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AÇÕES DE LOGÍSTICA REVERSA NAS REVENDAS DE ÓLEO COMBUSTÍVEL Luciana Oranges Cezarino (UFU) [email protected] Daiane Magalhaes Prado (UFU) [email protected] Michelle de Castro Carrijo (UFU) [email protected] O estudo tem como objetivo descrever ações de logística reversa do setor de revenda de combustíveis. Especificamente, aborda o movimento logístico de reciclagem de embalagens utilizadas de óleo lubrificante ou contaminado (OLUC), filtros de óleo, estopas e outros resíduos contaminados. Sendo assim, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e qualitativo no segmento de postos de combustíveis utilizando como método o estudo de caso. Constatou-se que a logística reversa é usualmente aplicada devido às obrigações fiscais, mas a tendência é que seja utilizada como estratégia mercadológica pelo posto de combustível em questão. Também foi destacada a relevância da criação de uma consciência sustentável, tendo em vista os impactos dos resíduos no ambiente. Este trabalho, portanto, permite afirmar que a logística reversa se tornou fator relevante de estratégia ambiental e competitiva para o desenvolvimento da unidade de análise, principalmente por estar inserida em setor envolvendo alto nível de regulação ambiental. Palavras-chave: Logística Reversa; Postos de combustíveis; Sustentabilidade. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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AÇÕES DE LOGÍSTICA REVERSA NAS

REVENDAS DE ÓLEO COMBUSTÍVEL

Luciana Oranges Cezarino (UFU)

[email protected]

Daiane Magalhaes Prado (UFU)

[email protected]

Michelle de Castro Carrijo (UFU)

[email protected]

O estudo tem como objetivo descrever ações de logística reversa

do setor de revenda de combustíveis. Especificamente, aborda o movimento

logístico de reciclagem de embalagens utilizadas de óleo lubrificante ou

contaminado (OLUC), filtros de óleo, estopas e outros resíduos contaminados.

Sendo assim, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e qualitativo

no segmento de postos de combustíveis utilizando como método o estudo de

caso. Constatou-se que a logística reversa é usualmente aplicada devido às

obrigações fiscais, mas a tendência é que seja utilizada como estratégia

mercadológica pelo posto de combustível em questão. Também foi

destacada a relevância da criação de uma consciência sustentável, tendo em

vista os impactos dos resíduos no ambiente. Este trabalho, portanto, permite

afirmar que a logística reversa se tornou fator relevante de estratégia

ambiental e competitiva para o desenvolvimento da unidade de análise,

principalmente por estar inserida em setor envolvendo alto nível de

regulação ambiental.

Palavras-chave: Logística Reversa; Postos de combustíveis;

Sustentabilidade.

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1 INTRODUÇÃO

As práticas sustentáveis ganharam atenção no ambiente organizacional diante dos

danos desencadeados pelo consumo desenfreado da sociedade capitalista. Problemas como

poluição do ar, degradação do solo e contaminação da água são exemplos decorrentes do

descarte inadequado de determinados produtos no meio ambiente (COSTA; TEODÓSIO,

2011).

Neste ínterim, as organizações passam a ser cobradas pelo processo de devolução,

troca e controle ambiental de suas embalagens e produtos, desenvolvendo processos

chamados de logística reversa. Ela é responsável por garantir uma destinação adequada aos

resíduos gerados numa determinada atividade e reintroduz-los na cadeia produtiva (LEITE,

2003).

Este trabalho apresenta um estudo da logística reversa no setor de postos de

combustíveis, abordando especificamente o comércio de lubrificantes, que gera como resíduo

o frasco vazio obtido no pós-venda, o Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC)

esgotado do cárter do veículo durante a execução da troca de óleo e outros resíduos

contaminados pelo óleo, como estopas, filtros de óleo e de combustível usados. Pergunta-se:

quais as ações de um posto de gasolina para garantir a logística reversa do OLUC?

2. Objetivos e Método

Em linhas gerais, este trabalho tem como objetivo descrever ações de logística reversa

do setor de revenda de combustíveis. São abordados especificamente os resíduos gerados no

comércio de lubrificantes, tomando como exemplo o Posto Jardim Veneza em Uberlândia,

Minas Gerais.

No que tange aos aspectos metodológicos, esta pesquisa se caracteriza como

exploratória de natureza qualitativa com estudo de caso. Como instrumento de coleta de

dados, o estudo foi embasado na literatura da logística reversa e em uma entrevista com o

gestor da empresa. As perguntas que compõem o instrumento de pesquisa, características de

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estudo exploratório, foram criadas por indagações gerais a respeito de como e por quê o

fenômeno se apresenta.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Logística reversa

Leite (2003) define a logística reversa como uma nova área da logística empresarial

que concentra seus estudos nos fluxos reversos de distribuição, os quais fluem no sentido

contrário ao da cadeia direta. Essa crescente preocupação com o estudo dos canais de

distribuição reversos se dá pelo grande desenvolvimento da tecnologia de informação e do

comércio eletrônico, pela busca de competitividade por meio de novas estratégias de

relacionamento entre empresas, pela diversidade de novos produtos lançados a todo momento

e pela própria conscientização ecológica.

Nesse contexto, Rego (2005) acrescenta que a Legislação Ambiental, a busca por

vantagem competitiva e o potencial econômico ainda pouco explorado são algumas das razões

pelas quais as organizações têm incorporado cada vez a logística reversa em suas atividades.

Já Castiglioni (2009) cita a questão da redução do ciclo de vida dos produtos, dado que o ciclo

começa com sua introdução, seguida do crescimento, maturidade e declínio; segundo o autor,

“[...] a vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao

cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados ou não funcionam e devem retornar ao seu

ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados”.

3.3 Revenda de combustíveis

Conforme os termos da Portaria ANP n. 116, de 5 de julho de 2000, modificada pela

Resolução n. 15/2005, a revenda de combustíveis é uma atividade de utilidade pública,

regulamentada pela Lei n. 9.847/1999 e exercida por postos revendedores que tenham registro

de revendedor varejista expedido pela ANP. Caracteriza-se a revenda como o processo de

entrega do combustível ao consumidor final (SINDIPOSTO, 2009).

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Por se tratar de um mercado extenso, conta com aproximadamente 90 mil agentes

reguladores. A fiscalização exercida pela ANP ou por órgãos públicos conveniados em todo o

país tem como objetivo garantir o cumprimento da legislação, o que assegura uma posição

igualitária de competição para todos os postos revendedores. Consequentemente, atestam-se a

segurança e a qualidade dos produtos revendidos e evita-se a concorrência desleal (ANP,

2014).

A primeira obrigação de um revendedor do setor é estar com a documentação sempre

atualizada e disposta em local visível no estabelecimento. Dentre os principais documentos

exigidos estão o cadastro de registro de revendedor varejista de combustíveis da ANP, o

licenciamento junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA), o pagamento da taxa de fiscalização ambiental, o alvará do Corpo de

Bombeiros, o alvará de funcionamento, o certificado de Licenciamento Ambiental e o

certificado de destinação e tratamento de resíduos contaminados, citados no formulário de

fiscalização de revenda varejista de combustível automotivo do Ministério Público de Minas

Gerais (MPMG) (MINAS GERAIS, 2014).

Outro requisito é informar ao consumidor a origem do produto comercializado, e

compete ao revendedor a decisão de informar ou não a marca da distribuidora fornecedora do

combustível. Dessa forma, quando optar por exibir a marca, será considerado um posto

bandeirado, o que restringe a ele a venda de outras marcas. Ao contrário, quando optar por

não exibir a marca comercial do produto, será nomeado Posto Bandeira Branca, podendo

comercializar qualquer marca, embora deva destacar em cada bomba abastecedora o

distribuidor que fornece o respectivo produto (MINAS GERAIS, 2014).

Após a edição da Resolução n. 273 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA) (BRASIL, 2000c), os postos de combustíveis foram obrigados a realizar ajustes

milionários relacionados às questões ambientais, por se tratar de uma atividade

potencialmente poluidora.

3.3.2 Logística reversa na revenda de combustíveis automotivos

São classificados como resíduos sólidos contaminados em postos de combustíveis o

OLUC, as embalagens de lubrificantes já utilizadas, as estopas, os filtros de ar e de

combustível usados ou qualquer outro material contaminado por substâncias derivadas de

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hidrocarbonetos (BRASIL, 2010b). É previsto que todos os postos devem garantir uma

destinação adequada de seus resíduos tóxicos, sendo que o descumprimento pode acarretar

multa entre R$ 1.000,00 e R$ 50.000,00 (BRASIL, 1998).

O óleo retirado dos automóveis é popularmente conhecido como óleo queimado e deve

ser armazenado no posto em tanques subterrâneos até que uma empresa refinadora faça a

coleta. As refinadoras são responsáveis pelo o processo de re-refino, o qual remove os

produtos de oxidação, aditivos e contaminantes, retornando-o à condição de óleo básico, que é

destinado às indústrias de óleos lubrificantes para que seja reaproveitado – a cada 100 barris

de OLUC, são extraídos 85 de óleo mineral básico (LWART, 2014).

Nesse sentido, a Portaria ANP n. 125 (BRASIL, 2000b) estabelece a regulamentação

para a atividade de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou

contaminado.

Figura 2: Ciclo de vida do óleo lubrificante.

Fonte: Lwart (2014).

Segundo a NBR n. 10.004 (ABNT, 2004), o OLUC é classificado como resíduo

perigoso, e o seu descarte inadequado torna-se um grande poluidor ambiental. Dados

apresentados pela ANP mostram que, de todo o OLUC presente no mercado, somente 44%

são coletados para o processo de re-refino (ANP, 2014). Para se ter uma ideia, o equivalente a

três navios Exxon Valdez de OLUC são desviados do sistema de logística reversa e lançados

na natureza (SINDIRREFINO, [s.d.]).

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O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes

(SINDICOM) isentou a realização de um acordo setorial específico para a logística reversa de

OLUC, visto que não existe descarte desse resíduo. Por ser um produto passível de

reutilização, pode ser reintroduzido na cadeia de suprimentos após o re-refino, retornando ao

estágio de matéria-prima. Logo, trata-se de uma medida energética, pois o volume de petróleo

nacional não é capaz de gerar óleo básico em quantidade necessária, sendo dependente da

importação desse componente (FISCHER, 2013).

Figura 3: Sistema de logística reversa em implantação.

Fonte: Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (2014).

Nesses termos, “[...] o único acordo setorial assinado para a implantação de um

sistema de logística reversa foi o setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes, em

2012” (FISCHER, 2013), doravante denominado Sistema, como pode ser visto no Anexo I, a

fim de cumprir com os termos da Lei n. 12.305 (BRASIL, 2010b), citada no item 3.3.2 deste

estudo. São signatários do Sistema o Sindicom, o Sindicato Interestadual das Indústrias

Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo (SIMEPETRO), o

Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificante (SINDILUB), o Sindicato Nacional do

Comércio Transportador, Revendedor, Retalhista, Óleo Diesel, Óleo Combustível e

Querosene (SINDITRR), a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes

(FECOMBUSTÍVEIS) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

(CNC) (BRASIL, [s.d.]).

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Sob determinação do Sistema, as embalagens de óleo lubrificante devem ser entregues

pelos consumidores aos estabelecimentos comerciantes varejistas, após o uso. Os varejistas

devem manter os frascos em reservatórios exclusivos. Durante o recolhimento é realizada uma

pesagem do material e emitido um certificado de retirada do resíduo para o posto, que pode

ser cobrado em eventuais fiscalizações. Aliás, os dados obtidos são enviados

instantaneamente para um banco de dados do Sistema, bem como as informações relacionadas

ao contratante (BRASIL, [s.d.]).

Assim que chegam às centrais de recebimento e após a realização de uma nova

pesagem, as embalagens passam pelos processos de drenagem, segregação, compactação e

moagem. O óleo lubrificante residual obtido tem destinação adequada, conforme determina a

legislação ambiental em vigor. Seguidamente, o material é armazenado até que seja

encaminhado para a disposição final conveniente (BRASIL, [s.d.]).

Já os comerciantes atacadistas podem seguir o mesmo procedimento adotado pelos

varejistas ou destinar as embalagens recebidas para seus fabricantes e importadores, para que

eles possam conduzir o material a empresas recicladoras licenciadas. As embalagens

recebidas pelas recicladoras são transformadas em matéria-prima ou destinadas à disposição

final de forma legítima (BRASIL, [s.d.]).

Figura 4: Cadeia produtiva do lubrificante.

Fonte: Sindirrefino ([s.d.]).

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Nesse enfoque, além das embalagens de lubrificantes vazias, qualquer material que

contenha resquício de óleo deve ter uma disposição final apropriada, considerando o potencial

poluidor do óleo lubrificante.

4 RESULTADOS

4.1 Descrição da empresa

A empresa utilizada como unidade de análise neste estudo foi o Posto Jardim Veneza

Ltda., inaugurado em 15 de março de 2012, situado na região Sul da cidade de Uberlândia-

MG. O posto é bandeirado pela Rede Ipiranga Produtos de Petróleo S/A e possui atualmente

uma equipe formada por 21 funcionários especialmente treinados para garantir a excelência

do atendimento. O posto conta com dois tanques subterrâneos bipartidos, com capacidade

igual a 15 mil litros em cada compartimento, e outro tanque pleno que comporta 15 mil litros,

distribuídos da seguinte maneira: o primeiro tanque estoca gasolina comum; o segundo

contém gasolina aditivada e etanol; e o terceiro apenas óleo diesel.

4.2 Prática de logística reversa

Tendo como base os questionamentos “como” e “por que” levantados no item

“metodologia” desta pesquisa, os resultados encontrados são aqui descritos.

Segundo o gestor da empresa, as leis do setor são atendidas, o que envolve estar com

todos os documentos obrigatórios regularizados, ter um modelo de estrutura física em

conformidade com a legislação em vigor, possuir um sistema de automação homologado pela

Receita Estadual e manter práticas de logística reversa de resíduos sólidos contaminados.

Com a ajuda de alguns parceiros, como o contador da empresa, o responsável pela automação

do sistema operacional e o assessor da Ipiranga, os funcionários administrativos sempre se

atualizam com relação às questões legais.

A empresa conta com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de

Petróleo no Estado de Minas Gerais (MINASPETRO), que auxilia seus associados quanto às

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alterações de leis do setor, além de abordar outros assuntos pertinentes. Contudo, a gestão

aponta que ainda existem algumas dificuldades. Muitas vezes, a empresa tem conhecimento

das mudanças que irão ocorrer, mas faltam informações sobre como realizar tais

modificações. Um exemplo disso foi quando a Receita Federal começou a exigir o envio do

chamado Sped Fiscal, um relatório fiscal eletrônico que deve ser enviado no início de cada

mês. No ano de sua implantação, nem mesmo os funcionários da Receita tinham

conhecimento suficiente para sanar as dúvidas dos comerciantes.

Outro problema mencionado pelo gestor compreende os altos custos geralmente

envolvidos nos processos de regularização da empresa. É o caso da logística reversa de

resíduos sólidos contaminados. Todos os custos obtidos para cumprir com as obrigações

relacionadas à logística reversa são de responsabilidade do posto. Corresponde a resíduos

sólidos contaminados gerados atualmente no Posto Jardim Veneza o OLUC e o chamado

“barro”, efluentes líquidos gerados nas atividades que devem ser tratados em uma caixa

separadora de água e óleo, outra atribuição dos postos de combustíveis.

Para realizar a correta destinação dos frascos de lubrificantes usados, dos filtros de ar e

de combustível usados, das estopas e de papelão com resíduos de óleo, o posto optou por

contratar uma empresa especializada em gestão ambiental, algo que é feito por grande parte

dos postos. Dessa forma, fechou um contrato com a Udi Ambiental, que estipula o pagamento

de R$ 300,00 para o recolhimento do material a cada dois meses. O acordo garante a coleta de

250 kg de matéria, sendo que cada quilo adicional custaria, em média, R$ 0,94. É válido

ressaltar que os resíduos permanecem armazenados no posto até que o serviço terceirizado

seja realizado.

Com a intenção de não extrapolar o limite contratado, a fim de reduzir custos, a

empresa descarta parte dos remanescentes em lixo comum, mesmo tendo consciência de que

poderá ser punida, caso haja alguma finalização. Foi possível perceber que os próprios

frentistas desconhecem as obrigatoriedades e não se preocupam em separar os materiais

contaminados.

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Figura 9: Resíduos sólidos contaminados gerados no Posto Jardim Veneza Ltda.

Fonte: Elaboração da autora.

A cadeia reversa da Udi Ambiental é semelhante à do Programa Jogue Limpo até a

fase de armazenagem, já que não realiza a reciclagem de seus resíduos. Depois disso, o

material é incinerado e destinado a aterros específicos providos de sistema de drenagem e

tratamento de chorume. Por se tratar de um método poluente, não é o mais indicado, embora

ainda seja o mais utilizado no país.

No que diz respeito ao OLUC mantido em reservatório especial, como já informado, é

vendido para a Lwart Lubrificantes, empresa com forte presença nacional e parceira da rede

Ipiranga, responsável pela coleta, transporte e re-refino do óleo. Foi pactuado o pagamento de

R$ 0,40 por litro de OLUC por parte do comprador. Por conseguinte, a logística reversa do

OLUC não gera gastos para o posto, e sim consiste em uma receita não contabilizada.

O “barro” compõe mais um resíduo contaminado gerado no estabelecimento. A coleta

especializada também é de responsabilidade da contratada Udi Ambiental – tal aspecto não

será detalhado, pois não é o foco deste trabalho.

Uma alternativa encontrada pela empresa para a redução do número de frascos de

lubrificantes descartados foi a venda de lubrificantes na medida certa, por meio das franquias

de lubrificação Jet Oil e Jet Oil Motos. Os lubrificantes na medida certa são adquiridos pelo

posto em tambores de 200 litros, e a venda é feita por uma bomba semelhante à de

abastecimento de combustíveis, que completa a quantidade exata que o veículo necessita.

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Sendo assim, um cliente que necessita utilizar em seu veículo apenas 2,3 litros de óleo, pode

optar por colocar o lubrificante na medida certa, ao invés de comprar três frascos de um litro,

o que significaria uma sobra de lubrificante. Além de economizar na compra do lubrificante, o

cliente evita o descarte de três frascos do produto. Para alavancar as vendas do óleo a granel, a

empresa oferece um brinde ao cliente que optar pela troca de óleo na medida certa.

Apesar de tantos benefícios oferecidos na venda de lubrificante na medida certa, a

maioria dos consumidores ainda prefere as tradicionais embalagens de 500 mililitros ou um

litro, pois alegam desconfiar da qualidade do produto a granel, por estar armazenado em um

tambor e por não possuir rótulo. Dessa forma, ainda existe uma barreira que alimenta a

geração de grande quantidade de resíduos.

Um problema encontrado na unidade Jet Oil é a falta de opção quanto ao descarte dos

tambores de 200 litros vazios, que atualmente são armazenados no próprio posto. As empresas

do setor que realizam a coleta de resíduos contaminados não oferecem o serviço de

recolhimento dos tambores em questão, o que despertou o artifício de vendê-los. Embora seja

uma extração esporádica, o posto consegue se desfazer de parte do que é considerado entulho.

Geralmente, os tambores são adquiridos por profissionais da construção civil ou proprietários

rurais.

Por intermédio do administrador do posto, foi feito contato com o assessor comercial

da Ipiranga Produtos de Petróleo, Rafael Nunes, com o intuito de elencar as possibilidades de

a distribuidora assumir o compromisso de recolher os tambores vazios, já que podem ser

reutilizados no envasamento de novos produtos. A justificativa por não realizar o serviço se

relaciona ao alto custo logístico.

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Figura 10: Tambores de 200 litros, no ambiente do Posto Jardim Veneza, sem solução de descarte.

Fonte: Elaboração da autora.

Além da gestão de resíduos materiais, o Posto Jardim Veneza utiliza outros

mecanismos sustentáveis que foram aplicados pela rede Ipiranga como parte do conceito

Posto Ecoeficiente desenvolvido pela distribuidora. Destaca-se o uso de lâmpadas com sensor

de presença e descargas econômicas nos banheiros, torneiras temporizadas, sistema de

exaustão do calor proveniente dos refrigeradores da loja de conveniência e isolamento térmico

nas paredes e no forro, que ocasiona uma menor utilização do ar condicionado e,

consequentemente, um menor gasto energético. Apesar disso, o Jardim Veneza não se

enquadra como um posto ecoeficiente pelo fato de não possuir um sistema de

reaproveitamento de água.

Foi questionado ao empresário o porquê da não inclusão da empresa na concepção

Ecoeficiente da Ipiranga.. De acordo com ele, o sistema de reaproveitamento de água é muito

valoroso, e ele tem dúvidas quanto ao possível retorno que a empresa obterá. Logo, surgiu o

seguinte questionamento: Além do retorno econômico que as técnicas sustentáveis alcançam,

elas podem ser um fator de sucesso na captação ou fidelização de clientes? Com o propósito

de buscar esclarecimentos, foi realizada uma sucinta averiguação.

Ao interpelar alguns clientes no ambiente da organização analisada, verificou-se que a

maioria desconhece que o Posto Jardim Veneza tem alguns princípios sustentáveis e, ainda,

não tinham conhecimento sobre o trabalho de logística reversa realizado. Foram divulgadas as

premissas do fluxo reverso e da responsabilidade compartilhada referentes ao frasco de

lubrificante vazio, nomeando o posto como uma central de recebimento de embalagens usadas

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de lubrificantes. Foi observado também que muitos consumidores contemplam negócios

baseados na sustentabilidade e que estão dispostos a fidelizar empresas sustentáveis.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar os dados obtidos, verifica-se que o Posto Jardim Veneza Ltda, envolvido

por uma gestão conservadora, adota medidas que colaboram para o cumprimento das leis

ambientais, evitando sansões que interfiram no exercício de suas atividades. Contudo, os

processos reversos são realizados quase que totalmente devido às obrigações fiscais. O

proprietário da empresa mostrou desconhecer a teoria envolvida na logística reversa e teme

dedicar esforços relacionados às questões sustentáveis por não acreditar que isso agregue

valor ao cliente ou que o coloque em uma posição de vantagem competitiva em relação aos

seus concorrentes. Isto posto, verifica-se a necessidade de a administração analisar os fatores

envolvidos na logística reversa, bem como suas vantagens, e repassar os resultados à sua

equipe, que também se mostrou desinformada no que tange às obrigatoriedades envolvidas.

É notório que os custos valorosos dificultam a prática absoluta da logística reversa na

empresa, tornando-a vulnerável à fiscalização em alguns momentos. Assim sendo, a

elaboração deste estudo possibilitou a apresentação do Instituto Jogue Limpo ao gestor

Regino Marcos Prado, que não conhecia o Programa até então. Foi uma proposta muito bem

aceita e que já começou a ser colocada em prática. Após o preenchimento de uma ficha

cadastral junto ao Programa, o Posto Jardim Veneza iniciará sua parceria com o Jogue Limpo,

o que significa uma redução dos custos de logística reversa e, consequentemente, a garantia

da disposição final de todas as embalagens de lubrificantes usadas geradas ou recebidas no

posto.

Recomenda-se também a criação de uma central de recebimento de frascos de

lubrificantes vazios dentro do ambiente do posto, que inclui a disponibilização de um

reservatório específico para que seus clientes possam depositar suas embalagens já utilizadas.

A tática pode funcionar como um atrativo para consumidores sustentáveis, além de facilitar a

separação dos resíduos no posto.

Conjuntamente, propõe-se a prática do levantamento dos custos fixos e variáveis no

momento da precificação de seus produtos. Desse modo, os custos desencadeados pela

logística reversa de materiais contaminados diversos são amortizados e repassados ao

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consumidor final, garantindo que a empresa não tenha prejuízo devido ao processo e não

deixe de descartar adequadamente todo o refugo.

Todavia, é primordial aliar alguns fundamentos do marketing a essa prática, com o

propósito de mostrar ao cliente as vantagens de se realizar a logística reversa e evidenciar a

preocupação sustentável por parte da instituição, visto que atualmente pode ser considerado

um fator de vantagem competitiva. Da mesma forma, um trabalho mercadológico alusivo à

unidade de troca de óleo na medida certa deve ser implementado para revelar todos os mitos e

verdades dos mecanismos envolvidos, buscando uma migração de consumidores de

lubrificantes em frascos para usuários da mecânica na Medida Certa.

Verifica-se a necessidade de a própria empresa desenvolver sua consciência

sustentável, tendo em vista o surgimento de uma nova sociedade baseada nesse preceito. É

imprescindível se adequar não somente às questões legislativas, mas também considerar os

impactos ambientais e a cultura dos consumidores.

Por fim, conclui-se que este trabalho foi válido para assimilar os conceitos envolvidos

na logística reversa, seus processos e vantagens. Permitiu o entendimento sobre as legislações

envolvidas em postos de combustíveis e a expressão “responsabilidade compartilhada”,

característica do processo reverso do setor. Especificamente, foi possível analisar o processo

de descarte das embalagens de lubrificantes usadas, dos filtros de ar e de combustível já

utilizados, do OLUC e de outros resíduos considerados contaminados. Dessa maneira, o

estudo contribuiu para evidenciar a relevância da logística reversa na revenda de

combustíveis.

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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

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