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  • Condies GeraisGenerali Acidentes de TrabalhoConta de Outrem

    Mod. IM 01/02A (AT_TCO/01/2011)

    Generali Companhia de Seguros S.A.Sede: Rua Duque de Palmela, n. 11 | 1269-270 Lisboa | Tel.: 213 112 800 | Fax: 213 563 067 Email: [email protected] | www.generali.pt | Capital Social Euros: 41.000.000,00 N.I. Fiscal: 513 300 260 | Matriculada na Conservatria do Reg. Comercial de Lisboa

    Linha de Apoio ao Cliente: 213 504 300 | Disponvel de 2. a 6. das 9h00 s 18h00 Entre as 18h00 e as 9h00 esto ativos servios de Assistncia em Viagem e Assistncia ao Lar. Todas as opes do menu telefnico contemplam um atendimento personalizado.

    generali.pt

  • ndice

    5. Condies Gerais5. Clusula Preliminar

    5. Captulo I Definies, Objeto e Garantias do Contrato

    5. Clusula 1. Definies6. Clusula 2. Conceito de Acidente de Trabalho6. Clusula 3. Objeto do Contrato7. Clusula 4. mbito Territorial7. Clusula 5. Modalidades de Cobertura7. Clusula 6. Excluses

    8. Captulo II Declarao do Risco, Inicial e Superveniente

    8. Clusula 7. Dever de Declarao Inicial do Risco9. Clusula 8. Incumprimento Doloso do Dever

    de Declarao Inicial do Risco9. Clusula 9. Incumprimento Negligente do Dever

    de Declarao Inicial do Risco9. Clusula 10. Agravamento do Risco10. Clusula 11. Sinistro e Agravamento do Risco10. Clusula 12. Limitao

    10. Captulo III Pagamento e Alterao dos Prmios

    10. Clusula 13. Vencimento dos Prmios10. Clusula 14. Cobertura10. Clusula 15. Aviso de Pagamento dos Prmios11. Clusula 16. Falta de Pagamento dos Prmios11. Clusula 17. Alterao do Prmio

    12. Captulo IV Incio de Efeitos, Durao, e Vicissitudes do Contrato

    12. Clusula 18. Incio da Cobertura e de Efeitos12. Clusula 19. Durao12. Clusula 20. Resoluo do Contrato

    13. Captulo V Prestao Principal do Segurador

    13. Clusula 21. Retribuio Segura13. Clusula 22. Atualizao Automtica da Retribuio

    Segura em Contratos Celebrados aPrmio Fixo14. Clusula 23. Insuficincia da Retribuio Segura

    14. Captulo VI Obrigaes e Direitos das Partes

    14. Clusula 24. Obrigaes do Tomador do Seguro Quanto a Informao Relativa ao Risco

    14. Clusula 25. Obrigaes do Tomador do Seguro em Caso de Ocorrncia de Acidente de Trabalho

    15. Clusula 26. Defesa Jurdica15. Clusula 27. Obrigaes do Segurador15. Clusula 28. Direito de Regresso do Segurador16. Clusula 29. Sub-rogao pelo Segurador

    16. Captulo VII Disposies Diversas

    16. Clusula 30. Escolha do Mdico16. Clusula 31. Reconhecimento da Responsabilidade

    pelo Segurador17. Clusula 32. Interveno de Mediador de Seguros17. Clusula 33. Comunicaes e Notificaes

    entre as Partes17. Clusula 34. Legislao Aplicvel, Reclamaes

    e Arbitragem17. Clusula 35. Foro

    18. Anexo s Condies Gerais, nos Termos da Clusula 17.

    18. Definies18. Bonificaes de Prmio18. Agravamento do prmio

    CONDIES ESPECIAIS DA APLICE

    19. Condio Especial 01 Seguros de Prmio Varivel

    20. Condio Especial 02 Construo Civil de Edifcios Seguro por rea

    20. Condio Especial 03 Seguro de Agricultura (Genrico e por rea)

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 5

    Condies GeraisCLUSULA PRELIMINAR

    1. Entre a GENERALI Companhia de Seguros S.A., adiante designada por Segurador, e o Tomador do Seguro men-cionado nas Condies Particulares estabelece-se um contrato de seguro que se regula pelas presentes Condi-es Gerais e pelas Condies Particulares, e ainda, se contratadas, pelas Condies Especiais.

    2. A individualizao do presente contrato efetuada nas Condies Particulares, com, entre outros, a identificao das partes e do respetivo domiclio, os dados do Segura-do, os dados dos representantes do Segurador para efeito dos sinistros, e a determinao do prmio ou a frmula do respetivo clculo.

    3. As Condies Especiais preveem a cobertura de outros riscos e/ou garantias alm dos previstos nas presentes Condies Gerais e carecem de ser especificamente iden-tificadas nas Condies Particulares.

    4. Compem ainda o presente contrato, alm das Condies previstas nos nmeros anteriores (e que constituem a ap-lice), as mensagens publicitrias concretas e objetivas que contrariem clusulas da aplice, salvo se estas forem mais favorveis ao Tomador do Seguro ou Pessoa Segura.

    5. No se aplica o previsto no nmero anterior relativamen-te s mensagens publicitrias cujo fim de emisso tenha ocorrido h mais de um ano em relao celebrao do contrato, ou quando as prprias mensagens fixem um perodo de vigncia e o contrato tenha sido celebrado fora desse perodo.

    Captulo I

    Definies, Objeto e Garantias do Contrato

    CLUSULA 1.Definies

    Para efeitos do presente contrato entende-se por:

    A. APLICE Conjunto de Condies identificado na clusula anterior e na qual formalizado o contrato de seguro celebrado.

    B. SEGURADOR A entidade legalmente autorizada para a explorao do seguro obrigatrio de acidentes de trabalho para trabalhadores por conta de outrem, que subscreve o presente contrato.

    C. TOMADOR DO SEGURO A entidade empregadora que contrata com o Segurador, sendo responsvel pelo pagamento do prmio.

    D. PESSOA SEGURA O trabalhador por conta de outrem, ao servio do Tomador do Seguro, titular do interesse seguro, bem como os administradores, diretores, geren-tes ou equiparados, quando remunerados.

    E. TRABALHADOR POR CONTA DE OUTREM O traba-lhador vinculado por contrato de trabalho ou contrato legalmente equiparado, bem como o praticante, apren-diz, estagirio e demais situaes que devam considerar -se de formao profissional, e, ainda o que, conside-rando-se na dependncia econmica do Tomador do Seguro, preste determinado servio.

    F. SITUAES DE FORMAO PROFISSIONAL As que tenham por finalidade a preparao ou promoo e atualizao profissional do trabalhador, necessrias para o desempenho de funes inerentes atividade do Tomador do Seguro.

  • 6 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    G. UNIDADE PRODUTIVA O conjunto de pessoas que, subordinadas ao Tomador do Seguro por um vnculo laboral, prestam o seu trabalho com vista realiza-o de um objetivo comum e que constituem um nico complexo agrcola ou piscatrio, industrial, comercial ou de servios.

    H. LOCAL DE TRABALHO O lugar em que o trabalha-dor se encontra ou a que deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do Tomador do Seguro.

    I. TEMPO DE TRABALHO Alm do perodo normal de trabalho, o que preceder o seu incio, em atos de pre-parao ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em atos tambm com ele relacionados, e ainda as inter-rupes normais ou forosas de trabalho.

    J. SINISTRADO A Pessoa Segura que sofreu um aci-dente de trabalho.

    K. CURA CLNICA A situao em que as leses desa-pareceram totalmente ou se apresentam como insus-cetveis de modificao com teraputica adequada.

    L. PREVENO A ao de evitar ou diminuir os riscos profissionais atravs de um conjunto de disposies ou medidas que devam ser tomadas no licenciamento e em todas as fases de atividade da empresa, do esta-belecimento ou do servio.

    CLUSULA 2.Conceito de Acidente de Trabalho

    Por acidente de trabalho, entende-se o acidente:

    A. Que se verifique no local e no tempo de trabalho e pro-duza direta ou indiretamente leso corporal, perturba-o funcional ou doena de que resulte reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.

    B. Ocorrido no trajeto, normalmente utilizado e durante o perodo de tempo habitualmente gasto pelo trabalhador:

    I. De ida e de regresso para e do local de trabalho, entre a sua residncia habitual ou ocasional, e as insta-laes que constituem o seu local de trabalho.

    II. Entre quaisquer dos locais referidos na sub-alnea precedente e os mencionados nas alneas i) e j).

    III. Entre o local de trabalho e o local de refeio.

    IV. Entre o local onde, por determinao do Tomador do Seguro, presta qualquer servio relacionado com o seu trabalho e as instalaes que constituem o seu

    local de trabalho habitual ou a sua residncia habitual ou ocasional.

    V. Entre qualquer dos locais de trabalho da Pessoa Segura, no caso de ter mais de um emprego, sendo responsvel pelo acidente o empregador para cujo local de trabalho o trabalhador se dirige.

    C. Ocorrido quando o trajeto normal, a que se refere a alnea anterior, tenha sofrido interrupes ou desvios determinados pela satisfao de necessidades aten-dveis do trabalhador, bem como por motivo de fora maior ou por caso fortuito.

    D. Ocorrido na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito econmico para o Tomador do Seguro.

    E. Ocorrido no local de trabalho, ou fora deste, quando no exerccio do direito de reunio ou de atividade de repre-sentante dos trabalhadores nos termos da lei.

    F. Ocorrido no local de trabalho, quando em frequncia de curso de formao profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorizao expressa do Toma-dor do Seguro para tal frequncia.

    G. Ocorrido em atividade de procura de emprego durante o crdito de horas para tal concedido por lei aos tra-balhadores com processo de cessao de contrato de trabalho em curso.

    H. Ocorrido fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execuo de servios determinados pelo Tomador do Seguro ou por este consentidos.

    I. Que se verifique no local do pagamento da retribuio, enquanto o trabalhador a permanecer para tal efeito.

    J. Que se verifique no local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistncia ou tratamento por virtude de anterior acidente de trabalho e enquanto a permanecer para esses fins.

    CLUSULA 3.Objeto do Contrato

    1. O Segurador, de acordo com a legislao aplicvel e nos termos desta aplice, garante a responsa-bilidade do Tomador do Seguro pelos encargos obrigatrios provenientes de acidentes de trabalho em relao s pessoas seguras identificadas na aplice, ao servio da unidade produtiva tambm ali identificada, independentemente da rea em que exeram a sua atividade.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 7

    2. Por conveno entre as partes, podem no ser identificados na aplice, no todo ou em parte, os nomes das pessoas seguras.

    3. Constituem prestaes em espcie:

    A. A assistncia mdica e cirrgica, geral ou espe-cializada, incluindo todos os elementos de diag-nstico e de tratamento que forem necessrios, bem como as visitas domicilirias.

    B. A assistncia medicamentosa e farmacutica.

    C. Os cuidados de enfermagem.

    D. A hospitalizao e os tratamentos termais.

    E. A hospedagem.

    F. Os transportes para observao, tratamento ou comparncia a atos judiciais.

    G. O fornecimento de ajudas tcnicas e outros dis-positivos tcnicos de compensao das limita-es funcionais, bem como a sua renovao e reparao.

    H. Os servios de reabilitao e reintegrao pro-fissional e social, incluindo a adaptao do pos-to de trabalho.

    I. Os servios de reabilitao mdica ou funcional para a vida ativa.

    J. O apoio psicoteraputico, sempre que neces-srio, famlia do Sinistrado.

    K. A assistncia psicolgica e psiquitrica ao Sinis-trado e respetiva famlia, quando reconhecida como necessria pelo mdico assistente.

    4. Constituem prestaes em dinheiro:

    A. A indemnizao por incapacidade temporria para o trabalho.

    B. A penso provisria.

    C. A indemnizao em capital e penso por inca-pacidade permanente para o trabalho.

    D. O subsdio por situao de elevada incapacida-de permanente.

    E. O subsdio por morte.

    F. O subsdio por despesas de funeral.

    G. A penso por morte.

    H. A prestao suplementar para assistncia de terceira pessoa.

    I. O subsdio para readaptao de habitao.

    J. O subsdio para a frequncia de aes no mbito da reabilitao profissional necessrias e ade-quadas reintegrao do Sinistrado no merca-do de trabalho.

    CLUSULA 4.mbito Territorial

    1. O presente contrato apenas abrange os acidentes de trabalho que ocorram em Portugal, sem prejuzo do nmero seguinte.

    2. Os acidentes de trabalho que ocorram no estrangeiro e de que sejam vtimas trabalhadores portugueses e trabalhadores estrangeiros residentes em Portu-gal, ao servio de uma empresa portuguesa, esto cobertos por este contrato, salvo se a legislao do Estado onde ocorreu o acidente lhes reconhe-cer direito reparao, caso em que o trabalhador pode optar por qualquer dos regimes.

    CLUSULA 5.Modalidades de Cobertura

    O seguro pode ser celebrado nas seguintes moda-lidades:

    A. Seguro a prmio fixo, quando o contrato cobre um nmero previamente determinado de Pes-soas Seguras, com um montante de retribuies antecipadamente conhecido.

    B. Seguro a prmio varivel, quando a aplice cobre um nmero varivel de Pessoas Segu-ras, com retribuies seguras tambm variveis, sendo consideradas pelo Segurador as pessoas e as retribuies identificadas nas folhas de ven-cimento que lhe so enviadas periodicamente pelo Tomador do Seguro.

    CLUSULA 6.Excluses

    1. Alm dos acidentes excludos pela legislao apli-cvel, no ficam cobertos pelo presente contrato:

  • 8 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    A. As doenas profissionais.

    B. Os acidentes devidos a atos de terrorismo e de sabotagem, rebelio, insurreio, revoluo e guerra civil.

    C. Os acidentes devidos a invaso e guerra contra pas estrangeiro (declarada ou no) e hostili-dades entre naes estrangeiras (quer haja ou no declarao de guerra) ou de atos blicos provenientes direta ou indiretamente dessas hostilidades.

    D. As hrnias com saco formado.

    E. A responsabilidade por quaisquer multas e coi-mas que recaiam sobre o Tomador do Segu-ro por falta de cumprimento das disposies legais.

    2. Ficam excludos do presente contrato os aciden-tes de trabalho de que seja vtima o Tomador do Seguro, quando se trate de uma pessoa singular, bem como todos aqueles que no tenham com o Tomador do Seguro um contrato de trabalho, salvo os administradores, diretores, gerentes ou equipa-rados, quando remunerados.

    3. Sendo a incapacidade ou o agravamento do dano consequncia da injustificada recusa ou falta de observncia das prescries clnicas ou cirrgi-cas, a indemnizao pode ser reduzida ou exclu-da nos termos gerais.

    4. Considera-se sempre justificada a recusa de inter-veno cirrgica quando, pela sua natureza, ou pelo estado do Sinistrado, ponha em risco a vida deste.

    Captulo II

    Declarao do Risco, Inicial e Superveniente

    CLUSULA 7.Dever de Declarao Inicial do Risco

    1. O Tomador do Seguro est obrigado, antes da cele-brao do contrato, a declarar com exatido todas as circunstncias que conhea e razoavelmente deva ter por significativas para a apreciao do risco pelo Segurador.

    2. O disposto no nmero anterior igualmente apli-cvel a circunstncias cuja meno no seja soli-citada em questionrio eventualmente fornecido pelo Segurador para o efeito.

    3. O Segurador que tenha aceitado o contrato, sal-vo havendo dolo do Tomador do Seguro com o propsito de obter uma vantagem, no pode pre-valecer-se:

    A. Da omisso de resposta a pergunta do ques-tionrio.

    B. De resposta imprecisa a questo formulada em termos demasiado genricos.

    C. De incoerncia ou contradio evidente nas res-postas ao questionrio.

    D. De facto que o seu representante, aquando da celebrao do contrato, saiba ser inexato ou, tendo sido omitido, conhea.

    E. De circunstncias conhecidas do Segurador, em especial quando so pblicas e notrias.

    4. O Segurador, antes da celebrao do contrato, deve esclarecer o eventual Tomador do Seguro acerca do dever referido no n. 1, bem como do regime do seu incumprimento, sob pena de incor-rer em responsabilidade civil, nos termos gerais.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 9

    CLUSULA 8.Incumprimento Doloso do Dever de Declarao Inicial do Risco

    1. Em caso de incumprimento doloso do dever refe-rido no n. 1 da clusula anterior, o contrato anulvel mediante declarao enviada pelo Segu-rador ao Tomador do Seguro.

    2. No tendo ocorrido sinistro, a declarao referida no nmero anterior deve ser enviada no prazo de trs meses a contar do conhecimento daquele incumprimento.

    3. O Segurador no est obrigado a cobrir o sinistro que ocorra antes de ter tido conhecimento do incum-primento doloso referido no n. 1 ou no decurso do prazo previsto no nmero anterior, seguindo-se o regime geral da anulabilidade.

    4. O Segurador tem direito ao prmio devido at ao final do prazo referido no n. 2, salvo se tiver con-corrido dolo ou negligncia grosseira do Segurador ou do seu representante.

    5. Em caso de dolo do Tomador do Seguro com o pro-psito de obter uma vantagem, o prmio devido at ao termo do contrato.

    CLUSULA 9.Incumprimento Negligente do Dever de Declarao Inicial do Risco

    1. Em caso de incumprimento com negligncia do dever referido no n. 1 da clusula 7., o Segurador pode, mediante declarao a enviar ao Tomador do Seguro, no prazo de trs meses a contar do seu conhecimento:

    A. Propor uma alterao do contrato, fixando um prazo, no inferior a 14 dias, para o envio da aceitao ou, caso a admita, da contraproposta.

    B. Fazer cessar o contrato, demonstrando que, em caso algum, celebra contratos para a cobertura de riscos relacionados com o facto omitido ou declarado inexatamente.

    2. O contrato cessa os seus efeitos 30 dias aps o envio da declarao de cessao ou 20 dias aps a receo pelo Tomador do Seguro da proposta de alterao, caso este nada responda ou a rejeite.

    3. No caso referido no nmero anterior, o prmio devolvido "pro rata temporis" atendendo cober-tura havida.

    4. Se, antes da cessao ou da alterao do con-trato, ocorrer um sinistro cuja verificao ou con-sequncias tenham sido influenciadas por facto relativamente ao qual tenha havido omisses ou inexatides negligentes:

    A. O Segurador cobre o sinistro na proporo da diferena entre o prmio pago e o prmio que seria devido, caso, aquando da celebrao do contrato, tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexatamente.

    B. O Segurador, demonstrando que, em caso algum, teria celebrado o contrato se tivesse conhecido o facto omitido ou declarado ine-xatamente, no cobre o sinistro e fica apenas vinculado devoluo do prmio.

    CLUSULA 10.Agravamento do Risco

    1. O Tomador do Seguro tem o dever de, durante a execuo do contrato, no prazo de 14 dias a contar do conhecimento do facto, comunicar ao Segura-dor todas as circunstncias que agravem o risco, desde que estas, caso fossem conhecidas pelo Segurador aquando da celebrao do contrato, tivessem podido influir na deciso de contratar ou nas condies do contrato.

    2. No prazo de 30 dias a contar do momento em que tenha conhecimento do agravamento do risco, o Segurador pode:

    A. Apresentar ao Tomador do Seguro proposta de modificao do contrato, que este deve aceitar ou recusar em igual prazo, findo o qual se enten-de aprovada a modificao proposta.

    B. Resolver o contrato, demonstrando que, em caso algum, celebra contratos que cubram ris-cos com as caractersticas resultantes desse agravamento do risco.

    3. A resoluo do contrato prevista na alnea b) do n. anterior deve ser comunicada ao Tomador do Seguro por escrito, ou por outro meio de que fique registo duradouro, com a antecedncia mnima de 30 dias relativamente data em que a mesma produz efeitos.

  • 10 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    CLUSULA 11.Sinistro e Agravamento do Risco

    1. Se antes da cessao ou da alterao do contrato nos termos previstos na clusula anterior ocorrer o sinistro cuja verificao ou consequncia tenha sido influenciada pelo agravamento do risco, o Segurador:

    A. Cobre o risco, efetuando as prestaes devi-das, se o agravamento tiver sido correta e tem-pestivamente comunicado antes do sinistro ou antes de decorrido o prazo previsto no n. 1 da clusula anterior.

    B. Cobre parcialmente o risco, reduzindo-se a sua prestao na proporo entre o prmio efetiva-mente cobrado e aquele que seria devido em funo das reais circunstncias do risco, se o agravamento no tiver sido correta e tempesti-vamente comunicado antes do sinistro.

    C. Pode recusar a cobertura em caso de compor-tamento doloso do Tomador do Seguro com o propsito de obter uma vantagem, mantendo direito aos prmios vencidos.

    2. Na situao prevista nas alneas a) e b) do nmero anterior, sendo o agravamento do risco resultante de facto do Tomador do Seguro, o Segurador no est obrigado ao pagamento da prestao se demonstrar que, em caso algum, celebra contratos que cubram riscos com as caractersticas resul-tantes desse agravamento do risco.

    CLUSULA 12.Limitao

    O previsto no presente captulo no prejudica o pre-visto na clusula 23..

    Captulo III

    Pagamento e Alterao dos Prmios

    CLUSULA 13.Vencimento dos Prmios

    1. Salvo conveno em contrrio, o prmio inicial, ou a primeira frao deste, devido na data da celebrao do contrato.

    2. As fraes seguintes do prmio inicial, o prmio de anu-idades subsequentes e as sucessivas fraes deste so devidos nas datas estabelecidas no contrato.

    3. A parte do prmio de montante varivel relativa a acerto do valor e, quando seja o caso, a parte do prmio corres-pondente a alteraes ao contrato so devidas nas datas indicadas nos respetivos avisos.

    CLUSULA 14.Cobertura

    A cobertura dos riscos depende do prvio pagamento do prmio.

    CLUSULA 15.Aviso de Pagamento dos Prmios

    1. Na vigncia do contrato, o Segurador deve avisar por escrito o Tomador do Seguro do montante a pagar, assim como da forma e do lugar de pagamento, com uma ante-cedncia mnima de 30 dias em relao data em que se vence o prmio, ou fraes deste.

    2. Do aviso devem constar, de modo legvel, as consequn-cias da falta de pagamento do prmio ou de sua frao.

    3. Nos contratos de seguro em que seja convencionado o pagamento do prmio em fraes de periodicidade igual ou inferior a trs meses e em cuja documentao contra-tual se indiquem as datas de vencimento das sucessivas fraes do prmio e os respetivos valores a pagar, bem como as consequncias do seu no pagamento, o Segu-rador pode optar por no enviar o aviso referido no n. 1,

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 11

    cabendo-lhe, nesse caso, a prova da emisso, da aceita-o e do envio ao Tomador do Seguro da documentao contratual referida neste nmero.

    CLUSULA 16.Falta de Pagamento dos Prmios

    1. A falta de pagamento do prmio inicial, ou da primeira fra-o deste, na data do vencimento, determina a resoluo automtica do contrato a partir da data da sua celebrao.

    2. A falta de pagamento do prmio de anuidades subsequen-tes, ou da primeira frao deste, na data do vencimento, impede a prorrogao do contrato.

    3. A falta de pagamento determina a resoluo automtica do contrato na data do vencimento de:

    A. Uma frao do prmio no decurso de uma anuidade.

    B. Um prmio de acerto ou parte de um prmio de mon-tante varivel.

    C. Um prmio adicional resultante de uma modificao do contrato fundada num agravamento supervenien-te do risco.

    4. O no pagamento, at data do vencimento, de um prmio adicional resultante de uma modificao contratual deter-mina a ineficcia da alterao, subsistindo o contrato com o mbito e nas condies que vigoravam antes da preten-dida modificao, a menos que a subsistncia do contrato se revele impossvel, caso em que se considera resolvido na data do vencimento do prmio no pago.

    5. A cessao do contrato por efeito do no pagamento do prmio, ou de parte ou frao deste, no exonera o Toma-dor do Seguro da obrigao de pagamento do prmio cor-respondente ao perodo em que o contrato haja vigorado, acrescido dos juros de mora devidos.

    CLUSULA 17.Alterao do Prmio

    1. No havendo alterao no risco, qualquer alterao do prmio aplicvel ao contrato apenas poder efetuar-se no vencimento anual seguinte, salvo o previsto nos nmeros seguintes.

    2. O valor do prmio do contrato, nos termos da lei, pode ser revisto por iniciativa do Segurador ou a pedido do Tomador do Seguro, com base na modificao efetiva das condies de preveno de acidentes no local de trabalho.

    3. A alterao do prmio por aplicao das bonificaes por ausncia de sinistros ou dos agravamentos por sinistralida-de, regulados pela tabela e disposies anexas, aplicada no vencimento seguinte data da constatao do facto.

  • 12 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    Captulo IV

    Incio de Efeitos, Durao, e Vicissitudes do Contrato

    CLUSULA 18.Incio da Cobertura e de Efeitos

    1. O dia e hora do incio da cobertura dos riscos so indica-dos no contrato, atendendo ao previsto na clusula 14..

    2. O fixado no nmero anterior igualmente aplicvel ao incio de efeitos do contrato, caso distinto do incio da cober-tura dos riscos.

    CLUSULA 19.Durao

    1. O contrato indica a sua durao, podendo ser por um perodo certo e determinado (seguro tempo-rrio) ou por um ano prorrogvel por novos pero-dos de um ano.

    2. Os efeitos do contrato cessam s 24 horas do lti-mo dia do seu prazo.

    3. A prorrogao prevista no n. 1 no se efetua se qualquer das partes denunciar o contrato com 30 dias de antecedncia mnima em relao data da prorrogao ou se o Tomador do Seguro no proceder ao pagamento do prmio.

    4. A presente aplice caduca na data em que ocorra o encerramento definitivo do estabelecimento, sendo neste caso o estorno de prmio processado, salvo conveno em contrrio, "pro rata temporis", nos termos legais, para o que o Tomador do Seguro comunicar a situao ao Segurador.

    CLUSULA 20.Resoluo do Contrato

    1. O contrato pode ser resolvido pelas partes a todo o tempo, havendo justa causa, mediante correio registado.

    2. O montante do prmio a devolver ao Tomador do Seguro em caso de cessao antecipada do con-trato calculado proporcionalmente ao perodo de tempo que decorreria da data da cessao da cobertura at ao vencimento do contrato, salvo previso de clculo diverso pelas partes em fun-o de razo atendvel, como seja a garantia de separao tcnica entre a tarifao dos seguros anuais e a dos seguros temporrios.

    3. A resoluo do contrato produz os seus efeitos s 24 horas do dia em que se verifique.

    4. A comunicao da resoluo do contrato, nos ter-mos previstos nesta clusula, deve ser efetuada por escrito, ou por outro meio de que fique registo duradouro, com a antecedncia mnima de 30 dias relativamente data em que a mesma produz efeitos.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 13

    Captulo V

    Prestao Principal do Segurador

    CLUSULA 21.Retribuio Segura

    1. A determinao da retribuio segura, valor na base do qual so calculadas as responsabilidades cobertas por esta aplice, sempre da responsa-bilidade do Tomador do Seguro.

    2. O valor da retribuio segura deve abranger, tanto na data de celebrao do contrato como a cada momento da sua vigncia, tudo o que a lei considera como elemento integrante da retribuio e todas as prestaes que revistam carcter de regularidade e no se destinem a compensar a Pessoa Segura por custos aleatrios, que incluem designadamente os subsdios de frias e de Natal.

    3. Se a Pessoa Segura for um administrador, diretor, gerente ou equiparado, a alterao da retribuio para efeito de seguro, quando aceite, s produz efeito a partir do 1. dia do segundo ms posterior ao da alterao.

    4. Se a Pessoa Segura for praticante, aprendiz ou estagirio, ou nas demais situaes que devam considerar-se de formao profissional, a retri-buio segura deve corresponder retribuio anual mdia ilquida de um trabalhador da mesma empresa ou empresa similar e que exera ativida-de correspondente sua formao, aprendizagem ou estgio.

    5. Se a retribuio correspondente ao dia do aci-dente no representar a retribuio normal, assim como nos casos de trabalho no regular e de trabalho a tempo parcial com vinculao a mais de uma entidade empregadora, a retribuio calculada pela mdia das retribuies auferidas pelo Sinistrado no perodo de um ano anterior ao acidente.

    6. Na falta dos elementos referidos no nmero ante-rior, o clculo faz-se segundo o prudente arbtrio do juiz, tendo em ateno a natureza dos servios

    prestados, a categoria profissional do Sinistrado e os usos.

    7. O clculo das prestaes para trabalhadores a tempo parcial tem como base a retribuio que aufeririam se trabalhassem a tempo inteiro.

    8. A retribuio no pode ser inferior que resulte da lei ou de instrumento de regulamentao cole-tiva de trabalho.

    9. Para o clculo das prestaes que, nos termos do presente contrato, ficam a cargo do Segurador, observam-se as disposies legais aplicveis, salvo quando, por conveno entre as partes, for considerada uma forma de clculo mais favo-rvel aos Sinistrados.

    CLUSULA 22.Atualizao Automtica da Retribuio Segura em Contratos Celebrados aPrmio Fixo

    1. As retribuies indicadas nos contratos por um ano prorrogveis por novos perodos de um ano, efetua-dos na modalidade de prmio fixo, so automatica-mente atualizadas na data da entrada em vigor das variaes da remunerao mnima mensal garan-tida, desde que o Tomador do Seguro no tenha, entre as datas de duas modificaes sucessivas da remunerao mensal garantida, procedido atualizao das retribuies seguras.

    2. A atualizao a que se refere o nmero anterior corresponde ao coeficiente de variao (at 1,10) entre a nova remunerao mnima mensal garan-tida e a anterior, aplicvel sobre as retribuies seguras, obrigando-se o Tomador do Seguro a pagar o prmio adicional devido por essa atuali-zao.

    3. A atualizao prevista nos nmeros anteriores obri-ga o Segurador ao pagamento das prestaes pecunirias devidas aos Sinistrados com base na retribuio efetivamente auferida na data do aci-dente, sendo todavia a sua responsabilidade limi-tada ao valor resultante da aplicao do coeficien-te de 1,10 s retribuies indicadas nas Condies Particulares, salvo se o acerto do prmio havido tiver como referncia coeficiente superior.

  • 14 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    CLUSULA 23.Insuficincia da Retribuio Segura

    1. No caso de a retribuio declarada ser inferior real, o Tomador do Seguro responde:

    A. Pela parte das indemnizaes por incapacidade temporria e penses correspondente dife-rena.

    B. Proporcionalmente pelas despesas efetuadas com a hospitalizao e assistncia clnica.

    2. No caso previsto no nmero anterior, a retribuio declarada no pode ser inferior retribuio mni-ma mensal garantida.

    Captulo VI

    Obrigaes e Direitos das Partes

    CLUSULA 24.Obrigaes do Tomador do Seguro Quanto a Informao Relativa ao Risco

    1. Para alm do previsto no captulo II, o Tomador do Seguro obriga-se:

    A. A enviar ao Segurador, at ao dia 15 de cada ms, cpia das declaraes de remuneraes do seu pessoal remetidas Segurana Social, relativas s retribuies pagas no ms anterior, devendo no envio mencionar a totalidade das remuneraes previstas na lei como integran-do a retribuio para efeito de clculo da repa-rao por acidente de trabalho, e indicar ainda os praticantes, os aprendizes e os estagirios.

    B. A permitir ao Segurador o exame da documenta-o de base das declaraes previstas na alnea anterior, bem como a prestar-lhe qualquer infor-mao sempre que este o julgue conveniente.

    C. A comunicar previamente ao Segurador a des-locao ao estrangeiro das Pessoas Seguras a territrio de Estado no membro da Unio Euro-peia, bem como a deslocao a territrio de Estado membro da Unio Europeia caso seja superior a 15 dias, sob pena de responsabilida-de por perdas e danos, inoponvel s Pessoas Seguras.

    2. Salvo conveno em contrrio, as comunicaes previstas nas alneas a) e c) do nmero anterior so efetuadas por meio informtico, nomeadamente em suporte digital ou correio eletrnico.

    CLUSULA 25.Obrigaes do Tomador do Seguro em Caso de Ocorrncia de Acidente de Trabalho

    1. Em caso de ocorrncia de um acidente de trabalho, o Tomador do Seguro obriga-se:

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 15

    A. A preencher a participao de acidente de tra-balho prevista legalmente e a envi-la ao Segu-rador no prazo de 24 horas, a partir do respetivo conhecimento.

    B. A participar imediatamente ao Segurador os aci-dentes mortais, sem prejuzo do posterior envio da participao, nos termos da alnea anterior.

    C. A fazer apresentar sem demora o Sinistrado ao mdico do Segurador, salvo se tal no for possvel e a necessidade urgente de socorros impuser o recurso a outro mdico.

    2. As comunicaes previstas nas alneas a) e b) do nmero anterior so efetuadas por meio inform-tico, nomeadamente em suporte digital ou cor-reio eletrnico, exceto no caso do Tomador do Seguro microempresa, que pode sempre optar pelo suporte de papel.

    3. O incumprimento do previsto nas alneas a) e b) do n. 1 determina a responsabilidade do Tomador do Seguro pelas perdas e danos do Segurador.

    4. O incumprimento do previsto na alnea c) do n. 1 deter-mina:

    A. A reduo da prestao do Segurador atendendo ao dano que o incumprimento lhe cause.

    B. A perda da cobertura se for doloso e tiver determinado dano significativo para o Segurador.

    5. O previsto nos n.os 3 e 4 no oponvel aos Sinis-trados e demais beneficirios legais das prestaes de acidentes de trabalho, ficando o Segurador com o direito de regresso previsto na clusula 28.

    CLUSULA 26.Defesa Jurdica

    1. O Tomador do Seguro no pode intervir nas relaes entre o Segurador e o Sinistrado, ou seus Beneficirios legais, na resoluo de assuntos que envolvam a responsabilidade garantida por este contrato, quer em juzo, quer fora dele.

    2. Quando o Tomador do Seguro, aps o acidente de tra-balho, agir para com o Sinistrado ou seus Beneficirios legais, em violao do disposto no nmero anterior, designadamente concluindo acordos, satisfazendo des-pesas, intentando processos ou praticando qualquer outro ato da competncia do Segurador, sem que deste haja recebido autorizao escrita, e sem prejuzo da inoponibilidade ao Sinistrado ou seus Beneficirios legais, fica obrigado a reembolsar o Segurador de todas

    as importncias que este tiver de suportar para a repa-rao do acidente em virtude dessa interveno, nos termos do previsto na clusula 28., salvo se provar que da sua ao nenhum prejuzo adveio para o Segurador.

    3. O Tomador do Seguro deve prestar ao Segurador toda a informao que razoavelmente lhe seja exigida.

    CLUSULA 27.Obrigaes do Segurador

    1. O Segurador obriga-se a satisfazer a prestao contratual ao Sinistrado, aps a confirmao da ocorrncia do sinis-tro e das suas causas, circunstncias e consequncias.

    2. As averiguaes necessrias ao reconhecimento do sinistro e avaliao dos danos devem ser efetuadas pelo Segurador com a adequada prontido e diligncia.

    3. A obrigao do Segurador vence-se decorridos 30 dias sobre o apuramento dos factos a que se refere o nmero anterior.

    4. O Sinistrado tem direito a receber, em qualquer momen-to, a seu requerimento, cpia de todos os documentos respeitantes ao seu processo, designadamente o boletim de alta e os exames complementares de diagnstico em poder do Segurador.

    CLUSULA 28.Direito de Regresso do Segurador

    1. Aps a ocorrncia de um acidente de trabalho, o Segura-dor tem direito de regresso contra o Tomador do Seguro, relativamente quantia despendida:

    C. Quando o acidente tiver sido provocado pelo Tomador do Seguro, seu representante, ou entidade por aquele contratada e por empresa utilizadora de mo-de-obra, ou resultar de falta de observncia, por aqueles, das regras sobre segurana e sade no trabalho, ou aque-les tenham lesado dolosamente o Segurador aps o sinistro.

    D. No caso de incumprimento das obrigaes referidas nas alneas do n. 1 da clusula 24., na medida em que o dispndio seja imputvel ao incumprimento.

    E. Relativamente aos seguros celebrados sem indicao de nomes, nos termos do n. 2 da clusula 3., quando se provar que nos trabalhos abrangidos pelo contra-to foram utilizadas mais pessoas do que as indicadas como Pessoas Seguras.

  • 16 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    F. Em resultado do agravamento das leses do Sinistra-do decorrente de incumprimento do fixado no n. 1 da clusula 25..

    2. Nos casos previstos nas 1. e 2. partes da alnea a) do nmero anterior, o Segurador satisfaz o pagamento das prestaes que seriam devidas caso no houvesse atuao culposa, sem prejuzo do direito de regresso.

    CLUSULA 29.Sub-rogao pelo Segurador

    1. O Segurador que tiver pago a indemnizao fica sub-ro-gado, na medida do montante pago, nos direitos da Pes-soa Segura contra o terceiro responsvel pelo acidente de trabalho, embora o direito de ao judicial dependa do seu no exerccio pelo Sinistrado no prazo de um ano a contar da data do acidente.

    2. O Tomador do Seguro responde, at ao limite da indemni-zao paga pelo Segurador, por ato ou omisso que pre-judique os direitos previstos no nmero anterior.

    Captulo VII

    Disposies Diversas

    CLUSULA 30.Escolha do Mdico

    1. O Segurador tem o direito de designar o mdico assisten-te do Sinistrado.

    2. O Sinistrado pode, no entanto, recorrer a qualquer mdico nos seguintes casos:

    A. Se o Tomador do Seguro ou quem o represente no se encontrar no local em que o acidente de trabalho ocorreu e houver urgncia nos socorros.

    B. Se o Segurador no lhe nomear mdico assistente, ou enquanto o no fizer.

    C. Se o Segurador renunciar ao direito previsto no n. 1.

    D. Se lhe for dada alta sem estar curado, devendo, neste caso, requerer exame pelo perito do tribunal.

    3. O Sinistrado pode ainda escolher o mdico cirurgio nos casos de interveno cirrgica de alto risco e naqueles em que, como consequncia da interveno cirrgica, possa correr perigo a sua vida.

    4. Enquanto no houver mdico assistente designado, como tal considerado, para todos os efeitos legais, o mdico que tratar o Sinistrado.

    CLUSULA 31.Reconhecimento da Responsabilidade pelo Segurador

    1. A prestao de socorros urgentes, ou a comunicao do acidente de trabalho s entidades competentes, no signi-fica reconhecimento da responsabilidade pelo Segurador.

    2. O pagamento de indemnizaes ou outras despesas no impede o Segurador de, posteriormente, recusar a res-ponsabilidade relativa ao acidente quando circunstncias supervenientemente reconhecidas o justifiquem, caso em que lhe assiste o direito a reaver tudo o que houver pago.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 17

    CLUSULA 32.Interveno de Mediador de Seguros

    1. Nenhum mediador de seguros se presume autorizado a, em nome do Segurador, celebrar ou extinguir contratos de seguro, a contrair ou alterar as obrigaes deles emergen-tes ou a validar declaraes adicionais, salvo o disposto nos nmeros seguintes.

    2. Pode celebrar contratos de seguro, contrair ou alterar as obrigaes deles emergentes ou validar declaraes adi-cionais, em nome do Segurador, o mediador de seguros ao qual o Segurador tenha conferido, por escrito, os neces-srios poderes.

    3. No obstante a carncia de poderes especficos para o efeito da parte do mediador de seguros, o seguro consi-dera-se eficaz quando existam razes ponderosas, obje-tivamente apreciadas, tendo em conta as circunstncias do caso, que justifiquem a confiana do Tomador do Segu-ro de boa f na legitimidade do mediador, desde que o Segurador tenha igualmente contribudo para fundar a confiana do Tomador do Seguro.

    CLUSULA 33.Comunicaes e Notificaes entre as Partes

    1. As comunicaes ou notificaes do Tomador do Seguro ou da Pessoa Segura previstas nesta aplice consideram--se vlidas e eficazes caso sejam efetuadas para a sede social do Segurador ou da sucursal, consoante o caso.

    2. So igualmente vlidas e plenamente eficazes as comu-nicaes ou notificaes feitas, nos termos do nmero anterior, para o endereo do representante do Segurador no estabelecido em Portugal, relativamente a sinistros abrangidos por esta aplice.

    3. As comunicaes previstas no presente contrato devem revestir forma escrita ou ser prestadas por outro meio de que fique registo duradouro.

    4. O Segurador s est obrigado a enviar as comunicaes previstas no presente contrato se o destinatrio das mes-mas estiver devidamente identificado no contrato, consi-derando-se validamente efetuadas se remetidas para o respetivo endereo constante da aplice.

    CLUSULA 34.Legislao Aplicvel, Reclamaes e Arbitragem

    1. A lei aplicvel a este contrato a lei portuguesa.

    2. Podem ser apresentadas reclamaes no mbito do pre-sente contrato aos servios do Segurador identificados no contrato e, bem assim, ao Instituto de Seguros de Por-tugal (www.isp.pt).

    3. Nos litgios surgidos ao abrigo deste contrato pode haver recurso arbitragem, a efetuar nos termos da lei.

    CLUSULA 35.Foro

    O foro competente para dirimir os litgios emergentes deste contrato o fixado na lei civil.

  • 18 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    Anexo s Condies Gerais, nos Termos da Clusula 17.

    Nos termos da Clusula 17. das Condies Gerais da ap-lice, criado um sistema de bonificaes e agravamentos de prmio por sinistralidade (bnus/malus), o qual se rege pelas seguintes disposies:

    Definies

    1. SINISTRALIDADE Para efeitos de aplicao dos esque-mas de bonificao ou agravamento do prmio, entende-se por sinistralidade a relao entre:

    1.1. Custos de acidentes, que incluem:

    A. Indemnizaes a Sinistrados e Beneficirios (pagas e provisionadas).

    B. Despesas de assistncia mdica, medicamentosa e hospitalar, transportes, alimentao, hospedagem e outras feitas no interesse dos Sinistrados.

    C. Provises Matemticas constitudas (Homologadas, Conciliadas, Definidas ou Presumveis).

    1.2. Prmio do seguro

    A. Prmio comercial Resultante da aplicao da taxa contratual pelas retribuies declaradas.

    Bonificaes de Prmio

    criado um sistema de bonificao de prmios nos contratos cujo montante das retribuies seguras da ltima anuidade do perodo de recolha de dados seja igual ou superior a 800 vezes a remunerao mnima mensal garantida mais elevada.

    1. Pela existncia de uma estrutura de preveno e seguran-a, dotada com os seguintes requisitos mnimos:

    A. Tcnico responsvel e qualificado.

    B. Equipamento de proteo coletiva e individual.

    C. Sistema de recolha de informao e de anlise de aci-dentes.

    Poder ser concedido um desconto de 10% a incidir sobre a taxa comercial da tarifa em vigor.

    2. Pela sinistralidade apresentada e, em consequncia da implementao e manuteno de medidas de preveno e segurana pelo Tomador do Seguro nos locais de tra-balho, destinadas a proteger as Pessoas Seguras contra eventuais acidentes, o prmio do contrato poder ser redu-zido, desde que se observem as seguintes circunstncias, no seu conjunto:

    A. Nmero de acidentes inferior ao da mdia da atividade desenvolvida, tendo em ateno os indicadores oficiais.

    B. Manuteno da estrutura de preveno e segurana.

    C. Sinistralidade no superior a 50%, em dois anos civis consecutivos e completos.

    D. Cumprimento dos prazos legais de pagamento dos recibos de prmio.

    3. A reduo do prmio, expressa em percentagem, incide sobre a taxa base aplicvel na anuidade seguinte, de acor-do com a tabela seguinte:

    Tabela de Bonificao de Prmios

    Sinistralidade (%) Reduo a Efetuar (%)

    At 25 10

    Mais de 25 at 50 5

    4. A nova taxa reduzida no poder em caso algum ser infe-rior a 50% daquela que est definida na tarifa de referncia para o ramo Acidentes de Trabalho e depositada no Insti-tuto de Seguros de Portugal.

    Agravamento do prmio

    1. No caso de se verificar que o Tomador do Seguro no observa o cumprimento das regras e princpios legais exi-gveis em matria de preveno, segurana e higiene nos locais de trabalho, o Segurador, desde que tenha conhe-cimento quer oficial quer por anlise de risco efetuada, poder agravar o prmio do seguro, em 20% (valor fixo), mediante correio registado ou outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedncia mnima de 15 dias.

    2. Cumulativamente, este agravamento poder atingir o limite mximo de 60%, taxa da tarifa em vigor, em conjugao com a sinistralidade observada no perodo em anlise.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 19

    CONDIES ESPECIAIS DA APLICECondio Especial 01

    Seguros de Prmio Varivel

    1. Nos termos desta condio especial, e de acordo com o disposto na alnea b) da clusula 5. das Condies Gerais, esto cobertos pelo contrato os trabalhadores ao servio do Tomador do Segu-ro na unidade produtiva identificada nas Condi-es Particulares, de acordo com as folhas de retribuies periodicamente enviadas ao Segura-dor nos termos da alnea a) do n. 1 da clusula 24. das Condies Gerais.

    2. O prmio provisrio calculado de acordo com as retribuies anuais previstas pelo Tomador do Seguro.

    3. No final de cada ano civil ou aquando da cessao do contrato, e sem prejuzo do disposto no n. 5, efetuado o acerto, para mais ou para menos, em relao diferena verificada entre o prmio pro-visrio e o prmio definitivo, calculado em funo do total de retribuies efetivamente pagas durante o perodo de vigncia do contrato.

    4. Quando o Tomador do Seguro no cumprir a obri-gao referida no n. 1, o Segurador, sem prejuzo do seu direito de resoluo, cobra no final da anu-idade um prmio no estornvel correspondente a 30% do prmio provisrio anual, podendo ainda exigir o complemento do prmio que se apurar ser devido em funo das retribuies que realmente deviam ter sido declaradas.

    5. O Segurador pode, em casos de desvios signifi-cativos entre as retribuies previstas e as efe-tivamente pagas, fazer um acerto no decurso do perodo de vigncia do contrato.

    6. No caso de se tratar de seguros de trabalhos de reparao de edifcios, construo de muros, aber-

    tura e limpeza de poos e minas, consta das Con-dies Particulares o nmero mximo de traba-lhadores que, em qualquer momento, o Tomador do Seguro pode ter simultaneamente ao seu ser-vio, pelo que este se obriga a comunicar, previa-mente, ao Segurador, qualquer alterao daque-le nmero mximo.

  • 20 | ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM - Condies Gerais

    Condio Especial 02

    Construo Civil de Edifcios Seguro por rea

    1. Os limites de retribuio, contratualmente aceites, constam das Condies Particulares da aplice, pelo que os nomes dos trabalhadores cobertos pelo contrato no so a mencionados, sendo dispensa-do o envio ao Segurador de folhas de retribuies previsto na alnea c) do n. 1 da clusula 24. das Condies Gerais.

    2. As coberturas do contrato, quanto aos trabalha-dores seguros, respeitam apenas aos que traba-lharem na obra e locais de risco devidamente iden-tificados nas Condies Particulares.

    3. Este contrato tem o prazo de validade correspon-dente durao previsvel da obra, que consta das Condies Particulares, podendo ser prorrogado, em caso excecional, mediante acordo prvio entre o Tomador do Seguro e o Segurador.

    4. Se durante a realizao da obra houver reviso da tabela de remuneraes, o prmio reajustado, de acordo com o aumento mdio dessas remuneraes e proporcionalmente ao tempo que faltar decorrer at ao final do perodo de vigncia do contrato.

    Condio Especial 03

    Seguro de Agricultura (Genrico e por rea)

    1. Este contrato abrange os trabalhadores, perma-nentes ou eventuais, empregues em atividades agrcolas por conta do Tomador do Seguro, indi-cando-se no mapa de inventrio que faz parte inte-grante desta aplice:

    A. O nome, localizao (freguesia e concelho), rea cultivada e culturas predominantes de cada uma das parcelas (prprias e/ou arrendadas) que constituem a unidade de explorao agrcola.

    B. As retribuies mximas.

    C. Uma relao do pessoal permanente por tipo de funo principal e respetivas retribuies.

    D. O montante anual das retribuies e o nmero mdio de animais de cada espcie existente na explorao agrcola, se for caso disso.

    2. A presente condio especial no aplicvel execuo dos seguintes trabalhos:

    A. Abertura de poos e minas.

    B. Arranque, corte, desbaste, esgalha e limpeza de rvores, quando consideradas atividades silvcolas ou explorao florestal.

    C. Arranque de tocos, cepos ou razes, quando constituam risco principal.

    D. Extrao de cortia.

    E. Trabalhos com utilizao de explosivos.

    F. Trabalhos em lagares de azeite.

    G. Debulha mecnica, quando no ligada exclusi-vamente unidade de explorao agrcola do Tomador do Seguro.

  • Condies Gerais - ACIDENTES DE TRABALHO CONTA DE OUTREM | 21

    H. Trabalhos ligados construo civil, salvo os que respeitarem a pequenas reparaes em casas das propriedades que constituem a explo-rao agrcola, muros ou quaisquer infraestrutu-ras ligadas exclusivamente unidade de explo-rao agrcola.

    I. Trabalhos de carpintaria, de lenhadores e ser-radores, a menos que se destine ao consumo da explorao agrcola.

    J. Explorao pecuria, quando constitua ativi-dade principal.

    CLUSULA PRELIMINARCaptulo IDefinies, Objeto e Garantias do ContratoCLUSULA 1.DefiniesCLUSULA 2.Conceito de Acidente de TrabalhoCLUSULA 3.Objeto do ContratoCLUSULA 4.mbito TerritorialCLUSULA 5.Modalidades de CoberturaCLUSULA 6.ExclusesCaptulo IIDeclarao do Risco, Inicial e SupervenienteCLUSULA 7.Dever de Declarao Inicial do RiscoCLUSULA 8.Incumprimento Doloso do Dever de Declarao Inicial do RiscoCLUSULA 9.Incumprimento Negligente do Dever de Declarao Inicial do RiscoCLUSULA 10.Agravamento do RiscoCLUSULA 11.Sinistro e Agravamento do RiscoCLUSULA 12.LimitaoCaptulo IIIPagamento e Alterao dos PrmiosCLUSULA 13.Vencimento dos PrmiosCLUSULA 14.CoberturaCLUSULA 15.Aviso de Pagamento dos PrmiosCLUSULA 16.Falta de Pagamento dos PrmiosCLUSULA 17.Alterao do PrmioCaptulo IVIncio de Efeitos, Durao, e Vicissitudes do ContratoCLUSULA 18.Incio da Cobertura e de EfeitosCLUSULA 19.DuraoCLUSULA 20.Resoluo do ContratoCaptulo VPrestao Principal do SeguradorCLUSULA 21.Retribuio SeguraCLUSULA 22.Atualizao Automtica da Retribuio Segura em Contratos Celebrados aPrmio FixoCLUSULA 23.Insuficincia da Retribuio SeguraCaptulo VIObrigaes e Direitos das PartesCLUSULA 24.Obrigaes do Tomador do Seguro Quanto a Informao Relativa ao RiscoCLUSULA 25.Obrigaes do Tomador do Seguro em Caso de Ocorrncia de Acidente de TrabalhoCLUSULA 26.Defesa JurdicaCLUSULA 27.Obrigaes do SeguradorCLUSULA 28.Direito de Regresso do SeguradorCLUSULA 29.Sub-rogao pelo SeguradorCaptulo VIIDisposies DiversasCLUSULA 30.Escolha do MdicoCLUSULA 31.Reconhecimento da Responsabilidade pelo SeguradorCLUSULA 32.Interveno de Mediador de SegurosCLUSULA 33.Comunicaes e Notificaes entre as PartesCLUSULA 34.Legislao Aplicvel, Reclamaes e ArbitragemCLUSULA 35.ForoAnexo s Condies Gerais, nos Termos da Clusula 17.DefiniesBonificaes de PrmioAgravamento do prmioCONDIES ESPECIAIS DA APLICECondio Especial 01Seguros de Prmio VarivelCondio Especial 02Construo Civil de Edifcios Seguro por reaCondio Especial 03Seguro de Agricultura (Genrico e por rea)