acao reparacao dano moral fila banco demora pn299

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA CIDADE DA CIDADE MARIA DE TAL MARIA DE TAL , casada, comerciária, , casada, comerciária, residente e domiciliada na residente e domiciliada na Rua da X, nº. 0000, Rua da X, nº. 0000, CEP CEP 44555-666, 44555-666, na na Cidade Cidade, possuidora do CPF(MF) nº. 111.222.333-44, vem, possuidora do CPF(MF) nº. 111.222.333-44, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono que abaixo assina – por intermédio de seu patrono que abaixo assina – instrumento procuratório acostado instrumento procuratório acostado --, para ajuizar, --, para ajuizar, com com supedâneo no art. 5º, inc. X da Carta Política, bem supedâneo no art. 5º, inc. X da Carta Política, bem como art. 186 c/c art. 953, ambos do Código Civil e, como art. 186 c/c art. 953, ambos do Código Civil e, ainda, arts. 6º, inc. VI, 12, 14, 18, 20 e 25, § 1º do ainda, arts. 6º, inc. VI, 12, 14, 18, 20 e 25, § 1º do CDC CDC , a presente , a presente

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Page 1: Acao Reparacao Dano Moral Fila Banco Demora PN299

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA CIDADE EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA CIDADE

MARIA DE TALMARIA DE TAL, casada, comerciária, residente e domiciliada, casada, comerciária, residente e domiciliada

na na Rua da X, nº. 0000, Rua da X, nº. 0000, CEPCEP 44555-666, 44555-666, na Cidadena Cidade,, possuidora do CPF(MF) nº. possuidora do CPF(MF) nº.

111.222.333-44, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por111.222.333-44, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por

intermédio de seu patrono que abaixo assina – intermédio de seu patrono que abaixo assina – instrumento procuratório acostadoinstrumento procuratório acostado --, para --, para

ajuizar, ajuizar, com supedâneo no art. 5º, inc. X da Carta Política, bem como art. 186 c/c art.com supedâneo no art. 5º, inc. X da Carta Política, bem como art. 186 c/c art.

953, ambos do Código Civil e, ainda, arts. 6º, inc. VI, 12, 14, 18, 20 e 25, § 1º do CDC953, ambos do Código Civil e, ainda, arts. 6º, inc. VI, 12, 14, 18, 20 e 25, § 1º do CDC , a, a

presentepresente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO,AÇÃO DE INDENIZAÇÃO,

“DANO MORAL”“DANO MORAL”

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contra contra ( 01 )( 01 ) BANCO ZETA S/ABANCO ZETA S/A, , instituição financeira de direito privado, situada na instituição financeira de direito privado, situada na Av. Y,Av. Y,

nº. 0000, em Cidade – nº. 0000, em Cidade – CEPCEP nº. 33444-555 nº. 33444-555, , inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 33.444.555/0001-inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 33.444.555/0001-

6666, , em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.

(1) – SÍNTESE DOS FATOS(1) – SÍNTESE DOS FATOS

No dia 00 de março de 0000, aproximadamente às 10:45h, naNo dia 00 de março de 0000, aproximadamente às 10:45h, na

agência em destaque, a Promovente encontrava-se com sua sobrinha Maria das Tantas. Oagência em destaque, a Promovente encontrava-se com sua sobrinha Maria das Tantas. O

objetivo era o de alterar sua senha bancária. objetivo era o de alterar sua senha bancária.

Naquela ocasião a instituição financeira em liça, mais uma vez,Naquela ocasião a instituição financeira em liça, mais uma vez,

encontrava-se com muitos clientes aguardando na fila para ser atendido. A demora jáencontrava-se com muitos clientes aguardando na fila para ser atendido. A demora já

afetava todos que antes já encontravam-se na fila. afetava todos que antes já encontravam-se na fila.

A razão maior do desconforto de todos era que naquele local,A razão maior do desconforto de todos era que naquele local,

apesar da bateria de caixa comportar 8(oito) para prestar atendimento, apesar da bateria de caixa comportar 8(oito) para prestar atendimento, somente 2(dois)somente 2(dois)

estavam prestando serviços. Por esse motivo, tivera de aguardar apromidamente 1h17minestavam prestando serviços. Por esse motivo, tivera de aguardar apromidamente 1h17min

para ser atendida. para ser atendida.

Ressalte-se que não era a primeira opotunidade que essaRessalte-se que não era a primeira opotunidade que essa

inconfortável situação acontecera. Não foi um caso isolado, portanto. Muito pelo contrário,inconfortável situação acontecera. Não foi um caso isolado, portanto. Muito pelo contrário,

era a regraera a regra o aglomerado na fila. o aglomerado na fila.

De outro passo, urge salientar que a Autora por todo esse tempoDe outro passo, urge salientar que a Autora por todo esse tempo

ficara em pé. Ademais, sequer existia banheiro para utilizá-lo. ficara em pé. Ademais, sequer existia banheiro para utilizá-lo.

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De fato, é um acontecimento que não se resume a meroDe fato, é um acontecimento que não se resume a mero

aborrecimento, algo do dia a dia do cidadão comum. Ao revés disso, o episódio em liçaaborrecimento, algo do dia a dia do cidadão comum. Ao revés disso, o episódio em liça

revelou um estado emocional de revelou um estado emocional de extremo desconfortoextremo desconforto (aliás, em todos que lá se (aliás, em todos que lá se

encontravam). Inclusive, repise-se, todo esse tempo fora com a Autora encontravam). Inclusive, repise-se, todo esse tempo fora com a Autora em péem pé. O tempo de. O tempo de

espera fora demasiado, maiormente em razão da legislação que trata do tema. espera fora demasiado, maiormente em razão da legislação que trata do tema.

Com efeito, a conduta da Ré merece ser rechaça,Com efeito, a conduta da Ré merece ser rechaça,

especialmente quando é rotineira, razão qual deve ser compelida a indenizar os danosespecialmente quando é rotineira, razão qual deve ser compelida a indenizar os danos

morais provados à Autora. morais provados à Autora.

HOC IPSUM ESTHOC IPSUM EST..

(2) – DO DIREITO(2) – DO DIREITO

(2.1.) – RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA(2.1.) – RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA

Inicialmente, convém destacar que entre a Autora e a RéInicialmente, convém destacar que entre a Autora e a Ré

emerge uma inegável emerge uma inegável hipossuficiente técnico-econômicahipossuficiente técnico-econômica, o que sobremaneira deve ser, o que sobremaneira deve ser

levado em conta na condução deste processo. Dese modo, o desenvolvimento desta açãolevado em conta na condução deste processo. Dese modo, o desenvolvimento desta ação

deve seguir o prisma da Legislação Consumerista, visto que a relação em estudo é dedeve seguir o prisma da Legislação Consumerista, visto que a relação em estudo é de

consumo, aplicando-se, maiormente, a consumo, aplicando-se, maiormente, a inversão do ônus da provainversão do ônus da prova((CDC, art. 6º, inc. VIIICDC, art. 6º, inc. VIII). ).

Tratando-se de prestação de serviço, cujo Tratando-se de prestação de serviço, cujo destinatário final é odestinatário final é o

tomadortomador, no caso a Autora, há relação de consumo, nos precisos termos do que reza o, no caso a Autora, há relação de consumo, nos precisos termos do que reza o

Código de Defesa do ConsumidorCódigo de Defesa do Consumidor::

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Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtosArt. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos

ou serviço ou serviço como destinatário finalcomo destinatário final..

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ouArt. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade deestrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de

produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,

distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1° (...)§ 1° (...)

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante

remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito eremuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e

securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Não bastasse isso, a Ré figura como Não bastasse isso, a Ré figura como instituição financeira instituição financeira ee,,

portanto, deve submeter-se portanto, deve submeter-se aos ditames do Código de Defesa do Consumidoraos ditames do Código de Defesa do Consumidor. .

STJSTJ - Súmula nº 297 - Súmula nº 297. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às

instituições financeiras. instituições financeiras.

Por esse ângulo, Por esse ângulo, responsabilidade da Ré objetivaresponsabilidade da Ré objetiva..

Nesse contexto, imperiosa a responsabilização da Requerida,Nesse contexto, imperiosa a responsabilização da Requerida,

independentemente da existência da culpaindependentemente da existência da culpa, nos termos do que estipula o , nos termos do que estipula o Código deCódigo de

Defesa do ConsumidorDefesa do Consumidor. .

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência deindependentemente da existência de

culpa,culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos

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à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadasà prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas

sobre sua fruição e riscos.sobre sua fruição e riscos.

A corroborar o texto da Lei acima descrita, insta transcrever asA corroborar o texto da Lei acima descrita, insta transcrever as

lições de lições de Fábio Henrique PodestáFábio Henrique Podestá::

“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de prestadores de serviço, que não“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de prestadores de serviço, que não

sejam pessoas físicas, imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitossejam pessoas físicas, imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitos

de segurança do serviço prestado, sendo intuitivo que tal responsabilidade éde segurança do serviço prestado, sendo intuitivo que tal responsabilidade é

fundada no risco criado e no lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ,fundada no risco criado e no lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ,

Fábio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Fábio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Código de Defesa doCódigo de Defesa do

Consumidor ComentadoConsumidor Comentado. São Paulo: RT, 2010. Pág. 147). São Paulo: RT, 2010. Pág. 147)

Existiu, em verdade, Existiu, em verdade, defeito na prestação de serviçosdefeito na prestação de serviços, o que, o que

importa na importa na responsabilização objetivaresponsabilização objetiva do fornecedor, ora Promovida. do fornecedor, ora Promovida.

RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. PLANO DERECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. PLANO DE

SAÚDE. UNIMED. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA DOMICILIAR. DEMORA NOSAÚDE. UNIMED. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA DOMICILIAR. DEMORA NO

ATENDIMENTO. NEGLIGÊNCIA DA PRESTADORA DE SERVIÇO AO NEGAR OATENDIMENTO. NEGLIGÊNCIA DA PRESTADORA DE SERVIÇO AO NEGAR O

ATENDIMENTO MÉDICO. DESCABIMENTO. DESRESPEITO AO CONSUMIDOR.ATENDIMENTO MÉDICO. DESCABIMENTO. DESRESPEITO AO CONSUMIDOR.

DANOS MORAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOSDANOS MORAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS

FUNDAMENTOS. FUNDAMENTOS.

É incontroversa a relação jurídica entre as partes, em que o autor é beneficiárioÉ incontroversa a relação jurídica entre as partes, em que o autor é beneficiário

de plano de saúde junto à ré. Da mesma forma, é pacífico entre as partes que ode plano de saúde junto à ré. Da mesma forma, é pacífico entre as partes que o

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autor solicitou atendimento de emergência em sua residência no dia 05.07.2013,autor solicitou atendimento de emergência em sua residência no dia 05.07.2013,

devido a seu estado de saúde debilitado, quando a equipe médica da ré, aodevido a seu estado de saúde debilitado, quando a equipe médica da ré, ao

comparecer ao local, teria se negado a prestar o serviço médico em função dacomparecer ao local, teria se negado a prestar o serviço médico em função da

atitude exaltada do segurado, conforme relatado em contestação, e demonstradoatitude exaltada do segurado, conforme relatado em contestação, e demonstrado

pelo boletim de ocorrência policial, bem como pelo boletim de atendimento pré-pelo boletim de ocorrência policial, bem como pelo boletim de atendimento pré-

hospitalar de fl. 53. Considerando o serviço contratado entre as partes, éhospitalar de fl. 53. Considerando o serviço contratado entre as partes, é

manifesta a falha na prestação do serviço devido à negativa de atendimento dosmanifesta a falha na prestação do serviço devido à negativa de atendimento dos

prepostos da ré ao segurado. Note-se que a suposta exaltação do segurado nãoprepostos da ré ao segurado. Note-se que a suposta exaltação do segurado não

serve de argumento para fundamentar a negativa de atendimento quando aserve de argumento para fundamentar a negativa de atendimento quando a

saúde deste último estava em risco, sendo negligente a conduta da equipe médicasaúde deste último estava em risco, sendo negligente a conduta da equipe médica

ao abandonar a residência do autor sem realizar os procedimentos necessáriosao abandonar a residência do autor sem realizar os procedimentos necessários

para resguardar a saúde do paciente. Além disso, é dotada de verossimilhança apara resguardar a saúde do paciente. Além disso, é dotada de verossimilhança a

tese narrada na exordial de que a médica teria se sentido ofendida injustamente,tese narrada na exordial de que a médica teria se sentido ofendida injustamente,

provocando um escândalo na residência do autor, e negando-lhe atendimento,provocando um escândalo na residência do autor, e negando-lhe atendimento,

pois não é crível que o autor, sentindo-se mal de saúde, pudesse agredir a equipepois não é crível que o autor, sentindo-se mal de saúde, pudesse agredir a equipe

médica a ponto de impedir o atendimento, como pretende fazer crer amédica a ponto de impedir o atendimento, como pretende fazer crer a

recorrente. Ademais, é razoável que o autor estivesse nervoso devido à demorarecorrente. Ademais, é razoável que o autor estivesse nervoso devido à demora

no atendimento, diante de seu estado de saúde, uma vez portador do vírus HIV,no atendimento, diante de seu estado de saúde, uma vez portador do vírus HIV,

em face da fragilidade da doença, porém tal fato não poderia servir para negar-lheem face da fragilidade da doença, porém tal fato não poderia servir para negar-lhe

a prestação do serviço médico. Portanto, resta evidenciado o desrespeito da réa prestação do serviço médico. Portanto, resta evidenciado o desrespeito da ré

perante o consumidor, perante o consumidor, diante da falha na prestação do serviço, devendodiante da falha na prestação do serviço, devendo

indenizá-lo com base na responsabilidade objetiva prevista no art. 14 do CDCindenizá-lo com base na responsabilidade objetiva prevista no art. 14 do CDC . A. A

situação vivenciada pelo autor foi capaz de retirá-lo de seu equilíbrio emocional,situação vivenciada pelo autor foi capaz de retirá-lo de seu equilíbrio emocional,

conforme restou comprovado pela conversa telefônica gravada, portanto inegávelconforme restou comprovado pela conversa telefônica gravada, portanto inegável

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a existência dos danos morais, até mesmo porque a saúde do segurado foi expostaa existência dos danos morais, até mesmo porque a saúde do segurado foi exposta

a risco de forma desnecessária. Aliás, é inadmissível a forma como a equipea risco de forma desnecessária. Aliás, é inadmissível a forma como a equipe

médica tratou o autor no momento em que mais precisava de cuidados, devido amédica tratou o autor no momento em que mais precisava de cuidados, devido a

seu estado de saúde fragilizado, razão pela qual a indenização também deve serseu estado de saúde fragilizado, razão pela qual a indenização também deve ser

aplicada com base na função punitiva e dissuasória do instituto daaplicada com base na função punitiva e dissuasória do instituto da

responsabilidade civil. O quantum indenizatório fixado em R$ 3.000,00 deve serresponsabilidade civil. O quantum indenizatório fixado em R$ 3.000,00 deve ser

mantido, pois está de acordo com as peculiaridades do caso em concreto, além demantido, pois está de acordo com as peculiaridades do caso em concreto, além de

estar em conformidade com o parâmetro normalmente adotado por estas turmasestar em conformidade com o parâmetro normalmente adotado por estas turmas

recursais em casos análogos, não comportando redução. Recurso desprovido.recursais em casos análogos, não comportando redução. Recurso desprovido.

(TJRS; RecCv 46493-88.2013.8.21.9000; Porto Alegre; Terceira Turma Recursal(TJRS; RecCv 46493-88.2013.8.21.9000; Porto Alegre; Terceira Turma Recursal

Cível; Rel. Des. Lucas Maltez Kachny; Julg. 10/04/2014; DJERS 14/04/2014)Cível; Rel. Des. Lucas Maltez Kachny; Julg. 10/04/2014; DJERS 14/04/2014)

(2.2.) – DO DEVER DE INDENIZAR (2.2.) – DO DEVER DE INDENIZAR RESPONSABILIDADE CIVIL: REQUISITOS CONFIGURADOSRESPONSABILIDADE CIVIL: REQUISITOS CONFIGURADOS

É cediço que, no plano do direito civil, para a configuração doÉ cediço que, no plano do direito civil, para a configuração do

dever de indenizardever de indenizar, segundo as lições de , segundo as lições de Caio Mário da Silva PereiraCaio Mário da Silva Pereira, faz-se necessário a, faz-se necessário a

concorrência dos seguintes fatores:concorrência dos seguintes fatores:

“a) em primeiro lugar, a verificação de uma conduta antijurídica, que abrange“a) em primeiro lugar, a verificação de uma conduta antijurídica, que abrange

comportamento contrário a direito, por comissão ou por omissão, semcomportamento contrário a direito, por comissão ou por omissão, sem

necessidade de indagar se houve ou não o propósito de malfazer; b) em segundonecessidade de indagar se houve ou não o propósito de malfazer; b) em segundo

lugar, a existência de um dano, tomada a expressão no sentido de lesão a um bemlugar, a existência de um dano, tomada a expressão no sentido de lesão a um bem

jurídico, seja este de ordem material ou imaterial, de natureza patrimonial ou nãojurídico, seja este de ordem material ou imaterial, de natureza patrimonial ou não

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patrimonial; c) e em terceiro lugar, o estabelecimento de um nexo de causalidadepatrimonial; c) e em terceiro lugar, o estabelecimento de um nexo de causalidade

entre um e outro, de forma a precisar-se que o dano decorre da condutaentre um e outro, de forma a precisar-se que o dano decorre da conduta

antijurídica, ou, em termos negativos, que sem a verificação do comportamentoantijurídica, ou, em termos negativos, que sem a verificação do comportamento

contrário a direito não teria havido o atentado ao bem jurídico.”(contrário a direito não teria havido o atentado ao bem jurídico.”( In, In, Instituições deInstituições de

Direito CivilDireito Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004, Vol. I. Pág. 661). . Rio de Janeiro: Forense, 2004, Vol. I. Pág. 661).

A propósito reza a Legislação Substantiva Civil que:A propósito reza a Legislação Substantiva Civil que:

CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL

Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ouArt. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, viola direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamenteimprudência, viola direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente

moral, comete ato ilícito. “moral, comete ato ilícito. “

É inquestionável que existira É inquestionável que existira defeito na prestação de serviçosdefeito na prestação de serviços,,

o que importa na o que importa na responsabilização objetivaresponsabilização objetiva da Réu. da Réu.

Em que pese tais aspectos legais e doutrinários acerca daEm que pese tais aspectos legais e doutrinários acerca da

responsabilidade civil objetiva, evidenciaremos abaixo outros motivos que reclama que aresponsabilidade civil objetiva, evidenciaremos abaixo outros motivos que reclama que a

Promovida seja responsabilizada civilmente. Promovida seja responsabilizada civilmente.

É oportuno gizar que a prática habitual da Ré violar dispositivosÉ oportuno gizar que a prática habitual da Ré violar dispositivos

legais. É dizer, há limitação de tempo máximo para atendimento do consumidor bancário. legais. É dizer, há limitação de tempo máximo para atendimento do consumidor bancário.

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Nesse diapasão, oportuno revelar que esse proceder ofendeNesse diapasão, oportuno revelar que esse proceder ofende

dispositivos específicos contidos na legislação deste Município e, mais ainda, da legislaçãodispositivos específicos contidos na legislação deste Município e, mais ainda, da legislação

estadual. estadual.

Com efeito, determina a Lei Estadual nº. 11.222/0000, Com efeito, determina a Lei Estadual nº. 11.222/0000, in verbisin verbis::

Art. 1º - As instituições financeiras, bancárias e de crédito, assim comoArt. 1º - As instituições financeiras, bancárias e de crédito, assim como

supermercados, agências lotéricas, deverão colocar à disposição dos seussupermercados, agências lotéricas, deverão colocar à disposição dos seus

usuários, pessoal suficiente no setor de caixa, de sorte a proporcionar ousuários, pessoal suficiente no setor de caixa, de sorte a proporcionar o

atendimento em tempo razoável. atendimento em tempo razoável.

§ 1º - O tempo razoável, mencionado no caput deste dispotivo, é o atendimento§ 1º - O tempo razoável, mencionado no caput deste dispotivo, é o atendimento

do usuário no prazo máximo de 20(vinte) minutos e 30(trinta) minutos em vésperado usuário no prazo máximo de 20(vinte) minutos e 30(trinta) minutos em véspera

ou após feriados prolongados. ou após feriados prolongados.

Igualmente reza a Lei municipal nº. 223344/0000, Igualmente reza a Lei municipal nº. 223344/0000, verbis: verbis:

Art. 1º - Ficam as agências bancárias, incluídos os postos de serviços,Art. 1º - Ficam as agências bancárias, incluídos os postos de serviços,

estabelecidas neste Município obrigadas a manter, à disposição dos usuários,estabelecidas neste Município obrigadas a manter, à disposição dos usuários,

funcionários suficientes no setor de caixas para que o atendimento seja prestadofuncionários suficientes no setor de caixas para que o atendimento seja prestado

em tempo razoável, nos termos do §2º do artigo 3º e do inciso X do artigo 6ºem tempo razoável, nos termos do §2º do artigo 3º e do inciso X do artigo 6º

todos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa dotodos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do

Consumidor)."Consumidor)."

Art. 2º. Para efeitos desta lei, entende-se como tempo razoável paraArt. 2º. Para efeitos desta lei, entende-se como tempo razoável para

atendimento: I atendimento: I até quinze minutos em dias normais; II até quinze minutos em dias normais; II até trinta minutos em até trinta minutos em

véspera de feriado prolongado ou no dia imediato após este; III véspera de feriado prolongado ou no dia imediato após este; III até trinta minutos até trinta minutos

Page 10: Acao Reparacao Dano Moral Fila Banco Demora PN299

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em dias de pagamento dos funcionários públicos municipais, estaduais e federaisem dias de pagamento dos funcionários públicos municipais, estaduais e federais

nos bancos que prestam esses serviços."nos bancos que prestam esses serviços."

Quanto à competência municipal para legislar acerca doQuanto à competência municipal para legislar acerca do

atendimento bancário, isso já restou por admitido pelo plenário do Supremo Tribunalatendimento bancário, isso já restou por admitido pelo plenário do Supremo Tribunal

Federal, senão vejamos:Federal, senão vejamos:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITOAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO

ADMINISTRATIVO. ATENDIMENTO BANCÁRIO. COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIOADMINISTRATIVO. ATENDIMENTO BANCÁRIO. COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

PARA LEGISLAR SOBRE ASSUNTO DE INTERESSE LOCAL. POSSIBILIDADE.PARA LEGISLAR SOBRE ASSUNTO DE INTERESSE LOCAL. POSSIBILIDADE.

REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL NO RE 610.221-REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL NO RE 610.221-

RG PARA RATIFICAR A JURISPRUDÊNCI A DA CORTE. TEMA 272 DA GESTÃO PORRG PARA RATIFICAR A JURISPRUDÊNCI A DA CORTE. TEMA 272 DA GESTÃO POR

TEMAS. TEMAS.

1. Os municípios têm competência para regulamentar o atendimento ao público1. Os municípios têm competência para regulamentar o atendimento ao público

em instituições bancárias, uma vez que se trata de matéria de interesse local. 2. Aem instituições bancárias, uma vez que se trata de matéria de interesse local. 2. A

repercussão geral da matéria foi reconhecida pelo plenário da corte, que narepercussão geral da matéria foi reconhecida pelo plenário da corte, que na

oportunidade ratificou a jurisprudência do tribunal sobre o tema. Precedente: Reoportunidade ratificou a jurisprudência do tribunal sobre o tema. Precedente: Re

n. 610.221-rg, relatora a ministra ellen gracie, dje de 20.8.2010. 3. In casu, on. 610.221-rg, relatora a ministra ellen gracie, dje de 20.8.2010. 3. In casu, o

acórdão recorrido assentou: "indenização por danos morais. Fila de banco.acórdão recorrido assentou: "indenização por danos morais. Fila de banco.

Demora no atendimento pela instituição bancária. Permanência comprovada porDemora no atendimento pela instituição bancária. Permanência comprovada por

prazo superior a 45 (quarenta e cinco) minutos. Ausência de evidência em sentidoprazo superior a 45 (quarenta e cinco) minutos. Ausência de evidência em sentido

contrário. Constitucionaliade da Lei Municipal 4.069/01. Ato ilícito configurado.contrário. Constitucionaliade da Lei Municipal 4.069/01. Ato ilícito configurado.

Danos morais configurados. Valro da indenização proporcional e razoável.Danos morais configurados. Valro da indenização proporcional e razoável.

Sentença mantida pelso próprios fundamentos. " 4. Agravo regimental nãoSentença mantida pelso próprios fundamentos. " 4. Agravo regimental não

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provido. (provido. (STFSTF - ARE-AgR 715.138; MT; Primeira Turma; Rel. Min. Luiz Fux; Julg. - ARE-AgR 715.138; MT; Primeira Turma; Rel. Min. Luiz Fux; Julg.

18/12/2012; DJE 19/02/2013; Pág. 28)18/12/2012; DJE 19/02/2013; Pág. 28)

Com esse entendimento, também é altamente ilustrativo osCom esse entendimento, também é altamente ilustrativo os

seguintes arestos da jurisprudência:seguintes arestos da jurisprudência:

EMBARGOS INFRINGENTES. EMBARGOS INFRINGENTES.

Ação de indenização por danos morais. Espera em fila de banco. Demora noAção de indenização por danos morais. Espera em fila de banco. Demora no

atendimento que extrapola o limite previsto em Lei municipal e estadual. Deveratendimento que extrapola o limite previsto em Lei municipal e estadual. Dever

de indenizar. Dano moral caracterizado. Ofensa à dignidade do consumidor.de indenizar. Dano moral caracterizado. Ofensa à dignidade do consumidor.

Manutenção do acórdão que deu provimento ao apelo. Recurso desprovido. (Manutenção do acórdão que deu provimento ao apelo. Recurso desprovido. (TJPRTJPR

- EmbInfCiv 0966494-2/01; Londrina; Nona Câmara Cível em Composição Integral;- EmbInfCiv 0966494-2/01; Londrina; Nona Câmara Cível em Composição Integral;

Rel. Des. Renato Braga Bettega; DJPR 09/04/2014; Pág. 136)Rel. Des. Renato Braga Bettega; DJPR 09/04/2014; Pág. 136)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ESPERA EM FILAAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ESPERA EM FILA

DE BANCO. TEMPO SUPERIOR AO LIMITE LEGAL. DEMORA INJUSTIFICADA NODE BANCO. TEMPO SUPERIOR AO LIMITE LEGAL. DEMORA INJUSTIFICADA NO

ATENDIMENTO BANCÁRIO. DESÍDIA QUE AFRONTA A DIGNIDADE DA PESSOAATENDIMENTO BANCÁRIO. DESÍDIA QUE AFRONTA A DIGNIDADE DA PESSOA

HUMANA. DANO MORAL CARACTERIZADO. QUANTUM INDENIZATÓRIOHUMANA. DANO MORAL CARACTERIZADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO

MANTIDO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. MANTIDO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

O fato de o usuário permanecer por mais de duas horas em fila de agênciaO fato de o usuário permanecer por mais de duas horas em fila de agência

bancária implica no descumprimento da Lei estadual e ofende a dignidade dobancária implica no descumprimento da Lei estadual e ofende a dignidade do

consumidor, configurando-se o dano moral propriamente dito. Mostra-se cabívelconsumidor, configurando-se o dano moral propriamente dito. Mostra-se cabível

a indenização por danos morais, quando presentes os pressupostos daa indenização por danos morais, quando presentes os pressupostos da

responsabilidade civil. O quantum indenizatório deve ser fixado em montante queresponsabilidade civil. O quantum indenizatório deve ser fixado em montante que

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não onere em demasia o ofensor, mas, por outro lado, atenda à finalidade para anão onere em demasia o ofensor, mas, por outro lado, atenda à finalidade para a

qual foi concedido, compensando o sofrimento da vítima e desencorajando aqual foi concedido, compensando o sofrimento da vítima e desencorajando a

outra parte quanto aos outros procedimentos de igual natureza. (outra parte quanto aos outros procedimentos de igual natureza. (TJMTTJMT - APL - APL

126379/2013; Sinop; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Dirceu dos Santos; Julg.126379/2013; Sinop; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Dirceu dos Santos; Julg.

05/03/2014; DJMT 12/03/2014; Pág. 38)05/03/2014; DJMT 12/03/2014; Pág. 38)

APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTEAPELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTE

DE ESPERA PARA ATENDIMENTO EM FILA DE BANCO. PRELIMINAR DEDE ESPERA PARA ATENDIMENTO EM FILA DE BANCO. PRELIMINAR DE

INTEMPESTIVIDADE DO APELO AUTORAL. REJEITADA. MÉRITO. ART. 1º,INTEMPESTIVIDADE DO APELO AUTORAL. REJEITADA. MÉRITO. ART. 1º,

PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI MUNICIPAL Nº 2.636/1998. DEMORAPARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI MUNICIPAL Nº 2.636/1998. DEMORA

INJUSTIFICADA NO ATENDIMENTO BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVILINJUSTIFICADA NO ATENDIMENTO BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL

CONFIGURADA. DESÍDIA QUE AFRONTA A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.CONFIGURADA. DESÍDIA QUE AFRONTA A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

DANO MORAL PASSÍVEL DE REPARAÇÃO PECUNIÁRIA. SÚMULA Nº 04, DO TJSE.DANO MORAL PASSÍVEL DE REPARAÇÃO PECUNIÁRIA. SÚMULA Nº 04, DO TJSE.

INSUBORDINAÇÃO DO BANCO EM RELAÇÃO À CONCESSÃO DA GRATUIDADEINSUBORDINAÇÃO DO BANCO EM RELAÇÃO À CONCESSÃO DA GRATUIDADE

PROCESSUAL AO DEMANDANTE. ART. 4º, CAPUT, DA LEI Nº 1.060/50. APROCESSUAL AO DEMANDANTE. ART. 4º, CAPUT, DA LEI Nº 1.060/50. A

SIMPLES AFIRMAÇÃO NO SENTIDO DE QUE A PARTE NÃO TEM CONDIÇÕES DESIMPLES AFIRMAÇÃO NO SENTIDO DE QUE A PARTE NÃO TEM CONDIÇÕES DE

ARCAR COM AS DESPESAS DO PROCESSO MOSTRA-SE SUFICIENTE PARA AARCAR COM AS DESPESAS DO PROCESSO MOSTRA-SE SUFICIENTE PARA A

CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA, SE NÃO PRODUZIDA PROVA EMCONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA, SE NÃO PRODUZIDA PROVA EM

CONTRÁRIO PELA PARTE ADVERSA. INSUBSISTÊNCIA DO PEDIDO DECONTRÁRIO PELA PARTE ADVERSA. INSUBSISTÊNCIA DO PEDIDO DE

CONDENAÇÃO DO REQUERENTE AO PAGAMENTO DA MULTA PREVISTA NOCONDENAÇÃO DO REQUERENTE AO PAGAMENTO DA MULTA PREVISTA NO

ART. 4º, § 1º, DA LEI Nº 1.060/50. MANUTENÇÃO DO FAVOR LEGAL. RECURSOSART. 4º, § 1º, DA LEI Nº 1.060/50. MANUTENÇÃO DO FAVOR LEGAL. RECURSOS

CONHECIDOS, PARA NEGAR PROVIMENTO AO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA RÉCONHECIDOS, PARA NEGAR PROVIMENTO AO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA RÉ

E DAR PROVIMENTO AO DO AUTOR. DECISÃO POR MAIORIA. E DAR PROVIMENTO AO DO AUTOR. DECISÃO POR MAIORIA.

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A espera por longo período em fila de agência bancária, além do limite temporalA espera por longo período em fila de agência bancária, além do limite temporal

imposto por Lei municipal, é fato capaz de gerar profundo desgaste físico,imposto por Lei municipal, é fato capaz de gerar profundo desgaste físico,

emocional, aborrecimentos e incertezas, capaz de afetar a honra subjetiva daemocional, aborrecimentos e incertezas, capaz de afetar a honra subjetiva da

pessoa e atingir direito imaterial seu, ensejador, portanto, de dano moral passívelpessoa e atingir direito imaterial seu, ensejador, portanto, de dano moral passível

de reparação pecuniária. Reforma da sentença para condenar o requerido aode reparação pecuniária. Reforma da sentença para condenar o requerido ao

pagamento de indenização no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), em favor do autor,pagamento de indenização no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), em favor do autor,

a título de danos não patrimoniais, com juros de 1% (um por cento) ao mês, desdea título de danos não patrimoniais, com juros de 1% (um por cento) ao mês, desde

a data do evento ilícito (29/08/2012) e correção monetária pelo INPC, a partira data do evento ilícito (29/08/2012) e correção monetária pelo INPC, a partir

desta data, invertendo-se o ônus sucumbencial para condenar o demandado emdesta data, invertendo-se o ônus sucumbencial para condenar o demandado em

custas processuais e honorários advocatícios, fixando estes em 20% (vinte porcustas processuais e honorários advocatícios, fixando estes em 20% (vinte por

cento) sobre o valor da condenação, com base no art. 20, § 3º, do cpc. (cento) sobre o valor da condenação, com base no art. 20, § 3º, do cpc. ( TJSETJSE - AC - AC

201300226617; Ac. 678/2014; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Cezário Siqueira201300226617; Ac. 678/2014; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Cezário Siqueira

Neto; Julg. 17/02/2014; DJSE 11/03/2014)Neto; Julg. 17/02/2014; DJSE 11/03/2014)

Desse modo, mostra-se incontestável a transgressão às normasDesse modo, mostra-se incontestável a transgressão às normas

acima especificadas, merecendo, por esse azo, ser condenada a pagar indenização em faceacima especificadas, merecendo, por esse azo, ser condenada a pagar indenização em face

de danos morais. de danos morais.

A responsabilidade civil almejada diz respeito a A responsabilidade civil almejada diz respeito a dano de ordemdano de ordem

moralmoral. Assim, há de ser considerado o direito à incolomidade moral, pertence à classe dos. Assim, há de ser considerado o direito à incolomidade moral, pertence à classe dos

direitos absolutos, esses positivados pela conjugação de preceitos constitucionais elencadosdireitos absolutos, esses positivados pela conjugação de preceitos constitucionais elencados

no rol dos direitos e garantias individuais da Carta Magna (no rol dos direitos e garantias individuais da Carta Magna (CF/88, art. 5º, inv. V e XCF/88, art. 5º, inv. V e X). ).

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A moral individual está relacionada à honra, ao nome, à boa-A moral individual está relacionada à honra, ao nome, à boa-

fama, à auto-estima e ao apreço, bem assim resulta como um ato ilícito que atinge ofama, à auto-estima e ao apreço, bem assim resulta como um ato ilícito que atinge o

patrimônio do indivíduo, ferindo sua honra, decoro, crenças políticas e religiosas, pazpatrimônio do indivíduo, ferindo sua honra, decoro, crenças políticas e religiosas, paz

interior, bom nome e liberdade, originando sofrimento psíquico, físico ou moral.interior, bom nome e liberdade, originando sofrimento psíquico, físico ou moral.

À luz das regras de consumeristas, resulta expressa a adoçãoÀ luz das regras de consumeristas, resulta expressa a adoção

da da responsabilidade civil objetivaresponsabilidade civil objetiva, assim conceituada pela professora , assim conceituada pela professora Maria Helena DinizMaria Helena Diniz::

"Na responsabilidade objetiva, a atividade que gerou o dano é lícita, mas"Na responsabilidade objetiva, a atividade que gerou o dano é lícita, mas

causou perigo a outrem, de modo que aquele que a exerce, por ter a obrigaçãocausou perigo a outrem, de modo que aquele que a exerce, por ter a obrigação

de velar para que dele não resulte prejuízo, terá o dever ressarcitório, de velar para que dele não resulte prejuízo, terá o dever ressarcitório, pelopelo

simples implemento do nexo causalsimples implemento do nexo causal . . A vítima deverá pura eA vítima deverá pura e

simplesmente demonstrar o nexo da causalidade entre o dano e a açãosimplesmente demonstrar o nexo da causalidade entre o dano e a ação

que o produziuque o produziu" (in, " (in, Curso de Direito Civil BrasileiroCurso de Direito Civil Brasileiro. 24ª ed. Saraiva: 2010,. 24ª ed. Saraiva: 2010,

7º vol, p. 53). 7º vol, p. 53).

( destacamos )( destacamos )

De outro plano, o Código Civil estabeleceu regra clara de queDe outro plano, o Código Civil estabeleceu regra clara de que

aquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situaçãoaquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situação

patrimonial e pessoal do lesado seja recomposta ao estado anteriorpatrimonial e pessoal do lesado seja recomposta ao estado anterior . Assim, o montante. Assim, o montante

da indenização não pode ser inferior ao prejuízo. Há de ser integral, portanto. da indenização não pode ser inferior ao prejuízo. Há de ser integral, portanto.

CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL

Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.

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Quanto ao Quanto ao valor da reparaçãovalor da reparação, tocante ao dano moral,, tocante ao dano moral,

assevera assevera Caio Mário da Silva PereiraCaio Mário da Silva Pereira, que: , que:

“Quando se cuida de reparar o dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório“Quando se cuida de reparar o dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório

acha-se deslocado para a convergência de duas forças: acha-se deslocado para a convergência de duas forças: `caráter punitivo``caráter punitivo`

para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pelapara que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela

ofensa que praticou; e o ofensa que praticou; e o `caráter compensatório``caráter compensatório` para a vítima, que receberá para a vítima, que receberá

uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido. “uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido. “

(PEREIRA, Caio Mário da Silva (atualizador Gustavo Tepedino).(PEREIRA, Caio Mário da Silva (atualizador Gustavo Tepedino).

Responsabilidade CivilResponsabilidade Civil. 10ª Ed. Rio de Janeiro: GZ Ed, 2012, p. 78). 10ª Ed. Rio de Janeiro: GZ Ed, 2012, p. 78)

(destacamos)(destacamos)

Nesse mesmo compasso de entendimento, leciona Nesse mesmo compasso de entendimento, leciona ArnaldoArnaldo

RizzardoRizzardo que: que:

“Não existe uma previsão na lei sobre a quantia a ser ficada ou arbitrada. No“Não existe uma previsão na lei sobre a quantia a ser ficada ou arbitrada. No

entanto, consolidaram-se alguns critérios.entanto, consolidaram-se alguns critérios.

Domina a teoria do duplo caráter da repação, que se estabelece na finalidadeDomina a teoria do duplo caráter da repação, que se estabelece na finalidade

da digna compensação pelo mal sofrido e de uma correta punição do causadorda digna compensação pelo mal sofrido e de uma correta punição do causador

do ato. Devem preponderar, ainda, as situaões especiais que envolvem o caso,do ato. Devem preponderar, ainda, as situaões especiais que envolvem o caso,

e assim a gravidade do dano, a intensidade da culpa, a posição social dase assim a gravidade do dano, a intensidade da culpa, a posição social das

partes, a condição econômica dos envolvidos, a vida pregressa da pessoa quepartes, a condição econômica dos envolvidos, a vida pregressa da pessoa que

tem o título protestado ou o nome negativado. “ (RIZZARDO, Arnaldo.tem o título protestado ou o nome negativado. “ (RIZZARDO, Arnaldo.

Responsabilidade CivilResponsabilidade Civil. 4ª Ed. Rio de Janeiro, Forense, 2009, p. 261). 4ª Ed. Rio de Janeiro, Forense, 2009, p. 261)

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A exposição constrangedora e vexatória à qual foi submetida aA exposição constrangedora e vexatória à qual foi submetida a

Autora é inadmissível. Essa fora destratada na esfera mais íntima do ser, teve sua honra eAutora é inadmissível. Essa fora destratada na esfera mais íntima do ser, teve sua honra e

dignidade feridas, seus direitos fundamentais violados. dignidade feridas, seus direitos fundamentais violados.

Nesses termos, Nesses termos, restou configurada a existência dosrestou configurada a existência dos

pressupostos essenciais à responsabilidade civilpressupostos essenciais à responsabilidade civil : : conduta lesiva, nexo causal e danoconduta lesiva, nexo causal e dano, a, a

justificar o pedido de indenização moral. justificar o pedido de indenização moral.

(2.3.) – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA (2.3.) – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A inversão do ônus da prova se faz necessária, maiormenteA inversão do ônus da prova se faz necessária, maiormente

quando essa é “quando essa é “ope legisope legis”. Portanto, resulta do quanto contido no Código de Defesa do”. Portanto, resulta do quanto contido no Código de Defesa do

Consumidor. Consumidor.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente daArt. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da

existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidoresexistência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores

por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informaçõespor defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações

insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

[ . . . ] [ . . . ]

§ 3º O fornecedor de serviços § 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizadosó não será responsabilizado quandoquando

provarprovar::

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

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II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiroII - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro..

À Réu caberá, face a À Réu caberá, face a inversão do ônus da provainversão do ônus da prova, evidenciar, evidenciar

se a Autora concorreu para o evento danoso, na qualidade de consumidora dos serviços, ou,se a Autora concorreu para o evento danoso, na qualidade de consumidora dos serviços, ou,

de outro bordo, em face de terceiro(s), que é justamente a regra do de outro bordo, em face de terceiro(s), que é justamente a regra do inc. II, do art. 14, doinc. II, do art. 14, do

CDCCDC, acima citado. , acima citado.

(2.4.) – “(2.4.) – “PRETIUM DOLORISPRETIUM DOLORIS” ”

A Legislação Substantiva Civil estabeleceu regra clara queA Legislação Substantiva Civil estabeleceu regra clara que

aquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situaçãoaquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situação

patrimonial e pessoal do lesado seja recomposta ao estado anteriorpatrimonial e pessoal do lesado seja recomposta ao estado anterior . Assim, o montante. Assim, o montante

da indenização não pode ser inferior ao prejuízo. Há de ser integral, portanto. da indenização não pode ser inferior ao prejuízo. Há de ser integral, portanto.

CÓDIGO CIVILCÓDIGO CIVIL

Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.

No caso em debate, ficou cabalmente demonstrada a ilicitude doNo caso em debate, ficou cabalmente demonstrada a ilicitude do

defeito na prestação do serviço. Por esse norte, isso trouxe à mesma forte constrangimento,defeito na prestação do serviço. Por esse norte, isso trouxe à mesma forte constrangimento,

angústia e humilhação, capazes, por si só, de acarretar dano moral de ordem subjetiva eangústia e humilhação, capazes, por si só, de acarretar dano moral de ordem subjetiva e

objetiva. objetiva.

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O problema da quantificação do valor econômico, a ser repostoO problema da quantificação do valor econômico, a ser reposto

ao ofendido, tem motivado intermináveis polêmicas e debates. Não houve uma projeçãoao ofendido, tem motivado intermináveis polêmicas e debates. Não houve uma projeção

pacífica, seja na órbita doutrinária ou jurisprudencial. De qualquer forma, há um nortepacífica, seja na órbita doutrinária ou jurisprudencial. De qualquer forma, há um norte

uníssino no sentido de que a fixação deve se dar com prudente arbítrio. Desse modo,uníssino no sentido de que a fixação deve se dar com prudente arbítrio. Desse modo,

necessário que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, necessário que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas tambémmas também

para que o valor não seja irrisóriopara que o valor não seja irrisório. .

Igualmente, a indenização deve ser aplicada de formaIgualmente, a indenização deve ser aplicada de forma

casuística, supesando-se a proporcionalidade entre a conduta lesiva e o prejuízo enfrentadocasuística, supesando-se a proporcionalidade entre a conduta lesiva e o prejuízo enfrentado

pela parte ofendida. Assim sendo, maiormente em consonância com o princípio pela parte ofendida. Assim sendo, maiormente em consonância com o princípio neminemneminem

laederelaedere, é inevitável que inocorra o lucuplemento da vítima quanto a cominação de pena. É, é inevitável que inocorra o lucuplemento da vítima quanto a cominação de pena. É

dizer, necessária uma condenação que não se mostre tão desarrazoada e que não coíba odizer, necessária uma condenação que não se mostre tão desarrazoada e que não coíba o

infrator de novos atos. infrator de novos atos.

Com efeito, o valor da indenização pelo dano moral não seCom efeito, o valor da indenização pelo dano moral não se

configura um montante tarifado legalmente. A melhor doutrina reconhece que o sistemaconfigura um montante tarifado legalmente. A melhor doutrina reconhece que o sistema

adotado pela legislação pátria é o sistema aberto, no qual o Órgão Julgador pode levar emadotado pela legislação pátria é o sistema aberto, no qual o Órgão Julgador pode levar em

consideração elementos essenciais, consideração elementos essenciais, tais como as condições econômicas e sociais dastais como as condições econômicas e sociais das

partes, a gravidade da lesão e sua repercussão e as circunstâncias fáticaspartes, a gravidade da lesão e sua repercussão e as circunstâncias fáticas . Assim, a. Assim, a

importância pecuniária deve ser capaz de produzir-lhe um estado tal de neutralização doimportância pecuniária deve ser capaz de produzir-lhe um estado tal de neutralização do

sofrimento impingido, de forma a "sofrimento impingido, de forma a "compensar a sensação de dorcompensar a sensação de dor" experimentada e" experimentada e

representar uma satisfação, igualmente moral.representar uma satisfação, igualmente moral.

Não precisamos ir longe para compreendermos o potencialNão precisamos ir longe para compreendermos o potencial

financeiro da Promovida, quando essa é considerada uma das maiores instituiçõesfinanceiro da Promovida, quando essa é considerada uma das maiores instituições

financeiras do País. financeiras do País.

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(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S

POSTO ISSO,POSTO ISSO,

como últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, a Autora requer que Vossacomo últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, a Autora requer que Vossa

Excelência se digne de tomar as seguintes providências:Excelência se digne de tomar as seguintes providências:

a) Determinar a citação da Requerida, a) Determinar a citação da Requerida, por carta, com ARpor carta, com AR, instando-a, a, instando-a, a

apresentar defesa no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;apresentar defesa no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;

b) pede-se, de outro lado, b) pede-se, de outro lado, sejam julgados procedentessejam julgados procedentes os pedidos os pedidos

formulados nesta açãoformulados nesta ação, condenando a Ré a pagar indenização por danos, condenando a Ré a pagar indenização por danos

morais, não menos da quantia de morais, não menos da quantia de R$ 20.000,00(vinte mil reais)R$ 20.000,00(vinte mil reais), ou, ou

sucessivamentesucessivamente, a ser estipulado por Vossa Excelência por equidade; , a ser estipulado por Vossa Excelência por equidade;

c) que todos os valores acima pleiteados sejam corrigidosc) que todos os valores acima pleiteados sejam corrigidos

monetariamente, conforme abaixo evidenciado:monetariamente, conforme abaixo evidenciado:

SSúmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito aúmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a

partir da data do efetivo prejuízo.partir da data do efetivo prejuízo.

Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, emSúmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em

caso de responsabilidade extracontratual. caso de responsabilidade extracontratual.

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d) seja a Ré condenada ao pagamento de honorários de 20%(vinte pord) seja a Ré condenada ao pagamento de honorários de 20%(vinte por

cento) sobre o valor da condenaçãocento) sobre o valor da condenação, mormente levando-se em conta o, mormente levando-se em conta o

trabalho profissional desenvolvido pelo patrono da Autora, além dotrabalho profissional desenvolvido pelo patrono da Autora, além do

pagamento de custas e despesas, tudo também devidamente corrigido.pagamento de custas e despesas, tudo também devidamente corrigido.

Protesta prova o alegado por todos os meios admissíveisProtesta prova o alegado por todos os meios admissíveis

em direito, assegurados pela Lei Fundamental (art. 5º, inciso LV, da C.Fed.), em especialem direito, assegurados pela Lei Fundamental (art. 5º, inciso LV, da C.Fed.), em especial

pelo depoimento do representante legal da Ré e, mais, das testemunhas a serem arroladaspelo depoimento do representante legal da Ré e, mais, das testemunhas a serem arroladas

oportunamente. oportunamente.

Dá-se à causa Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Respeitosamente, pede deferimento.Respeitosamente, pede deferimento.

Cidade, 00 de março de 0000. Cidade, 00 de março de 0000.

Beltrano de talBeltrano de tal Advogado – OAB(CE) 112233Advogado – OAB(CE) 112233