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AEN - Quarterly review 13 de Setembro de 2012

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Economy & Finance


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Page 1: Acoi expert network   quarterly review - set12

AEN - Quarterly review

13 de Setembro de 2012

Page 2: Acoi expert network   quarterly review - set12

Caros(as) Especialistas,

No intuito de estreitar ainda mais o contato entre a Acoi Expert Network, seus clientes esua base de profissionais, criamos este Quarterly Review. Nele incluímos indicadoreseconômicos do Brasil e das principais economias mundiais, bem como artigos relevanteselaborados pelos nossos especialistas.

Boas vindasBoas vindas

Adicionalmente tomamos a liberdade de adicionar algumas de nossas publicações na mídia(jornais, revistas especializadas, sites, eventos).

Nós da Acoi Expert Network acreditamos que a soma de experiências é fundamental paraa criação de conhecimento. Esperamos que vocês apreciem nossa primeira edição epossam colaborar com sugestões, ideias de pautas, análises dos setores aos quais estãoenvolvidos, etc.

Atenciosamente,

Fernando Moura – Diretor de Negócios

Page 3: Acoi expert network   quarterly review - set12

O mercado segue reduzindo suas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto para o presente ano. Noúltimo boletim Focus do BACEN, analistas projetam apenas um pequeno avanço de 1,62% para 2012. Já para o ano quevem, as previsões seguem estáveis ao redor de 4%, segundo o consenso do mercado.No 2º.trimestre de 2012, o PIB brasileiro apresentou leve avanço de 0,40%, mais uma vez salvo pelo bom rendimento daagropecuária (+4,90%), mas influenciado negativamente pela constante retração industrial (-2,50%) e pelo discretoaumento do consumo das famílias, apenas 0,60%. Quanto ao investimento no País, tivemos uma retração de 0,70%. Asapostas de reversão deste quadro estão nas últimas medidas anunciadas do PAC II que não devem surtir grandes efeitosno curto e médio prazos. Mas, a esperança é que, juntamente com o incremento do investimento público, a iniciativaprivada reveja suas projeções e antecipe e/ou ponha em prática projetos que foram temporariamente postos de ladocom a piora do cenário internacional. Todos os dados do 2º.tri. são relativos ao 1º.tri. de 2012.

Composição PIB 2º.tri / 1º.tri 2012PIB

Conjuntura BrasileiraEconomiaConjuntura BrasileiraEconomia

4,90%

-2,50%

0,70%

0,37%

0,41%

0,63%

1,06%

-0,72%

-3,93%

1,88%

Agropecuária

Indústria

Serviços

Vlr. Adicionado

PIB

Famílias

Governo

Capital Fixo

Exportação

Importação

Fonte: IBGE – Set/12

Em contrapartida à redução das expectativas de crescimento, observamos aumentos nas projeções dos índices deinflação, como IPCA, IGP-M e IPC. Mesmo assim, o Governo se mostra tranquilo quanto ao regime de metas de inflaçãoe afirma que não haverá um estouro do teto de 6,50%,. Sem embargo, os recentes sinais de elevação de alguns grupos depreços, como alimentação, aluguel residencial e educação acenderam a famosa e temida luz amarela no painel de controledo Planalto. A questão é que mais uma vez o País se depara com um cenário, onde já não há mais grandes margens demanobra para estimular o crescimento no curto / médio prazo e brotam, por todos os lados, sinais de aquecimentoinflacionário. Enfim, tem-se um belo desafio para domar a alta dos preços e achar o caminho para o crescimentoeconômico na atual conjuntura, utilizando as ferramentas básicas das políticas monetária e tributária.

IPCA (Acum. Mensal 12 meses)Inflação

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

ago/10

out/10

dez/10

fev/11

abr/11

jun/11

ago/11

out/11

dez/11

fev/12

abr/12

jun/12

ago/12

Fonte: IBGE – Set/12

-6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0%

Page 4: Acoi expert network   quarterly review - set12

A tendência dos juros segue apontando para abaixo. Na reunião desta semana, o COPOM reduziu mais 50bps da taxaSELIC, levando o indicador para os 7,50%. Apesar de termos atingido um recorde na era do regime de metas deinflação,, especula-se que o COPOM não tem mais muito espaço para dar continuidade ao ciclo de cortes. A maior partedo mercado acredita que a SELIC possa chegar aos 7% até o final do ano. No entanto, seria o fim do movimento de baixae entraríamos num período de neutralidade, manutenção da taxa. O que reforça tal tese é que, na última ata da reuniãodo COPOM, observa-se claramente que cortes futuros devem ocorrer com extrema parcimônia.A redução não deve ter grande impacto no consumo interno no curto prazo, visto que o Governo já havia tomadaalgumas medidas de estímulo à economia nos meses passados, como a redução de IPI de várias categorias de bensduráveis. Ademais, com o endividamento crescente das famílias e o aumento da inadimplência, o Governo deve ficaratento à luz amarela se acendera quanto a estes aspectos.Já o câmbio parece ter encontrado seu patamar de acomodação na faixa dos R$2,00. O mercado não vê, nestemomento, motivos suficientes para grandes alterações, exceto por eventuais “surpresas” vindas do cenárioexterno.Portanto, não devemos observar grande volatilidade nos próximos meses.

Juros & Câmbio

Conjuntura BrasileiraEconomiaConjuntura BrasileiraEconomia

0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

11,0%

12,0%

13,0%

ago/10

out/10

dez/10

fev/11

abr/11

jun/11

ago/11

out/11

dez/11

fev/12

abr/12

jun/12

ago/12

Selic (% a.a.) Câmbio (méd. mensal)

Taxa Selic vs. Câmbio

externo.Portanto, não devemos observar grande volatilidade nos próximos meses. Selic (% a.a.) Câmbio (méd. mensal)Fonte: BCB – Set/12

Os recentes anos de crescimento econômico, maior facilidade de acesso ao crédito e a enxurrada de estímulos aoconsumo interno trouxeram à tona uma questão que está sendo amplamente debatida: a inadimplência. Considerandoum cenário onde houve uma forte entrada de novos tomadores de crédito, classes C e D, é normal que o nível deinadimplência apresente uma trajetória ascendente. O tema tem sido abordado constantemente no noticiário econômiconacional, ainda que o Brasil tenha uma relação Crédito x PIB mais baixa que alguns países desenvolvidos. Alguns analistasprojetam uma estabilização do aumento da inadimplência que já teria início até o final de 2012. A desaceleraçãoeconômica, a conjuntura internacional ainda muito nebulosa e uma maior restrição a concessão de crédito a empresas efamílias devem ser os principais responsáveis por frear esta crescente.

Crédito InadimplidoCrédito & Inadimplência

2,5%2,7%2,9%3,1%3,3%3,5%3,7%3,9%4,1%4,3%

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai

NPL (E-H) % total de crédito concedidoFonte: BCB – Jul/12

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Com a economia americana alternando bons e maus números sobre sua recuperação, o foco do noticiário tem sido aseleições presidenciais em novembro do presente ano. A disputa entre o democrata Obama e o republicano Romneydeve apresentar um “algo mais” nos próximos dias, quando ocorre a convenção do partido republicano, em meio àsameaças do período de furacões e tempestades que podem atingir fortemente o sul do País. Lembrando que, há 7 anos,os estragos causados pelo furacão Katrina e a negligência do Governo Bush na assistência à região foram pontos muitodecisivos na queda de sua popularidade e, consequentemente, de seu partido.No front econômico, os EUA têm apresentado taxa de crescimento positiva, mas ainda muito tímida para confirmaruma trajetória de recuperação mais forte. O mercado imobiliário tem apresentado um leve avanço, com os indicadoresde vendas de imóveis usados e novos voltando ao campo positivo. O PIB norte-americano cresceu 1,70%, quandocomparado ao 1º.tri de 2012 e a perspectiva é que a economia do País cresça algo acima de 2,00% no ano.Um ponto negativo que voltou a ser discutido, é a possível crise na produção agrícola americana, que sofre com a forteestiagem que abateu o País este ano. Mais uma vez, organismos internacionais exigem uma redução da utilização de grãospara fins não alimentares, vide etanol do milho. A crescente dos preços de commodities nos mercados internacionais

-1,6%

-1,2%

-0,8%

-0,4%

0,0%

0,4%

0,8%

EUA

JAPÃO

ALEMANHA

HOLANDA

ÁUSTRIA

FRANÇA

ZONA DO EURO

ESPANHA

BÉLGICA

REINO UNIDO

ITÁLIA

PORTUGAL

Decisão política nos Estados Unidos

Conjuntura InternacionalEconomiaConjuntura InternacionalEconomia

Variação PIB Países Desenvolvidos - 2º. Tri. (anualizada)

para fins não alimentares, vide etanol do milho. A crescente dos preços de commodities nos mercados internacionaispodem ter impacto negativo na oferta de alimentos, gerando picos de inflação, um problema que os países desenvolvidosem crise realmente não gostariam de ter que enfrentar neste momento.

O velho continente segue afundando na sua crise econômica e, por que não, política. Os impasses e a demora paratomada de decisões importantes vão jogando países como Espanha, Itália e Portugal cada vez mais para uma profunda edura recessão. Muitos analistas já não contam mais com a Grécia na zona do euro para os anos que virão. Agora, tenta-se calcular o tamanho do custo da saída grega. O governo alemão segue apertando o cerco aos maus vizinhos da UniãoEuropeia. O comando de Angela Merkel não abre mão das medidas de austeridade, mas os países que necessitam depossíveis resgates não querem e/ou não conseguem adequar as contas públicas. E, mesmo com a recente trégua dosmercados de dívida, os países mais afetados pela crise ainda se financiam a custos altíssimo e insustentáveis. O que nãoocorre com Alemanha, Reino Unido e os Países Escandinavos.

ALEMANHA

HOLANDA

ZONA DO EURO

REINO UNIDO

PORTUGAL

Crise Europeia

Sobre a China o que se tem são dúvidas sobre o quanto a sua economia desacelerará e/ou se isso realmente ocorrerá deforma mais intensa ou brusca. Talvez, no curto prazo, o país não mantenha as exuberantes taxas bem acima dos 7%, masanalistas acreditam que o PIB chinês deve apenas sofrer alguns leves ajustes, o que ainda sustentaria taxas de crescimentomuito superiores aos países desenvolvidos e aos demais países dos BRICS. Para garantir a trajetória do crescimentochinês, o Governo deve adotar medidas de estímulo ao consumo das classes mais baixas, através do incentivo e subsídioao crédito. Também, cogita-se uma melhor alocação de recursos para investimentos e um possível reposicionamentodas exportações. O mundo inteiro observa o País da Grande Muralha, pois nele estão contidas as esperanças derecuperação de diversas economias.

Dúvidas sobre a China

Fonte: Eurostat Ago/12

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

BRASIL

RÚSSIA

ÍNDIA

CHINA

Á. D

O SUL

Variação PIB BRICS 2º. Tri. (anualizada)

Fonte: Jornal Estado de São Paulo Ago/12

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AEN na MídiaEstado de Minas – Julho de 2012Link: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/07/27/internas_economia,308461/juros-voltam-a-subir-em-julho.shtml

AEN na MídiaEstado de Minas – Julho de 2012Link: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/07/27/internas_economia,308461/juros-voltam-a-subir-em-julho.shtml

Juros voltam a subir em julhoPara especialistas, a alta pode ser consequência dos índices de inadimplência ou mesmo dos resultados das instituições

Victor Martins -Publicação: 27/07/2012 06:00 Atualização: 27/07/2012 08:28

Brasília – Pressionados por uma inadimplência resistente e pela crise internacional, os bancos voltaram a pesar a mão sobre o bolso do consumidor. Segundo dados do Banco Central, o custo do crédito para as famílias aumentou 1,3 ponto percentual no início de julho: a taxa média saiu de 36,5% ao ano — o menor valor desde 1994 —, para 37,8%. A alta é uma resposta das instituições aos fracos balanços apresentados no primeiro semestre do ano, sobretudo depois de alguns bancos, pela primeira vez em dez anos, amargarem retração no lucro — o Santander, ontem, divulgou recuo de 35,2% no segundo trimestre. Os banqueiros, de acordo com esses dados preliminares, mexeram justamente onde o governo não queria, nos spreads (diferença entre o que o banco paga para captar recursos e o que ele cobra para governo não queria, nos spreads (diferença entre o que o banco paga para captar recursos e o que ele cobra para emprestar).

Balanço do Santander, divulgado ontem, mostra recuo de 53,2% no lucro do segundo trimestre de 2012

Os números divulgados ontem pela autoridade monetária se referem à média dos primeiros 11 dias úteis de julho. No período, os spreads registraram incremento de 1,6 ponto percentual, passaram de 28,5 pontos percentuais para 30,1. “Essa alta pode ser um reflexo da maior aversão ao risco em função da crise internacional e por uma maior seletividade nas concessões de crédito”, avaliou Newton Rosa, economista-chefe da gestora de recursos Sul América Investimentos. Para Fernando Moura, gestor da consultoria Acoi Expert Network, o percentual ainda alto de inadimplência tem levado os bancos a buscar soluções para melhorar os resultados. “Os bancos estão preocupados com os calotes. As despesas recém publicadas pelo Bradesco, por exemplo, com provisão para devedores duvidosos, foi 40% maior que no mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 3,4 bilhões”, observou.

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AEN na Mídia (continua)AEN na Mídia (continua)

Correção

Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, defende que os motivos sejam outros. “É sazonal. Toda época, nesse período, há um aumento”, garantiu. Segundo ele, depois de uma queda expressiva nas taxas, também é “natural alguma correção” para cima. Pelo menos até junho os indicadores mostram que o crédito tem respondido aos estímulos dados pelo governo. A carteira de veículos, por exemplo, registrou avanço de 1,4% no mês passado, atingiu R$ 202,7 milhões. Na avaliação de especialistas, o crédito automotivo cresceu puxado pela redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros. “O consumo segue evoluindo positivamente e o crédito tem papel relevante nisso”, disse Maciel.

As concessões diárias para os consumidores, na média, cresceram de maneira robusta, segundo a avaliação de especialistas. Em junho, avançaram 6,4%. O segmento veículos expandiu 22,8%, o cheque especial, 3,1%. Apenas o crédito pessoal, o que acumula o maior volume do sistema financeiro, apresentou recuo, caiu 1% no mês. “O crédito continua tendo papel importante no crescimento econômico. Vai contribuir para a aceleração da atividade econômica no segundo tendo papel importante no crescimento econômico. Vai contribuir para a aceleração da atividade econômica no segundo semestre do ano”, afirmou Maciel. Ainda assim, técnicos do governo e o mercado esperam um incremento “moderado” no crédito total em 2012. O BC projeta que em dezembro os empréstimos e financiamentos representem 52% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país). Em junho, essas operações alcançaram 50,6%.

Calote dá sinais de estabilização

Depois de um ano e meio em escalada, a inadimplência deu os primeiros sinais de que irá recuar. Pelos dados do Banco Central, a diminuição ainda é tímida, o calote caiu apenas 0,1 ponto percentual entre as famílias e as empresas. O índice dos consumidores, porém, ainda é considerado alto pelo mercado, passou de 7,9% para 7,8%. A melhora foi comemorada pelo governo. O presidente do Banco Central, no início da semana, já havia antecipado, durante discurso de apresentação das novas cédulas de R$ 10 e R$ 20, que o indicador havia arrefecido. Especialistas, porém, afirmam que é cedo para celebrar e explicam que o número mostra apenas que a inadimplência bateu no teto.

Queda dos índices de inadimplência é o primeiro passo para a retomada do consumo e do crescimento

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AEN na Mídia (continua)AEN na Mídia (continua)

Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, avaliou os dados como positivos porque os atrasos de 15 a 90 dias, que ainda não são considerados um calote, também recuaram — entre maio e junho houve diminuição de 0,2 ponto percentual na taxa geral. Em veículos, o recuo foi de 0,5 ponto percentual, uma queda que também foi motivo de comemoração para os técnicos do BC: pela primeira vez desde dezembro de 2010 o indicador cedeu. Para o cheque especial, o recuou foi de 0,2 ponto percentual, para o CDC, 0,3.

Questionado se a redução dos juros não deveriam ter impacto maior sobre a inadimplência, como haviam projetado os economistas do governo, Maciel argumentou que há uma defasagem, mas que ao longo do segundo semestre esse movimento deve ficar mais evidente. Ele disse ainda que as estatísticas não captam com clareza os pedidos de renegociação em função das reduções de juros. “As estatísticas não são muito sensíveis para esse tipo de movimento”, afirmou.

Para Flávio Serrano, economista do Espirito Santo Investment Bank, o número divulgado ontem pelo BC é apenas um primeiro indício de que o calote vai recuar. “Precisamos de mais um ou dois meses para definir se isso é uma tendência”, primeiro indício de que o calote vai recuar. “Precisamos de mais um ou dois meses para definir se isso é uma tendência”, disse. Especialistas lembram ainda que a resistência da inadimplência é favorecida pelo elevado endividamento das famílias, que bateram no nível recorde em maio, em 43,43% da renda acumulada em 12 meses. Para o Banco Central, no entanto, os dados são favoráveis e as famílias ainda têm espaço para se endividar. “O crédito cresceu de acordo com a capacidade de pagamento e com a renda das famílias”, ponderou Maciel. (VM)