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Ao assumir a missão de dirigir o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, foram identifica-das, desde o primeiro momento, duas agendas irrecusáveis para a promoção da competitividade: as exportações e o aumento da produtividade. Esses vetores nortearam as po-líticas e ações do MDIC – nas áreas de comércio exterior, desenvolvimento industrial, inovação, comércio e serviços, além da promoção da melhoria do ambiente de negócios.

Neste balanço do ano de 2015 e do primeiro quadrimestre de 2016, o Ministério presta contas à sociedade brasileira dos resultados alcançados no período.

Registre-se que os programas implantados e os êxitos al-cançados tiveram a colaboração decisiva das outras áreas do Governo Federal e, em especial, do setor produtivo bra-sileiro, que encontrou neste Ministério interlocução aberta e constante disposição para o diálogo.

São grandes os desafios que nossa indústria e nossa econo-mia têm pela frente. Mas estou certo de que a contribuição dada nesse período, espelhada nos números aqui apresen-tados, contribuiu, mesmo em um ambiente de restrições macroeconômicas, para avanços importantes.

Avanços e desafios

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

ARMANDO MONTEIRO NETO

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Sumário

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Balança comercial: reversão do déficit

Plano Nacional de Exportações

Negociações comerciais em 2015

Promoção comercial

Portal Único de Comércio Exterior

PNCE – a dimensão regional do comércio exterior

Interlocução com setor privado

Defesa comercial – lançamento do Decom digital

Ex-tarifários

Apoio às exportações brasileiras

Arranjos Produtivos Locais

PADIS

Selo de Pegada de Carbono – Carbon Trust

I - Comércio Exterior

II - Indústria

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2015

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InovAtiva Brasil

Siscoserv e estatísticas do comércio exterior de serviços

III - Inovação

IV - Comércio e Serviços

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Innovate in Brasil

Estudos de inteligência comercial para o setor de serviços

Cooperação internacional

Deep Dive São Francisco

Pronatec Setor Produtivo

Fórum de Competitividade do Varejo

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I - Comércio Exterior

II - Desenvolvimento eCompetitividade Industrial

III - Inovação e Novos Negócios

IV - Comércio e Serviços

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2016

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I - Comércio Exterior

Balança comercial: reversão do déficit

2015 foi o ano da reversão do dé-ficit comercial. O saldo acumulou superávit de US$ 19,7 bilhões, re-vertendo resultado negativo de US$ 4,1 bilhões registrado em 2014. Desta forma, a balança comercial brasileira contribuiu com US$ 23,8 bilhões para o ajuste das contas externas. Em comparação ao ano ante-rior, as exportações caíram 15,1%, alcançando US$ 191,1 bilhões, enquan-to as importações tiveram queda de 25,17%, somando US$ 171,5 bilhões.

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A corrente de comércio registrou cifra de US$ 362,6 bilhões, o que repre-sentou queda de 20,18% sobre o mesmo período anterior, quando totali-zou US$ 454,3 bilhões.

Apesar de o superávit ter sido resultado de uma queda mais expressiva das importações do que do desempenho das exportações, o comporta-mento dos dois movimentos apresentou diferenças importantes.

Do lado das exportações, nota-se que a redução de 14,1% foi resultante da queda dos preços dos produtos exportados (-21,9%), uma vez que os volumes exportados apresentaram aumento de 10,1%.

Esse acréscimo resultou no maior volume exportado da história do co-mércio exterior brasileiro.

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Impacto dos preços internacionais

Cerca de 70% da redução das receitas oriundas de exportações em 2015 se concentraram em apenas três produtos: minério de ferro, petróleo e derivados e produtos do complexo soja.

Para se ter uma ideia do impacto da queda dos preços internacio-nais no desempenho da balança comercial brasileira, se considerados os preços médios praticados em 2014, para as quantidades exportadas em 2015, apenas para esses produtos, haveria uma receita adicional nas ex-portações de US$ 37,6 bilhões.

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Observa-se que, apesar da baixa dos preços, houve aumento das quan-tidades exportadas. Para toda a balança comercial brasileira, esse acrés-cimo superou 10% - resultando no maior volume exportado na história do comércio exterior brasileiro -, e representa mais de três vezes a ex-pectativa do FMI para o aumento do volume para o comércio interna-cional como um todo (3,1%).

Queda das exportaçõesacompanha tendência mundial

O baixo desempenho das exportações e das impor-tações, em valor, não foi um fenômeno exclusivo do Brasil. De acordo com dados da OMC, até no-vembro de 2015, o conjunto dos 70 países que mais operam no comércio internacional e que respon-dem por 90% do volume total exportado também apresentou queda de 11,1% nos valores exportados

e de 12,9% nos importados.

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Importações

Do lado das importações, o movimento descendente teve natureza dife-rente do observado nas exportações. A diminuição de 24,3% foi resulta-do da queda tanto dos preços (-11,9%) quanto das quantidades (-14,1%). O desempenho dos dois indicadores contribuiu para que as importa-ções apresentassem uma redução maior do que a das exportações.

Ainda assim, nas importações, ressalta-se a importância da variação observada nos preços internacionais de petróleo e derivados, que res-pondeu por 1/3 da redução dos valores importados em 2015. No que se refere às quantidades importadas, observa-se um inegável impacto da retração da demanda interna, causada por fatores como a valorização do dólar, associada à menor atividade industrial em 2015.

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Principais produtos exportados

No ano passado, os produtos industrializados voltaram a ser majoritá-rios na pauta das exportações brasileiras. A participação dos industriali-zados passou de 48,5%, em 2014, para quase 51,9% em 2015. Destaques para bens de maior valor agregado, como automóveis de passageiros (6,6%), veículos de carga (10,1%), aviões (16%).

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Plano Nacional de Exportações

Em junho de 2015, o governo lançou o Plano Nacional de Exportações, um conjunto de ações para ampliar as vendas externas, aumentar a base exportadora e abrir novos mercados para produtos brasileiros, possibili-tando um reposicionamento da política comercial do País.

O Plano estabelece cinco pilares estratégicos de atuação: acesso a mer-cados; promoção comercial; financiamento e garantia às exportações; facilitação de comércio; e aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações.

Por meio de uma estrutura que combina diretrizes gerais e me-tas anuais, o Plano assume um formato dinâmico, que permi-te sua constante atualização, bem como ajustes oportunos em seu conteúdo, de modo a refletir a evolução do cenário doméstico e internacional e melhor atender aos interesses do País.

Das 76 metas previstas pelo Plano Nacional de Exportações para se-rem implementadas no segundo semestre de 2015, mais de 97% foram cumpridas (73,7%) ou estão em andamento (23,6%). A recomposição gradual do Reintegra e a ampliação do acesso ao BNDES Exim, que cor-respondem a 2,7% das entregas, não foram implementadas devido às restrições fiscais enfrentadas em 2015 e serão retomadas em 2016.

Nesses seis meses, grande parte das prioridades estabelecidas para o período foi cumprida.

Uma das prioridades era a aproximação e ampliação do comércio com mercados de maior dinamismo econômico como EUA e Países da Bacia do Pacífico, para citar exemplos. Outra era a assinatura de Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFIs) com novos parcei-ros – foram assinados com Chile, Colômbia, México, Angola, Moçambi-que e Malaui.

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Negociações comerciais em 2015

O Brasil promoveu um reposicionamento de sua política comercial, bus-cando inserir as empresas brasileiras em mercados internacionais com maior dinamismo, uma estratégia que implicou o fortalecimento das re-lações comerciais com parceiros tradicionais, mas também a abertura de novos mercados para produtos brasileiros.

As ações foram conduzidas para acelerar desgravação tarifária em acordos já existentes, como os Acordos de Complementação Econômi-ca (ACEs) e de livre comércio, com destaque para negociação entre o Mercosul e a União Europeia; e uma ação para avançar em negociações que não envolvem temas tarifários. Uma parcela significativa dessa es-tratégia esteve calcada na conclusão dos acordos comerciais em anda-mento ou em novas negociações em áreas como investimentos, bens, serviços, facilitação de comércio, regulamentos técnicos, convergências regulatórias e compras governamentais, nos planos bilateral, regional e multilateral.

Ao longo de 2015, o MDIC deu prosseguimento a diversas negociações com parceiros importantes, ampliando as possibilidades de acesso a mercados para empresas brasileiras, o que ajudou no superávit da ba-lança comercial no ano.

Entre as principais realizações, podemos destacar:

Acordos automotivos

O Brasil renegociou acordos com Argentina, México e Uruguai e cele-brou novo acordo com Colômbia. Devido à retração do mercado do-méstico, o canal externo tornou-se alternativa importante para a ma-nutenção da produção do setor. Os primeiros sinais de aumento nas exportações começam a aparecer. Em 2015, as exportações de veículos cresceram 11,7% em unidades, se comparadas com 2014 (409 mil em 2015 contra 366 mil no ano anterior).

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Uruguai - Livre Comércio de Veículos em 2016

Em dezembro, Brasil e Uruguai assinaram um acordo de livre comércio para bens do setor automotivo – automóveis de passageiros, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus –, com vi-gência ainda no primeiro trimestre de 2016.

O Brasil exportou 15,9 mil unidades automotivas para o Uruguai, volume 12,8% maior que o exportado em 2014, que foi de 14,1 mil unidades. Em valores, a exportação de veículos brasileiros para o Uruguai chegou a US$ 211 milhões, uma leve alta de 1,4% na comparação com o ano an-terior, quando as vendas alcançaram US$ 208 milhões. Em 2015 foram vendidas 50,8 mil unidades de veículos automotivos no Uruguai.

Argentina

Em maio de 2015, Brasil e Argentina negociaram o acordo automotivo, que foi prorrogado até 30 de junho de 2016, nas mesmas condições anteriores.

Os dois países devem, até lá, negociar o novo acordo de longo prazo para o setor.

Em 2015, o Brasil exportou 270 mil unidades automotivas para a Ar-gentina, um volume 5,8% maior que o exportado em 2014, que foi de 255 mil unidades. Em valores, a exportação de veículos brasileiros para a Argentina em 2015 chegou a US$ 3,685 bilhões, cerca de 1,6% acima do total exportado em 2014, que alcançou a cifra de US$ 3,628 bilhões. Em 2015 foram vendidas um total de 643,672 mil unidades de veículos automotivos na Argentina.

México

Em março, Brasil e México renegociaram o acordo automotivo.

Foram negociadas cotas para automóveis e comerciais para o período de quatro anos:

De 19/03/2015 a 18/03/2016: US$ 1,560 bilhão.

De 19/03/2016 a 18/03/2017: US$ 1,606 bilhão.

De 19/03/2017 a 18/03/2018: US$ 1,655 bilhão.

De 19/03/2018 a 18/03/2019: US$ 1,704 bilhão.

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Além disso, foram acordados novos requisitos de origem para autope-ças e mudanças na administração das cotas de veículos.

Em 2015, o Brasil exportou 67 mil unidades automotivas para o México, um volume 75,5% acima do exportado em 2014, que foi de 38 mil unida-des, já como um resultado importante do acordo. Em valores, a expor-tação de veículos brasileiros para o México em 2015 chegou a US$ 546 milhões, cerca de 56% acima do total exportado em 2014, que alcançou US$ 350 milhões. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o mercado mexicano registrou venda de 1,351 milhão de veículos automotivos.

Colômbia

Brasil e Colômbia negociaram novo acordo para o setor automotivo em 2015. Os dois países definiram cotas com 100% de preferência tarifária, por três anos, para veículos de passageiros e de carga até 3,5 toneladas:

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016 – 12 mil unidades

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017 – 25 mil unidades

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2018 – 50 mil unidades.

O acordo terá vigência ainda no primeiro semestre de 2016.

Anteriormente às negociações, produtos brasileiros do setor pagavam, em média, 16% de alíquota de importação para acessar o mercado co-lombiano. Agora, dentro das cotas estabelecidas, a alíquota será de 0%.

O mercado colombiano, em 2015, registrou a venda de 283,3 mil veícu-los. Desse total, o Brasil respondeu por cerca de oito mil unidades.

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Acordos de Cooperação e Facilitaçãode Investimentos - ACFI

O governo brasileiro desenvolveu uma nova abordagem para acordos de investimentos, focada no conceito de facilitação do fluxo de capitais, mitigação de riscos e prevenção das controvérsias.

O Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) tem como objetivo apoiar a internacionalização de empresas brasileiras e a atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, impulsionando os fluxos de investimento, promovendo o crescimento econômico, inte-grando mercados e dinamizando a pauta comercial.

Principais elementos inovadores:

Indicação de um ponto focal, ou ombudsman, em cada país, que será um facilitador na relação e deverá trabalhar como um canal de inter-locução para melhoria das condições e manutenção do investimento.

Criação de Comitê Conjunto, com representantes governamen-tais dos dois países, para monitorar a implementação do acordo, o com-partilhamento de oportunidades de investimentos e, sobretudo, a atuação conjunta para a prevenção de controvérsias e solução amigável de eventu-ais disputas.

Criação de mecanismo de prevenção de controvérsias baseado em diálogos e consultas bilaterais.

Definição de agendas de cooperação e facilitação de investimen-tos em áreas potenciais para o fomento de um ambiente de negócios mais dinâmico.

ACFIs assinados em 2015:

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Mercosul - União Europeia: troca de ofertas

Ao longo do ano, foram realizadas diversas reuniões com vistas a ga-rantir a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia. O MDIC, de forma coordenada com os outros ministérios envolvidos na negocia-ção, realizou um intenso trabalho para harmonizar a proposta dentro do Mercosul, que está pronta para ser apresentada. A troca de ofertas é o primeiro passo para que as negociações possam ser concluídas.

Na última reunião do bloco europeu, que aconteceu em 27 de novem-bro, em Bruxelas, a maioria dos países se manifestou a favor da troca de ofertas e da continuidade da negociação. A expectativa é de que a troca aconteça ainda no primeiro semestre de 2016.

A União Europeia continua sendo principal parceiro comercial do Mer-cosul, respondendo por 20% do comércio total do bloco.

Estados Unidos - convergência regulatória,PPH, resultados do MDIC-DoC

Nas negociações para ampliação do comércio com os Estados Unidos, convergência regulatória e harmonização de normas são pontos chave, uma vez que as tarifas para produtos industrializados brasileiros naque-le mercado são relativamente baixas. Para muitos setores da economia brasileira, o cumprimento das exigências regulatórias gera altos custos para o exportador. Cabe ressaltar que as exportações brasileiras para o mercado americano (segundo destino das exportações) são majorita-riamente de manufaturados, que correspondem a 63% das vendas para os EUA.

Para reduzir essas barreiras não tarifárias, em fevereiro de 2015, como resultado da visita oficial do ministro Armando Monteiro aos Estados Unidos, os dois países definiram os principais temas do diálogo comer-cial: facilitação do comércio e convergência regulatória.

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O primeiro grande avanço das rodadas do diálogo comercial entre o MDIC e o Departamento de Comércio norte-americano (DoC) foi o acor-do assinado em 19 de março entre a Associação Nacional dos Fabrican-tes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) e a Tile Council of North America (TCNA), estabelecendo pro-cessos e etapas para se alcançar a convergência regulatória do setor, com foco na harmonização de normas técnicas.

Ainda no tema da convergência regulatória, houve avanços no compar-tilhamento de informações e padronização. Inmetro e ABNT assinaram acordo de adesão ao portal da ANSI – American National Standards Institute, que já contava com a participação de países como Índia, China e Coreia do Sul. Trata-se de iniciativa conjunta para intercâmbio e com-partilhamento de informações técnicas para padronização do comércio bilateral.

Em novembro, na última reunião MDIC-DoC, foi assinado novo acor-do para que empresas brasileiras dos setores de máquinas e equipa-mentos, eletroeletrônicos e luminárias possam certificar seus produtos no Brasil para exportá-los para os Estados Unidos. A mudança reduz o prazo em 75% (de um ano para três meses) e os gastos com ensaios e testes laboratoriais ficarão 30% mais baratos, em média. Além disso, as empresas não terão mais despesas com o envio de amostras para laboratórios norte-americanos. Juntas, as empresas brasileiras dos três setores exportaram, entre janeiro e dezembro/2015, US$ 3,99 bilhões para os EUA.

MDIC e Inmetro têm trabalhado também com entidades de outros se-tores, como têxtil, cerâmico e de refrigeração, para harmonização de normas técnicas que removam as barreiras para exportação brasileira para o mercado norte-americano.

É ainda importante destacar:

1. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e a American Appa-rel & Footwear Association (AAFA) iniciaram um trabalho para analisar os respectivos padrões e normas técnicas para avançar na convergência regulatória ou no reconhecimento de mecanismos mútuos.

2. Brasil e EUA assinaram memorando de cooperação sobre boas práticas regulatórias, para troca de experiências sobre transparência na regula-mentação do comércio exterior, coordenação entre órgãos intervenientes e eliminação de barreiras regulatórias desnecessárias ao comércio.

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3. Técnicos do U.S. Census Bureau e do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC completaram a harmonização das estatísti-cas de comércio utilizando dados de 2012, 2013 e 2014.

4. Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC, o International Trade Admi-nistration (ITA) e o U.S Bureau of Economic Analysis (BEA) estabeleceram intercâmbio de experiências e metodologias de coleta de dados para análi-se e publicação de estatísticas sobre o comércio internacional de serviços.

5. American National Standards Institute (ANSI), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Inmetro trabalham na criação de um portal

sobre normas dos dois países.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) assinou, durante a última reunião MDIC-DoC, com o Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO), um projeto piloto de cooperação para exame de pa-tentes, o PPH – Patent Prosecution Highway.

O PPH é um acordo de cooperação que permite uma “via expressa” para análise de concessão de patentes e o compartilhamento de informações sobre o exame realizado pelos escritórios de patentes dos dois países. O programa-piloto terá duração de dois anos a contar de janeiro de 2016, limitado a 150 pedidos de patentes por escritório.

O PPH poderá beneficiar qualquer pessoa ou empresa que busca prote-ger seu direito de patente no Brasil e nos Estados Unidos.

O pedido que for depositado inicialmente no INPI, e também deposita-do no USPTO, poderá ser priorizado pelo INPI e, pela via do PPH, ter sua análise igualmente priorizada pelo escritório americano.

O projeto prevê que o INPI priorizará pedidos do setor de petróleo e gás, enquanto o USPTO poderá analisar prioritariamente pedidos brasi-leiros de qualquer setor.

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México

Em 2015, o Brasil trabalhou para relançar suas relações comerciais com o México, segunda maior economia da América Latina. As negociações buscam ampliar a cobertura do Acordo de Complementação Econômi-ca-53 (ACE 53), acordo comercial bilateral entre as duas maiores eco-nomias da América Latina, que concede preferências tarifárias fixas.

A expansão pode alcançar quatro ou cinco vezes o universo de produ-tos industrializados e agrícolas, atualmente limitado a 800 linhas tarifá-rias. Após cerca de sete meses de negociação, em dezembro, foi feita a troca de ofertas entre os dois países para expansão do acordo.

Além disso, foi assinado com o país o primeiro ACFI da América Latina. Por fim, os dois países renegociaram o acordo automotivo em novas bases, que refletiu em um aumento de mais de 70% na exportação de veículos brasileiros para o mercado mexicano.

Outros acordos importantes

Peru

Lançamento de uma agenda renovada e ampliada na relação comer-cial, que inclui a negociação de acordos de serviços, compras gover-namentais, investimentos, facilitação de comércio e a aceleração dos cronogramas de desgravação tarifária de forma bilateral no âmbito do Acordo de Complementação Econômica (ACE-58). Entre os dias 14 e 16 de dezembro, houve uma reunião bilateral em Lima com avanços em todos os temas.

Colômbia

Assinado um novo acordo automotivo e o primeiro ACFI na América do Sul. Equipes técnicas negociam bilateralmente o descongelamento de desgravação do Acordo de Complementação Econômica (ACE-59), além de acordos nos setores de serviços e de compras governamentais.

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África

Há robusta agenda de negociações de ACFIs com países do continente africano. Além dos acordos já assinados com Angola, Moçambique e Malaui, há negociações com África do Sul, Argélia, Marrocos, Nigéria e Tunísia.

Mercosul X EFTA

Em 2015 o Mercosul iniciou, com decisiva participação do Brasil, um processo de aprofundamento das relações com a European Free Trade Association (EFTA), área de livre comércio formada pela Suíça, Norue-ga, Islândia e Liechtenstein. O primeiro encontro entre representantes dos blocos para diálogo exploratório ocorreu em junho de 2015, em Genebra, na Suíça. Como segundo passo das negociações, o MDIC lan-çou uma consulta pública para mapear os interesses e sensibilidades do setor produtivo brasileiro para orientar as negociações futuras com a EFTA.

Mercosul X SACU

O Acordo de Preferências Tarifárias entre o Mercosul e a SACU (bloco que reúne a África do Sul, Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia) foi aprovado pelo Congresso Nacional, e para concluir sua internalização falta apenas a publicação de decreto pelo Poder Executivo. Em 2016 o MDIC buscará a ampliação do acordo entre os blocos.

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Promoção Comercial

O Ministério realizou, ao longo do ano, 23 missões. Além das missões, a Apex-Brasil realizou 886 eventos de promoção e atração de investi-mentos em 31 países, com destaque para Estados Unidos, França, Co-lômbia e Alemanha.

Ao todo, 12.351 empresas receberam apoio da Apex-Brasil em 2015, au-mento de 14,5% em relação a 2014. Essas empresas exportaram US$ 61,5 bilhões em 2015, sendo que US$ 38,5 bilhões foram para os países prioritários do Plano Nacional de Exportações.

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Portal Único de Comércio Exterior

O Portal Único de Comércio Exterior é uma ferramenta do do governo federal que simplifica os processos de exportação e importação no país, e que quando estiver totalmente implementado, em 2017, permitirá que as empresas tenham apenas uma interface com os 22 órgãos interve-nientes no comércio exterior brasileiro, reduzindo a burocracia e os cus-tos de exportadores e importadores.

Em 2015, foi concluída importante etapa de implantação, com o fim da utilização do papel nas operações de importação e exportação. Todos os órgãos federais envolvidos no comércio exterior aderiram, no final do ano passado, ao uso da ferramenta de anexação eletrônica de do-cumentos. Com isso, mais de 90 toneladas de papéis deixarão de ser utilizadas todos os anos nas operações de exportação e importação no Brasil. Atualmente, 95% dos processos de autorização para exportar e 97% para importar já podem ser apresentados exclu-sivamente por meio eletrônico, o que reduz custos e prazos para as empresas brasileiras que ope-ram no comércio exterior.

Também foi construído um novo fluxo processual, com a participação direta do setor privado, que será utilizado para o desenvolvimento do “Módulo Exportação” do Portal. O novo fluxo entrará em operação até o final de 2016, e tem o objetivo de reduzir em até 40% os prazos médios das operações de exportação, passando de 13 para oito dias.

O Portal Único será entregue completamente ao final de 2017, quando está previsto o início d o novo fluxo processual do “Módulo de Importa-ção”, cujo objetivo é reduzir o prazo médio das operações de 17 para 10 dias. Outra meta do Portal, além da desburocratização dos processos, é ampliar a transparência, ao permitir que as empresas acompanhem pela internet o andamento de suas operações.

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PNCE – A Dimensão Regionaldo Comércio Exterior

Ao longo de 2015, o MDIC lançou o Plano Nacional da Cultura Exporta-dora (PNCE) em quatro estados: Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O programa é o braço regional do Plano Nacional de Exportações, e tem o objetivo de aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior, além de promover o crescimento das ex-portações de produtos e serviços, com ênfase em bens manufaturados, com maior fator agregado. A meta do MDIC é instalar comitês gestores do PNCE em todos os estados brasileiros até o fim de 2016. O PNCE é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização – que constituem a trilha da internacionalização, ou o caminho para uma empresa exportar. O programa conta com três te-mas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão.

Ação regional

O programa conta com vários apoiadores nos âmbitos regional e nacio-nal, e as parcerias serão construídas de forma customizada para atender às reais necessidades de cada um dos Estados. No geral, os comitês gestores estaduais, que acompanham o desempenho das ações, são compostos com a participação de representantes dos ministérios das Relações Exteriores (MRE); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); do Governo do Estado; das federações das indústrias; do Sebrae; da Apex-Brasil; da ABDI; dos Correios; do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Esses parceiros, sob a coordenação do MDIC, organizam uma agenda de ações de capacitação para as empresas, como a realização de um diagnóstico de produtos e serviços com potencial exportador, consul-toria de inteligência comercial (que avalia em quais mercados aquele produto ou serviço tem potencial de venda), incentivo à participação em missões comerciais e em rodadas de negócios com compradores estrangeiros.

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Defesa Comercial – Lançamento do Decom Digital

Em duas décadas de existência, a defesa comercial brasileira consoli-dou-se como um importante instrumento da política comercial; e o MDIC tem investido no fortalecimento do Departamento de Defesa Comercial (Decom) e no aperfeiçoamento dos processos. Com este objetivo, foi criado um sistema informatizado que permite um melhor acompanha-mento das investigações pelas partes interessadas. Chamado de “De-com Digital”, o sistema, lançado em julho de 2015, passou a permitir que as empresas autoras ou citadas tenham acesso remoto aos autos das investigações de defesa comercial. Desta forma, há redução de custos das empresas, eleva-se o nível de previsibilidade, e são garantidas a ampla defesa e o contraditório.

Além disso, as investigações de dumping amparadas pelo novo marco regulatório brasileiro vêm apresentando avanços significativos na redução dos prazos. O tempo médio entre o recebimento da petição e o início da investigação foi re-duzido de 165 para 48 dias. Entre o início da investigação e a publicação da determinação preliminar, o prazo médio passou de 329 para 118 dias. E o intervalo entre o início da investigação e a publicação da determina-ção final, que era de 495 dias, agora é, em média, de 361 dias.

Apoio às Exportações Brasileiras

O Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), é um colegiado que integra a Camex. Suas atribuições são enquadrar e acom-panhar as operações do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), estabelecendo os parâmetros e condições para concessão de assistência financeira às ex-portações e de prestação de garantia da União.

MDIC

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Em 2015, o Cofig aprovou medidas que facilitaram a exportação de bens e serviços brasileiros. Em relação à concessão de crédito, merecem des-taque:

O programa de Financiamento às Exportações (Proex) que apoiou, em 2015, 24 empresas com equalização de taxas de juros, viabili-zando, assim, US$ 5,1 bilhões em exportações. Outras 146 empresas foram apoiadas na modalidade financiamento, o que permitiu a exportação de US$ 360 milhões em bens e serviços.

O programa Mais Alimentos Internacional enquadrou 21 novas operações que promoverão US$ 80,78 milhões em exportações de má-quinas agrícolas. Os destinos são países da África e da América Latina e Caribe.

Em relação ao Seguro de Crédito à Exportação (SCE), implanta-do, em junho de 2015, para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), foram aprovadas 40 operações para o setor, que resultaram em mais de US$ 4 milhões em exportações.

Outra medida adotada para o aperfeiçoamento do Fundo de Ga-rantia à Exportação (FGE) refere-se à mudança de metodologia do cálculo da margem de solvência e da alavancagem do Fundo, que permitiu au-mentar o limite de exposição do FGE viabilizando a aprovação de novas operações.

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II - Indústria

interlocução com setor privado

Em 2015, foram relançadas as agendas do Conselho Nacional de De-senvolvimento Industrial (CNDI) e o Conselho Consultivo do Setor Pro-dutivo da CAMEX (CONEX), canais de interlocução do governo para a construção de uma agenda da competitividade para o setor produtivo.

Com a revitalização dos Conselhos, o MDIC estabeleceu novos padrões de articulação e cooperação entre os atores empresariais, governamen-tais e da sociedade.

O MDIC se consolidou como plataforma de interlocução com o setor privado. Um sinal claro foi o número de audiências concedidas pelo mi-nistro: 142 empresas, 51 associações, 24 federações de indústria, comér-cio e serviços.

Ex-tarifários

O regime de ex-tarifário consiste na redução da alíquota do imposto de importação para Bens de Capital (BK) e Bens de Informática e Te-lecomunicação (BIT), que não tenham produção nacional. O programa permite a desoneração de investimentos produtivos, com acesso facili-tado a tecnologias ainda não desenvolvidas no país, gerando ganhos de produtividade e de eficiência na indústria.

Desempenho do programa em 2015:

- Foram autorizadas importações de US$ 7,7 bilhões em BK e BIT associa-dos a Investimentos de cerca de US$ 19 bilhões

- Concessões permitiram investimentos em 21 estados e o Distrito Fede-ral, e abrangeram 49 setores, como automotivo, cerâmica, eletrodomés-ticos, farmacêutico, médico-hospitalar, metalúrgico, petroquímico, entre outros.

- Em 2015, os pleitos levaram, em média, 65 dias para serem analisados.

Em 2014 o prazo era de 85 dias.

MDIC

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Arranjos Produtivos Locais

Devido à importância dos arranjos para a economia regional e, conse-quentemente, nacional, o MDIC, por meio da Secretaria de Desenvolvi-mento da Produção (SDP), coordena o Grupo de Trabalho Permanente de Apoio aos APLs (GTP-APL). Em dezembro de 2015, o GTP organizou a 7ª Conferência Brasileira dos APLs, que discutiu, entre outros temas, a dinamização das cadeias produtivas e a inclusão social.

Em 2015, os APLs ganharam destaque e reconhecimento como um im-portante instrumento de política industrial para o desenvolvimento re-gional. As ações de estímulo à competitividade e de acesso a mercados impactam diretamente a geração de emprego e renda e o desenvolvi-mento das regiões. A SDP tem trabalhado para a sensibilização e forta-lecimento da agenda de interesse dos APLs com os parceiros estratégi-cos, principalmente os ligados a setores industriais.

A expectativa para 2016 é fortalecer ainda mais o Grupo de Trabalho, com a implementação integrada de políticas que irão melhorar a produ-tividade e aumentar a competividade das empresas inseridas em APLs.

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PADIS

O PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da In-dústria de Semicondutores e Displays) é um conjunto de incentivos fis-cais federais que tem objetivo de contribuir para a atração de inves-timentos e ampliação dos já existentes nas áreas de semicondutores e displays (mostradores de informação), incluindo células e módulos/painéis fotovoltaicos e insumos estratégicos para essa cadeia produtiva.

O Programa possibilita às empresas interessadas a desoneração de de-terminados impostos e contribuições federais incidentes na implanta-ção industrial, na produção e comercialização dos equipamentos be-neficiados. Como contrapartida, as empresas têm de investir parte do faturamento em Pesquisa & Desenvolvimento.

O PADIS é um programa estratégico para o país, pois até 75% dos cus-tos de fabricação de dispositivos eletrônicos concentram-se em semi-condutores. A importação de componentes para a indústria eletroele-trônica foi de US$ 24,6 bilhões, em 2015, o equivalente a 71% do déficit comercial do setor.

O Programa, que venceria em 2015, foi prorrogado até 2020.

Em 2015, os investimentos dos projetos aprovados no programa soma-ram R$ 661 milhões. Atualmente há 11 empresas habilitadas, incluindo uma do setor de energia solar fotovoltaica. Há diversos projetos em análise técnica por parte dos dois ministérios envolvidos (MCTI e MDIC), muitos deles na área de energia solar.

Selo de pegada de carbono – Carbon Trust

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) iniciaram o processo de implementação do primeiro selo de pegada de carbono de produtos do Brasil, que será lançado oficialmente em abril de 2016.

O projeto é em parceria com a Carbon Trust, empresa britânica sem fins lucrativos especialista no tema.

MDIC

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O processo de medição e certificação conta com metodologias e pa-drões internacionais – trazidos pelo Carbon Trust, que já criou sistemas deste tipo no Reino Unido, Hong-Kong, Malásia, Taiwan e México.

A ABNT será responsável pela parte operacional do sistema, incluindo a coordenação dos comitês técnicos encarregados da atualização das regras de medição de pegada para cada produto. O INMETRO será o órgão acreditador das entidades que posteriormente tenham interesse em fazer a verificação dos dados das empresas que decidam se candi-datar à certificação.

O projeto realizou em 2015 a fase piloto, financiada por um fundo de auxílio internacional do governo Britânico, com um grupo de empresas Brasileiras de sete setores industriais: aço, alimentos, alumínio, cimen-to, tecidos, químicos e vidros.

As empresas receberam suporte gratuito do Carbon Trust para elabo-ração das regras de medição por categoria de produto e para efetiva-mente medirem suas pegadas usando as metodologias estabelecidas ao longo do projeto.

Durante o processo de aferição, mede-se o total de emissões de gases de efeito estufa que foram emitidos na produção, transporte e, em cer-tos casos, uso e fim de vida dos produtos. As empresas podem solici-tar a medição do consumo de água na produção dos seus produtos.

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III - Inovação

InovAtiva Brasil

O InovAtiva Brasil é o maior e mais abrangente programa de capacita-ção, mentoria e conexão para startups do Brasil. O principal objetivo do programa é assessorar empreendedores de todo o país na missão de transformar iniciativas e tecnologias inovadoras em negócios de rápido crescimento e, ao final do processo, conectar essas empresas ao mer-cado privado (aceleradoras de empresas, investidores anjo e fundos de investimento, parceiros e clientes) e a outros programas públicos de apoio. Para isso, o programa disponibiliza uma plataforma online que oferece um cardápio de cursos de capacitação e está disponível para qualquer interessado. Até 300 startups são selecionadas para partici-par dos Ciclos de Aceleração, em que recebem mentorias individuais por até quatro meses e participam de eventos presenciais de mento-ria e treinamento. Na última etapa, até 125 finalistas apresentam seus negócios a investidores e grandes empresas.

Em 2015, o InovAtiva recebeu a inscrição de 729 projetos de em-presas inovadoras nascentes. Do total, foram selecionados 127 startups, representando 14 estados (Ala-goas, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), e o Distrito Federal. As startups participantes apresentavam inovações para setores como tecnologia da informação e comunicação, agronegócios, educação, automotivo, ener-gia, indústria química, saúde e logística, entre outros.

Das 127 empresas que iniciaram o Ciclo de Aceleração 2015, 93 foram selecionadas para a Etapa final e participaram da maior banca de star-tups do país, realizada em parceria com o Instituto Anjos do Brasil no dia 30 de novembro, em São Paulo.

MDIC

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Innovate in Brasil

Em março de 2015, o MDIC e a Apex-Brasil lançaram, em evento realiza-do em Nova York para cerca de 50 empresas multinacionais, o progra-ma Innovate in Brasil, que tem como objetivo atrair para o país investi-mentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O Programa de Atração de Centros e Projetos de P&D foi estruturado em três principais eixos de atuação: (1) promoção da imagem do Brasil como país inovador a investidores estrangeiros; (2) atendimento cus-tomizado a potenciais investidores em P&D, tendo a Apex-Brasil como ponto focal no Governo Federal e (3) disseminação de informações so-bre o ecossistema brasileiro de inovação de forma estruturada e aces-sível ao investidor.

Cooperação Internacional

O MDIC, por meio da Secretaria de Inovação e Novos Negócios, lançou editais de cooperação internacional como forma de estimular a pesqui-sa e inovação e promover o desenvolvimento de processos, produtos e serviços que aumentem a competitividade e a produtividade da indús-tria brasileira. Os editais são para projetos de P&D conjunto entre em-presas brasileiras e empresas de países parceiros. Em 2015, a SIN lançou chamadas com França e Alemanha e prorrogou a chamada aberta com Israel. Além disso, a Secretaria promoveu a assinatura de um Acordo de Cooperação do MDIC com a AHK (Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha) em temas de inovação e conseguiu o financiamento do governo britânico, por meio do Prosperity Fund, da etapa interna-cional do programa InovAtiva Brasil, permitindo que startups brasileiras participassem de treinamentos e encontros com investidores em Lon-

dres e Manchester.

Deep Dive São Francisco

Em parceria com a Apex-Brasil e o Porto Digital de Recife, o MDIC lan-çou em 2015 o Programa de Imersão do Porto Digital em São Fran-cisco, Califórnia (EUA). Entre 11 de janeiro e 4 de março de 2016, seis empresas residentes do Porto Digital, dos segmentos de Tecnologia da

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Informação e Economia Criativa, participaram de um período de imer-são internacional para capacitação, mentoria e acesso à rede de negó-cios.

Denominado Deep Dive São Francisco, o programa se propõe a estimu-lar novos comportamentos nas empresas participantes, por meio des-sa imersão internacional. As startups deverão usar a nova experiência como impulso para mudar sua trajetória, superando barreiras na busca por se tornarem empresas globais.

Há 15 anos trabalhando com foco nos setores de tecnologia da informa-ção e economia criativa, o Porto Digital tem cerca de 250 empresas e instituições e apresenta resultados expressivos: atraiu investimentos de 13 empresas nacionais, oito multinacionais (entre elas IBM, Microsoft e Samsung) e criou mais de 7 mil postos de trabalho.

As empresas selecionadas foram:

1. BigHut, de desenvolvimento de games para ambiente mobile;

2. Oncase, consultoria especializada em integração de Big Data - Analytics, Business Intelligence e análise de dados;

3. Lotebox, solução online para consolidação e compartilhamento de car-gas marítimas;

4. Prodeaf, que desenvolveu software de tradução de texto e voz na língua portuguesa para libras (língua brasileira de sinais) e viabiliza a comunica-ção entre surdos e ouvintes;

5. Siliconreef, empresa inovadora do setor de microeletrônica atuando no desenvolvimento de circuitos integrados;

6. Suati, desenvolvedora de software e soluções para o setor elétrico.

MDIC

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Pronatec Setor Produtivo

O MDIC identifica diretamente com o setor privado as demandas para qualificação da mão de obra por setor, ocupação, tipo de curso, localização e cronograma de execução. A interlocução do Ministério é feita diretamente com a área de Recursos Humanos das empresas, bus-cando atender às necessidades do setor e ofertando, em parceria com o MEC, treinamentos direcionados para a atividade produtiva da empresa.

Em 2015, foram ofertadas 42 mil vagas para a qualificação profissional de diversos setores produtivos.

Foram firmados Acordos de Cooperação Técnica com a Fundação Vale e o Estado do Pará no âmbito do Pronatec Setor Produtivo com o obje-tivo de melhor aproveitamento das vagas.

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IV - Comércio e Serviços

Fórum de competitividade do varejo

O setor terciário é responsável por cerca de 70% dos empregos gera-dos no país. Para enfrentar os desafios de aumentar a competitividade e estabelecer uma interlocução constante entre o governo e os represen-tantes do setor, o MDIC instalou em 2015 o Fórum de Competitividade do Varejo.

O fórum é composto por representantes do Ministério e das 18 entida-des mais representativas do setor.

Em 2015, aconteceram cinco reuniões plenárias, além de reuniões e en-contros com órgãos públicos e instituições na composição da Agenda de Competitividade do Varejo, um documento que consolida as princi-pais demandas do setor:

1. Simplificação das obrigações fiscais

2. Fortalecimento do comércio eletrônico

3. Otimização dos serviços de logística

4. Automação de processos

5. Crédito e financiamento

6. Meios de pagamento

7. Modernização das relações trabalhistas

8. Qualificação da gestão

9. Capacitação da mão de obra

MDIC

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Uma das primeiras ações dentro da agenda foi o início de um amplo es-tudo das melhores práticas do comércio eletrônico da União Europeia. O objetivo é criar as bases para a construção de políticas públicas para o e-commerce brasileiro. O estudo norteará ainda as discussões sobre possíveis aprimoramentos de marcos regulatórios e a regulamentação do setor no Brasil.

Siscoserv e Estatísticas do ComércioExterior de Serviços

Em 2015, MDIC divulgou os dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços e Intangíveis (Siscoserv), que permite o registro das operações de comércio exterior de serviços e bens intangíveis rea-lizado por empresas brasileiras.

O Sistema permite que o Governo Federal tenha acesso aos dados do setor e, a partir desses números, elabore ações e políticas públicas de estímulo ao setor de serviços. As estatísticas apuradas também orien-tam as estratégias empresariais do setor.

Os dados foram apresentados em quatro formatos distintos.

1. Panorama do Comércio Internacional de Serviços 2014

2. Perfis Bilaterais de Comércio Exterior de Serviços

3. Dados Consolidados do Comércio Exterior de Serviços

4. Dados Brutos das Operações Registrada desde Agosto de 2012, até Ju-

nho de 2015

A divulgação das estatísticas do Siscoserv faz parte do compromisso do MDIC de trabalhar de forma articulada com o setor privado e com os demais órgãos da Administração Pública para contribuir com a alavan-cagem do comércio exterior de serviços.

Os dados do Siscoserv referentes a 2015 devem ser divulgados no pri-meiro semestre de 2016 no endereço https://www.siscoserv.mdic.gov.br/g33159SCS/jsp/logon.jsp

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Estudos de Inteligência Comercialpara o Setor de Serviços

Para obter informações estratégicas relativas ao comércio internacio-nal de serviços, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior iniciou o desenvolvimento de metodologia capaz de mapear oportunidades de negócios para empresas brasileiras em mercados es-trangeiros.

Para elaborar os estudos, foi desenvolvida uma metodologia de análise para o setor de serviços, adequando diversos indicadores tradicional-mente utilizados para estudos de oportunidade de bens e mercadorias para os dados existentes do setor de serviços.

O estudo piloto foi feito com o mercado da Colômbia, onde foram iden-tificadas oportunidades de negócios em serviços naquele país a partir de cruzamento de dados do Siscoserv e da pauta importadora colom-biana.

Para 2016, com a parceria de outros órgãos e entidades, o MDIC vai en-tregar outros estudos de mercados-alvo para o setor de serviços.

MDIC

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Janeiro/Abril

2016

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I - Comércio Exterior

Superávit alcança US$ 13,2 bilhões

Entre janeiro e abril, as exportações somaram US$ 55,9 bilhões e as importações, US$ 42,7 bilhões. O saldo comercial foi positivo em US$ 13,2 bilhões, revertendo o déficit registrado no mesmo período em 2015 (US$ 5,1 bilhões) e confirmando a tendência de superávits crescentes.

O valor do saldo comercial é o maior já alcançado na série histórica, ini-ciada em 1989.

Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2016 com o mesmo período de 2015, a exportação apresentou redução de 3,4% e a impor-tação, de 32,2%.

Também como registrado em 2015, houve um aumento significativo no quantum das exportações, de 17,5%. A queda nos preços, de 18%, teve grande impacto para o resultado ainda negativo na receita das exporta-ções, comparando com o mesmo período de 2015.

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47

Cabe ressaltar que todas as categorias de produtos registraram aumen-to na quantidade exportada, como mostra o quadro abaixo.

Já as importações no período têm comportamento diverso, com queda tanto no preço (-10,4%) quanto no quantum (-24,3%). Este comporta-mento afeta todas as categorias analisadas (como demonstrado na ta-bela abaixo).

Variação dos Índices de preço e quantum - ImportaçãoComparação Jan/Abr - 2016/2015

Total

Bens de Capital

Bens intermediários

-10,4% -24,3%

-1,4%

-7,6 %

-27,8 %

-24,5%

Bens de Consumo -4,1 % -24,1%

-37,0 % -19,4%

Quantum

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Se fossem mantidos os preços médios de exportação do primeiro qua-drimestre de 2015, haveria uma receita adicional de US$ 13 bilhões – que significaria um crescimento de 19% na exportação, em vez da queda observada de 3,4%.

A tabela abaixo ilustra a diferença de comportamento das importações e exportações.

Aumento da base exportadora ultrapassa 10%

Mais 1.520 empresas exportaram no quadrimestre. De janeiro a abril fo-ram 15.155 exportadoras, o que significa crescimento de 11,1% em rela-ção ao mesmo período de 2015, quando foram contabilizadas 13.635.

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O Plano Nacional da Cultura Exportadora, ferramenta fundamental para incentivar o aumento da base exportadora, ampliou seu alcance de ja-neiro a abril deste ano. Foram lançados quatro novos comitês regionais nos estados do Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O progra-ma, que é o braço regional do Plano Nacional de Exportações, tem o objetivo de aumentar, nos Estados, o número de empresas que operam no comércio exterior, promovendo o crescimento das exportações de produtos e serviços, com ênfase em bens manufaturados, e favorecen-do o desenvolvimento regional.

Setor automotivo aumenta participação externa

As exportações de automóveis (em especial automóveis de passeio e comerciais leves) tiveram aumento significativo, ajudando a mitigar o impacto da queda do mercado interno automotivo. Merece registro o bom desempenho observados nas vendas para Argentina (+50,2% em valor e +65,1% em quantidade), México (+32,2% em valor e +66,2% em quantidade) e Colômbia (+16,7 % em valor e +50,7% em quantidade).

Valores em US$ FOB milhões

1.667,1Automóveis

Argentina

México

Colômbia

Chile

Uruguai

158.747

1.196,4 113.692

24.145

3.986

4.131

4.225

36,9

36,6

35,5

165,8

101.748

68.862

14.529

3.388

2.742

2.106

56,0

65,1

66,2

17,7

50,7

100,6

1.080,3

796,4

35,8

31,4

21,0

125,4

54,3

50,2

3,2

16,7

68,6

32,2

Jan-Abr/2016 Jan-Abr/2015 var%

US$milhões

US$milhões

Unidades Unidades Valor Qtde

Exportação Brasileira de veículos de passeio e comerciais leves

MDIC

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Nos primeiros quatro meses do ano, o MDIC alcançou resultados posi-tivos decorrentes do reposicionamento da política comercial brasileira, implementada a partir de 2015. Entre os principais fatos estão:

Antecipação da desgravação do ACE 58 com o Peru, que esta-belece livre comércio imediato para veículos de passeio e picapes.

Foi assinado com o Peru o mais amplo acordo temático bilate-ral já concluído pelo Brasil, que inclui capítulos de compras gover-namentais, serviços e investimentos. Ressalte-se que é o primei-ro acordo de compras públicas da nossa história. A participação de empresas brasileiras em algumas licitações no país andino vem sendo prejudicada pela exigência de depósito, em instituição fi-nanceira peruana, de montante não inferior a 5% de sua capaci-dade máxima de contratação. Essa exigência não se aplica a em-presas peruanas e empresas de outros países com os quais o Peru tem acordos na área de contratações públicas. Portanto, com a implementação do acordo, as empresas brasileiras passam a ter condições equivalentes de acesso.

Na área de serviços, os compromissos peruanos são equivalen-tes aos consolidados pelo país no âmbito do Tratado Transpacífico (TPP).

Realização da segunda e da terceira rodadas de negociações para ampliação do Acordo de Complementação Econômica com o México (ACE 53). A previsão é que as negociações entre os dois países sejam concluídas ainda no primeiro semestre de 2016.

Realização de reuniões para fechar os detalhes da troca de ofertas entre o Mercosul e a União Europeia, que inclui Bens, Com-pras Públicas, Investimentos e Serviços, e que está agendada para o dia 11 de maio.

Realização da I Reunião da Comissão Bilateral Brasil-Argentina para tratar de temas como comércio bilateral; integração produti-va; facilitação de comércio; negociações no âmbito do Mercosul, como compras governamentais, PCFI (Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos) e negociações extra regionais; bem como a retomada das reuniões do Comitê Bilateral Automotivo.

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Ratificação do Acordo Automotivo Bilateral Brasil Colômbia, as-sinado em 2015, o que possibilita sua protocolização junto à ALADI e posterior entrada em vigor nos dois países.

Entrada em vigor do Acordo de Comércio Preferencial Merco-sul-SACU.

Envio dos acordos assinados em 2015 (Angola, Moçambique, Malaui, Chile e México) para apreciação do Congresso Nacional.

Assinatura da carta de ratificação do Acordo de Facilitação de Comércio da OMC, o que tornou o país o 72º membro da Organiza-ção a ratificar o Acordo.

Brasil x EUA

No primeiro quadrimestre do ano, o ministro Armando Monteiro parti-cipou da III Reunião da Comissão Brasil-EUA de Relações Econômicas e Comerciais (ATEC), ocasião em que foram tratados temas de comércio e investimento, cooperação em foros multilaterais, estratégias para ex-pandir investimentos em manufaturas, biotecnologia agrícola e coope-ração regulatória.

Além disso, uma equipe da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) esteve em Washington para reuniões com representantes dos laborató-rios UL, Intertek e CSA, com o objetivo de expandir a rede laboratorial no Brasil para realização de ensaios para a obtenção de certificados exi-gidos no mercado norte-americano. Desde o ano passado, o laboratório UL já certifica, no Brasil, produtos destinados à exportação para os EUA, com significativo ganho de custos e tempo para as empresas nacionais

MDIC

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II - Desenvolvimento eCompetitividade Industrial

Brasil Mais Produtivo

O MDIC lançou, em abril de 2016, o Brasil Mais Produtivo, programa que tem como objetivo aumentar, em pelo menos 20%, a competitividade e a eficiência dos processos produtivos de 3 mil micro, pequenas e médias indústrias instaladas em todo o país. O programa foi construído com ampla interlocução com o setor privado.

Entre abril de 2016 e maio de 2017, as empresas selecionadas serão atendidas por consultores do Instituto SENAI de Tecnologia e das uni-dades do SENAI. Serão empregadas ferramentas de manufatura enxuta focadas no processo produtivo, com intervenções rápidas e de baixo custo. O objetivo é aumentar a produtividade, com redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns que ocorrem no processo produti-vo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

Desde seu lançamento, há me-nos de um mês, 430 empresas já haviam feito inscrição, sen-do 31,59% delas de São Paulo, 16,17% do Rio Grande do Sul, 11,69% de Minas Gerais, 9,45% do Paraná e 6,72% de Santa Catarina, mesmo per-centual do Rio de Janeiro. Do total, 42,63% das inscritas são pequenas e 35,76% são médias. Os setores com maior representação são metal-mecânico (30,27%), vestuário e calçadista (23,17%), alimentos e bebidas (18,79%) e moveleiro (14,82%).

O Brasil Mais Produtivo é coordenado pelo Ministério do Desenvolvi-mento Indústria e Comércio (MDIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Brasileira de

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Desenvolvimento Industrial (ABDI). Além disso, o programa conta com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular chega ao oitavo ciclo com adesão de todas as montadoras

O MDIC lançou em abril o oitavo ciclo do Programa Brasileiro de Etique-tagem Veicular (PBEV), coordenado pelo Instituto Nacional de Metrolo-gia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com participação recorde desde a sua criação, em 2008. Todas as montadoras e importadoras aderi-ram e, com isso, 90% dos carros comercializados no país trarão a infor-mação de eficiência de consumo e emissão de gases, tanto poluentes como de efeito estufa (CO2). A princípio, a regra já atinge 795 modelos e versões. Ao longo do primeiro semestre do ano, outros 131 modelos e versões serão incluídos, fechando 2016 com 926 veículos enquadrados no programa.

Este ano, a principal novidade é que a classificação da emissão de gases poluentes passa a ser exibida também por meio de letras, como já ocor-re com a avaliação do consumo e a eficiência do veículo em km por litro de combustível, o que facilita o entendimento do consumidor.

Outras evoluções do oitavo ciclo são a entrada dos veículos leves a die-sel (picape, SUV e fora de estrada), que estarão etiquetados a partir do dia 1º de maio, e a inclusão de duas novas categorias: picape e os micro-compactos (veículos com até seis metros de comprimento).

O PBEV é um importante compromisso no âmbito do Programa Inovar--Auto (optativo para habilitação na modalidade fabricante e obrigatório para habilitação na modalidade importador), já que as empresas deve-rão atingir percentuais mínimos de modelos a serem etiquetados, anual-mente, chegando a 100% até o fim da vigência do Inovar-Auto.

MDIC

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Selo de Pegada de Carbono favorece acesso a mercados exigentes com padrões ambientais

O MDIC lançou em 2016 o Sistema ABNT de Medição e Certificação da Pegada de Carbono de Produtos. A pegada de carbono de um produ-to mostra a quantidade de gases de efeito estufa emitida durante sua fabricação; e um resumo de quais componentes (materiais de entrada, resíduos e emissões por processo) contribuem mais para o total da pe-gada. Munidos dessa informação, empresas e governos podem tomar decisões e encontrar formas eficazes de otimizar processos e reduzir as emissões.

A fase piloto foi encerrada em abril de 2016 e envolveu 20 empresas, que aderiram ao projeto voluntariamente. Receber a certificação é como ga-nhar um “visto” de acesso a mercados mais exigentes, competindo lado a lado com outros países que já possuem sistemas análogos de medição e certificação, a exemplo da China.

O projeto está em linha com os esforços do governo para fomentar uma economia sustentável, alinhado com a Política Nacional de Mudanças Climáticas e com o Plano Indústria.

Atualmente, o sistema está comercialmente disponível a qualquer em-presa interessada.

Ex-Tarifários favorecem investimentos produtivos

De janeiro a abril de 2016, foram concedidos 1.100 ex-tarifários, regime que permite a redução da alíquota do imposto de importação para bens de capital e bens de informática e telecomunicação que não tenham produção nacional. O programa permite a desoneração de investimen-tos produtivos, com acesso facilitado a tecnologias ainda não desenvol-vidas no país, gerando ganhos de produtividade e eficiência na indústria.No primeiro quadrimestre, os 1.100 ex-tarifários concedidos representa-ram importações estimadas de US$ 1,7 bilhão, associadas a investimen-tos da ordem de US$ 4,7 bilhões. Empresas de 17 Estados, em todas as regiões do país, foram beneficiadas.

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III - Inovação e Novos Negócios

InovAtiva: acordo com Sebrae enúmero recorde de startups

O MDIC firmou em fevereiro um acordo de cooperação com o Sebrae no âmbito do InovAtiva Brasil, que permitirá ao programa ampliar o es-copo do suporte às startups, a abrangência e a capilaridade nacionais, para acelerar um número ainda maior de startups em todo o país.

Os primeiros resultados dessa parceria já foram visíveis. Com suporte do Sebrae, o InovAtiva Brasil oferecerá este ano dois Ciclos de Aceleração no ano. Para a primeira edição, foram recebidos quase 1.400 projetos e selecionadas 300 startups, crescimento de 136% sobre 2015. Foram selecionadas empresas de 21 estados, em mais de 20 setores diferen-tes da economia. O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (35%) continua sendo o mais presente, seguido do de Saúde (14%) e Serviços (11%). As empresas habilitadas receberão durante os próximos

meses capacitação, mentorias individuais e coletivas e cone-xão com possíveis parceiros e investidores.

Além do suporte ao desenvol-vimento das startups no Bra-sil, o InovAtiva Brasil iniciou

um trabalho articulado para promover a internacionalização das me-lhores startups formadas pelo programa. O UK Chapter do InovAtiva Brasil, realizado em parceria com a Embaixada britânica no Brasil, foi o piloto dessa nova iniciativa. Em novembro de 2015, 14 startups foram selecionadas entre os finalistas das três edições do InovAtiva (2013 a 2015) e participaram, na primeira semana de fevereiro de 2016, de uma missão prospectiva de investimentos e negócios nas cidades de Man-chester e Londres. Das empresas que participaram da missão, uma já se encontra em aceleração em Londres, outra foi selecionada por uma aceleradora e planeja a sua instalação no Reino Unido, uma planeja um escritório na Escócia em 2017, quatro iniciaram negociação com investi-dores britânicos, uma conseguiu cliente durante a missão, e outras duas conseguiram parceiros locais para testar e distribuir os seus produtos no mercado britânico.

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Pronatec Setor Produtivo oferece 4 mil vagas

O MDIC identifica diretamente com o setor privado as demandas para qualificação da mão de obra por setor, ocupação, tipo de curso, locali-zação e cronograma de execução. A interlocução do Ministério é feita diretamente com a área de Recursos Humanos das empresas, buscando atender às necessidades do setor e ofertando, em parceria com o MEC, treinamentos direcionados para a atividade produtiva da empresa.

Em 2016 foram ofertadas 4 mil vagas para a qualificação profissional do Setor Sucroenergético em razão da entressafra. O restante das vagas está em fase de autorização por parte do Ministério da Educação. Além disso, foi feito um Acordo de Cooperação Técnica com o Estado de Goi-ás com o objetivo de melhor aproveitamento das vagas.

Prioridade para micro e pequenas empresasnos pedidos de patente

O MDIC lançou, por meio do Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI), um projeto piloto para garantir um fast track para exame de pedidos de patentes de micro e pequenas empresas. O objetivo é dar prioridade às micro e pequenas empresas no exame de pedidos de pa-tente, tema essencial ao avanço das startups, empresas quase sempre focadas na criação de novas tecnologias.

Deep Dive levará oito startups para o Vale do Silício

Após a bem sucedida missão com seis startups para o Vale do Silício (EUA) na 1ª Edição do Deep Dive San Francisco, o MDIC renovou a par-ceria com o Porto Digital para a realização de uma nova edição do pro-grama, que desta vez levará oito empresas para a imersão no Vale do Silício. A Apex-Brasil também entra como parceira do programa, e não mais como executora.

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Estudo antecipa perfil da nova engenharia

Com o intuito de entender as necessidades de qualificação profissional e se antecipar às necessidades futuras do setor produtivo na área de engenharia, a Secretaria de Inovação e Novos Negócios do MDIC rea-lizou um estudo sobre as habilidades esperadas dos engenheiros e as melhores práticas das universidades brasileiras e da União Europeia. O relatório final será entregue em julho deste ano.

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IV - Comércio e Serviços

Comércio eletrônico

A Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC iniciou amplo estudo comparativo sobre as melhores práticas do comércio eletrônico no Brasil e na União Europeia, realizado no âmbito dos diálogos setoriais Brasil-UE. O objetivo é identificar práticas que possam servir de base para a construção de políticas públicas para o e-commerce brasileiro. O estudo norteará ainda as discussões, em conjunto com o setor público e privado, para propor diretrizes para construção de políticas públicas para o setor no Brasil.

O estudo está em fase de finalização, e a apresentação dos resultados será realizada no próximo dia 17 de maio, no auditório da Confederação Nacional do Comércio-CNC, em Brasília, e contará com a participação de diversos órgãos de governo e da iniciativa privada.

Caminhos, riscos e oportunidades parao setor de serviços

Em parceria com o Prosperity Fund do Governo do Reino Unido e a CNI, o MDIC desenvolveu o Projeto “Facilitated Trade in Services”, que elaborou um diagnóstico da situação atual do Brasil no comércio de serviços e análises sobre os caminhos, riscos e benefícios de uma maior integração internacional do Brasil nas negociações comerciais de servi-ços. A cooperação gerou, no primeiro quadrimestre de 2016, um relató-rio sobre a dinâmica dos acordos internacionais na área de serviços e os riscos e benefícios do maior engajamento do Brasil em negociações em nível bilateral, plurilateral e multilateral.

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Simplificação no Siscoserv

A Secretaria de Comércio e Serviços e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB/MF), com o intuito de simplificar o registro no Sistema In-tegrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e ou-tras operações que produzam variações no patrimônio (Sis-coserv) publicou a 10ª Edição dos Manuais Informatizados dos Módulos Venda e Aquisi-ção do sistema. Além disso, as duas Secretarias publicaram com 90 dias de antecedência da entrada em vigor, as novas funcionalidades do Sistema para que os usuários, espe-cialmente aqueles que utilizam a transmissão em lote para efetuar seus registros, tenham tempo hábil para se adequar.

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