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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA BOM JESUS - IELUSC CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
PRISCILA ACCÁCIO
ESTUDO DE CASO:ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO E ISQUÊMICO
JoinvilleOutubro - 2009
Trabalho solicitado pela professora Rosilda Veríssimo, como parte avaliativa na disciplina de Saúde do Adulto I.
INTRODUÇÃO
Trabalho elaborado pela acadêmica Priscila Accácio, na 4ª fase de
enfermagem, solicitado pela professora Rosilda Veríssimo como parte avaliativa da
disciplina de Saúde do Adulto I. O objetivo deste trabalho é realizar um estudo de
caso de uma paciente com acidente vascular cerebral, enfatizando a importância do
cuidado nesses pacientes, os fatores causais, a fisiopatologia, os fatores de risco da
doença, dentre outros aspectos desta doença cerebral, assim como intervenções de
enfermagem que possibilitem uma melhora no quadro ou uma melhor adaptação da
pessoa a esta condição de saúde.
A enfermagem, desde muito tempo, é designada como a “arte do cuidar”, pois
seu objetivo principal de atuação é o cuidado. Florence Nightingale já em 1858
afirmava que o paciente deveria ser colocado na melhor condição para que a
natureza aja sobre ele (SMELTZER; BARE, 2005).
A enfermagem também é definida pela American Nurses Association (ANA)
como o diagnóstico e o tratamento das respostas humanas à saúde e doença (ANA,
1995 apud SMELTZER; BARE, 2005). É responsabilidade dos enfermeiros
realizarem seus papéis conforme a legislação de prática de enfermagem e seguir o
Código de Ética de Enfermagem. No cuidado de enfermagem, as necessidades
humanas devem ser supridas, abordadas com base na prioridade.
Atualmente, o cuidado tem adotado um aspecto mais moderno e duas
tendências têm tomado espaço: as de enfoque mais humanista às abordagens em
saúde e aquela com um enfoque holista (holismo significa totalidade, globalidade,
referindo-se à inteireza do mundo e dos seres) (WEIL 1991, apud WALDOW, 1998).
Segundo a ANA alguns fenômenos são indispensáveis para o cuidado e
pesquisa em enfermagem como: autocuidado, processos fisiológicos e
fisiopatológicos em áreas como repouso, sono, respiração, circulação, reprodução,
atividade, nutrição, eliminação, pele, sexualidade, comunicação, além de conforto,
dor e desconforto. Incluem-se também as emoções e os significados relacionados a
situação de saúde, doença da pessoa, tomada de decisão e escolhas, controle
sobre o próprio corpo, transições através do “espectro de vida”, entre outros
(SMELTZER; BARE, 2005).
Segundo Smeltzer e Bare (2005, p.6), Maslow criou uma classificação das
necessidades humanas básicas hierarquicamente, conforme apresentado à seguir:
1- Necessidades fisiológicas;
2- Segurança e seguridade;
3- Pertencimento e afeição;
4- Estima e auto-respeito;
5- Auto-realização/auto-satisfação.
Essas necessidades, organizadas dessa forma, permitem ao enfermeiro
aplicar diversos processos junto ao paciente para avaliar as possibilidades,
limitações e necessidades de prescrições de enfermagem. O aumento da população
idosa tem aumentado o cenário da oferta dos serviços de saúde, trazendo a
necessidade de maior conhecimento dos cuidados específicos para esse perfil
populacional. As mutações das doenças, a evolução da tecnologia, altos custos dos
serviços de saúde e as mudanças no financiamento dos serviços, também
ocasionam alterações que corroboram a reestruturação dos serviços e uma
“adaptação” da enfermagem (SMELTZER; BARE, 2005).
Atualmente a atuação da enfermagem tem se voltado muito para o cuidado
prestado nos ambientes comunitário e domiciliar, e isso afeta a visão de saúde e
doença e também o foco do cuidado de enfermagem, como podemos ver também
no fato do aumento da população idosa e assim ocasionando uma mudança nos
padrões de doença de condição aguda, para condições crônicas (SMELTZER;
BARE, 2005).
O cuidado de enfermagem tem se baseado na prevenção, promoção da
saúde, tratamento e melhora da qualidade de vida do paciente crônico. O cuidado de
enfermagem é essencial para a melhora das condições de vida do paciente, tanto no
ambiente hospitalar, quanto na comunidade e no domicílio do paciente (SMELTZER;
BARE, 2005).
Waldow (1998) analisa o cuidado desde a pré-história até os tempos
modernos e afirma que o ser humano, no decorrer dos anos, adquire formas e
expressões de cuidar que se sofisticam, e assim conclui:
[...] considerando o cuidar não apenas como uma atividade ou tarefa
realizada no sentido de tratar uma ferida, aliviar um desconforto e
auxiliar na cura de uma doença. Procura ir além, tentando captar o
sentido mais amplo: o cuidado como uma forma de expressão, de
relacionamento com o outro ser e com o mundo, enfim, como uma
forma de viver plenamente (p17).
Para Waldow (1998), os elementos do cuidado humano são: amor,
solidariedade, respeito e honestidade. No contexto da sociedade brasileira onde há
um número expressivo de analfabetos, meninos de rua, prostituição, acidentes de
trabalho, violência em geral e no trânsito, tráfico de drogas, corrupção política,
policial, etc, ela conclui que os fatores sociais contribuem para impedir que os
elementos do cuidado façam parte da maioria da população marginalizada e
desfavorecida. Então, precisa-se de um ambiente favorável para que o cuidado se
manifeste, além de infra-estrutura política e administrativa. Ela afirma ainda que:
O cuidado humano é uma atitude ética em que seres humanos
percebem e reconhecessem os direitos uns dos outros. Pessoas que
se relacionam numa forma a promover o crescimento e o bem-estar
da outra (p.43).
O cuidado então, pode ser visto além de atenção e afeto; ele engloba o
conforto e demais atividades que possibilitem o bem-estar, a restauração do corpo,
da alma e da dignidade e promove a redução da dor e da incapacidade.
O cuidado de enfermagem no paciente com AVC é muito importante, pois, a
ampla variedade de déficits neurológicos que esta doença causa no paciente
aumenta a relevância destes problemas causados por ela. Conforme já visto neste
trabalho, o AVC causa incapacidades, o que pode ocasionar invalidez na pessoa,
gerando assim dificuldades de se adaptar à nova vida e desempenhar as atividades
diárias, precisando de total assistência de enfermagem. É importante então o
enfermeiro planejar e programar um plano de cuidados que atenda às necessidades
do paciente e seja eficaz para sua reabilitação. Esse período de reabilitação pode
ser bem prolongado, sendo o cuidado então, focalizado não somente no paciente,
mas voltado à sua família também, pois a família tem um papel muito importante na
recuperação desse paciente, podendo interferir positivamente na saúde do mesmo
(SMELTZER; BARE, 2005).
É importante preparar a família para os cuidados também, pois o paciente
estará se recuperando, na maioria das vezes, em casa e os cuidados domiciliares
serão realizados por seus familiares. Devido ao impacto gerado pela doença, a
família pode estar despreparada para lidar com este paciente. Smeltzer e Bare
(2000, p.1481), ao abordar o contexto familiar, analisam:
A família pode ter dificuldade na aceitação da incapacidade do
paciente e pode construir metas não-realistas. Eles recebem
informação sobre os resultados esperados do derrame do paciente e
são aconselhados a evitar fazer coisas para o paciente que ele
poderia fazer por si mesmo. Eles são tranqüilizados quanto ao fato
de que seu amor e afetuosidade fazem parte da terapia do paciente.
O enfermeiro é um construtor e disseminador do conhecimento nesta ocasião,
ressaltando então a importância deste profissional na abordagem e esclarecimentos
à família, estabelecendo uma relação de confiança dando todas as informações
necessárias da doença (causas, conseqüências, formas de cuidado, etc),
trabalhando conjuntamente com a família, visando à melhoria do quadro do paciente
e de sua qualidade de vida (CHAGAS; MONTEIRO, 2004).
O enfermeiro também pode realizar educação em saúde atingindo a
população e conscientizando-a dos fatores de risco, alertar as pessoas a
controlarem a pressão alta, o diabetes, o colesterol e o peso, além de eliminar o
tabagismo, o estresse e a vida sedentária (SMELTZER; BARE, 2005).
Os cuidados de enfermagem ao paciente também incluem orientá-lo e
estimulá-lo a fazer exercícios em casa, cuidados com a pele e ajudá-lo na escolha e
utilização de dispositivos e aparelhos que necessita (aparelhos de alimentação, ex.:
utensílios com pegador largo para acomodar uma pegada fraca; aparelhos para
banho e arrumação, ex.: barras de segurança, tapetes antiderrapantes, assentos de
chuveiro, esponjas de banho com cabos longos, barbeadores elétricos, etc;
aparelhos para instalações sanitárias, ex.: assento de vaso sanitário elevado;
aparelhos para se vestir, ex.: fechos de velcro, calçadeiras; aparelhos de mobilidade,
ex.: bengalas, andadores, etc) (SOARES, 2009; SMELTZER, BARE, 2005).
Ainda, alguns exemplos de cuidados, citados por Smeltzer e Bare (2005),
incluem:
- Melhorar a mobilidade e evitar as deformidades articulares;
- Evitar a dor no ombro;
- Estimular o auto-cuidado;
- Tratar as dificuldades sensório-perceptuais;
- Tratar a disfagia;
- Atingir o controle intestinal e vesical;
- Melhorar os processos de raciocínio;
- Melhorar a comunicação;
- Manter a integridade da pele;
- Melhorar o enfrentamento familiar;
- Ajudar o paciente a lidar com a disfunção sexual;
- Promover o cuidado domiciliar.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
2.1.1 DEFINIÇÃO
Os neurônios do sistema nervoso central são muito dependentes do
metabolismo aeróbico. Quando privados de fluxo sanguíneo por apenas 20
segundos, o cérebro fica reduzido a um estado de inconsciência. Se a circulação
não for restabelecida de 4 a 5 minutos, esse estado passa a ser irreversível. O
cérebro consome 20% da quantidade total disponível de oxigênio, por isso demanda
de um sistema de fornecimento extenso, contínuo e regular. O fluxo sanguíneo
cerebral (FSC) médio é da ordem de 55ml/100g de tecido cerebral por minuto. Se o
FSC cair para menos de 30 a 35ml/100g/min, ocorre isquemia; se o FSC cair para
menos de 20ml/100g/min, ocorre infarto (YOUNG, YOUNG, 1998).
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma anormalidade, na maioria das
vezes súbita, do funcionamento cerebral. Esta síndrome neurológica caracteriza-se
pela interrupção do fluxo sanguíneo cerebral ou de uma hemorragia no parênquima
cerebral ou subaracnóidea (OLIVEIRA, 2009). 85% dos AVCs são isquêmicos e 15%
são hemorrágicos (SMELTZER; BARE, 2005).
Os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos (AVCH) são causados pelo
sangramento no tecido cerebral, ventrículos ou espaço subaracnóide. A hemorragia
intracerebral primária é causada devido à ruptura espontânea de pequenos vasos,
que é causada mais comumente pela hipertensão descontrolada e a secundária é
devido a malformações arteriovenosas (MAV), aneurismas intracranianos ou
algumas medicações como anticoagulantes, anfetaminas, etc (SMELTZER; BARE,
2005). Alguns fatores complicadores incluem o aumento da pressão intracraniana e
o edema cerebral (SOARES, 2009).
No acidente vascular isquêmico (AVCI) ocorre a diminuição/interrupção do
fluxo sanguíneo cerebral devido à oclusão de um vaso sanguíneo. Esta diminuição
do fluxo sanguíneo no cérebro interfere nas funções neurológicas dependentes da
região afetada (SOARES, 2009).
2.1.2 EPIDEMIOLOGIA
O Acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido com “derrame
cerebral”, trata-se de uma doença com repercussão significativa na vida da
população, pois a sua incidência está relacionada com a idade e como a expectativa
de vida das pessoas está cada vez maior, o n° de casos de AVC também aumenta a
cada dia. É a segunda causa de morte no mundo e é a principal causa de
incapacidade neurológica, deixando a pessoa dependente de cuidados de
reabilitação (CHAVES, 2009).
Dados oficiais de mortalidade no Brasil revelam que o acidente vascular
cerebral causa mais mortes do que a doença coronária, nos últimos 40 anos
(LOTUFO, 2000). O infarto do miocárdio é a principal causa de morte nos homens e
nas mulheres é o derrame cerebral.
Comparadas às de outros países, as taxas de mortalidade precoce (45 aos 64
anos) de AVC no Brasil eram muito altas na década de 80, isso provavelmente
correspondendo à prevalência elevada de hipertensão arterial na população
brasileira (LOTUFO, 2000).
O risco de recorrência de um AVC é maior nos primeiros 30 dias após um
infarto cerebral. As taxas de recorrência a longo prazo oscilam entre 4 a 14 por
cento ao ano. Os fatores de risco de recorrência do AVC são: diabetes e hipertensão
arterial diastólica.
Ele afeta na sua maioria idosos, mas até 20% dos AVCs ocorrem em
indivíduos abaixo dos 65 anos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
2.1.3 CAUSAS
Smeltzer e Bare (2005) citam, dentre as causas do AVCI a trombose de
grandes artérias e de pequenas artérias penetrantes, causa embólica cardiogênica,
criptogênica, dentre outras. Já as causas conhecidas do AVCH incluem:
hemorragias intracerebral e subaracnóide, aneurisma cerebral e malformações
arteriovenosas.
2.1.4 FATORES DE RISCO
Os fatores de risco podem ser modificáveis ou não-modificáveis.
Entre os fatores de risco não-modificáveis estão: idade (o risco de AVC se
eleva por volta dos 60 anos e dobra a cada década), hereditariedade, o sexo (maior
incidência no sexo masculino) e a raça (maior incidência na raça negra).
O principal fator de risco modificável é a hipertensão arterial, pois ela aumenta
em 3 vezes a incidência de AVC. Há uma relação comprovada entre os “níveis
tensionais” (tanto sistólicos, quanto diastólicos) e a elevação da incidência de AVC.
O controle da pressão arterial diminui em 42% o risco de AVC (OLIVEIRA 2009).
Dentre outros fatores de risco modificáveis incluem-se: as patologias
cardíacas (arritmias emboligênicas, fibrilação atrial, cardiopatia coronariana,
insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, infarto do miocárdio),
diabetes, tabagismo (aumenta o risco de AVC em 50%), sedentarismo, estresse,
obesidade e uso de anticoncepcional oral (OLIVEIRA, 2009).
Smeltzer e Bare (2005) trazem também outros fatores como: hematócritos
elevados, abuso de drogas, consumo excessivo de álcool e a dislipidemia, porém a
dislipidemia ainda é um fator de risco questionável. Sabe-se que a dislipidemia é um
fator de risco para doença coronariana e obstrução de carótidas, mas ainda precisa-
se comprovar estatisticamente, através de mais estudos, para considerá0la um fator
de risco. Segundo Oliveira (2009), alguns estudos evidenciaram que a redução dos
níveis de colesterol pode levar a um aumento da freqüência de AVC hemorrágico,
provavelmente por interferir na resistência da parede vascular. Homosteína e alguns
distúrbios hematológicos também são fatores de risco, mas raramente encontrados.
O doente idoso, comparado ao doente jovem, possui algumas características
próprias em relação à etiologia e prevenção destas doenças. Há nítida
predominância da aterosclerose como causa de doença cerebrovascular, ao
contrário dos jovens, entre os quais prevalecem condições hereditárias,
malformações e uso de drogas ilícitas.
Pires, Gagliardi e Gorzoni (2009), fazem uma boa observação ao concluírem
que o doente idoso, comparado ao doente jovem, possui algumas características
próprias em relação à etiologia e prevenção das doenças cerebrovasculares. Há
nítida predominância da aterosclerose como causa de doença cerebrovascular, ao
contrário dos jovens, entre os quais prevalecem condições hereditárias,
malformações e uso de drogas ilícitas.
2.1.5 DIAGNÓSTICO
É realizado através do histórico do paciente, do exame físico e exame
neurológico. O início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir um AVC.
Exames laboratoriais de análises como hemograma, plaquetas, coagulograma,
glicemia, uréia, creatinina e estudos de imagem como tomografia computadorizada
de encéfalo, ressonância nuclear magnética, ultrassom de carótidas e vertebrais,
ecocardiografia e angiografia também são realizados para confirmar o diagnóstico e
onde evidenciam-se o tipo de AVC e o território envolvido. Pode-se utilizar também o
eletrocardiograma e RX de tórax (SMELTZER; BARE, 2005; OLIVEIRA, 2009).
2.1.6 DÉFICITS NEUROLÓGICOS
O acidente vascular cerebral pode causar uma variedade de déficits
neurológicos dependendo da área afetada. Podem ser prejudicadas as funções
motora, sensorial, dos nervos cranianos, cognitiva e outras.
Dentre os déficits neurológicos, segundo Smeltzer e Bare (2005), podem-se
citar:
Déficits do campo visual: hemianopsia homônima, perda da visão periférica e
diplopia;
Déficits motores: hemiparesia, hemiplegia, ataxia, disartria e disfagia;
Déficits sensoriais: parestesia;
Déficits verbais: afasia motora, afasia sensorial e afasia global;
Déficits cognitivos: perda da memória de curto e longo prazos, espectro de
atenção diminuído, capacidade de concentração prejudicada, raciocínio abstrato
deficiente, julgamento alterado;
Déficits emocionais: perda do autocontrole, labilidade emcional, tolerância
diminuída às situações estressantes, depressão, isolamento, medo, hostilidade,
raiva e isolamento.
2.1.7 TRATAMENTO (SMELTZER; BARE, 2005; OLIVEIRA, 2009)
Na fase aguda, o tratamento consiste em emergência médica. Deve-se obter
o máximo de informações precisas sobre o episódio. Cuidados com vias aéreas,
respiração e parâmetros hemodinâmicos, além da avaliação do quadro neurológico,
são realizados em pacientes graves. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é muito
utilizada para a avaliação do AVC na fase aguda. Deve-se interromper dietas via oral
na fase aguda do AVC, monitorar a temperatura e avaliar a necessidade de
suplementação de oxigênio. Sonda nasoentérica, gastrostomia, jejunostomia via
endoscópica ou convencional, ou ainda dieta parenteral são condições avaliadas
caso a caso. No AVC hemorrágico deve-se controlar a pressão arterial (geralmente
os pacientes apresentam hipertensão reativa). No caso de AVC isquêmico deve-se
evitar ao máximo a redução da pressão arterial, uma vez que, tal redução pode
comprometer a viabilidade do tecido cerebral potencialmente reversível (áreas de
penumbra).
Hipotensão arterial deve ser sempre prontamente corrigida com uso de
volume ou até drogas vasoativas. O uso de drogas neuroprotetoras parece melhorar
o prognóstico do AVC. O tratamento fisioterápico motor e respiratório, além de
cuidados para não criar escaras de decúbito e profilaxia de trombose venosa
profunda, são de extrema importância.
Visando minimizar o dano neuronal causado devido à interrupção súbita do
fluxo arterial pela oclusão vascular, surgiram nos últimos anos, vários estudos com
administração de trombolíticos, principalmente da estreptoquinase, porém o uso da
estreptoquinase aumentou o índice de complicações hemorrágicas e da mortalidade.
Atualmente é utilizado o rtPA venoso, com menor índice de mortalidade, porém, este
só deve ser administrado em menos de 3 horas de evolução da fase aguda do AVC.
Há algumas contra-indicações para o uso de trombolíticos como: Idade
avançada, cirurgia recente, passado de AVC, níveis pressóricos muito elevados na
fase hiperaguda, entre outros. Nos casos em que não se indicar o uso de
trombolítico, ou seja, na maioria dos casos, o tratamento englobará o uso de
antiagregantes (AAS) e heparina profilática subcutânea. O uso de heparina é
sugerido nos casos de trombose venosa cerebral.
Em relação ao AVC hemorrágico, a abordagem terapêutica mais comumente
empregada é o tratamento cirúrgico de hematomas intracranianas e a clipagem ou
embolização de aneurismas cerebrais.
Se o paciente está na fase crônica, o tratamento é realizado com uma equipe
multidisciplinar. Algumas intervenções podem incluir: uso de balão de proteção,
colocação de stents e by-pass (mas ainda são recentes e necessitam de mais
estudos).
Algumas “seqüelas” que ficam no paciente como a espasticidade, a disfagia, a
disartria e a afasia, além dos distúrbios esfincterianos, déficits cognitivos, epilepsia e
depressão devem ser todas levadas em conta e tratadas, pois afeta, em todas as
instâncias, a qualidade de vida do paciente e de sua família.
2.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO
2.2.1 FISIOPATOLOGIA
Um aneurisma ou MAV aumenta e causa uma pressão no tecido cerebral ou
nervos cranianos próximos, ou um desses dois fatores pode romper e provocar uma
hemorragia subaracnóide (decorrente de uma MAV, aneurisma no cérebro, trauma
ou hipertensão), assim prejudicando o metabolismo cerebral, devido ao aumento na
pressão intracraniana causada pela entrada do sangue no espaço subaracnóide;
isquemia secundária do cérebro decorrente da pressão de perfusão reduzida e
vasoespasmo (SMELTZER; BARE, 2005).
A hemorragia intracerebral é causada devido as alterações degenerativas da
hipertensão e da aterosclerose cerebral, que provocam o rompimento do vaso. O
sangramento geralmente é arterial e localizado nos lobos cerebrais, gânglios da
base, tálamo, entre outros (SMELTZER; BARE, 2005).
Em conseqüência da fraqueza da parede arterial, pode-se formar aneurismas
intracranianos. Dentre as as causas pode-se citar a aterosclerose, defeitos
congênitos, doença vascular hipertensiva ou TCE. Geralmente os aneurismas
cerebrais ocorrem nas bifurcações das grandes artérias do polígono de Willis
(SMELTZER; BARE, 2005).
As malformações arteriovenosas são artérias e veias no cérebro sem leito
capilar, devido à problemas durante o desenvolvimento embrionário.
2.2.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O paciente pode apresentar vários déficits neurológicos. Se ele tiver
aneurisma intracraniano ou MAV pode sentir uma cefaléia súbita, intensa, vômitos e
até perda da consciência, além de dor e rigidez de nuca e coluna vertebral (em
razão da irritação meníngea), zumbido, tonteira e hemiparesia. Se o aneurisma for
junto ao nervo oculomotor, podem ocorrer distúrbios visuais. Dependendo da
intensidade do sangramento e da extensão da lesão cerebral, o paciente pode
evoluir para coma e morte. O prognóstico vai depender da repercussão do AVC. A
hemorragia subaracnóide devido ao aneurisma é um evento com morbidade e
mortalidade elevadas (SMELTZER; BARE, 2005).
2.2.3 PREVENÇÃO
A prevenção consiste na melhora dos fatores de risco, sendo o mais
importante a hipertensão, vindo depois o tabagismo, consumo excessivo de álcool e
níveis de LDL altos e HDL baixos. Estudos também mostram a fenilpropanolamina
como um fator de risco para o AVC hemorrágico, por isso, estar atento aos produtos
e medicações que contém esse composto e alertar a população, também consiste
em uma forma de prevenção (SMELTZER; BARE, 2005).
2.3 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
2.3.1 FISIOPATOLOGIA
Quando ocorre a interrupção da circulação arterial no cérebro, várias
alterações funcionais e estruturais surgem na região acometida, gerando uma
“cascata isquêmica” complexa que no final resulta em morte neuronal. As áreas
vizinhas, com perfusão parcial, continuam funcionando com “anormalidades”, mas
esses efeitos ainda são reversíveis. Estas áreas são conhecidas como “áreas de
penumbra” e é nelas que se concentram as atenções da terapêutica (OLIVEIRA,
2009; SMELTZER; BARE, 2005).
2.3.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os sinais e sintomas, segundo o médico Tufi Dippe Jr (2009), responsável
técnico pelo Portal do Coração, incluem: cefaléia intensa e súbita sem causa
aparente, dormência nos braços e nas pernas, dificuldade de falar e perda de
equilíbrio, diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado
esquerdo ou direito do corpo, alteração súbita da sensibilidade, com sensação de
formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo, perda súbita de visão
em um olho ou nos dois, alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular
e expressar palavras ou para compreender a linguagem, instabilidade, vertigem
súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
Ao apresentar estes sintomas, o paciente deve ser encaminhado rapidamente
ao serviço de saúde em busca de atendimento emergencial.
2.3.3 PREVENÇÃO
Identificar os grupos de risco e educar os pacientes e a comunidade sobre as
causas do AVC e formas de prevenção ainda é o melhor remédio e é muito eficaz.
As populações de risco são as que apresentam características relacionadas
aos fatores de risco como: idade avançada, sexo – maior incidência em homens,
raça – maior incidência em afro-americanos, hispânicos, indígenas nativos
americanos, asiáticos que são das Ilhas do Pacífico e nativos do Alasca, além de
hipertensão, doença cardiovascular, dislipidemia, obesidade, tabagismo e diabetes.
Tratar, portanto, estes fatores de risco, diminuirão o risco de a pessoa ter o AVC
(SMELTZER; BARE, 2005).
Estimular um estilo de vida saudável, com dietas hipolipídicas, com pouco
colesterol, rica em fibras e associadas ao exercício físico regular, com certeza
melhorará a qualidade de vida do paciente.
Pacientes com estenose da carótida são tratados com endarterectomia
carotídea e nos pacientes com fibrilação atrial (o que ocasiona um risco maior de
embolia), a administração de warfarin pode ser uma medida profilática para AVCs
trombóticos e embólicos (SMELTZER; BARE, 2005).
3. ESTUDO DE CASO
MS. 62 anos, sexo feminino. Veio trazida pela ambulância do SAMU de Barra
Velha até a unidade do Hospital após apresentar hemiparesia direita e disartria, o
diagnóstico médico foi de AVC isquêmico. É portadora de Diabetes há 10 anos, e
hipertensão há 20 anos, dislipidemia, e teve um Acidente Isquêmico Transitório (AIT)
há 3 meses, porém não foi procurar auxilio médico. Ao exame imagético de
carótidas apresenta placas de ateroma ocluindo mais de 70% da artéria carótida
esquerda. Está em uso de Hipoglicemiante oral 2 vezes ao dia, analgésico 40 gotas
por via oral se temperatura maior ou igual a 37,5 °C, antiemético EV a cada 8h se
necessário, hipotensor 25 mg se necessário (PA maior que 180/110 mmHg), ácido
acetil salicílico 200 mg após o almoço, anticoagulante 5.000UI SC a cada 8h. Ao
exame físico: PA 160/90 mmHg, P 120 bcpm rítmico, FR 16 mrpm, T 36,6 °C.
Orientada no tempo, espaço e pessoa. Com pupilas isocóricas e fotoreagentes.
NIHSS de 06 e Glasgow 15. Ao exame neurológico apresenta hemiparesia direita,
disartria, desvio de rima para esquerda, bulhas rítmicas. Pulsos carotídeos,
braquiais, radiais, femorais, cheios tanto em hemicorpo direito quanto esquerdo.
Pulso poplíteos e pediosos filiformes. Apresenta enchimento capilar em tempo
menor que dois segundos. Extremidades aquecidas. Respiração espontânea,
silenciosa, superficial e rítmica. À ausculta pulmonar apresenta pulmões limpos.
Apresenta tosse improdutiva. Em uso de prótese dentária móvel superior e inferior
integras e limpas, lingua rósea, hálito inodoro. Em uso de SNE em narina direita
desde 01/11. abdome globoso, flácido, timpânico, sem dor a palpação e com ruídos
hidroaéreos presentes nos quatro quadrantes. Apresenta hematomas difusos em
região periumbilical. Em uso de fralda, apresenta incontinência urinaria e fecal,
períneo discretamente hiperemiado. Ausência de secreções vaginais ou uretrais.
Presença de acesso venoso periférico desde 04/11/2008 em região posterior do
punho direito com cateter sobre agulha n° 20, salinizado. Não apresenta sinais de
irritação no local de inserção. Está com hematomas em região de braço, antebraço e
dorso da mão D.
3.1 LEVANTAMENTO DE SITUAÇÕES SAÚDE-DOENÇA
Data de abertura
Situação Saúde Data de fechamento
01/11 Prótese dentária íntegra e limpa, língua rósea, hálito inodoro
01/11
01/11 Glasgow 15 01/11
01/11 FR 16mrpm 01/11
01/11 T 36,6ºC 01/11
01/11 Orientada no tempo, espaço e pessoa 01/11
01/11 Pupilas isocóricas, fotorreagentes 01/11
01/11 Pulsos cheios em hemicorpo direito e esquerdo 01/11
01/11 Enchimento capilar em tempo menor que 2 segundos 01/11
01/11 Extremidades aquecidas 01/11
01/11 Respiração espontânea, silenciosa, rítmica e superficial
01/11
01/11 Pulmões limpos, tosse improdutiva 01/11
01/11 Ruídos hidroaéreos presentes nos 4 quadrantes 01/11
01/11 Não apresenta sinais de irritação no local da inserção do catéter
01/11
Data de abertura
Situação Doença JustificativaData Fechamento
01/11
Usa hipoglicemiante
oral
Os hipoglicemiantes são agentes que aumentam a secreção de insulina. São medicações tomadas por via oral (ex.: glibenclamida) ou administradas via subcutânea (ex.: insulina), que dependendo de sua classe, causam a diminuição do nível de glicose plasmática. São muito utilizados no controle do diabetes tipo 2 (SBD, 2009).
Em tto
01/11
Usa hipotensor 25mg
S/N
Medicações com efeito hipotensor são aquelas que abaixam a pressão arterial. Dentre algumas categorias de anti-hipertensivos encontram-se os inibidores da enzima conversora da angiotensina, os bloqueadores dos receptores da angiotensina, os beta-bloqueadores, os bloqueadores dos canais de cálcio ou os diuréticos, que também causam um efeito hipotensor no organismo (GOWER, 2009).
Em tto
01/11 62 anos Os idosos, já pela idade, são mais suscetíveis a adquirir uma patologia, pois todas as reservas fisiológicas do organismo
01/11
têm uma redução. À medida que o envelhecimento vai ocorrendo, vão surgindo doenças crônicas e demenciais (SMELTZER; BARE, 1998). Algumas das características nos idosos são: diminuição da acuidade visual, perda auditiva, perdas nos movimentos, problemas cardíacos e vasos sanguíneos, problemas respiratórios pelo enfraquecimento dos músculos que auxiliam a respiração, sistema imunológico debilitado pela atrofia do timo (órgão responsável pela produção de linfócito T), doenças neurológicas pela perda gradual de neurônios, distúrbios endócrinos pela diminuição da produção de hormônios, entre outras. Os idosos hospitalizados necessitam de uma atenção especial, pois qualquer fator de saúde, com a idade, se torna mais agravante (SMELTZER; BARE, 2005).
01/11
AVC Isquêmico
Conforme já relatado no presente trabalho, o ACVI é a perda súbita da função devido ao bloqueio/interrupção do suprimento sanguíneo para uma região cerebral. É conseqüência da doença vascular cerebral de longa duração. Dentre as causas estão: trombose de grandes artérias, trombose de pequenas artérias penetrantes, embólica cardiogênica, criptogênica e outras (SMELTZER; BARE, 2005).
01/11
DM há 10 anos
As paredes dos vasos sanguíneos espessam-se, sofrem esclerose e eles ficam ocluídos por placas que aderem às paredes vasculares. Mais adiante, o fluxo sanguíneo é bloqueado. A cardiopatia coronariana, doença vascular cerebral e doença vascular periférica são os 3 tipos principais de complicações macrovasculares que ocorrem mais comumente na população diabética. Os vasos sanguíneos do cérebro também são afetados e as oclusões ou a formação de um êmbolo nesses vasos, podem levar a crises isquêmicas transitórias e a acidentes vasculares cerebrais. Segundo Smeltzer e Bare (2005) “as pessoas com diabetes possuem risco 2 vezes maior de desenvolver a doença vascular cerebral” (p.1258) e a recuperação desses pacientes, no caso da ocorrência de um AVC, fica comprometida devido aos altos níveis de glicose no sangue.
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01/11 HAS há 20 anos A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ser definida como a presença de um nível persistente de pressão arterial em que a
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pressão sistólica se encontra acima de 140mmHg e a pressão diastólica acima de 90mmHg. A HAS constitui uma importante causa de insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e insuficiência renal. Uma vez desenvolvida, a pressão arterial do paciente deve ser monitorizada regularmente, pois trata-se de um distúrbio presente por toda a vida. Ela pode se classificar em HAS primária ou essencial, a qual não não tem uma causa clínica identificável (corresponde a 90% dos casos na população adulta) ou HAS secundária, que decorre de uma causa específica, como o estreitamento das artérias renais ou doença do parênquima renal, certos medicamentos, disfunções orgânicas, tumores e gravidez. A elevação prolongada da PA eventualmente lesa os vasos sanguíneos de todo o corpo, sobretudo nos olhos, coração, rins e cérebro. Além disto, o coração aumenta de tamanho ao ser forçado a aumentar a sua carga de trabalho para bombear o sangue de encontro a uma pressão alta constante (SMELTZER; BARE, 1998). Dentre as complicações da HAS estão: maior causa de insuficiência cardíaca, um risco maior de acidentes vasculares encefálicos, aumento do risco de acidentes coronarianos agudos, lesão renal, nefroesclerose, IRC, manifestações retinianas e aterosclerose periférica. O tratamento adequado com hipotensores minimizam o grau destas complicações (UFBA, 2009).
01/11
Dislipidemia
Dislipidemia são os níveis lipídicos sanguíneos anormalmente elevados ou baixos. Consiste em um fator de risco para problemas cardiovasculares, risco este que aumenta se estiver associado ao tabagismo, diabetes melito, idade superior a 60 anos e história familiar de doença cardiovascular. Segundo Smeltzer e Bare (2005), os fatores de risco modificáveis para o AVC são HAS, doenças cardiovasculares, obesidade, ICC, hematócritos elevados, DM, tabagismo, consumo de álcool e drogas e níveis elevados de colesterol. A dislipidemia favorece a aterosclerose (acúmulo anormal de substâncias lipídicas, ou gordurosas e de tecido fibroso na parede vascular. Essas substâncias criam bloqueios ou estreitam o vaso de tal modo que há redução do fluxo sanguíneo).
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01/11
AIT há 3 meses
Segundo Smeltzer e Bare (2005) é quando o fluxo sanguíneo fica comprometido por um determinado período de tempo (temporário) para uma determinada região do cérebro. Serve como um aviso do AVC iminente. A principal causa de Acidente Isquêmico transitório (AIT) é a oclusão do vaso por material embólico proveniente de placa de ateroma proximal ao vaso ocluído ou de origem cardíaca. Deve ser levado como emergência médica, pois 10 a 20% dos pacientes com AIT poderão evoluir com um AVCI em 90 dias, sendo 50% destes nas primeiras 48 horas (PACTO AVC).
01/11
01/11 Placas de ateroma
ocluindo 70% da
artéria esquerda
Os acidentes vasculares cerebrais trombóticos da artérias de grosso calibre (um tipo de AVCI) são decorrentes de placas ateroscleróticas nos grandes vasos sanguíneos do cérebro. A formação de trombo e a oclusão no sítio da aterosclerose resultam em isquemia e infarto (SMELTZER; BARE, 2005).
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01/11
PA 160/90 mmHg
O controle da pressão arterial diminui em 42% o risco de AVC (OLIVEIRA 2009). Para cada 10mmHg de elevação da PA sistólica ou diastólica acima de 115/75, há aumento de 10% nos riscos vasculares cerebrais e doença vascular periférica (ROWLAND, 2007).
01/11P 120 bcpm
“O pulso é a elevação palpável do fluxo sanguíneo percebida em vários pontos do corpo” (POTTER; PERRY, 2004, p.581).
01/11
NIHSS de 06
O paciente que sofreu um AVC é avaliado com o uso da National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS). Esta escala contém 42 itens que avaliam déficits neurológicos e é útil na diferenciação entre os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e os AIT’s (SMELTZER; BARE, 2005). Um paciente com um escore da NIHSS maior que 22 não é elegível para receber at-PA (trombolítico). Quanto menor a pontuação da pessoa, melhor. Por ex: Categoria 1a) Nível de Consciência (alerta, sonolento, etc). Descrição:Alerta: escore 0Sonolento: escore 1Torporoso: escore 2Coma: escore 3
01/11 Hemiparesia direita O AVC é uma lesão dos neurônios motores superiores e resulta em perda do controle voluntário sobre os movimentos motores. Como os neurônios decussam, um distúrbio do controle motor voluntário em
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um lado do corpo pode refletir a lesão dos neurônios motores superiores do lado oposto do cérebro. A disfunção motora mais comum é a hemiplegia e a hemiparesia que é a fraqueza/paralisia de um lado do corpo (fraqueza da face, braço e perna no mesmo lado) ou de parte dele devido às lesões ocorridas nas áreas motoras do cérebro. No caso dessa paciente, a área atingida pelo AVC foi a do lado esquerdo, pois ela apresentou hemiparesia do lado direito (SMELTZER; BARE, 2005).
01/11
Disartria
O AVC também afeta a linguagem e a comunicação e é a causa mais comum de afasia. Dentre as disfunções da linguagem e comunicação está a disartria, que é a dificuldade na fala (formação das palavras) devido à paralisia dos músculos responsáveis por produzir a fala. É um déficit motor. Então, uma vez afetada pelo AVC, a fala da pessoa pode ficar comprometida dependendo a área acometida no cérebro (SMELTZER; BARE, 2005).
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01/11
Desvio de rima para
a esquerda
No AVC ocorre uma perda da força de um lado do corpo (que pode incluir braços, pernas e face). Assim, como a musculatura do outro lado do corpo está normal, a rima da boca se desvia para o lado do rosto que não está paralisado. No exame neurológico esse quadro é descrito com hemiplegia direita com desvio de rima bucal para a esquerda (BENSEÑOR, 2009).
[...]
01/11 Pulso poplíteo e
pedioso filiformes
Por a paciente ser diabética há 10 anos, isto consiste em um fator de risco, pois acelera o processo aterosclerótico por espessar as membranas basais dos grandes e pequenos vasos, podendo explicar a característica filiforme dos pulsos poplíteo e pedioso*. Determinar a presença ou ausência e a qualidade dos pulsos periféricos é importante na avaliação do estado da circulação arterial periférica (SMELTZER; BARE, 2005). A qualidade ou amplitude do pulso varia em ausente, diminuída, normal ou rebote. A condição da parede vascular também influencia o pulso e é preocupante, principalmente em idosos. Deve-se avaliar a qualidade do vaso também (espessamento, se é tortuoso, etc) (POTTER; PERRY, 2004). Ainda, segundo Smeltzer e Bare (2005), as alterações ateroscleróticas nos grandes vasos sanguíneos dos MMII são responsáveis
[...]
pela incidência aumentada (2 a 3x maior) de doença arterial periférica oclusiva em diabéticos. Os sinais e sintomas da doença vascular periférica incluem os pulsos periféricos diminuídos e a claudicação intermitente (dor nas nádegas, coxa ou panturrilha durante a deambulação). A frequência cardíaca vezes o volume sistólico é igual ao débito cardíaco. A queda no débito cardíaco faz com que o pulso fique filiforme (LIMA, 2009). *ver mais informações no item: DM há 10 anos
01/11
Uso de SNE
A sonda nasoenteral é um tubo feito de PVC, na maioria das vezes, que é introduzido na boca do paciente e seu comprimento atinge o intestino. É necessário o uso de um fio-guia para facilitar a sua introdução e para saber se ela está posicionada no local correto é realizado um exame de raio-x. Esta sonda é utilizada para administrar a dieta, quando o paciente não consegue se alimentar ou quando há anormalidades no esôfago, estômago, reflexo da deglutição, etc, ou pode ser utilizada para a drenagem de secreções no sistema gastrintestinal. Ela também exige alguns cuidados pois pode ocorrer contaminação, úlceras nas narinas, devido à fixação inadequada, sonda mal posicionada, além de administração inadequada da dieta e pneumonia aspirativa (UNAMUNO; MARCHINI, 2009).
[...]
01/11
Abdômen globoso
O abdômen globoso pode ser resultado de sedentarismo, dislipidemia, entre outros fatores que levam à obesidade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2009).
01/10
01/11
Hematomas difusos
em região
periumbilical
Hematoma é quando o sangue coagulado ou parcialmente coagulado se acumula dentro de um determinado órgão ou em um espaço de tecidos moles (ex.: músculo). Ele é causado por uma ruptura na parede do vaso sanguíneo (WILEY, 2009). Provavelmente estes hematomas difusos na região periumbilical foram causados devido as aplicações de anticoagulante sem um rodízio adequado.
01/10
01/11 Uso de fralda É necessário quando o paciente apresenta alguma dificuldade no controle da micção ou defecação, como por exemplo, a incontinência urinária e fecal. Pode ocasionar um aumento da temperatura e umidade local, macerando a pele e a deixando mais suscetível à uma dermatite
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de fralda devido o contato da pele com a urina e fezes no local (BARBOSA, 2009).O uso de fraldas além de poder causar dermatite irritativa favorece o aparecimento de úlcera de pressão pelo cisalhamento e umidade que causa na região sacra (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2007). * Ver mais em item: períneo discretamente hiperemiado.
01/11
Incontinência urinária
e fecal
A incontinência fecal (IF) é a perda do controle sobre os esfincteres anais. Isso resulta na passagem involuntária das fezes. A pessoa pode perder totalmente o controle sobre a musculatura do assoalho pélvico, não conseguindo assim reter as fezes por controle voluntário. As causas podem ser: lesões dos músculos do esfincter anal, comprometimento dos nervos do esfíncter anal, diarréia grave, etc. Alguns fatores que podem ocasionar a IF incluem: sedação, altas doses de antibióticos, paralisia, lesão da região de controle motor voluntário no cérebro, etc (INSTITUTO DE COLOPROCTOLOGIA, 2009). A incontinência urinária é a perda involuntária da urina. Em mulheres pode ter fatores predisponentes como o sexo, a genética, a raça, a cultura, fatores neurológicos e anatômicos. Alguns fatores podem contribuir para este acometimento como: paridade, cirurgias, lesões de nervo pélvico ou muscular, radiação, entre outros (SBU, 2009).
01/11 Períneo
discretamente
hiperemiado
Provavelmente o períneo da paciente está discretamente hiperemiado devido à uma dermatite de fralda, ou assadura como é popularmente conhecida. Barbosa, (2009) define esta dermatite como uma irritação que acomete a pele devido ao acúmulo de fezes e urina que ficam retidas nas fraldas. Geralmente ocorre em adultos com incontinência urinária e fecal. A irritação é provocada pela amônia (originada da uréia contida na urina) e também pelo uso da fralda que gera um aumento da temperatura e da umidade local, com consequente maceração da pele e isso a torna mais suscetível à irritação gerada através do contato da urina e das fezes com a pele da região coberta pelas fraldas. Os locais acometidos pelas assaduras geralmente são: nádegas, vulva, glande e face interna das coxas.O Ministério da Saúde (BRASIL, 2009) afirma que esta dermatite de contato por
irritação primária pode causar lesões desde eritematosas exsudativas até eritemato-papulosas e descamativas nas áreas convexas da região delimitada pelas fraldas e ainda podem ocorrer infecções secundárias por Candida ou por bactérias como Proteus, Staphylococcus, Bacillos faecallis, Pseudomonas, e Streptococcus. Algumas substâncias em pós, óleos e sabões podem agravar a irritação.Para prevenir essas dermatites a pele deve estar devidamente higienizada e seca, principalmente nas dobras e sulcos, deve-se realizar a troca frequente das fraldas, evitar lenços umedecidos, utilizar sabonetes suaves para realizar a limpeza e se possível, manter a pele descoberta por um tempo. Em alguns casos é necessária a aplicação de pasta de óxido de zinco ou pasta d'água e em casos mais agudos o uso de cremes à base de hidrocortisona, nistatina ou antimicóticos imidazólicos na suspeita de contaminação por fungos (BARBOSA, 2009; BRASIL, 2009).
01/11
Ausência de
secreções vaginais
ou uretrais
Após a menopausa, a mulher não tem mias capacidade reprodutiva. Ocorrem alterações no sistema reprodutivo (a menstruação cessa, os órgãos reprodutivos tornam-se menores, nenhum hormônio ovariano é produzido, reduzem os níveis de estrogênio) e por todo o corpo da mulher (alterações neuroendocrinológicas, bioquímicas e metabólicas). Isso faz parte do envelhecimento normal.Dentre as alterações no sistema reprodutivo destacam-se: cessação da função ovariana e redução da produção de estrogênio que ocasionam alterações fisiológicas como a ovulação, o início da menopausa, instabilidade vasomotora e flutuações hormonais, formação óssea, lubrificação vaginal, adelgaçamento dos tratos urinário e genital, dos pêlos pubianos, ph da vagina aumentado, enrugamento dos lábios, etc. essas alterações geram sinais e sintomas como: infertilidade, ondas de calor, sudorese noturna, fadiga, perda óssea, etc. as alterações nas secreções vaginais leva à dispareunia, falta de interesse no sexo, risco aumentado de infecção do trato urinário, incidência aumentada de infecções bacterianas (vaginite atrófica) (SMELTZER; BARE, 2005).
01/11
01/11
Hematomas na
região do braço
Hematoma é quando o sangue coagulado ou parcialmente coagulado se acumula dentro de um determinado órgão ou em um espaço de tecidos moles (ex.: músculo). Ele é causado por uma ruptura na parede do vaso sanguíneo (WILEY, 2009). Punções venosas repetidamente no mesmo local ou o catéter mal posicionado, infiltrado ou fora da luz da veia (transfixação venosa) pode ocasionar hematomas devido o acúmulo de sangue fora do espaço vascular ou pequenas lesões que geraram um processo inflamatório. A liberação da hemossiderina deixa o hematoma com a coloração de aspecto azulada-arroxeada (POTTER; PERRY, 2004; HONÓRIO, NASCIMENTO, 2009).
01/11
Anticoagulante
5.000UI SC 8/8h
Utilizado para evitar ou reduzir a coagulação sanguínea dentro do sistema vascular. Indicado para tromboflebites e formação de novos trombos ou para dificultar a extensão do trombo existente. Os anticoagulantes são contra-indicados em casos de: sangramentos nos sistemas gastrintestinal, genitourinário, respiratório ou reprodutor; aneurismas, trauma grave, alcoolismo, cirurgia recente no olho, medula ou cérebro, infecções, úlceras abertas, parto recente e em casos de hemorragia vascular cerebral. Ainda, segundo Smeltzer e Bare (2005): “a terapia trombolítica não deve ser empregada quando existem as contra-indicações conhecidas para a terapia ou quando o membro não consegue tolerar as várias horas adicionais de isquemia que são necessárias para que o agente lise o coágulo”, sendo estas contra-indicações: “sangramento interno ativo, AVC, cirurgia importante recente, hipertensão descontrolada e gravidez” (p.890).
01/11 AVP desde 01/11,
com cateter nº 20
O AVP é indicado em situações que se necessita de um acesso direto ao sistema circulatório para administração de fluidos e drogas, principalmente para pacientes que não toleram ou é contra-indicado medicações orais e quando é preciso a ação imediata do medicamento. A ação das drogas é instantânea e pode-se controlar a velocidade e a diluição em que as drogas são administradas. Os riscos são de contaminação, erro da técnica, transfixação do vaso e extravasamento de soluções ocasionando soromas, hematomas, etc
04/11
(HONÓRIO, NASCIMENTO, 2009). O prazo, mais comumente seguido pelas instituições, para trocar o acesso e o equipo é de 72 horas (POTTER, PERRY, 2004).
01/11
Analgésico 40 gotas
VO se temperatura
maior ou = 37,5ºC
O analgésico é um medicamento sedativo que modifica a percepção da dor no organismo, atenuando-a ou suprimindo-a sem alterar a percepção de outras sensações. Geralmente leva à sedação, mas não à perda da consciência (IMESC, 2009).
01/11
AAS 200mg após
almoço
Ácido Acetil Salicílico em dosagem de 200mg tem ação de antiagregante plaquetário. Indicado em angina pectoris instável, no infarto agudo do miocárdio, na profilaxia do reinfarto, após cirurgia vascular ou intervenções do tipo angioplastia percutânea translumial coronária, bypass aortocoronário, na prevenção do ataque isquêmico transitório e infarto cerebral, para prevenção de trombose coronariana em pacientes com fatores de risco, na prevenção da trombose venosa e embolia pulmonar (DEF, 2008).
3.2 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Pesar diariamente MRealizar controle de glicemia em jejum e pós-prandial 07 09Medir circunferência abdominal MMonitorar resultados de exames laboratoriais de sangue MMonitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção M T NMonitorar temperatura M T NMonitorar a necessidade do pcte de recursos de adaptação para higiene pessoal, etc
M
Monitorar SSVV de 2/2h 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 02 04
Monitorar padrão respiratório M T N Aplicar escala de Coma de Glasgow M T NAvaliar tônus muscular, postura corporal e posição da cabeça M T NMonitorar queixas de dor M T NObservar sinais e sintomas de hipotensão M T NObservar melhora dos sinais e sintomas M T NRealizar exercícios de amplitude de movimento e estimular a M T
mobilidade de 2/2h, durante o diaEstimular deambulação pelo corredor M TOrientar mudança de decúbito a cada 2 horas. DLD DLE DV DD
02 04 06 0810 12 14 1618 20 22 24
Auxiliar na manutenção da postura corporal no leito M T NUtilizar travesseiros em baixo das axilas e sob o braço para mantê-lo levemente fletido, evitando assim, dor no ombro
M T N
Encorajar o paciente a movimentar o lado não-afetado MEncorajar e estimular a higiene oral após as refeições M T NEncaminhar e supervisionar banho de aspersão MOrientar a família a colocar objetos do lado onde a visão do paciente está intacta
M – alta (enf)
Orientar o paciente a virar a cabeça em direção do campo visual defeituoso para compensar a perda visual
M – alta (enf)
Observar sinais de disfagia, tosse, salivação ou extravasamento de alimento em um lado da boca
M T N
Orientar paciente a consultar um fonoaudiólogo MOrientar paciente a contrair o queixo na direção do tórax enquanto deglute, para evitar a aspiração
M – alta (enf)
Discutir junto ao médico a necessidade de cateterismo vesical MAvaliar padrão de micção da paciente M T NEncorajar a nutrição adequada (evitar gorduras, sal e muito açúcar, aumentar ingesta de fibras, evitar a obesidade, alimentos fontes de Vit A e C, ferro, etc.)
M – alta (enf)
Estimular ingesta hídrica, oferecendo 200ml de água de 2/2h 02 04 06 08 10 12 14 16 18 20 22 24
Estimular conversa verbal e estimular a identificação dos objetos pelo paciente
M T N
Orientar a família quanto às adaptações na comunicação, no raciocínio, entre outras dificuldades apresentadas pelo paciente
M – alta (enf)
Observar características da pele (integridade, coloração, hidratação)
M T N
Avaliar, junto ao médico, a necessidade de consultar terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta
M – alta (enf)
Encorajar a família no cuidado ao paciente M – alta (enf)Monitorar perfusão cerebral M T NAvaliar quantidade e característica das eliminações vesicais e intestinais
M T N
Orientar a paciente quanto às medicações M – alta (enf)Estimular a participação em grupos M – alta (enf)Manter pcte em posição Fowler M T N
Trocar a fixação da SNE MEstimular a higiene perineal e auxiliar se necessário MOrientar paciente quanto às causas e riscos da dislipidemia e, ainda, associada à HAS.
M – alta (enf)
Estimular massagem nos MMII utilizando hidratante, objetivando melhorar a circulação sanguínea nos MMII.
M T N
Verificar a presença de sinais flogísticos no local de inserção do cateter
M T N
Encorajar mudanças no estilo de vida a fim de controlar a PA, a glicemia e os níveis de colesterol no sangue
M – alta (enf)
Realizar rodízio para aplicações de anticoagulante SC no abdômen e porção posterior do braço
M
Realizar higiene perineal com água e sabão a cada troca de fraldas
M T N
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visto que o Acidente Vascular Cerebral é a segunda causa de morte no
mundo e analisando a repercussão que ele tem na vida das pessoas, no âmbito
pessoal físico e psicológico, familiar e econômico, vejo a importância de se obter
conhecimento à respeito desta patologia.
Atualmente, vários estudos estão sendo realizados acerca de terapêuticas
avançadas para o tratamento da doença e da prevenção da mesma, focalizando os
fatores de risco. Analisando então o papel do enfermeiro como um construtor e
disseminador do saber, vejo a extrema importância deste profissional encontrar-se
bem informado e atualizado para prestar orientações, auxílio e apoio à população
acerca do AVC.
Outro fator importante é o enfermeiro identificar os fatores de risco na
população e alertá-la, criando meios de conscientizar as pessoas para que revertam
estes fatores de risco, mantendo assim sua saúde, com conseqüente melhoria da
sua qualidade de vida.
No tratamento com a equipe multidisciplinar o enfermeiro também
desempenha um papel fundamental, desde o atendimento emergencial prestado, até
no “pós-AVC”, orientando e encorajando a família em como lidar com o paciente e
criando meios de recuperar e reabilitar o paciente para suas rotinas diárias.
Foi de grande valia para mim realizar este trabalho, visto que a cada dia me
deparo com a necessidade de estar capacitada para atuar como construtora do
saber e uma intervencionista, a fim de melhorar a qualidade de saúde da população
e por conseguinte melhorar a sua vida em todo o seu contexto, prestando além do
cuidado assistencial, a educação em saúde, capacitando a população para lidar com
seus problemas de saúde.
5. REFERÊNCIAS
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DIPPE Jr, T. Acidente vascular cerebral (derrame cerebral). Portal do coração. Disponível em: <http://portaldocoracao.uol.com.br/sinais-e-sintomas.php?id=1223>. Acesso em: 16 out. 2009.
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