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  • PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    Yeda Rorato Crusius Governadora

    SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE - SEMA

    Giancarlo Tusi Pinto Secretrio de Estado

    SECRETARIA DE ADMINISTRAO E DOS RECURSOS HUMANOS

    Eloi Francisco Pedroso Guimares Secretrio de Estado

    FUNDAO ESTADUAL DE PROTEO AMBIENTAL HENRIQUE LUIS

    ROESSLER - FEPAM

    Regina Telli Diretora-Presidente

    DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO RS

    Srgio Fernando Elsenbruch Filomena Diretor Presidente

  • PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    AGRADECIMENTOS

    Cmara Tcnica de Recursos Atmosfricos e Poluio Veicular CONSEMA

    - Membros Permanentes

    ASSOCIAO GACHA DE PROTEO AO AMBIENTE NATURAL - AGAPAN

    FEDERAO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - FARSUL

    FEDERAO DAS ASSOCIAES DE MUNICPIOS DO RIO GRANDE DO SUL - FAMURS

    FEDERAO DAS INDSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - FIERGS

    ONG MIRA-SERRA SECRETARIA DA CINCIA E TECNOLOGIA

    SECRETARIA DA EDUCAO SECRETARIA DA SADE

    SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA E LOGSTICA SECRETARIA DE SEGURANA PBLICA

    SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE - SEMA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DOS ASSUNTOS

    INTERNACIONAIS - SEDAI SOCIEDADE DE ENGENHARIA

    - Membros Convidados DEPARTAMENTO DE TRNSITO DO RIO GRANDE DO SUL

    DETRAN/RS CENTRO DE TRANSPORTE SUSTENTVEL CTS BRASIL

    PACE Plano Ar, Clima e Energia Consultores Tcnicos

  • 4

    PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - 2010

    EQUIPE TCNICA

    Grupo de Trabalho Cmara Tcnica de Recursos Atmosfricos e Poluio

    Veicular CT - CONSEMA

    Coordenao do Grupo de Trabalho CT

    Eng. Fernando Hartmann Sociedade de Engenharia RS

    Tcnicos do Grupo Cmara Tcnica

    Eng. Bruno Altreiter Filho Emater

    Eng Paulo Francisco Breda Emater

    Eng. Sabrina Feltes Emater

    Adm. Srgio Roberto da Silveira - Emater

    Adm Charles Brckner - DETRAN/RS

    Dr. Carlos Nunes Tiethbl Filho SEC. SADE

    Eng. Brenda Medeiros Pereira CTS Brasil

    Eng. Maria Elisa dos Santos Rosa - FEPAM

    Eng. Tlio Felipe Verdi Filho DETRAN/RS

    Prof. Flvio Lewgoy AGAPAN

  • 5

    SUMRIO

    TABELA DE ACRNIMOS ...........................................................................................................................7

    I. PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR PCPV ...........................................................7

    1. INTRODUO........................................................................................................................................8 2. OBJETIVO ..............................................................................................................................................9 3. CONSIDERAES GERAIS .............................................................................................................10

    3.1. PROCONVE ...........................................................................................................................................10 3.2. PADRES DE QUALIDADE DO AR .................................................................................................11 3.2.1. REDE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR DA FUNDAO ESTADUAL DE PROTEO AMBIENTAL HENRIQUE LUS ROESSLER - FEPAM ..................................................13 3.2.2. REDE MANUAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR ........................................14 3.2.3.REDE AUTOMTICA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR (AR DO SUL) ......16 3.3. POLUENTES ATMOSFRICOS, EFEITOS GERAIS SOBRE A SADE E EFEITOS GERAIS AO MEIO AMBIENTE ..................................................................................................................................19 3.3.1. ASPECTOS METEOROLGICOS .................................................................................................20 3.3.2. POLUENTES ATMOSFRICOS E OS IMPACTOS NA SADE...............................................21 3.4. POLUIO SONORA ..........................................................................................................................25 3.5. INFLUNCIA DA MANUTENO MECNICA DOS VECULOS E A RELAO COM OS ACIDENTES NO RS.....................................................................................................................................27

    4. INVENTRIO DE FONTES MVEIS ................................................................................................33 4.1. PERFIL DA FROTA ..............................................................................................................................39 4.2. QUALIDADE E CONSUMO DOS COMBUSTVEIS .......................................................................41 4.3. CONTRIBUIO DAS EMISSES VEICULARES NA QUALIDADE DO AR POR MACRORREGIES .....................................................................................................................................43 4.3. AS MACRORREGIES DO RIO GRANDE DO SUL......................................................................46 4.3.1. Macrorregio 1- Regio Metropolitana de Porto Alegre - RMPA .........................................46 4.3.2. Macrorregio 2 - Serra ....................................................................................................................48 4.3.3. Macrorregio 3 Central ................................................................................................................50 4.3.4. Macrorregio 4 Misses ..............................................................................................................53 4.3.5. Macrorregio 5 Norte ...................................................................................................................55 4.3.6. Macrorregio 6 - Sul ........................................................................................................................58 4.3.7. Macrorregio 7 - Campanha ..........................................................................................................60 4.3.8. Macrorregio 8 - Litoral ..................................................................................................................62

    5. DISTRIBUIO DAS PRINCIPAIS FONTES FIXAS COM ALTO POTENCIAL POLUIDOR NAS MACRORREGIES .......................................................................................................................65 6. UNIDADES DE CONSERVAO ESTADUAIS .............................................................................66 7. RECOMENDAES ...........................................................................................................................68

    7.1. MODERNIZAO E RENOVAO DA FROTA.............................................................................68 7.2. CAMPANHAS INSTITUCIONAIS PARA AMPLIAO DO INCENTIVO AO USO DE TRANSPORTES COLETIVOS ...................................................................................................................69

    7.2.1. SISTEMA DE BILHETAGEM ELETRNICA................................................................................... 69 7.2.2. INTEGRAO DO TRANSPORTE PBLICO COLETIVO........................................................... 69

    7.3. COMBUSTVEIS ALTERNATIVOS ...................................................................................................72 7.4. PROGRAMA DE IMPLEMETAO DO TRANSPORTE HIDROVIRIO ...................................73 7.5. POLTICA DE AO - DESINCENTIVO AO USO DE TRANSPORTE PRIVADO ...................74 7.6. CICLOVIAS URBANAS .......................................................................................................................76

    8. CONCLUSES ....................................................................................................................................77

    II. PROGRAMA DE INSPEAO / MANUTENO DOS VECULOS EM USO I/M ..........................78

    1. INTRODUO......................................................................................................................................78 2. OBJETIVO ............................................................................................................................................78 3. A IMPLANTAO DO I/M NO RIO GRANDE DO SUL..................................................................79

    3.1. REGIES CRTICAS............................................................................................................................79 3.2. FROTA ALVO ........................................................................................................................................80 3.4. FORMA DE VINCULAO COM O DETRAN .................................................................................82 3.5. PERIODICIDADE DE INSPEO......................................................................................................82

  • 6

    3.6. CUSTOS .................................................................................................................................................83 3.7. OPERACIONALIZAO E EXECUO ..........................................................................................83 3.8. ACESSO A INFORMAES E DADOS DO PROGRAMA ...........................................................85

    III. CONCLUSES ........................................................................................................................................86

    ANEXO II. LEGISLAO ESTADUAL CAPTULO III DA UTILIZAO E CONSERVAO DO AR...........................................................................................................................................................100

    ANEXO III. FATORES DE EMISSO......................................................................................................104

    ANEXO IV. NORMATIVA N6 IBAMA .................................................................................................108

    REFERNCIAS ...........................................................................................................................................149

  • 7

    TABELA DE ACRNIMOS

    ABS - ANTI-LOCK BRAKING SYSTEM

    ANP - AGNCIA NACIONAL DO PETRLEO

    CETESB - COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SO PAULO

    CEVS - CENTRO ESTADUAL DE VIGILANCIA SANITARIA

    CO2 - DIXIDO DE CARBONO

    CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

    dB - NVEL DE RUDO

    DENATRAN - DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRNSITO

    FEPAM - FUNDAO ESTADUAL DE PROTEO AMBIENTAL

    GMA - GRUPO DE MANUTENO AUTOMOTIVA

    GNV - GS NATURAL VEICULAR

    I/M - PROGRAMA DE INSPEO E MANUTENO DE VECULOS EM USO

    IBAMA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE

    IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO GEOGRAFIA E ESTATSTICA

    INMETRO - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE INDUSTRIAL

    IPEA INSTITUTO PESQUISA ENERGTICA /AMBIENTAL

    IPVA - IMPOSTO DE PROPRIEDADE DE VEICULOS AUTOMOTORES

    IQAR NDICE DE QUALIDADE DO AR

    ITV - INSPEO TCNICA VECULAR

    MP - MATERIAL PARTICULADO

    NBR - NORMA BRASILEIRA DE REGULAMENTAO

    OBD - SISTEMA DE DIAGNOSE DE BORDO

    OMS ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE

    PBT PESO BRUTO TOTAL

    PCPV PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR

    PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO

    PIVS POSTOS DE INSPEO VEICULAR

    PROCERGS - PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    PROCONVE - PROGRAMA DE CONTROLE DA POLUIO DO AR EM VEICULOS AUTOMOTORES

    PTS - PARTCULAS TOTAIS EM SUSPENSO

    RBC - REDE BRASILEIRA DE CALIBRAO

    R-CHO - ALDEDOS

    RMPA REGIO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE

    SEUC - SISTEMA ESTADUAL DE UNIDADES DE CONSERVAO

    USEPA - UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY

  • 8

    I. PLANO DE CONTROLE DE POLUIO VEICULAR PCPV

    1. INTRODUO

    A promulgao da Resoluo N 418, de 25 de novembro de 2009,

    Anexo I, pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, estabeleceu um

    marco definitivo no controle e na fiscalizao da frota veicular automotiva no Pas.

    A determinao de elaborao do Plano de Controle de Poluio

    Veicular - PCPV em nvel nacional coloca definitivamente o Pas na busca da

    reduo das emisses de gases, das partculas poluentes e do rudo pela frota de

    veculos em circulao que foi precedida pelo Programa de Controle da Poluio

    do Ar por Veculos Automotores PROCONVE. Este reconhecido como um

    programa bem sucedido - protagonizando o avano tecnolgico da indstria

    nacional atravs da fixao de limites de emisso para os veculos novos e da

    melhoria da qualidade dos combustveis os quais vm produzindo expressivas

    redues nas emisses veiculares.

    No Estado do Rio Grande do Sul, a frota veicular cresce a uma taxa

    de cerca de 5% ao ano. crescente tambm a mobilidade de passageiros e de

    mercadorias, transportadas quase na totalidade por veculos movidos por

    combustveis derivados do petrleo. Esses so alguns dos fatores que

    incrementam as emisses atmosfricas e mostram a necessidade de um

    equacionamento dentro de um contexto social organizado, alm das metas j

    alcanadas pelo PROCONVE.

    A busca pela sustentabilidade em escala local, regional e planetria,

    no setor de transporte de passageiros e de mercadorias exige um enfoque amplo

    e integrado de aes, tanto de carter tecnolgico, na reduo das suas

    emisses, como de medidas no tecnolgicas. A percepo pblica dos

    problemas, seus efeitos negativos e os elevados custos ambientais e sociais

    difusos impostos por este setor a toda a nao brasileira e ao planeta,

    desempenham um importante papel na concepo e na implementao das

    medidas necessrias e apropriadas.

  • 9

    A partir do Inventrio de Emisses Atmosfricas de Fontes Mveis

    para o Rio Grande do Sul, do monitoramento da qualidade do ar e da

    sobreposio de dados tcnicos disponveis no Estado, o Plano prope

    alternativas de controle da emisso de fontes mveis e aes de gesto visando

    a reduo das emisses de poluentes.

    2. OBJETIVO

    A qualidade do ar no Rio Grande do Sul est condicionada ao

    planejamento e aes que uma vez executadas resultam nas redues dos

    ndices de poluio.

    O PCPV objetiva atender ao disposto na Resoluo CONAMA N

    418/2009 no Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que a intensa circulao dos

    veculos automotores em regies urbanas constitui a mais importante fonte de

    rudos e de poluentes atmosfricos que lanados praticamente ao nvel do solo,

    tornam-se particularmente nocivos sade e ao bem estar da populao.

    Este Plano constitui-se de um conjunto de aes de gesto com o

    objetivo de estabelecer os programas e as diretrizes para promover a reduo da

    poluio atmosfrica veicular e dos rudos gerados pela frota de veculos em

    circulao no Estado do Rio Grande do Sul.

  • 10

    3. CONSIDERAES GERAIS

    3.1. PROCONVE

    O PROCONVE estabelecido e regulamentado desde 1986 pelo

    CONAMA, atravs de vrias Resolues e suportado pela Lei N 8.723/93,

    estabelece as diretrizes, prazos e padres legais de emisses admissveis para

    as diferentes categorias de veculos e motores, nacionais e importados.

    O PROCONVE foi baseado na experincia dos pases

    desenvolvidos e exige que os veculos e motores novos atendam a limites

    mximos de emisso, em ensaios padronizados e com combustveis de

    referncia.

    O Programa impe ainda a certificao de prottipos, veculos,

    combustveis alternativos, o recolhimento e o reparo dos veculos ou dos motores

    em desconformidade com a produo ou o projeto e probe a comercializao dos

    modelos de veculos no homologados segundo seus critrios.

    Todos os novos modelos de veculos e motores nacionais e

    importados so submetidos obrigatoriamente homologao quanto emisso

    de poluentes. Para tal, so analisados os parmetros de engenharia do motor e

    do veculo relevantes emisso de poluentes, sendo tambm submetidos a

    rgidos ensaios de laboratrio, onde as emisses reais so quantificadas e

    comparadas aos limites mximos em vigor.

    O PROCONVE baseado na Resoluo CONAMA 315/02,

    estabelece novas etapas e limites para o controle das emisses de veculos

    leves, pesados e motores de aplicao veicular e considera a qualidade do

    combustvel e a concepo tecnolgica do motor como os principais fatores da

    emisso dos poluentes.

    Para a obteno da menor emisso possvel, faz-se necessrio

    dispor de tecnologias avanadas de combusto e de dispositivos de controle de

    emisso, bem como de combustveis "limpos" (baixo potencial poluidor).

  • 11

    O gerenciamento nacional fica a cargo do IBAMA, com a

    participao da Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB como

    agente tcnico conveniado que, juntamente com aquele Instituto, co-

    responsvel pela implantao, operacionalizao e atualizao tcnica do

    PROCONVE.

    3.2. PADRES DE QUALIDADE DO AR

    Os padres de qualidade do ar definem legalmente o limite mximo

    para a concentrao de um poluente na atmosfera, que garantam a proteo da

    sade e do meio ambiente.

    Os padres nacionais foram estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de

    Meio Ambiente - IBAMA e aprovados pelo CONAMA por meio da Resoluo

    CONAMA-03/90.

    So estabelecidos dois tipos de padres de qualidade do ar: os

    primrios e os secundrios.

    So padres primrios de qualidade do ar as concentraes de

    poluentes que, se ultrapassadas, podero afetar a sade da populao. Podem

    ser entendidos como nveis mximos tolerveis de concentrao de poluentes

    atmosfricos, constituindo-se em metas de curto e mdio prazos.

    So padres secundrios de qualidade do ar as concentraes de

    poluentes atmosfricos abaixo das quais se prev o mnimo efeito adverso sobre o

    bem estar da populao. O objetivo do estabelecimento de padres secundrios

    criar uma base para uma poltica de preveno da degradao da qualidade do ar.

    Os parmetros regulamentados so os seguintes: partculas totais

    em suspenso, fumaa, partculas inalveis, dixido de enxofre, monxido de

    carbono, oznio e dixido de nitrognio. Os padres nacionais de qualidade do ar

    so apresentados na Tabela 1.

  • 12

    Tabela 1. Padres da Qualidade do Ar

    1 No deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 Mdia geomtrica anual. 3 Mdia aritmtica anual

    No Estado do Rio Grande do Sul, o CDIGO ESTADUAL DO MEIO

    AMBIENTE, institudo pela Lei N 11520 de 03/08/2000, visando implementar

    uma poltica de preveno da deteriorao significativa da qualidade do ar, em

    seu Captulo III - Da Utilizao e Conservao do Ar, artigos 145 153, Anexo II,

    determina que, em reas de Classe I e II, sejam aplicados os Padres

    Secundrios de Qualidade do Ar.

    Os poluentes so classificados como poluentes primrios, quando

    gerados diretamente na atmosfera pelas fontes emissoras, ou poluentes

    secundrios, produzidos por reaes qumicas a partir de precursores. Por

    exemplo, o oznio um poluente secundrio gerado pelos poluentes primrios,

    xidos de nitrognio (NOx) e compostos orgnicos volteis VOCs. Os poluentes

    contemplados pela Legislao so utilizados como indicadores da qualidade do

    Padres nacionais de qualidade do ar

    (Resoluo CONAMA n 03 de 28/06/90)

    Poluente Tempo de

    Amostragem

    Padro

    Primrio

    g/m

    Padro

    Secundrio

    g/m

    Mtodo de

    Medio

    partculas totais

    em suspenso

    24 horas1

    MGA2

    240

    80

    150

    60

    amostrador de

    grandes volumes

    partculas

    inalveis

    24 horas1

    MAA3

    150

    50

    150

    50

    Separao

    inercial/filtrao

    fumaa 24 horas1

    MAA3

    150

    60

    100

    40 Refletncia

    dixido de

    enxofre

    24 horas1

    MAA3

    365

    80

    100

    40 pararosanilina

    dixido de

    nitrognio

    1 hora1

    MAA3

    320

    100

    190

    100 quimiluminescncia

    monxido de

    carbono

    1 hora1

    8 horas1

    40.000

    35 ppm

    10.000

    9 ppm

    40.000

    35 ppm

    10.000

    9 ppm

    infravermelho

    no dispersivo

    oznio 1 hora1 160 160 quimiluminescncia

  • 13

    ar.

    A populao informada sobre a qualidade do ar a partir do ndice

    de Qualidade do Ar (IQAr), que transforma as concentraes medidas dos

    diversos poluentes em um nico valor adimensional, obtido por uma funo linear

    segmentada, cujos pontos de inflexo representam os Padres Nacionais de

    Qualidade do Ar e os nveis de qualidade para episdios crticos de poluio.

    Tabela 2 -Padres e Classificao da Qualidade do Ar

    QUALIDADE NDICE Nveis de Cautela

    Sade

    PADRO DE

    QUALIDADE DO AR

    BOA 0-50 Limitada pelo Padro

    de Qualidade Anual

    REGULAR 51-100 Limitada pelo Padro

    de Qualidade de Curto

    Perodo

    INADEQUADA 101-200 Grupos Sensveis

    Insalubre

    Acima do Padro de

    Qualidade

    M 201-300 Muito Insalubre Acima do Nvel de

    Ateno

    PSSIMA 301-400 Perigoso Acima do Nvel de

    Alerta

    CRTICA Acima de 400 Muito Perigoso Acima do Nvel de

    Emergncia

    Fonte: FEPAM

    3.2.1. REDE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR DA

    FUNDAO ESTADUAL DE PROTEO AMBIENTAL HENRIQUE LUS

    ROESSLER - FEPAM

    Atualmente a rede compreende 12 estaes de monitoramento de

    Partculas Totais em Suspenso (PTS), Partculas Inalveis (PI10) e Dixido de

    Enxofre (SO2), como apresentado na Tabela 3 a seguir:

  • 14

    FIGURA 1. Pontos de Monitoramento da Qualidade do Ar no RS

    3.2.2. REDE MANUAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

    Atualmente a rede compreende 12 estaes de monitoramento de Partculas

    Totais em Suspenso (PTS), Partculas Inalveis (PI10) e Dixido de Enxofre

    (SO2), como apresentado na Tabela 3 a seguir:

    FIGURA 2. PONTOS DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR NO RS

  • 15

    TABELA 3. Localizao das Estaes de Monitoramento Manual

    N no

    mapa Municpio Estao Localizao

    Parmetros de

    Monitoramento

    1 Porto Alegre Jardim Botnico / 8

    DISME

    Estao Meteorolgica

    do 8 Distrito de

    Meteorologia do INMET

    PI10, PTS, SO2

    2 Porto Alegre So Joo / Benjamin

    Constant*

    Na rtula das Av.

    Benjamin Constant com

    D. Pedro II

    PTS, SO2

    3 Porto Alegre Anchieta / CEASA

    Centrais de

    Abastecimentos do RS,

    Av. das Indstrias

    PI10, PTS, SO2

    4 Charqueadas CORSAN Estao da CORSAN PI10, PTS, SO2

    5 Estncia Velha Hospital

    Getlio Vargas

    Ao lado da Casa

    Morturia e nos fundos

    do Hospital Getlio

    Vargas

    PTS, SO2

    6 Montenegro Parque Centenrio Parque Centenrio PTS, SO2

    7 Triunfo III Plo Petroqumico SINE, no III Plo

    Petroqumico PTS, SO2

    8 Caxias do Sul Centro Administrativo Junto ao Centro

    Administrativo Municipal PTS, SO2

    9 Rio Grande CORSAN

    Junto Estao da

    CORSAN, na Vila

    Hidrulica

    PTS, SO2

    10 Rio Grande Praa Montevidu Praa Montevidu, no

    centro da cidade PTS, SO2

    11 Rio Grande CEEE

    Junto Estao de

    Rebaixamento de

    Tenso da CEEE

    PTS, SO2

    12 Rio Grande Rdio Cassino Junto s antenas da

    Rdio Cassino PTS, SO2

    * desativada em julho de 2001

    Tabela 4. Mtodos de medio dos poluentes na Rede Manual:

  • 16

    Poluente Mtodo

    Partculas Inalveis - PI10 Separao Inercial/ Filtrao

    Partculas Totais em Suspenso - PTS Amostrador de Grandes Volumes

    Dixido de Enxofre - SO2 Titulometria - Perxido de Hidrognio

    3.2.3.REDE AUTOMTICA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

    (AR DO SUL)

    A rede de monitoramento da qualidade do ar da FEPAM composta

    por estaes fixas, que se constituem, cada uma delas, de um container dotado

    de equipamentos de anlise, necessrios e inerentes sua rea de abrangncia,

    e mais uma estao mvel (trailer rebocvel) para deslocamento aos locais de

    interesse no previstos pelas fixas.

    Os parmetros meteorolgicos armazenados so periodicamente

    utilizados na modelagem da disperso de poluentes atmosfricos.

  • 17

    Tabela 5. Localizao das Estaes Automticas

    N no

    mapa Municpio Estao Localizao

    Parmetros de

    Monitoramento

    1 Porto Alegre Centro

    /Rodoviria Largo Edgar Kotz

    PI10, SO2, H2S, CO,

    NOx, O3

    2 Porto Alegre Santa Ceclia

    /Silva S Av. Silva S, 340

    PI10, SO2, CO, NOx,

    O3

    3 Porto Alegre Jardim Botnico

    /ESEF

    Escola Superior de

    Educao Fsica da

    UFRGS, Rua Felizardo

    Furtado, 488.

    PI10, SO2, CO, NOx,

    O3

    4 Canoas Canoas/V

    COMAR

    V Comando Areo da

    Regio Sul, Rua

    Guilherme Schell, 3950

    PI10, SO2, O3

    5 Sapucaia do Sul Sapucaia/SESI Rua Lcio Bittencourt 1080 PI10, SO2, CO, NOx,

    O3

    6 Triunfo Montenegro/

    Plo Petroqumico Brigada Militar

    PI10, SO2, H2S, CO,

    NOx, O3

    7 Caxias do Sul Caxias/So Jos Rua Luiz Fachin, 620 PI10, SO2

    8 Esteio Esteio/Vila

    Ezequiel

    Rua Ezequiel Nunes Filho,

    3

    PI10, SO2, NOx, O3,

    CO, Hidrocarbonetos

    e Parmetros

    Meteorolgicos

    9 Canoas Canoas/Parque

    Universitrio Rua Viana Moog, 101

    PI10, SO2, NOx, O3,

    CO, Hidrocarbonetos

    e Parmetros

    Meteorolgicos

    10 Diversos Mvel Circula pelo Estado PI10, SO2, H2S, CO,

    NOx, O3

    Central de Monitoramento Automtico da Qualidade do Ar / DLABAR (de recepo dos dados telemtricos)

    na sede da FEPAM, rua Carlos Chagas 55, sala 701, Centro, Porto Alegre.

  • 18

    Tabela 6. Mtodos de medio dos poluentes na Rede Automtica:

    Poluente Mtodo

    Partculas Inalveis - PI10 Radiao Beta

    Dixido de Enxofre - SO2 Fluorescncia Ultravioleta

    Monxido de Carbono - CO Absoro de radiao infravermelho

    xidos de Nitrognio - NOx Quimiluminescncia

    Oznio - O3 Fotometria Ultravioleta

    Os pontos de monitoramento da rede automtica podem ser

    agrupados segundo a influncia do tipo de fonte predominante: veicular ou

    industrial. No significa que a influncia exclusiva de uma ou de outra origem, o

    objetivo apenas destacar a contribuio de poluio dominante.

    Em ordem decrescente de influncia veicular as estaes podem ser

    assim listadas: Rodoviria, Bombeiros, Canoas, ESEF, Sapucaia e Caxias. Na

    mdia, as maiores concentraes de PI10 e NO2, SO2 e CO foram observadas nas

    estaes Rodoviria e Bombeiros, respectivamente.

    A FEPAM tambm desenvolve pesquisas em reas crticas, incluindo

    a regio metropolitana de Porto Alegre, utilizando amostradores de sua rede

    Automtica, alm de equipamentos para partculas menores (PM2,5), visando

    relacionar concentrao de material particulado, composio qumica e efeitos

    genotxicos.

  • 19

    3.3. POLUENTES ATMOSFRICOS, EFEITOS GERAIS SOBRE A SADE E EFEITOS GERAIS AO MEIO AMBIENTE

    TABELA 7. Poluentes, Caractersticas, Fontes e Efeitos

    POLUENTES CARACTERSTICAS FONTES PRINCIPAIS

    EFEITOS GERAIS SOBRE

    A SADE

    EFEITOS AO MEIO

    AMBIENTE Partculas totais em Suspenso (PTS)

    Partculas de Materiais slidos ou lquidos que ficam suspensos no ar, na forma de poeira neblina aerossol fumaa fuligem, etc. Faixa de tamanho

  • 20

    3.3.1. ASPECTOS METEOROLGICOS

    Nos ltimos 50 anos, a atividade humana, sobretudo a queima de

    combustveis fsseis, emitiu quantidades de CO2 e outros gases-estufa

    suficientes para afetar o clima no mundo. A concentrao atmosfrica de dixido

    de carbono aumentou mais de 30% em relao poca pr-industrial, fazendo

    com que a atmosfera fique mais quente. As conseqncias para o clima traro

    diversos riscos sade, desde mortes causadas por temperaturas extremamente

    altas at a mudana nos padres de doenas infecciosas.

    Intensas variaes de temperatura de curto prazo afetaro

    seriamente a sade, gerando ondas de calor (hipertermia) e de frio (hipotermia) e

    aumentando o nmero de mortes relacionadas a doenas respiratrias e do

    corao. Estudos recentes apontam que os recordes de temperatura do vero

    europeu de 2003 esto relacionados a cerca de 70 mil mortes a mais do que em

    perodos anteriores.

    A elevao do nvel do mar - outra conseqncia do aquecimento

    global - aumenta o risco de inundaes na costa e pode levar a deslocamento de

    pessoas. Hoje, mais de metade da populao mundial mora a at 60 quilmetros

    do litoral.

    A falta de periodicidade da chuva compromete o fornecimento de

    gua. A escassez de recursos hdricos afeta hoje 40% da populao mundial. A

    falta de gua estimula pessoas a transport-la por longas distncias, o que

    aumenta as chances de contaminao.

    Por seu turno, as condies climticas tm influncia nas doenas

    transmitidas pela gua, assim como as transmitidas por vetores como os

    mosquitos.

    Assim, o aumento das temperaturas no mundo e uma inconstncia

    dos perodos de chuva diminuiro as reas de plantao e sua qualidade em

    pases pobres, onde a alimentao j um problema. A Organizao Mundial da

    Sade OMS - cita Mali como exemplo. A no ser que medidas sejam tomadas,

  • 21

    as alteraes no clima mundial iro dobrar, at o ano de 2050, o percentual da

    populao com risco de morrer de desnutrio.

    Existem diversas atitudes possveis para diminuir a emisso de

    gases-estufa e amenizar seus efeitos no clima e, conseqentemente, na sade

    mundial: promover um transporte pblico de qualidade, incentivar o uso de

    transportes alternativos, reduzir o consumo de gua e de energia, entre outros.

    No caso dos transportes, essas medidas tambm diminuiro o nmero de mortes

    no trnsito, mas, mais do que isso, iro melhorar a condio do ar, permitindo

    uma queda no nmero de mortes por doenas cardiorrespiratrias.

    (Fonte: Organizao Mundial de Sade)

    3.3.2. POLUENTES ATMOSFRICOS E OS IMPACTOS NA SADE

    A convivncia dos seres vivos, em especial a do homem, com a

    poluio do ar tem trazido conseqncias srias para a sade. Os efeitos dessa

    exposio tm sido marcantes e plurais quanto abrangncia. Em pases

    desenvolvidos e em desenvolvimento, crianas, adultos e idosos, previamente

    doentes ou no, sofreram e ainda sofrem seus malefcios, como citado

    anteriormente.

    As principais fontes poluidoras, que so os veculos automotores e

    as indstrias, esto presentes em todos os grandes centros urbanos. Nas ltimas

    trs dcadas, o melhor conhecimento das origens, composies,

    comportamentos, interaes e os mecanismos de ao desses verdadeiros

    inimigos da sade pblica tm mobilizado esforos e recursos tecnolgicos e

    financeiros diversos. Estudos observacionais tm procurado mostrar, com

    resultados cada vez mais significativos, efeitos de morbidade e mortalidade

    associados aos poluentes do ar.

    Devem ser ressaltados ainda os riscos ocasionados por substncias

    qumicas adsorvidas ao material particulado fino e que podem ser levadas para

    diferentes nveis do sistema respiratrio. O tamanho e a composio dessas

    partculas determinam seu comportamento no sistema respiratrio e o tempo de

  • 22

    residncia no ambiente. Estudos epidemiolgicos tm associado agravos sade

    e exposio a esse material particulado fino ressaltando doenas respiratrias,

    mortalidade em geral, cncer de pulmo e mortalidade cardiopulmonar (Pope III et

    al, 1995 ; 2002).

    Estudos j realizados na FEPAM, em consonncia com os

    desenvolvidos em outros pases, mostram que os efeitos sade esto

    relacionados reatividade de determinados compostos no organismo. Pesquisas

    utilizando biomarcadores comprovam efeitos genotxicos relacionados a

    compostos adsorvidos no material particulado em ambientes urbanos e

    industriais.

    Os avanos na definio dos efeitos e da composio do material

    particulado inalvel apontam para uma ateno necessidade de padres de

    concentrao mais restritivos na legislao visando proteo sade humana

    Os principais poluentes atmosfricos so:

    Monxido de carbono (CO): resulta da oxidao parcial do carbono, que

    regida pela quantidade de oxignio disponvel no momento da queima. A relao

    ar e combustvel adotada pode aumentar, de maneira considervel, a quantidade

    de CO emitida. Isto, em parte, explica a menor emisso de CO dos carros a

    lcool, que permite uma regulao mais elevada de ar do que nos carros a

    gasolina. Esta substncia conhecida pelo seu efeito letal quando inalada, pois

    combina com a hemoglobina do sangue, diminuindo a capacidade de oxigenao

    do crebro, do corao e de outros tecidos orgnicos. Pode provocar tonturas, dor

    de cabea, sono e reduo de reflexos, chegando a caso extremo, dependendo

    das condies de confinamento, resultar em morte. Sua ao maior de efeito

    local, abrangendo quarteires de uma rea urbana prximos s fontes emissoras.

    xidos de nitrognio (NOx): resultam da combinao do oxignio e nitrognio

    presentes no ar admitido pelo motor, em condies de altas temperaturas e

    presses. Os NOx podem provocar irritao e constrico das vias respiratrias,

    diminuem a resistncia orgnica, participam do desenvolvimento do enfisema

  • 23

    pulmonar e semelhana dos hidrocarbonetos, se envolvem , de forma ativa, nas

    reaes fotoqumicas que do origem ao smog . Em contato com o vapor d gua,

    o dixido de nitrognio transforma-se em cido ntrico podendo estar presente na

    chuva cida.

    xidos de enxofre (SOx): resultam da oxidao do enxofre existente no

    combustvel. Os xidos de enxofre se absorvidos pelo trato respiratrio superior

    podem provocar tosse, sensao de falta de ar, respirao ofegante,

    rinofaringites, diminuio da resistncia orgnica s infeces, bronquite crnica e

    enfisema pulmonar. A ao dos xidos de enxofre ocorre a nvel local, regional e

    continental. O dixido de enxofre ao reagir na atmosfera propicia a formao de

    partculas de cido sulfrico e de sais de sulfato, podendo tambm participar na

    composio da chuva cida.

    Material particulado (MP): constitudo de partculas diminutas, que se formam

    da queima incompleta dos combustveis e de seus aditivos bem como do

    desgaste de pneus e freios. Os veculos a gasolina apresentam emisses de

    partculas de carbono, as quais servem de transporte para outras substncias,

    como os hidrocarbonetos. Os particulados finos apresentam uma grave ameaa

    sade ao se instalarem nos tecidos pulmonares e podem atuar a nvel local,

    regional e continental.

    Aldedos (R-CHO): so formados pela oxidao incompleta dos combustveis,

    especialmente, no caso do lcool anidro. Constituem-se numa classe de

    poluentes caracterizada principalmente pelos aldedos actico e frmico. A

    toxidade dos aldedos , geralmente, caracterizada por irritao dos olhos, nariz

    garganta e epiderme. H evidncias de que o aldedo frmico, que tambm

    formado durante a queima da gasolina, apresenta caractersticas carcinognicas.

    Alm da ao txica, os aldedos, analogamente s emisses de evaporao e de

    combustvel no queimado, participam das reaes fotoqumicas na atmosfera.

    Deve-se observar que a solubilidade dos aldedos nas gotculas

    dgua e aerossis, presentes na atmosfera, possibilitam a reao com outras

  • 24

    substncias tambm solveis, como os compostos de enxofre, fato que acaba por

    envolver os aldedos no processo de formao de chuvas e nevoeiros cidos.

    Dixido de carbono (CO2): na acepo da palavra no tem sido considerado

    como um poluente devido a sua baixa toxidade. Entretanto, devido a sua intensa

    participao nos desequilbrios que afetam o efeito estufa e das implicaes a

    nvel global h uma ateno particular quanto emisso desta substncia que

    objeto de acompanhamento e superviso permanente por diversos organismos

    nacionais e internacionais. De uma maneira geral, o CO2 est presente tanto nos

    veculos a gasolina, como a lcool e a misturas lcool/gasolina. Argumenta-se

    que o CO2 emitido pelo uso do lcool seria contrabalanado pelo processo de

    fixao desta substncia, necessrio para o desenvolvimento da cana de acar,

    ou qualquer outra cultura visando produo de combustveis, resultando na

    retirada deste gs da atmosfera. Esta caracterstica colocaria o lcool em

    vantagem sobre a gasolina, pois pelo fato de no ser renovvel, no ocorre a

    reciclagem do CO2, acarretando, portanto, o seu acmulo na atmosfera. Esta

    argumentao apresenta, entretanto, algumas controvrsias, visto que, h a

    contraposio de que outras culturas, que no a da cana de acar, que

    estiverem ocupando a rea destinada produo do lcool, tambm estaria.

    Apesar de no se ter no Estado um estudo detalhado dos efeitos da

    poluio veicular sobre a sade pblica, conforme informaes obtidas junto ao

    Centro Estadual de Vigilncia Sanitria CEVS foram elencadas as principais

    doenas respiratrias diagnosticadas na populao que provavelmente tm seus

    efeitos originados ou acentuados devido m qualidade do ar.

    Os levantamento dos dados dos ltimos 5 anos pelo CEVS

    demonstraram diferentes cenrios sobre os nmeros de internaes por faringite,

    amigdalite, laringite, traquete aguda, pneumonia, bronquite e bronquiolite agudas

    nas macrorregies do Estado e o custo que estas internaes acarretaram aos

    cofres do RS.

  • 25

    3.4. POLUIO SONORA

    Os centros urbanos tm sido cada vez mais, alvos de relevante

    desconforto ambiental no que se concerne poluio sonora, fato que contribui

    significativamente para a deteriorao da qualidade de vida humana. Segundo

    pesquisas realizadas a partir de 1970 pela OMS, as principais capitais brasileiras

    j vm figurando entre as cidades mais ruidosas no contexto mundial.

    A poluio sonora um dos problemas ambientais mais graves nos

    grandes centros urbanos, sendo uma ameaa constante ao homem. A nocividade

    do rudo est diretamente relacionada ao seu espectro de freqncias,

    intensidade da presso sonora, direo da exposio diria, bem como

    suscetibilidade individual. Embora exista legislao especfica que regula os

    limites de emisso de rudos e estabelece medidas de proteo para a

    coletividade dos efeitos danosos da poluio sonora, o que se constata que os

    nveis de rudo existentes nas mais diversas atividades cotidianas esto acima de

    todos os valores determinados pelas legislaes, tanto a nvel nacional como

    internacional.

    A conscientizao do problema por parte da populao, aliada a

    outras medidas de preveno, seria uma valiosa contribuio para a reduo do

    rudo urbano.

    No dia-a-dia, um grande nmero de pacientes, sem antecedentes

    clnicos, procura os servios de audiologia com a queixa de diminuio da

    audio e com os limiares auditivos alterados, desconhecendo o nexo causal

    entre a perda auditiva e a exposio ao rudo.

    de grande importncia que as pessoas sejam esclarecidas quanto

    s alteraes auditivas irreversveis que a exposio excessiva ao rudo pode

    causar. Programas de conscientizao e preveno em relao ao prejuzo para a

    sade devem ser implementados por fonoaudilogos e outros profissionais, bem

    como a aplicao efetiva da legislao, visando melhoria da qualidade da vida

    da populao.

  • 26

    A resoluo do Conama de 08/1993 apresenta os nveis de rudo dB(A) de

    acordo com o tipo de veculo, Tabela 8, e ainda resolve sobre os limites mximos

    de emisso de rudo para veculos novos, Tabela 9.

    Tabela 8. Resoluo CONAMA

    Nvel de Rudo dB(A) Diesel

    CATEGORIA DESCRIO

    Otto Injeo Direta

    Injeo Indireta

    Veculo de passageiro at nove lugares e veculo de uso misto derivado de automvel

    77 78 77

    PBT at 2000kg 78 79 78 Veculo de passageiros, com mais de nove lugares, veculo de carga ou de trao, veculo de uso misto no derivado de automvel

    PBT acima de 2000kg e at 3500kg

    79 80 79

    Potncia mxima abaixo de 150kW (204 CV)

    80 80 80 Veculo de passageiros, com mais de nove lugares, e PBT acima de 3500kg

    Potncia mxima igual ou maior que 150kW (204 CV)

    83 83 83

    Potncia mxima abaixo de 75 kW (102 CV)

    81 81 81

    Potncia mxima entre 75kW e 150kW (102 CV e 204 CV)

    83 83 83

    Veculo de carga com PBT acima de 3500kg

    Potncia mxima igual ou superior 150kW (204 CV)

    84 84 84

    Fonte: Resoluo CONAMA 08/93. Designao de veculos conforme NBR- 6067; PBT: Peso Bruto Total; Potncia efetiva lquida mxima (NBR 5484); Limites mximos de rudos conforme NBR 8433 Veculo em acelerao

    Tabela 9. Limite mximos de emisso de rudo para veculo novos de duas rodas e assemelhados CATEGORIA NVEL DE RUDO

    1 FASE dB(A) NVEL DE RUDO 2 FASE dB(A)

    At 80 cm3 77 75 81 cm3 a 125 cm3 80 77 126 cm3 a 175 cm3 81 77 176 cm3 a 350 cm3 82 80 Acima 350 cm3 83 80

  • 27

    3.5. INFLUNCIA DA MANUTENO MECNICA DOS VECULOS E A

    RELAO COM OS ACIDENTES NO RS

    A falta de manuteno preventiva e a precria manuteno corretiva

    de motores contribuem para o aumento das emisses de poluentes e dos

    acidentes da frota em circulao. Estudos realizados pelo Grupo de Manuteno

    Automotiva GMA, um frum permanente composto por entidades que formam a

    cadeia produtiva da reposio automotiva, mostram que a implantao da

    Inspeo Tcnica Veicular pode reduzir em at 30% o nmero de acidentes.

    Os itens de segurana (direo, freios, suspenso, pneus e rodas)

    quando no esto em boas condies podem colocar em risco a segurana do

    motorista, ocupantes e terceiros. Estudos sugerem que a Inspeo Tcnica

    Veicular auxilia na formao de uma cultura de manuteno veicular.

    O conceito de acidente diz que este [...] um evento independente

    do desejo do homem, causado por uma fora externa, alheia, que atua

    subitamente (de forma inesperada) e deixa ferimentos no corpo e na mente.

    Alternativamente, pode-se considerar um acidente um evento no intencional

    que produz ferimentos ou danos. (IPEA e DENATRAN, 2006).

    No pas, em mdia, 35 mil pessoas morrem a cada ano em

    acidentes de trnsito. Sabe-se que muitos acidentes no so acidentes, sendo

    resultado da combinao dos fator humano, do veculo e da infra-estrutura e que

    podem ser evitados pela ao do homem. Dados do Departamento Estadual de

    Trnsito do Rio Grande do Sul - DETRAN/RS indicam a ocorrncia de quase 60

    mil veculos envolvidos em acidentes no ano de 2009, conforme Tabela 10.

  • 28

    Tabela 10. Total de veculos envolvidos em acidentes no RS, em 2009 (adaptado de

    DETRAN-RS, 2010).

    Veculos Federal Estadual Municipal TOTAL

    Automvel 4.383 5.464 16.932 26779

    Motocicleta e

    Motoneta 2.707 3.382 10.806 16896

    Caminho e

    Caminho Trator 1.017 1.229 3.679 5925

    Caminhonete e

    Camioneta 593 734 2.218 3545

    nibus e

    Micronibus 169 208 652 1029

    Trator 39 51 166 257

    Bicicleta 268 336 1.074 1678

    Reboques e

    Semi-reboques 260 296 879 1435

    Outros 173 223 676 1072

    Os automveis esto entre os maiores envolvidos em acidentes no ano de

    2009, como mostra a figura 3. Porm, quando relativizado frota licenciada, os

    caminhes e caminhes tratores, seguidos de perto pelos nibus e micronibus,

    mostram-se os principais envolvidos em acidentes, demonstrado na Figura 4.

    Tipos de veculos envolvidos em acidentes em 2009 no RS

    26779

    16896

    59253545

    1029 2571678 1435 1072

    Automvel M otocicletae M otoneta

    Caminho eCaminho

    Trator

    Caminhonetee Camioneta

    nibus eM icronibus

    Trator Bicicleta Reboques eSemi-

    Reboques

    Outros

    FIGURA 3. Tipos de veculos envolvidos em acidentes em 2009 RS

  • 29

    Quantidade de Veculos a cada 10.000 da Frota do RS envolvidos em Acidentes em 2009 (taxa por tipo de veculo) -

    Estimativa

    101,2

    199,4

    288,5

    93,4

    248,5

    Automvel Motocicleta eMotoneta

    Caminho eCaminho Trator

    Caminhonete eCamioneta

    nibus eMicronibus

    FIGURA 4. Estimativa da quantidade de veculos a cada 10.000 da frota do RS envolvidos em

    acidentes em 2009

    Quando se observam os veculos envolvidos em acidentes de trnsito

    com vtimas fatais, tambm temos os automveis como principais envolvidos.

    Neste cenrio, considerando acidentes com mortes, quando relacionados frota

    licenciada, os nibus e micronibus so isoladamente os principais envolvidos em

    acidentes com vtimas fatais, figura 5.

    Tipos de Veculos envolvidos em Acidentes com Morte em 2009 no RS

    687

    412

    289

    159112

    11 473

    41

    Automvel M otocicleta eM otoneta

    Caminho eCaminho

    Trator

    Caminhonetee Camioneta

    nibus eM icronibus

    Trator B icicleta Reboques eSemi-

    Reboques

    Outros

    FIGURA 5. Tipos de veculos envolvidos em acidentes com morte em 2009 no RS

  • 30

    Alm de um problema de transporte e sade, os acidentes de

    trnsito criam tambm problemas econmicos, visto que os principais envolvidos

    em acidentes com vtimas fatais so homens, cerca de 80%, e jovens, a maioria

    entre 18 e 24 anos. Considerando a expectativa de vida destas vtimas e

    potencial produtivo, percebe-se a perda econmica resultante das mortes no

    trnsito.

    Dados de 2005 indicam que o custo anual dos acidentes de trnsito

    nas rodovias brasileiras foi de cerca de R$ 22 bilhes, o que equivale a 1,2% do

    PIB brasileiro (IPEA e DENATRAN, 2006). Um acidente com vtimas nas

    rodovias brasileiras tem um custo mdio de R$ 418.341, enquanto em reas

    urbanas este custo de R$ 144.478. A maior parte refere-se perda de

    produo, associada morte das pessoas ou interrupo de suas atividades,

    seguido dos custos de cuidados em sade e os associados a danos materiais,

    principalmente veculos.

    Vtimas Fatais do Trnsito em 2009 no RS por Gnero

    0,6%

    19,0%

    80,4%

    Sexo Masculino Sexo Feminino No Identificados

    FIGURA 6. Vtimas fatais do trnsito em 2009 no RS por gnero

  • 31

    Vtimas Fatais no Trnsito em 2009 no RS por Faixa Etria

    81

    108118117108126

    159

    305

    41

    73

    223

    18

    0-11 12-17 18-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60+ No Ident FIGURA 7. Vtimas fatais no trnsito em 2009 no RS por faixa etria

    Na busca por aes que promovam a reduo da ocorrncia e da

    severidade dos acidentes necessrio entender o acidente como resultado de

    uma falha no sistema composto pelo fator humano, fator veicular e fator virio

    ambiental. importante entender que um acidente ocorre por uma combinao

    dos fatores mencionados. A Figura 8 apresenta uma estimativa do envolvimento

    dos fatores na ocorrncia dos acidentes (World Road Association, 2007).

    FIGURA 8. Fatores que contribuem para acidentes de trnsito (fonte: World Road

    Association, 2007)

  • 32

    notrio o avano tecnolgico das montadoras de veculos no

    intuito de aumentar a segurana de seus produtos. Equipamentos de segurana

    como, por exemplo, freios ABS, air-bags e outros equipamentos, esto entre as

    tecnologias mais modernas. Tambm as tecnologias antigas continuam tendo

    grande impacto na busca por evitar acidentes e vtimas, como o cinto de

    segurana, lanternas em bom estado, pneus em bom estado e calibrados, etc.

    Poucos so os dados sobre a condio de manuteno da frota de

    veculos do RS. O programa Agenda do Carro realizou um estudo piloto em So

    Paulo, onde recolheu informaes sobre 27 itens de mais de dois mil

    automveis. Entre os problemas mais frequentes foram identificados:

    51,3% com problemas na converso/fixao deficiente nas correias

    auxiliares;

    43,2% com problemas na conservao ou fixao deficiente da correia

    dentada;

    41,6% com limpador e lavador do pra-brisas danificados ou com

    funcionamento comprometido;

    35,0% com vazamento de leo;

    33,5% sem aditivo do sistema de arrefecimento;

    31,2% com uma ou mais lmpadas dos faris principais fora de

    funcionamento;

    29,9% com emisso de CO em marcha - lenta acima do limite;

    27,0% com extintor de incndio com validade vencida;

    20,5% com folga ou falhas no pedal da embreagem;

    19,1% com bateria vencida;

    18,0% com funcionamento deficiente da luz da placa traseira;

    17,5% com os pneus fora da especificao (sulcos com profundidade

    inferior a 1,6 mm);

    11,7% com emisso de HC em marcha - lentas acima do limite;

    10,4% com uma ou mais lmpadas da luz do freio fora de funcionamento;

    9,0% com o nvel do lquido do freio insuficiente ou vencido;

    8,5% com o nvel do lquido do arrefecimento incorreto.

  • 33

    4. INVENTRIO DE FONTES MVEIS

    Realizar um inventrio sobre a emisso de poluentes de fontes

    mveis se faz necessrio para diagnosticar o estado da qualidade do ar,

    avaliando as contribuies das emisses de poluentes pelos veculos em

    circulao.

    Entre os mtodos utilizados para elaborao de um inventrio h o

    que utiliza as estimativas dos fatores de emisso do veculo. Esses fatores estimam as emisses

    de fontes mveis quando combinados com as correes para os valores de quilometragem

    acumulada [kmAc], as estimativas de consumo de combustvel e a autonomia de combustvel da

    frota. Dados mdios locais ou regionais podem ser usados, dependendo da disponibilidade.

    A metodologia adotada neste trabalho foi baseada nos mtodos

    para elaborao de inventrios de emisses veiculares utilizada pela

    "Environmental Protection Agency", dos Estados Unidos, adequadas e corrigidas

    para a frota circulante do RS. As correes levam em considerao o praticado

    pela CETESB e pelo IEMA.

    Tendo em vista, a necessidade de um consistente embasamento

    terico para este tipo de estudo, a confiabilidade nos dados adquiridos juntos aos

    respectivos rgos e/ou Institutos so imprescindveis para que os mesmos

    permitam traduzir, a partir dos resultados gerados, a maior aproximao possvel

    das quantidades de poluentes lanadas na atmosfera.

    A partir da constatao da gravidade da poluio gerada pelos

    veculos, a CETESB, durante a dcada de 80, desenvolveu as bases tcnicas que

    culminaram com a Resoluo CONAMA N 18/1986, no estabelecimento do j

    descrito PROCONVE, posteriormente complementados por outras Resolues

    CONAMA.

    A Lei Federal N 8723 de 29 de outubro de 1993 definiu os limites de

    emisso para veculos leves e pesados.

    Os dados oriundos do DETRAN/RS consistem na informao mais

    relevante para o clculo do Inventrio. Somam-se a esses dados as informaes

  • 34

    referentes ao consumo dos combustveis gasolina, lcool e diesel, de suma

    importncia para a caracterizao das emisses atmosfricas.

    Junto Agncia Nacional do Petrleo - ANP foram obtidos os

    volumes dos combustveis consumidos. H uma considervel discrepncia entre o

    real volume consumido e os valores fornecidos pela referida Agncia, pois no

    possvel afirmar que um veculo abastecido em determinado municpio transite

    apenas no mesmo.

    Desta forma, para minimizar essas discrepncias, obter os

    resultados de emisses no RS, identificar as reas e frotas alvo e contribuir para

    o embasamento tcnico de programas de melhorias da qualidade do ar, o Estado

    foi dividido em Macrorregies.

    A determinao das Macrorregies levou em considerao os

    aspectos ambientais tais como a influncia das caractersticas geogrficas e

    climticas, as reas de possvel circulao dos veculos da regio, a diviso

    territorial utilizada pelo DETRAN/RS e o nmero de veculos.

    Os 496 municpios do Estado foram agrupados em 8 (oito)

    Macrorregies e inventariadas as emisses dos principais poluentes, em

    conformidade com os limites e parmetros exigidos na metodologia escolhida.

    De forma abrangente o inventrio foi dividido em duas etapas. Na

    primeira etapa, foram realizados o levantamento e organizao dos dados da frota

    veicular, do consumo de combustveis, da qualidade dos combustveis e da

    autonomia dos veculos e fatores de emisso obtidos junto CETESB.

    Posteriormente, dados intermedirios e emisses totais foram calculados

    aplicando-se a metodologia modificada. As tabelas com os limites de emisso

    esto apresentadas no Anexo III.

    A partir destas informaes foi possvel traar o perfil da frota e os

    veculos foram agrupados, para fins dos clculos, por tipos de combustveis, ano

    a ano de fabricao, desde pr-1980 at o ano de 2009. Neste estudo foram

    considerados apenas os veculos a combusto interna movidos pelos seguintes

  • 35

    combustveis: gasolina, lcool, flex e diesel e as motos foram consideradas

    separadamente devido a sua contribuio elevada nas emisses.

    Na segunda etapa foram calculadas as taxas de emisses

    atmosfricas, atravs da equao 1:

    E = Fe. Km. N. 10-6 (1)

    onde, E= taxa de emisso (t/ano); Fe= fator de emisso (g/km); km =

    quilometragem mdia rodada por veculo (km/dia); N= nmero de veculos.

    A equao (1) foi aplicada para cada ano de fabricao

    E ano de interesse = E ano a ano (2)

    Como o Estado no apresenta dados reais ou equipamentos

    capazes de mensurar a quilometragem mdia rodada pelos veculos, esta

    defasagem foi estimada utilizando equao de clculo das taxas de emisses

    atmosfricas:

    E = Fe. A. C. N. 10-6 (3)

    onde: E = taxa de emisso (t/ano); Fe = Fator de emisso (g/km); A = autonomia

    dos veculos (km/L); C = consumo de combustveis (L/ano); N= nmero de

    veculos.

    Na Equao 3 foram necessrias algumas adequaes devido s

    diferenas tecnolgicas dos veculos, em virtude do ano de fabricao. Desta

    maneira, esta equao resolvida efetuando-se clculos intermedirios descritos

    nos organogramas apresentados nas Figuras 9 e 10. As emisses totais para

    cada poluente no ano de interesse, foram a soma das emisses de todos os

    veculos em circulao no ano de 2009.

  • 36

    Figura 9. Organograma dos clculos Ciclo Otto.

    Figura 10. Organograma dos clculos Ciclo Diesel

    importante considerar os clculos intermedirios tendo em vista

    que um carro com tecnologia mais antiga apresenta maiores taxas de emisses

    de poluentes em comparao a um veculo zero quilmetro. Considerando o

    desgaste que ocorrem devido ao sucateamento e ao uso do veculos, foi possvel

    aproximar uma curva para os dados locais e estimar o quanto os veculos so

    Quilometragem do Veculo (km/ano)

    Consumo do Veculo (L/ano)

    km estimada da frota ponderada

    km estimada da frota corrigida

    Consumo Ponderado

    em massa (I) e (II)

    Consumo mdio da frota corrigido

    (L)

    Correo dos Fatores de Emisso devido adio de

    biodiesel

    Clculo das Emisses

    Atmosfricas (I) e (II)

    Emisses Atmosfricas Totais e por Municpios da

    RMPA

    nibus e Micronibus (I)

    Caminhes, caminhonetes e camionetas (II)

    Consumo estimado da frota (L) ponderada

    Fator de correo: ANP/ consumo

    Fatores de Emisso corrigidos para

    massa

    Fatores de Emisso por categoria (I) e (II)

  • 37

    deteriorados com o passar dos anos e, tambm uma quilometragem acumulada

    at o ano atual.

    Conforme previsto, uma conseqncia desta quilometragem

    acumulada o aumento, mesmo que sob manuteno adequada, dos fatores de

    emisso corrigidos, especialmente do CO e dos HC.

    importante ressaltar a metodologia e as correes utilizadas so

    concernentes com o utilizado no 1 Inventrio Nacional de Emisses

    Atmosfricas por Veculos Automotores Rodovirios, conforme Figuras 11 e 12.

    Figura 11. Equao apresentada no Inventrio Nacional Brasileiro

  • 38

    Figura 12. Organograma apresentado no Inventrio Nacional.

    Os fatores de emisso corrigidos para veculos usados so obtidos

    multiplicando-se os fatores de emisso dos veculos no ano em questo por um

    fator de deteriorao (FD). Como a frota veicular calculada para o final de cada

    ano, o fator de deteriorao aplicado, inclusive, nos veculos fabricados no

    ltimo ano. Desta forma, o fator de emisso corrigido para uma determinada

    quilometragem passa a ser:

    Fecorrigido = FE x FD

    O fator de deteriorao foi calculado conforme as recomendaes

    da USEPA. Contudo, no foi possvel aplicar este clculo de forma direta devido

    ao lapso de tempo entre a tecnologia dos veculos que rodam nos Estados

    Unidos e no Brasil. Assim, adotou-se para os veculos nacionais anteriores a

    1980 at 1991 os fatores de deteriorao dos modelos pr-68 dos EUA, para os

    veculos fabricados entre 1992 e 1996, os fatores dos modelos 1982 norte-

    americanos e para os veculos fabricados a partir de 1997, os fatores de

    deteriorao dos veculos modelo 1990.

  • 39

    A respeito dos fatores de emisso o Inventrio Nacional aponta as

    dificuldades existentes e justifica o uso dos fatores de emisso para

    veculos/motores novos, tambm apresentados no Anexo II.

    4.1. PERFIL DA FROTA

    O Estado do RS ocupa uma rea aproximada de 272 mil km2, com

    uma populao de 10.500.900 habitantes (IBGE,2005) com uma motorizao

    de 4.138.550 unidades e um crescimento anual mdio de aproximadamente 5%.

    As figuras 13, 14, 15 e 16 demonstram o crescimento da frota ao longo dos

    anos, a distribuio dos veculos nas macrorregies contempladas no Plano, a

    distribuio do consumo de combustveis e a distribuio por tipo de veculos,

    respectivamente.

    0500000

    100000015000002000000250000030000003500000400000045000005000000

    1998

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    2008

    2009

    Anos

    N

    de

    Ve

    culo

    s

    Figura 13. Evoluo da Frota em Circulao.

  • 40

    Distribuio Frota

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    Pr

    80

    80-8

    384

    -85

    86-8

    7 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 9920

    0020

    0120

    0220

    0320

    0420

    0520

    0620

    0720

    0820

    09

    Ano de Fabricao

    % d

    e ve

    cu

    los

    RMPA SERRA CENTRAL MISSES NORTE SUL CAMPANHA LITORAL

    FIGURA 14.Evoluo Frota Circulante por Macro Regio em 2009

    A maioria da frota circulante no Estado utiliza gasolina, com predominncia

    dos automveis e das motocicletas.

    Distribuio da Frota por Tipo de Combustvel

    Gasolina; 72,9%

    Flex; 12,6%

    GNV; 1,1%lcool; 4,6%

    Diesel; 8,8%

    GNV Flex Gasolina Diesel lcool

    FIGURA 15. Distribuio da frota por tipo de combustvel em 2009

  • 41

    Distribuio da Frota por Tipo de veculo no RS

    automveis64,27%

    nibus0,68%

    caminhonetas4,53%

    caminonetas4,75%

    caminhes4,94%

    micronibus0,31% motos

    20,52%

    automveis caminhes caminonetas caminhonetas

    nibus micronibus motos

    FIGURA 16. Distribuio da frota por tipo de veculos em 2009

    4.2. QUALIDADE E CONSUMO DOS COMBUSTVEIS

    O perfil da emisso de poluentes, com relao quantidade,

    depende do tipo de combustvel e do motor empregado. Por esta razo, um

    veculo movido a gasolina no polui da mesma forma que outro veculo a lcool,

    um veculo a diesel ou uma motocicleta. Os veculos novos so menos poluidores

    devido s solues tecnolgicas fornecidas pelas indstrias automobilsticas.

    Do ponto de vista ambiental, o Brasil j produz um dos melhores

    combustveis do mundo, sendo pioneiro em relao adio de compostos

    oxigenados gasolina - atualmente em 25% de lcool.

    O ingresso da frota de veculos movidos a GNV e/ou carter

    flexvel (lcool/gasolina) deve modificar o quadro de emisses atuais,

    promovendo a melhoria da qualidade do ar. A estimativa das emisses poder ser

    melhorada quando os postos de inspeo e manuteno forem implementados,

    pois ser possvel obter uma noo mais precisa da quilometragem rodada pela

    frota a cada ano.

    O consumo de combustveis no RS, em 2009, segundo o

    banco de dados da ANP, foi o seguinte: gasolina: 2.245.508 (m3/ano); diesel:

    2.771.292 (m3/ano); lcool : 403.028 (m3/ano).

  • 42

    Distribuio dos Combustveis RS/2009

    Gasolina C 41%

    leo Diesel 52%

    Etanol 7%

    Gasolina C

    Etanol

    leo Diesel

    FIGURA 17. Distribuio dos combustveis em 2009

    Fonte: Sistema de Informaes de Movimentao de Produtos (SIMP) 1 - Gasolina C foi composta, em

    2009, por 75% de Gasolina A e 25% de Etanol Anidro2 - Mistura de Biodiesel (3% at junho, 4% de julho

    em diante) e Diesel.

    As melhorias nos combustveis apresentam impactos diretos na

    qualidade do ar atmosfrico, podendo isto ser observado nas redues dos

    ndices de SO2 obtidos pela estao manual de monitoramento da FEPAM que

    associou a reduo das concentraes diminuio gradual dos teores de

    enxofre no diesel na poca monitorada.

    A estao de monitoramento manual realizou as medies na regio

    com elevado fluxo da frota de nibus que utilizam diesel como combustvel e os

    resultados so apresentados na Figura 18.

    FIGURA 18. Evoluo das emisses de SO2 no tempo em Porto Alegre

  • 43

    4.3. CONTRIBUIO DAS EMISSES VEICULARES NA QUALIDADE DO AR

    POR MACRORREGIES

    No que concerne abrangncia do Inventrio de Fontes Mveis

    para a elaborao do PCPV, para cada Macrorregio so apresentadas: os

    municpios que as compem, a distribuio da frota e do consumo de

    combustveis e a contribuio das emisses veiculares na qualidade do ar.

    As Macrorregies do RS

    Figura 19. As macrorregies do RS

    As emisses dos poluentes totais e a contribuio de cada Macrorregio esto

    apresentadas na Figura 20 e na Tabela 11.

    MACRO REGIES DO PCPV

    1- RMPA 2- SERRA 3- CENTRAL 4- MISSES 5- NORTE 6- SUL 7- CAMPANHA 8- LITORAL NORTE

  • 44

    Emisses Totais de Poluentes

    40%

    12%8%

    9%

    9%

    8%

    10%4% 1- RMPA

    2- SERRA

    3- CENTRO

    4- MISSES

    5- SUL

    6- CAMPANHA

    7- NORTE

    8- LITORAL

    Figura 20. Contribuio das emisses totais de poluentes no RS em 2009

    Tabela 11 . Emisses em 1000t/ano por tipo de poluente

    EMISSES ESTADO (1000ton/ano)

    NOx CO HC RCHO MP

    GASOLINA 14,80 283,81 19,11 0,21 1,62

    GASOLINA (motos)* 5,15 86,47 10,40 0,40 *

    LCOOL 7,59 54,03 2,03 * *

    DIESEL 36,84 6,52 2,09 0,78

    TOTAL 64,38 430,83 33,63 0,61 2,40

    * As emisses atmosfricas oriundas das motos so consideradas em separado devido ao perfil diferenciado de

    autonomia e consumo de combustveis e a maior contribuio nas emisses de poluentes.

    Na determinao das regies prioritrias para a implantao de

    aes devido s emisses de poluentes de origem veicular que contribuem na

    degradao do ar, sero consideradas a influncia de outros fatores alm da

    carga de poluentes lanada na regio. Sero sobrepostas informaes como

    poluio industrial, disperso dos poluentes devido aos ventos e clima da regio,

    dados de sade pblica e monitoramento da qualidade.

    Os resultados das contribuies das emisses por tipo de

    combustvel no Estado do RS demonstraram que as emisses de CO

    caractersticas do Ciclo Otto gasolina e lcool - so mais significativas que as

    emisses no Ciclo Diesel.

  • 45

    O poluente mais abundante da frota diesel o NOx. Apesar da

    quantidade absoluta das emisses de material particulado desse tipo de frota ser

    inferior gasolina, conforme Tabela 11, o resultado por nmero de veculos

    demonstra que para MP as emisses so mais expressivas na frota diesel.

    No entanto, a predominncia da circulao dos veculos movidos

    gasolina resulta em emisses totais geradas em 1000 t/ano muito maiores que os

    demais veculos, resultando a maior ordem de grandeza de emisses, conforme

    evidencia a Tabela 11.

    Na observao de qual frota contribui de forma mais adversa na

    qualidade do ar relevante considerar a eficincia dos motores no que se refere a

    combusto. Tendo em vista que no motor com ciclo Diesel a combusto se d

    atravs de alta taxa de compresso, produzindo uma queima mais completa e de

    maior eficincia, o motor com ciclo Diesel mais eficiente do que o motor Otto;

    pois, por exemplo, o motor de um caminho propulsionado a diesel possui uma

    eficincia trmica em torno de 44 a 46%, enquanto que o melhor motor com ciclo

    Otto atinge 30%.

    Os estudos disponveis referentes contribuio das fontes mveis

    na deteriorao da qualidade do ar, em consenso com os resultados apresentados

    neste inventrio permitem afirmar que:

    a circulao de veculos em grandes centros urbanos uma das principais

    fonte de emisso de rudos e da maioria dos poluentes. O SO2, apesar de no

    apresentado nos resultados uma das excees, com predominncia dos setores

    industriais e de gerao de energia;

    a circulao de veculos uma dos responsveis por uma significativa poro

    das emisses de xido de nitrognio (NOx ) e partculas inalveis ( PI10 ).

    Tambm so significativas as emisses de compostos orgnicos volteis (COVs ),

    que juntamente com os xidos de nitrognio so precursores de oznio na

    atmosfera;

    os veculos so os principais responsveis pelas emisses de monxido de

    carbono (CO), conforme demonstrado nos resultados expressos pelos inventrios

    de emisses e pelos dados de monitoramento da qualidade do ar, que acusam

  • 46

    picos de concentrao em reas e horrios de intenso fluxo de veculos. O CO o

    principal parmetro indicador da poluio veicular.

    Os clculos das contribuies atmosfricas das 8 macrorregies do RS

    apresentaram os resultados totais, em massa, para a frota gasolina, lcool e

    diesel.

    4.3. AS MACRORREGIES DO RIO GRANDE DO SUL

    4.3.1. Macrorregio 1- Regio Metropolitana de Porto Alegre - RMPA

    A macrorregio RMPA composta por 31 municpios que abrangem

    aproximadamente 10 mil km2 e uma populao 3.893.841 habitantes.

    Os municpios so:

    ALVORADA

    ARARIC

    ARROIO DOS RATOS

    CACHOEIRINHA

    CAMPO BOM

    CANOAS

    CAPELA DE SANTANA

    CHARQUEADAS

    DOIS IRMOS

    ELDORADO DO SUL

    ESTANCIA VELHA

    ESTEIO

    GLORINHA

    GRAVATA

    GUABA

    IVOTI

    MONTENEGRO

    NOVA HARTZ

    NOVA SANTA RITA

    NOVO HAMBURGO

    PAROB

    PORTO

    PORTO ALEGRE

    ST.ANTNIO DA PATRULHA

    SO JERNIMO

    SO LEOPOLDO

    SAPIRANGA

    SAPUCAIA DO SUL

    TAQUARA

    TRIUNFO

    VIAMO

  • 47

    FIGURA 21. Macrorregio RMPA

    A macrorregio RMPA possui uma frota circulante de 1.575.472 veculos.

    RMPA

    69%

    16%

    11%4%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 22. Frota Circulante Macrorregio 1 - RMPA

  • 48

    As emisses de poluentes na Macrorregio 1 RMPA - correspondem a

    40% do total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    140,00

    160,00

    180,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 23. Emisses atmosfricas da Macrorregio 1 - RMPA

    4.3.2. Macrorregio 2 - Serra

    A macrorregio Serra composta por 44 municpios que abrangem

    aproximadamente 18 mil km2 e uma populao 992.146 habitantes. Os municpios

    so:

    ANTONIO PRADO

    BENTO GONALVES

    BOA VISTA DO SUL

    BOM JESUS

    CAMBARA DO SUL

    CANELA

    CARLOS BARBOSA

    CAXIAS DO SUL

    CORONEL PILAR

    COTIPOR

    FAGUNDES VARELA

    FARROUPILHA

    FLORES DA CUNHA

    GARIBALDI

    GRAMADO

    GUAPOR

    IGREJINHA

    IP

    JAQUIRANA

    LINDOLFO COLLOR

    MONTAURI

    MONTE BELO DO SUL

    MORRO REUTER

    NOVA ARA

    NOVA BASSANO

    NOVA PDUA

    NOVA PETRPOLIS

    NOVA PRATA

    NOVA ROMA

    PICADA CAF

    PRESIDENTE LUCENA

    PROTSIO ALVES

    SANTA MARIA DO

    HERVAL

    SANTA TEREZA

    SO FRANCISCO DE

    PAULA

    SO JOS DO

    HORTNCIO

    SO JOS DOS

    AUSENTES

    SO MARCOS

    SERAFINA CORREA

    TRS COROAS

    UNIO DA SERRA

    VERANPOLIS

    VILA FLORES

    VISTA ALEGRE DO

    PRATA

  • 49

    FIGURA 24. Macrorregio 2- SERRA

    A macrorregio Serra possui uma frota circulante 489491 veculos.

    SERRA

    70%

    15%

    11%4%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 25. Frota Circulante Macrorregio 2 - SERRA

  • 50

    As emisses de poluentes na Macrorregio Serra correspondem a

    12% do total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 26. Emisses atmosfricas Macrorregio 2 - SERRA

    4.3.3. Macrorregio 3 Central

    A macrorregio Central composta por 82 municpios que abrangem

    aproximadamente 22 mil km2 e uma populao 867.522 habitantes. Os municpios

    so:

    AGUDO

    ALTO FELIZ

    ANTA GORDA

    ARROIO DO MEIO

    ARROIO DO TIGRE

    ARVOREZINHA

    BARO

    BARROS CASSAL

    BOM PRINCPIO

    BOM RETIRO DO SUL

    BOQUEIRO DO LEO

    BROCHIER

    BUTI

    CACHOEIRA DO SUL

    CANDELARIA

    CANUDOS DO VALE

    CAPITO

    CERRO BRANCO

    COLINAS

    COQUEIRO BAIXO

    CRUZEIRO DO SUL

    DIONA FRANCISCA

    DOIS LAJEADOS

    DOUTOR RICARDO

    ENCANTADO

    ENCRUZILHADA DO

    SUL

    ESTRELA

    FAXINAL DO

    SOTURNO

    FAZENDA VILANOVA

    FELIZ

    FONTOURA XAVIER

    FORMIGUEIRO

    FORQUETINHA

    GENERAL CAMARA

    GRAMADO XAVIER

    HARMONIA

    HERVEIRAS

    IBARAMA

    ILOPLIS

    IMIGRANTE

    ITAPUCA

    IVOR

  • 51

    LAGOA BONITA DO

    SUL

    LAGOO

    LAJEADO

    LINHA NOVA

    MARAT

    MARQUES DE SOUZA

    MATO LEITO

    MINAS DO LEO

    MUUM

    NOVA BRSCIA

    NOVA PALMA

    NOVO CABRAIS

    PANTANO GRANDE

    PARASO DO SUL

    PARECI NOVO

    PASSA SETE

    PASSO DO SOBRADO

    PAVERAMA

    PINHAL GRANDE

    POO DAS ANTAS

    POUSO NOVO

    PROGRESSO

    PUTINGA

    RELVADO

    RESTINGA SECA

    RIO PARDO

    ROCA SALES

    SALVADOR DO SUL

    SANTA CLARA DO SUL

    SANTA CRUZ DO SUL

    SANTA MARIA

    SO JOO DO POLESINE

    SO JOS DO HERVAL

    SO PEDRO DA SERRA

    SO SEBASTIO DO CA

    SO SEP

    SO VALENTIM

    SO VENDELINO DO SUL

    SEGREDO

    SRIO

    SILVEIRA MAIRTINS

    SINIMBU

    SOBRADINHO

    TABA

    TAQUARI

    TEUTONIA

    TRAVESSEIRO

    TUNAS

    TUPANDI

    VALE DO SOL

    VALE REAL

    VALE VERDE

    VENNCIO AIRES

    VERA CRUZ

    VESPASIANO CORREA

    WESTFALIA

    FIGURA 27. Macrorregio 3- CENTRAL

  • 52

    A macrorregio Central possui uma frota circulante 386.929 veculos.

    CENTRAL

    59%29%

    8%4%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 28. Frota Circulante Macrorregio CENTRAL

    As emisses de poluentes na Macrorregio Central correspondem a 8% do

    total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 29. Emisses atmosfricas Macrorregio 3 - CENTRAL

  • 53

    4.3.4. Macrorregio 4 Misses

    A macrorregio Misses composta por 104 municpios que

    abrangem aproximadamente 39 mil km2 e uma populao 995.731 habitantes. Os

    municpios so:

    AJURICABA

    ALECRIM

    ALEGRIA

    ALTO ALEGRE

    AUGUSTO PESTANA

    BARRA DO GUARITA

    BOA VISTA DO CADEADO

    BOA VISTA DO INCRA

    BOA VISTA DO BURICA

    BOM PROGRESSO

    BOSSOROCA

    BOZANA

    BRAGA

    CAIBATE

    CAMPINA DAS MISSES

    CAMPO NOVO

    CAMPOS BORGES

    CANDIDO GODOI

    CATUIPE

    CERRO LARGO

    CHIAPETA

    COLORADO

    CONDOR

    CORONEL BARROS

    CORONEL BICACO

    CRISSIUMAL

    CRUZ ALTA

    DERRUBADAS

    DEZESSEIS DE

    NOVEMBRO

    DOUTOR MAURICIO CARDOSO

    ENTRE IJUIS

    ESPERANA DO SUL

    ESPUMOSO

    ESTRELA VELHA

    EUGNIO DE CASTRO

    FORTALEZA DOS VALES

    GARRUCHOS

    GIRU

    GUARANI DAS MISSES

    HORIZONTINA

    HUMAITA

    IBIRAPUIT

    IBIRUB

    IJUI

    INDEPENDNCIA

    INHACOR

    ITACURUBI

    JACUIZINHO

    JOIA

    LAGOA DOS TRS

    CANTOS

    MATO QUEIMADO

    MIRAGUAI

    MORMAO

    NO ME TOQUE

    NOVA CANDELARIA

    NOVA RAMADA

    NOVO MACHADO

    PARAMBI

    PEJUARA

    PIRAP

    PORTO LUCENA

    PORTO MAU

    PORTO VERA CRUZ

    PORTO XAVIER

    QUINZE DE NOVEMBRO

    REDENTORA

    ROLADOR

    ROQUE GONZALES

    SALDANHA MARINHO

    SALTO DO JACUI

    SALVADOR DAS MISSES

    SANTA BARBARA DO SUL

    SANTA ROSA

    SANTO NGELO

    SANTO ANTNIO DAS MISSES

    SANTO AUGUSTO

    SANTO CRISTO

    SO JOSE DO INHACOR

    SO LUIZ GONZAGA

    SO MARTINHO

    SO MIGUEL DAS

    MISSES

    SO NICOLAU

    SO PAULO DS MISSES

    SO PEDRO DO BUTIA

    SO VALRIO DO SUL

    SEDE NOVA

    SELBACH

    SENADOR SALGADO

    FILHO

    SETE DE SETEMBRO

    SOLEDADE

    TAPERA

    TENENTE PORTELA

    TIO HUGO

    TIRADENTES DO SUL

    TRS DE MAIO

    TRS PASSOS

    TUCUNDUVA

    TUPARENDI

    UBIRETAMA

    VICTOR GRAEFF

    VISTA GACHA

    VITRIA DAS MISSES

  • 54

    FIGURA 30. Macrorregio 4- MISSES

    A macrorregio Misses possui uma frota circulante 389.227 veculos.

    MISSES

    57%

    5%

    12%

    26%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 31. Frota Circulante Macrorregio 4- MISSES

    As emisses de poluentes Misses correspondem a 9% do total de

    poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

  • 55

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    45,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 32. Emisses atmosfricas Macrorregio 4 - MISSES

    4.3.5. Macrorregio 5 Norte

    A macrorregio Norte composta por 125 municpios que abrangem

    aproximadamente 34 mil km2 e uma populao 1.047.324 habitantes. Os

    municpios so: GUA SANTA

    ALM TAMANDAR DO SUL

    ALPESTRE

    AMETISTA DO SUL

    ANDR DA ROCHA

    ARATIBA

    AUREA

    BARAO DE COTEGIPE

    BARRA DO RIO AZUL

    BARRA FUNDA

    BARRACAO

    BENJAMIN CONSTANT DO SUL

    BOA VISTA DAS MISSOES

    CACIQUE DOBLE

    CAIARA

    CAMARGO

    CAMPESTRE DA SERRA

    CAMPINAS DO SUL

    CAPAO BONITO DO SUL

    CARAZINHO

    CARLOS GOMES

    CASCA

    CASEIROS

    CENTENRIO

    CERRO GRANDE

    CHAPADA

    CHARRUA

    CIRIACO

    CONSTANTINA

    COQUEIROS DO SUL

    COXILHA

    CRISTAL DO SUL

    CRUZALTENSE

    DAVID CANABARRO

    DOIS IRMAOS DAS MISSOES

    ENGENHO VELHO

    ENTRE RIOS DO SUL

    EREBANGO

    ERECHIM

    ERNESTINA

    ERVAL GRANDE

    ERVAL SECO

    ESMERALDA

    ESTAO

    FAXINALZINHO

    FLORIANO PEIXOTO

    FREDERICO WESTPHALEN

    GAURAMA

    GENTIL

    GETULIO VARGAS

    GRAMADO DOS LOUREIROS

    GUABIJU

    IBIACA

    IBIRAIARAS

    IPIRANGA DO SUL

    IRA

    ITATIBA DO SUL

  • 56

    JABOTICABA

    JACUTINGA

    LAGOA VERMELHA

    LAJEADO DO BUGRE

    LIBERATO SALZANO

    MACHADINHO

    MARAU

    MARCELINO RAMOS

    MARIANO MORO

    MATO CASTELHANO

    MAXIMILIANO DE ALMEIDA

    MONTE ALEGRE DOS CAMPOS

    MUITOS Capes

    MULITERNO

    NICOLAU VERGUEIRO

    NONOAI

    NOVA ALVORADA

    NOVA BOA VISTA

    NOVO BARREIRO

    NOVO TIRADENTES

    NOVO XINGU

    PAIM FILHO

    PALMEIRA DAS MISSOES

    PALMITINHO

    PARA

    PASSO FUNDO

    PAULO BENTO

    PINHAL

    PINHAL DA SERRA

    PINHEIRINHO DO VALE

    PLANALTO

    PONTO

    PONTE PRETA

    QUATRO IRMAOS

    RIO DOS INDIOS

    RODEIO BONITO

    RONDA ALTA

    RONDINHA

    SAGRADA FAMILIA

    SANANDUVA

    SANTA CECILIA DO SUL

    SANTO ANTONIO DOPALMA

    SANTO ANTONIO DO PLANALTO

    SANTO EXPEDITO DO SUL

    SAO DOMINGOS DO SUL

    SAO JOAO DA URTIGA

    SO JORGE

    SAO JOSE DAS MISSOES

    SAO JOSE DO OURO

    SO PEDRO DAS MISSOES

    SAO VALENTIM

    SARANDI

    SEBERI

    SERTO

    SEVERIANO DE ALMEIDA

    TAPEJARA

    TAQUARUU DO SUL

    TRS ARROIOS

    TRS PALMEIRAS

    TRINDADE DO SUL

    TUPANCI DO SUL

    VACARIA

    VANINI

    VIADUTOS

    VICENTE DUTRA

    VILA LNGARO

    VILA MARIA

    VISTA ALEGRE

    FIGURA 33. Macrorregio 5 - NORTE

  • 57

    A macrorregio Norte possui uma frota circulante 428.543 veculos.

    NORTE

    62%20%

    12%

    6%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 34. Frota Circulante Macrorregio 5 NORTE

    As emisses de poluentes na Macrorregio Norte correspondem a 10%

    do total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    45,00

    50,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 35. Emisses atmosfricas Macrorregio 5 NORTE

  • 58

    4.3.6. Macrorregio 6 - Sul

    A macrorregio Sul composta por 40 municpios que abrangem

    aproximadamente 60 mil km2 e uma populao 1.201.592 habitantes. Os

    municpios so:

    ACEGU

    AMARAL FERRADOR

    ARAMBAR

    ARROIO DE PADRE

    ARROIO GRANDE

    BAG

    BARO DO TRIUNFO

    BARRA DO RIBEIRO

    CAAPAVA DO SUL

    CAMAQU

    CANDIOTA

    CANGUU

    CAPO DO LEO

    CERRITO

    CERRO GRANDE DO SUL

    CHU

    CHUVISCA

    CRISTAL

    DOM FELICIANO

    DOM PEDRITO

    HERVAL

    HULHA NEGRA

    JAGUARO

    LAVRAS DO SUL

    MARIANA PIMENTEL

    MORRO REDONDO

    PEDRAS ALTAS

    PEDRO

    OSRIOPELOTAS

    PINHEIRO MACHADO

    PIRATINI

    RIO GRANDE

    SANTA VITRIA DO PALMAR

    SANTANA DA BOA VISTA

    SO JOS DO NORTE

    SO LOURENO DO SUL

    SENTINELA DO SUL

    SERTO SANTANA

    TAPES

    TURUU

    FIGURA 36. Macrorregio 6 SUL

  • 59

    A macrorregio Sul possui uma frota circulante 447467 veculos.

    SUL

    56%29%

    11%4%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 37. Frota Circulante Macrorregio SUL

    As emisses de poluentes na Macrorregio Sul correspondem

    a 9% do total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    45,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 38. Emisses atmosfricas Macrorregio 6 - SUL

  • 60

    4.3.7. Macrorregio 7 - Campanha

    A macrorregio Campanha composta por 46 municpios que

    abrangem aproximadamente 77 mil km2 e uma populao 1.191.320 habitantes.

    Os municpios so:

    AGUDO

    ALEGRETE

    BARRA DO QUARA

    CACEQUI

    CACHOEIRA DO SUL

    CERRO BRANCO

    DILERMANDO DE AGUIAR

    DONA FRANCISCA

    FAXINAL DO

    SOTURNO

    FORMIGUEIRO

    IBARAMA

    ITAARA

    ITAQUI

    IVOR

    JAGUARI

    JARI

    JULIO DE CASTILHOS

    MAAMBARA

    MANOEL VIANA

    MATA

    NOVA PALMA

    NOVA ESPERANA DO SUL

    PARASO DO SUL

    PINHAL GRANDE

    QUARA

    QUEVEDOS

    RESTINGA SECA

    ROSRIO DO SUL

    SANTA MARGARIDA DO

    SUL

    SANTANA DO LIVRAMENTO

    SANTIAGO

    SO BORJA

    SO FRANCISCO DE ASSIS

    SO GABRIEL

    SO JOO DO

    POLESINE

    SO MARTINHO DA SERRA

    SO PEDRO DO SUL

    SO SEP

    SO VICENTE DO SUL

    SILVEIRA MARTINS

    TOROPI

    TUPANCIRET

    UNISTALDA

    URUGUAIANA

    VILA NOVA DO SUL

    LAGOA BONITA DO SUL

    FIGURA 39. Macrorregio 7- CAMPANHA

  • 61

    A macrorregio Campanha possui uma frota circulante 289763

    veculos.

    CAMPANHA

    65%

    24%

    6%5%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 40. Frota Circulante Macrorregio 7 - CAMPANHA

    As emisses de poluentes na Macro Campanha correspondem a 8%

    do total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 41. Emisses atmosfricas Macrorregio 7 - CAMPANHA

  • 62

    4.3.8. Macrorregio 8 - Litoral

    A macrorregio Litoral composta por 24 municpios que abrangem

    aproximadamente 8 mil km2 e uma populao 296.732 habitantes. Os municpios

    so:

    ARROIO DO SAL

    BALNERIO PINHAL

    CAPO DA CANOA

    CAPIVARI DO SUL

    CARA

    CIDREIRA

    DOM PEDRO DE ALCNTARA

    IMB

    ITAITI

    MAMPITUBA

    MAQUIN

    MORRINHOS DO SUL

    MOSTARDAS

    OSRIO

    PALMARES DO SUL

    RIOZINHO

    ROLANTE

    TAVARES

    TERRA DE AREIA

    TORRES

    TRAMANDA

    TRS CACHOEIRAS

    TRS FORQUILHAS

    XANGRIL

    FIGURA 42. Macrorregio 8- LITORAL

  • 63

    A macrorregio Litoral possui uma frota circulante 107332 veculos.

    LITORAL

    60%27%

    9%4%

    GASOLINA

    GASOLINA (MOTOS)

    DIESEL

    LCOOL

    FIGURA 43. Frota Circulante Macrorregio LITORAL

    As emisses de poluentes na Macro Litoral correspondem a 4% do

    total de poluentes emitidos pela frota circulante no Estado do RS.

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    NOx CO HC RCHO MP

    POLUENTES ATMOSFRICOS

    EM

    ISS

    E

    S 1

    000t

    /an

    o

    FIGURA 44. Emisses atmosfricas Macrorregio 8 - LITORAL

  • 64

    Os resultados das contribuies individuais das emisses de cada

    macrorregio permitiram observar que a RMPA, seguida da regio da Serra

    apresentaram os maiores valores para os poluentes CO e NOx da frota movida a

    gasolina e RCHO para a frota lcool.

    A partir da determinao das emisses de poluentes em cada

    macrorregio, possvel fazer uma sobreposio com os dados das principais

    fontes fixas com alto potencial poluidor e obter uma ordem de prioridade nas

    aes de preveno e controle de poluio.

  • 65

    5. DISTRIBUIO DAS PRINCIPAIS FONTES FIXAS COM ALTO POTENCIAL

    POLUIDOR NAS MACRORREGIES

    O Estado do Rio Grande do Sul atravs da FEPAM buscou nos

    ltimos anos, um mapeamento completo das principais fontes com alto potencial

    poluidor. Desta forma, os pedidos de licenciamento de novos empreendimentos

    esto sujeitos rigorosa anlise tcnica no que tange os impactos ambientais.

    As distribuies destes empreendimentos nas macrorregies esto

    apresentadas na Figura 44.

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    Exce

    pcion

    al

    Gran

    de

    Md

    io

    Pequ

    eno

    Mn

    imo

    Porte do Empreendimento

    N

    mer

    o d

    e E

    mp

    reen

    dim

    ento

    s

    1- RMPA

    2- SERRA

    3- CENTRO

    4- MISSES

    5- SUL

    6- CAMPANHA

    7- NORTE

    8- LITORAL

    Figura 45. Distribuio dos empreendimentos por potencial poluidor nas macrorregies.

  • 66

    6. UNIDADES DE CONSERVAO ESTADUAIS

    Segundo o Sistema Estadual de Unidades de Conservao (SEUC),

    Unidade de Conservao uma poro do territrio com caractersticas naturais

    de relevante valor, legalmente institudas pelo Poder Pblico,