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ACIDENTE DO TRABALHOProfessora Ivani Contini Bramante

EVOLUÇÃO HISTORICA LEGISLATIVA –ACIDENTE DE TRABALHO

IMPORTÂNCIA DA EVOLUÇÃO HISTORICA DO ACIDENTE

FINALIDADADE : PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA DOS TRABALHADORES

INTERPRETAÇÃO E A COMPREENSÃO DO IMPACTO SOCIAL NEGATIVO DERIVADODOS INFORTÚNIOS LABORAIS

NÃO HAVIA PREVISÃO DE UM SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL

ACIDENTE DE TRABALHO CAÍA NA VALA DO DIREITO COMUM

1884 - ALEMANHA - PRÍNCIPE OTTO LEOPOLD EDUARD VON BISMARCK-SCHÖNHAUSEN


1919 - BRASIL - 1ª LEI DE ACIDENTE DECRETO 3.724/19 (DECRETO 13.493/19 E DECRETO 13.498/19) TEORIA DO RISCO PROFISSIONAL DEVER DO EMPREGADOR DE REPARAÇÃO DOS DANOS SEGURO OBRIGATORIO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1934 DECRETO 24.637 – SÓ PARA OS MARÍTIMOS

AMPLIA O CONCEITO DE INFORTÚNIO LABORAL

INSTITUI O SEGURO OBRIGATÓRIO

INSTITUI NORMAS DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

OBRIGAÇÃO DE FORNECER (EPI) E (EPC)


DECRETO LEI 7.036/44 - TRES INOVAÇÕES

1.TEORIA DA CONCAUSA > Inova o conceito de acidente do trabalho >relação de causa e efeito, ainda que não haja responsabilidade exclusivapelo infortúnio laboral

2.transfere para o Institutos de Pensões. a obrigação DEINDENIZAR,antes das Caixas de Acidentes do Trabalho

3. CUMULAÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO COM A REPARAÇÕESACIDENTÁRIA laboral, por culpa grave e dolo do empregador ou de seupressuposto.

1944 - STF/ Súmula 229 – “Artigo 31. O pagamento da indenizaçãoestabelecida pela presente lei exonera o empregador de qualquer outraindenização de direito comum, relativa ao mesmo acidente, a menos queeste resulte de dolo seu ou de seus prepostos. ”


Decreto Lei 293/67 > regula o seguro obrigatórioem livre concorrência entre as seguradoras privadas ea Previdência Social > mantém a responsabilidadecivil do empregador em caso de dolo ou culpa grave.

Lei 5.316/67 > ADOTA A TEORIA DO RISCO SOCIAL> SUBSTITUI A TEORIA DO RISCO PROFISSIONAL >transfere o dever de reparação para o InstitutoNacional da Previdência Social que passa ter omonopólio do seguro acidentário.


Lei 6.367/76 CONFIGUROU OS SEGURADOS DAPREVIDÊNCIA SOCIAL PARA FINS ACIDENTÁRIOS

1.todos aqueles que exercem atividade remunerada

urbano, o trabalhador temporário,o trabalhador avulso e o trabalhador presidiário

2. excluiu expressamente da proteção acidentária

trabalhador autônomo e o doméstico

o titular de firma individual, o sócio, o diretor


CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988seguro social acidentário obrigatório cumulada comresponsabilidade civil do empregador por indenização acidentáriaexige a culpa ou dolo

Lei 8.212/91 - trata dos custeios das prestações previdenciárias > inclui ascontribuições destinadas a prevenir e reparar os acidentes de trabalho

Lei 8.213/91 – Decreto 3.048/99 ( alterações Decreto 3.112/99 e Decreto3.265/99) - tratam do conceito ampliado de acidente e dos benefíciosprevidenciáriosauxílio-doença acidentárioauxilio acidenteaposentadoria por invalidez acidentaria


RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVAArt. 7º. CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros quevisem à melhoria de sua condição social: “XXVIII - seguro contra acidentes detrabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,quando incorrer em dolo ou culpa;”

RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVAArt. 186.CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete atoilícito.Art. 187.CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pelaboa-fé ou pelos bons costumes.

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVAArt. 927. CC- Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, ficaobrigado a repará-lo.Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida peloautor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

ESTUDO DE CASO – APLICAÇÃO ART. 927 CC.

STF/RE 828040 ENTENDA O CASO:

TESE DO EMPREGADO: trabalhador ajuíza ação - diz que atua ematividade de risco e tem direito à indenização em razão de danosdecorrentes de acidente de trabalho, independentemente dacomprovação de culpa ou dolo do empregador

TESE DA EMPRESA: empregador já recolhe contribuição relativaao seguro acidente de trabalho, com alíquotas maiores para asatividades de maior risco, a obrigação de responder pelaindenização civil sem que tenha havido culpa ou dolo seriaexcessiva.

TST condena a empresa por acidente de trabalho, com base naresponsabilidade objetiva ( vigilante de Empresa de Transporte deValores, que sofreu assalto, e ficou com transtornos psicológicos)

ESTUDO DE CASO – APLICAÇÃO ART. 927 CC.

CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 927, CC.RESPONSABILIDADE OBJETIVA POR ACIDENTE DE TRABALHO

EM 02.03.2020 STF FIXA A TESE NO RE 828040 REPERCUSSÃO GERAL

“O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com oartigo 7º, XXVIII, da Constituição Federal, sendo constitucional aresponsabilização objetiva do empregador por danos decorrentes deacidentes de trabalho nos casos especificados em lei ou quando aatividade normalmente desenvolvida, por sua natureza, apresentarexposição habitual a risco especial, com potencialidade lesiva, eimplicar ao trabalhador ônus maior do que aos demais membros dacoletividade”.

ACIDENTE DE TRABALHOCONCEITO

ART. 19 - LEI Nº 8.213/1991

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorrepelo exercício do trabalho a serviço da empresaou pelo exercício do trabalho dos seguradosreferidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,provocando lesão corporal ou perturbaçãofuncional que cause a morte ou a perda ouredução, permanente ou temporária, dacapacidade para o trabalho.

§ 1º A empresa é responsável pela adoção euso das medidas coletivas e individuais deproteção e segurança da saúde do trabalhador.

ART. 19 - LEI Nº 8.213/1991

§ 2º Constitui contravenção penal, punívelcom multa, deixar a empresa de cumprir asnormas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informaçõespormenorizadas sobre os riscos da operação aexecutar e do produto a manipular.

§ 4º O Ministério do Trabalho e da PrevidênciaSocial fiscalizará e os sindicatos e entidadesrepresentativas de classe acompanharão o fielcumprimento do disposto nos parágrafosanteriores, conforme dispuser o Regulamento.

ART. 20 - LEI Nº 8.213/1991

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nostermos do artigo anterior, as seguintes entidadesmórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida oudesencadeada pelo exercício do trabalho peculiar adeterminada atividade e constante da respectiva relaçãoelaborada pelo Ministério do Trabalho e da PrevidênciaSocial;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida oudesencadeada em função de condições especiais em queo trabalho é realizado e com ele se relacionediretamente, constante da relação mencionada no incisoI.

ART. 20 - LEI Nº 8.213/1991

§ 1º Não são consideradas como doença dotrabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por seguradohabitante de região em que ela se desenvolva,salvo comprovação de que é resultante deexposição ou contato direto determinado pelanatureza do trabalho.

ART. 20 - LEI Nº 8.213/1991

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se quea doença não incluída na relação prevista nosincisos I e II deste artigo resultou dascondições especiais em que o trabalho éexecutado e com ele se relaciona diretamente,a Previdência Social deve considerá-la acidentedo trabalho.

NEXO CAUSAL DIRETO

ACIDENTE

TÍPICO

ATÍPICO

DOENÇA DO TRABALHO

DOENÇA PROFISSIONAL

NEXO CAUSAL DIRETO

ACIDENTE

SERVIÇO À EMPRESA

NA HORA E NO LOCAL

NA HORA E FORA DO LOCAL

FORA DA HORA E NO LOCAL

FORA DA HORA E FORA DO LOCAL

NEXO CAUSAL DIRETO

ACIDENTE

SERVIÇO À EMPRESA

MORTE

LESÃO CORPORAL

PERTURBAÇÃO FUNCIONAL

NEXO CAUSAL DIRETO

ACIDENTE

INCAPACIDADE PARA O TRABALHO

TOTAL E PERMANENTE

TOTAL E TEMPORÁRIA

PARCIAL E PERMANENTE

PARCIAL E TEMPORÁRIA

ACIDENTE DE TRABALHO POR EQUIPARAÇÃOART. 21 - LEI Nº 8.213/1991

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente dotrabalho, para efeitos desta Lei:

TEORIA DA CONCAUSA

I - o acidente ligado ao trabalho que, emboranão tenha sido a causa única, haja contribuídodiretamente para a morte do segurado, pararedução ou perda da sua capacidade para otrabalho, ou produzido lesão que exija atençãomédica para a sua recuperação;

ART. 21 - LEI Nº 8.213/1991

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, emconseqüência de:

ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO E FORÇA MAIOR

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro oucompanheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputarelacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou decompanheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentesde força maior;

ACIDENTE POR CONTAMINAÇÃO ACIDENTAL

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado noexercício de sua atividade;

ART. 21 - LEI Nº 8.213/1991

ACIDENTE FORA DO LOCAL E HORARIO TRABALHO E DETRAJETO

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local ehorário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob aautoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa paralhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quandofinanciada por esta dentro de seus planos para melhor capacitaçãoda mão-de-obra, independentemente do meio de locomoçãoutilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou destepara aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusiveveículo de propriedade do segurado.

ART. 21 - LEI Nº 8.213/1991

§ 1º Nos períodos destinados a refeição oudescanso, ou por ocasião da satisfação de outrasnecessidades fisiológicas, no local do trabalho oudurante este, o empregado é considerado noexercício do trabalho.

§ 2º Não é considerada agravação ou complicaçãode acidente do trabalho a lesão que, resultante deacidente de outra origem, se associe ou sesuperponha às conseqüências do anterior.

NEXO CAUSAL INDIRETO

CONCAUSA

PREEXISTENTE

CONCOMITANTE

SUPERVENIENTE

NEXO CAUSAL INDIRETOa) Concausa preexistente: antecedem o acontecimento do dano,independente do ofensor ter conhecimento delas > hemofília.

b)Concausa superveniente ou concomitante: ocorrem após o desencadeamento do nexo causal> infecção hospitalar pós acidente.

c) Concorrência de causas ou culpa concorrente: duas ou mais causas são responsáveis pelo dano > averiguar o peso de cada causa> vítima que sai por trás do ônibus e é atropelada por um motorista em alta velocidade.

d) Concausalidade ordinária, conjunta ou comum: quando duas ou mais pessoas contribuem para o evento danoso.

e) Concausalidade acumulativa: condutas de duas ou mais pessoas são independentes, mas contribuem para o dano.

f) Concausalidade alternativa ou disjuntiva: conduta de duas ou mais pessoas, mas apenas uma contribui para o dano.

EXCLUDENTES DO NEXO DE CAUSALIDIDADEEXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA ART. 188,CC.Legítima defesaExercício regular de um direitoEstado de necessidade (salvar direito próprio ou alheio> perigo atual e peloqual não foi responsável nem poderia evitar > excetua-se o dever legal deagir > salvar a mãe ou criançaEstrito cumprimento do dever legal > dever legal de agir na defesa emanutenção da segurança pública

EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVACulpa exclusiva da vítima > pedestre que sai de trás do ônibus paraatravessar a rua e é atropelado.Fato de terceiro> rompe o nexo causal e, desse modo, não há o dever deindenizar para aqueleCaso fortuito ou força maior> rompe o liame entre o agente e a lesãoadvinda de sua conduta> eventos que independem das partes envolvidas nodano ou que sejam imprevisíveis (guerras, greves, rebeliões, pandemias,Força maior > eventos naturais que> ainda que previsíveis mas inevitáveis(enchentes, terremotos) não é razoável responsabilizar por ato em que nãoteve nexo e culpa

NÃO SÃO DOENÇAS DO TRABALHO -ART. 20, § 1º - LEI Nº 8.213/1991

NÃO SÃO CONSIDERADAS DOENÇAS DO TRABALHO

DOENÇA DEGENERATIVA

INERENTE A GRUPO ETÁRIO

QUE NÃO PRODUZAINCAPACIDADE LABORATIVA

RESPONSABILIDADE ACIDENTÁRIA – LEI 8213/91

RESPONSABILIDADE DA PREVIDENCIA SOCIAL

AUXILIO DOENÇA ACIDENTÁRIO

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ACIDENTARIA

AUXILIO ACIDENTE

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

BENEFÍCIOS ACIDENTÁRIOS NÃO EXIGEMCARÊNCIA DE12 CONTRIBUIÇÕES


AUXÍLIO DOENÇA (COMUM E ACIDENTÁRIO)Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendocumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficarincapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual pormais de 15 (quinze) dias consecutivos.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (COMUM E ACIDENTÁRIA)Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for ocaso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não emgozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível dereabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, eser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.


AUXÍLIO-ACIDENTE

Art. 86. O auxílio-acidente será concedido,como indenização, ao segurado quando, após aconsolidação das lesões decorrentes de acidente,resultarem sequelas que impliquem redução dacapacidade para o trabalho que habitualmenteexercia, conforme situações discriminadas noregulamento. (Redação dada pela MedidaProvisória nº 905, de 2019)


REABILITAÇÃOPROFISSIONAL –

previsão legal nos art. 62, 89 a93, 101 da lei de benefícios (lei8213/91) e modificações - Lei13.457/17

Decreto Regulamentador daPrevidência Social 3048/99 - Lei deInclusão Social Lei 13.146/15Capítulo V, Seção XIII, daINSTRUÇÃO NORMATIVAINSS/PRES Nº 77/15

RESPONSABILIDADE ACIDENTÁRIA E BENEFICIOS PREVIDENCIÁRIOS

BENEFICIOS PREVIDENCIÁRIOS NÃOEXEIGEM CARENCIA – MISTER SERSEGURADO

QUEM NÃO TEM DIREITO?

1-QUEM NÃO É FILIADO AO INSS

2-QUEM SE FILIAR À PREVIDÊNCIA COMDOENÇA OU LESÃO PREEXISTENTE, SALVOPOR CAUSA DO AGRAVAMENTO

RESPONSABILIDADES ACIDENTARIA DO EMPREGADOR

TRABALHISTA

PREVIDENCIARIA

CIVIL

PENAL

ADMINISTRATIVA

RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

VEDAÇÃO DE DESPEDIDARECOLHIMENTO DO FGTS (art. 15, Lei 8036/90)MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE (SUMULA422/TST)MANUTENÇÃO DA CESTA BÁSICA,MANUTENÇÃO DO AUXILIO CRECHE CONVENCIONALESTABILIDADE POS ALTA MEDICA – ART. 118, LEI8213/91RETORNO AO POSTO DE TRABALHO NA MESMAFUNÇÃO E COM TODAS VANTAGENSREADAPTAÇÃO PROFISSIONALVEDAÇÃO DE EQUIPARAÇÃO SALARIAL

RESPONSABILIDADE ACIDENTÁRIA

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL – art. 61,Lei 8213/91

ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA - art. 118,Lei 8213/91

INSERÇÃO DO DEFICIENTE - art. 93, Lei 8213/91

AÇÃO REGRESSIVA PREVIDENCIÁRIA art. 120,121 Lei 8213/91

RESPONSABILIDADE ACIDENTÁRIA

STF/ SÚMULA VINCULANTE 22

A Justiça do Trabalho é competente paraprocessar e julgar as ações de indenizaçãopor danos morais e patrimoniais decorrentesde acidente de trabalho propostas porempregado contra empregador, inclusiveaquelas que ainda não possuíam sentença demérito em primeiro grau quando dapromulgação da Emenda Constitucional45/2004.

AÇÃO TRABALHISTA DE RESPONSABILIDADE ACIDENTÁRIA

RESPONSABILIDADE CIVIL REPARAÇÃO INTEGRAL – ART. 186/187 E 927 a 939

CC DANO MATERIAL - ART.389,404,940 A 950 CC DANOS EMERGENTES LUCROS CESSANTES PERDA DA INTEGRIDADE PSICOFISICA PERDA DA PROFISSIONALIDADE GASTOS COM SAUDE REBAIXAMENTO ECONÔMICO PERDA DE UMA CHANCE PENSÃO MENSAL VITALICIA DANO MORAL (ART. 5º V e X, CF/88 E 223, CLT) DANO EXISTENCIAL – FRUSTRAÇÃO DE PROJETO DE

VIDA (ART. 940,CC)

DOCUMENTOS PARA AÇÃO ACIDENTÁRIA CAT – ACIDENTE TÍPICO

DOENÇA OCUPACIONAL – ACIDENTE ATÍPICO AS VEZES NÃO TEM CAT

ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL ADMISSIONAL - ASO

ATESTADOS DE ACOMPANHAMENTO DO CONTRATO DE TRABALHO.

ANTECEDENTES OCUPACIONAIS E ATUAIS

ANTECEDENTES DE AFASTAMENTOS E DE DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS

HISTÓRICO ATUAL DA DOENÇA

EXAMES FÍSICOS E PSICÓLOGICOS E PSICOSSOMÁTICOS

EXAMES COMPLEMENTARES

DADOS RELATIVOS À AVALIAÇÃO

DADOS RELATIVOS AOS RISCOS

DADOS RELATIVOS AO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

PERÍCIA

APURAÇÃO DO PERCENTUAL DA PERDA DA CAPACIDADE LABORATIVA

CALCULADO DE ACORDO COM AS TABELAS

DA DPVAT

DA SUSEP

DA CIF

QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL –PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE

“Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre agravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,eqüitativamente, a indenização”.

ACIDENTE COM ÓBITO - INDENIZAÇÃO DEPENDENTES

ACIDENTE SEM ÓBITO - INDENIZAÇÃO DEPENDE DO CASO

incapacidade total e permanente >pensão total/ vitalíciaincapacidade total e temporária >pensão total/ temporáriaincapacidade parcial e permanente >pensão parcial/vitalíciaincapacidade parcial e temporária >pensão parcial/temporária

PEDIDO DE PROVA PERICIAL BIOPSICOSSOCIAL ACIDENTÁRIA

FUNDAMENTOS DO PEDIDO DE PROVA PERICIAL BIOPSICOSSOCIAL : CID MAIS CIF

ACESSO A JUSTIÇA E DE AMPLA DEFESA ( ART. 5º,XXXV E LV,CF/88)

DIREITO Á PROVA PERICIAL ESPECIFICA E EFICAZ

A PERICIA MERAMENTE BIOLÓGICA NÃO ÉSUFICIENTE PARA AFERIÇÃO DO GRAU DEINCAPACIDADE PARA O TRABALHO, BEM COMOPARA OS ATOS DA VIDA CIVIL E COTIDIANA,

PEDIDO DE PROVA PERICIAL BIOPSICOSSOCIAL ACIDENTÁRIA

CRITICA A TABELA SUSEP – IMPOSSIBILITA A MENSURAÇÃO DO DANO:EMBORA QUANTIFIQUE A PERDA FUNCIONAL EM TERMOS GENÉRICOS, OCRITÉRIO NÃO RELACIONA À PROFISSÃO

A PERICIA DEVE SER ESPECÍFICA DE CADA TRABALHADOR E O QUANTIFICARO PREJUÍZO OCASIONADO AO EXERCÍCIO DO TRABALHO. ASSIM, AMENSURAÇÃO DO DANO ACORDO DEVE SER FEITA DE ACORDO COM ASPECULIARIDADES DA HIPÓTESE EM EXAME, A SABER:

FAZER A AVALIAÇÃO MÉDICO PERICIAL (CID)

AFERIR OS FATORES AMBIENTAIS DE ATIVIDADES E PARTICIPAÇÃO DORECLAMANTE RELACIONADOS A PROFISSÃO

QUALIFICAR AS FUNÇÕES DO CORPO LUZ DAS DETERMINANTES SOCIAISAPURADAS PELO MÉTODO CIF

QUANTIFICA EM PERCENTUAL A PERDA DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO

PENSÃO MENSAL – TABELA CIF – MODELO DE PEDIDO NA INICIAL

1.A determinação da realização de perícia técnica biopsicossocial, paraavaliação cinesiológica/funcional, com atribuição de eventual perda decapacidade laborativa com base na CIF (Classificação Internacional deFuncionalidade, Incapacidade e Saúde) para aferição da redução dacapacidade laborativa do trabalhador, em substituição à Tabela DPVAT-SUSEP que modernamente não se presta a tal desiderato;

2. A Condenação da reclamada ao pagamento de danomaterial/pensionamento, em parcela única, segundo os critérios epercentuais definidos em perícia biopsicossocial;

3. Requer, ainda, como parâmetros a serem observados na condenação, aadoção do período que separa a idade da autor na data do acidente (marcoinicial) e a expectativa de vida do povo (citar região geoeconômica> ex:povo Gaucho) equivalente a 78 anos (marco final), multiplicando-se oresultado (o número de meses) pelo valor da remuneração ($).

PENSÃO MENSALSE A PERICIA INDICA PERCENTUAL QUANTO À PERDA DA CAPACIDADE >ABSTRAE-SE A UTILIZAÇÃO DAS TABELAS E UTILIZA-SE O PERCENTUALINDICADO NA PERÍCIA.

SE A PERICIA NÃO INDICA PARAMETROS > JURISPRUDENCIA - APLICAA TABELAS SUSEP,DPVAT,CIF

(ARR - 2161-93.2011.5.02.0461 , Relatora Ministra: Kátia MagalhãesArruda, Data de Julgamento: 12/09/2018, 6ª Turma, Data de Publicação:DEJT 14/09/2018)

(RR - 1555-42.2011.5.15.0093 , Relator Ministro: Alexandre de SouzaAgra Belmonte, Data de Julgamento: 21/02/2018, 3ª Turma, Data dePublicação: DEJT 14/09/2018)

(RR - 229-69.2011.5.04.0702 Data de Julgamento: 14/03/2018, RelatorMinistro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, 4ª Turma, Data dePublicação: DEJT 16/03/2018.

IMPROPRIEDADE DA TABELA SUSEP

TST -RECURSO DE REVISTA : RR 2222-71.2011.5.09.0068. rel.MARIA DE ASSIS CALCING (11.02.2015)

MISTER FIXAR O PERCENTUAL DE PERDA FUNCIONAL,SOPESANDO TANTO A INTEGRALIDADE DA PERDA FUNCIONAL EMRELAÇÃO À PROFISSÃO EXERCIDA PELO TRABALHADOR

AINDA QUANTO À POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO EMATIVIDADE QUE NÃO EXIJA MOBILIDADE E FORÇA DO MEMBROLESIONADO.

CONCLUSÃO PORTANTO, É NECESSÁRIA UMA PERÍCIABIOPSICOSSOCIAL PARA QUANTIFICAÇÃO DO DANO MEDIANTE AAPLICAÇÃO DA TABELA CIF.

IMPROPRIEDADE DA TABELA SUSEP

“(...) A tabela utilizada Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - não pode seraplicada, como critério exclusivo, aos processos de responsabilidade civil poracidente de trabalho. Isto porque, referida tabela apenas enquadra a invalidezde modo genérico, avaliando a incapacidade para o trabalho em sentido amplo,sem ponderar a inabilitação para a profissão exercida pela vítima, que é o objetode indenização do art. 950 do Código Civil.

5 - Contudo, o fato de a tabela SUSEP não poder ser considerado como parâmetroisolado para o arbitramento da pensão mensal, não deixa de ser um critério válido,quando ponderado em conjunto com as circunstâncias do caso, notadamente aprofissão do trabalhador.

6 - No caso dos autos, o órgão julgador, ao arbitrar pensão mensal de 100% do últimosalário-base percebido pelo reclamante, consignou nas razões de decidir que a períciarealizada constatou incapacidade total para as funções específicas de açougueiro, teseque recebe acolhida no âmbito desta Corte Superior. (...)" (ARR - 130-12.2010.5.15.0029 , Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data deJulgamento: 21/02/2018, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/02/2018)

USO DA TABELA CIF CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE

TABELA CIF : considera as patologias ocupacionais,juntamente com as condições pessoais, os aspectossocioeconômicos e culturais que caracterizam a paciente,de forma a adequar o percentual de redução dacapacidade laborativa. Prevê a seguinte escala paraindicação de perda da capacidade laboral:

‘0-NÃO há problema (nenhum, ausente, insignificante):0-4%1-Problema LIGEIRO (leve, pequeno...): 5-24%2-Problema MODERADO (médio, regular, ...): 25-49%3-Problema GRAVE (grande, extremo, ...) 50-95%4-Problema COMPLETO (total, ....) 96-100%8- não especificado9-não aplicável’

APLICAÇÃO DA TABELA CIF -JURISPRUDÊNCIA

NÃO APLICOU A TABELA CIF PORQUE RECLAMANTE NÃO RECORREU: “Recurso de Revista com Agravo n° TST-ARR-20439-51.2015.5.04.0234 “Assim, entendo que segundo a tabela CIF o problema do reclamante éconsiderado moderado, uma vez que o impossibilita da atividade antesdesenvolvida, sendo adequado o percentual de 25% da remuneração daparte reclamante como o valor do pensionamento mensal a ser alcançado.Entretanto, havendo recurso apenas da reclamada, mantenho acondenação da origem que é limitada ao percentual de redução dacapacidade laboral dada pela tabela DPVAT, pois menos prejudicial àrecorrente.

PRECEDENTES : TST - 8ª Turma. Agravo de Instrumento em Recurso deRevista n° TST-AIRR-479-70.2016.5.09.0126. Márcio Eurico Vitral Amaro.Ministro Relator. Recurso de Revista com Agravo n° TST-ARR-21011-37.2015.5.04.0030. Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n° TST-AIRR-1186-11.2017.5.13.0023

APLICAÇÃO DA TABELA CIF -JURISPRUDÊNCIA

26.02.2020 > TST/RR-52800-46.2006.5.15.0068ST DERRUBA ACORDOQUE IMPEDIA ENCANADOR DE PEDIR INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE

TST/RR-814-81.2013.5.08.0107 OPERÁRIO QUE PERDEU O BRAÇO EMACIDENTE EM SIDERÚRGICA TEM INDENIZAÇÃO AUMENTADA PARA 200MIL REAIS,POR CONTA DA SEQUELA DEFINITIVA E DANO ESTÉTICO.

16.03.2020> TST/ARR-1000930-74.2014.5.02.0601 PEDREIRO EMBORAREADAPTADO NA MESMA FUNÇÃO RECEBE PENSÃO MENSAL VITALÍCIA EMRAZÃO DE PROBLEMA LOMBAR. O PERCENTUAL DA PENSÃO SERÁARBITRADO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU COM BASE EM PERÍCIAMÉDICA E EM OUTROS ELEMENTOS PRESENTES NO PROCESSO.

24.01.2020> TST/RR-1000456-37.2014.5.02.0720 REDUZ INDENIZAÇÃOA MARCENEIRO POR PERDA AUDITIVA POIS NÃO RESULTOU EMLIMITAÇÃO OU INCAPACITAÇÃO PARA O TRABALHO.

http://aplicacao5.tst.jus.br/consultaProcessual/resumoForm.do?consulta=1&numeroInt=35515&anoInt=2016

http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do;jsessionid=98DB6251AB15440BA82CE7387BEE3863.vm152?conscsjt=&numeroTst=1000930&digitoTst=74&anoTst=2014&orgaoTst=5&tribunalTst=02&varaTst=0601&consulta=Consultar

PERICIA BIOPSICOSSOCIAL CID MAIS CIF O HOMEM CONTEXTUALIZADO

1.INTRODUÇÃO E HISTÓRICO DA CIF

PERÍCIA MÉDICA COMPLEXA - BIOPSICOSSOCIAL: PERSPECTIVA BIOLÓGICA, INDIVIDUAL ESOCIAl :instituída pela OMS por meioCLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF), aprovada pela 54º Assembleia Mundial de Saúde, emcomplementação à CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMASRELACIONADOS À SAÚDE, relativa à décima revisão da CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DEDOENÇAS (CID-10).

2009: promulgação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,primeiro tratado internacional aprovado pelo rito de Emenda Constitucional (art. 5º, § 3º,CF/88),internalizado por meio do Decreto presidencial 6.949/2009.

QUEBRA DO PARADIGMA: A PERICIA BIOMEDICA NÃO MAIS SEAPRESENTA COMO INSTRUMENTO SUFICIENTE PARA DIZER DAINCAPACIDADE OU DEFICIÊNCIA DE DETERMINADO INDIVÍDUO, SENDO DERIGOR A AVALIAÇÃO DA INCAPACIDADE E DA FUNCIONALIDADE POR MEIODE INTERAÇÃO DINÂMICA ENTRE FATORES AMBIENTAIS E PESSOAIS DECADA INDIVÍDUO –


2.O MODELO INTEGRADOR BIOPSICOSSOCIAL CID e CIFA INCAPACIDADE É UM ATRIBUTO INDIVIDUAL CONSIDERADA A PARTIR DE UM CONJUNTOCOMPLEXO DE CONDIÇÕES BIOLÓGICAS, PSICOLÓGICAS E PESSOAIS, CRIADAS PELO AMBIENTESOCIAL, ECONÔMICO E CULTURAL DO INDIVÍDUO.

CIF: modelo integrador de funcionalidade, incapacidade e saúde, instituído pela OMS e pelaConvenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;

CID-10 : Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão: fornece uma estruturaconceitual baseada na etiologia,CIF: relaciona as condições de saúde com a funcionalidade e incapacidade.

CID MAIS CIF : as duas classificações sejam consideradas complementares, devendo serutilizadas conjuntamente a fim de aferir e a existência de incapacidade deficiência, nos termosinstituídos no contexto internacional.

AVALIAÇÃO SOCIAL: NÃO SE À ANÁLISE DA SOCIAL MAS TAMBEM ECONOMICA -SOCIOECONÔMICO: PARA AFERIR A DEFICIÊNCIA E DO GRAU DE IMPEDIMENTO EM VISTA DEFATORES AMBIENTAIS, SOCIAIS E PESSOAIS, A SER REALIZADA ANTES DA PERÍCIA MÉDICA.INTERAÇÃO ENTRE OS FATORES CONTEXTUAIS E O CRITÉRIOS INDICADORES DE SAÚDE,PROPRIAMENTE DITA, PODER-SE-Á AFERIR A EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE


ADOTADA EXPRESSAMENTE PARA OS BENEFÍCIO ASSISTENCIAL

Art. 16. A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficarásujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, combase nos princípios da Classificação Internacional deFuncionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pelaResolução da Organização Mundial da Saúde nº 54.21, aprovadapela 54ª Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001.(Redação dada ao caput pelo Decreto nº 7.617, de 17.11.2011, DOU18.11.2011).

Portaria Conjunta MDS/INSS nº 1/2011, instituiu os instrumentospara a avaliação da deficiência e do grau de incapacidade dospretendentes ao BPC da LOAS, com base na CIF de 2001 e naConvenção Internacional


ESTRUTURA E QUALIFICADORES - AVALIAÇÕESDA DEFICIÊNCIADO GRAU INCAPACIDADEDO GRAU DE IMPEDIMENTOA AVALIAÇÃO SOCIAL: considerará os fatores ambientais, sociaiseconômicos, culturais e pessoais

A AVALIAÇÃO MÉDICA considerará as deficiências nas funções e nasestruturas do corpo, e AMBAS considerarão a limitação do desempenho deatividades e a restrição da participação social, segundo suasespecificidades.

OBJETIVOS: I - comprovar a existência de impedimentos de longo prazode natureza física, mental, intelectual ou sensorial; e II - aferir o grau derestrição para a participação plena e efetiva da pessoa com deficiência nasociedade, decorrente da interação dos impedimentos a que se refere oinciso I com barreiras diversas.


O reconhecimento das pessoas com deficiência e aexistência de incapacidades para a vida independentee para o trabalho, nos termos da CIF, deve serefetuado com base nas diferentes dimensões de saúdesob a perspectiva:

biológica, individual e social, escolaridade, idade...

relação entre estado ou condição de saúde doindivíduo

fatores pessoais e externos, socio-ecônomico ecultural que representam as circunstâncias em quevive.


UTILIZAÇÃO DA DA CID MAIS CIF NO ACIDENTE DE TRABALHOPARA FINS DE UM MODELO ETIOLÓGICO DAS CONDIÇÕES DESAÚDE, A SABER :

FUNÇÕES DO CORPO: desempenhos fisiológicos dos sistemasdo corpo (incluindo as funções psicológicas).ESTRUTURAS DO CORPO: estruturas anatômicas.DEFICIÊNCIAS: dificuldades nas funções ou nas estruturas docorpo.ATIVIDADE: execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.PARTICIPAÇÃO: envolvimento em situações de vida diária.LIMITAÇÕES DE ATIVIDADES: problemas na execução deatividades.RESTRIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: dificuldades ao se envolverem situações no convívio social.FATORES AMBIENTAIS: compõem o ambiente físico, social eatitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida.

QUESITOS NA PERICIA BIOPSICOSSOCIAL

PARA FAZER QUESITOS NA PERICIABIPSICOSSOCIAL

VER O CASO CONCRETO DOENÇA-TRABALHO-CONDICÕES SOCIAIS

VER Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciáriaque traz normas, conceitos legais e éticos sobre asatividades médico periciais, padronizando condutas,entendimentos, procedimentos – mesmos critériossociais do LOAS

https://www.saudeocupacional.org/

QUESITOS NA AÇÃO ACIDENTARIA

I- DESCRIÇÃO DO ACIDENTE

Descreva o Sr. Perito o Acidente do Trabalho O acidente é típico? O acidente é atípico na modalidade doença

profissional ou doença do trabalho? O Acidente ocorreu pelo exercício do trabalho? Estava o segurado a serviço da empresa? O acidente ocorreu no horário e no local de trabalho? O acidente ocorreu no horário e fora do local? O acidente ocorreu fora do horário e no local de

trabalho? O acidente ocorreu fora do horário e fora do local de

trabalho?


II- A LESÃO OU MORTE E INCAPACIDADE LABORAL

O acidente provocou lesão corporal? O acidente provocou perturbação funcional? O acidente provocou a morte? Do acidente resultou perda da capacidade para o trabalho? Do acidente resultou redução da capacidade para o trabalho? A incapacidade para o trabalho é total e permanente? A incapacidade para o trabalho é total e temporária? A incapacidade parcial e permanente? A incapacidade para o trabalho e parcial e temporária?

A empresa adotou e usou as medidas coletivas e individuais deproteção e segurança da saúde do trabalhador?

A empresa prestou as informações pormenorizadas sobre os

riscos da operação a executar e do produto a manipular?


III- DA DOENÇA PROFISSIONAL

O acidente é na modalidade doença profissional?

Qual era a profissão do trabalhador exercida na empresa?

Qual era o modus operandi da profissão exercida pelo

trabalhador na empresa?

Quais eram os movimentos corporais necessários aos

desempenho do trabalho?

Qual era a posição corporal necessária ao desempenho do

trabalho?

A doença profissional foi produzida ou desencadeada pelo

exercício do trabalho na empresa?

a doença do trabalho é peculiar a atividade desenvolvida pelo

trabalhador na empresa?


IV- DA DOENÇA DO TRABALHO

O acidente é na modalidade doença do trabalho?

A doença do trabalho foi adquirida no exercicio do trabalho na

empresa

A doença do trabalho foi desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado?

Quais as condições ambientais em que o trabalho era

realizado?

Qual é a jornada de trabalho do trabalhador?

O trabalhador, na sua jornada de trabalho, estava exposto a

agentes agressivos químicos, fisicos ou biologicos ou

associação de agentes agressivos?

Qual era o tipo de agente agressivo que o trabalhador estava

exposto no ambiente de trabalho durante sua joranada de

trabalho?


Quais os limites de tolerância do agente agressivo a

que o trabalhador estava exposto?

O trabalhador laborava em horas extras habituais?

A doença do trabalho se relacione diretamente com

agentes agressivos no ambiente de trabalho?

A doença do trabalho é física? A doença do trabalho é

psíquica? A doença do trabalho é física e psíquica?

O trabalhador estava exposto ao agente agressivo

relacional, tal como pressão de chefia, exigência

trabalho superior as forças físicas e mentais,

exigência de metas, gestão por injúria, xingamentos,

trabalho em equipe, trabalho em célula de

produção,trabalho em isolamento?


IV- CONCAUSAS

O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha

sido a causa única contribuíu diretamente para o

resultado morte, redução ou perda da capacidade

para o trabalho?

No acidente relatado existe concausa

preexistente?


concomitante?


superveninente?


V – ACIDENTE IN ITINERE ( MP 905 – não é mais acidente de trabalho)

O acidente sofrido pelo trabalhador foi fora do local e horário de trabalho?

Estava o trabalhador, na hora e dia do acidente de trabalho, na execução de

ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa?

Estava o trabalhador, na hora e dia do acidente de trabalho, na prestação

espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou

proporcionar proveito?

Estava o trabalhador, na hora e dia do acidente de trabalho, em viagem a

serviço da empresa, qual era o meio de locomoção?

Estava o trabalhador, na hora e dia do acidente de trabalho, no percurso da

residência para o local de trabalho

Estava o trabalhador, na hora e dia do acidente do trabalho, no percurso

do trabalho para sua residencia?

A locomoção se fazia com veículo de propriedade da empresa?

A locomoção se fazia com veículo terceirizado contratado pela empresa?

A locomoção se fazia com veículo de propriedade de preposto ou pessoa

contratada da empresa?

DANO MORAL

DO DANO MORAL DA PESSOA FISICA E DA PESSOA JURIDÌCA(arts 223-B, 223-C, 223-D, 223-E,223-F e § 1º,2º,3º, 223-G e §§1º,2º,3º,CLT)I- Considera-se dano extrapatrimonial a ofensa a esfera moralou existencial da pessoa física, relativas à honra, a imagem, aintimidade, a liberdade de ação, a auto-estimas, a sexualidade, asaúde, o lazer e a integridade física ou jurídica (art. 223-B) einerentes à pessoa jurídica relativas á imagem, a marca, o nome,o segredo empresarial e o sigilo da correspondência (art. 223-C eart. 223-D).

São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os quetenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, naproporção da ação ou da omissão. (art. 223-E).

DANO MORAL

CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DO VALOR DO DANO MORAL – MATERIA DEPROVA (art. 223-G,CLT) - Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:

- a natureza do bem jurídico tutelado;- a intensidade do sofrimento ou da humilhação;- a possibilidade de superação física ou psicológica;- os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;- a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;- as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;- o grau de dolo ou culpa;- a ocorrência de retratação espontânea;- o esforço efetivo para minimizar a ofensa;- o perdão, tácito ou expresso;- a situação social e econômica das partes envolvidas;- o grau de publicidade da ofensa.

DANO MORAL

VALOR TARIFADO DO DANO MORAL E DOBRA NAREINCIDÊNCIA (art 223-G, §§ 1º,2º,3º CLT).Se julgar procedente o pedido, de dano moral, o juízo fixará aindenização a ser paga, com base na gradação da ofensa e novalores salariais contratuais do ofendido, vedada a acumulação:

I - ofensa de natureza leve, até 3 salários;II - ofensa de natureza média, até 5 salários;III - ofensa de natureza grave, 20 salários;IV - ofensa de natureza gravíssima, até 50 salários .

Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixadacom observância dos mesmos parâmetros, mas em relação aosalário contratual do ofensor (art. 223-G § 2º, CLT).

PRAZO DE PRESCRIÇÃO DA AÇÃO ACIDENTARIA TRABALHISTA

DEBATEimprescritibilidade da indenização acidentária (art. 11,CC)Prazo prescricional de 2 anos (art. 7º CF/88 limitado a 5anos)Prazo prescricional de 10 anos (art. 205 CC)Prazo prescricional de 2 anos (art. 11 CLT, a contar Lei13.467/17)prazo prescricional 3 anos (art. 206, § 3º, V), a contar davigência do CC/ 2002

18/02/2020 > TST/RR101700-75.2008.5.05.0001 >DEFINE TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO PARA AÇÃO DEDANO MORAL PRAZO DE 3 (TRÊS) ANOS (ART. 206, § 3º, V)

RESPONSABILIDADE ACIDENTARIA

RESPONSABILIDADE CRIMINAL

CRIME DE EXPOSIÇÃO A PERIGO

CRIME DE LESÃO CORPORAL CULPOSA E OU DOLOSA

CRIME DE HOMICIDIO CULPOSO E OU DOLOSO

RESPONSABILIDADE ACIDENTARIA PENAL

19/12/2016 > TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS TJ-MG - APELAÇÃOCRIMINAL : APR 0019238-04.2010.8.13.0394 APELAÇÃO CRIMINAL - HOMICÍDIOCULPOSO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO - ART. 121, §§ 3º E 4º DO CP- ABSOLVIÇÃO DA RÉ ELEN - NECESSIDADE - RESPONSABILIDADE PESSOAL ESUBJETIVA INEXISTENTE - AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO PESSOAL DE DEVER DECUIDADO ESPECÍFICO - IMPOSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE CONHECIMENTOTÉCNICO POR PARTE DA RÉ - MERA PROPRIETÁRIA DO EDIFÍCIO QUECONTRATOU PROFISSIONAL ESPECIALIZADO PARA A PRÁTICA DO SERVIÇOAUSÊNCIA DE NEXO DE DETERMINAÇÃO - CONDENAÇÃO AFASTADA -ABSOLVIÇÃO DO RÉU ANÍZIO - INVIABILIDADE - NEGLIGÊNCIA CONFIGURADA -AUSÊNCIA DE OBSERVÂNCIA DAS REGRAS DE SEGURANÇA - CONDENAÇÃOMANTIDA - REDUÇÃO DA PENA CORPORAL DE ANÍZIO - NECESSIDADE -PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA - OCORRÊNCIA - TRANSCURSO DO PRAZOPRESCRIONAL ENTRE OS MARCOS INTERRUPTIVOS - EXTINÇÃO DAPUNIBILIDADE - RECONHECIMENTO NECESSÁRIO.

RESPONSABILIDADE ACIDENTARIA PENAL

06/09/212 > TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ> HABEAS CORPUS Nº 925.840-8,DA 8ª VARA CRIMINAL DO FORO DE CURITIBA. PROCESSO PENAL - HABEAS CORPUSCRIME IMPUTAÇÃO DE HOMICÍDIO CULPOSO DECORRENTE DE ACIDENTE DETRABALHO - PLEITO DE TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL ACOLIMENTO - NÃOVERIFICAÇÃO DE CONDUTA IMPRUDENTE OU NEGLIGENTE DOS PACIENTES, QUEFORNECERAM TODAS AS INFORMAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇANECESSÁRIOS ACERCA DA CONDUÇÃO DOS TRABALHOS- VÍTIMA QUE INOBSERVOUAS MEDIDAS DE SEGURANÇA E DEIXOU DE UTILIZAR OS EUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOINDIVIDIAL ASSUMINDO O RISCO DA SUA AÇÃO - AUSÊNCIA DA CAUSALIDADEENTRE A TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONDUTA OMISSIVA ATRIBUIDA AOS PACIENTES E OEVENTO MORTE- ORDEM CONCEDIDA PARA O FIM DE TRANCAR A AÇÃO PENAL EMCURSO.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO- APELAÇÃO CRIMINAL0003366-23.2014.8.10.0060 MA 0259842019> PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL.HOMICÍDIO CULPOSO MAJORADO (ART. 121, § 3º E 4º, PRIMEIRA PARTE, DO CÓDIGOPENAL). PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. INVIABILIDADE.MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE EVIDENCIADOS NOS AUTOS COMRELAÇÃO AO APELANTE. NEGLIGÊNCIA QUE SE AFIGURA NOTÓRIA DE ACORDO COMAS PROVAS COLHIDAS. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

GRATIDÃO > FOCO> FÉ

A REPARAÇÃO DO DANO POR ACIDENTE DE TRABALHO DEVE

LEVAR EM CONTA O HOMEM CONTEXTUALIZADO

O HOMEM E AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

(ORTEGA E GASSET)

acidente do trabalho - faculdade legale · acidente de trabalho decreto lei 7.036/44 - tres...

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