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Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa – Sede: Pátio do Tijolo n.º 25 / 1250-093 Lisboa Acordo AFP - Associação das Farmácias de Portugal Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa Entre Associação das Farmácias de Portugal (AFP), Pessoa Colectiva n.º 502 798 602, com Sede na Rua do Bragas, 208-2º salas 8/9/10, 4050-122 Porto e Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML), pessoa colectiva n.º 506 812 782, com sede no Pátio do Tijolo, 25, 1250-093 Lisboa é celebrado o presente acordo que se rege pelas seguintes cláusulas: CAPÍTULO I OBJECTO E ÂMBITO Artigo 1º (Objecto) O presente acordo tem por objectivo assegurar, nos termos nele previstos, a dispensa de especialidades farmacêuticas comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, em regime de complementaridade com o SNS e ADSE. Artigo 2º (Conceito de utente) 1. Para efeitos do presente acordo, consideram-se utentes as pessoas singulares portadoras de cartão de identificação de utente emitido pelos SSCML, conforme modelos em anexo. 2. São ainda considerados utentes para efeitos do presente acordo os descendentes dos associados com idade não superior a três meses, quando identificados com cédula pessoal e cartão de identificação de utente do ascendente.

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Page 1: Acordo AFP - Associação das Farmácias de Portugal Serviços …geo.cm-lisboa.pt/fileadmin/COMMON/Protocolos/ProtocoloA... · 2008. 4. 19. · 3. Os Lotes serão constituídos por

Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa – Sede: Pátio do Tijolo n.º 25 / 1250-093 Lisboa

Acordo

AFP - Associação das Farmácias de Portugal

Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa

Entre

Associação das Farmácias de Portugal (AFP), Pessoa Colectiva n.º 502 798 602, comSede na Rua do Bragas, 208-2º salas 8/9/10, 4050-122 Porto

e

Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML), pessoa colectiva n.º 506 812782, com sede no Pátio do Tijolo, 25, 1250-093 Lisboa

é celebrado o presente acordo que se rege pelas seguintes cláusulas:

CAPÍTULO I

OBJECTO E ÂMBITO

Artigo 1º

(Objecto)

O presente acordo tem por objectivo assegurar, nos termos nele previstos, a dispensa deespecialidades farmacêuticas comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, emregime de complementaridade com o SNS e ADSE.

Artigo 2º

(Conceito de utente)

1. Para efeitos do presente acordo, consideram-se utentes as pessoas singularesportadoras de cartão de identificação de utente emitido pelos SSCML, conformemodelos em anexo.

2. São ainda considerados utentes para efeitos do presente acordo os descendentes dosassociados com idade não superior a três meses, quando identificados com cédulapessoal e cartão de identificação de utente do ascendente.

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3. Eventuais alterações aos cartões de identificação dos utentes deverão sercomunicadas à AFP com o mínimo de sessenta dias de antecedência.

Artigo 3º

(Âmbito material)

As especialidades farmacêuticas abrangidas por este acordo são as registadas noInstituto Nacional da Farmácia e do Medicamento e comparticipadas no escalão C eescalão D pelo SNS.

CAPÍTULO II

DOS UTENTES

Artigo 4º

(Livre escolha da Farmácia)

1. Os utentes têm direito de escolher livremente a Farmácia onde pretendem adquirir osmedicamentos abrangidos por este acordo.

2. Os funcionários dos serviços ou estabelecimentos de Saúde emissores de receituáriodevem estrita obediência ao princípio referido no número anterior, sendo-lhes vedado,nomeadamente, angariar ou canalizar receituário em benefício de qualquer Farmácia.

Artigo 5º

(Informação ao utente)

O utente deve ser informado sobre a forma mais correcta de utilizar o medicamento noacto da sua dispensa.

Artigo 6º

(Condições de dispensa)

Os utentes têm direito à dispensa do receituário pelas Farmácias dentro das normasestabelecidas no presente Acordo.

Artigo 7º

(Prazo de validade das receitas)

1. O direito dos utentes à dispensa das receitas, nas condições previstas neste acordo,só pode ser exercido no prazo de 20 dias a contar da data da prescrição.

2. Os medicamentos prescritos em receita renovável podem ser dispensados nos termose prazos previstos na respectiva legislação.

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3. Os produtos esgotados poderão ser fornecidos fora do prazo previsto nos númerosanteriores, desde que tal situação seja devidamente justificada de forma expressapelo Director Técnico da Farmácia, na própria receita ou em documento anexo.

Artigo 8º

(Comprovativo da dispensa)

1. No acto da dispensa o beneficiário deixará na posse da farmácia o original da receita,para facturação ao SNS ou ADSE.

2. Para facturação aos SSCML, será produzida fotocópia da receita original cometiquetas, ou será efectuada impressão das mesmas no verso da fotocópia.

3. Na frente da fotocópia da receita original será sempre identificado o n.º do cartão deutente dos SSCML.

CAPÍTULO III

DAS FARMÁCIAS

Artigo 9º

(Identificação do utente)

1. No acto da dispensa as Farmácias devem:

a) Identificar obrigatoriamente o utente através da solicitação e apresentação docartão emitido pelos SSCML ou de cédula pessoal conforme os casos;

b) Verificar se o cartão de utente dos SSCML atribui ao respectivo portador o direitoaos benefícios previstos no presente acordo;

c) Controlar o prazo de validade do cartão.

2. A verificação referida na alínea b) do número anterior tem por objectivo a verificaçãodas seguintes condições:

a) Apenas será permitido o acesso aos benefícios referidos no presente acordo aosportadores dos cartões que contenham no respectivo verso o Código de Barras ea menção expressa “Este cartão confere o direito à comparticipação emmedicamentos”;

b) Não será permitido o acesso aos benefícios referidos no presente acordo aosportadores dos cartões que não contenham no respectivo verso o Código deBarras e apresentem a menção expressa “Este cartão NÃO confere o direito àcomparticipação em medicamentos”.

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Artigo 10º

(Normas de dispensa)

1. Os SSCML comparticiparão em regime de complementaridade com o SNS ou ADSE,as especialidades farmacêuticas oficialmente comparticipadas pelo Serviço Nacionalde Saúde, no escalão C e escalão D, de forma adicional em mais 30% sobre o Preçode Referência ou o PVP dos medicamentos abrangidos pelo presente acordo, deharmonia com o sistema de comparticipação em vigor para o SNS.

2. As farmácias enviarão os originais das receitas do modelo normalizado emconformidade com a legislação em vigor, para a ADSE ou SNS, para pagamento dasdevidas comparticipações por parte daquela entidade.

3. A fotocópia da receita, elaborada de acordo com o n.º 2 e 3, do artigo 8.º, deverá serposteriormente remetida aos SSCML, acompanhada do verbete de facturação, ondeconstará a quantia comparticipada por esta entidade.

Artigo 11.º

(Recusa de dispensa)

As Farmácias só devem recusar a dispensa do receituário de que os utentes dos SSCMLsejam portadores, nos casos seguintes:

a) Quando o original da receita não se encontre devidamente preenchido eautenticado pelo serviço ou estabelecimento de Saúde que o emitiu através decarimbo ou etiqueta e vinheta identificadora do médico prescritor e no caso dasreceitas prescritas por médicos em exercício privado na área da saúde através devinheta identificadora do médico prescritor;

b) Quando não tenham sido observadas as normas que dispõem sobre a prescriçãode Psicotrópicos ou Estupefacientes;

c) Quando a dispensa se processar fora do período de validade do receituário;

d) Quando as receitas contenham correcções, rasuras, aposições ou quaisqueroutras modificações, desde que não estejam ressalvadas pelo médico prescritor;

e) Quando o utente não apresentar nas farmácias o cartão da ADSE ou SNS ecartão de utente dos SSCML.

Artigo 12º

(Modo de dispensa)

1. Sempre que a receita não especificar a dosagem ou dimensão da embalagem, deveráentender-se que se refere ao mínimo comercializado, tendo em conta se a prescriçãose destina a adultos, crianças ou lactentes.

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2. Sempre que a embalagem de menor dimensão se encontre esgotada, por razões nãoimputáveis à Farmácia, poderá ser dispensada a embalagem de dimensão superior,desde que seja expressamente justificado pelo Director Técnico.

3. Sempre que a embalagem de maior dimensão se encontre esgotada, por razões nãoimputáveis à Farmácia, poderá ser dispensada quantidade equivalente, desde queseja expressamente justificado pelo Director Técnico.

CAPÍTULO IV

DAS RELAÇÕES FINANCEIRAS

Artigo 13º

(Facturação e pagamento)

1. As Farmácias enviarão à AFP, até ao dia 06 de cada mês, a Factura Mensal e orespectivo receituário separado em Lotes, cada um dos quais acompanhado de umVerbete de Identificação do Lote e todos eles referenciados numa Relação Resumode Lotes.

2. As Farmácias deverão organizar as receitas do mesmo tipo em Lotes, numerá-lassequencialmente dentro de cada Lote, identificando-as com o carimbo da Farmácia eanexando-as ao correspondente Verbete de Identificação do Lote.

3. Os Lotes serão constituídos por trinta receitas cada, com excepção do último quepoderá ter número inferior.

4. Os Verbetes de Identificação dos Lotes do mesmo tipo, deverão constar dacorrespondente Relação Resumo de Lotes.

5. As Relações Resumo de Lotes deverão ser anexadas à correspondente FacturaMensal da qual deverá constar a quantidade de receitas, os totais do valor dos PVP,do valor dos encargos dos utentes e do valor a facturar aos SSCML.

6. Os Verbetes de Identificação de Lotes, as Relações Resumo de Lotes e a FacturaMensal, serão emitidos em impressos próprios, cuja produção e distribuição serão dacompetência da AFP.

7. Os documentos referidos no número anterior podem ser emitidos informaticamente.

8. A Factura Mensal e as Relações Resumo de Lotes serão enviadas em triplicado e oVerbete de Identificação do Lote em original.

9. As Farmácias deverão arquivar o quadruplicado das Relações Resumo de Lotes e daFactura Mensal.

10. Os fornecimentos de Dezembro ou aqueles a que se refere o número anterior serãoimpreterivelmente incluídos, facturados e enviados pelas Farmácias à AFP até ao dia10 de Janeiro seguinte.

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11. A AFP remeterá aos SSCML, até ao dia 20 de cada mês, o receituário do mêsanterior, acompanhado de uma Relação Resumo Global das Facturas recebidas dasFarmácias.

12. Sempre que possível, a AFP fará acompanhar a facturação e respectivo receituário dosuporte magnético correspondente.

13. Os SSCML liquidarão à AFP a Relação Resumo Global das Facturas até ao dia 10 domês subsequente ao da sua recepção, contra a apresentação duma declaraçãodevidamente assinada e autenticada pela AFP.

14. Os SSCML são responsáveis pelo pagamento à AFP da facturação correspondenteao receituário dispensado aos seus utentes, nos termos constantes do presenteacordo.

15. A AFP liquidará às Farmácias as respectivas Facturas Mensais.

16. Os erros verificados pelos SSCML na conferência das Facturas Mensais serãocomunicados à AFP, no prazo de trinta dias a contar da data da recepção dasmesmas, e serão abatidos ou abonados no pagamento do mês seguinte.

17. As receitas eventualmente incorrectas serão devolvidas à AFP acompanhadas:

a) Dos duplicados da Relação Resumo de Lotes e da Factura Mensal;

b) De documento indicativo das razões das devoluções e os valores corrigidos;

c) De fotocópia da receita sempre que a rectificação reporte exclusivamente a errosde cálculo;

d) De justificação pormenorizada das rectificações efectuadas a receitas e totaisgerais de receitas, etiquetas, PVP e valores a pagar pelos SSCML.

18. Caso ocorra qualquer sinistro grave na Sede da AFP ou nas suas dependências,provocado por causa de força maior, designadamente tremor de terra, inundaçãoprovocada por descarga atmosférica anormal, incêndio, raio e explosão, que provoquea destruição total ou parcial do receituário à guarda da AFP, para efeitos deprocessamento mensal, comprometem-se os SSCML, a efectuar a sua liquidaçãomediante a apresentação dos quadruplicados das Relações Resumo de Lotes e dasFacturas Mensais arquivadas pelas Farmácias, a partir dos quais a AFP emitirá aRelação Resumo Global das Facturas, desde que disponham dos meios necessáriospara comprovação da existência da dívida,

Artigo 14º

(Informatização)

Quando possível, a AFP privilegiará a transmissão de dados informáticos que substituirãoa necessidade do envio das Relações Resumo Global das Facturas. Igualmente facultaráaos SSCML os dados recolhidos nas Farmácias respeitantes à receita, juntamente com orespectivo código do utente.

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CAPÍTULO V

DA COMISSÃO ARBITRAL

Artigo 15º

(Constituição)

É criada uma Comissão Arbitral com a seguinte composição:

a) Um representante do primeiro outorgante;

b) Um representante do segundo outorgante;

c) Um terceiro elemento designado por acordo das partes que presidirá.

Artigo 16º

(Competência)

Competirá à Comissão Arbitral:

a) Dirimir conflitos emergentes do presente acordo;

b) Acompanhar a aplicação do Acordo e propor as alterações necessárias ao seuaperfeiçoamento;

c) Estudar propostas e sugestões apresentadas pelos outorgantes e emitir orespectivo parecer;

d) Interpretar e esclarecer dúvidas decorrentes do seu funcionamento;

e) Propor às partes outorgantes a suspensão temporária ou definitiva do âmbito doacordo, após processo de inquérito adequado, a qualquer Farmácia queeventualmente não cumpra as obrigações dele decorrentes.

Artigo 17º

(Funcionamento)

1. A Comissão Arbitral reunirá mediante convocatória do respectivo Presidente, poriniciativa própria ou a pedido de qualquer das partes.

2. Simultaneamente com a convocatória será comunicada a agenda de trabalho cujaelaboração é da responsabilidade do Presidente.

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CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÃO FINAL

Artigo 18º

(Vigência e revisão)

1. O presente acordo é válido pelo período de 3 anos considerando-se automaticamenteprorrogado por iguais períodos se, com a antecedência mínima de três meses emrelação ao seu termo de vigência, qualquer das partes o não denunciar por escrito.

2. O presente Acordo produz efeitos a partir de 1 de Outubro de 2007.

Lisboa, 1 de Outubro de 2007

Lisboa,

Pela Associação de Farmácias de Portugal Pelos Serviços Sociais da CML

(Dra. Graça Pereira Lopes) (Dr. António Trindade)

(Dra.Aline Worm Aguiar) (Dr. José Manuel d’Almeida Marques)