento: Presidente: desembargador Francisco de Assis Carvalho e Silva (reconduzido) Ouvidoria: Ouvidor: desembargador Leonardo Trajano Ouvidor substituto: desembargador Edvaldo de Andrade Escola Judicial (E.Jud): Diretor: desembargador Wolney Cordeiro Vice-diretor: juiz Paulo Henrique Tavares Comissão de Jurisprudência: Presidente: desembargadores Wolney de Macedo Cordeiro Membros: desembargadores Ana Maria Madruga e Carlos Coelho Comissão do Regimento Interno: Presidente: desembargador Francisco de Assis Carvalho Membros: desembargadores Edvaldo de Andrade e Eduardo Sérgio Comissão de Vitaliciamento: Presidente: desembargadora Ana Maria Madruga Membros: desembargadores Francisco de Assis carvalho e Silva e Wolney Cordeiro O ano de 2015 começará com novos dirigentes nas Turmas de Julgamento, Ouvidoria, Escola Judicial e comissões internas: NA SEDE DO TRIBUNAL Novos servidores tomam posse Serão empossados hoje (terça-feira, 6) can- didatos aprovados em concurso público para servidor do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região). A solenidade acontece às 9h30, no au- ditório do Tribunal Pleno, na sede do TRT. Serão empossados os candida- tos que apresentaram a documen- tação exi- gida pela legislação. Dos 33 aprovados está previs- ta a posse de 26. Os demais apro- vados serão empossados posteriormente. O presidente do TRT, desembargador Carlos Coelho publicou, na edi- ção 247 do Diário Oficial da União (DOU) - Seção 2, do dia 22 de dezembro passado, a convocação dos candidatos aprovados e que foram nomeados no último dia 18, por meio do ATO TRT GP Nº 609/2014, para apre- sentação de documentos. No dia oito de maio de 2013, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) abriu concurso público oferecendo 33 vagas em diversas especialidades e para a realização do concurso, o TRT contratou a Fundação Carlos Chagas. Em junho de 2014 o TRT divulgou o número de candidatos inscritos para o concurso público. A previsão inicial era de 4 mil inscrições, mas o total geral foi de 8.735 candidatos. O concurso foi realizado no dia 3 de agosto, em João Pessoa. ! O Concurso Documentação Vinte e seis aprovados no concurso público poderão tomar posse como servidores do TRT Desembargador Carlos Coelho dará posse aos concursados TECNOLOGIA Magistrados recebem novos computadores A desembargado- ra Ana Maria Madru- ga e a juíza Ana Paula Cabral Campos, subs- tituta da 1ª Vara do Trabalho de Campina Grande, receberam, do presidente do TRT, desembargador Carlos Coelho, computadores portáteis (ultrabooks) para uso institucional. A entrega aconteceu na sala da Presidência e o equipamento será des- tinado, também, a to- dos os demais desem- bargadores e juízes da 13ª Região. Os equipamentos foram enviados pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e estão confi- gurados com todos os softwares necessários ao trabalho dos magis- trados. Um dos prin- cipais, o Gabinete Vir- tual, permite o acesso direto aos processos, facilitando o trabalho onde quer que o ma- gistrado esteja. Entrega dos computadores aconteceu na Presidência Tribunal Regional do Trabalho O expediente e o atendimento ao público na sede do Tri- bunal Regional do Trabalho, nas Varas Trabalhistas e em todas as suas unidades, voltam ao normal a partir desta quarta-feira, 7. A data marca o final do recesso forense, ini- ciado no último dia 20 de dezembro. No período do recesso, doze dias úteis, o expediente aconteceu das 7h às 12h.

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B4 Paraíba Terça-feira, 06 de janeiro de 2015

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Uso indevido de celular no trabalho é ilegal

Dorgival Terceiro NeTo JúNior Solenidade acontecerá amanhã no teatro Paulo Pontes, na Funesc

TRT empossa presidente e vice para o biênio 2015/16

Correio TrabalhisTa

A Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul manteve rescisão por justa causa aplicada a um instrutor de um centro de formação de condutores que costumava falar ao telefone enquanto dava aulas.

No caso, o empregador ajuizou inquérito para apu-rar o cometimento de falta grave por parte do emprega-do, já que ele era dirigente sindical e, portanto, detinha garantia no emprego e não poderia ser dispensado sem justa causa.

O empregador baseou-se em reclamação apresenta-da por uma aluna do instrutor, dando conta de que ele a deixava sozinha no carro durante as aulas para realizar tarefas pessoais, além de falar no telefone, consultar redes sociais.

O relator do recurso, desembargador Francisco Rossal de Araújo, anotou que os fatos apresentados pelo empregador são graves o suficiente para “quebrar” a con-fiança que deve haver entre empregador e empregado, justificando-se a ruptura do contrato por justa causa.

O magistrado observou que o cargo ocupado pelo trabalhador tem muita importância, porque trata-se da formação de novos condutores, sendo que o instrutor deveria servir de exemplo de conduta no trânsito. “Ao negligenciar o aprendizado da aluna, ficando ao telefo-ne, deixando-a sozinha no veículo para fazer atividades particulares, o requerido representou um potencial risco à integridade física da aluna e de terceiros que se encontravam em via pública, descumprindo o dever de vigilância e o dever de empregar todos os meios neces-sários para garantir a segurança no trânsito”.

(TRT 4ª Região – 8ª Turma)

DEMISSÃO VOLUNTÁRIA EVITA PRORROGAÇÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA

Somente a demissão involuntária permite que o trabalhador prorrogue o chamado período de graça, que importa na manutenção de benefícios previdenciários mesmo sem haver contribuição.

Foi o que entendeu a Turma Nacional de Uniformi-zação dos Juizados Especiais Federais ao derrubar decisão que estendia por mais um ano auxílio-doença a uma mora-dora do Paraná que saiu do emprego por sua vontade.

A sentença da Primeira Turma Recursal para-naense dizia que “a legislação previdenciária não faz distinção entre as situações de desemprego voluntário ou involuntário para efeito de prorrogação do período de graça, sendo irrelevante o fato de o último vínculo de emprego ter sido rescindido por iniciativa própria”.

A autora alegava que, conforme o artigo 15, parágra-fo 2º, da Lei 8.213/1991, desempregados podem continuar como segurados, independente de contribuição, por 24 meses, prorrogáveis por mais 12. Mas o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tinha entendimento diferente.

Na Turma Nacional de Uniformização , o relator do caso, juiz federal Bruno Carrá, avaliou que a Consti-tuição Federal restringe a proteção especial da Previdên-cia Social a quem não queria ser dispensado.

Para o relator, “Considerando a nítida feição social do direito previdenciário, cujo escopo maior é albergar as situações de contingência que podem atingir o traba-lhador durante sua vida, não é razoável deferir proteção especial àqueles que voluntariamente se colocam em situação de desemprego.”

Expôs ainda o relator que “No desemprego vo-luntário não há risco social. O risco é individual e deliberadamente aceito pelo sujeito (...) Se a situação foi tencionada pela parte, a ela cabe o ônus de sua ação (ou inação), não ao Estado”.

(TNU – Processo 5047353-65.2011.4.04.7000)

O Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Re-gião) vai empossar, ama-nhã (quarta-feira, 7) os novos presidente e vice-presidente para o biênio 2015/2017. A Sessão Solene de Posse aconte-cerá às 16h30 no Teatro Paulo Pontes da Funda-ção Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).

O desembargador Ubiratan Moreira Delgado assumirá o cargo de Presi-dente e o desembargador Eduardo Sérgio de Almei-da, assumirá o cargo de Vice-Presidente do TRT. Os novos dirigentes foram eleitos por unanimidade de votos, em novembro último, pelos desembar-gadores que compõem o Tribunal Pleno. A transfe-rência do cargo será feita pelo atual presidente do TRT, desembargador Car-los Coelho, que está con-cluindo seu biênio admi-nistrativo.

Ainda nesta quarta-feira, pela manhã, será celebrada uma missa em ação de graças pelos no-vos dirigentes do Tribu-nal. A celebração acon-tecerá às 9h no auditório do Pleno do Regional.

O desembargador Ubiratan Moreira Delgado concluiu o curso de Direito pela Universidade Federal da Paraíba no ano de 1986. Foi advogado militante nas Justiças Comum, Federal, Eleitoral e do Trabalho de 1986 a 1989 e procurador do Estado da Paraíba. Em 1989 foi aprovado em concurso para o cargo de Juiz do Trabalho Substituto no Tribunal do Trabalho da Paraíba. Atuou como juiz substituto até 1993, quando passou à titularidade. No TRT foi convocado em substituição aos desembargadores Ruy Eloy, Ana Maria Madruga, Vicente Vanderlei, Francisco de Assis Carvalho e Silva, Edvaldo de Andrade e Ana Clara Nóbrega. Tomou posse como desembargador no TRT paraibano no dia 17 de dezembro de 2010 e atualmente exerce o cargo de vice-presidente.É doutorando em Direito Social pela Universidade Castilla de La-Mancha, na Espanha. É coautor do livro Ação Rescisória (capítulo), em curso de processo ao trabalho, organizado pelo juiz Luciano Ataíde Chaves. São Paulo: LTR 2009, PP.1177/1214. Foi presidente da Amatra da 13ª Região (Paraíba), na gestão 1992/1994. É professor do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) desde 1988, onde leciona a disciplina Direito do Trabalho. Na Universidade Estadual da Paraíba lecionou por dois anos, de 1995 a 1996, a disciplina de Direito Processual do Trabalho. Também foi professor da Escola Superior da Magistratura Trabalhista, Esmat 13 por seis anos.

!Ubiratan Moreira Delgado

O desembargador Eduardo Sérgio de Almeida concluiu o curso de Direito pela Universidade Federal de Pernambuco no ano de 1975. Foi advogado militante por mais de 13 anos, trabalho iniciado ainda como estudante, em 1974.Aprovado no concurso para juiz do trabalho na Paraíba, assumiu o cargo no ano de 1987, atuando, como titular, nas Varas do Trabalho de Guarabira, Itabaiana e 7ª Vara de João Pessoa. Assumiu o cargo de desembargador no Tribunal do Trabalho da Paraíba em setembro de 2011. Antes da magistratura foi advogado da Fundação de Ensino Superior de Pernambuco – FESP, atualmente Universidade de Pernambuco, no período de 1977 a 1987. Foi procurador Judicial do Município do Recife de 1982 a 1987 e ex-professor de Introdução ao Direito nas Faculdades Integradas do Recife (FIR).Foi aprovado em concurso público para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para procurador Judicial do Município do Recife e para Juiz do Trabalho Substituto do TRT-PB.É mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e pós-graduado em Filosofia, também pela UFPE. Tem outra pós-graduação, essa na área do Direito do Trabalho e pela Universidade Castilla La Mancha, na Espanha (2008).

!Eduardo Sérgio de Almeida

Atualmente o Tribunal do Trabalho da Paraíba tem nove desembargadores, com a seguinte composição: Carlos Coelho de Miranda Freire, presidente; Ubiratan Moreira Delgado, vice-presidente; Ana Maria Madruga, Francisco de Assis Carvalho e Silva, Edvaldo de Andrade, Eduardo Sérgio de Almeida, Wolney de Macedo Cordeiro e Leonardo Trajano.O TRT tem uma vaga em sua composição decorrente da aposentadoria do desembargador Vicente Vanderlei, que está sendo ocupada interinamente pela juíza Ana Paula Porto, convocada para atuar no Tribunal Pleno. A vaga pertence ao Ministério Público do Trabalho.

!Composição atual

NOVOS DIRIGENTES

Primeira Turma de Julgamento:Presidente: desembargador Leonardo Trajano

Segunda Turma de Julgamento:Presidente: desembargador Francisco de Assis Carvalho e Silva (reconduzido)

Ouvidoria:Ouvidor: desembargador Leonardo TrajanoOuvidor substituto: desembargador Edvaldo de Andrade

Escola Judicial (E.Jud):Diretor: desembargador Wolney CordeiroVice-diretor: juiz Paulo Henrique Tavares

Comissão de Jurisprudência:Presidente: desembargadores Wolney de Macedo CordeiroMembros: desembargadores Ana Maria Madruga e Carlos Coelho

Comissão do Regimento Interno:Presidente: desembargador Francisco de Assis CarvalhoMembros: desembargadores Edvaldo de Andrade e Eduardo Sérgio

Comissão de Vitaliciamento:Presidente: desembargadora Ana Maria MadrugaMembros: desembargadores Francisco de Assis carvalho e Silva e Wolney Cordeiro

o ano de 2015 começará com novos dirigentes nas Turmas de Julgamento, ouvidoria, escola Judicial e comissões internas:

NA SEDE DO TRIbUNAL

Novos servidores tomam posseSerão empossados

hoje (terça-feira, 6) can-didatos aprovados em concurso público para servidor do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região). A solenidade acontece às 9h30, no au-ditório do Tribunal Pleno, na sede do TRT. Serão empossados os candida-tos que apresentaram a documen-tação exi-gida pela legislação. Dos 33 aprovados está previs-ta a posse

de 26. Os demais apro-vados serão empossados posteriormente.

O presidente do TRT, desembargador Carlos Coelho publicou, na edi-ção 247 do Diário Oficial da União (DOU) - Seção 2, do dia 22 de dezembro passado, a convocação dos candidatos aprovados e que foram nomeados

no último dia 18, por meio do ATO TRT GP Nº 609/2014, para apre-sentação de documentos.

No dia oito de maio de 2013, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) abriu concurso público oferecendo 33 vagas em diversas especialidades e para a realização do concurso, o TRT contratou a Fundação Carlos Chagas. Em junho de 2014 o TRT divulgou o número de candidatos inscritos para o concurso público. A previsão inicial era de 4 mil inscrições, mas o total geral foi de 8.735 candidatos. O concurso foi realizado no dia 3 de agosto, em João Pessoa.

!O Concurso

DocumentaçãoVinte e seis aprovados no concurso público poderão tomar posse como servidores do TRT

Desembargador carlos coelho dará posse aos concursados

TECNOLOGIA

Magistrados recebem novos computadores

A desembargado-ra Ana Maria Madru-ga e a juíza Ana Paula Cabral Campos, subs-tituta da 1ª Vara do Trabalho de Campina Grande, receberam, do presidente do TRT, desembargador Carlos Coelho, computadores portáteis (ultrabooks) para uso institucional. A entrega aconteceu na sala da Presidência e o equipamento será des-tinado, também, a to-dos os demais desem-

bargadores e juízes da 13ª Região.

Os equipamentos foram enviados pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e estão confi-gurados com todos os softwares necessários ao trabalho dos magis-trados. Um dos prin-cipais, o Gabinete Vir-tual, permite o acesso direto aos processos, facilitando o trabalho onde quer que o ma-gistrado esteja.

entrega dos computadores aconteceu na Presidência

Tribunal regional do Trabalho O expediente e o atendimento ao público na sede do Tri-bunal Regional do Trabalho, nas Varas Trabalhistas e em todas as suas unidades, voltam ao normal a partir desta quarta-feira, 7. A data marca o final do recesso forense, ini-ciado no último dia 20 de dezembro. No período do recesso, doze dias úteis, o expediente aconteceu das 7h às 12h.

B4 Paraíba Terça-feira, 13 de Janeiro de 2015

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Monitorar conta bancária de gerente é legal

Dorgival Terceiro NeTo JúNior Planejamento Estratégico aprovado pelo Pleno traça objetivos a seguir

Presidente já definiu metas para a nova administração

Correio TrabalhisTa

O monitoramento indiscriminado de contas sa-lário dos empregados pelo banco, quando dentro dos limites previstos em lei, não constitui violação ao sigilo ou conduta desonrosa ao empregado.

Foi o que decidiu a Oitava Turma do Tribunal Su-perior do Trabalho, isentando um banco do pagamento de indenização a uma gerente por quebra de sigilo ban-cário de sua conta, acompanhando o voto do relator, o desembargador convocado João Pedro Silvestrin.

Entendeu a Turma ter ficado claro que o superior monitorava a conta, mas que não houve qualquer cons-trangimento por situação vexatória ou divulgação dos dados para terceiros, o que afasta o direito à reparação.

No caso, o gerente alegou que sua conta era monitorado por um superior que a questionava sobre origem e destino dos depósitos, sem que ele tivesse autorizado tais incursões, reforçando a ideia de que quebra de sigilo constitui crime fora das hipóteses previstas na Lei Complementar 105/2001 (artigo 1º, pa-rágrafo 4º), tendo sido violada a garantia constitucional de proteção à intimidade e à vida privada.

O banco contrapôs o pedido alegando que as acu-sações do empregado não eram verdadeiras, negando que questionasse os funcionários sobre suas movimen-tações financeiras.

Na primeira instância, o pedido foi julgado im-procedente, porque o magistrado entendeu que o mero acesso do empregador à conta bancária não caracteriza quebra do sigilo bancário, pois não houve divulgação dos dados, mas verificações de rotina nas contas de todos os funcionários.

Mas, o Tribunal Regional do Trabalho de Goiás reformou a sentença por considerar o monitoramento ilegal, entendendo que o fato de o banco ter acesso à conta não lhe dá o direito de vigiar rotineiramente os dados, condenando o banco a indenizar o gerente em R$ 10 mil.

No Tribunal Superior do Trabalho a improce-dência do pedido decretada pela primeira instância restabelecida, por não ter havido constrangimento por situação vexatória para o empregado ou divulgação dos dados para terceiros.

(TST – 8ª Turma – Proc. 757-45.2012.5.18.0002)

LEILOEIROS SERVIDORES NÃO TÊM DIREITO A COMISSÃO

Leiloeiros que são servidores concursados de tribunais já recebem remuneração para o exercício do cargo e não devem receber comissão sobre o preço alcançado em leilões e praças, conforme entendimento do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribu-nal Federal, ao negar tentativa de derrubar a suspen-são da verba para servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas.

O grupo questionava decisão do Conselho Nacio-nal de Justiça que determinou o corte do pagamento de 5% de comissão, depois que uma correição no TJ-AM identificou o recebimento duplo de remuneração pelos leiloeiros do tribunal.

Em Mandado de Segurança, os servidores-leilo-eiros defendiam a legalidade do pagamento e afirma-vam que foram violadas as regras do contraditório e da ampla defesa, tendo em vista que “foram atingidos em seu patrimônio jurídico sem que tenham sido chamados a se manifestar em sua defesa”. Também diziam que a decisão caracterizava intromissão inde-vida do CNJ na autonomia administrativa do TJ-AM e que a comissão custeava a publicação e divulgação dos editais dos leilões.

Mas, para o ministro Luís Roberto Barroso, “a suspensão do pagamento da comissão aos impetran-tes não impede a realização dos leilões e praças, pois, destinada a comissão ao TJ-AM, ficaria o tribunal res-ponsável pela publicação e divulgação dos respectivos editais”.

Anotou o ministro que, como servidores públi-cos, os leiloeiros em questão se submetem à norma do artigo 37, inciso XI, da Constituição, o que impede o recebimento da comissão. (STF – Proc. MS 33.327)

Como mandatário da Corte devo ser fiel ao Pla-nejamento Estratégico aprovado pelo Pleno, que traça os objetivos gerais para os próximos seis anos

Desembargador Ubiratan Delgado – presidente do TRT da Paraíba

““

COLAbORADORES

Novos gestores são empossadosDiretores, assesso-

res, secretários e che-fes de setores foram empossados na semana passada no Tribunal do Trabalho da 13ª Região (Paraíba). A solenidade aconteceu no auditório do Pleno e foi comanda-da pelo desembargador Ubiratan Delgado, pre-sidente do Regional. O termo de posse foi lido pelo diretor da Secreta-ria de Gestão de Pesso-as, Samuel Norat e, em seguida, os empossa-dos prestaram compro-misso e assinaram o termo. Novos gestores foram escolhidos pelo presidente do TRT, de-sembargador Ubiratan Delgado, disse disse que escolheu o time de colaboradores a dedo, “a partir da habilidade

e competência de cada um, totalmente livre de critérios baseados em laços sanguíneos, políticos ou de amiza-de pessoal. A eles cabe

conduzir uma equipe ainda maior de servi-dores, sem os quais a máquina judiciária dei-xaria de produzir”.

Além dos auxilia-

res, servidores foram empossados nos gabi-netes dos desembarga-dores Carlos Coelho e Eduardo Sérgio de Al-meida.

OuVIDORIA:

n Desembargador ouvidor: Leonardo Trajano

Horário de atendimento

Segunda a Sexta das 7h às 17h

entre em contatoF 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)F Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguin-

te endereço: www.trt13.jus.br.F Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamen-

to do TRT.F Pessoalmente, também nos horários do TRT.F Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Traba-

lho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260.

F Formulários disponibilizados junto às urnas localiza-das na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.

Fe-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, me-

diante prévio agendamento pelo telefone 3533-6001.

O presidente do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargador Ubira-tan Delgado já definiu as linhas mestras da gestão, iniciada no úl-timo dia 7, quando foi empossado no cargo de Presidente, juntamente com o desembargador Eduardo Sérgio de Al-meida, empossado no cargo de Vice-Presiden-te. “Como mandatário da Corte devo ser fiel ao Planejamento Estratégi-co aprovado pelo Pleno, que traça os objetivos gerais para os próximos seis anos”, disse

Para o desembarga-dor Ubiratan Delgado, assumir a presidência e, simultaneamente, a Cor-regedoria do TRT, será um imenso desafio, uma espinhosa missão de que não poderia fugir, já que lhe foi confiada mais como uma “decorrência natural da carreira do que pelos próprios méri-tos”, disse. O magistrado destacou que recebeu o bastão de comando do desembargador Carlos Coelho, cuja trajetória de honradez e dedicação ao trabalho fala por si só. “Isto aumenta minha responsabilidade de bem conduzir a administra-ção”.

O magistrado falou das principais orienta-ções da gestão que se inicia, no que diz respei-to ao funcionamento da administração. “Em dois anos, é possível inspirar correções de rumo, ini-ciar novos projetos, con-cluir outros já iniciados, mas o Tribunal não co-meça agora, nem se aca-ba no fim do meu manda-to, a gestão pública exige continuidade, no sentido de que os projetos não pertencem ao adminis-trador, mas à instituição e à sociedade. As experi-ências passadas não po-dem ser jogadas no lixo e as ações atuais devem ter em mira uma visão de futuro”, observou.

Planejamento A nova administra-

ção do TRT dará sequên-cia a projetos estratégi-cos. A prática deu ao TRT da Paraíba o pioneirismo em eliminar totalmente

os processos físicos, em papel, tornado-se o pri-meiro do Brasil a fun-cionar exclusivamente com processos eletrôni-cos, em suas duas ins-tâncias, desde 2010. Na época, o desembar-gador Ubiratan Delgado presidia a Comissão de Informática do TRT. De acordo com o magistra-do, não foi um projeto de uma gestão, mas de quatro administrações em sequência.

O Planejamento Es-tratégico do TRT traça os objetivos gerais para os próximos seis anos. Uma das principais propostas para o biênio é a revisão das atribuições regimen-tais do Presidente, que objetiva a descentraliza-ção dos poderes. A pro-posta, já aprovada pela Comissão de Regimento, está pronta para votação pelo Tribunal Pleno.

Vice-Presidente, que até agora tinha a incum-bência quase que res-trita à substituição do Presidente, absorvendo outras atarefas apenas por delegação, passará a ser um órgão do TRT e assumir funções regi-mentais próprias, liga-das à condução de pro-cessos judiciais quando não estiverem sob a res-ponsabilidade de um Re-lator. A Vice-Presidência deverá ter sua estrutura ampliada, o que será fei-to sem nenhum aumento de despesa, a partir da transferência de cargos hoje ligados à Presidên-cia.

A partir de 2016, os poderes correicionais deverão ser transferidos para o Vice-Presidente. A ação é fruto de um estu-do já iniciado no Regio-nal. A Vice-Presidência passará a ter um papel bem mais destacado na vida judiciária e regional, equacionando melhor a distribuição do trabalho da mesa diretora.

InovaçõesOutra meta da nova

gestão será a transfor-mação da Escola Ju-dicial em um órgão do Tribunal. A E.Jud ga-nhará autonomia admi-nistrativa e orçamentá-ria, providência que, se aprovada, racionalizará

os processos de capaci-tação de magistrados e servidores da Área Fim. No que diz respeito aos processos envolvendo pleitos de servidores, a administração já está ampliando a delegação decisória aos diretores, limitando ao Presidente a traçar diretrizes nor-mativas que balizarão as decisões.

Já estão em esta-do avançado os estudos para enxugar o anda-mento dos processos administrativos, elimi-nando etapas desneces-sárias, como pareceres múltiplos e sucessivos. “A continuidade do tra-balho de mapeamento e otimização de fluxos processuais, e sua con-solidação mediante nor-matização interna, será uma constante inarredá-vel. O mote há de ser a desburocratização”, dis-

se o desembargador pre-sidente.

Na área judicial, serão identificados os processos paralisados e, juntamente com os magistrados responsá-veis, buscar meios para destravá-los, bem como promover um mapea-mento detalhado dos grandes litigantes e das demandas repetitivas, dando-lhes um trata-mento adequado. Após o mapeamento de exe-cuções frustradas e de devedores contumazes, é preciso dar condições materiais de funciona-mento do grupo de pes-quisa patrimonial.

Do ponto de vista da política interna, a pro-posta é ampliar o espaço das entidades represen-tativas de magistrados e servidores, no sentido de estabelecer um canal aberto e produtivo.

ações estão ligadas ao bom funcionamento do regional

- Revisão das atribuições regimentais do Presidente, visando a descentralização de poderes; - Caberá ao Vice-Presidente assumir funções regimentais próprias, ligadas à condução de processos judiciais quando não estiverem sob os auspícios de um Relator;- Ampliação da estrutura da Vice-Presidência; - A Escola Judicial passará a ser um órgão do Tribunal, ganhando autonomia administrativa e orçamentária; - Enxugamento do andamento dos processos administrativos; - Continuidade do trabalho de mapeamento e otimização de fluxos processuais; - Identificação dos processos paralisados;- Ampliação do espaço das entidades representativas de magistrados e servidores;

!Metas do biênio:

equipe foi escolhida a partir da competência, livre de critérios políticos ou de amizade

B4 Paraíba Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015

O Direito e o [email protected]

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Empregado paga dano moral a empregador

Dorgival TErcEiro NETo JúNior Testemunhas ouvidas não comprovaram a afirmação do trabalhador

Justiça nega indenização por falta de provas contra empresa

Correio TrabalhisTa

A Justiça do Trabalho em Mato Grosso determinou que um ex-entregador de água e gás pague danos morais e materiais à distribuidora para a qual trabalhava, no norte do estado. A condenação se deu em ação ajuizada pelo trabalhador, na qual pedia o pagamento de direitos referentes ao período em que foi empregado da empresa, entre 2010 a 2014, tendo registro em carteira somente a partir de julho de 2011.

No entanto, ao se defender a empresa apresentou reconvenção, procedimento em que o réu processa o autor da ação, alegando que o trabalhador teria se apropriado do pagamento de 12 botijões de gás.

Para comprovar a acusação, a empresa juntou “no-tinhas” ao processo, as quais foram assinadas pelo ex-en-tregador se passando por clientes da empresa, além de depoimentos de testemunhas, que confirmaram a fraude.

Ao decidir sobre o pedido de reconvenção, a juíza Tatiana Pitombo, titular da 2ª Vara do Trabalho de Sinop, analisou os documentos apresentados pela empresa e, após perícia grafotécnica, ficou comprovada a falsificação da as-sinatura das notinhas pelo ex-empregado, gerando prejuízo de R$ 696, 00 e perda de clientes por quebra de confiança na empresa.

Pelos fatos, a juíza determinou que o trabalhador pa-gue R$ 2 mil a título de danos morais à empresa, pois “não há dúvidas que a pessoa jurídica também pode ser vítima, conforme entendimento que já foi pacificado pelo C. STJ, por meio de súmula (‘A pessoa jurídica pode sofrer dano moral’).

(TRT 23ª Região – 2ª VT de Sinop – Processo 0000415-17.2014.5.23.0037)

SÓCIO MINORITÁRIO NÃO RESPONDE POR TODA DÍVIDA

O sócio minoritário, com participação acionária de apenas 0,12% do capital social da empresa, que não contri-buiu diretamente para o dano aos credores não pode res-ponder integralmente pela execução com seu patrimônio.

Por assim entender, a Quarta Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina negou pedido para que o sócio de uma empresa com cota inexpressiva bancas-se dívida devida a um grupo de 60 trabalhadores.

Os empregados cobravam cerca de R$ 230 mil da massa falida de uma confecção, em execução que tramita há mais de 15 anos. Como a dívida não foi quitada pelos sócios majoritários, eles pediam o redirecionamento da execução a um minoritário, argumentando que ele deveria ser respon-sabilizado pelo valor total.

O pedido foi negado em primeira instância, mas os credores recorreram da decisão. Para os empregados, a responsabilidade dos sócios em relação a dívidas traba-lhistas deveria ser encarada como solidária e ilimitada, independentemente do percentual reduzido na participação societária.

Mas os desembargadores concluíram, por maioria de votos, que não seria razoável ordenar que um único sócio minoritário pagasse a dívida.

A Turma, ao final, decidiu limitar a sua responsabili-dade à proporção do capital integralizado, ou seja, 0,12% da dívida trabalhista.

(TRT 12ª Região – Proc. 01715-2005-046-12-00-4)

TRABALHO DE APENADO NÃO GERA VÍNCULOA Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho

do Rio Grande do Sul negou o reconhecimento de vínculo de emprego entre um apenado do regime aberto e a uma empresa.

Entendeu a Turma que a relação insere-se no âmbito administrativo e não trabalhista, já que, por ser um dever inerente à pena, as partes não manifestam vontade de con-tratar, como em uma relação normal de emprego.

Argumentou o relator do recurso, desembargador Francisco Rossal de Araújo, que, embora possam existir os requisitos caracterizadores da relação de emprego no caso do trabalho do apenado, estas características são impostas pelo Estado como dever do apenado, como condição para redução de sua pena e medida ressocializadora.

(TRT 4ª Região — 8ª Turma)

a vara do Trabalho de catolé do rocha foi a primeira a receber a visita do desembargador

A lesão no punho esquerdo do reclamante não foi desencadeada no exercício do seu traba-lho, e não há provas de que possa ter se agravado quando em atividade, pelo que não haveria como atribuir a responsabilidade ao empregador

Juíza convocada Margarida Alves de Araújo Silva, relatora do processo

““

NO ESTADO

Presidente do TRT visita VarasO presidente do Tri-

bunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), de-sembargador Ubiratan Delgado está, desde on-tem (segunda-feira, 19) visitando as Varas do Trabalho da Paraíba. O cronograma foi definido e o percurso foi iniciado pela Vara do Trabalho de Catolé do Rocha.

Nesta terça-feira, 20, as visitas serão di-vididas entre às Varas dos municípios de Sousa e Cajazeiras, e amanhã (quarta-feira, dia 21,) a visita será na cidade de Patos e em seguida, em Itaporanga. Já na quinta-feira, 22, o desembarga-dor estará em Monteiro, retornando em seguida para João Pessoa.

Segunda etapaNo período de 27

a 29, o desembargador Ubiratan Delgado pas-sará pelos municípios de Guarabira, Maman-guape, Itabaiana, San-

ta Rita, Picuí e Areia. A intenção do presidente é conversar com juízes e servidores de todas as unidades trabalhistas do estado para identificar as necessidades e principais

dificuldades enfrenta-das. Com base nas infor-mações, será elaborado um plano para buscar o atendimento às reivindi-cações.

O diretor Adminis-

trativo, Alexandre Gon-dim Pereira, e o diretor do Serviço de Seguran-ça, Jefferson Pereira, vão acompanhar o desembar-gador nas viagens para o suporte necessário.

OUVIDORIA:

n Desembargador ouvidor: Leonardo José Videres Trajano

Horário de atendimento

Segunda a Sexta das 7h às 17h

Entre em contatoF 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)F Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguin-

te endereço: www.trt13.jus.br.F Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamen-

to do TRT.F Pessoalmente, também nos horários do TRT.F Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Traba-

lho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260.

F Formulários disponibilizados junto às urnas localiza-das na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.

FE-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, me-

diante prévio agendamento pelo telefone 3533-6001.

LAUDO COMPROVA

Doença não resultou do trabalhoA Primeira Turma

de Julgamento do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) deu provimento a recurso or-dinário interposto pela Alpargatas S/A, para julgar improcedente a ação de indenização por danos morais e mate-riais, ajuizada por ex-empregado da empresa, que alegou ter adquirido doença ocupacional.

O Juiz da 4ª Vara do Trabalho de Campi-na Grande havia julgado procedente, em parte, a reclamação trabalhista, para condenar a recla-mada ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de R$ 5 mil, além de indeniza-ção por danos materiais, no valor de R$ 30 mil.

Não conformada, a Alpargatas S/A recorreu

contra o deferimento das indenizações, alegando que não é devida nenhu-ma indenização ao re-clamante, uma vez que o próprio laudo médico apresentado constatou que a doença surgiu fora do ambiente de trabalho e, portanto, não pode ser, ela, res-ponsabiliza-da. Pleiteou que, se for mantida a indenização por danos morais, que seja reduzi-da para R$ 1 mil e por danos materiais, reduzi-da para R$ 2 mil.

O laudo pericial re-vela que o autor é por-tador de patologia no punho, mas que tal en-fermidade não decorreu da prestação de serviços.

O laudo conclui: “não existe uma relação clara do mecanismo de ação da fratura (trauma) com trabalho na reclamada” e que a “fratura do es-cafóide no punho direito do autor não guarda re-

lação direta de causali-dade com o trabalho na rec lamada, sendo que a continuida-de do labor após o trau-

ma foi condição neces-sária para o seu agrava-mento (concausa).

E, por fim, que “a perda da capacidade de-corrente da fratura no escafóide do punho es-querdo do periciado é de forma parcial, definitiva e em grau médio para a função da articulação

referida”.A Relatora do pro-

cesso nº 0133200-95.2013.5.13.0023, juí-za convocada Margarida Alves de Araújo Silva, entendeu que a lesão no punho esquerdo do re-clamante não foi desen-cadeada no exercício do seu trabalho e que não há provas de que possa ter se agravado quando em atividade, pelo que não haveria como se atribuir responsabilida-de ao empregador.

Assim, a 1ª Turma, por maioria, deu provi-mento ao recurso ordi-nário da reclamada para julgar improcedente o pedido formulado pelo reclamante em face da Alpargatas e, por unani-midade, julgou prejudi-cada a análise do recur-so do reclamante.

Maioria1ª Turma julgou improcedente o pedido formulado pelo reclamante

Desembargador Eduardo Sergio foi o relator do Processo e indeferiu pedido de dano moral

A Segunda Turma de Julgamento do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba manteve decisão do juiz Lindinaldo Silva Marinho, da 4ª Vara do Trabalho de João Pessoa, que julgou improcedente o pedido de empregado da Coteminas S/A, de indenização por danos morais sob o fundamen-to ter sido vítima de ofen-sas pessoais dirigidas por preposto da empresa, além da acusação de prá-tica de furto, formulado no processo n. 0040000-57.2014.5.13.0004.

O empregado bus-cou o reconhecimento da conduta abusiva da empresa, alegando ter sido abordado por seu supervisor de forma ás-pera e rude, com ofensas verbais e na presença de outros empregados, ten-do sido acusado de furto de fios elétricos. Afirmou ter sido compelido a pe-dir demissão e que era vítima de comentários maldosos dentro da em-presa. Alegou configura-

da a rescisão indireta de seu contrato de trabalho, pleiteando o pagamen-to de verbas rescisórias e indenização por danos morais.

Em sua defesa, a Co-teminas negou as acusa-ções iniciais, afiançando que o reclamante nunca foi tratado de forma áspe-ra, agressiva ou mesmo acusado ou difamado pe-los seus superiores. O re-lator do processo, desem-

bargador Eduardo Sergio de Almeida, concluiu que as testemunhas ouvi-das não estavam aptas a comprovar a narrativa do reclamante quanto ao tratamento rude e áspe-ro, tampouco a eviden-ciar as ofensas verbais e a acusação de furto por parte da empresa.

“Como o autor não conseguiu comprovar sua efetiva ocorrência, por-que não há demonstra-

ção cabal das agressões verbais ou de acusação de furto alegadas na peça de ingresso, além da au-sência de provas de que tenha ocorrido ato ilíci-to de ordem material ou moral sofrido pelo traba-lhador, capazes de ense-jar a responsabilidade do empregador pela repara-ção de dano, indefere-se o pedido de indenização por dano moral”, disse o magistrado.

B4 Paraíba Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015

O Direito e o [email protected]

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Uso de EPI pode afastar Aposentadoria Especial

DorgIvAl TErcEIro NETo JúNIor Desembargador já passou pelas unidades do sertão e por Monteiro

Presidente inicia 2ª etapa de visita às Varas do Interior

Correio TrabalhisTa

O Supremo Tribunal Federal, julgando o Recurso Extra-ordinário com Agravo (ARE) 664335, decidiu com repercussão geral e fixou duas teses que deverão ser aplicadas a proces-sos judiciais movidos por trabalhadores de todo o País que discutem os efeitos da utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) sobre o direito à aposentadoria especial.

Na primeira tese, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria de votos, que “o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de modo que se o Equipamento de Proteção Indi-vidual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposenta-doria especial”.

A segunda tese fixada no julgamento, também por maioria de votos, é a de que, “na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de serviço especial para a aposentadoria”.

(TST – Plenário – Proc. ARE 664335)

PAGAMENTO APENAS EM CRIAS DE GADO PROVA PARCERIA

Se da relação entra as partes resulta apenas a entrega de animais aos cuidados do trabalhador rural, sob a promessa de parcela das crias geradas, sem qualquer percepção de valores em dinheiro e sem as premissas exigidas pelos artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho, não se estabelece contrato de emprego, mas de parceria rural.

Com esse argumento, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins manteve sentença de primeiro grau que negou pedido de reconheci-mento de vínculo empregatício entre um trabalhador rural e um fazendeiro.

O autor ajuizou reclamação trabalhista para requerer o reconhecimento de vínculo em razão de ter desenvolvido atividade de serviços gerais nas fazendas de propriedade da Reclamada.

Em defesa, o proprietário alegou que o caso era apenas de um contrato de parceria.

O juiz de primeiro grau negou o pleito, reconhecendo a existência de contrato de parceria entre as partes.

Ao analisar o recurso, o desembargador Alexandre Nery, frisou que a petição inicial revela que a atividade do autor envolvia criação e manutenção do rebanho da fazenda, serviços pelos quais perceberia crias geradas pelos animais. Não há, em nenhum ponto da peça inicial, indicativo de perce-bimento de valores pelo trabalho desenvolvido.

O artigo 96 (parágrafo 4º) da Lei 4.504/1964 descreve que os contratos que prevejam o pagamento de trabalhador rural em partes em dinheiro e percentual de lavoura cultivada ou de rebanho tratado é que são considerados contratos de emprego, pelo que, para o relator, “enquadrando-se, assim, na assertiva de lei, como contrato de parceria aqueles em que o trabalhador recebe apenas os frutos da lavoura ou das crias geradas pelo gado (“lato sensu”) tratado, assim assumindo encargo próprio de produtor”.

Como da relação havida entre as partes havia apenas a entrega de animais aos cuidados do trabalhador rural, sob a promessa de parcela das crias geradas, sem qualquer percep-ção de valores em dinheiro e sem as premissas exigidas pelos artigos 2º e 3º da CLT, não se estabelece contrato de emprego, mas de parceria rural.

(TRT 10ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000925-78.2013.5.10.020)

O acordo terá grande repercussão social, já que, com a implantação do curso na Paraíba e a capacitação dos aprendizes, todas as demais indústrias do setor têxtil terão que contratar aprendizes, fomentando a inclusão social

Juiz do Trabalho Adriano Dantas

““

8ª VT DE JOãO PESSOA

Capacitação no setor têxtil

O desembargador Ubiratan Delgado come-ça nesta terça-feira, 27, por Guarabira e Maman-guape a segunda etapa de visitas às Varas do Tra-balho da Paraíba. Nesta quarta, 28, a visita será a Itabaiana e Santa Rita e, na quinta-feira, a Picuí e Areia. Na Semana pas-sada, o presidente do Tri-bunal do Trabalho da Pa-raíba (13ª Região), esteve Catolé do Rocha, Sousa, Cajazeiras, Itaporanga, Patos e Monteiro.

Nos encontros, o de-sembargador tem dito que está começando a gestão conhecendo as unidades que lidam diretamente com a população. “A pri-meira instância é a por-ta de entrada da Justiça do Trabalho, por isso, em todas as Varas do Traba-lho, estou com disposição máxima para ouvir as re-clamações, as reivindica-ções, os elogios e buscar sugestões. Nestas conver-sas estamos procurando, também, motivar e inspi-rar os colegas juízes e os servidores a trabalharem cada vez melhor, levando ganhos reais à popula-ção”, disse o desembarga-dor Ubiratan Delgado.

O diretor adminis-

trativo do TRT, Alexan-dre Gondim Pereira está acompanhando o presi-dente e vai elaborar um relatório com todas as necessidades apontadas. Desse relatório serão ini-ciados processos, já a partir do mês de fevereiro, com o foco de contemplar as demandas. O diretor do Serviço de Segurança, Jefferson Pereira e o as-sessor de comunicação, José Vieira Neto estão acompanhando o desem-bargador para o suporte necessário.

Encontros Nos municípios, o

presidente do TRT con-versou com vários advo-gados, seja em encontros nas sedes das Varas do Trabalho ou nas subsedes da OAB.

Em todas as Varas do Trabalho a participação dos servidores foi ativa, tanto em número quanto nas sugestões apresenta-das. Na Vara do Trabalho de Catolé do Rocha esta-va presente o juiz titular, André Machado e o diretor de secretaria, Heitor Cezar Bezerra de Andrade. Já na unidade de Sousa, as presenças do titular juiz Paulo Roberto Rocha, do

“Capacitar e inserir aprendizes no mercado de trabalho do setor têx-til” foi o objetivo do acor-do firmado em Ação Ci-vil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho contra o Servi-ço Nacional de Aprendi-zagem Industrial - Senai e a Norfil S.A Indústria Textil. A audiência de conciliação foi condu-zida pelo juiz Adriano Dantas, da 8ª Vara do Trabalho de João Pessoa no processo 0098900-67.2014.5.13.0025.

No acordo o Senai se comprometeu a iniciar em 120 dias a primeira

turma do Curso de Ope-rador de Processos da In-dústria Têxtil da Paraíba. Já a Norfil se comprome-teu a contratar os apren-dizes em número equi-valente a pelo menos 5% do seu quadro de pessoal e a permitir a realização das aulas práticas em seu parque fabril, já que as instalações do Senai ainda não estão prontas.

De acordo com o juiz Adriano Dantas, “o acor-do terá grande repercus-são social, já que, com a implantação do curso na Paraíba e a capacita-ção dos aprendizes, to-das as demais indústrias

do setor têxtil terão que contratar aprendizes, fo-mentando a inclusão so-cial”, disse o magistrado.

Considerando que o Senai não ainda não dispõe de oficina espe-cializada no setor têxtil, bem como que as partes e o Juízo não dispõem de laudo do Ministério do Trabalho e Emprego so-bre as condições de tra-balho no parque fabril da Norfil e de outras em-presas do setor, ficou de-finido, por cautela, que as turmas do Curso de Operador de Processos da Indústria Têxtil serão destinados a alunos com

mais de 18 anos. Além disso ficará a cargo do Ministério do Trabalho fiscalizar e apresentar laudo indicando a idade mínima adequada, oca-sião em que as turmas seguintes seguirão a di-retriz.

O descumprimento das obrigações implica-rá na aplicação de mul-ta diária no valor de R$ 500,00 por cada obriga-ção, a cargo do respon-sável pela inadimplência. Dentro dos próximos dias será divulgado o Edital com todas as informa-ções, entre as quais as inscrições do curso.

substituto Luís Magalhães e do diretor de secretaria, Welton Mangueira

A recepção em Ca-jazeiras foi feita pelo juiz titular, Cláudio Pedrosa, e pelo diretor de secretaria, Franzé Pereira. Em Itapo-ranga, o desembargador foi recebido pelo diretor da unidade, Ocino Batista, já que o juiz titular da Vara do Trabalho, Arnóbio Tei-xeira de Lima, está de li-cença médica. Na Vara do Trabalho de Patos, Ubira-tan Delgado foi recebido pelo juiz titular, Carlos Hindemburg de Figueire-do e pelo diretor de secre-taria, Severino dos Ramos

da Silva Nery.Na última visita da

semana passada, à Vara do Trabalho de Monteiro, o desembargador Ubiratan Delgado foi recebido pelo diretor da unidade, Antô-nio José da Paz Gomes da Silva, já que a juíza titu-lar, Maria Lílian Leal de Souza, está de férias.

A Presidência do TRT ainda não definiu quando acontecerão as visitas às unidades de João Pessoa e Campina Grande. Na Capital são nove Varas do Trabalho e em Campina, cinco. Em todo a Paraíba, a Justiça do Trabalho tem 27 Varas do Trabalho.

Nos encontros, Delgado conversou com servidores e juízes

Insatisfeita com a de-cisão proferida na 6ª Vara do Trabalho de João Pes-soa, que julgou improce-dente a ação reclamató-ria, uma ex-empregada da Energisa interpôs recurso ordinário pleiteando a re-forma da sentença, em que requereu indeniza-ção por danos morais. A reclamante, que já está aposentada por invalidez, alegou que adquiriu doen-ça degenerativa no desem-penho de suas atividades e que a empresa, mesmo tendo conhecimento da si-tuação, nunca tomou ne-nhuma providência, como mudança de cargo ou fun-ção.

A Energisa se de-fendeu alegando que não existe nos autos qualquer elemento comprovador de que ela tenha corroborado culposa ou dolosamente com a suposta doença. O juiz, em Primeiro Grau, entendeu que cabia à re-clamante demonstrar que, no exercício de suas fun-

ções executava tarefas de modo repetitivo e com mo-biliário inadequado, o que não ocorreu no caso.

“Para dar ensejo à indenização por responsa-bilidade civil subjetiva da empresa por acidente de trabalho ou doença pro-fissional, garantida pela Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXVIII, e embasada no artigo 186 do Código Civil, é necessá-rio que fique devidamente comprovada a existência do dolo ou culpa do em-pregador” observou a rela-tora do processo 0153500-32.2013.5.13.0006, juíza convocada Margarida Al-ves de Araújo Silva.

De acor-do com o lau-do pericial, a t rabalhadora é portadora da patologia Sín-drome do túnel de carpo, que possui caráter degenera-tivo. Apesar de o trabalho não ser a causa determi-

nante, pode ter desenca-deado crises na obreira se comprovados excesso de carga de trabalho, movi-mentos repetidos e mobi-liário inadequado. O lau-do pericial não apontou as atividades laborais da reclamante como sendo a causa da patologia adqui-rida.

A juíza Margarida Alves observou que, “por mais que uma empresa seja cuidadosa e tome me-didas preventivas, não po-derá impedir os processos degenerativos que atingem o nosso corpo no decurso do tempo, pois o organis-mo de todos se desgasta ao longo dos anos, fican-

do, indubi-tavelmen-te, mais vulnerável a doenças. P o r t a n -to, não é o caso de

responsabilidade da em-presa para a ocorrência do mal que acometeu o recla-

mante”.A magistrada obser-

vou ainda que, “o Judiciá-rio não pode chegar ao ex-tremo de entender que as lesões que o trabalhador venha a sofrer durante o seu curso produtivo para a empresa sejam sempre de responsabilidade da parte patronal, até porque, bem como ficou evidenciado no laudo (...), o caso cuida de doença degenerativa e, portanto, faz parte do pro-cesso natural de envelhe-cimento do corpo. Desse modo, os esclarecimentos periciais não deixam dúvi-das de que a doença que ataca a reclamante não tem origem funcional, en-contrando-se inserta nos termos do artigo 20 § 1º, da Lei n. 8.213/91”.

A relatora do proces-so negou provimento ao recurso ordinário, decisão que foi acordada, por una-nimidade, pela Primeira Turma de julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região).

DANOS MORAIS

JT nega indenização a mulher

UnanimidadeRelatora do processo manteve decisão de Juiz da 6ª Vara do Trabalho de João Pessoa

ESMAT 13

Aulas começam dia 23Quem pretende

cursar o ano letivo 2015 da Escola Superior da Magistratura Trabalhis-ta da Paraíba (Esmat 13) deve ficar atento. Com o início das aulas marca-do para o próximo dia 23 de fevereiro, restam poucas vagas para o curso de Pós-Gradu-ação “Lato Sensu” em Direito Material e Pro-cessual do Trabalho. As matrículas devem ser efetuadas na sede da Esmat 13, localizada na Rua Dep. Odon Bezer-ra, 184 - Piso E3, sala 351 (Shopping Tambiá), das 9h às 16h. Maio-res informações através dos telefones (83) 3241-7640 / 3241-7799 ou 8650-0774.

Podem partici-par alunos concluin-tes (9º e 10º períodos) do curso de Direito, bem como graduados em quaisquer áreas. A pós-graduação é certi-ficada pelo MEC sendo

aceita em concursos como um ano de prática jurídica. As aulas são presenciais, sendo mi-nistradas de segunda a quarta-feira, das 19h às 22h, em sala da FESP Faculdades. A grade de professores pode ser conferida no site da escola: www.esmat13.com.br. Para a matrícu-la é necessário cópia do diploma de conclusão do Curso de Graduação ou documento equiva-lente; 1 foto 3 x 4 atua-lizada; cópia da carteira de identidade e CPF; pagamento da primei-ra parcela da anuidade ou taxa de matrícula (no local da inscrição); contrato de prestação de serviço, devidamente assinado.

No caso de con-cluintes de Direito 2015, o diploma será substituído pela decla-ração da instituição, atestando ser concluin-te de Graduação.