Ácidos e bases: “uma proposta de ensino com a inclusÃo de experimentos com materiais...

51
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CAMPUS ZÉ DOCA DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO PLANO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PARFOR CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”. TIAGO GONÇALVES PACHECO Zé Doca 2016

Upload: tiago-goncalves

Post on 11-Jan-2017

51 views

Category:

Science


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

– CAMPUS ZÉ DOCA

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO

PLANO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PARFOR

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE

EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO

1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.

TIAGO GONÇALVES PACHECO

Zé Doca

2016

Page 2: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

P116j Pacheco, Tiago Gonçalves.

Ácidos e bases: “uma proposta de ensino com a inclusão de

experimentos com materiais alternativos no ensino da química no 1º ano

do ensino médio”. / Tiago Gonçalves Pacheco. – Zé Doca: IFMA Zé

Doca, 2016.

41 f.: il. Monografia (Curso Licenciatura em química) – Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Zé Doca, 2016.

Orientadora: Prof. Msc. Josilene Lima Serra.

1. Ensino de química – materiais alternativos. 2. Química – ferramentas

de ensino. 3. Química – ácidos e bases. I. Título.

CDU (043.2)37.02:543

Page 3: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

TIAGO GONÇALVES PACHECO

ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE

EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO

1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.

Monografia apresentada ao Instituição Federal de

Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA,

Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do

Grau de Licenciatura em Química.

Orientador (a): MSc. Josilene Lima Serra

Zé Doca - MA

2016

Page 4: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

Tiago Gonçalves Pacheco

ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE

EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO

1º ANO DO ENSINO MÉDIO”.

Monografia apresentada ao Instituição Federal de

Ciências e Tecnologias do Maranhão - IFMA,

Campus Zé Doca, como requisito para obtenção do

Grau de Licenciatura em Química.

Aprovada em 02/08/2016.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________

Profa. MSc. Josilene Lima Serra

Orientadora

(IFMA-Campus Zé Doca)

________________________________________________

Esp. Maria de Lourdes Barros

(IFMA-Campus Zé Doca)

__________________________________________________

MSc. Katrícia Maria Feitosa Cardoso

(IFMA-Campus Zé Doca)

Page 5: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

AGRADECIMENTOS

A Deus pela oportunidade que me foi concedida, aos meus colegas e familiares pelo apoio

durante minhas fraquezas e alegrias.

Agradeço também aqueles que não estão entre nós por fortes motivos, motivos esses que

os levaram a desistir dessa caminhada, mas que durante a convivência me acrescentaram muitas

coisas boas e me realçaram, em especial a um companheiro que no dia de hoje se formaria também,

e que trouxe alegria aos corações de todos que o conheceu meu grande amigo, colega e irmão Nélio.

Sou muito grato a minha orientadora Josilene Lima Sera, que acreditou em mim; que me

ajudou a crescer pessoalmente e profissionalmente, ao meu Padrinho Antônio que colaborou com

seus conhecimentos no levantamento de dados deste trabalho, a coordenação do curso pelo apoio

dado durante todos esses anos, enfim a todos que contribuíram de alguma forma para minha

formação acadêmica meu eterno obrigado.

Page 6: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ”

Antoine Lavoisier

Page 7: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

LISTA DE FIGURAS

Figura 1...........................................................................................................................27

Figura 2...........................................................................................................................28

Figura 3...........................................................................................................................30

Figura 4...........................................................................................................................31

Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito

pH de ácidos e bases:.......................................................................................................32

Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim

ou não no que diz respeito ácidos e base são

prejudiciais.......................................................................................................................33

Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido

ou base em sua casa...............................................................................................33

Figura 8- Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na

indústria”.........................................................................................................................34

Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de

neutralização”............................................................................................................. .....34

Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz respeito

pH de ácidos e bases:.........................................................................................36

Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma sim

ou não no que diz respeito ácidos e base são

prejudiciais.......................................................................................................................36

Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo ácido

ou base em sua casa...............................................................................................37

Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases na

indústria”.........................................................................................................................37

Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de

neutralização”................................................................................................................38

Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo

trabalhado........................................................................................................................39

Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados..................................40

Page 8: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11

2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 14

2.1. Geral ....................................................................................................................... 14

2.2. Específicos .............................................................................................................. 14

3. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 15

3.1. A Química no Ensino Médio ......................................................................................... 15

3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química. ..................................... 17

3.3. A Importância da Química no Cotidiano. ................................................................. 18

3.4. O lúdico e os materiais alternativos .......................................................................... 20

3.5. O papel das atividades experimentais. ...................................................................... 21

3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de ensino-

aprendizagem ...................................................................................................................... 22

4. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 25

4.1. Local do estudo. ........................................................................................................... 25

4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio........................ 25

4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química ................ 26

4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio ...................................................... 26

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO: ................................................................................... 30

5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com materiais

alternativos nas aulas de Química. ....................................................................................... 33

5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as práticas. ....... 36

5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos conteúdos.

.............................................................................................................................40

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 42

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 43

APÊNDICE ........................................................................................................................... 46

Page 9: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

RESUMO

O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Ensino Governador José

Sarney, escola pública estadual, localizado no município de Bom Jardim, Estado do

Maranhão, tendo como objetivo avaliar o desempenho dos alunos com a utilização de

aulas práticas e materiais alternativos, que visam melhorar a qualidade do Ensino de

Química, em virtude da grande dificuldade que os educadores têm em transmitir o

conhecimento em decorrência da ausência de laboratório em pleno funcionamento e os

alunos em absorver o conteúdo na forma teórica devido à falta de aulas práticas. O método

encontrado para resolver esse problema foi à aplicação de atividades experimentais com

materiais alternativos no processo de ensino-aprendizagem, encadeando a teoria-prática,

apoiando-se em materiais comuns do cotidiano dos discentes. Neste sentido, o tema

aplicado foi “ácidos e bases”, tema esse muito relevante ao cotidiano dos educandos,

foram realizadas práticas experimentais com materiais de fácil acesso com 29 alunos do

1° Ano do Ensino Médio. Anterior às aulas práticas, aplicou-se um questionário com o

intuito de verificar a aprendizagem, pode-se assim investigar se realmente as aulas

práticas melhoram a aprendizagem dos envolvidos. No segundo momento aplicou-se

novamente dois questionários, um avaliativo com fins de verificar o nível de compreensão

dos conteúdos abordados e um outro auto avaliativo com o propósito de saber o grau de

satisfação das aulas práticas. Os resultados obtidos foram satisfatórios no processo de

ensino-aprendizagem, uma vez que, no início os alunos envolvidos tinham 38% de

conhecimento sobre o assunto, com a aplicação os mesmos atingiram 62% do

aprendizado coerente aos temas abordados na disciplina de Química com a ajuda das aulas

teóricas e práticas, atingindo uma melhora de mais de 36,21% de aproveitamento.

Palavras-chave: Dificuldade, Laboratório, Ensino-Aprendizagem, Cotidiano, Ácidos,

Bases.

Page 10: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

ABSTRACT

This work was developed in the Education Center Governor José Sarney, public

school, located in the city of Bom Jardim, Maranhao State, and to evaluate the

performance of students with the use of practical classes and alternative materials, to

improve the quality of Chemistry Teaching, because of the great difficulty that educators

have to transmit knowledge due to the absence of laboratory fully operational and students

to absorb content in theoretical form due to lack of practical classes. The method found

to solve this problem is the application of experimental activities with alternative

materials in the teaching-learning process, chaining the theory and practice, relying on

common everyday materials of students. In this sense, the theme was applied "acids and

bases," this theme very relevant to the daily lives of students, experimental practices were

conducted with easy access with 29 students of 1st year of high school materials. Previous

practical classes, we applied a questionnaire in order to check the learning, can thus

investigate whether really practical classes improve learning involved. The second time

was applied again two questionnaires, an evaluation for purposes of verifying the level of

understanding of the content covered and another self evaluation in order to know the

degree of satisfaction of the practical classes. The results were satisfactory in the

teaching-learning, since the beginning the students involved had 38% of knowledge on

the subject, applying the same reached 62% of consistent learning the topics covered in

the subject of chemistry with help of theoretical and practical classes, reaching an

improvement of more than 36.21% yield.

Keywords: Problems, Laboratory, Teaching and Learning, Daily Life, Acids, Bases.

Page 11: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

11

1. INTRODUÇÃO

O processo de ensino aprendizagem de alunos e professores em escolas públicas

apresentam diversas dificuldades em relação à disciplina de química e neste contexto, a

disciplina de química por diversas vezes é vista como um assunto que não desperta o

interesse dos estudantes, apesar de possuir um conteúdo vasto e que se encontra

extremamente presente em nosso cotidiano. A propósito, CHASSOT (2003) lembra que

a transmissão dos conhecimentos químicos deve ser encharcada na realidade, e isso não

significa o reducionismo que virou um modismo: Química do Cotidiano, mas ensinar a

Química dentro de uma concepção que destaque o papel social da mesma.

A elaboração deste trabalho, está baseada em vários autores, conceituados no

estudo da História da Química e da História da Educação no Brasil, de maneira que expõe

o surgimento e o desenvolvimento do ensino das ciências e da química dentro do sistema

educacional brasileiro. O documento de Química propõe ainda, um trabalho pedagógico

que visa à ampliação das capacidades e o desenvolvimento dos alunos do Ensino Médio

da Escola Estadual Centro de Ensino Governador José Sarney, de observar, conhecer,

explicar, comparar e representar as características químicas do meio em que vivem e de

diferentes formas.

O Ensino de Química atualmente apresenta muitas Problemáticas não

desenvolvidas dificuldades em sua aplicação, principalmente em escolas que não

possuem um laboratório equipado e em funcionamento para realçar a aprendizagem dos

alunos. Levando em consideração essa problemática, houve a necessidade de se analisar

mais profundamente esse problema no ensino de química na rede pública, em especial na

Escola em estudo. NUNES e ADORNI (2010) comenta que em particular, no ensino da

química, percebe-se que os alunos, muitas vezes, não conseguem aprender, não são

capazes de associar o conteúdo estudado com seu cotidiano, tornando-se desinteressados

pelo tema. Isto indica que este ensino está sendo feito de forma descontextualizada e não

interdisciplinar.

Outro problema encontrado foi o desinteresse pela ciência de química, sendo que

um dos principais motivos era a aplicação sem o auxílio de novas ideias como as práticas

experimentais para estimular o ensino e o interesse dos educandos. A falta de estruturação

dos prédios públicos de ensino em sua maioria é preocupante, ou seja, na maioria das

escolas públicas não existe laboratórios de química, tornando assim o ensino maçante e

Page 12: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

12

consequentemente rotineiro, gerando assim o desinteresse por parte dos alunos. De

acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o uso da experimentação deve estar

presente ao longo de todo o processo de aprendizagem do aluno, onde este deverá

desenvolver conhecimentos físicos mais significativos, além de garantir que ele

construirá outras habilidades, tais como interagir, questionar, investigar, etc. (BRASIL,

2007).

O Educador que trabalha com o Ensino de Química na forma lúdica ou seja

pedagogicamente, deve adotar para si novos meios de ensino-aprendizagem através de

suas potencialidades, para que favoreça um ambiente que estimule a construção do

conhecimento químico, humano e a liberdade de expressão através da criatividade no

processo de ensino-aprendizagem. TREVISAN e MARTINS (2006). Trata da

necessidade de falar em educação química, priorizando o processo ensino-aprendizagem

de forma contextualizada, ligando o ensino aos acontecimentos do cotidiano do aluno,

para que estes possam perceber a importância socioeconômica da química, numa

sociedade avançada, no sentido tecnológico.

SANMARTÍ (2002) defende que nem todos os alunos aprendem do mesmo jeito

nem no mesmo ritmo, por isso, é salutar que os professores procurem planejar e

desenvolver atividades didáticas que valorizem a diversidade de formas de pensar e

aprender características da pluralidade encerrada em uma sala de aula.

Quanto à utilização do laboratório, muitas vezes o que se deseja é apenas tornar

o ensino mais atrativo e produtivo, através de experimentos mais sequenciais, podendo

melhor relacioná-los ao cotidiano dos estudantes, neste sentido, as práticas planejadas

pelo professor, devem servir para que o aluno construa seu conhecimento. Além disso, a

falta de recursos laboratoriais não deve ser motivo para que o professor não trabalhe com

experimentos simplificados, nos quais a busca de materiais alternativos, por si só, pode

influenciar positivamente o desenrolar do processo (PEIXOTO 1999).

A aprendizagem torna-se bem mais eficaz com o uso das ferramentas corretas, a

indisponibilidade do laboratório no ensino de Química, desfavorece a compreensão do

aluno de modo que, é de suma importância a didática construtiva para o desenvolvimento

do educando, tornando assim, as aulas mais atrativas. A Educação é um processo do

próprio educando, mediante o qual são dadas à luz e as ideias que fecundam sua alma e,

consiste na atividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de

acordo com elas onde o conhecimento não vem de fora para o homem; é o esforço da

alma para apoderar-se da verdade (PILLETI 1999).

Page 13: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

13

Na prática escolar são inúmeras as realidades e experiências com as quais nos

deparamos. Entre elas cabe destacar algumas deficiências no aprendizado dos alunos,

onde estes apresentam certas dificuldades no que tange ao Ensino da Química,

principalmente quando este exige reflexão sobre os acontecimentos relacionados à

referida Ciência. QUADROS e BARROS (2004) fala que o professor deve adotar

iniciativa, já que nem sempre a formação inicial desenvolve habilidades que capacitem

os futuros professores em propor experimentos para o Ensino Médio, tampouco refletem

sobre o real papel da experimentação.

Diante desta problemática, este projeto visa melhorar o grau de compreensão por

parte dos alunos no Ensino de Química, utilizando-se de maneiras e materiais que podem

ser relacionados com o ambiente em que vivem, obstruindo obstáculos descritos acima e

consequentemente, busca de volta a atenção dos alunos para os conteúdos de uma das

ciências mais fascinantes de todos os tempos.

O objetivo desse trabalho é propor um ensino de química mais enxugado, gerado

de maneiras simples para que alcance o entendimento do aluno.

Para fins, foram feitos encontros com alunos do 1º Ano “H” do Centro de Ensino

Governador José Sarney, com intuito trabalhando a relação teoria e prática, juntas para o

desenvolvimento de cada aluno, sempre tendo em consideração que as práticas que foram

realizadas com materiais que eles conhecem, demonstrando que é possível ministrar aulas

de forma agradável tanto para os alunos que aprendem mais, como para o professor que

observará o desenvolvimento de suas aulas com mais tranquilidade.

Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de estudos que visam detectar as

principais dificuldades do processo de ensino-aprendizagem da Química, enfrentadas por

alunos e professores da Escola Pública Estadual, Centro de Ensino Governador José

Sarney e propor ações que, possivelmente, minimizem as dificuldades encontradas na

construção do conhecimento Químico.

Page 14: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

14

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Propor uma metodologia de ensino de ácidos e bases de forma lúdica e

contextualizada na disciplina de Química no 1º ano do Ensino Médio.

2.2. Específicos

Avaliar a concepção dos alunos sobre ácidos e bases do 1º ano do Ensino Médio;

Desenvolver metodologias que facilite a compreensão do aluno de forma

contextualizada sobre o ensino teórico de ácidos e bases;

Aplicar os experimentos com o uso de materiais alternativos presentes no cotidiano

do aluno.

Page 15: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

15

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. A Química no Ensino Médio

Desde que a primeira versão dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino

Médio – PCNEM – chegou às escolas, os debates sobre ensinar e aprender química se

intensificaram, tanto em termos de necessidades de formação do estudante, quanto do

professor. Um dos objetivos do Ensino Médio, segundo os PCNEM, é desenvolver

competências que possibilitem uma visão de mundo atualizada, capacidade de

compreensão das problemáticas abordadas pelos meios de comunicação e ação e relação

do ser humano com seu meio social e a aprendizagem dos conteúdos se dá através de um

processo contínuo de interação com as tecnologias (BRASIL, 1999).

Entre o indivíduo, a família, a sociedade e a escola o professor trabalha em

conjunto com o aluno e coordena a construção do conhecimento de modo a conseguir um

ensino mais ajustado às necessidades dos alunos (USBERCO; SALVADOR, 1997).

O ensino de Química do Ensino Médio, de modo geral, precisa buscar melhorias,

competências e habilidades para capacitar os alunos a tomarem suas próprias decisões em

situações problemáticas, de forma à contribuir para o desenvolvimento do educando como

pessoa humana e como cidadão. Apesar disso, no Brasil, a abordagem da Química escolar

continua praticamente a mesma. Embora às vezes com uma aparência de modernidade, a

essência permanece a mesma, priorizando-se as informações desligadas da realidade

vivida pelos alunos e professores (ALMEIDA, 2003).

Considera-se que hoje há necessidade de um número muito grande de conteúdo

a serem abordados, com detalhamento muitas vezes exagerado, alega-se falta de tempo e

a necessidade de correr com a matéria, desconsidera-se a participação efetiva do estudante

no diálogo mediador da construção do conhecimento. Além de promover esse diálogo, é

preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais ampla

do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a

construção da cidadania, colocar em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente

relevantes, que façam sentido e possam se integrar à vida do aluno (BRASIL, 1999).

Ao momento que educadores passarem a tomar conhecimento de meios simples

para alavancar a compreensão de seus alunos, ele terá para si a admiração e a atenção dos

Page 16: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

16

educandos e sociedade em geral. Mas para isso é preciso a renovação de suas maneiras

pedagógicas, material adequado, plano de aula bem formulado e o principal a criatividade.

A criatividade é um potencial inerente ao ser humano, mas que necessita ser

cultivado e desenvolvido, através do uso da imaginação, do conhecimento, da motivação

para criar e do uso de técnicas específicas para fazer desabrochar o ato criativo, de forma

que o indivíduo realize suas potencialidades como ser humano e traga uma efetiva

contribuição para si mesmo como pessoa, para seu ambiente mais próximo ou para a

sociedade na qual se encontra inserido (VIRGOLIM, 1991).

O educador tem um papel chave, sendo ele o norte do processo educacional de

seus alunos, o professor é a porta de saída dos educandos que buscam algo maior em seus

futuros, como (PILETTI, 1999), fala “mediante o qual são dadas à luz as ideias”.

Ao optar por utilizar material acessível como forma de suprir a necessidade do

laboratório nas escolas da rede pública de ensino, torna-se necessário analisa-los sob dois

aspectos primordiais: um referente à efetividade, expresso durante a ação; outro referente

aos aspectos cognitivos, no qual as experiências acarretaram em avanços nos processos

de aprendizagem e desenvolvimento. (BESSLER, K.E.; NEDER, A.V.F, 2004) fala que

a aprendizagem dos alunos deve ser baseada em princípios fundamentais da química

mediante a observação e interpretação de fenômenos químicos, sem a necessidade de

grandes quantidades de reagentes e técnicas com maior sofisticação.

Com a realização de experiências com materiais alternativos em sala de aula

suprindo o laboratório e reagentes caros, as aulas seguirão novos horizontes. De maneira

que abra os olhos dos alunos para um conhecimento que até não demostravam deter.

(MALHEIROS, 2013) defende que o uso de materiais didáticos proporciona, no processo

de ensino e aprendizagem, alguns benefícios como a facilidade para fixar a aprendizagem,

simplicidade na apresentação de dados, possibilidade de tornar os conteúdos mais

concretos e estímulo à participação dos alunos.

O diagnóstico do problema que ronda o estudo de uma das mais fascinantes

disciplinas tem que ser aplicado na visão dos próprios alunos, o educador deve mostrar

que essa matéria não é algo monótono, algo que não tem fundamento e principalmente

sem relação com o cotidiano de todos os educandos, a partir desse processo de revisão

sobre como repassar nossas aulas de química é que podemos nos reavaliar e adotar novos

métodos para aplicar em sala de aula. Ao relacionar algo do imaginário com o real o aluno

começa a desenvolver novos sentidos no que se refere a qualquer trabalho que seja

realizado, essa relação ocorre mediante as aulas teóricas em conjunto com as práticas.

Page 17: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

17

Zagury (2006) afirma que o professor precisa mostrar a beleza e o poder das ideias,

mesmo que use apenas os recursos de que dispõe: quadro-negro e giz.

3.2. A relação do professor com o aluno no Ensino da Química.

É notável o desempenho dos alunos em sala de aula quando estão à praticar

algum experimento, a palavra “praticar” nos remete ao movimento espontâneo para a

realização de alguma coisa, se há movimento haverá a interação dos envolvidos com o

que se estar a trabalhar. (CURY, 2003) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida,

a dúvida gera o estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim

formamos pensadores, e não repetidores de informações”.

As justificativas apresentadas pelos estudantes na atribuição de “bom professor”

eram, em sua maioria, relacionadas à interação professor/aluno. Na percepção dos

estudantes, características como conhecimento da matéria a ser ensinada ou habilidades

para organizar suas aulas se entrelaçam com as maneiras de manter relações positivas.

Cumpre, no entanto, destacar que “quando os alunos verbalizam o porquê da escolha do

professor, enfatizam os aspectos afetivos” (CUNHA, 2005).

Segundo (CUNHA, 2005) a relação de professor/aluno é mais forte quando o

professor domina o conteúdo e consegue colocá-lo de uma maneira mais intuitiva, ou

seja, o mesmo é seguro no que faz. Atualmente se observa que a maioria dos professores

que ministram aulas em específico as aulas de química, ainda não possui formação

adequada para ensiná-la. Essa barreira traz grandes transtornos para os alunos a ponto de

desistirem de frequentar a escola.

O planejamento das atividades experimentais deve ser baseado na vida cotidiana

dos alunos, não podemos colocar atividades que eles não venham relacionar o conteúdo

com sua vivência, com seu dia a dia, isso dificultaria o processo de ensino aprendizagem.

Deve-se relacionar o mundo dos alunos estão vivendo e assim implantar algo que

realmente contribui para a construção do conhecimento com o conteúdo aplicado em sala.

(CHARLOT, 2006) afirma “a escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o

saber é fonte de prazer.” Diante dessa afirmação vê-se que a escola que se deseja é a que

promova saberes que o aluno entenda.

Para favorecer a superação de algumas das visões simplistas predominantes no

ensino de ciências é necessário que as aulas de laboratório contemplem discussões

teóricas que se estendam além de definições, fatos, conceitos ou generalizações, pois o

Page 18: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

18

ensino de ciências, é uma área muito rica para se explorar diversas estratégias

metodológicas, no qual a natureza e as transformações nela ocorridas estão à disposição

como recursos didáticos, de forma a permitir à construção de conhecimentos científicos

de modo significativo (RAMOS, ANTUNES; SILVA, 2010).

3.3. A Importância da Química no Cotidiano.

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza, a ciências

naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos conhecer a realidade

externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. O desenvolvimento

desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas transformações conhecidas

mais também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os tecidos das roupas

que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas

metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos

combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões,

computadores, eletrodomésticos, são exemplos da importância e da enorme aplicação dos

processos químicos em nossa vida (VEIGA, 2000).

Comumente a mídia relaciona a palavra "química" a fatores prejudiciais à saúde,

devido a expressões como: "produto sem substância química" impressas nas suas

embalagens. Confunde-se, a ideia de isenção de substância artificial com o termo química

que, é incorreto, tem-se vários exemplos como, fazer um pão, o padeiro utiliza-se de

processos químicos; todos os objetos e materiais existentes são constituídos por

substâncias químicas (NELBOLD, 1987).

A maioria das pessoas comuns vê a Química como uma ciência descritiva,

baseada num amontoado assustador de símbolos, tabelas, regras, fórmulas e reações que

nunca parecem não ter fim. Um mundo só para os iniciados onde a linguagem científica

parece sobrepor à nossa realidade, como que bloqueando uma real percepção do seu papel

no nosso cotidiano. Na realidade, as pesquisas e produtos químicos são cada vez mais

responsáveis pela contínua melhoria do padrão de qualidade de vida do ser humano. De

acordo com (Fonseca, 2001), a Química não é um objeto, mas uma ciência que pode trazer

benefícios ou prejuízos aos seres vivos e ao meio ambiente, dependendo da concepção

com que seus conceitos são utilizados e afirma:

Page 19: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

19

"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de

que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de

novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do

universo se mostrará interligada e com sentido."

Um problema grave, que será um desafio para a Química neste novo século, é

transformar seus processos antigos em outros mais econômicos e limpos, tornando a

química mais positiva para a opinião pública. As agressões ao meio ambiente é uma

realidade e não se pode esconder, as pesquisas químicas devem ser desenvolvidas com a

preocupação de se minimizarem não só os riscos dos processos e efluentes, como também

a garantia de qualidade dos produtos químicos para o consumidor. (SILVA e

BANDEIRA, 2006). “A química está na base do desenvolvimento econômico e

tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da

agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos

ou produtos algum insumo que não seja de origem química.”

Quando se fala em futuro para a química, fala-se automaticamente em

investimento e busca de novas tecnologias para o País. Portanto, a expansão do setor deve

ser acompanhada por uma ampliação e perenizarão dos recursos voltados à pesquisa e ao

desenvolvimento tecnológico. É necessário transformar a química no nosso País de forma

a garantirmos nosso desenvolvimento sustentado. No mundo globalizado, pode-se dizer

que com exceção das tribos isoladas, todos os habitantes do planeta, fazem uso diário de

produtos químicos sintetizados pela indústria química, desenvolvidas por cientistas de

todo mundo. A química tem gerado empregos e desenvolvimento econômico,

contribuindo, a cada nova descoberta para o aumento da qualidade de vida (ALVES,

2007).

Contudo, é fácil notar o quão é necessário utilizar método com o auxílio de

experimentos com matérias alternativos para o ensino da química nas escolas, e a partir

disso pode-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender conteúdos de

química, pode ser superada/minimizada através da utilização de aulas experimentais, que

o auxilia na compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no cotidiano, já que

proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Porém se o professor desenvolver

atividades práticas em sala de aula, estará colaborando para que o aluno consiga observar

a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o que incentiva a uma

aprendizagem significativa e, portanto, duradoura. Comprovado pela grande curiosidade

Page 20: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

20

e participação em aulas, números de dúvidas, perguntas e questões realizadas, crescente

opção por cursos de graduação na área das exatas, altos índices de aprovação da

disciplina, melhores desempenhos em avaliações e atividades afins e pela sensação de

maior utilidade pessoal, faz-se cada vez mais importante o desenvolvimento do presente

trabalho.

3.4. O lúdico e os materiais alternativos

A crescente preocupação com o Ensino de Química tem feito com que vários

pesquisadores busquem novas alternativas para tornar a disciplina atraente e desmistificá-

la. Nesse contexto, os alunos têm desenvolvido vários materiais que ajudam no

entendimento de ciências, principalmente a Química.

(RIBEIRO, 2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma

significativa conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para

o aprendizado no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o

papel das atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação.

(CARVALHO, 2007) em seu projeto, teve como objetivos mostrar a importância

e a viabilidade das atividades experimentais de Química com a utilização de materiais

alternativos para aplicação no 1º ano do ensino médio, na tentativa de melhorar o

entendimento e a assimilação dos conteúdos desta disciplina.

O aprendizado da Química por meio de observações de experimentos, modelos

visuais e lúdico, contribui para uma melhor formação do aluno do Ensino Médio e auxilia

na desmistificação de que a Química não é uma disciplina difícil e puramente teórica, mas

está totalmente relacionada com a prática e se encontra muito mais presente nas nossas

vidas do que podemos imaginar. O interesse pela divulgação e ensino em ciências de

maneira informal implica na produção de meios e recursos adequados. (QUEIROZ,

2004). As atividades experimentais permitem ao estudante uma compreensão de como a

Química se constrói e se desenvolve, ele presencia a reação ao “vivo e a cores”, afinal foi

assim que ela surgiu através da Alquimia, nome dado à química praticada na Idade Média.

Page 21: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

21

3.5. O papel das atividades experimentais.

Segundo os ensinamentos de (GALIAZZI, 2005), realizar um experimento

seguido de discussão para a montagem da interpretação dos resultados é uma atividade

extremamente rica em termos de aprendizagem.

(QUEIROZ, 2004), ensina que no caso particular da Química, no Ensino Médio,

os conhecimentos devem integrar uma estrutura funcional que permita prever ou explicar

comportamentos de sistemas materiais, tanto em situações de estudo teórico como de

fatos experimentais ocorridos em laboratório ou na vida diária. Essa estrutura de

conhecimentos deve fundamentar-se em princípios e modelos simples, de aplicação a

mais ampla possível, para poder explicar uma grande variedade de acontecimentos

experimentais com poucos esquemas teóricos satisfatórios. Isto é possível se o ensino for

conduzido de forma tal que o aluno aprenda princípios, baseados em conceitos muito bem

elaborados, sem deixar que ele se perca, além do necessário, no estudo particular de fatos

isolados. Desta forma, os fatos serão racionalmente agrupados, sendo mais fácil para o

estudante, integrar e recuperar a informação por estar relacionada com princípios

fundamentais que lhe servem de referência.

A experimentação pode ter um caráter indutivo e nesse caso, o aluno pode

controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, e pode

também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na

teoria, porém a utilização dessas atividades bem planejadas facilita muito a compreensão

da produção do conhecimento em química, podendo incluir demonstrações feitas pelo

professor, experimentos para confirmação de informações já dadas, cuja interpretação

leve a elaboração de conceitos entre outros, essas atividades é importante na formação

de elos entre as concepções espontâneas e os conceitos científicos, propiciando aos alunos

oportunidades de confirmar suas ideias ou então reestruturá-las (GIORDAN, 1999).

De acordo com (SCHENRTZETER, 2002), as atividades experimentais são

relevantes quando caracterizadas pelo seu papel de investigativa e sua função pedagógica

em auxiliar o aluno na compreensão de fenômenos. No ensino de química,

especificamente, a experimentação deve contribuir para a compreensão de conceitos

químicos, mais ainda as aulas experimentais, de uma forma geral, mão necessitam ser

realizadas em laboratórios com equipamentos sofisticados.

Page 22: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

22

Em geral, a forma como as atividades experimentais são abordadas, deixa muito

a desejar, devido à estas serem conduzidas através de roteiros que induzam apenas a

comprovação de fatos.

Segundo (FONSECA, 2001), o trabalho experimental deve estimular o

desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e

supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão

papel importante no desenvolvimento cognitivo.

Contudo, essas atividades experimentais podem ser também em outros

ambientes com características e objetivos diferentes, a utilização dessas atividades

experimentais pode acrescentar pensamento do aluno fundamentos de realidade e de

experiência pessoal, em outras palavras as atividades enriquecem e fortalece o

desenvolvimento do aluno.

A experimentação prioriza o contato dos alunos com os fenômenos químicos,

possibilitando ao aluno a criação dos modelos que tenham sentidos para ele, a partir de

suas próprias observações, (GIORDAN, 1999).

3.6. A disciplina de Química e a importância dos experimentos no processo de

ensino-aprendizagem

Na disciplina de química são discutidas as dimensões conceitual, procedimental

e atitudinal de conteúdos de Química, principalmente os princípios pedagógicos dos

vários tipos de atividades que são utilizados como instrumentos para o ensino de Química,

essenciais na ação educativa e basilares na prática de ensino do professor. Antes das

atividades de avaliações, o aluno será apresentado ao referencial teórico necessário para

o professor inserir uma transformação da prática metodológica em sala de aula, com os

objetivos de analisar os principais problemas que professores de Química relatam e

oferecer elementos (teorias e exemplos) que convenham aos futuros professores, para

constituírem seu próprio juízo sobre os problemas analisados e suas prováveis soluções.

Em geral, a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a

prática dificultam o processo de ensino-aprendizagem. Os profissionais de ensino,

afirmam que este problema é devido à falta de laboratórios ou de equipamentos que

permitam a realização de aulas práticas. As escolas públicas e algumas escolas

particulares não dispõem de laboratórios e não têm interesse em resolver essa questão. Os

laboratórios são construções caras, equipamentos sofisticados, reagentes caros e que não

Page 23: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

23

podem ser comercializados livremente. A quantidade de alunos no laboratório não pode

ser grande, pois atrapalha o aprendizado dos mesmos, os reagentes têm que ser

frequentemente substituídos e os materiais renovados e repostos.

Em concordância com essa visão, se faz necessário recorrer a metodologias que

contribuam para uma aprendizagem de Química que colabore para a concretização desses

objetivos. Uma dessas opções metodológicas que pode trazer essa contribuição é a

experimentação.

Entendemos que quando a experimentação é desenvolvida juntamente com a

contextualização, ou seja, levando em conta aspectos socioculturais e econômicos da vida

do aluno, os resultados da aprendizagem poderão ser mais efetivos. (QUEIROZ, 2004),

O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas, decore

reações e propriedades, mas sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na

natureza. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento

cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a

reação, isto sim leva a um conhecimento definido.

O modelo de formulação de enunciados, partindo de regularidades de resultados

entre os experimentos, caracteriza o conceito indutivista proposto por Francis Bacon.

Ainda no século XVII, Galileu também atribui à experimentação “um papel central no

fazer ciência, o de legitimadora” (GIORDAN, 1999). Essa compreensão de Ciência se

mantém e é fortalecida no início do século XX, com a concepção positivista elaborada

por Comte.

Por outro lado, apesar das críticas, pesquisas (GIORDAN, 1999) têm ressaltado

a importância da experimentação para o processo de ensino-aprendizagem de

ciências/química. Mesmo assim, (GALIAZZI, 2001) argumentam que embora muitos

professores acreditem que possam transformar o ensino de Ciências através da

experimentação, as atividades experimentais são pouco frequentes nas escolas, sob a

justificativa da inexistência de laboratórios, e aquelas que os possuem, não têm recursos

para mantê-los.

As atividades experimentais devem ser encaradas como um dos instrumentos do

discurso das Ciências, e como tal, devem ser incluídas no ambiente de sala de aula, a fim

de permitir a “enculturação” de alunos e professores. Devem permitir que os alunos

possam aprender não só as teorias das Ciências, entre elas a química, mas também como

se constrói o conhecimento científico em um processo de questionamento, discussão de

argumentos e validação desses argumentos por meio do diálogo oral e escrito, com uma

Page 24: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

24

comunidade argumentativa que começa na sala de aula, mas a transcende. (VIEIRA,

2007), A experimentação de baixo custo representa uma alternativa cuja importância

reside no fato de diminuir o custo operacional dos laboratórios e gerar menor quantidade

de lixo químico (além de permitir que mais experiências sejam realizadas durante o ano

letivo.

Page 25: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

25

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Local do estudo.

A pesquisa foi desenvolvida na escola pública estadual, Centro de Ensino

Governador José Sarney, localizado no Centro – Bom Jardim, Estado do Maranhão,

Município e Distrito pela Lei Estadual nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, totalmente

desmembrado de Monção e conservando sua primitiva denominação, cuja origem não é

conhecida.

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Bom Jardim,

pela lei estadual nº 2735, de 30-12-1964, desmembrado de Monção. Sede no atual distrito

de Bom Jardim ex-localidade. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-03-1967.

4.2. Aplicação de experimentos com materiais alternativos no ensino médio

Inicialmente, realizou-se um levantamento bibliográfico em livros, artigos

científicos e outros materiais específicos da área para a seleção dos experimentos com

materiais alternativos a serem desenvolvidos em sala de aula, sendo preferencialmente

escolhidos os experimentos com relação direta com o cotidiano dos alunos.

Posteriormente, foram elaborados os roteiros de cada experimento contendo título,

objetivos, material e métodos. As aulas práticas foram aplicadas em sala de aula com 29

discentes do 1° ano do ensino médio e foram aplicados questionários antes e após a

execução dos experimentos para avaliação do nível de aprendizagem dos alunos acerca

dos conteúdos abordados juntamente com o questionário avaliativo das aulas ministradas.

Para a realização do trabalho, os alunos foram orientados como proceder com a

organização dos materiais trazidos. Esses materiais são de fácil acesso, sendo esses

encontrados em qualquer residência, supermercados e farmácias.

Page 26: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

26

4.3. Experimentos com materiais alternativos aplicados na disciplina de Química

Com o intuito de aproximar os conhecimentos dos alunos no que diz respeito o

aprendizado de Química desenvolveu-se as seguintes atividades na 1ª série do Ensino

Médio.

4.3.1 Experimentos da 1ª Série do Ensino Médio

EXPERIMENTO 1

- Título: Determinação do caráter ácido-base utilizando indicador alternativo

extrato de repolho roxo.

- Objetivo: Determinar o caráter ácido-base de algumas substâncias que usamos

no dia-a-dia utilizando um indicador extraído do repolho roxo.

- Materiais:

Quadro 1: Materiais que serão utilizados no experimento 1.

Materiais e Reagentes

Copo de vidro

Canudo ou colher de plástico

Pote graduado de cozinha

Seringa

Papel filtro de café ou pano (frauda)

Liquidificador

Faca

Repolho roxo

Agua

Ácido muriático

Vinagre

Agua mineral com gás

Álcool

Soda Caustica

Soda Limonada

Amoníaco

Page 27: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

27

- Procedimento experimental:

Triturou-se uma mistura de repolho roxo picado e álcool em um liquidificador.

Filtrou-se em papel de filtro ou pano (frauda) para obter uma solução.

Preparar as seguintes soluções em copos de vidro:

50 ml de água + 10ml de ácido muriático;

50 ml de vinagre;

50 ml de soda limonada;

50 ml de água mineral com gás;

50 ml de água + 10 ml de álcool;

50 ml de água + 5 ml de leite de magnésia;

50 ml de água + 5 ml de amoníaco;

50 ml de água + uma colher de soda cáustica.

Page 28: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

28

EXPERIMENTO 2

- Título: Chuva ácida.

- Objetivo: Simular uma chuva ácida.

- Materiais:

Quadro 2: Materiais que serão utilizados no experimento 2.

Materiais e Reagentes

Frasco de vidro grade

Arame

Tampa de garrafa de cerveja

Martelo

Prego

Copo

Isqueiro ou fósforo

Repolho roxo

Enxofre

- Procedimento experimental:

Perfurou-se a tampa da garrafa de cerveja e a tampa do frasco com o auxilio de

um martelo e prego, passou-se o arame no furo que foi feito com o prego conforme figura

1.

Figura 1:

Fonte: arquivo pessoal

Page 29: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

29

Adicionou-se 30ml de extrato de repolho roxo no frasco e em seguida colocou-

se enxofre na tampa de garrafa conforme figura 2.

Figura 2

Fonte: arquivo pessoal

Queimou-se o enxofre utilizando um isqueiro ou fósforo, e em seguida fechou-

se o frasco para não deixar escapar o gás SO2 produzido durante a queima.

Page 30: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

30

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Segundo FONSECA, (2001), o trabalho experimental deve estimular o

desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e

supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão

papel importante no desenvolvimento cognitivo. E com esse pensamento que ao passo que

as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se a interação dos alunos, fato que

antes da aplicação do projeto não acontecia. Todos se empenharam em realizar a

experiência pretendida para cada grupo, construindo assim uma relação de plena interação

com a aula em questão e com os mesmo, tornando o conteúdo de fácil compreensão e

divertido.

Logo abaixo veremos os resultados obtidos através do assunto aplicado e

consequentemente os gráficos contendo os resultados referentes ao antes e depois da

aplicação do conteúdo.

Page 31: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

31

EXPERIMENTO 1

No experimento 1 observou-se como é possível e viável fazer a identificação de

PH das substancias ácidas e bases, observou-se que em todas as soluções utilizadas

houveram mudanças de coloração, este fato realçou a curiosidade dos alunos tornando as

aulas aplicadas de grande aproveitamento. ALMEIDA, (2003), em seu trabalho

Determinação do caráter ácido-base, utilizou como indicador alternativo extrato de

repolho roxo buscando melhorar a qualidade de ensino por meio da experimentação.

Os resultados obtidos referentes às colorações das soluções aplicadas nos

experimentos seguem na figura 3 e tabela abaixo.

Figura 3:

Fonte: Arquivo pessoal

Quadro 2: Resultados de coloração segundo substancias utilizadas.

Soluções Coloração

Acido muriático Vermelha intenso

Vinagre Vermelha suave

Soda limonada Rosa

Água com gás Lilás

Álcool com água Azul

Amônia Amarela fraca

Soda caustica Amarela forte

pH = 1,0 pH = 3,0 pH = 5,0 pH = 7,0 pH = 11,0 pH = 12,0 pH = 14,0

Page 32: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

32

EXPERIMENTO 2

CAROLINE PEDROLO, (2016), fala que a chuva ácida é um fenômeno que

ocorre no meio ambiente, sua causa é gerada por resíduos e pela queima de combustíveis

fósseis como carvão mineral, petróleo, etc. Ela pode causar prejuízos ao longo dos anos

como, por exemplo, na corrosão de estátuas de pedra, pinturas de automóveis dentre

outras. Na agricultura, essa chuva causa estragos em plantações e compromete a safra

devida sua acidez.

Com a queima de enxofre (S) e formação de SO2 (óxido de enxofre).

Observando as seguintes equações, S + O2 → SO2, SO2 + ½ O2 → SO3 produzindo assim

SO3 + H2O → H2SO4 (ácido sulfúrico). Quando o indicador de repolho roxo entra em

contato com H2SO4 a solução muda de coloração conforme figura 4:

Figura 4:

Fonte: Arquivo pessoal

O processo acima é uma demonstração do que ocorre na natureza. A chuva rica

em ácidos, como H2SO4, corrói as estruturas, desde substâncias mais duras (mármore e

metais) até frágeis plantas.

Page 33: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

33

5.1. Avaliação e percepção dos alunos sobre a aplicação dos experimentos com

materiais alternativos nas aulas de Química.

Buscando obter uma análise nível de compreensão 29 discentes da turma da 1ª

série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney, aplicou-se um

questionário contendo perguntas relacionadas ao tema de ácidos e bases, assunto esse de

grande interação com os mesmo, já que, eles dispõem facilmente de uma grande variedade

de ácidos e bases em suas residências.

Na figura 8, no que diz respeito ao seu entendimento sobre o pH de ácidos e

bases, dos entrevistados, 72% afirmam que entendem sobre o assunto e 28% não

entendem nada (Figura 5).

Figura 5 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz

respeito pH de ácidos e bases:

Fonte: Arquivo pessoal.

A figura 06, que trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre

“Prejudicialidade de ácidos e bases”, mostra que 29% afirmam que entendem sobre o

assunto e 71% não entendem nada. Estes dados demostram que é preciso haver uma

melhora no Ensino de Química que atualmente é aplicado.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 34: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

34

Figura 6 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento relacionado com

os perigos e consequências do uso de ácidos e bases.

Fonte: Arquivo pessoal.

A figura 7 trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre “Ácidos e bases

dentro de casa”. Dos entrevistados, 83% afirmam que possuem algum ácido ou alguma

base e 17 % não dispõem dos mesmos em suas residências.

Estes dados mostram que há um entendimento sobre os perigos e consequências da

utilização de ácidos e bases.

Figura 7 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo

ácido ou base em sua casa.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 35: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

35

Na figura 8 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos e

bases na indústria” observou-se que, 67% afirmam que ácidos e bases são utilizados em

indústrias e 33% discordam. Nota-se que falta de contextualização do conteúdo teórico

com cotidiano do aluno reflete esse resultado.

Figura 8 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases

na indústria”.

Fonte: Arquivo pessoal.

Na figura 9 a pesquisa teve como objetivo analisar o nível de conhecimento dos

29 alunos sobre “antiácido e reação de neutralização”, no que diz respeito ao

entendimento sobre o assunto. Dos mesmos, 64% afirmam que entendem e 36% que não.

Nos dados acima citados e no gráfico 12 é possível perceber que há muito que se melhorar

na aplicação dos conteúdos.

Figura 9 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de

neutralização”.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 36: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

36

5.2. Resultados posteriores à aplicação das aulas teóricas em conjunto com as

práticas.

Segundo Guimarães (2009) o ensino tradicional tem uma abordagem passiva ao

aprendiz que frequentemente é tratado como mero ouvinte das informações que o

professor expõe. Tais informações, quase sempre, não se relacionam com os

conhecimentos prévios que os estudantes construíram ao longo de sua vida. E quando não

há relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem

não é significativa. Com a realização deste trabalho, visando uma melhora no ensino de

química, procurando trabalhar com materiais de fácil acesso e sempre associado

diretamente o conteúdo com o cotidiano dos discentes, observou-se uma melhora no

desenvolvimento dos mesmos no que diz respeito à associação entre o conteúdo teórico

e as aulas práticas, além disso, observou-se também uma maior troca de informações entre

os alunos uma vez que as aulas práticas foram trabalhadas em grupo.

Os dados a seguir estão relacionados com as figuras 5, 6, 7, 8 e 9 anteriormente

citadas, de forma que possa-se comparar com os resultados posteriores à aplicação das

aulas práticas sendo que os mesmos se encontram nas figuras 10, 11, 12, 13 e 14.

Page 37: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

37

Depois da aplicação das práticas foi questionado qual o grau de entendimento

sobre “pH ácidos e bases”, observou-se que houve um ganho de grande relevância com a

implementação das práticas experimentais, como mostra a figura 10, em que, 91%

afirmam que têm conhecimento sobre o assunto e 9% se mantiveram-se sem alteração de

conhecimento.

Figura 10 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que diz

respeito PH de ácidos e bases:

Fonte: Arquivo pessoal.

A figura 11, que trata do grau de entendimento sobre a “Prejudicialidade de

ácidos e bases”, mostra que 97% passaram a entender sobre o assunto e 3% se

mantiveram com a mesma opinião. Estes dados demostram a eficiência das aulas práticas

no ensino de Química.

Figura 11 - Percentual de respostas dos alunos sobre o entendimento no que afirma

sim ou não no que diz respeito ácidos e base são prejudiciais.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 38: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

38

A figura 12 que segue abaixo trata do grau de entendimento dos 29 alunos sobre

“Ácidos e bases dentro de casa”. Dos entrevistados, 95% afirmam que possuem algum

ácido ou alguma base dentro de casa e 5 % reafirmaram que não dispõem dos mesmos

em suas residências. É notável o aproveitamento dos mesmos com o auxilio das aulas

práticas, a figura 8 expressa os dados mencionados acima.

Figura 12 - Percentual de respostas dos alunos sobre disponibilidade de algum tipo

ácido ou base em sua casa.

Fonte: Arquivo pessoal.

Na figura 13 que trata do entendimento dos alunos sobre “utilização de ácidos

e bases na indústria” observou-se que, 81% passaram a afirmar que ácidos e bases são

utilizados em indústrias e 19% se mantiveram. Nota-se que a associação das aulas teóricas

com as praticas foi muito produtiva, uma vez que realçou o conhecimento dos que ainda

não compreendiam o assunto.

Figura 13 - Percentual de respostas dos alunos sobre a “utilização de ácidos e bases

na indústria”.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 39: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

39

Na figura 14, trata sobre “antiácido e reação de neutralização”, onde dos 29

entrevistados anteriormente, 98% afirmam que entendem o que é um antiácido e o que é

uma reação de neutralização, e apenas 2% se mantiveram com a mesma opinião. Nos

dados acima citados é possível perceber que houve uma expressiva melhorar no

entendimento dos alunos sobre o tema de ácidos e bases, demostrando que as aulas

práticas utilizando materiais alternativos são importantes no processo de ensino-

aprendizagem da química.

Figura 14 - Percentual de respostas dos alunos sobre “antiácido e reação de

neutralização”.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 40: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

40

5.2. Avaliação do conhecimento dos alunos – antes e depois da aplicação dos

conteúdos.

Após realização do processo de aplicação das aulas teóricas e práticas, fez-se

tabulação de dados estatísticos do nível de aproveitamento e rendimento dos alunos em

comparação do antes e depois, constatando que o nível de conhecimento antes

correspondia a 38% sobre o assunto e depois da aplicação da temática em questão houve

evolução de 62% em relação ao antes e o depois. Conforme mostra os índices abaixo

representados pela figura 15:

Figura 15 - Média geral de aproveitamento dos alunos mediante o conteúdo

trabalhado.

Fonte: Arquivo pessoal.

Page 41: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

41

A figura 16 demonstra o nível percentual de aceitação e satisfação dos alunos

pelo assunto abordado auto avaliando em “ótimo, muito bom, bom e regular”, conforme

segue:

Figura 16 - Tratando da auto avaliação dos conteúdos aplicados.

Com a aplicação dos questionários após realização das aulas teóricas e práticas

experimentais, dos 29 alunos, 84% disseram que foi ótimo, 16% muito bom, 0% bom e

0% regular referente ao trabalho realizado. Fonte: Arquivo pessoal.

Esses dados confirmam que a disciplina de química passa por grandes

dificuldades no repasse de conteúdo para os discentes em virtude da complexidade, mais

que é possível alcançar boa aprendizagem nessa disciplina relacionando o cotidiano do

aluno com os temas abordados em sala de aula.

Campos, Bortolo e Felício (2014) destacam que o processo de compreensão dos

conceitos é gradual e exige esforços dos alunos e, para que a compreensão seja melhorada

cada vez que entra um novo contato com o conceito, para o aluno aprender um

determinado assunto, ele deve relacioná-lo aos conhecimentos prévios que possui.

Ribeiro (2007) em sua pesquisa, identificou e apresentou de forma significativa

conteúdos (temas) que envolvia Química, buscando algumas soluções para o aprendizado

no ensino fundamental, com respeito ao ensino de Ciências (Química), e o papel das

atividades experimentais apresentando os aspectos relevantes desta interação. Seguido

essa linha de raciocínio, pode-se afirmar que as práticas experimentais e uma opção viável

no Ensino de Química, os dados mostrados neste trabalho confirmam a eficácia da

aplicação dessa metodologia como forte mediadora no aprendizados dos alunos.

Page 42: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

42

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A princípio encontramos muitos discentes desinteressados pela ciência da

Química por não entenderem fenômenos simples do cotidiano. É comum deparar-se com

esta situação sabendo que o fato é comum no decorrer dos dias e que a ciência está

inserida nas atividades mais simples. Com relação aos materiais envolvidos nas atividades

práticas, há de se considerar que a maioria das escolas públicas não dispõem de meios

para a realização de práticas experimentais na disciplina de Química. Dessa forma, os

resultados obtidos neste trabalho vêm mostrar uma alternativa para o uso de materiais do

dia a dia a serem aplicados nas aulas. Ainda que não haja em casa estes produtos, é

possível consegui-los em farmácias, mercados ou casas agropecuárias.

Nas escolas públicas, atividades desenvolvidas com materiais do uso diário

acabam enriquecendo ainda mais o conteúdo, pois os alunos já os conhecem e

aperfeiçoam aquilo que já têm por conhecimento empírico. Toda e qualquer atividade

deve estar adaptada à realidade do aluno, este é o segredo de um bom desempenho escolar.

Considerando os rendimentos, assevera-se que o trabalho validou-se e que, o

objetivo de aproximar os alunos da ciência “Química” foi cumprido integralmente. Ao

passo que as atividades foram sendo desenvolvidas, percebeu-se que os alunos interagiam

mais facilmente com colegas e professor, fato que antes da aplicação do projeto não

acontecia. Todos os alunos contribuíram muito, trazendo de suas residências diversos

materiais, que foram destinados a aplicação das aulas práticas.

O estímulo dos alunos foi despertado quando os mesmos perceberam que, para

aprender a Química basta usar a criatividade e que pelo fato da ciência está entrelaçada

ao nosso redor, a construção do conhecimento se dá mais facilmente usando materiais

acessíveis.

Conclui-se que a aplicação deste trabalho proporcionou aos discentes uma maior

aproximação da Química com o seu dia a dia e a visão desta como uma disciplina de

difícil compreensão que foi superada.

Page 43: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

43

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. T., Monografia de conclusão de curso, 2003.

ALVES, L. Canal do Educador. Disponível em Brasil Escola:

http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/chuva-acida.htm.

Acesso em 22/07/2016.

ALVES, W. F. A formação de professores e as teorias do saber docente: contexto, dúvidas

e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33. n. 2. p. 263-280.

maio/ago. 2007.

BESSLER, K.E.; NEDER, A.V.F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para

principiantes. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.

BORTOLOTO, T. M. (s.d.). A produçào de jogos didáticos para o ensino de biologia.

Disponível em Unesp:

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&v

ed=0ahUKEwirzKqa2YnOAhUGF5AKHbnKC0cQFggeMAA&url=http%3A%

2F%2Fwww.unesp.br%2Fprograd%2FPDFNE2002%2Faproducaodejogos.pdf&

usg=AFQjCNHmZoaz_lK6wpF9j4GspM7Y5rwuag&cad=rja. Acesso em 23 de

7 de 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio: Bases Legais. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999ª.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais . Brasília:

Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 1999, 360p.

CAROLINE PEDROLO. Chuva ácida. Disponível em

http://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/. Acesso em 18/08/2016.

CARVALHO, R. de C. S. Uso de Materiais Alternativos para o Ensino de Química do 1°

ano do Ensino Médio. Projeto de IC – FAPEMA (Graduação em Licenciatura

Plena em Química) – Curso de Licenciatura Plena em Química, Centro Federal de

Educação Tecnológica do Maranhão, 2007.

CHARLOT, Bernard. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 196, p.15-18, outubro, 2006.

_________, A. A Educação no Ensino de Química.Ijuí, UNIJUÍ, 1990. 117 p.

_________, Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Unijuí,

2003. 3. ed.

CUNHA, M. I.; O bom professor e sua prática, 17ª ed., Papirus: Campinas, 2005.

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante,

2003.

FONSECA, M.R.M. Completamente química: química geral, São Paulo, 2001.

Page 44: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

44

GALIAZZI, M. C. et al. Objetivos das Atividades Experimentais no Ensino Médio: A

pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência &

Educação, v.7, n.2, 2001.

GALIAZZI, M.C. Química. Nova na Escola, 2005.

GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na

Escola,n. 10, p. 43 - 49, 1999.

_________. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola,n.

10, p. 43 - 49, 1999.

_________. O papel da experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola,

n.10, 1999.

IBGE, i. b. (2013). Cidades@. Disponível em IBGE:

http://www.ibge.com.br/cidadesat/painel/historico.php?codmun=210200&search

=maranhao%7Cbom-jardim%7Cinphographics:-history&lang=. Acesso em 23 de

07 de 2016.

MALHEIROS, B. T. Didática Geral. LTC. Rio de Janeiro – RJ. 2012.

MOTTA, A. (s.d.). Historia de Bom Jardim. Disponível em bomjardimma:

http://www.bomjardimma.com/p/historia-de-bom-jardim.html. Acesso em 23 de

07 de 2016.

NELBOLD, B. T. Apresentar a química para o cidadão: um empreendimento essencial,

São Paulo, 1987.

NUNES, A. S. ; Adorni, D.S . O ensino de química nas escolas da rede pública de ensino

fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos.. In:

Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, 2010, Vitória da Conquista, BA.

- Educação e conhecimento científico, 2010.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ENSINO MÉDIO. Ministério da

Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília. 2007.

PEIXOTO, D. P. Ensino de Química e Cotidiano. 1999.

PILLETI, Claudino; PILLETI, Nelson. Filosofia e história da educação. Série Educação.

13. ed. São Paulo: Ática, 1999

QUADROS, A.L; BARROS, J.M. Formação Continuada: Compromisso de Todos. Anais

do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, 2004.

Disponível em https://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa93.pdf. Acesso em

18.ago.12.

QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de

alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n.

1, 2004.

RAMOS, L. S.; ANTUNES, F.; SILVA, L. H. A concepção de professores de Ciências

sobre o Ensino de Ciências. Revista da SBEnBio, n. 3, p. 1.666-1.674, out. 2010.

Page 45: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

45

RIBEIRO, M. H. de O. O Ensino de Ciência Envolvendo as Primeiras Noções de Química

no Terceiro e Quarto Ciclo do Ensino Fundamental na Unidade escolar Pedro

Álvares Cabral: Um Estudo de Caso. Projeto de IC - CNPq (Graduação em

Licenciatura Plena em Química) – Curso de Licenciatura Plena em Química,

Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, 2007

SANMARTÍ, N. Didactica de las ciencias en la educación secundaria obligatoria. Madrid:

Síntesis, 2002.

SCHNETZLER, R. P. A Pesquisa em Ensino de Química no Brasil: Conquistas e

Perspectivas. Química Nova, v. 25, s1, p.14, 2002.

TREVISAN, Tatiana Santini e MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A prática pedagógica do

professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. Vol. 1, n° 2 : abril,

2006.

VIEIRA, H. J.; FIGUEIREDO-FILHO, L. C. S., e FATIBELLO-FILHO, O. (2007): “Um

Experimento Simples e de Baixo Custo para Compreender a Osmose”, in:

Química Nova na Escola, n.º 26, pp.37-39.

VIRGOLIM, A. M. R. (1991). Criatividade, autoconceito e atitudes com relação à escola

entre alunos de escolas abertas,intermediárias e Tradicionais. Dissertação de

Mestrado não publicada. Universidade de Brasília, UnB, Brasília, DF.

ZAGURY, Tânia. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 192, p.20-22, maio, 2006.

Page 46: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

46

APÊNDICE

Page 47: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

47

APENDICE A: Questionários aplicados com os discentes da 1ª série do Ensino Médio

do Centro de Ensino Governador José Sarney.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO PARFOR

Discente: TIAGO GONÇALVES PACHECO

Orientadora: JOSILENE LIMA SERRA

QUESTIONÁRIO AVALIATIVO DO TEMA ÁCIDOS E BASES

1. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ÁCIDOS?

A) O ÁCIDO É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE

B) TEM PH ABAIXO DE 7

C) TEM PH ACIMA DE 7

D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO

E) NÃO SEI

2. O QUE VOCÊ ENTENDE POR BASE?

A) BASE É ALGO QUE QUEIMA E CORROÍE

B) TEM PH ABAIXO DE 7

C) TEM PH ACIMA DE 7

D) PODE SER CONSUMIDO COMO ALIMENTO

E) NÃO SEI

3. PARA VOCÊ TODO ÁCIDO É PREJUDICIAL?

A) SIM

B) NÃO

PORQUÊ?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_________________________

4. PARA VOCÊ TODA BASE É PREJUDICIAL?

A) SIM

B) NÃO

PORQUÊ?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________

5. VOCÊ TEM ALGUM ÁCIDO DENTRO DE CASA?

A) SIM

B) NÃO

DÊ UM EXEMPLO:

______________________________________________________________________

_______________

Page 48: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

48

6. VOCÊ TEM ALGUMA BASE DENTRO DE CASA?

A) SIM

B) NÃO

DÊ UM EXEMPLO:

______________________________________________________________________

________________________________________

7. ONDE VOCÊ ACHA QUE OS ÁCIDOS SÃO UTILIZADOS?

A) ALIMENTOS

B) PRODUTOS DE LIMPEZA

C) SOLVENTES

D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA

E) NÃO SEI

8. ONDE VOCÊ ACHA QUE AS BASES SÃO UTILIZADAS?

A) ALIMENTOS

B) PRODUTOS DE LIMPEZA

C) SOLVENTES

D) TODAS AS ALTERNATIVAS ACIMA

E) NÃO SEI

9. O QUE VOCÊ ENTENDE POR ANTIÁCIDO?

A) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA A BASE

B) UMA SUBSTÂNCIA QUE NEUTRALIZA O ÁCIDO

C) É UMA SUBSTÂNCIA ÁCIDA

D) NÃO SEI

10. NA SUA OPINIÃO, O QUE É UMA REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO?

A) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (IGUAL A 7)

B) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MENOR QUE 7)

C) É UMA REAÇÃO MANTÉM UM PH NEUTRO (MAIOR QUE 7)

D) NÃO SEI

Page 49: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

49

COM RELAÇÃO AS AULAS PRÁTICAS, ASSINALE AS ALTERNATIVAS

COM UM X PARA AS QUESTÕES QUE VOCÊS CONSIDERA CORRETAS.

1. COMO VOCÊ AVALIA O APROVEITAMENTO DAS AULAS PRÁTICAS?

A) ÓTIMO ( )

B) BOM ( )

C) REGULAR ( )

D) SEM APROVEITAMENTO ( )

2. NO SEU CONCEITO AULAS PRÁTICAS FAVORECE A APRENDIZAGEM?

A) SIM ( )

B) NÃO ( )

3. VOCÊ GOSTARIA QUE AS AULAS TEÓRICAS FOSSEM ACOMPANHAS DE

AULAS PRÁTICAS?

A) SIM ( )

B) NÃO ( )

4. O GRAU DE ENTENDIMENTO DA AULA PRÁTICA E SUPERIOR AO DA

AULA TEÓRICA?

A) SIM ( )

B) NÃO ( )

5. COMENTÁRIOS:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_______________________________________________________

Page 50: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

50

APENDICE B: Fotos dos experimentos aplicados com os discentes da 1ª série do

Ensino Médio do Centro de Ensino Governador José Sarney.

Figura 1. Experimento 1 aplicado na 1ª série do Ensino Médio.

Fonte: Arquivo pessoal

Page 51: ÁCIDOS E BASES: “UMA PROPOSTA DE ENSINO COM A INCLUSÃO DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO”

51

Figura 2. Experimento 2 aplicado na 1ª série do Ensino Médio.

Fonte: Arquivo pessoal