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Festa do aniversário de São Miguel (392 Anos) acontece no próximo fim de semana (20 e 21) na Praça do Morumbizinho A tradicional festa de aniversário de São Mi- guel Paulista, que nesse ano comemora 392 anos, deverá acontecer no pró- ximo sábado e domingo (20 e 21), com uma exten- sa programação cultural que promete transformar a praça do Morumbizinho (ao lado da UNICSUL) no palco cultural mais impor- tante da zona leste. A programação prevê eventos como: danças típicas, show musical, exposições, teatro, gas- tronomia, literatura, ofi- cina cultural, artesanato, workshop, atividades es- portivas, responsabilida- de social e muito mais. Tudo isso deverá acontecer entre as 10 da manhã até às 22 horas na praça Morumbizinho que já esta sendo conhecida como praça dos eventos de São Miguel. Venha e traga toda a família pois o local é mui- to agradável e totalmente seguro graças ao apoio ostensivo da Polícia Mili- tar e da Guarda Civil Me- tropolitana. Mais informações veja o cartaz da programação na página 08 Neste momento em que temos a responsabilidade de registrar em docu- mentário os 392 anos da história de São Miguel, queremos destacar os 20 anos de dedicação incondicional ao bairro mais tradicional da Zona Leste de São Paulo. São 21 anos de luta, trabalho e com- prometimento que nos transformou num dos principais jornais de bairro da cidade de São Paulo. O Jornal Acontece Agora deu uma nova cara à mídia impressa da região tornando-se referência para muitos jornais. Estamos integrados ao esforço da sociedade de São Miguel, que vislumbra novos rumos para o nosso bairro, em especial a exploração do seu potencial turístico e cultural. Parabéns São Miguel pelos 392 anos. Jornal Acontece Agora 21 anos de amor por São Miguel Divaldo Rosa Diretor do Grupo Acontece) Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste Desde o principio, São Miguel Paulista vai ter sua importância bastante de- finida no contexto de São Paulo, desde o desenvol- vimento da Vila de Pirati- ninga até a formação do Ideamento de São Miguel Ururai. Apesar da data de fundação do bairro ser de 1622 – tanto que esta data está na portada da capela – e de estar ligada à construção da capela atual, situada no centro do bairro, e a transferências de índios de Itaquaquecetuba para lá em 1623, segundo docu- mentos da época, há fortes indícios de que a origem de São Miguel Paulista se dá mais de 60 anos antes, inclusive com a existência de uma primeira capela, anterior a que está em pé até os dias de hoje. Roseli Santaella Stella, doutora em história pela USP, defende que a funda- ção de... leia na pág 02 No evento, se apre- sentam o jamaicano Erool Dunkley, além das bandas nacionais Tribo de Jah e Planta & Raiz Dentro das programa- ções do aniversário de 392 anos de São Miguel, o bairro de São Miguel, foi palco de um dia reple- to de shows gratuitos de reggae. O evento acon- teceu no domingo dia 14 cerca de 80 mil pessoas participaram do festival de reggae. Durante quase 12 horas, moradores e fre- quentadores da região pu- deram... leia na pág 04 Setembro é o mês de aniversário de São Miguel Paulista, e será comemo- rado com grandes festejo pelos seus moradores. São 392 anos de tra- dição e miscigenações entre diferentes povos, de cultura que nascem e de- senvolvem no bairro, entre moradores e ... Pág 04 Subprefei- tura de São Miguel se prepara para realizar mais uma festa de aniversário da região Festival de reggae em São Miguel Paulista traz lenda jamaicana ANO XX - N° 366 - 2ª QUINZENA DE SETEMBRO DE 2014 Em defesa da verdade e do desenvolvimento de São Miguel e Região | Tel.: 2031-2364 e 2513-0928 | [email protected]

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Festa do aniversário de São Miguel (392 Anos) acontece no próximo fim de semana (20 e 21) na Praça do MorumbizinhoA tradicional festa de

aniversário de São Mi-guel Paulista, que nesse ano comemora 392 anos, deverá acontecer no pró-ximo sábado e domingo (20 e 21), com uma exten-sa programação cultural que promete transformar a praça do Morumbizinho (ao lado da UNICSUL) no palco cultural mais impor-tante da zona leste.

A programação prevê eventos como: danças típicas, show musical, exposições, teatro, gas-tronomia, literatura, ofi-cina cultural, artesanato, workshop, atividades es-portivas, responsabilida-de social e muito mais.

Tudo isso deverá acontecer entre as 10 da manhã até às 22 horas na praça Morumbizinho que já esta sendo conhecida como praça dos eventos de São Miguel.

Venha e traga toda a família pois o local é mui-to agradável e totalmente seguro graças ao apoio ostensivo da Polícia Mili-tar e da Guarda Civil Me-tropolitana.

Mais informações veja o cartaz da programação na página 08

Neste momento em que temos a responsabilidade de registrar em docu-mentário os 392 anos da história de São Miguel, queremos destacar os 20 anos de dedicação incondicional ao bairro mais tradicional da Zona Leste de São Paulo.

São 21 anos de luta, trabalho e com-prometimento que nos transformou num dos principais jornais de bairro da cidade de São Paulo. O Jornal Acontece Agora deu uma nova cara à mídia impressa da região tornando-se referência para muitos jornais.

Estamos integrados ao esforço da sociedade de São Miguel, que vislumbra novos rumos para o nosso bairro, em especial a exploração do seu potencial turístico e cultural. Parabéns São Miguel pelos 392 anos.

JornalAcontece Agora 21 anos de amor por São Miguel

Divaldo Rosa Diretor do Grupo Acontece)

Uma Aldeia Indígena que virou referência

na Zona Leste

Desde o principio, São Miguel Paulista vai ter sua importância bastante de-finida no contexto de São Paulo, desde o desenvol-vimento da Vila de Pirati-ninga até a formação do Ideamento de São Miguel Ururai. Apesar da data de fundação do bairro ser

de 1622 – tanto que esta data está na portada da capela – e de estar ligada à construção da capela atual, situada no centro do bairro, e a transferências de índios de Itaquaquecetuba para lá em 1623, segundo docu-mentos da época, há fortes indícios de que a origem

de São Miguel Paulista se dá mais de 60 anos antes, inclusive com a existência de uma primeira capela, anterior a que está em pé até os dias de hoje.

Roseli Santaella Stella, doutora em história pela USP, defende que a funda-ção de... leia na pág 02

No evento, se apre-sentam o jamaicano Erool Dunkley, além das bandas nacionais Tribo de Jah e Planta & Raiz

Dentro das programa-ções do aniversário de 392 anos de São Miguel, o bairro de São Miguel, foi palco de um dia reple-to de shows gratuitos de reggae. O evento acon-teceu no domingo dia 14 cerca de 80 mil pessoas participaram do festival de reggae. Durante quase 12 horas, moradores e fre-quentadores da região pu-deram... leia na pág 04

Setembro é o mês de aniversário de São Miguel Paulista, e será comemo-rado com grandes festejo pelos seus moradores.

São 392 anos de tra-dição e miscigenações entre diferentes povos, de cultura que nascem e de-senvolvem no bairro, entre moradores e ... Pág 04

Subprefei-tura de São

Miguel se prepara pararealizar mais uma festa de aniversário da região

Festival de reggae em São Miguel

Paulista traz lenda

jamaicana

ANO XX - N° 366 - 2ª QUINZENA DE SETEMBRO DE 2014

Em defesa da verdade e do desenvolvimento de São Miguel e Região | Tel.: 2031-2364 e 2513-0928 | [email protected]

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2a QUINZENa DE SETEMBRO/2014

Desde o principio, São Miguel Paulista vai ter sua importância bastante definida no contexto de São Paulo, desde o desenvolvimento da Vila de Piratininga até a formação do Ideamento de São Miguel Ururai. Apesar da data de fundação do bair-ro ser de 1622 – tanto que esta data está na portada da capela – e de estar ligada à construção da capela atual, situada no centro do bairro, e a transferências de índios de Itaquaquecetuba para lá em 1623, segundo documentos da época, há fortes indícios de que a origem de São Mi-guel Paulista se dá mais de 60 anos antes, inclusive com a existência de uma primeira capela, anterior a que está em pé até os dias de hoje.

Roseli Santaella Stella, doutora em história pela USP, defende que a fundação de São Miguel Paulista ocorreu em 1560, com a visita do Bea-to José de Anchieta aos índios guaianases que haviam sido refugiados da Vila de Pirati-ninga, após a extinção da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fez com seus mo-radores fossem para a nova Vila, assustando parte dos índios que se dispersaram à leste da Vila. Mas, mais do que isso, pelo fato de que São Miguel tinha uma importância estratégia muito clara “São Miguel é um posto avançado na defesa da Vila de São Paulo de Piratininga contra os ataques dos Tamoios que vinham desse litoral norte. É um período em que os índios Tamoios têm aliança com os franceses, sendo uma ameaça constante. Então o aldeamento de São Miguel de UruraÍ é fundado nesse período. E você percebe que além de São Paulo, São Miguel é um dos primeiros pontos de fixação mais dentro do território, enquanto toda a colonização se dava ao longo da orla litorânea brasileira”, atesta.

Sendo assim, Anchieta teria ido até a localidade para aglomerar em um núcleo aqueles índios que estavam dispersos, a exemplo do que havia sido feito em Salvador,

Uma Aldeia Indígena que virou referência na Zona Leste

trazendo os índios para o lado dos jesuítas e reconduzi-los ao seio Cristão e, consequen-temente, ajudarem na defesa da Vila de Piratininga “Não resta duvida que a fundação se dá em 1560 porque ele recebe uma orientação do Padre Manuel da Nóbrega para que os índios fossem visitados, em junho de 1560. Depois, em janeiro de 1561, ele escreve para o Nóbrega informando que os índios foram visitados. Então, os índios foram visitados entre a ordem do Nóbrega e a carta que ele escreve para o Nóbre-ga”, defende.

Segundo Roseli, durante suas pesquisas no arquivo dos jesuítas no Vaticano, ela encontrou documentos de 1583, nos quais Anchieta , já na condição de provincial da Companhia de Jesus faz uma relação dos pontos onde os jesuítas atuavam e menciona o Aldeamento de Sâo Miguel de Ururai, em 1953, como um ponto ensinavam ao trabalho de cristianização dos índios, esforçaram –se para não perder o contato com aque-les índios dissidentes que se afastaram da Vila de Pirati-ninga. Tudo parece indicar que eles conseguiram, pelo menos parcialmente, esse intento e em duas aldeias indígenas próximas da Vila construíram duas pequenas capelas: uma dedicada a São Miguel Arcanjo e outra a Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros.

A importância dada a São Miguel, em seus primórdios era tanta, que o aldeamento foi intitulado de Padroado Real. “Dentro da concep-ção do Estado Português, é uma aldeia de importância estratégica, porque ela está subordinada diretamente ao Estado Português. Ela não é uma aldeia que tem autono-mia, deve uma subordinação política direta ao reino, explica Roseli. Mais tarde essa rela-ção direta com a Coroa vai provocar problemas junto à Câmara de São Paulo, que vai interferir diretamente nesse aldeamento, agravado pela defesa feita pelos jesuítas aos índios, opondo-se à retirada

dos índios do local para se-guir a exploração pelo sertão brasileiro. “Quando ocorre a retirada maciça dos índios de São Miguel e de São Paulo para essas expedições, o bairro perde importância. E isso ocorreu já no século XVII. A importância que se tinha inicialmente como ponto de defesa é perdida”, diz Roseli. Segundo o professor de His-tória Avelar Cezar Imamura, nesse período o aldeamento já era marcado por um pre-domínio de brancos, o que explicaria a reconstrução da capela e, moldes mais ade-quados à celebração da litur-gia católica, atendendo a uma demanda mais de pessoas no vilarejo.

Com uma população to-talmente diferente de sua formação, São Miguel Pau-lista presencia a expulsão dos Jesuítas do Brasil e a chegada dos franciscanos, durante o século XVIII, que vão transformar a destinação da capela. “São Miguel Pau-lista passa a ser um hospício franciscano, um lugar para aqueles que tinham mais idade. Não era mais só uma igrejinha, eles moravam ali. Então, outros edifícios foram construídos para abrigá-los. A reforma ampliou o espaço existente e manteve boa parte da segunda igreja, inaugura-da em 1622”, afirma Roseli. O aldeamento indígena decai enquanto que a Vila prospera enquanto bairro graças à ati-vidades agrícola. Já o século XIX é marcada por uma es-tagnação do bairro, perdendo ainda mais sua importância perante a cidade de São Paulo, principalmente devido à sua distância. Quando se fala em São Miguel Paulista é importante saber que, nesse período, o bairro contemplava não só o distrito de lá, mas Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e até Itaquera e Guaianases. Nos seus primór-dios, alcançava autônomos e diminuindo o tamanho da região principal. O curioso é que São Miguel Paulista foi erigida a distrito somente em 1891. Até então , pertencia a Penha.

A Nitro Química encerra o isola-mento do bairro

Até as primeiras décadas do século XX São Miguel Paulista permaneceu aparta-da de São Paulo, apesar de prover alguns produtos para a cidade. Isso porque, ainda sofria com problemas de transporte, dada à distancia do centro, que começava a crescer e a expandir para o Brás, o Pari e a Mooca, do lado leste. Competia a São Miguel Paulista fornecer tijo-los, pedregulho e areia, ma-terial extraído a partir do Rio Tietê, que também era usado para escoamento desses

com milhares de toneladas de equipamentos.

“A Nitro Química tornou São Miguel Paulista pratica-mente numa pequena cidade operária-industrial dentro de São Paulo, gerou toda uma identidade própria a presença da Nitro Química, porque não transformou São Miguel Pau-lista em um bairro dormitório a partir dos anos 1970. Até os anos 1950 será um bairro vinculado à Nitro Química”, observa Paulo Fontes, Pro-fessor da Faculdade Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e autor do livro Um Nordeste em São Paulo, que narra a história dos migrantes em São Miguel Paulista. “Tudo em São Miguel girava em torno da

na empresa, precisaram tam-bém morar perto do local, que foi amplamente loteado e vendido para essa classe trabalhadora realizar o sonho da casa própria.

Se era tão fácil conseguir emprego, já que não era necessária a qualificação, as condições de trabalho não eram as melhores e a dificuldade de comunicação entre os chefes e os operários era complicada, pois havia dificuldade no entendimento da produção - havia diversas fábricas dentro do complexo industrial, que não se limitava a produzir o fio raiôn, mas também soda cáustica e até produtos explosivos, princi-palmente durante a Segunda

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produtos. Já o Rio era pouco utilizado para o transporte de pessoas. A estação de trem mais próxima era situada entre Itaquera e Guaianases, dificultando e muito a ligação do bairro com São Paulo, que começava a ser o centro nervoso de urbanização e industrialização. O cenário vai começar a mudar a partir de algumas intervenções na região, como a construção da Rodovia São Paulo – Rio, em 1922 e, na década seguinte, a inauguração de uma linha de ônibus entre Penha e São Miguel Paulista. Mas a princi-pal delas é a construção da linha variante de trem, que fará com que seja construída a estação São Miguel Paulista no centro do bairro, diminuin-do os problemas em torno do transporte.

A chegada da Nitro Quími-ca, que começou a funcionar em 1937, e inaugurada três anos depois, com a presença do presidente da República Getúlio Vargas, vai ser o passo definitivo para uma ver-dadeira revolução urbana no bairro, devolvendo um papel estratégico a ele no contexto da Zona Leste. A Nitro Quí-mica surge de uma empresa falida nos Estados Unidos, e sua estrutura foi adquirida por um grupo de empresários e trazida para o Brasil, junto

Nitro Química. Tinha berçário aqui, vila operária para os encarregados. Ela construiu um hospital, a Catedral de São Miguel não teria saído se ela não ajudasse. A Nitro foi a base para pujança e crescimento de São Miguel”, crê Nilton Cruz, 71 anos, ex-funcionário da Nitro Química.

Com a Nitro Química, era preciso mão de obra para trabalhar na nova empresa. E muitos dos trabalhadores foram buscados nas Minas Gerais, Paraná, interior de São Paulo e, principalmente no Nordeste. Em um mo-mento em que o Brasil vivia uma grande mudança de população do campo para a cidade, como mostramos na Introdução. “Trabalhar na Nitro na época era só chegar na portaria, desde que você tivesse idade, não precisava ser alfabetizado, tinha em-prego garantido”,fala seu Nilton Cruz. O impacto da Nitro Química no bairro foi imenso. Em 1940 a empresa já empregava cerca de 2.700 trabalhadores, mais ou menos um terço total da população do bairro à época, que era de aproximadamente 7.600 habitantes. Essa migração transformou São Miguel Pau-lista em um bairro de forte presença nordestina. E para essas pessoas trabalharem

Guerra Mundial. Nesse meio tempo os norte-americanos foram embora e os que fica-ram precisaram entender o seu trabalho e ensinar para os operários migrantes. “Aí fica complicado. Como uma pessoa que não tem domí-nio completo da máquina, do espaço, vai ensinar a quem não sabe nada? Con-seqüentemente, quase toda a emana havia uma explosão. Acidentes e mortes eram comuns”, afirma Ricardo Cor-reia Marcondes, mestre em História pela PUC-SP com uma dissertação sobre a Nitro Química. E a vida do bairro era regida pelos apitos da fábrica. “Eu obtive relatos de pessoas que quando criança sabiam que quando houvesse um sinal da fábrica significava saída ou entrada de turno. Agora, se escutassem três sinais em seguida, todos na sala deveriam ficar no chão, porque aquilo representava explosão. Isso ficou marcado no bairro. Pelos sinais as pes-soas sabiam o que acontecia na fábrica?

Com as condições de tra-balho insalubres, as manifes-tações e as greves eram cada vez mais constantes, além de problemas financeiros, superados pelos concorren-tes, até que em 1966 ocorre a demissão de um terço dos

Antiga entrada da Nitro Química

Antiga estação de trem de São Miguel Paulista

Antiga Capela São Miguel Arcanjo

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funcionários, que marcou a ruptura de um ano áureo para a derrocada que vai perder sua importância econômica e política - como instrumento do nacional - desenvolvimen-tismo governo Getúlio Vargas -, embora mantenha as portas abertas até os dias de hoje.

Com a decadência da Nitro Química, a partir da metade da década de 1960, São Miguel Paulista começa a perder sua força e centralida-

de, se transformando em um bairro-dormitório, cada vez mais parecido com os seus vizinhos. Segundo Fontes, ainda assim, São Miguel vai permanecer como uma pe-quena sede na Zona Leste, principalmente por causa de um comércio muito intenso. “Podemos perceber que a ‘vocação’ econômica de São Miguel Paulista já deixo, há muito tempo, de ser industrial para se tornar uma região

com forte estrutura econômi-ca voltada para o setor terci-ário da economia (comércio e prestação de serviços).

Essa tendência acom-panha o desenvolvimento econômico da região me-tropolitana de São Paulo, que cada vez mais ocupa menos pessoas nas in-dústrias e passa a ocupar mais no setor de comércio e serviços”.

No passado, o bosque iluminado por lampiões, local de seresteiros e trovadores, é hoje a Praça Aleixo Mafra (nome em homenagem ao antigo pároco de São Mi-guel), popularmente conhe-cida como Praça do Forró. Este local é para a popula-ção de São Miguel Paulista, não somente um largo onde se localiza a velha capela de 1622, construída pelos índios de Ururaí, mas tam-

Herança Cultural

bém um espaço público que oportuniza o encontro das pessoas, que com a liber-dade e sem medo podem exercer sua humanidade entre risos e calor humano de amigos e conterrâneos. Cresceu o arraial, floresceu o bairro a partir da instalação da indústria, do aumento populacional e da expansão comercial. Surgiram novas formas e concepções de vida.

reinventá-la. Nós humanos temos a tendência de hiper-valorizar o passado e muitos vezes, ao invés de projetar-mos o futuro, retroagimos jogando nele todas nossas expectativas do presente. Esquecemos que ao fazer isto, estamos nos alienan-do, pois, jogamos ao tempo passado o que deveríamos fazer no presente.

Esquecemos que somos sujeitos históricos e ao as-sumir a nossa condição humana é vital definir o que iremos construir socialmen-te: se um bairro que respeita o passado com sua herança histórica apenas como patri-mônio, ou se um bairro que a partir desta herança é capaz de planejar e criar uma nova humanidade.

Nesta perspectiva o di-reito a um bairro não pode ser concebido como simples retorno ao passado, mas deverá ser formulado como direito à vida urbana o que pressupõe o pensar integral sobre o bairro em todas as suas dimensões: histórica, cultural, educacional, social, política e econômica.

Enfim, é preciso que a população, conjuntamente, sem esquecer a or igem histórica do bairro e sua evolução, conceba um novo projeto de bairro que atenda as novas necessidades, res-gatando valores essenciais à verdadeira humanização.

Com a decadência da Nitro Química, a partir da metade da década de 60, São Miguel Pau-lista começa a perder sua força e centralidade, principalmente pela diminuição de emprego na região, se transformando em um bairro dormitório, cada vez mais parecido com seus vizinhos. Apesar disto, o bairro em seu entorno vai manter uma atuação forte na zona leste por ter sido um lugar que recebeu uma grande concentração das demandas sociais em forma de movimentos populares reivin-dicatórios. “ A existência dos movimentos sociais na região leste (...) data da década de 60, ainda com uma presença dispersas e esporádica de pes-soas que foram se engajando em vários grupos, para depois se constituírem em forma de organização e se inserirem no espectro dos movimentos sociais populares da cidade de

São Paulo”.E com o crescimento dos

movimentos populares, a igreja católica teve papel importante por se posicionar ao lado des-tas reivindicações. “A região leste como um todo passa a ocupar um lugar proeminente na Arquidiocese de São Paulo, dando vida a diversos órgãos de sustentação das novas pastorais, especialmente as da Saúde, da Terra, da Liturgia e dos Ministérios. À época de sua atuação, a igreja matriz de São Miguel foi local de assembleias populares e celebrações litúrgi-cas memoráveis, conjugando a firme e decida presença ao lado da população na busca de solução para as suas deman-das sociais mais prementes, à sua missão pastoral precípua centrada nas necessidades espirituais dos fies”.

Com o decorrer dos anos, São Miguel Paulista volta a

se firmar cada vez mais como uma sub-sede da zona leste, principalmente por causa de um comercio muito intenso, que tem no Mercado Municipal do Dr. Américo Sugai um dos principais pontos do comércio de hortifrutigranjeiros da região.

“Podemos perceber que a ‘vocação’ econômica de São Miguel Paulista já deixou, há muito tempo, de ser industrial para se tornar uma região com forte estrutura econômica vol-tada para o setor terciário da economia (comércio e presta-ção de serviços). Esta tendên-cia acompanha o desenvolvi-mento econômico da região metropolitana de São Paulo, que cada vez mais ocupa me-nos pessoas nas industrias e passa a ocupar mais no setor de comércio e serviços”.

Outro fato que vai ressaltar a importância de São Miguel Paulista como ator na Zona Leste é do ponto de vista reli-gioso. Em 1989, o Papa João Paulo II criou a Diocese de São Miguel, com sede na então, Igreja Matriz de São Miguel Ar-canjo, que depois seria elevada a Catedral diocesana. Limitada pela Arquidiocese de São Pau-lo, da qual foi desmembrada, e pelas dioceses de Guarulhos e Mogi das Cruzes, é, em termos territoriais a menos diocese do Brasil, apesar de abranger três regiões episcopais: São Miguel Paulista, Penha e Ita-quera- Guaianases, e seus vários setores.

As lutas sociais e o comércio

A grandeza natural pré-existente à fase industrial passou a ser o principal objetivo material utilizado pela indústria nascente. É a indústria que passa a carac-terizar o bairro e não mais a sua origem indígena.

Sabemos que muitos lei-tores desta matéria podem estar indagando: qual é a nossa pretensão ao escre-vermos sobre este tema? Estaríamos defendendo a

estagnação do arraial de Ururaí diante da modernida-de? Desejamos esclarecer aos leitores que a resposta à indagação está ligada à teia de subjetividade e ao bus-carmos sua compreensão acreditamos ser necessário tecer algumas considera-ções: “Não podemos conce-ber o mundo como um con-junto de coisas acabadas, mas como um conjunto de processos em que as coisas

que parecem estáveis pas-sam por uma série ininter-rupta de transformações, por um processo de surgimento e caducidade, nos quais, em última instância se impõe sempre uma trajetória pro-gressiva.” (Engels)

Assim, fugindo das con-cepções fatalistas, é im-portante que todos aqueles que vivem no bairro conhe-çam sua história e a partir dela encontrem meios para

FONTE: Revista FACE LESTE

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No evento, se apre-sentam o jamaicano Erool Dunkley, além das bandas nacionais Tribo de Jah e Planta & Raiz

Dentro das programa-ções do aniversário de 392 anos de São Miguel, o bairro de São Miguel, foi palco de um dia reple-to de shows gratuitos de reggae. O evento acon-teceu no domingo dia 14 cerca de 80 mil pessoas participaram do festival de reggae. Durante qua-se 12 horas, moradores e frequentadores da região puderam se esbaldar com os tradicionais reggaes de raiz.

“Cara foi muito bom, adorei demais chamei a galera toda e vim pra cá, é triste fazer que não temos este tipo de cultura todos os finais de semana, mas o importante é que deu para curtir muito com os

Setembro é o mês de aniversário de São Miguel Paulista, e será comemorado com gran-des festejo pelos seus moradores.

São 392 anos de tra-dição e miscigenações entre diferentes povos, de cultura que nascem e desenvolvem no bair-ro, entre moradores e

Castor Center, materiais de construçãopara o desenvolvimento do bairro

madeiras.Em 1997 foi inaugu-

rada a terceira loja, essa na cidade de Guarulhos, tornando-se assim uma rede no setor de materiais para construção. Com o avanço e crescimento das empresas nos anos de 2004, 2007 e 2011, a rede de materiais para construção Castor Center ampliou para 07 lojas dis-tribuídas dentro e fora do município de São Paulo.

“Fomos um dos primei-ros a nos instalar aqui, é muito bom ver que a região cresceu e que nós acompanhamos e ajuda-mos nesse crescimento. Temos muito a agradecer à São Miguel por todos estes anos, e temos que levar em conta que foi através deste bairro que conseguimos expandir as outras lojas que temos”, comenta o gerente de marketing Caio Almeida.

Hoje a Castor Center possui cerca de 250 fun-cionários, um dos mais antigos possui cerca de 30 anos de empresa. “Nosso diferencial está em man-ter nossos funcionários sempre bem preparados para lidar da melhor forma com nossos clientes, este é nosso segredo, oferecer produtos de qualidade e confiança ao cliente e manter o melhor atendi-mento”, conclui Caio.

A Rede de empresas de materiais para cons-trução Castor Center é uma das empresas mais antigas de São Miguel Paulista e tem papel im-portante como um dos pa-trocinadores oficiais dos festejos de São Miguel.

Em maio de 1977, fun-dou-se a primeira Loja de materiais para construção Castor Center em São Mi-guel Paulista, inicialmente eram cerca de 15 sócios, posteriormente deram continuidade na adminis-tração da loja 03 sócios.

A Castor Center é uma das lojas tradicionais do bairro de São Miguel, e pode-se dizer que foi uma das primeiras lojas

de materiais para constru-ção do bairro e, com isto, pode presenciar de perto o crescimento e todas as conquistas da região.

Com grandes expecta-tivas de desenvolvimento do bairro, não demorou muito para que fosse inau-gurada a segunda loja. No ano de 1981, na mesma Avenida Dr. José Arthur da Nova, no Parque Pau-listano. Até essa época a empresa comercializava apenas material bruto, hidráulico e elétrico, após a abertura da segunda loja, a Castor Center pas-sou a comercializar itens para acabamento. Atual-mente a segunda loja se especializou na venda de

Caio Almeida - Gerente de Marketing

Subprefeitura de São Miguel se prepara pararealizar mais uma festa de aniversário da região

visitantes. E para comemorar

mais um ano do bairro a subprefeitura de São Miguel junto à comissão de festejos programou atrações especiais para prestigiar os 392 anos com muitos eventos cul-turais, esportivos, reli-giosos e sociais.

O mês inteiro esta

sendo dedicado a ale-grar e homenagear mais uma vez São Miguel Paulista.

Nessa oportunidade aproveitamos para des-tacar o papel desempe-nhado pelo subprefeito de São Miguel, o Pro-fessor Adalberto Dias de Sousa, que soube conduzir com magnitu-

de as reuniões com a comunidade, dando es-paço para as opiniões de todos.

Esta postura demo-crática e conciliadora do subprefeito somada aos esforços de bastidores empreendidos pela che-fe de gabinete Célia As-sumpção.

Professor Adal-berto Dias de Sousa - Subpre-feito de São Miguel

Festival de reggae em São MiguelPaulista traz lenda jamaicana

amigos”, afirma o estu-dante Eduardo Freitas.

Neste ano, os apaixo-nados pelo gênero mu-sical tiveram na lista de atrações do festival a par-ticipação do cantor jamai-cano Errol Dunkley.

Dunkley que é conside-rado uma lenda do reggae mundial, um dos primei-ros artistas a se lançarem

no reggae na década de 1960.Além da atração in-ternacional, o evento tam-bém contou com a presen-ça de artistas nacionais como Tribo de Jah, Planta & Raiz, Mato Seco, Le-ões Israel, Filhos da Ter-ra, Jah I Ras, QG Imperial (Monkey Jahyam), Cami-nho Suave, entre outros.

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Taekwondo, Educação e Progresso – É mais um pro-jeto que educa e transforma a vida de jovens da comunidade do Jd. Lapenna através do esporte, esta iniciativa de-senvolve principalmente as competências de disciplina e auto controle;

Escola de Talento – É uma iniciativa que busca des-pertar a visão empreendedora de estudantes das escolas do ensino público em São Miguel Paulista. O projeto objetiva despertar no jovem aluno a motivação através dos exem-plos de empreendedores/ges-tores de sucesso da região, tendo-os como referência de profissionalismo e conquistas pessoais;

No canto da Cidade – um projeto que contempla músi-cas e apresentações popu-lares para escolas, espaços culturais e teatros na região de São Miguel Paulista e de forma gratuita

“Nitro Química: Um compromisso sustentável e social”Prestes a completar 80

anos, a Companhia Nitro Química Brasileira deixa cada vez mais claro que as suas ações não se resumem apenas à preservação do meio ambiente, seus esfor-ços incentivam e apóiam a comunidade local para que tenham a oportunidade de se desenvolver em todas as suas potencialidades. Suas ações vão de encontro à valorização do ser humano com o objetivo de contribuir para que vivam melhor e principalmente para que se desenvolvam constan-temente. Apoiar projetos que compactuam para o fomento do nosso bairro e região é visto como prioridade na em-presa, não só como forma de retribuir o acolhimento obtido desde a sua fundação, mas principalmente por acreditar que iniciativas como esta tornam suas atividades ainda mais significativas. Todos os projetos incentivados pela Nitro Química beneficiam di-retamente os moradores de São Miguel Paulista e região. Selecionadas cuidadosamen-te todas as propostas tem como objetivo, gerar empre-go, renda e oportunidades de desenvolvimento social, profissional e pessoal. Ficou interessado? Conheça um

nos Hospitais –- atividades com base na arte e na cultura como principal ferramenta para proporcionar aos pacien-tes do Hospital Tide Setubal, em São Miguel Paulista, uma estadia menos dolorosa e mais humanizada.

Incentivo aos festejos de Aniversário de São Miguel Paulista – A Nitro Química também faz parte dessa fes-ta, e todos os anos através de leis que incentivam ações culturais está presente como patrocinadora no evento. Tudo para que este grande festejo seja ainda mais signi-ficativo e memorável para os moradores do bairro;

Crescendo com a arte do Futebol - é uma ação ligada à promoção do esporte, cultura e lazer com foco na inclusão social, proporcionando mais horas de lazer para que os jovens da Vila Curuçá tenham uma ocupação saudável de seu tempo livre;

a história de muitos clientes bem de pertinho, isto é muito gratificante”, garante ele.

Já é o 5º ano que a Ul-trajacui apóia os festejos de aniversário de São Miguel, “estou muito feliz por mais um ano poder participar, pois vejo que este ano estamos com uma grande equipe de organi-zadores do evento e acredito que São Miguel merece uma grande festa”, finaliza ele.

Ultrajacui: Mais de 15 anos de ações sociaisem regiões carentes de São Miguel

manter o cliente amigo da empresa.

“Eu conheço muita gente por aqui e o meu trabalho dá esta possibilidade, pois nestes anos todos, ganhei a confiança de muitos clientes, ou seja, o carteiro, o medidor da Sabesp, não precisa entrar na casa de ninguém, mas eu ou alguém da minha empre-sa entra na casa de nossos clientes e acaba conhecendo

Instalada em São Miguel há mais de 15 anos, a em-presa faz parte do seleto grupo de patrocinadores do aniversário do bairro

Com uma bela história de responsabilidade social em São Miguel, a Ultrajacui é muito bem quista pelos moradores. A empresa tem ações nas regiões do Jardim Pantanal e na Vila Reis, todo ano a empresa faz doações de presentes em datas como: festa do Dia das Crianças, Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal e outras. Cerca de 2 mil famílias são beneficiadas.

“Trabalho e ganho meu pão aqui na região; E é desta forma que vejo uma maneira de reconhecer o que a região me proporciona e faço isto com muito carinho”, frisou o empresário da Ultrajacui. Odir Antonio Silveira”.

Com um grande conceito na região, Odir garante que seu principal diferencial é

pouco mais sobre cada umas dessas iniciativas:

Instituto Alana com o projeto “Brasilidança” – Neste trabalho são apoiadas ações artísticas e culturais que completam os processos educacionais no Jd. Pantanal através da música e da dança;

Brincando na Praça – É

um projeto especial voltado para atividades esportivas na comunidade com o intuito de integrar os jovens do bairro do Jd. Lapenna e apresentá-los aos benefícios educacionais, disciplinares e saudáveis que o esporte traz;

Associação Arte Des-pertar: Promovendo Cultura

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e indiretamente, com os in-vestimentos sociais.

Para o gerente geral da unidade São Miguel Paulista, Marcelo Oliveira Silvestre, os investimentos da empresa no bairro justificam a importância que São Miguel tem para o grupo Votorantim. Estamos aqui há 32 anos e nós or-gulhamos de fazer parte da história do bairro e de ajudar a torná-lo um lugar melhor para se viver. Parabenizo o bairro São Miguel Paulista pelos seus 391 anos e também to-das as pessoas que ajudaram a escrever essa história de sucesso.

Sobre a Votorantim Metais A Votorantim Metais é uma

empresa do Grupo Votoran-tim, um dos maiores con-glomerados empresariais da América Latina. A companhia possui dezessete unidades: onze no Brasil, quatro nos Es-tados Unidos, uma na China e uma no Peru. A Empresa é a maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina, líder no mercado brasileiro de alumínio e uma das cinco maiores produtoras de zinco do mundo.

MAIS INFORMAçõESÁrea de Comunicação da Votorantim MetaisAlan Ferreira da Costa – (11) 4567-6016 ou 97458-2223 – [email protected]

Votorantim Metais tem orgulho de participarda história de São Miguel Paulista

O grupo Votorantim está presente no bairro de São Miguel Paulista há mais de sete décadas. A história de desenvolvimento do bairro de São Miguel Paulista se confunde com a história da Votorantim na região com as empresas Votorantim Metais e Nitroquímica.

A Votorantim Metais, maior produtora de Níquel Eletrolíti-co da América Latina, está no bairro de São Miguel Paulista desde 1981. O envolvimento da empresa com o bairro vai além dos mais de 400 empre-gos diretos que ela gera e cujo cerca de 80% é da região.

Por meio da Votorantim Metais e do Instituto Votoran-tim, o grupo entende a im-portância cultural do bairro e por isso apoiou a reforma e a restauração da Capela de São Miguel – uma importante obra da arquitetura e da história de São Paulo e do Brasil.

A empresa também se preocupa com o desenvol-vimentolocal e regional. Em 2013, o Instituto Votorantim está investindo 700 mil reais em democratização cultural por meio dos projetos Banda Alana e Círculo de Leitura, e em preparação de jovens para o primeiro emprego com o projeto PET – Programa de Educação para o Trabalho.São centenas de jovens e pessoas beneficiadas, direta

A Votorantim Metais tem orgulho de São Miguel e de fazer parte da história e do desenvolvimento da Zona Leste. Parabéns São Miguel pelo seu Aniversário.

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A Pró-reitoria de Gra-duação e Extensão da Universidade Cruzeiro do Sultem a grata satisfação de comunicar a partici-pação da Universidade na 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social, ação anual promovida pela Associação Brasileira de Mantenedoras do En-sino Superior (ABMES), congregando IES de todo o país.

As atividades que in-tegram o Dia da Respon-sabilidade Social aconte-cerão no dia 20 setembro de 2014, no Campus São Miguel, situado na Av. Dr. Ussiel Cirilo, 225.

Com o objetivo de ex-pressar e fortalecer o compromisso social que alicerça sua missão, a Universidade Cruzeiro do Sul estende à comunida-de interna e externa os atendimentos, serviços e atividades promovidas pelos diversos Cursos das áreas de Ciências

Unicsul promove a 10ª edição do Dia da Responsabilidade Social

Profa Dra Janice V. de los SantosPró-reitora de Graduação e Extensão

Campus de São Miguel

dessa grande festa. Ficamos honrados de participar.”

ONDE tuDOCOMEçOu

O Sindicato dos Químicos de São Paulo foi criado em 1933, no bairro do Brás, para representar os trabalhadores da inglesa Companhia de Gás de São Paulo. As perseguições aos trabalhadores na época eram muito intensas e, em dois anos, o Sindicato estava com as portas fechadas. Em 1938 foi criado o Sindicato dos Operários e Empregados na Fabricação de Produtos Quí-micos Industriais. E, em 1940, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo obtém reconhecimento oficial, de acordo com a estrutura sindical imposta pelo governo Getúlio Vargas.

Hoje o Sindicato dos Quí-micos é o maior da América Latina. Comparado a outros segmentos, tem uma das me-lhores convenções coletivas e um balanço positivo nas lutas por salário, saúde e segurança no trabalho.

Atualmente, o Sindicato representa cerca de 80 mil trabalhadores em mais de 3 mil empresas. O setor empre-ga cerca de 30 mil mulheres; a maioria em companhias de cosméticos e produtos farma-cêuticos, onde representam, respectivamente, 45% e 56% da força de trabalho.

O Sindicato dos Químicos nunca se furtou à luta e por inúmeras vezes extrapolou os limites da categoria para com-prar brigas mais amplas por democracia, justiça, inclusão social e cidadania. “Hoje, por exemplo, estamos em campa-nha pela redução dos impostos dos medicamentos”, informa Pipoka.

Os impostos representam mais de 33% do valor do preço

Maior sindicato químico da América Latina está em São Paulo

Sempre empenhado em proteger os trabalhadores da região, pode-se dizer que o Sindicato faz parte da história de São Miguel Paulista tanto quanto a Nitro Química.

Em entrevista ao Jornal Acontece Agora, o diretor sindi-cal Osvaldo Bezerra, o Pipoka, explica que a subsede de São Miguel tem um importante papel na vida dos trabalhadores e dos aposentados da Nitro. “Além de atender os trabalhadores da ativa, a subsede mantém vínculos com os aposentados. E nós fazemos questão de dar todo o suporte necessário para que eles mantenham esse con-tato com a entidade, afinal de contas eles foram os pioneiros na discussão da consolidação do Sindicato”, observa.

Pipoka lembra que o Sin-dicato sempre participou dos festejos de São Miguel. “O Sindicato é parte da história do bairro e todos os anos leva novidades para os participantes

A primeira subsede do Sin-dicato dos Químicos de São Paulo a ser criada foi a de São Miguel, na década de 1940, para atender os funcionários da empresa Nitro Química, considerada uma das maiores fábricas da capital paulista.

A instalação da Nitro Quí-mica mudou a paisagem da região e, consequentemente, a atuação do Sindicato. A partir da segunda metade dos anos de 1930, a empresa cresceu vertiginosamente, contatando muitos migrantes vindos do Nordeste. A conjuntura político-econômica provocada pela Se-gunda Guerra Mundial (1939-1945) foi bastante favorável aos interesses de expansão da fábrica, que investiu fortemente na produção de tecidos e che-gou a ter 4.200 trabalhadores.

A subsede de São Miguel tornou-se um importante espa-ço de participação dos trabalha-dores “nitrenses” que formaram o bairro de São Miguel Paulista.

final dos remédios e só o ICMS é responsável por 18% dessa carga tributária. Existem duas Propostas de Emenda Cons-titucional para serem votadas com o objetivo de reduzir os

impostos, uma é da deputada estadual Beth Sahão (PT), a outra é do deputado federal Francisco Chagas (PT), candi-datos à reeleição. “A redução dos impostos torna os cuida-

dos com a saúde acessíveis a todos os brasileiros e também beneficia a cadeia produtiva, por isso tem nosso total apoio”, diz Pipoka.

Diretor sindical Osvaldo Bezerra

Administrativas e de Ne-gócios, Biológicas e da Saúde, Humanas e So-ciais e Exatas, além das atividades promovidas pelo Programa de Ex-tensão - PROESP. (vide programaçãoanexo).

As atividades aconte-cerão nos diversos es-paços do Campus São Miguel, reunindo mais de 200 pessoas, entre pro-

fessores, alunos e técni-cos, diretamente envolvi-das com os atendimentos e serviços à comunidade. Além disso, as atividades colaboram com os feste-jos do aniversário de São Miguel Paulista, que ocor-rerão na Praça Fortunato da Silveira (Morumbizi-nho) (em frente à portaria B), atraindo visitantes da região.

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Léo Tintas: colorindoo bairro de São Miguel

Com mais de 16 anos no mercado, quem não cogita ficar de fora do grupo de patrocinado-res das comemorações do aniversário de São Miguel é a Léo Tintas. A empresa atua no merca-do de tintas imobiliárias, industriais e automotivas e oferece variedade e produtos com qualidade, atendimento personali-zado e assistência téc-nica com profissionais treinados e devidamente qualificados.

Com t rad ição no mercado, a Léo Tintas completou 16 anos de São Miguel. “Estamos na região há 40 anos no depósito Castor, então a

16 anos atrás eu resolvi abrir uma loja de tintas. Já estamos com a 13° loja, essa em Santa Isa-bel. Fui morador muitos anos, nasci aqui, hoje resido em outro bairro mas tenho muito amor pelo bairro”, comenta o empresário Léo Mariano. Com um imenso carinho pelo bairro, Leo lembra que vivenciou momentos de grandes conquistas na região e se alegra muito em fazer parte dos patrocinadores do even-to. “Tudo que conquista-mos foi em São Miguel, a nossa 1° loja nasceu aqui, procuro estar próxi-mo dos acontecimentos do bairro de São Miguel. O que nos faz sermos patrocinadores deste grande evento é saber que a equipe toda se uniu para fazer o melhor pela região”.

Sempre disposto a ajudar o desenvolvimen-to do bairro, Leo Mariano diz que embora a região tenha tido seus avan-ços, o bairro precisa de melhorias no setor de lazer. “Poderia ter mais cultura, lazer, um teatro ou shopping quem sabe? O bairro merece nosso melhor. É claro que hou-ve muitas melhorias no bairro, tais como: a nova estação, terminal de ôni-bus no Lapenna, enfim, houve muitas melhorias e espero que a cada ano melhore ainda mais. Aqui é uma região boa para morar, as pessoas são alegres, querem viver bem, só falta ajuda do poder público, assim a moradia será melhor”.

Atualmente a Léo Tintas possui 13 lo-jas e empre-ga mais 64

funcionários.

Léo Mariano