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  PLANO DE AÇÃ O PARA IMPLA NTAÇÃ O DA INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS 19 DE MAIO DE 2009 Comissão Nacional de Cartografia 

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PLANO DE AÇÃO PARAIMPLANTAÇÃO DA

INFRAESTRUTURA DEDADOS ESPACIAIS 

19 DE MAIO DE 2009 

Comissão Nacional de Cartografia

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Este documento foi elaborado pelo

CINDE

Comitê de Planejamento da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais

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PREFÁCIO

A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais do Brasil foi legalmente instituída sob a denominação deINDE pelo Decreto Presidencial nº 6.666, de 27 de novembro de 2008 (Anexo I). Além de apontarresponsabilidades, formular definições e estabelecer diretrizes, o Decreto estipulou um prazo de 180 diaspara a Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) elaborar um plano de ação para implantação daINDE e submetê-lo ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). No inciso VIII do seu

Artigo 6º, o Decreto apresentou uma lista mínima de itens a serem endereçados no referido plano.Em sua reunião plenária de 19 de dezembro de 2008, a CONCAR votou pela criação de um ComitêTécnico que ficaria responsável pela elaboração do plano de ação para implantação da INDE. EsteComitê, denominado CINDE (Comitê para o Planejamento da INDE), foi constituído entre Janeiro e Marçode 2009 e reuniu 110 membros representantes de 27 organizações brasileiras, sendo 22 ligadas aogoverno federal, três secretarias estaduais, uma agência municipal e uma universidade. A lista completade organizações e membros componentes do CINDE consta do Anexo III.

O resultado do trabalho do CINDE encontra-se consolidado neste documento, chamado PLANO DEAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA NACIONAL DE DADOS ESPACIAIS . O modo deorganização dos trabalhos do CINDE, por grupos de trabalho (GTs), refletiu a maneira pela qual o

documento foi concebido, na forma de capítulos. A cada um dos oito (8) capítulos previstos para o Plano,conforme proposta aprovada pela CONCAR em 19 de dezembro de 2008, esteve dedicado um GT. CadaGT contou com um ou dois líderes voluntários. Todos os GTs trabalharam sob a coordenação central doCINDE.

Os capítulos deste documento foram planejados para abordarem as dimensões de implementação de umaInfraestrutura de Dados Espaciais (IDE), a saber: a dimensão Organizacional, a dimensão Técnica e adimensão Humana. Os dois primeiros capítulos tratam de conceitos gerais e diretrizes para oplanejamento da INDE; os Capítulos 3 a 7 tratam de questões institucionais, técnicas, tecnológicas egerenciais fundamentais para a implantação da INDE. A consolidação dá-se no Capítulo 8, quecorresponde ao PLANO DE AÇÃO DA INDE propriamente dito, ao qual também se refere como Plano deAção.

Os capítulos que compõem este documento são descritos a seguir:

Capítulo 1 – INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS: CONCEITOS.

Apresenta uma coletânea de conceitos e definições essenciais para o desenvolvimento do Plano de Ação,com destaque para os elementos da arquitetura informacional de uma Infraestrutura de Dados Espaciais(IDE), a saber: dados, metadados e serviços. Também oferece informações sobre experiênciasinternacionais e fatores de sucesso na construção de IDEs. Proporciona a base conceitual para os demaiscapítulos e, para tanto, ampara-se em extensa pesquisa bibliográfica. Leitura recomendada para quemtiver pouca familiaridade com o tema.

Capítulo 2 – SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE AÇÃO DA INDE.Enfatiza a dimensão Organizacional do Plano de Ação, orientando-o quanto às questões gerais de política,legislação e coordenação associadas ao esforço de construção de uma IDE. Analisa o Decreto nº 6.666/08e elabora os princípios norteadores da INDE brasileira, depois de examinar as motivações, benefícios eriscos associados a esta iniciativa, e tecer recomendações para a implantação. Propõe uma estratégia deimplantação e fornece subsídios para a criação de uma estrutura de gestão para a INDE. Lança uma baseimportante para o Capítulo 8.

Capítulo 3 – ATORES DA INDE: IDENTIFICAÇÃO E FUNÇÕES.

Examina as questões institucionais da INDE brasileira quanto aos aspectos específicos de política,legislação e coordenação que estarão em pauta na sua implantação. Realiza um primeiro levantamento

dos chamados atores essenciais, entre os quais encontram-se os produtores oficiais de dados einformações geoespaciais (IG) ligados ao governo federal. Neste documento, chamam-se atores

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essenciais da INDE as instituições que possuem obrigações estabelecidas no Decreto nº 6.666/08 (verAnexo I).

Capítulo 4 – DADOS E METADADOS GEOESPACIAIS.

Identifica os conjuntos de dados fundamentais e de dados temáticos que serão disponibilizados na INDE,e elabora sobre as condições para que um conjunto de dados geoespaciais fundamentais ou temáticosseja considerado “de referência”, conceito o qual está associado à observância de normas e padrões a

serem estabelecidos pela CONCAR. Dedica uma seção completa ao tema de metadados geoespaciais.Identifica alguns dos produtores oficiais de IG do setor federal, que disponibilizarão seus dados na INDEbrasileira.

Capítulo 5 – O DIRETÓRIO BRASILEIRO DE DADOS GEOESPACIAIS.

O Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais – DBDG pode ser entendido como a estrutura tecnológica einformacional da INDE brasileira, aí incluídos os dados, metadados e os serviços de busca e acesso aosdados. O Capítulo 5 apresenta o projeto do DBDG, considerando suas dimensões conceitual, lógica etecnológica. Também elabora sobre o Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais – SIG Brasil, quedisponibilizará os recursos do DBDG para publicação ou consulta sobre a existência de dadosgeoespaciais, bem como para o acesso aos serviços relacionados.

Capítulo 6 – CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE RECURSOS HUMANOS.

Apresenta a primeira versão de um Plano de Capacitação e Treinamento dos Recursos Humanos da INDE , com foco nos produtores, provedores, gestores e usuários de IG. Considera a necessidade deimplementação de um Sistema de Gestão do Conhecimento como parte integrante da infraestrutura desuporte a capacitação e treinamento da INDE. Estabelece uma série de diretrizes e propõe programas decapacitação e treinamento de recursos humanos.

Capítulo 7 – DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO.

Apresenta a primeira versão de um Plano de Comunicação da INDE , compreendendo: metas e objetivos aalcançar, diretrizes para uma comunicação efetiva, estratégias de comunicação, acompanhamento e

avaliação, definição de público-alvo e ações para implementação do Plano de Comunicação.Capítulo 8 – PLANO DE AÇÃO DA INDE. 

O Capítulo 8 é onde acontece a consolidação das contribuições dos Grupos de Trabalho que elaboraramos capítulos precedentes, e onde se encontram as respostas às solicitações de prazos e custos feitas noDecreto nº 6.666/08. Nele se apresentam Linhas de Ação com os respectivos “produtos” (resultados)esperados; definem-se prazos, responsabilidades e custos de execução (detalhados no Anexo II). OCapítulo 8 oferece a base para a futura elaboração de um cronograma detalhado de projeto, além depropor uma estratégia de implantação baseada em prioridades de curto, médio e longo prazo.

O Capítulo 8 é, portanto, a componente deste documento cuja leitura mais se recomenda àqueles quenecessitem obter informações estratégicas e táticas sobre o processo de implantação planejado para aINDE. Uma vez que este Plano de Ação seja aprovado e os recursos financeiros necessários paraexecutá-lo assegurados, os atores responsáveis por sua execução terão um instrumento pronto no qual sebasear para iniciar a implantação.

A proposta de uma estrutura de coordenação e execução do PLANO DE AÇÃO DA INDE é umacontribuição importante do Capítulo 8. As informações coletadas na bibliografia, concernentes aexperiências internacionais, e as reflexões realizadas na elaboração dos Capítulos 2 e 3, especialmente,proporcionam uma base de sustentação para a estrutura proposta no Capítulo 8. Cabe ressaltar que asdisposições do Decreto nº 6.666/08 referentes à coordenação de ações para implantação da INDE foramdevidamente observadas nesta elaboração.

A organização adotada no Capítulo 8 segue a mesma lógica que norteou a estruturação deste documento.As Linhas de Ação foram agrupadas em categorias relacionadas com componentes da INDE, estudadasnos Capítulos 1 e 2, a saber:

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Gestão; Normas e Padrões; Dados; Tecnologia; Capacitação; Divulgação, sendo as duas últimasligadas à componente denominada “Pessoas”, também chamada “Atores”, e a primeira (Gestão), àcomponente “Institucional”.

A categorização utilizada no Capítulo 8 tem como principal vantagem o fato de os Grupos de Trabalho(GTs) do CINDE terem sido constituídos segundo este mesmo enfoque. Tratam-se, portanto, de equipes jáformadas para iniciarem o trabalho de construção da INDE tão logo o Plano de Ação seja aprovado e os

recursos necessários alocados. Estes GTs atuariam sob um “Comitê de Implantação da INDE” (COMIM), oqual, por sua vez, responderia a uma “Subcomissão de Gestão da INDE” (SGI), conforme propostaformulada no Capítulo 8 – Seção 8.2. A SGI seria formada como uma nova subcomissão da CONCAR.

A estratégia de implantação da INDE proposta no Plano de Ação baseia-se num escalonamento de metasde acordo com prioridades e objetivos bem definidos, a serem alcançados ao longo de ciclos deimplantação (também chamados ciclos de construção), que se encontram descritos no Capítulo 8. Estãoprevistos três ciclos e os seguintes prazos:

Ciclo I – Dezembro 2010 

Ciclo II – 2011 a 2014 

Ciclo III – 2014 a 2020 

É muito importante que prioridades sejam estabelecidas para o curto prazo, levando em conta as metasque se pretende atingir em médio e longo prazo. Isto passa pelo desafio de se fazer com que a iniciativada INDE seja deflagrada no âmbito do setor público, onde ela foi forjada, ganhe força e se consolide nospróximos 12 a 18 meses. Para se alcançar tais objetivos, propõe-se foco nas seguintes ações no períodocompreendido entre Junho e Dezembro de 2009:

o Celebração de acordos de adesão à iniciativa da INDE.

o Realização de um evento de pré-lançamento da INDE.

o Ações de coordenação, análises de políticas de dados e de legislação.

Das prioridades acima apontadas, a realização de um evento de pré-lançamento da INDE, conformedetalhado no Capítulo 8, deverá merecer uma mobilização especial por parte da SGI e do COMIM, tãologo seja aprovado o Plano de Ação. Esta mobilização deverá ocorrer paralelamente às demais atividadesprevistas no Plano, mas não em detrimento destas, como parte do Ciclo I de implantação da INDE.

Diversas iniciativas de construção de IDEs estão em curso no Brasil, algumas das quais mencionadas noCapítulo 2. Tais iniciativas precisam ser mais conhecidas, valorizadas e divulgadas, tanto na esferagovernamental quanto em outros segmentos da sociedade. O evento de pré-lançamento da INDE seráplanejado com esses objetivos em vista. Todavia, para que tal evento seja realizado no prazo planejado

(Outubro 2009), é fundamental que o aporte de recursos ocorra a tempo de se planejá-lo e organizá-lo.Cabe ressaltar que o evento deverá ser concebido de forma a causar o impacto necessário junto aopúblico-alvo ao qual se destina.

O PLANO DE AÇÃO DA INDE é um instrumento de gestão, norteador do projeto de implantação daInfraestrutura Nacional de Dados Espaciais. Como é sabido, este é um projeto complexo e de longo prazo,com uma série de riscos inerentes, que deverão ser mitigados de forma planejada. Por conseguinte, oPlano de Ação deve ser suficientemente flexível para incorporar as mudanças que inevitavelmenteocorrerão ao longo do projeto. Além disso, deverá ser aprimorado durante a sua execução, resultando napublicação de revisões periódicas. Uma primeira revisão deverá ocorrer no 2º semestre de 2009.

Finalmente, cabe enfatizar que a leitura ou consulta aos Capítulos 3 a 7 poderá ser feita topicamente, para

maiores esclarecimentos, conforme estes sejam necessários para o aprofundamento de pontos abordadosno Capítulo 8 – PLANO DE AÇÃO DA INDE.

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SUMÁRIO

(Em construção)

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CAPÍTULO 1

INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS (IDE): CONCEITOS

1.1 Introdução

Desde o início da década de 90 a construção das chamadas Infraestruturas de Dados Espaciais - IDEsvem sendo considerada uma ação essencial de boa governança tanto pelo Estado quanto pela sociedade emdiversos países, conforme a pesquisa de ONSRUD, 2001.

 A formulação e compreensão dos conceitos associados a termos e expressões tais como dados,

dados geográficos, informação não geográfica, informação geográfica ou geoespacial, têm um peso cada vezmaior no atendimento às demandas da gestão do conhecimento, da gestão territorial e ambiental, da gestãode programas sociais e de investimentos, da mitigação de riscos e impactos de fenômenos naturais, e outrostipos de demandas.

Com efeito, a valorização da informação geográfica é decorrente da ampliação, a nível global, de umamentalidade menos irresponsável com o meio ambiente e das pressões sociais e econômicas para umamelhor compreensão da realidade territorial, tendo em vista subsidiar a implementação de políticas de gestãoe desenvolvimento sustentável.

Já no início dos anos 90, a Agenda 21 (UNCED,1992) em sua seção IV, capítulo 40, intitulado“Informação para a Tomada de Decisão”, enfatizou a necessidade de se incrementar as atividades deaquisição, avaliação e análise de dados utilizando novas tecnologias tais como: Sistema de InformaçõesGeográficas (SIG), Sensoriamento Remoto (SR) e Sistema de Posicionamento Global (GPS) (MARUYAMA;

 AKIYAMA, 2003).

Uma das conclusões da conferência UNCED, em 1992, foi o reconhecimento de que em muitas áreas(territoriais e de conhecimento) a qualidade dos dados usados não é adequada e que, mesmo onde existemdados, e ainda que estes sejam de qualidade satisfatória, a sua utilidade é reduzida por restrições de acessoou por falta de padronização dos conjuntos de dados. Essas dificuldades constituem um sério obstáculo a ser 

superado na implantação de uma IDE.

O aumento da conscientização sobre o papel central dos acordos de compartilhamento de bases dedados geoespaciais com vistas à integração, compatibilização (harmonização) e disponibilização daquelasconsideradas de uso comum, foi um fator que impulsionou a evolução das IDEs no mundo (Quadro 1). Estesacordos, estabelecidos inicialmente entre órgãos públicos, atualmente abrangem todos os atores dasociedade em diversos países.

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 Quadro 1 - Evolução das iniciativas de IDE no mundo

Fonte: FREITAS, 2005 

1.2 Definições e componentes de uma IDE

No Brasil, o Decreto no 6.666, de 27/11/2008 (DOU, p. 57), institui a Infraestrutura Nacional deDados Espaciais – INDE e a define como o

“conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação emonitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, oacesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual,distrital e municipal”.

Na bibliografia disponibilizada por comitês, órgãos continentais e nacionais, associações,universidades, conferências e iniciativas tais como:

  GSDI (Global Spatial Data Infrastructure Associaton);•  CP-IDEA (Comité Permanente para la Infraestructura de Datos Geoespaciales de la Américas );•  FGDC (Federal Geographic Data Committee, USA);•  PCGIAP (Permanent Committee for GIS Infrastructure for Asia and the Pacific ).

e outros, são encontrados diversos significados para o termo genérico Infraestrutura de Dados Espaciais –IDE. A seguir examina-se alguns destes, ressaltando que os conceitos básicos relativos a dados einformações (geo)espaciais – aqui referidas pela sigla IG - serão explorados na próxima seção.

O termo Infraestrutura de Dados Espaciais é usado frequentemente para denotar um conjunto básicode tecnologias, políticas e arranjos institucionais que facilitam a disponibilidade e o acesso a dados espaciais(COLEMAN; MCLAUGHLIN, 1997; GSDI, 2000; PCGIAP, 1995).

O Comitê Federal de Dados Geográficos dos Estados Unidos (FGDC, 1997a) inicialmente definiu asua “Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais” (NSDI) como “um conjunto de políticas, padrões eprocedimentos sob os quais organizações e tecnologias interagem para promover o uso, administração eprodução mais eficientes de dados geoespaciais”. Em 2004 o FGDC procedeu a uma revisão deste conceito,no sentido de incorporar-lhe outras dimensões fundamentais, a saber : atores / pessoas, construção decapacidade, articulação com as Unidades Federadas e Serviços.

O Conselho de Informação Espacial da Austrália e Nova Zelândia – ANZLIC, responsável pelacoordenação e o desenvolvimento da IDE australiana, destaca que

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“uma Infraestrutura de Dados Espaciais provê uma base para busca de dados espaciais, avaliação,transferência e aplicação para os usuários e provedores dentro de todos os níveis de governo, do setor comercial e industrial, dos setores não lucrativos, acadêmicos e do público geral”. (ASDI, 2004)

GROOT et al., 2000 definem uma IDE como o conjunto de bases de dados espaciais em rede emetodologias de manuseio e análise de informação, recursos humanos, instituições, organizações e recursostecnológicos e econômicos, que interagem sobre um modelo de concepção, implementação e manutenção, emecanismos que facilitam a troca, o acesso e o uso responsável de dados espaciais a um custo razoável paraaplicações de domínios e objetivos específicos.

Já MOELLER, 2001 ressalta a existência, na construção de IDEs ao redor do mundo, de “muitasdiferenças: legais, organizacionais e econômicas, e muitos elementos comuns: padrões, dados fundamentais,catálogos / clearinghouse e tecnologia”. [O conceito de clearinghouse foi desenvolvido visando facilitar abusca, o pedido, a transferência, e a venda eletrônica de dados espaciais garantindo a disseminação dedados de diversas fontes pela Internet (CROMPVOETS; BREGT, 2003; NICHOLS; COLEMAN; PAIXÃO,2008).]

Segundo COLEMAN et al ., (1997) “o termo infraestrutura de dados espaciais (IDE) abrange recursos

de dados, sistemas, redes, normas e questões governamentais que envolvem informação geográfica, a qual éentregue aos potenciais usuários através de meios diversos”. GIFF e COLEMAN, 2003 ressaltam que umaIDE deve fornecer um arcabouço eficaz e eficiente, que seja de fácil utilização, capaz de agilizar a busca dedados geográficos pelos usuários.

 A definição do Instituto Geográfico Nacional de España (IGN, 2008) também merece registro: 

“partindo-se da premissa de que os processos relacionados com a informação geográfica (IG) devamser unificados, que a IG deva ser amplamente acessível, e que deva existir um consenso entre instituiçõespara compartilhar informação, o termo Infraestrutura de Dados Espaciais é utilizado para se nomear oconjunto de tecnologias, políticas, estruturas e arranjos institucionais que facilitam a disponibilidade e oacesso à informação espacial”. 

O exame das diversas definições de IDE aqui apresentadas demonstra que a definição proposta noDecreto nº 6.666/08 – transcrita no 1º § desta seção – é consistente com o que se encontra na bibliografiaespecializada.

Cabe ainda observar que o marco legal da INDE brasileira acompanha a vertente mais atual eabrangente da definição de uma IDE, na qual o conceito de serviços prevalece sobre o de dadosgeoespaciais. Neste sentido, uma IDE pode ser entendida como um conjunto de serviços que oferecem umasérie de funcionalidades úteis e interessantes para uma comunidade de usuários de dados geoespaciais. Seantes a ênfase era nos dados que o usuário poderia acessar, agora a ênfase recai nos variados “usos” quepodem ser feitos desses dados.

O Decreto nº 6.666/08, considerado o Marco Legal da INDE brasileira, será discutido em seus pontosprincipais no Capítulo 2 deste documento.

MASSER, 2002 aponta o seguinte conjunto de motivações para a implementação de uma IDE: 

• A importância crescente de informação geográfica (IG) dentro da sociedade de informação;• A necessidade dos governos coordenarem a aquisição e oferta de dados;• A necessidade de planejamento para o desenvolvimento social, ambiental e econômico como

citado por Clinton (Ordem Executiva 1994, criação da INDE americana) IG é crucial parapromover desenvolvimento econômico, melhorar nosso monitoramento de recursos e proteger omeio ambiente”;

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• A modernização do governo, em todos os níveis de gestão e desenvolvimento (aquisição,produção, análise e disseminação de dados e informações).

Quanto aos objetivos de uma IDE, destacamos os seguintes:

• Compartilhar IG, inicialmente na administração pública, e depois por toda a sociedade;• Incrementar a administração eletrônica no setor público;• Garantir aos cidadãos os direitos de acesso à IG pública para a tomada de decisões;• Incorporar a IG produzida pela iniciativa privada;• Harmonizar a IG disponibilizada, bem como registrar as características desta IG;• Subsidiar a tomada de decisões de forma mais eficiente e eficaz.

 A  justificativa para a implantação de uma IDE está ligada, fundamentalmente, a duas idéias (IGN,2008):

• O acesso aos dados geográficos existentes deve ocorrer de modo fácil, cômodo e eficaz;•

A IG deve ser reutilizada uma vez que tenha sido usada para o projeto que justificou a suaaquisição, face aos custos elevados de sua produção.

É consenso internacional que uma Infraestrutura de Dados Espaciais deve estar fundamentada emcinco pilares, ou componentes,  os quais, segundo WARNEST, 2005, são fortemente relacionados einteragem entre si. O quadro 2 apresenta estes componentes, e serve de base para a elaboração do presentePlano de Ação, como se pode notar nos temas e conteúdos explorados em cada capítulo do Plano.

Quadro 2 - Componentes de uma IDE (adaptado de WARNEST, 2005)

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Dados – Constituem o componente central. Numa IDE, quando se diz “dados” compreende-se váriosconjuntos de dados espaciais.

Pessoas – As partes envolvidas ou interessadas, também chamadas atores: o setor público e o setor privado respondem pela aquisição, produção, manutenção e oferta de dados espaciais; o setor acadêmico éresponsável pela educação, capacitação, treinamento e pesquisa em IDE; e o usuário determina que dados

espaciais são requeridos e como devem ser acessados (WILLIAMSON et al ., 2003).

Institucional – O componente institucional compreende as questões de política, legislação ecoordenação. Da perspectiva de política, a custódia, o preço e o licenciamento têm papéis importantes(WARNEST, 2005).

 A custódia trata da responsabilidade em assegurar que os conjuntos de dados fundamentais sejamadquiridos, produzidos e mantidos de acordo com especificações, padrões e políticas definidas pela IDE, ematendimento a uma comunidade de usuários (MASSER, 2002). A custódia, uma vez estabelecida, contribuipara eliminar duplicidades, referencia a informação, suporta a criação, produção e administração dos dados,produtos e serviços de informação espacial, além de facilitar a aquisição de produtos de informação.

Os custos, política de preços, licenciamento e autorizações de uso provêem os meios comercial e legalpara salvaguardar os interesses de provedores, bem como dos usuários. As questões políticas e legais sãotratadas para assegurar o efetivo gerenciamento de risco associado com o uso de informação espacial, etambém com a finalidade de detalhar os termos e as condições para seu uso (THOMPSON et al ., 2003 apud  NICHOLS; COLEMAN; PAIXÃO, 2008).

Tecnologia – Descreve os meios físicos e de infraestrutura necessários para o estabelecimento darede e dos mecanismos informáticos que permitam: buscar, consultar, encontrar, acessar, prover e usar osdados geoespaciais. Teoricamente auxilia a manter, processar, disseminar e dar acesso a dados espaciais(WILLIAMSON et al ., 2003).

Normas e Padrões  – Permitem a descoberta, o intercâmbio, a integração e a usabilidade da

informação espacial. Padrões de dados espaciais abrangem sistemas de referência, modelo de dados,dicionários de dados, qualidade de dados, transferência de dados e metadados (EAGLESON et al ., 2000 apud  NICHOLS; COLEMAN; PAIXÃO, 2008). 

1.3 Elementos da arquitetura informacional de uma IDE 

Esta seção focaliza os elementos essenciais da arquitetura informacional de uma IDE – dados,metadados e serviços – e discorre sobre uma gama de conceitos importantes associados a tais elementos.Os capítulos 4 e 5 aprofundam as questões referentes a dados, metadados e serviços no contexto particular da INDE brasileira. Neste capítulo, o enfoque é conceitual e informativo.

1.3.1 Dados, informação e conhecimento

 A literatura especializada evidencia a diversidade de conceituações e termos empregados paradesignar: dados espaciais, informação geográfica ou geoespacial, bases geoespaciais e conhecimento(geoespacial). No entanto, num nível mais básico constata-se que existem conceituações e compreensõesdiversas do que vem a ser dado, informação e conhecimento, embora estes conceitos sejam intrinsecamenteinterdependentes.

Pela importância de tais conceitos para o entendimento dos capítulos subsequentes, este primeiro itemda seção 1.3 é dedicado aos mesmos.

Dados são observações ou obtenção de uma medida (resultado de investigação, cálculo ou pesquisa)de aspectos característicos da natureza, estado ou condição de algo de interesse, que são descritos através

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de representações formais e, ao serem apresentados de forma direta ou indireta à consciência, servem debase ou pressuposto no processo cognitivo (DAVENPORT, 2001; HOUAISS, 2001; SETZER, 2001;).

 A informação é gerada a partir de algum tratamento ou processamento dos dados por parte do seuusuário, envolvendo, além de procedimentos formais (tradução, formatação, fusão, exibição, etc.), processoscognitivos de cada indivíduo (LISBOA, 2001; MACHADO, 2002; SETZER, 2001;).

 As características, compreensão, utilização e aplicação da informação variam conforme ela sejatratada por diferentes organizações e pessoas. IKEMATU, 2001 apresenta as seguintes propriedadessignificativas da informação:

• A informação é compartilhável infinitamente;• O valor da informação aumenta com o seu uso e a sua socialização;• O valor da informação diminui com o tempo. Porém, a vida útil e seu histórico temporal

variam conforme o tipo da informação. A informação para tomada de decisão tem umavida útil maior que as informações operacionais (dependendo da área do conhecimento oudo tipo de negócio);

• O valor da informação aumenta quando ela é combinada / integrada com outro dado e tambémtem sua utilização ampliada quando é comparada e integrada com outra informação.

O conhecimento é definido como "informações que foram analisadas e avaliadas sobre a suaconfiabilidade, sua relevância e sua importância" (DAVENPORT, 2001), sendo gerado a partir dainterpretação e integração de dados e informações. A combinação e análise de dados e informações de váriasfontes compõem o conhecimento necessário para subsidiar a tomada de decisão, inerente a um negócio ou aum assunto a ser tratado.

O conhecimento é dinâmico, sendo modificado pela interação do indivíduo com o ambiente,caracterizando um aprendizado. Em uma visão mais ampla REZENDE (2003) aponta que o aprendizado é aintegração de novas informações em estruturas de conhecimento, de modo a torná-las potencialmenteutilizáveis em processos futuros de processamento e de elaboração por parte de cada indivíduo.

1.3.2 Dados e informações geoespaciais

Conforme apresentado por ARONOFF, 1989 e BORGES, 2002, “dados espaciais são quaisquer tiposde dados que descrevem fenômenos aos quais esteja associada alguma dimensão espacial”. A medidaobservada de um fenômeno ou ocorrência sobre ou sob a superfície terrestre é o que se denomina dadogeográfico. Dados geográficos ou geoespaciais ou georreferenciados são dados espaciais em que adimensão espacial refere-se ao seu posicionamento na Terra e no seu espaço próximo, num determinadoinstante ou período de tempo.

LONGLEY et al., 2001, destacam que “o adjetivo geográfico se refere à superfície e ao espaço próximo

da Terra”, e “espacial refere-se a algum espaço, não somente ao espaço da superfície da Terra”. Comoexemplos de espaços não geográficos pode-se citar: o espaço cósmico, o espaço do corpo humano que écaptado por instrumentos que geram imagens para diagnósticos e diversos outros espaços de interesse dasdiferentes áreas do conhecimento.

Observa-se recentemente a utilização, cada vez mais freqüente, do termo “geoespacial” para designar uma região do espaço 3D que compreende a superfície da Terra, seu subsolo e o espaço próximo ao planeta(LONGLEY et al ., 2001). Esta concepção, ilustrada no quadro 3, aparece na denominação escolhida para aIDE do Canadá: Infraestrutura de Dados Geoespaciais Canadense – CGDI. O Comitê Permanente para aInfraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-IDEA) também preconiza o uso do termo dadosgeoespaciais.

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Quadro 3 - Da perspectiva espacial à geográfica

Fonte: CGDI, 2000

Para LISBOA, 2001, a informação é obtida a partir do processamento ou da contextualização de dadosbrutos ou processados. De forma análoga, a informação geográfica é resultado do processamento de dadosgeográficos. As informações geográficas ou geoespaciais, em referência às quais vimos utilizando a sigla IG,compreendem os dados - da, sobre a, sob a, e  próximo à - superfície da Terra, sendo caracterizados por nomínimo três (3) componentes: espacial ou posicional; descritivo ou semântico; e temporal.

Bases geográficas ou bases geoespaciais agregam conjuntos de dados identificados por seuposicionamento na superfície da Terra. Tais conjuntos são descritos, na sua dimensão espacial, em relaçãoum sistema de referência geodésico e, na sua dimensão descritiva, através de representações gráficas feitasem relação a um determinado sistema de referência cartográfica.

 As bases geoespaciais são especializações das bases espaciais. As bases geodésicas e cartográficassão especializações das bases geográficas ou geoespaciais, que compreendem as observações e ascoordenadas das estações componentes do Sistema Geodésico Nacional (bases de dados geodésicos) e omapeamento sistemático terrestre nacional (geográfico, topográfico e especial). Entretanto, as bases dedados geoespaciais, em seu sentido mais amplo, incluem as bases que retratam todos os temas relativos àsinformações do espaço próximo, da superfície e do subsolo do planeta Terra (bases de dados temáticos).

No Marco Legal da INDE brasileira (Decreto nº 6.666/08, DOU p.57), dados ou informaçõesgeoespaciais são definidos como 

“aqueles que se distinguem essencialmente pela componente espacial, que associa a cada entidadeou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou

período de tempo, podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive asassociadas a sistemas globais de posicionamento apoiados por satélites, bem como de mapeamento ou desensoriamento remoto”. 

1.3.3 Classificação dos dados de uma IDE

Dados fundamentais são dados ou conjuntos de dados que proporcionam informações genéricas deuso não particularizado, elaborados como bases imprescindíveis para o referenciamento geográfico deinformações à superfície do território nacional. Podem ser entendidos como insumos básicos para ogeorreferenciamento e contextualização geográfica de todas as temáticas territoriais específicas.

Denominam-se dados fundamentais de referência, numa IDE, os dados sobre os quais se constrói

ou se referencia qualquer outro dado fundamental ou temático. São os conjuntos de dados que constituem a

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base padronizada, sobre a qual são referenciadas e representadas todas as temáticas territoriais específicas,desenvolvidas por diversos organismos, de acordo com suas respectivas áreas de atuação. Os dadosfundamentais de referência são dados fundamentais padronizados e homologados.

Numa IDE de abrangência nacional, os dados fundamentais de referência podem variar com uma sériede fatores tais como: o desenvolvimento ambiental, o desenvolvimento científico e socioeconômico do país; o

nível tecnológico da produção de suas agências governamentais; as suas características geográficas,territoriais e ambientais. O quadro 4 aponta os dados fundamentais de referência de diversos países, quetipicamente compreendem os seguintes conjuntos de dados:

• De controle geodésico;• Das cartas topográficas e cadastrais;•  Nomes geográficos;•  Limites político-administrativos;•  Elevação e batimetria; e•  Registro de propriedades e terras.

Os chamados dados temáticos de uma IDE são os conjuntos de dados e informações sobre umdeterminado fenômeno ou temática (clima, educação, indústria, vegetação, etc.) em uma região ou em todo opaís. Incluem valores qualitativos e quantitativos que se referenciam espacialmente aos dados fundamentaisde referência, e normalmente estão ligados aos objetivos centrais da gestão dos seus respectivos órgãosprodutores. Os dados temáticos são gerados por diferentes atores setoriais, regionais, estaduais, municipaisou de outro âmbito.

Dados e informações temáticas de referência são os subconjuntos de dados e informaçõestemáticas que obedecem as seguintes condições: serem disponibilizados de acordo com os padrões de dadostemáticos de referência da INDE e terem sua produção respaldada pela legislação em vigor, ou seja, serem

produzidos e mantidos por um órgão oficialmente reconhecido como produtor daquele tipo de dado temático.O quadro 5 apresenta os conjuntos de dados temáticos de diversos paises.

Cabe observar que oito países - Colômbia, Hungria, Indonésia, Irlanda do Norte, Japão, Rússia,Suécia e EUA - assumem como dados fundamentais de referência conjuntos de dados geoespaciaisconsiderados como temáticos por outros países, como por exemplo: vegetação; solos; geologia; cobertura euso da terra, que são definidos especialmente pelas características físico-ambientais e pela atuação dossetores econômicos (agricultura, mineração e petróleo, e riscos naturais) de cada país. Não existe uma regrarígida para definição de dados temáticos.

 A bibliografia especializada aponta uma terceira classe de dados, além dos fundamentais de referênciae dos temáticos: os dados de valor agregado. Trata-se de dados adicionados por usuários ou produtores

(públicos ou privados), aos dados fundamentais de referência e temáticos, por determinado interesse eutilização específica, e que podem pertencer aos âmbitos setoriais, regionais, estaduais, municipais, urbanose outros. Os dados de valor agregado podem ter uma ampla diversidade de detalhamento temático e decobertura geográfica.

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 Quadro 4 Dados fundamentais de referência, por país

Fonte: ONSRUD, 2001)

Quadro 5 Dados temáticos, por país

Fonte: ONSRUD, 2001)

O capítulo 4 é dedicado aos Dados e Metadados da INDE, e um dos objetivos que se propõe para omesmo é a identificação de quais conjuntos de dados serão considerados fundamentais de referência etemáticos na INDE brasileira. Esta análise deve levar em conta as necessidades e demandas por IG dogoverno e da sociedade, e deve ser isenta de qualquer tipo de viés; particularmente do viés cartográfico, quetende a prevalecer nesse tipo de discussão. É necessário que se tenha em mente que os conjuntos e basesde dados que compõem uma IDE não se restringem a mapas digitais e que, além de dados geoespaciais,

uma IDE também deve facilitar a disseminação e o acesso a informações geoespaciais (IG).

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 1.3.4 Metadados e qualidade de documentos cartográficos

 A evolução da ciência da computação, da tecnologia da informação e suas aplicações na produção dedados geoespaciais têm barateado e popularizado o uso de geotecnologias (SIG, SR e GPS). Contudo aintegração consistente de dados oriundos de diversas fontes (bases cartográficas de referência e basestemáticas) requer conhecimento de conceito, normas e especificações inerentes aos dados e às aplicações aque se destinam.

O crescimento significativo no uso das geotecnologias (SIG, GPS, SR, Located Based Service – (LBS)e outras) em diversos setores, notadamente em planejamento e gestão territorial, tem contribuído para ageração de grandes volumes de dados e informações geoespaciais por parte de organizações públicas eprivadas. Entretanto, como estes dados são normalmente produzidos para atender a requisitos específicos deprojetos e aplicações, apresentam especificações e características técnicas diversas.

Neste contexto de produção e de especificações diversificadas, a interpretação e o uso adequado dosdados por diferentes tipos de usuários demandam a disponibilização de um conjunto de informações  sobreesses dados, que propicie a compreensão e o entendimento sobre a sua aplicabilidade e forma de utilização.Os metadados são definidos por um conjunto de dados e informações que documenta e descreve os dados(FREITAS, 2005).

O vocábulo metadados adquiriu o significado popularizado de “os dados sobre o dado”. A bibliografiaespecializada aponta diversas definições para metadados, no seu sentido mais amplo, e para metadadosgeoespaciais, que constituem uma especialização do conceito mais amplo de metadados. A seguir sãoapresentadas algumas definições :

• Descrição de alto nível, disponibilizando informações sobre referenciamento espacial, qualidade,linhagem, periodicidade, acesso e distribuição dos dados (GOODCHILD, 1997);

• São dados que identificam e descrevem como utilizar os dados (LONGLEY et al ., 2001).• Informação essencial para que os dados geográficos sejam utilizados de forma consistente

(PEREIRA et al ., 2001).

Para GOODCHILD, 1997; LIMA et al., 2002; RIBEIRO, 1997; WEBER et al ., 1999, a utilização demetadados tem como objetivos principais:

• Preservar os investimentos internos (das organizações) na produção dos dados;• Compor o portfólio de informação e dados das organizações / instituições;• Prover informações para identificar, processar, interpretar e integrar dados de fontes externas.

Em síntese, pode-se dizer que os metadados têm por objetivo documentar e organizar, de formasistemática e estruturada, os dados das organizações, facilitando seu compartilhamento e manutenção, além

de disciplinar a sua produção, armazenamento e, essencialmente, orientar a sua utilização nas diversasaplicações dos usuários.

Nas tecnologias de processamento de dados e informações – SIG, Data Warehouse - DW  – e deSistemas de Apoio a Decisão, os metadados são os componentes centrais dos modelos de implementação.Estas tecnologias facilitam a integração de dados de múltiplas fontes numa base de dados, espacial esemântica, compondo assim os sistemas corporativos ou a infraestrutura de informação para a gestão etomada de decisão em organizações públicas, privadas e acadêmicas.

Com a utilização crescente da rede mundial de informação – Internet, a busca por dados einformações tem sido ampliada de forma significativa. Os metadados tornam-se peças essenciais nesteambiente, provendo as descrições dos dados e desse modo permitindo que os dados se tornem úteis. Tais

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informações – os metadados – são constituídas por um conjunto de características sobre os dados, que nemsempre estão incluídas nos dados propriamente ditos.

 A documentação, de forma sistemática e estruturada, dos dados cartográficos, através de padrão demetadados geoespaciais, para a divulgação e disseminação de produtos da Cartografia Sistemática Terrestre

 – escalas geográfica, topográfica e, em futuro próximo, cadastral – é considerada um fator fundamental para

que se garanta a utilização e integração desses dados e informações aos sistemas de informação e de apoioà decisão, para os quais a componente posicional seja relevante.

Os dados e informações contidas nos documentos da cartografia sistemática terrestre são asreferências geométricas do espaço territorial, ou seja, retratam os elementos do meio físico e biótico daporção do território nacional, modelados adequadamente para serem visualizados nas diversas escalas derepresentação cartográfica (geográficas, topográficas e cadastrais). Esses documentos correspondem àsbases de referência para que outros temas possam ser compilados ou georreferenciados (ARIZA, 2002;LONGLEY et al., 2001).

Como a construção de sistemas de informação de abrangência nacional tem sido, normalmente, umesforço de Estado / Nação, alguns países iniciaram articulações internas e externas (Comitês, Grupos de

Trabalhos, etc.) para o desenvolvimento de propostas de padrões de metadados para os seus sistemas deinformação estatística, cartográfica, geodésica e ambiental. No Brasil, observa-se que poucas organizaçõesestão implementando os metadados de suas bases geoespaciais, e o fazem mesmo não dispondo de umpadrão de metadados geoespaciais.

Com a evolução dos serviços disponibilizados no ambiente web, o intercâmbio de dados tem sidointensificado e facilitado pelo desenvolvimento de aplicativos para a transferência de informações. SegundoWEBER et al., (1999, p. 9), “as aplicações de transferência de dados implicam numa série de ações conjuntasenvolvendo acesso, disponibilidade e adequação dos dados”, além das informações necessárias paraprocessar e utilizar o conjunto de dados, ou seja os metadados.

Cabe ressaltar que os metadados fornecem as características dos dados a serem transferidos e não

as especificações da ação de transferência. Acesso e disponibilização de dados englobam as informaçõesnecessárias para se conhecer o que um conjunto de dados oferece – seu conteúdo e características –, alémdas formas de apresentação e representação dos dados.

O Decreto no 6.666/08, Marco Legal da INDE brasileira, define Metadados Geoespaciais como oconjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu levantamento,produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação,integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua busca e exploração. Esta definição se mostracompatível com os conceitos apresentados anteriormente.

Função e importância dos metadados (IGAC, 2005)

• Inventário - descrição dos recursos dos dados e sua organização.• Melhoria da produtividade interna das instituições.• São elementos chaves na gestão de dados geoespaciais.• Facilitam a re-utilização da informação e são importantes nos processos de divulgação –

suportam a busca e conhecimento dos dados existentes.• Reduzem a duplicidade de esforços, com a divulgação do elenco de dados das instituições.

Orientações para a geração de metadados

• Deve-se buscar gerar metadados ao longo da produção dos dados.• Em projetos de geração de dados devem ser previstos os investimentos necessários para a

geração de metadados.

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• Na geração de metadados priorizar os conjuntos de dados mais atuais em relação aos maisantigos.

Níveis de metadados

Os principais padrões de metadados espaciais estão estruturados, com poucas variações conforme asua aplicabilidade, nas seguintes seções:

• Identificação e origem;• Cobertura e referência espacial;• Formato;•  Status;• Qualidade;• Entidades e atributos;• Restrições de uso;•

Forma de acesso / fornecimento.

 As seções definidas nos diversos padrões de metadados existentes correspondem a três níveis demetadados: de descoberta ou de identificação; de exploração; e de utilização (NGDF, 2000).

Os metadados de identificação compreendem as informações necessárias para o usuário discernir sobre o conteúdo, formato e extensão de um conjunto de dados. Estes metadados cobrem as questõesreferentes ao "o que, quem, onde, como e quando”, permitindo ao usuário decidir se o conjunto de dados épotencialmente útil.

Os metadados de exploração relatam as informações relevantes para os usuários avaliarem aaptidão dos dados às exigências de suas aplicações, relacionando-se com a qualidade dos dados. O conjunto

de metadados (de exploração) referente à qualidade informa sobre as especificações técnicas de produçãoconsideradas na aquisição, tratamento e representação cartográfica e geográfica da documentação espacial. A existência de medidas de qualidade de dados é fundamental para avaliar a confiabilidade de resultadosobtidos a partir de aplicações de análises espaciais efetuadas com esses dados.

Os conjuntos de dados de qualidade comumente retratados são: a linhagem, a acurácia, aconsistência lógica, a completeza; e dependendo do tipo de dados que está se descrevendo - a precisão,restrições de captação / aquisição e os tratamentos (conversões, correções, etc.) efetivados durante aprodução de um conjunto de dados.

Os metadados de utilização consistem nas seções que relatam as formas de obtenção dos dados,mídias para fornecimento, os requisitos computacionais (sistema operacional e aplicativos, dentre outros), os

direitos autorais, as restrições e responsabilidades de uso. Nestes também são informados, opcionalmente,contatos adicionais para quaisquer dúvidas na utilização dos dados.

Um perfil de metadados contém um conjunto básico e necessário de elementos que retrate ascaracterísticas dos produtos cartográficos e garanta sua identificação, avaliação e utilização consistente. Esteconjunto básico é proposto como o núcleo comum a todos os tipos de produtos cartográficos. Os produtos demapeamento especial, cadastral e temático requerem maior detalhamento dos itens de algumas seções dosmetadados para retratar suas especificidades.

 Analisando-se os conjuntos de informações que compõem os padrões de metadados geoespaciaisexistentes e considerando a crescente produção de dados geoespaciais em ambiente digital nas últimasdécadas, pode-se inferir que os documentos afetos à cartografia sistemática terrestre requerem para uma

utilização consistente, no mínimo:

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• Identificação;• Abrangência geográfica;• Organização espacial e referência espacial;• Linhagem (insumos e processos de produção);• Qualidade e status;• Entidades e atributos;• Créditos e restrições de uso;• Formas de fornecimento e de acesso; e• Referência dos metadados.

Os metadados são considerados pela Tecnologia de Informação e Comunicação- TIC comofundamentais para documentar, catalogar, preservar e compartilhar IG. Algumas de suas tecnologias, taiscomo SIG, Data Warehouse - DW e Sistemas de Apoio à Decisão – SAD, estão baseadas nos metadadospara compor de forma consistente as bases de dados dos sistemas de informação para a tomada de decisão.

 A Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR, através do seu Comitê Especializado deMetadados Geoespaciais, está implementando o Perfil de Metadados Geoespaciais Brasileiro (Perfil MGB)baseado no padrão ISO 19115, que será posto, por um período, em consulta pública para que sejamacrescidas as contribuições e sugestões dos produtores e usuários de dados e IG. Este tema será revisitadono capítulo 4 deste documento.

 A qualidade de um documento cartográfico convencional ou digital está embasada nos mesmosprincípios, ou seja, nas especificações técnicas dos insumos e no controle dos processos de produção. Énecessário se definir e homogeneizar os sistemas de referências geodésica e cartográfica, os quaismaterializam a referência espacial a ser utilizada, bem como a aplicabilidade de cada insumo ou dado fonte,

as especificações e os parâmetros envolvidos no tratamento e processamento dos dados para se produzir dados confiáveis e com consistência.

 A qualidade é entendida como a conformidade com as especificações projetadas ou prescritas (ARIZA,2002). Os enfoques de qualidade têm evoluído historicamente (vide quadro 6) e atualmente se identifica agestão de qualidade como a qualidade de todo processo de produção – linhagem (insumos e processos deprodução), produção e produto (certificação).

Quadro 6 - Evolução histórica de qualidadeFase Industrial Ano

Qualidade do produto 1775Qualidade do processo 1924

Qualidade do projeto 1975

Fase Informação (e Serviços) Ano

Controle total da qualidade 1956Círculos de qualidade 1960

Qualidade total 1984Certificação 1987

Fonte: SEBASTIÁN e COL. apud  ARIZA, 2002

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O quadro 6 apresenta como a questão da qualidade foi e é tratada na Era Industrial e na Era daInformação (e Serviços), passando do controle de qualidade de projetos, processos e produtos para aqualidade total e a certificação segundo padrões internacionais.

 A expansão do uso de geotecnologias por usuários de outros setores do conhecimento, alheios a

questões de precisão cartográfica, tem ocasionado inadequações na utilização e integração de dados (quadro7). Outras questões que concorrem para a inadequada utilização de bases cartográficas como referênciaspara mapeamentos temáticos são: capacitação inadequada, ausência de documentação e inadequação dasbases cartográficas utilizadas.

 Aspectos relevantes, tais como: modelo de dados, aquisição, referenciais e tratamento geodésico/cartográfico e formas de representação, armazenamento, entre outros itens técnicos de produção, são muitasvezes ignorados, contribuindo para a ocorrência de inconsistências na utilização de documentos cartográficoscomo referência para outras determinações (quadro 8).

Quadro 7 - Problemas usuais no manejo de informação geoespacialQUESTÕES ORIGEM

Heterogeneidade

Mídias diversasFormatos diferentes

Cartográfica:- Escalas- Projeções- Simbologia-Temática

Referência temporal Diferentes datas de elaboraçãoComplexidade Representação de elementos com

diversas geometriasMúltipla procedência Variedade de produtores

Finalidades distintasPrecisões diversasMétodos diferentes

Documentação Legenda (não completa)Não adoção de padrões de metadados

Fonte: adaptada de ARIZA, 2002

 A utilização adequada de mapas e cartas é dependente do conhecimento que se tem dos mesmos(LAZZAROTTO et al., 2004). Por este motivo é necessário que as bases cartográficas sejam fornecidas

 juntamente com uma documentação que permita aos usuários conhecê-las quanto à sua linhagem equalidade e, deste modo, analisarem a sua adequação à aplicação a ser implementada.

 A produção de bases cartográficas e temáticas sem a devida documentação associada inviabiliza aaferição de sua qualidade. O controle e documentação da produção fornecem as garantias de geraçãoconsistente de dados, de preservação dos investimentos de produção e de disseminação eficiente. Osmetadados implementam de forma estruturada e padronizada essa documentação, informando aos usuários oconteúdo, as características, as especificações, a qualidade, as restrições e responsabilidades de uso dosprodutos disponibilizados.

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 Quadro 8 - Processos geradores de erros na manipulação de dados geoespaciais

PROCESSO MOTIVOModelagem conceitual Inadequação do modelo de dados

Levantamento / aquisição de dados Erros no trabalho de campoErros nas fontes de informação utilizadasInexatidão da digitalização

Inexatidão dos elementos geográficos Armazenamento Precisão numérica e espacial inadequada

Erros de processamentoManipulação / tratamento Erros de superposição

Intervalos de classes inadequadosPropagação de erros

Representação cartográfica Erros de transformação de coordenadasInexatidão de escala

Inexatidão do dispositivo de saídaDeformações do suporte de reprodução

Utilização Entendimento incorretoUso inapropriadoFonte: ARONOFF, 1989

1.3.5 Serviços web e arquitetura SOA

Serviços web podem ser entendidos como aplicações e componentes de aplicações acessíveis pelaweb, capazes de trocar dados, compartir tarefas e automatizar processos pela Internet. Pelo fato de sebasearem em padrões simples e não proprietários, os serviços web possibilitam que programas secomuniquem diretamente uns com os outros e troquem dados independentemente de sua localização,plataformas de processamento, sistemas operacionais ou linguagens.

O conceito de serviço web é central na compreensão do modelo funcional de uma IDE. Cada vez maisas IDEs vêm sendo implementadas sob a filosofia SOA (Services Oriented Architecture ou  ArquiteturaOrientada a Serviços), surgindo daí o conceito de Infraestruturas de Dados Espaciais Orientadas a Serviços,que será aprofundado a partir desta seção.

Em um ambiente SOA, os nós da rede disponibilizam seus recursos a outros nós na forma de serviçosindependentes, aos quais todos têm acesso de um modo padronizado a partir de metadados de serviços. Aocontrário das arquiteturas orientadas a objetos, as SOAs são formadas por serviços de aplicação fracamenteacoplados e altamente interoperáveis. Para comunicarem-se, estes serviços se baseiam numa definiçãoformal independente da plataforma subjacente e da linguagem de programação.

 Através da SOA pretende-se que os componentes de software desenvolvidos sejam altamentereutilizáveis, já que a interface entre tais componentes se define segundo um padrão público e aberto. Assim,um serviço desenvolvido na linguagem C#, por exemplo, pode ser usado por uma aplicação Java. Dessemodo, os serviços web tendem a reduzir os custos de integração de software e compartilhamento de dados. Ainfraestrutura de padrões e serviços web amplia consideravelmente o acesso dos usuários a recursos deprocessamento.

Uma definição alternativa para SOA é encontrada na Wikipedia:

“SOA é uma metodologia de desenvolvimento de sistemas e integração, na qual a funcionalidade éagrupada em torno de processos de negócio e empacotada na forma de serviços interoperáveis. A SOAsepara as funções em unidades distintas, ou serviços, que são acessíveis através da rede para que possam

ser combinados e reutilizados, com máxima flexibilidade, na criação de aplicações de negócio”.

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  A metodologia de modelagem e projeto para aplicações SOA se conhece como “análise e projeto

orientado a serviços”. A SOA é tanto um marco de trabalho para o desenvolvimento de software como ummarco de trabalho de implantação. Para que um projeto SOA tenha êxito, a equipe de desenvolvimento devepautar-se pela mentalidade de criar serviços de uso compartilhado (de interesse comum). O desenvolvimentode sistemas segundo a SOA requer um compromisso com este modelo em termos de planejamento,

ferramentas e infraestrutura.

Na implementação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais Orientada a Serviços - IOS, aarquitetura de serviços web assume a existência de três papéis – Provedor , Consumidor (também chamadoUsuário ou Cliente), Registro – os quais executam três tipos de operação segundo o esquema do quadro 10.

Quadro 10 - Modelo de arquitetura SOA para IDE

Fonte: IGN/IDEE, 2008

Provedores (também chamados de “Produtores” no caso de provedores de dados) disponibilizam oupublicam seus metadados (de dados ou de serviços) através de um agente intermediário, o qual mantém umRegistro contendo a descrição dos dados e serviços disponíveis (através de catálogos de dados e deserviços). Os Consumidores ou Usuários buscam e encontram os dados e serviços de que necessitamatravés do agente, e os requisitam ou invocam diretamente dos Provedores. O acesso ao Registro geralmenteé feito mediante um portal.

No contexto de uma IDE Orientada a Serviços (IOS), é comum encontrarmos as expressõesgeoserviços web ou serviços web OGC (OWS), pois os padrões e protocolos mais comumente utilizados naimplantação de uma IOS são aqueles elaborados e disseminados pela organização internacional maisinfluente no campo de geoprocessamento pela web: a OGC (Open Geospatial Consortium). No entanto,existem protocolos ainda mais básicos que os da OGC, elaborados e difundidos pelo W3C (World Wide WebConsortium), aos quais a OGC procura aderir.

Os protocolos preconizados pelo W3C estão cada vez mais difundidos no mundo dos serviços web,sendo aqueles mais usados na implementação de uma arquitetura SOA. Num nível mais básico são eles que

viabilizam as operações indicadas na: “Publica”, “Encontra” (ou “Descobre”) e “Requisita” (ou “Solicita”). Taisprotocolos são:

•  HTTP (Hyper Text Markup Language): especifica como o navegador (browser ) e o servidor intercambiam informação na forma de solicitação e resposta.

•  XML (eXtensible Markup Language): trata-se de uma sistema de codificação de dados na formade texto; sua principal característica é que pode ser “compreendido” e processado por software;terá um papel importante na Web Espacial pois serve de plataforma para a GML, um padrão decodificação XML para dados espaciais e também porque metadados codificados em XML, paradados espaciais e geoserviços, oferecem uma base para buscas em catálogos de dados eserviços.

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 •  SOAP (Simple Object Access Protocol ): é uma especificação de protocolo criada por Microsoft,

IBM e outros, atualmente sob os auspícios do W3C, que define como dois objetos em diferentesprocessos podem comunicar-se pelo intercâmbio de dados XML. Ou seja, define um modouniforme de “entregar” ou passar dados codificados em XML.

•  UDDI (Universal Description, Discovery and Integration): é uma coleção de protocolos e APIs quepermitem o registro e a descrição de serviços web de modo que os mesmos possam ser catalogados e procurados; o registro no catálogo UDDI é feito em XML. UDDI pode ser definidocomo o “catálogo de negócios” da Internet, através do qual serviços web podem ser compradosou vendidos como qualquer outro produto de comércio eletrônico.

•  WSDL (Web Services Description Language): descreve a interface pública aos serviços web eassim como o SOAP, também se baseia em XML; o WSDL descreve a forma de comunicação,vale dizer, os requisitos do protocolo e os formatos das mensagens necessários para interagir com os serviços listados no catálogo.

SOAP, WSDL e UDDI são tecnologias independentes de plataformas que fazem uso extensivo deXML, uma linguagem padrão que é usada para definir protocolos e codificar os pacotes de dados que asaplicações empregam para comunicarem-se entre si. Através de mensagens SOAP o catálogo UDDI pode ser acessado. Como resultado deste acesso é gerado um (ou mais) documento(s) WSDL contendo a descriçãodos requisitos do protocolo e os formatos da mensagem solicitada para interagir com o(s) serviço(s)registrado(s) no catálogo.

1.4 Geoserviços web

O processamento de dados espaciais, ou geoprocessamento, é um domínio de processamento quenecessita da web de modo crítico. O geoprocessamento compreende um conjunto complexo e diversificadode operações caras de se manter em sistemas standalone repletos de recursos. A saída para este problemaestá nos geoserviços web, que são concebidos para prover os usuários com funções integradas utilizáveisde modo seletivo como, por exemplo, converter dados de dois ou mais servidores para o mesmo sistema dereferência de coordenadas.

O modelo de serviço é o modelo que governa a estrutura dos geoserviços web. É uma arquitetura naqual serviços individuais têm interfaces de tipos conhecidos. Estas são descritas em metadados de serviços,que se encontram disponíveis para os usuários através uma solicitação padronizada pela OGC (comando Get Capabilities). Existem catálogos ou registros de serviços que oferecem acesso a coleções de metadados deserviços através de consultas. Os geoserviços são endereçáveis por uma URL e estão disponíveis ao públicoatravés da Internet.

Na iniciativa de geoserviços web, os membros da OGC vêm construindo as interfaces para serviços edados espaciais e também definindo a informação de metadados, tendo em vista assegurar que a arquiteturafuncionará em um ambiente de geoprocessamento distribuído. A OGC é talvez a organização atual maisimportante no estabelecimento de padrões relacionados com a IG. Sua missão é a de liderar odesenvolvimento, a promoção e a harmonização de padrões abertos para viabilizar a interoperabilidade deconteúdos e serviços da IG.

 Alguns dos serviços mais importantes especificados e documentados pela OGC são descritos a seguir de forma resumida (mais detalhes sobre alguns destes no Capítulo 5):

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•  WMS (Web Map Service)

• Este padrão OGC especifica o comportamento de um serviço que produz, permite visualizar econsultar mapas georreferenciados. O serviço WMS permite visualizar IG em geral e consultar asentidades mostradas num mapa vetorial; permite superpor dados vetoriais a dados matriciais emdiferentes formatos, sistemas de referência de coordenadas e projeções, situados em diferentesservidores. As petições WMS podem ser feitas por um navegador padrão em forma de URL´s.

•  WFS (Web Feature Service)

• Permite ao usuário acessar, consultar e até modificar (inserir, atualizar e eliminar) todos osatributos de um fenômeno geográfico representado em formato vetorial. Considera implicitamenteque os dados vetoriais estarão no formato GML; no entanto, qualquer outro formato vetorial podeser utilizado. O repositório de dados deve ser opaco para a aplicação cliente e os dados sópoderão ser vistos através da interface WFS.

•  WCS (Web Coverage Service)

• Em inglês, o termo coverage (“cobertura”) refere-se a um arquivo ou conjunto de dados emformato matricial, usado para representar fenômenos com variações espaciais contínuas. Oserviço WCS permite não apenas visualizar dados em formato matricial, mas também consultar ovalor numérico associado a cada pixel. Diferentemente do WFS, que devolve fenômenosgeográficos discretos, o WCS devolve representações de fenômenos espaciais que relacionamum domínio espaço-temporal com um espectro de propriedades.

• O WCS permite consultas complexas aos dados; este serviço retorna os dados com a suasemântica original, de modo que os mesmos podem ser interpretados, extrapolados, etc. e nãosomente visualizados, como acontece no WMS.

  Gazetteer  (Serviço de Nomes Geográficos, no Brasil)• Este serviço permite localizar um fenômeno geográfico mediante o seu nome. Devolve geometria

das entidades que estão associadas ao nome do topônimo buscado. Combina topônimos combuscas espaciais. Localiza informação literal mediante textos ou buscas espaciais. A consulta por nome permite fixar outros critérios como a extensão espacial em que se deseja buscar, ou o tipode fenômeno dentro de uma lista disponível (rio, montanha, povoado, etc.). A especificação OGCdo Gazetter corresponde a um perfil do WFS.

Na INDE brasileira, o serviço Gazetteer estará associado ao Banco de Nomes Geográficos (BNG),que se encontra em construção pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O BNG e o Serviçode Nomes Geográficos associado deverão ser disponibilizados através do portal SIG Brasil para todos os

usuários da INDE brasileira.•  CSW (Web Catalog Service)

• O CSW é uma especificação de serviço da OGC que permite a publicação e o acesso acatálogos digitais de metadados para dados e serviços geoespaciais, assim como outrainformação de recursos. Em termos básicos, o CSW permite publicar e buscar informação dedados, serviços, aplicações e, em geral, todo tipo de recurso. Os serviços de catálogo sãoindispensáveis para buscas e acesso aos recursos registrados dentro de uma IDE. Trata-se dotipo de serviço implementado pelas chamadas Clearinghouses, que têm por objetivo a busca e oacesso a IG.

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•  SLD (Style Layer Descriptor )

• Esta especificação da OGC descreve um conjunto de regras que permite ao usuário definir estilos personalizados de simbologia para as entidades geográficas. O SLD é considerado umaextensão do WMS para definição de estilos personalizados para as entidades. Vejamos o por quê:

Como vimos, um cliente WMS é a ferramenta de visualização de mapas disponibilizados por umservidor web de mapas conforme a especificação OGC WMS. Em um WMS básico, o cliente realiza umasolicitação GetMap na qual introduz a lista de camadas e estilos conhecidos pelo servidor. O servidor, por suavez, oferece um número finito de estilos predefinidos para mostrar as camadas, de modo que o usuário ficasem opção para definir seus próprios estilos. É neste ponto que entra o SLD.

O presente Plano de Ação para a construção da INDE brasileira poderá beneficiar-se dadisponibilidade das especificações públicas e abertas dos serviços web OGC, baseadas em protocolos epadrões de ampla aceitação no mundo web, tendo em vista agilizar a oferta de geoserviços para acomunidade de usuários do Brasil. Tendo em vista o capítulo 5 deste Plano de Ação, apresentam-se a seguir alguns tipos de serviços disponíveis nas IDEs desenvolvidas por alguns países:

Serviços de localização:

• Possibilitam a busca de conjuntos de dados espaciais e serviços relacionados, partindo doconteúdo dos metadados correspondentes.

Serviços de visualização:

• Permitam, minimamente, mostrar, navegar, aproximar ou distanciar mediante zoom, mover-se oua superposição visual dos conjuntos de dados espaciais, assim como mostrar as simbologias econvenções ou qualquer conteúdo pertinente de metadados.

Serviços de descarga:

• Permitem descarregar cópias de conjuntos de dados espaciais, ou partes deles e, quando sejapossível, acessar diretamente os dados.

Gazetteer (Serviço de Nomes Geográficos, no Brasil)

• Este serviço permite localizar um fenômeno geográfico mediante o seu nome. Devolve geometriadas entidades que estão associadas ao nome geográfico buscado. Combina topônimos combuscas espaciais. Localiza nomes geográficos a partir de textos ou buscas espaciais. A consultapor nome permite fixar outros critérios como: a extensão espacial em que se deseja buscar, o tipode fenômeno dentro de uma lista disponível (rio, montanha, povoado, etc.), aspectos lingüísticose históricos. A especificação OGC do Gazetter corresponde a um perfil do WFS. 

Na INDE brasileira, o serviço Gazetteer estará associado ao Banco de Nomes Geográficos do Brasil(BNGB), que se encontra em construção pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O BNGB eo Serviço de Nomes Geográficos associado deverão ser disponibilizados através do portal SIG Brasil paratodos os usuários da INDE brasileira.

Serviços de transformação e análise:

• Permitem transformar os dados espaciais de forma a implementar sua padronização,harmonização, integração, garantindo assim sua usabilidade e interoperabilidade;

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• Possibilitam realizar análises espaciais pré-estabelecidas, por exemplo: de relevo / declividade;de redes de transporte e de recursos hídricos; entre outras.

Serviços que permitem acesso a serviços de dados espaciais.

1.5 IDE Orientada para Serviços

DAVIS et al., 2006 propõem uma arquitetura para o desenvolvimento de uma infraestrutura de dadosespaciais orientada para serviços baseada na SOA, onde os dados são providos por diferentes serviços deinformação através de redes de computadores, formando assim o que pode ser chamado de “segundageração de IDE”, conforme ilustrado no quadro 11.

Quadro 11 - Infraestrutura de Dados Espaciais Orientada para Serviços

Fonte: Davis et al., 2006

Uma IDE Orientada para Serviços pode ser entendida como a confluência entre diversos provedoresde dados geográficos, cada qual fornecendo acesso a dados através de serviços web específicos (aplicaçõescujas interfaces e conexões são codificadas em XML), que podem ser encontrados através de mensagens emXML. Para escolher quais dados e quais serviços preenchem suas necessidades, o usuário ou cliente realizabuscas através de um repositório de metadados sobre informações e geoserviços disponíveis. Naturalmente,os provedores de tais informações e geoserviços devem ter, previamente, cadastrado os metadados norepositório (quadro 11).

Segundo DAVIS et al., 2006 a idéia principal das IDEs é oferecer serviços de acesso a dados e IG,com base em catálogos de acervos de dados, tornando indiferentes, aos olhos do usuário, o local, meio eestrutura física de armazenamento. Nas IDEs o acesso aos dados é realizado apenas através de serviços, é

possível encapsular a estrutura física dos dados. Nelas o usuário também não precisaria conhecer o localonde os dados estão armazenados, pois cada provedor de dados se encarrega de registrar, junto a umserviço de catalogação, que dados possui, onde estão, como estão organizados, e onde estão os metadados.

Os citados autores observam que nas IDEs, basta que o usuário consulte um serviço para determinar se os dados que procura estão disponíveis, que consulte outro para avaliar detalhes sobre sua fonte e outrosdetalhes de sua produção, e, caso esteja satisfeito com as características dos dados, acione um terceiroserviço para recuperá-los.  O modelo proposto por aqueles autores para as IDEs Orientadas a Serviços lançamão da arquitetura de serviços da OGC, conforme ilustrado no quadro 12.

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 Quadro - Arquitetura de Serviços OGC

Fonte: DAVIS et al., 2006

 As IOS devem ser distribuídas, suportar múltiplas aplicações, clientes de diversos tipos, inúmeras fontes dedados, múltiplos grupos para manutenção e atualização, todos formando um ambiente computacionalheterogêneo. As IOS também não devem impor a adoção de produtos específicos aos seus participantes,

mas devem, ao contrário, prover uma visão arquitetural e determinar o conjunto mínimo de padrõesnecessários para que exista interoperabilidade. Além disso, esses padrões precisam ser aceitos tãoamplamente quanto possível.

 Ainda segundo DAVIS et al., 2006, a padronização elaborada e disseminada mundialmente pelo OGC,que será examinada na próxima seção, e o padrão de interoperabilidade XML, têm orientado a implementaçãode “IDEs de segunda geração” (não mais orientada somente a dados, mas também a serviços). O quadro 13retrata a arquitetura da IDE da Espanha (IDEE), que acompanha a tendência mundial de IDEs Orientadas aServiços segundo o modelo preconizado pela OGC.

Quadro 13 - Arquitetura da IDEE - Espanha

Fonte: IGN, 2008

 A INDE brasileira será implantada segundo a filosofia das Infraestruturas de Dados EspaciaisOrientadas para Serviços. Entre outros tópicos, o Capítulo 5 endereça os serviços que serão contempladospela INDE em seu primeiro ciclo de desenvolvimento (Ciclo I).

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 1.6 Fatores de sucesso na implantação de uma IDE

Como conclusão deste capítulo de fundamentos conceituais de uma IDE, apresenta-se em revista ospré-requisitos e os fatores críticos de sucesso na construção de uma Infraestrutura de Dados Espaciais,segundo a experiência de países que largaram na frente neste esforço.

Pré-requisitos para a implantação de uma IDE:

• Mudança institucional quanto à cultura de documentação dos dados geoespaciais (através depadrão de metadados).

• Conscientização da gestão e do corpo técnico, de forma crescente e permanente, quanto ànecessidade de conhecer e compor seus catálogos de dados e informações para integração eanálise objetivando a tomada de decisão.

• Implementação e incorporação gradativa (sistemática e permanente) de catálogos de dados e

metadados, segundo padrão internacional, das bases geoespaciais existentes.

•  Implantação de mecanismos de busca e acesso, segundo padrão de dados e metadados, quepropicie a usabilidade dos dados a nível nacional, regional e internacional. 

Nota-se a importância da temática dos metadados, que será revisitada no Capítulo 4 deste Plano.Outro ponto de reflexão, derivado dos pré-requisitos acima, aponta para a necessidade de uma implantaçãogradativa dos catálogos de dados e metadados, segundo um padrão internacional. Na verdade, a abordagemrecomendada neste Plano de Ação da INDE brasileira consiste em um processo gradual, baseado emciclos de construção, ao longo dos quais pretende-se galgar etapas importantes de todo o processo deimplantação da INDE.

Desse modo, ao final do Ciclo I ou 1º Ciclo de implantação da INDE espera-se que toda ainfraestrutura física e informacional de dados, metadados e serviços, necessária para a publicação, busca eacesso a dados e IG produzidos por determinadas instituições do Poder Executivo Federal (identificadas nocapítulo 3), esteja totalmente implantada. No Plano de Ação deverá ser detalhado o escopo do Ciclo I deimplantação da INDE brasileira. 

O êxito na implantação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais depende do balanceamento de umasérie de fatores gerais, dentre os quais (ICDE,1999):

•  Coordenação e condução – a cargo dos principais produtores e usuários de dados einformações geoespaciais, considerando as necessidades nacionais.

•  Adesão de atores e partícipes – instituições governamentais das diferentes esferas de governo,instituições não governamentais, academia, setor privado e cidadãos.

•  Respaldo político e financeiro – o apoio das esferas superiores do governo é essencial nadefinição das diretrizes e no aporte de recursos financeiros para a execução das fases deimplementação de uma IDE.

•  Cooperação técnica – consiste em identificar as experiências de gerenciamento de dadosgeoespaciais, estabelecer acordos institucionais para o compartilhamento de dados, buscar apoiona experiência de outros países e manter interação com iniciativas regionais e global.

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•  Pesquisa e desenvolvimento – as tecnologias envolvidas na construção de uma IDE requerempesquisa, estudos, investigações e projetos em: Telecomunicações, Tecnologia da Informação(BD, Informática e Geomática), SIG, SR, GPS, LBS, entre outros.

Cabe ressaltar a importância de um plano de divulgação, que contemple a necessidade de elevar onível de conscientização geral sobre a importância e os benefícios aportados por uma IDE. O plano dedivulgação, assunto tratado no capítulo 7 do presente documento, deve levar em conta que uma partesignificativa do público-alvo, na qual se incluem os tomadores de decisão, a qual é composta por leigos nasmatérias de domínio dos técnicos informatas e dos produtores de IG.

Portanto, o material promocional previsto pela área de divulgação deverá incluir exemplos práticos ede fácil entendimento, elaborados em linguagem acessível e com base em técnicas modernas decomunicação visual, capazes de demonstrar os benefícios concretos da INDE. Do sucesso deste trabalhodepende inclusive a continuidade do aporte de recursos indispensáveis para a implantação gradual da INDE.

Finalmente, dentre os fatores críticos de sucesso na construção da arquitetura informacional de umaIDE, que será a ênfase do Ciclo I de construção da INDE brasileira, devem ser considerados os aspectos

referentes aos dados, a sua normalização e à tecnologia necessária para a sua geração, disponibilização,acesso e manuseio (incluindo análises), compreendendo as normas e especificações para:

1. Modelagem2. Qualidade3. Classificação / Categorização4. Padronização, Harmonização e Integração5. Metadados6. Armazenamento, distribuição e divulgação7. Acesso através de serviços

Estes passos de construção encontram-se sumarizados no quadro 14 e são considerados essenciaispara viabilização do 1º Ciclo de construção da INDE brasileira.

Quadro 14 - Passos para a divulgação consistente de dados geoespaciais

Fonte: IGN / IDEE, 2008

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CAPÍTULO 2

SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE AÇÃO DA INDE

2.1 Um modelo de concepção para a INDE

O modelo de concepção de IDE adotado por vários países, entre os quais México e Colômbia,considera dimensões de implementação nas quais se agrupam os componentes de uma IDE examinados nocapítulo 1, a saber: Pessoas (RH), Dados, Institucional, Tecnologia, Normas e Padrões. Investigando sobreestes modelos externos, conclui-se que para a INDE brasileira pode-se propor um modelo análogo, consoanteo quadro 1.

A dimensão Humana envolve os produtores e usuários e demais recursos humanos partícipes, osquais serão denominados atores da INDE. A dimensão Administrativa – também chamada Organizacional  – compreende o marco legal, as questões de organização e gestão e as inerentes ao fortalecimentoinstitucional. Já a dimensão Técnica endereça as questões de dados e metadados, normas e especificaçõese tecnologia.

Quadro 1 - Modelo de concepção de uma INDE: dimensões e seus elementos

Dimensão Elementos

HumanaProdutores e usuáriosRecursos humanos

Administrativa ou OrganizacionalMarco legalOrganização e gestãoFortalecimento institucional

Técnica

Dados e metadados

Normas e especificaçõesTecnologia

Fonte: adaptado de: IDEMEX, 2006; MARTINEZ, 2005; IEDG, 2005

Cabe ressaltar que cada país concebe e implementa os componentes de sua IDE conforme a suarealidade cultural, ambiental, político-administrativa, econômica e das relações institucionais entre os setores(público, privado e acadêmico). No Brasil, sendo o governo federal o mentor, gestor e articulador da PolíticaNacional de Informação, há uma premissa básica de que a INDE deverá ser implementada de acordo com ospreceitos dessa política.

Na organização do presente Plano de Ação, o capítulo 3 é dedicado aos atores da INDE pela óticadas pessoas que serão de algum modo envolvidas na construção ou impactadas pela implantação da INDE,

isto é, os atores propriamente ditos, e das entidades às quais estes atores pertencem, a saber:

•  entidades governamentais, nos diversos níveis de governo (federal, estadual, distrital emunicipal);

•  academia (universidades, institutos de pesquisa, escolas técnicas, e outras);•  setor privado (iniciativa privada, meio empresarial);•  sociedade (ONGs, associações de classe e cidadãos em geral),

Na concepção de Plano de Ação aqui proposta, os três últimos conjuntos de atores deverão sergradativamente incorporados ao processo a partir da conclusão do 1º Ciclo de construção da INDE. O capítulo1, seção 1.6, inclui uma breve exposição sobre os pré-requisitos para a implantação de uma IDE, e uma das

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conclusões ali apresentadas diz respeito à necessidade de se pensar em ciclos de construção. Naquela seçãofoi apresentado o objetivo geral do 1º Ciclo (ou Ciclo I) de construção da INDE brasileira.

Uma consequência do Decreto Presidencial nº 6.666/08, que instituiu a INDE brasileira, é que o Planode Ação da INDE deverá definir quais entidades governamentais estarão envolvidas na execução do Plano, e

os seus respectivos papéis (produtores, usuários, gestores). Este assunto é tratado no capítulo 3, dedicadoaos atores da INDE. O capítulo 3 endereça questões-chave das dimensões Humana e Organizacional daINDE.

Ainda com respeito ao Plano de Ação, os capítulos 4 e 5 são inteiramente dedicados à dimensãoTécnica. Os capítulos 6 e 7 endereçam questões ligadas às dimensões Humana e Organizacional querequerem destaque, a saber: treinamento de Pessoas / Atores / RH e divulgação da INDE, face ànecessidade de se ampliar o nível de conscientização dos atores e da sociedade em geral quanto ao acesso euso de dados e IG. Cabe enfatizar que dados e informações geoespaciais são considerados fatoresessenciais de Políticas de Informação e de boa governança pelas nações. 

Não obstante, as necessidades que serão levantadas nos capítulos 3 a 7 requerem ações de

organização e gestão para serem atendidas durante a construção da INDE, ou seja, durante a execução doPlano de Ação. Por este motivo, o Plano de Ação não poderia deixar de enfatizar a dimensãoOrganizacional. O presente capítulo 2 focaliza esta dimensão tendo em vista a elaboração de subsídios parao planejamento de implantação da INDE. Ou melhor, subsídios gerais para o próprio Plano de Ação.

Convém observar que a dimensão Organizacional inclui funções de  planejamento, gestão eorganização que dão orientações quanto: à gestão; à coordenação; ao ambiente técnico; ao desenvolvimentodo fator humano; às inter-relações políticas e legais e às questões de regulação (normas, especificações epadrões); à definição de responsabilidades e atribuições de produção e atualização de dados e IG. Alémdisso, endereçam as questões legais referentes aos direitos autorais.

Pelos motivos supra citados, neste capítulo trata-se de analisar e orientar a formulação do Plano deAção principalmente quanto às questões gerais de políticas, legislação e coordenação (gestão) associadas aoesforço de construção da INDE. Naturalmente, este exercício deve ser feito à luz do Marco Legal estabelecidopelo Decreto nº 6.666/08, que instituiu a INDE brasileira. Outra preocupação deste capítulo é a de incluirorientações com respeito às questões técnicas de normas e especificações para os gestores da INDE.

2.2 Orientações gerais para o planejamento de uma INDE

Implantada sob os auspícios do governo federal, com normas, especificações e protocolosestabelecidos para permitir a interoperabilidade de conteúdos e serviços, facilitando e incentivando o acesso(à) e o uso de IG por toda a sociedade, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) do Brasil seráum fator determinante e condição sine qua non  para a modernização do Estado na chamada Era daInformação.

O movimento mundial de construção de INDEs teve início na primeira metade dos anos 90. Peloexame da bibliografia e mediante contatos estabelecidos com diversas organizações diretamente envolvidasem trabalhos de planejamento e implementação de IDEs nacionais (aqui chamadas genericamente deINDEs), constata-se que as motivações para tais iniciativas constituem um fator comum a todas. Observa-seigualmente uma certa uniformidade com relação aos benefícios esperados, riscos e cuidados a seremobservados, e às necessidades a serem atendidas na construção de uma INDE.

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Entende-se que toda essa experiência externa merece consideração no preparo do Plano de Ação.Por isso, dedica-se a presente seção ao seu registro, cuidando de incluir um conjunto de recomendações eorientações a serem observadas no processo de construção da INDE brasileira. Até porque, sendo o focodeste capítulo a dimensão Organizacional, e sendo o planejamento uma das funções nela incluídas, nãohaveria outra parte do Plano mais apropriada para fazê-lo.

2.2.1 Motivações e benefícios

Conforme visto no capítulo 1, uma IDE é constituída pelo enquadramento de políticas, acordosinstitucionais, dados, pessoas e tecnologias que permitem o compartilhamento efetivo e o uso consistente dainformação geográfica (IG). O conjunto de motivações para a implantação  de uma INDE, aplicáveis nocontexto da INDE brasileira, é o seguinte:

• A IG tem valor econômico e estratégico como componente essencial da Informação do Setor

Público, sendo a base para o desenvolvimento de novos mercados e novos empregos nasindústrias de valor agregado baseadas em localização geográfica.

• A IG tem um valor social e político porque fornece soluções para o planejamento e integração depolíticas, e para direcionar intervenções onde sejam mais necessárias, gerando benefíciosquantificáveis para cidadãos, empresas e governo.

• Os governos em todo o mundo compreendem cada vez mais o valor da IG e implementam açõesque buscam desenvolver a geração e a exploração dessas informações, consideradas ativosimportantes na Gestão do Conhecimento.

• A IG não deve ser vista apenas como uma quantidade de dados, deve ser olhada como vital paraa constituição de infraestruturas informacionais estratégicas para a sociedade, permeando osSistemas de Informações de Planejamento Governamentais e potencializando a Gestão daInformação e Conhecimento (quadro 2).

A INDE brasileira terá como primeiro objetivo básico propiciar o acesso aos dados geoespaciaisproduzidos no âmbito do Estado. Do sucesso de sua implantação pode-se esperar os seguintes benefíciosgerais:

• Inclusão da sociedade na Era da Informação, com o incremento do acesso público (à)  eaplicação da Geoinformação e, consequentemente, a redução da distância entre cidadãos eEstado / Governo;

• Busca de maior abertura, de transparência e de orçamento vinculado para uma Política deInformação Geoespacial;

• Efetividade e governabilidade: ampliar a capacidade de resposta do Governo com a inserção deanálises geoespaciais na tomada de decisão;

• Subsidiar a crescente demanda da sociedade por políticas públicas elaboradas e implementadas,tendo o território como um dos fatores de análise, e feita de forma sistemática e participativa;

• Foco crescente no desenvolvimento sustentável, ampliando a participação social;

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• Melhoria nas ações resultantes do planejamento de emergências e da segurança nacional;• Reforço à integração Estado ⇔ Federação;• Promoção do uso de IG e de geotecnologias para a tomada de decisão nos processos sociais,

ambientais e econômicos.

Quadro 2 – Benefícios das IDEs

Fonte: adaptado MARTÍNEZ, 2005

2.2.2 Riscos e cuidados na construção

Não obstante o amplo conjunto de motivações e benefícios decorrentes de sua implantação, aconstrução de uma INDE demanda uma série de precauções e medidas mitigadoras, face aos inúmeros

riscos envolvidos e barreiras a serem superadas. A lista a seguir destaca alguns dos riscos e cuidados aserem observados:

• Inadequações dos dados geoespaciais: frequentemente não existem, estãodesatualizados ou incompletos;

• Ausência de metadados: a descrição dos dados geoespaciais disponíveis éfrequentemente incompleta e não raro inexistente;

• Falta de uma cultura estabelecida de documentação de metadados entre os produtoresoficiais de IG do Brasil;

• Conjuntos de dados geoespaciais incompatíveis: devido a escalas diferentes,referenciais geodésicos diferentes, produzidos a partir de insumos e/ou metodologias

diversas;• Incompatibilidade entre iniciativas (de IDEs) existentes as quais, via de regra, funcionam

de forma isolada (falta de interoperabilidade de conteúdo e serviços);• Falta de coordenação e de liderança quanto à Política de IG;• Necessidade de avaliação dos aspectos culturais e organizacionais que influenciam a

velocidade com que se pode progredir na construção da IDE;• Ênfase excessiva nos serviços em detrimento dos dados;• Repensar as relações e fluxos de informação num ambiente de rede, em vez de em

ambiente hierárquico (a busca por uma interoperabilidade efetiva);

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• Repensar as relações de confiança entre os partícipes: confiança requer regras clarassobre confidencialidade, entendimento das políticas de confidencialidade já existentes,negociações justas e regulamentações de produção e de mercado;

• Pouca evidência e compreensão dos benefícios a curto e médio prazo proporcionadospela IDE;

• A resistência à mudança entre os atores da IDE é uma barreira clássica e inevitável, quedeve ser mitigada com a ajuda de um plano de divulgação suficientemente abrangente.• Necessidade crucial de construção de capacidade nas áreas de: educação, formação,

pesquisa e gestão.

2.2.3 Necessidades e recomendações para a construção

As experiências internacionais apontam para o seguinte conjunto de necessidades a serem atendidasna construção de uma INDE:

• Dados geoespaciais de qualidade e de abrangência nacional;•

Regulação, normas e especificações de produção e atualização;• Padrões e protocolos para a integração de dados;• Sistemas de informação e tecnologias de comunicações;• Acordos e convênios de cooperação, compartilhamento e produção/ atualização;• Espacialização da informação e ferramentas de tratamento para a tomada de decisão (contexto

inter-relacionado, do simples ao complexo);• Componentes de planejamento, gestão e implementação: manutenção continuada, formação e

experiência técnica;• Formação profissional no uso de geotecnologias, para área de gestão e para usuários, com apoio

do sistema educacional.

Destaca-se a seguir uma série de orientações formuladas por alguns especialistas conceituados que

vêm trabalhando na concepção e implementação de IDEs. Conquanto não se possa considerá-las todasnecessariamente aplicáveis no caso da INDE brasileira, no geral constituem recomendações válidas comopontos de reflexão:

Orientações RICHARDT GROOT, 1997 :

• É necessário um patrocinador  do mais alto nível político que seja reconhecido por todos ospartícipes no projeto;

• Os beneficiários  da IDE devem estar identificados e ter uma participação ativa em seudesenvolvimento e implementação;

• A competência do grupo de desenvolvimento deve ser incrementada e alcançada rapidamente;• O desenvolvimento deve ser modular, com a definição de blocos de realizações / êxito, baixos

recursos financeiros e prazos curtos não superiores a 6 meses, porém com um produto finalcapaz de gerar confiança e visto por todos como útil;

• O processo deve ser administrado como um processo de inovação e transferência de tecnologia;• O produto deve ser validado até que se comprove sua plena adequação.

Orientações IAN MASSER, 1997: 

• Ter um mandato formal do governo e acompanhado dos recursos necessários que permitam suaimplantação;

• O êxito está vinculado com a intensidade com a qual (a IDE) satisfaça os requisitos dos usuários;

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• Buscar a integração da maioria dos produtores e usuários  de IG. Existem atores diferentesquanto a seus papéis e o compromisso dos diversos participantes não é necessariamente igual;

• Onde existe pouca atividade de SIG e limitações tecnológicas e de recursos humanoscapacitados se recomenda a promoção de um Centro Nacional de Informação Geográfica;  

• Criação de consciência nos políticos e nos tomadores de decisões  de que a InformaçãoGeoespacial (IG) é um recurso nacional que deve ser administrado e coordenado em função dosinteresses nacionais. 

Orientações LANCE MCKEE, 1996: 

• Os obstáculos tecnológicos são menores comparados com os obstáculos culturais e institucionaisexistentes;

• Toda IDE é uma iniciativa / projeto de longo prazo;•

Para maximizar os benefícios, as pessoas que podem influir no progresso de uma IDE devemaprender, analisar, comunicar, imaginar, inovar e planejar de maneira conjunta. 

Do Informe do Banco Mundial (1999), o qual enfatiza que o conhecimento deve ser posto a serviçodo desenvolvimento, e confere destaque ao papel do conhecimento como dinamizador do bem-estar social,ambiental e econômico nos países em desenvolvimento, extraem-se as seguintes recomendações para essespaíses:

• Formalizar políticas para diminuir a brecha de conhecimento;

Fortalecer as instituições encarregadas de solucionar as questões e os problemas relacionadoscom informação;• Ter a convicção de que o conhecimento está no centro dos esforços para o desenvolvimento,

permitirá descobrir soluções criativas para problemas complicados.

2.2.4 O modelo de organização piramidal

Como qualquer outra infraestrutura essencial para o desenvolvimento de uma nação – por exemplo, ade transportes, a de recursos energéticos, a de comunicações e outras – para que uma INDE sejaimplementada com eficácia, é necessário que:

• Opere em todos os níveis: local, regional, nacional, transnacional, global;• Mantenha relacionamentos com outras infraestruturas, como as do e-governo, da administração

pública em geral, de pesquisa e investigação (academia), educacional , com o setor privado ecom a sociedade / cidadão;

• Estabeleça instâncias de coordenação que definam programas de fortalecimento institucional,de gerenciamento, atualização e manutenção permanente;

• Defina claramente as responsabilidades para o seu desenvolvimento, regulação, manutenção eoperação.

A estrutura de hierarquia piramidal apresentada e citada na bibliografia (GSDI, 2004 e RAJABIFARD et al ., 2000) identifica a importância da inter-relação entre os diferentes níveis de IDEs e a interdependência

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entre seus componentes. O quadro 3 aponta algumas iniciativas em curso no mundo em diferentes níveis:global, continental, nacional, regional, estadual, local e institucional. Do nível regional ao institucional, osexemplos incluídos foram todos de iniciativas brasileiras.

No nível internacional, têm relevância maior para a INDE brasileira as iniciativas da GSDI, Global Map  

(GM), CP-IDEA, Geosur e o MGA, a seguir apresentam-se algumas dessas iniciativas.

A GSDI (Global Spatial Data Infrastructure ) é uma associação para intercâmbio técnico-científico efomento das iniciativas globais de IDEs. A GSDI realiza conferências anuais nas quais são debatidos ostemas associados às IDEs e discutidos casos de implementação de INDEs. Outra iniciativa de âmbito global éo Global Map  ou Projeto de Mapeamento Global (GM), que é composto por normas e especificaçõesunificadas para a escala de 1:1.000.000, e que foi concebido para subsidiar a gestão ambiental a nível global.

As iniciativas continentais têm se concentrado na constituição de Comitês Permanentes para IDEscontinentais, como é o caso do Comitê Permanente para Infraestrutura de Dados Espaciais para as Américas – CP-IDEA, e da Infraestrutura de Dados Espaciais da Europa (INSPIRE); e também em projetos tais como oGeosur e o Mapa Global das Américas (MGA).

Quadro 3 - Inter-relação entre os diversos níveis de IDE

Fonte: adaptado de GSDI, 2004Com relação à construção de INDEs, como citado no MAGUIRRE (2004) existem atualmente entornode 200 iniciativas em desenvolvimento. Nas Américas já estão implantadas as INDEs de: EUA, Canadá,Colômbia, México, Chile; em implantação encontram-se as do Equador, Peru, Brasil e outras. Em algunspaíses, assim como no Brasil, já existem iniciativas de implantação de IDEs, em diferentes níveis abaixo donacional.

Dentre as iniciativas estaduais em curso no Brasil podemos citar: a Infraestrutura de Dados Espaciaisda Bahia, o Projeto Geobases do Estado do Espírito Santo, o Projeto EmplasaGeo, da Emplasa - SP. Naesfera municipal, a experiência de Belo Horizonte na Prodabel; e no institucional / corporativo, as iniciativas doGabinete de Segurança Institucional (GSI) com o projeto GEOPR, e do Ministério do Meio Ambiente (MMA)com o projeto SINIMA (Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente), que compreende aplicativos

para composição de mapas (I3GEO) e catálogo de metadados (Geonetwork).

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 Dentre as companhias brasileiras que têm iniciativas de implantação de IDEs cabe citar a Vale, a

CPRM e a Petrobras. Estas e todas as demais iniciativas supracitadas deverão ser incluídas numlevantamento minucioso a se realizar durante a implantação da INDE, já no transcorrer do Ciclo I, pois todasserão estimuladas a compartilhar seus dados, IG e serviços com a INDE, além da experiência e conhecimentoacumulados em suas iniciativas.

Quanto às iniciativas internacionais, o acompanhamento e o contato constante com as mesmaspossibilitará incorporar aprendizados importantes para a implantação da INDE brasileira. O mesmo irá ocorrera partir dos movimentos já em curso no Brasil, não só de implantação de IDEs, mas também osempreendimentos ligados ao governo eletrônico, v.g. Projeto e-PING, e outras iniciativas do governo e dasociedade em geral.

Finalmente, é importante ressaltar que o modelo de organização piramidal em que se baseiam as IDEspermitirá que a INDE implantada pela presente iniciativa do governo federal ofereça um arcabouçotecnológico, informacional e normativo, através do qual poderão ser integradas as IDEs dos demais níveis emdireção à base da pirâmide, do regional ao institucional (quadro 3). Este é o principal benefício do modelo deorganização piramidal das IDEs. 

2.3 O marco legal da INDE brasileira

O Marco Legal é um elemento decisivo para o planejamento de implantação da INDE, na medida emque aponta responsabilidades e o escopo da atuação de certos atores fundamentais, formula definições,estabelece diretrizes e dá orientações, além de estipular um prazo (de 180 dias) para a elaboração do Planode Ação para implantação da INDE.

O quadro 4 apresenta a cronologia dos decretos de criação de algumas IDEs nacionais, para que sepossa situar o Marco Legal da INDE brasileira no contexto global.

Quadro 4 – Cronologia de instituição do Marco Legal de algumas IDEs nacionais

Fonte: adaptado de FREITAS, 2005

A INDE do Brasil – ou mais simplesmente “INDE brasileira” – foi instituída pelo Decreto Presidencial no 6.666, de 27 de novembro de 2008, publicado no DOU (ISSN 1677-7042), seção 1 e página 57. O Decreto da

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INDE brasileira consta na íntegra como anexo deste capítulo. O Artigo 1º identifica seus objetivos oumotivações:

Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infraestrutura  Nacional de DadosEspaciais – INDE, com o objetivo de:

• I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, nocompartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem federal,estadual, distrital e municipal, em proveito do desenvolvimento do País;

• II - promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos dasesferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pelaComissão Nacional de Cartografia - CONCAR; e

• III - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dadosgeoespaciais pelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadadosrelativos a esses dados disponíveis nas entidades e nos órgãos públicos das esferas federal,estadual, distrital e municipal.

O Decreto Presidencial nº 6.666/08, além de definir o conceito de INDE, apresenta outras definiçõesessenciais que serão analisadas com base nas conceituações apresentadas no Capítulo 1 (o texto extraído dodecreto aparece em itálico):

•  Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE : conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos,necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento,a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal .

Observa-se nesta definição a ausência de menção a RH ou “Pessoas”, que é considerado umcomponente fundamental em todas as funções e atividades de implementação, desde a gestão à formação ecapacitação, passando pela produção (de IG e serviços), divulgação e uso, compondo o que se denomina, nabibliografia especializada, de os atores de uma IDE (ver figura 1.2-1 e respectivas explicações).

A definição de INDE considerada no Plano de Ação compreende a definição dada no Marco Legal evai além, na medida em que considera a dimensão Humana presente em toda IDE, consoante os conceitosdiscutidos no Capítulo 1. Dois capítulos do Plano de Ação (6 e 7) são dedicados à dimensão Humana.

•  Dado ou informação geoespacial : aquele que se distingue essencialmente pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado,entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento apoiados por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto .

A definição de “dado ou informação” apresentada aponta o mesmo significado para ambos o que, paraefeito de redação do Decreto, foi suficiente. Não obstante, conforme visto no Capítulo 1 – Seção 1.3, estesdois conceitos são distintos. Dado é definido como observação ou medida de algo de interesse, e informaçãocomo a transformação ou tratamento do dado, feito por seu usuário a partir da compreensão de relaçõesobserváveis (nos dados) e do conhecimento do próprio usuário.

O Capítulo 4 do Plano de Ação é dedicado à análise dos dados e informações geoespaciais quedeverão compor a INDE brasileira, particularmente no seu 1º Ciclo de implantação.

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•  Metadados de informações geoespaciais : conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização,bem como possibilitar a sua busca e exploração .

Como abordado no capítulo 1 (Item 1.3.4), o termo Metadados Geoespaciais é aplicável tanto paradados quanto para informações geoespaciais, de modo que o Decreto mostra-se compatível com abibliografia especializada, neste ponto. A inclusão no Decreto dos objetivos e funções dos metadadosgeoespaciais explicita a sua importância no contexto da arquitetura informacional da INDE.

•  Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais - DBDG : sistema de servidores de dados,distribuídos na rede mundial de computadores, capaz de reunir eletronicamente produtores,gestores e usuários de dados geoespaciais, com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso a esses dados e aos serviços relacionados .

O DBDG pode ser entendido como a infraestrutura tecnológica e informacional da INDE brasileira, aíincluídos os dados, metadados e os serviços de busca e acesso a estes dados. O DBDG será descrito emsuas dimensões conceitual, lógica e tecnológica no capítulo 5. Uma seção inteira deste mesmo capítulo serádedicada ao portal SIG Brasil, definido a seguir.

•  Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais, denominado “Sistema de Informações Geográficas do Brasil – SIG Brasil” :   portal que disponibilizará os recursos do DBDG para publicação ou consulta sobre a existência de dados geoespaciais, bem como para o acesso aos serviços relacionados.

No Art. 3o, o Decreto nº 6.666/08 torna obrigatório o compartilhamento e disseminação dos dadosgeoespaciais e seus metadados para todos os órgãos e entidades do Poder Executivo federal. Estes dados emetadados devem ser disponibilizados através do SIG Brasil, de forma livre e gratuita para o usuáriodevidamente identificado (§ 2º), observado o disposto no § 1º, que aponta como única exceção deobrigatoriedade “as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

O Art. 3º pode ser considerado o de maior impacto do Marco Legal da INDE. É certo que o referidoartigo exclui da obrigatoriedade de compartilhamento e disseminação pelos órgãos e entidades do PoderExecutivo federal, apenas e tão somente “as informações” consideradas de segurança nacional, “nos termosdo art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição e da Lei nº 11.111 de 5 de maio de 2005”. Isto significa que todos osdemais dados e informações geoespaciais deverão ser compartilhados e disseminados por todos os órgãos eentidades do governo federal.

Além disso, e não menos relevante, é certo que todo usuário devidamente identificado, através doportal SIG Brasil, deverá ser capaz de acessar os dados disponibilizados no DBDG, livre e gratuitamente.Ora, a INDE só cumprirá a sua finalidade e justificará todo o esforço e investimento para sua implantação, se

este acesso for amplo, geral e irrestrito para todos os dados passíveis de disseminação. Caso contrário, o Art.3º perderia sua razão de ser.

O cumprimento do Art. 3º do Decreto nº 6.666/08 aponta para a necessidade de um levantamentominucioso, estudo e análise da política de acesso e uso dos dados de cada um dos atores da INDE. Comefeito, o fato de o usuário ter direito ao acesso livre e gratuito aos dados não significa que ele não tenhadeveres com relação a estes dados e respectivos produtores. Tais direitos e deveres devem serestabelecidos nos acordos de compartilhamento dos dados a serem celebrados entre as instituições.

Naturalmente, as políticas de acesso e uso dos dados dos produtores devem observar toda alegislação que regulamenta a produção de dados geoespaciais. Daí o peso que se deve dar, como item deação do plano de implantação da INDE, ao inventário da legislação vigente e da atribuição de produção de

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dados geoespaciais. Alguns desses aspectos institucionais da INDE, que se relacionam diretamente com aaplicabilidade do Art. 3º do Marco Legal, serão tratados ainda neste capítulo 2 (Seção 2.4).

Em seu Art. 4o o decreto da INDE Brasileira obriga os órgãos e entidades do Poder Executivo federal:

• a seguir os padrões estabelecidos para a INDE e as normas relativas à Cartografia Nacional,tanto na produção direta ou indireta quanto na aquisição de dados geoespaciais;

• ao planejar novos projetos para produção de dados geoespaciais, antes da execução, consultara Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR, no sentido de eliminar a duplicidade deesforços e recursos.

O mesmo decreto aponta, em seu Art.5o, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE comoentidade responsável pelo apoio técnico e administrativo à CONCAR, cujas competências encontram-seestabelecidas no Art. 6º. As competências do IBGE e da CONCAR relativas à INDE serão repassadas naseção 2.6 deste capítulo, que se dedica ao tema da estrutura organizacional e gestora da INDE.

Além do prazo para elaboração do plano de ação para implantação da INDE (180 dias a contar dapublicação do decreto), o Marco Legal aponta, ainda no Art. 6º, a necessidade da CONCAR definir no planode ação da INDE:

• prazo para implantação das estruturas física e virtual do DBDG e do SIG Brasil;•  prazo para homologar normas para os padrões dos metadados dos dados geoespaciais;

•  prazo para os órgãos e entidades do Poder Executivo federal disponibilizarem e armazenarem, noservidor do sistema de sua responsabilidade, os metadados dos dados geoespaciais de seu acervo;

• prazo para início da divulgação dos metadados dos dados geoespaciais e da disponibilizaçãodos serviços relacionados, através do SIG Brasil;

• regras para disponibilização na INDE dos metadados de novos projetos ou aquisições de dadosgeoespaciais;

• os recursos financeiros necessários para a implantação da INDE, ouvido o IBGE, incluindo as

necessidades do DBDG e do SIG Brasil, bem como os recursos financeiros necessários aodesenvolvimento de padrões, para divulgação da INDE, capacitação de recursos humanos epromoção de parcerias com entidades e órgãos públicos federais, estaduais, distritais emunicipais.

Cabe observar que os prazos a serem definidos pela CONCAR, segundo o Art. 6º do Decreto nº6.666/08, correspondem a algumas, mas não à totalidade, das tarefas (itens de ação) que deverão sercontemplados no plano de ação da INDE. Prazos, metas, responsabilidades e recursos serão tratados nocapítulo 8, que contém o Plano de Ação da INDE propriamente dito.

Por fim, o Art. 7o do Marco Legal da INDE define que caberá à Secretaria de Planejamento eInvestimentos Estratégicos, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, “promover, junto aos órgãos

das administrações federal, distrital, estaduais e municipais, por intermédio da CONCAR, as ações voltadas àcelebração de acordos e cooperações, visando o compartilhamento dos seus acervos de dadosgeoespaciais”.

A importância do Art. 7º é clara no tocante à composição da estrutura gestora da INDE, tema que seráabordado na Seção 2.6 deste capítulo.

2.3.1 Princípios norteadores

Os princípios norteadores abaixo propostos para o desenvolvimento da INDE brasileira foramadaptados dos princípios considerados na construção da INDE da Colômbia (ICDE, 2001), sob a luz do MarcoLegal estabelecido pelo Decreto nº 6.666 de 27/11/2008.

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 • A realização de ações conjuntas de disseminação, celebração de acordos, capacitação,

inicialmente entre as entidades públicas, representadas ou não na CONCAR, e depoisagregando, gradativamente, a iniciativa privada e demais organizações.

• A participação na INDE não afeta a propriedade da informação produzida e em produção. Cadaum dos participantes respeitará os direitos de propriedade intelectual das demais entidadesparticipantes.

• Os participantes se propõem a compartilhar equitativamente os custos (previstos ou não nopresente Plano de Ação) e benefícios, em conformidade com os acordos específicos que serãosubscritos para o desenvolvimento dos diferentes programas e projetos referentes àimplementação da INDE.

• Os participantes cooperarão na coordenação, implementação, promoção e financiamento para aconstrução e desenvolvimento efetivo da INDE.

• As atividades serão orientadas para satisfazer a demanda dos clientes / usuários, com uma visãode longo prazo e corroboradas institucionalmente, inclusive com a alocação de profissionaisexperientes no trato de dados e informação geoespaciais.

• Os participantes trabalharão para adequar seus planos e projetos institucionais às definições e

acordos que se estabeleçam para INDE, objetivando assegurar sua sustentabilidade.• O trabalho para construção da INDE está embasado no reconhecimento das diferentes emúltiplas competências de cada instituição e no acatamento das obrigações e limitaçõesdefinidas para cada uma na Legislação vigente.

A participação na INDE está franqueada a toda instituição ou organização pública, privada, acadêmica,não governamental (ONG) ou entidade sem fim lucrativo, que esteja de acordo com os objetivos e princípiosmencionados e disposta a integrar-se ativamente em seus propósitos. Esta participação não caracterizaránenhum vínculo de exclusividade, não impedindo a composição de acordos e convênios entre as entidadespartícipes.

2.4 Aspectos institucionais da INDE2.4.1 Organização e gestão

Como abordado anteriormente, a dimensão Organizacional da INDE abrange os elementos: marcolegal, organização e gestão, fortalecimento institucional. O marco legal estabelece os princípios, diretrizes,atores e papéis fundamentais da INDE, com base nos quais se deve conceber um modelo de organização egestão (também chamado modelo de coordenação) que leve em conta a necessidade de fortalecimentoinstitucional.

Na visão da INDE do México, a dimensão Organizacional é concebida como a estrutura de hierarquiascom funções definidas para negociar, acordar e estabelecer convênios e acordos de compartilhamento de

dados, em mais alto nível diretivo, as políticas e as diretrizes das ações que normalizam as relações entre aspartes envolvidas e compromissadas na construção da INDE (IDEMEX, 2006).

Os modelos de concepção, organização e gestão das IDEs estão associados à realidade político-administrativa, à forma de organização do Estado, aos mecanismos de participação da sociedade e aosaspectos ambientais e territoriais de cada nação. No quadro 5 são apresentados os modelos organizacionaisde algumas INDEs implantadas ou em fase de implantação, a título de subsídio para a INDE brasileira.

Como se nota nos exemplos incluídos no quadro 5, os modelos de organização e gestão de diversasINDEs também compreendem, além de um Conselho Superior de caráter diretivo, as estruturas de carátertécnico que tratam das questões de normalização técnica (elaboração de normas, padrões e especificações),aí incluídos comitês e grupos de trabalho, além de outras estruturas mais específicas de cada país.

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INDE – Países

Modelo Organizacional e de Gestão

Conselho

Superior

Conselho

Consultivo

Comitê

Técnico

Grupos de Trabalho

Colômbia –

ICDE

Comitê

Coordenador:

ministérios e

instituições

Comitê Técnico -  Dados Fundamentais

-  Padrões de IG

-  Catálogo de Metadados

-  Políticas de IG

-  Demandas dos Planos,

Programas e Projetos Nacionais

-  Promoção e divulgação

Equador –

IEDG

Conselho Nacional

de Geoinforma-

ção e

Comitê de

Coordenação

Comitê Técnico -  Plano de Cartografia (Dados

Fundamentais)

-  Normas Cartográficas

Chile – SNIT Conselho de

Ministros

Comitê

Consultivo

-  Geodésia

-  Definições e Tesaurus

-  Padrões

-  Projetos

México –

IDEMEX

Conselho

Consultivo

Nacional

Comitê

Executivo

Comitês Técnicos especializados

Cuba – IDERC Comissão

Nacional da INDE

Secretaria

Executiva

Grupos de Trabalho

Canadá –

Geoconnection

s

Conselho de

Administração

Diretor

Comitês

Temáticos

Consultivos

Rede Técnica Assessora:

-  Comitê Consultivo de Políticas

-  Comitê Consultivo de

Arquitetura

Estados Unidos

– NSDI

Comitê Diretivo

(FGDC)

Secretaria -  Grupos de Trabalho

-  Organização de parcerias

Portugal –

SNIG

Comitê de

Coordenação(Instituto

Geográfico

Português – IGP)

-  Serviços de catálogo de

Metadados-  Geoserviços

-  Espaço de Interação com a

comunidade geográfica

Espanha –

IDEE

Conselho Superior

de Geografia

Grupo de

Trabalho IDE:

Presidente,

Secretário e

Vogais

-  Dados de Referência e

Temáticos

-  Metadados

-  Arquitetura e normas

-  Política de Dados

-  Nomenclador

-  Observatório IDEE

-  Oficina de Coordenação

UNSDI

-  Segurança Jurídica daInformação Territorial

-  Patrimônio histórico

cartográfico nas IDE

Quadro 5 - Modelo Organizacional e de Gestão de INDE, paísesEuropa –

INSPIRE

Comissão de

Estados Membros

(32 países)

-  Casos de Uso de

desenvolvimento

-  Identificação das exigências

dos usuários e tipos de objetos

espaciais

-  Análise (As-is)

-  Análise (Gap)

-  Desenvolvimento de normas e

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especificações de dados

-  Implementação, teste e

validação

-  Consideração de custo-

benefício

Austrália e

Nova Zelândia– ANZLIC

Conselho Superior

membros dosgovernos e

territórios

-  Comitê da

InfraestruturaEspacial

-  Comitê de

desenvolvimento

de Indústria

- Grupo de Estratégia e Política

Fonte: página das INDEs pesquisadas, 2008

Na conferência da GSDI de 2002, TAYLOR proferiu palestra “Global mapping concept and recentprogress, na qual aborda algumas questões essenciais da dimensão organizacional de uma INDE:

• A importância de construir associações significativas e coesas entre todos os níveis de governo,da indústria e da academia. Associação significa envolvimento total, não somente de apoio.

• A importância de apoio político, com aporte de recursos requeridos para construir a INDE ( tal como previsto no Decreto nº 6.666 de 27/11/2008, o Plano deverá contemplar estimativas de custos de implantação da INDE para que os recursos necessários sejam previstos no Orçamento Geral da União ).

• A importância de entendimento público acerca do que é a INDE. Isto deve ser feito com umalinguagem que todos entendam, não tecnicista, envolvendo a sociedade civil tanto quanto sejapossível (este ponto de extrema relevância deve ser levado em conta nas ações de divulgação da INDE, objeto do capítulo 7 ).

• A importância de mostrar resultados concretos e com valor para a sociedade (este é outro ponto para o qual devem atentar os responsáveis pelas ações de divulgação da INDE ).

Observe-se que estes não são aspectos técnicos. A tecnologia é a parte mais fácil. Não se podeesquecer que a tecnologia é um meio para chegar a um fim, não um fim em si mesma.

Na seção 2.6 deste capítulo apresentam-se os fundamentos da estrutura organizacional e gestora daINDE brasileira, à luz do Decreto nº 6.666/08.

2.4.2 Políticas de acesso e uso dos dados

Para assegurar que os recursos de informação pública estejam disponíveis para o futuro das gerações,a informação pública deve ser publicada e transferida por diversos meios e canais, tanto quanto possível.Quando os recursos de informações disponíveis são tornados públicos, o seu potencial de uso pelas geraçõesfuturas é ampliado. Este potencial é crescente, ele nunca diminui (ONSRUD, 2000).

O parágrafo anterior resume a filosofia que permeia a construção de IDE nos países. Tal filosofia deveembasar a formulação de políticas de acesso e uso dos dados.

Seguem algumas recomendações sobre políticas de acesso e uso dos dados, formuladas em sintoniacom os princípios acima:

• Maximizar a disponibilidade de informação do setor público para o uso e a sua reutilizaçãoenfatizando a transparência e boa governança.

• Fomentar o acesso e as condições de reuso da informação do setor público sem resquíciosdiscriminatórios mediante a eliminação de acordos exclusivos, e a eliminação de restriçõesdesnecessárias ampliando o acesso, a utilização, a integração e/ou o compartilhamento.

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• Melhorar o acesso à informação e que seu conteúdo seja divulgado em formato eletrônico e pelaInternet.

• No caso da informação do setor público não ser gratuita, seus preços devem ser transparentes,coerentes e justos, na medida do possível, a fim de facilitar o acesso e a utilização e garantir oconhecimento.

Obs .: cabe lembrar que a IG disseminada na INDE por órgãos públicos federais deverá ser livre e gratuita para todo usuário que se identifique via portal SIG Brasil; esta condição de gratuidade não se impõe para órgãos públicos de outras esferas de governo (estadual, distrital e municipal)..

• Quando a informação do setor público não for gratuita os gastos imputados não devem superaros custos marginais de manutenção e distribuição.

2.4.3 Questões de legislação e legais dos dados

Na legislação brasileira diversos diplomas legais citam documentação cartográfica e temática em seusartigos, tais como: a Lei da Mata Atlântica, a lei que proíbe construção em áreas de restinga, a lei que define

regras para a transferência de funcionários públicos, entre outras.Entretanto a produção de dados cartográficos e temáticos é definida através de conjuntos de leis

próprias: a Legislação do Sistema Cartográfico Nacional – SCN, as leis referentes às Normas Reguladoras daCartografia Terrestre Básica, a legislação do Serviço Geológico Brasileiro, as leis referentes ao SistemaGeodésico Brasileiro, entre outras tantas que definem e regulam a produção de diversos dados geoespaciaistemáticos e setoriais.

As questões de legislação e legais dos dados deverão indicar os princípios e diretrizes para a políticade acesso e uso de dados geoespaciais da INDE, identificando os direitos dos produtores e deveres dosusuários, visando garantir o respeito às políticas institucionais dos provedores de dados.

Os acordos de compartilhamento de dados devem observar tais políticas; e o fato do Decreto nº6.666/08 estabelecer que todos os dados e IG produzidos no âmbito do governo federal devam serdisponibilizados livre e gratuitamente para usuários devidamente identificados, não elimina a necessidade deobservância daquelas políticas.

Segundo ONSRUD, 2004 várias questões legais afetam o acesso e o uso de informação geográfica,entre as quais: a lei de propriedade intelectual (por exemplo, direito autoral, patente e segredo de negócios), aliberdade de acesso à informação (ter acesso aos registros de governo) e a privacidade de informação deindivíduos.

É fundamental que sejam inventariadas as leis e as questões legais que estão relacionadas aosconjuntos de dados e produtos geoespaciais para que se possa definir uma política de acesso e/ou formas decompartilhamento de dados, fator central na construção de uma INDE. Esta providência é imprescindível entreos itens do Plano de Ação da INDE.

As políticas gerais de informação de nações são dirigidas a encorajar o fornecimento de dados àsociedade, promovendo desenvolvimento econômico sem descuidar dos aspectos de segurança nacional,garantindo privacidade de informação pessoal, apoiando o funcionamento efetivo de processos democráticos,e protegendo direitos de propriedade intelectuais. Na maioria das nações todos estes motivos são apoiados,mas ainda competem com leis complementares.

Uma premissa básica que influencia algumas leis de informação, principalmente nos paísesdesenvolvidos, é que os benefícios econômicos e sociais são maximizados quando se garante amplaliberdade de acesso à informação. A convicção, adquirida por experiência, é que a diversificação de fontes e

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canais para a distribuição de informação estabelece uma condição social que permite a economia e ademocracia prosperarem.

Proteção de direitos autorais (Copyright ): O objetivo econômico e social dos direitos de autor é o deproteger e recompensar a atividade criativa, e assegurar que os autores tenham um incentivo para pôr suasobras à disposição de outros, gerando conhecimento. No entanto, se a proteção é demasiado rígida, ela

impede o livre fluxo de informação e o seu uso justo.

Um dos principais objetivos da lei de direitos autorais é incentivar a expressão e disseminação deidéias em benefício da comunidade em geral. O mecanismo de Copyright  restringe a utilização de trabalhoscriativos, oferecendo uma forma de proteção e incentivo aos autores, estimulando a geração deconhecimento, informação e idéias. Confere uma proteção limitada, porém substancial, ao autor criativo paradifusão do seu trabalho.

Porque existe proteção sobre a criação, nas convenções internacionais modernas de direitos autorais já não há a necessidade de se colocar aviso de direitos autorais em um trabalho para se obter proteçãoautoral. Na maioria das nações se o autor de uma obra é um trabalhador e o trabalho foi criado no âmbito doseu emprego (ou seja, "trabalho feito por contrato"), o empregador é o proprietário assumido dos direitos

autorais.

Independentemente da nação, os direitos de autor geralmente subsistem em compilações de dadosgeográficos, se houver alguma criativa "autoria" na "seleção, coordenação, ou organização" da compilação.Há sempre alguma criatividade envolvida na seleção, organização e coordenação de quase todo e qualquerconjunto de dados geográficos.

Apesar de algumas obras, incluindo muitos conjuntos de dados espaciais, não serem protegidos comodesejariam os compiladores, essas obras podem, eventualmente, ser protegidas por leis alternativas oucomplementares. Em alguns países é permitido o registro de direitos autorais de agências governamentais,pois os respectivos governos avaliam que a produção de agências públicas deve ser de livre acesso.

Observa-se na bibliografia pesquisada a inexistência de unanimidade quanto ao fornecimento gratuitodos dados com a citação da fonte. Alguns países definem como gratuitos os dados de uso geral, e nãogratuitos os dados específicos ou especializados. Outros fornecem dados sob licenciamento definindo seusdireitos autorais, como é o caso do Reino Unido. A Era da Informação tem feito emergir debatesinternacionais apontando conflitos de legislação de dados entre as diferentes nações.

Liberdade de acesso à informação: A liberdade de acesso à informação cria um equilíbrio entre odireito dos cidadãos de serem informados sobre as atividades governamentais e a necessidade de se mantera confidencialidade de alguns registros de governo. A presença de tais leis em uma nação frequentementeaumenta, de modo significativo, a capacidade dos cidadãos de acessar e copiar dados geográficos e registrosmantidos ou utilizados por agências governamentais.

Relativamente poucas nações do mundo oferecem ampla liberdade de acesso à informação. Entreeles se incluem: Austrália, Áustria, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Israel,Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, África do Sul, Suécia e Estados Unidos.

Muitas das leis nacionais de liberdade de informação foram promulgadas nos últimos 25 anos einúmeras outras nações estão considerando seriamente aderir a este tipo de lei. O propósito das leis deliberdade de informação é manter os cidadãos informados, o que é vital para o funcionamento de umasociedade democrática, e necessário para combater a corrupção e garantir que os gestores respondam pelosatos de sua gestão.

Tais leis parecem causar um importante efeito positivo na construção de confiança dos cidadãos nogoverno e na promoção social e de bem-estar dos cidadãos.

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 A questão da privacidade de informação: As tecnologias de geoinformação já são de uso comum

em vários países, o que tem gerado um volume enorme de dados para aplicações diversas. Trata-se deaplicações que integram técnicas de SIG, GPS, mapeamento digital, tecnologia móvel, bancos de dados,localização e outros serviços, viabilizando métodos de monitoramento e acumulação de informações inclusivesobre indivíduos.

Em países onde a infraestrutura de geoinformação está bastante difundida, identificam-se aplicaçõestais como:

• Liberação de vias para veículos de emergência;• Mapear e analisar padrões de criminalidade;• Monitorar e modelar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas;• Inventariar e gerir estradas, serviços públicos e outras instalações físicas;• Atualizar e reproduzir mapas de fiscalização , mapas de zoneamento e uso da terra;• Otimizar a entrega dos serviços médicos e de saúde rural;• Criar mapas, conforme necessário, que integrem diversas informações, tais como: imagens

aéreas, zoneamento, delimitação de propriedade, topografia, redes de esgotamento sanitário,

redes de abastecimento de água;• Identificação da melhor localização para empresas e outras instalações;• Monitorar e gerenciar o crescimento urbano;• Otimizar a eficiência dos fluxos de tráfego através de áreas urbanas;• Avaliar sítios para a eliminação dos resíduos;• Monitorar agentes destrutivos e modelar a propagação de poluentes ou agentes biológicos

destrutivos;• Distribuir alunos por escolas segundo critérios de localização da moradia;• Identificar e mapear os resíduos perigosos;• Proporcionar aos cidadãos o acesso remoto a informações do governo;• Otimizar preservação de florestas;• Mapa da fauna e flora;• Identificar o empobrecimento e de recuperação de áreas de pesca, de florestas, e erosão do

solo;•  Localizar áreas adequadas para instalação de torres de telecomunicações; 

A veiculação de algumas dessas aplicações integradas e disponibilizadas em rede vem ampliando demodo significativo a preocupação concernente à “sociedade de vigilância” (ONSRUD, 2004), suscitando umasérie de questões sobre a privacidade de informação.

O crescente uso de tecnologias espaciais, o acúmulo de dados geoespaciais, bem como a utilizaçãode dados de localização como base para a construção de diversos sistemas de informação têm aumentandoas preocupações quanto ao direito à privacidade.

2.4.4 Fortalecimento institucional

O fortalecimento institucional inclui o desenvolvimento de um Plano de Investigação e Formação sobrequestões relacionadas com a INDE, que enderece os seguintes pontos: investigação; transferência deconhecimentos; formação de líderes; sistemas funcional, organizacional e operacional flexíveis, capazes de seadaptarem às mudanças do ambiente; o desenvolvimento de políticas nacionais e internacionais decooperação técnica; a criação de redes de conhecimentos; a troca de experiências e o estabelecimento demelhores práticas.

O fortalecimento institucional tem como foco central as pessoas: Recursos Humanos e Atores,programas de capacitação e a Gestão do Conhecimento, propiciando uma maior integração institucional

interna e externa. No Plano de Ação, os capítulos 6 e 7 têm foco na dimensão Humana da INDE.

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Quadro 6 - Níveis e elementos de fortalecimento institucional

Fonte: IDEMEX, 2006

2.5 Normas, padrões e especificações na INDE

Dados, metadados e tecnologia são elementos da dimensão Técnica abordados nos capítulos 4 e 5deste Plano. Esta seção endereça conceitos gerais sobre o elemento normas e especificações da dimensãoTécnica, considerando a relevância dessa temática para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN) e, portanto, a

necessidade de se endereçá-la adequadamente no planejamento da INDE.

Cabe observar que as normas e especificações do SCN refletem os métodos e tecnologias na épocado Decreto-Lei n° 243, de 1967, que estabeleceu as diretrizes e bases da Cartografia brasileira, e do Decretonº 89.817, de 1984, que tratou das Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional. Aevolução observada no campo das geotecnologias e das TIC´s nas últimas duas décadas impõe anecessidade emergencial de revisão técnica daqueles diplomas legais, providência esta já em curso naCONCAR.

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As normas e as especificações técnicas constituem o marco regulador para que os dados a seremgerados e a informação a ser integrada ofereçam a garantia de: comparabilidade, compartilhamento,compatibilidade, confiabilidade, consistência e completeza.

Pela experiência acumulada em diversos países e em várias organizações, normas e especificações

são importantes para solucionar questões referentes a: modelagem de dados, metodologias de aquisição etratamento dos dados, controle de qualidade (tendo em vista a consistência dos dados), entre outras. Todasestas, norteadoras de produção e divulgação confiáveis e eficazes. Normas e especificações devem serelaboradas para cada um dos grupos de dados geoespaciais.

A não existência de normas e especificações para a produção de dados geoespaciais, em algumasorganizações, gera problemas quanto aos dados e à sua utilização, já que se desconhece sua linhagem deprodução. Isto impacta a documentação de metadados, o que por sua vez inviabiliza o uso consistente dosdados. Esta classe de problemas impede o acesso à informação e provoca custos muito altos para asorganizações e seus usuários.

As palavras norma e especificação têm significados diferentes, embora complementares. A norma éum mandato, uma referência descritiva de cumprimento obrigatório, que diz textualmente “o que fazer”. Asespecificações são um complemento das normas para indicar os aspectos que caracterizam os dados, naforma de parâmetros, tais como: escala, dimensões de longitude e latitude, áreas mínimas, de exatidãoposicional, de geometria, de topologia, de atributos, de unidades e métodos de medição e comparação.

Na implementação de normas e especificações, em diversos setores do conhecimento, são utilizadospadrões que propiciam a  compatibilização e a comparabilidade a nível nacional e internacional.  Padrão édefinido como: base de comparação, algo que o consenso geral ou um determinado órgão oficial consagroucomo um modelo aprovado. (Houaiss, 2001);  ou aquilo que serve de base para avaliação de qualidade ou

quantidade (Holanda, 2004). Como exemplificação pode-se citar os seguintes padrões: métrico; de exatidãocartográfica; de metadados (ISO e Dublin Core); de linguagens de marcação (SGML, XML e GML); devisualização e intercâmbio de dados geoespaciais (OGC) e outros.

Quadro 7 – Dimensão Técnica: Normas e Especificações

Fonte: IDEMEX, 2006

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 2.6 Fundamentos da estrutura organizacional e gestora da INDE

O Decreto nº 6.666 de 27/11/2008 define as seguintes responsabilidades e atribuições relacionadascom a implantação da INDE brasileira:

Quanto à Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR (Art. 6º):

• Estabelecer os procedimentos para a avaliação dos novos projetos de aquisição de dadosgeoespaciais;

• Homologar os padrões para a INDE e as normas para a Cartografia Nacional, segundo alegislação cartográfica vigente;

• Definir as diretrizes para o DBDG, e garantir que o mesmo seja implantado e mantido emconformidade com os Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico, mantidos pelaSecretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento

e Gestão;• Promover o desenvolvimento de soluções em código aberto e de livre distribuição para atenderàs demandas do ambiente de servidores distribuídos em rede, utilizando o conhecimentoexistente em segmentos especializados da sociedade, como universidades, centros depesquisas do País, empresas estatais ou privadas e organizações profissionais;

• Coordenar a implantação do DBDG de acordo com o plano de ação para implantação da INDE;• Acompanhar, as atividades desempenhadas pelo IBGE previstas no Decreto 6.666;• Submeter ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o Plano de ação para

implantação da INDE.

Quanto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (Art. 5º):

• construir, disponibilizar e operar o SIG Brasil, em conformidade com o Plano de ação paraimplantação da INDE;

• exercer a função de gestor do DBDG, por meio do gerenciamento e manutenção do SIG Brasil,buscando incorporar-lhe novas funcionalidades;

• divulgar os procedimentos para acesso eletrônico aos repositórios de dados e seus metadadosdistribuídos e para utilização dos serviços correspondentes em cumprimento às diretrizesdefinidas pela CONCAR para o DBDG;

•  observar eventuais restrições impostas à publicação e acesso aos dados geoespaciais definidas

pelos órgãos produtores;• preservar, conforme estabelecido na Lei nº 5.534, de 14 novembro de 1968, o sigilo dos dados

estatísticos considerados dados geoespaciais;•  apresentar as propostas dos recursos necessários para a implantação e manutenção da INDE.  

O Sistema Cartográfico Nacional (SCN), que tem na CONCAR o seu órgão gestor, também defineresponsabilidades e atribuições relativas aos diversos planos componentes do Plano Cartográfico Nacional:

• O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE é responsável pelo Plano GeodésicoFundamental e pelo Plano Cartográfico Básico no tocante à cartografia em escala geográfica(escala ao milionésimo e menores, os Mapas da Série Brasil, Regionais, Estaduais e os Atlas), e

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executa, em modalidade de co-produção com a Diretoria do Serviço Geográfico – DSG doComando do Exército, o mapeamento em escala topográfica;

• A Diretoria do Serviço Geográfico – DSG do Comando do Exército, do Ministério da Defesa éresponsável pelo Plano Cartográfico Básico no que tange a cartografia em escala topográfica;

• A Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN do Comando da Marinha, do Ministério da Defesaé responsável pelo Plano Cartográfico Náutico;

• O Instituto de Cartografia Aeronáutica – ICA do Comando da Aeronáutica, do Ministério daDefesa é responsável pelo Plano Cartográfico Aeronáutico.

O SCN também aborda o mapeamento temático e cadastral sem, contudo, definir as organizaçõesresponsáveis. No entanto estes mapeamentos são elaborados por órgãos que detêm a responsabilidade deprodução de diversos dados temáticos. Por exemplo, a CPRM executa o mapeamento geológico e o IBGE fazmapeamento da vegetação, para citar apenas duas organizações, entre muitas outras, que realizammapeamento temático.

Quanto ao mapeamento cadastral, este normalmente é desenvolvido pelos Estados e Municípios.Contudo, o SCN menciona a necessidade de coordenação da CONCAR para os diversos tipos demapeamento do território nacional (o cadastral não é exceção). Neste sentido, a CONCAR instituiu o ComitêEspecializado de Mapeamento Cadastral que está em desenvolvimento e apresentará para consulta públicaas normas e especificações referentes às escalas cadastrais. Esta iniciativa será incluída no Plano de Açãoda INDE.

Portanto, a centralidade do papel gestor da CONCAR – um órgão colegiado do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) – nos processos do SCN e da INDE é um fato incontestável àluz do Decreto nº 6.666/08. Isto significa que qualquer recomendação sobre a futura estrutura organizacionale gestora da INDE deve, necessariamente, passar pelo reconhecimento e fortalecimento do papel institucionalda CONCAR.

2.6.1 Proposta de modelo organizacional e gestor

Para fazer frente ao desafio de encampar as atribuições adicionais que lhe foram imputadas peloDecreto nº 6.666/08, a CONCAR necessitará de reforço material, político e institucional. O reforço materialestá previsto no próprio Decreto nº 6.666/08, dado que o IBGE exerce o papel de braço executivo daCONCAR e terá, entre outras atribuições, a tarefa de apresentar as propostas dos recursos necessários paraa implantação e manutenção da INDE, conforme visto anteriormente.

Além disso, está claro no Marco Legal da INDE que caberá à Secretaria de Planejamento eInvestimentos Estratégicos, do MPOG, atuando através da CONCAR, promover a negociação e celebração deconvênios e acordos visando o compartilhamento dos acervos de dados geoespaciais gerados por órgãos detodas as esferas de governo do Brasil. Aqui, cabe observar que embora esta seja uma função-chave daestrutura gestora da INDE, ela não é a única e muitas outras funções estão previstas, como abordado naseção 2.1.

A necessidade de reforço político-institucional da CONCAR é compreendida, como a questão centralna formulação de uma proposta de estrutura organizacional e gestora para a INDE brasileira. Ainda que estaquestão não necessite ser tratada a tempo de preparo do Plano de Ação, não se deve enxergá-la como umtema de menor significância, até porque a probabilidade de êxito na execução do Plano será diretamenteproporcional à representatividade e eficácia da estrutura organizacional e gestora viabilizada para a INDE.

Portanto, sugerimos que a reflexão sobre o reforço político e institucional da CONCAR, no sentido deampliar a sua representatividade e efetividade, seja estimulada e agilizada. Para apoiar esta reflexão, oquadro 5 apresenta as diversas formas de organização de inúmeras INDEs.  Além disso, apresenta-se abaixoo modelo de estrutura organizacional e gestora da INDE da Espanha (IDEE), que vem se constituindo ummodelo de referência em termos de organização desde sua implantação em 2002.

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Conselho Superior Geográfico

• Órgão superior, consultivo e de planejamento do Estado no âmbito da cartografia.• Desenvolve e coordena a IDE Nacional (chamada IDEE).• Composição:

o Representanteso 7 Ministérios, 17 Governos regionais, 2 Autoridades Locaiso Secretaria Técnica: IGN Espanhao Comissão de Geomáticao Grupo de Trabalho IDEEo Mais de 100 organizações, 250 membros:

• Estado em seus diversos níveis e setoreso Universidadeso Empresas

• 8 SGT e mais de 3 reuniões ao ano.

Atribuições

• Análise da IG existente válida para ser incorporada à IDEE.• Preparação de uma proposta de atuação, por parte das AAPP, para completar a Infraestrutura.• Análise dos metadados de IG disponíveis, e sua acessibilidade.• Definição da arquitetura, normas e especificações técnicas a seguir para o estabelecimento e

integração na IDEE.• Análise das políticas sobre distribuição de dados, licenças e preços. Extraindo-se análises,

conclusões e preparando propostas de atuação.

Subgrupos de trabalho

• Composição de Comitês e Grupos de Trabalho Técnicos e Organizacionais• Componentes voluntários.• Recomendações mediante consenso.

A CONCAR já vem realizando trabalhos através de comitês especializados, alguns dos quais já forame vêm sendo propostos e constituídos, com a finalidade de se aprofundarem nas principais questões técnicasenvolvidas na implantação da INDE. Para citar apenas alguns:

• O CMND (Comitê Especializado da Mapoteca Nacional Digital), criado com o objetivo deelaborar a estrutura de dados geoespaciais vetoriais – EDGV.

• O CEMG (Comitê Especializado de Estruturação de Metadados Geoespaciais), criado como objetivo de proposição de um perfil de metadados geoespaciais para o Brasil e cujo principal

produto - o Perfil MGB (Metadados Geoespaciais do Brasil) - será levado a consulta pública em2009, visando posterior homologação pela CONCAR;• O CINDE (Comitê de Planejamento da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais),

constituído em dezembro de 2008 com o objetivo de elaborar o Plano de Ação para implantaçãoda INDE.

Um dos subprodutos esperados do Plano de Ação da INDE é a geração de subsídios para que novoscomitês sejam propostos e criados, como, por exemplo, o Comitê Especializado de Nomes Geográficos -CENG, tendo em vista a discussão e o endereçamento dos temas críticos da INDE, que serão evidenciados apartir de toda a reflexão decorrente da elaboração do Plano. Neste sentido, é relevante que toda essadiscussão ocorra com a participação do maior número possível de atores da INDE, de órgãos representadosou não na CONCAR.

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Referências Bibliográficas

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CCAAPPÍ Í TTUULLOO 33 

AATTOORREESS DDAA IINNDDEE – – IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO EE FFUUNNÇÇÕÕEESS 

3.1 - INTRODUÇÃO

No Capítulo 1 – (Conceitos), ressalta-se o papel da componente Pessoas e Atores na efetiva

construção da INDE, observando que a mesma integra todos os outros componentes (Quadro 1). EssesATORES são um dos pilares da INDE, devendo considerar sua participação e funções, segundo diversosaspectos organizacionais e técnicos. Um dos grandes exercícios é a identificação dos Atores,considerando a abrangência pretendida para INDE. Para a correta identificação dos atores, hánecessidade de levantar as suas funções na INDE. Em suma, há necessidade de explicitar como será aINDE, quais os atores que farão ações para a efetiva implantação e qual o custo para essa implantação.

Quadro 1 - Componentes de uma IDE

Fonte: Adaptado de WARNEST, 2005

Assim sendo, o Capítulo 1 resgata o seguinte conceito dos atores da INDE:

Pessoas/ Atores – As partes envolvidas ou interessadas, também chamadas atores são o setorpúblico e o setor privado que respondem pela aquisição, produção, manutenção e oferta de dadosespaciais; o setor acadêmico é responsável pela educação, capacitação, treinamento e pesquisa em IDE;e o usuário determina que dados espaciais são requeridos e como devem ser acessados Williamson et al.

(2003).Esses atores precisam atuar seguindo princípios norteadores, destacando aqueles de

envolvimento mais direto:

• Ações - para conjuntas de disseminação, celebração de acordos, capacitação (início entre asinstituições federais, e integrando aos poucos outras organizações e a sociedade em geral).

• A INDE respeitará os direitos de propriedade dos participantes.• Para implementação da INDE serão desenvolvidos programas e projetos através de acordos

específicos – custos compartilhados, benefícios também.• Os participantes cooperarão na coordenação, implementação, promoção e financiamento

para a construção e desenvolvimento efetivo da INDE.• As atividades serão orientadas para satisfazer a demanda dos clientes / usuários.

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3.2 - ATORES DE UMA INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS

O Capítulo 1 conceitua de uma maneira geral os atores, identificando seus partícipes

• As instituições governamentais, nos diversos níveis de governo (federal, estadual, distrital emunicipal);

A academia;• A iniciativa privada;• A sociedade.

3.2.1 - Atores atuantes no desenvolvimento da INDE

Atores organizacionais e administrativos – Envolvidos com questões de coordenação,manutenção da INDE, por exemplo: CONCAR/ IBGE/ MPOG – SPI;

Produtores de dados geoespaciais fundamentais de referência - Por exemplo: serviços oficiaisde cartografia (terrestre e especial), empresas de aerolevantamento, concessionárias de serviços públicos;

Produtores de informações temáticas – Encaram o dado / informação geográfica temática,referenciada a partir dos dados e informação geoespaciais de referência, como produto ou serviço.Exemplo : serviços oficias de informações temáticas ( CPRM); MMA, e outras;

Usuários de informações de referência temáticas e Produtores de informações de valoragregado  – Associam diversas informações, eventualmente análises espaciais para a elaboração denovos produtos e serviços. Exemplo: GeoBNDES; GSI – GEOPR;

Empresas de iniciativa privada - Oferecem produtos geográficos, programas, equipamentos esistemas relacionados com o processamento de dados e informações geoespaciais, e sistemas que

utilizam geotecnologias;Provedores de serviços de desenvolvimento de sistemas e de bases de dados geoespaciais,

em apoio a operações e serviços de consulta.

3.3 - COORDENAÇÃO E GESTÃO DA INDE – (ATORES: Comitê Gestor da INDE)

3.3.1 - Implicações políticas e estratégicas na organização da INDE:

Para o desenvolvimento da INDE, haverá necessidade da criação de formas de coordenação,atuando em vários campos relevantes. O Estado deverá também desempenhar um papel estratégico naconstrução e implementação da INDE, sendo identificadas as atividades de planejamento, de gestão; deprodução e infraestrutura; de financiamento; e de ciência e tecnologia, como de vital importância ao conhecimento do país, comunicando para a sociedade por meio da INDE a produção de dados e

informações geoespaciais.

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Ao se estabelecer a INDE, propõe-se um enquadramento de políticas, acordos institucionais, dadose pessoas que permitam a partilha efetiva e o uso de dados e informações geoespaciais.

Há a necessidade de encarar as implicações políticas e estratégicas na organização da INDE:

• A IG não respeita apenas a posse de uma quantidade de dados; associa-se ao desenvolvimento

de uma infraestrutura estratégica de suporte ao desenvolvimento da sociedade.• A Infraestrutura de Dados Espaciais significa um enquadramento de políticas, acordos

institucionais, dados e pessoas que permitem a partilha efetiva e o uso da informaçãogeoespacial.

Tal como qualquer outra forma de infraestrutura (ex:. transportes), para que a INDE possa funcionar comeficácia é necessário que:

• Opere de forma associada com diversos níveis: do local ao global;• Esteja integrada e consoante com outras infraestruturas relacionadas, como as do e-governo,

da administração pública em geral, da pesquisa em ciência e tecnologia, e do setor privado;• Seja regularmente atualizada; e• Haja linhas claras de definição de responsabilidades para o seu desenvolvimento,

implantação, operação, manutenção e regulação.

3.3.2 - Indicadores de sucesso da INDE :

• Abranger um amplo número de instituições e órgãos parceiros na sua constituição, uso emanutenção;

• Ter um diversificado elenco de dados e informações geoespaciais compreendendo dados

geodésicos e cartográficos de referência, sócio-econômicos, ambientais, uso da terra, eoutros;• Implantar políticas, acordos e programas de atualização de dados e informações – com

ampla disponibilidade, atualizados e transparentes;• Ter elencado necessidades comuns como a demanda de produção de dados e informações

geoespaciais;• Estar pronta para responder as necessidades em situações de emergência;• Garantir que seus dados de referência estejam de acordo com especificações nacionais e

internacionais, sejam mantidos atualizados e sejam fáceis de encontrar e de acessar;• Ser multinível, integrando níveis locais, regionais, nacionais e globais;• Ter regras claras quanto à difusão / disponibilidade de dados e informações geoespaciais ;• Haver instâncias para: gestão, administração, técnica, de capacitação e de difusão; e• Ter autoridade clara de gestão, de desenvolvimento e manutenção.

3.3.3 - Importância da coordenação no processo de construção e manutenção de umaInfraestrutura de Dados Espaciais – IDE

A coordenação é um dos aspectos principais no desenvolvimento de uma IDE, como mostra aexperiência de diversos países. Verifica-se que os países com IDE nacionais mais desenvolvidas, como osEUA, Canadá, Colômbia, Comunidade Européia são caracterizados por fortes enquadramentos de

coordenação entre os órgãos partícipes.

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Quando se pensa em qualificar o papel de coordenação de uma IDE, é necessário identificaralgumas características importantes dessa função, tais como:

• Liderança• Negociação de conflitos entre os diversos órgãos componentes• Sustentação política• Difusão e divulgação ampla• Fornecimento de orientações técnicas e instrumentos de normalização• Ampliar a conscientização sobre a importância das IDEs• Disseminação de benefícios e resultados

Como grandes funções da coordenação da INDE, identifica-se:

• Planejamento do orçamento• Formulação de Planos e Prioridades• Estabelecimento de regras e responsabilidades• Fomento à participação• Acordos de cooperação e de compartilhamento de dados

3.3.4 - Planejamento orçamentário

Algumas lições aprendidas em outros países devem ser consideradas:

• Embora o apoio político seja de um nível alto (Decreto Presidencial), sem coordenação esem acordos de cooperação, existe o risco de cada organismo focar em sua própria direção.

• A coordenação precisa ter seu orçamento definido para suas ações e as ações técnicas eoperacionais de implementação.

• No Decreto nº 6.666, para implantação da INDE, alguns atorese suas funções são definidas.Por exemplo, no decreto em questão é dado que o IBGE exerce o papel de braço executivoda CONCAR e terá, entre outras responsabilidades, a tarefa de apresentar as propostas dosrecursos necessários para a implantação e manutenção da INDE, além de exercer a funçãogestora do SIG Brasil, portal de acesso ao DBDG.

• No processo de implantação da INDE, convém prever ações que visem à sustentabilidadefinanceira.

•  Quando a INDE estiver implantada deve ser assegurada a sua estabilidade financeira alongo prazo. Isto pode exigir uma combinação de investimento público e privado. 

3.3.5 - Formulação de planos e prioridades

O comitê gestor da INDE deverá prever a implementação em fases ou ciclos da INDE, a realização

de cima para baixo (enquadramento político, coordenação), e de baixo para cima, integrando o que jáexiste, em termos de dados e metadados. Para isso é crucial que os serviços implementados trabalhemem conjunto em cada fase de realização, sendo interoperáveis.

A INDE será organizada em ciclos, prevendo como datas marcos:

• Ciclo I : de junho de 2009 até dezembro de 2010• Ciclo II: de 2011 até 2014• Ciclo III : de 2015 até 2020

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Ao final do Ciclo I de implantação da INDE, pretende-se que toda a infraestrutura de dados,metadados e serviços necessários para a publicação de IG, por determinados atores do setor públicofederal, esteja implantada. E que as bases de dados produzidas por esses atores, que atendam ascondições mínimas estabelecidas neste Plano, para sua difusão, publicação e acesso público, sejamdisponibilizados e localizáveis através dos serviços de busca, via rede mundial Web.

3.3.6 - Desenvolvimento das principais políticas

Política de Dados Geoespaciais

É importante considerar no desenvolvimento da INDE que a informação geográfica tem as seguintescaracterísticas:

• Valor econômico significativo - Estima-se que anualmente são investidos milhões de dólaresna produção de IG, em várias vertentes, em diversos países.

• Valor político significativo - Permite a avaliação integrada de políticas em diferentes setores(agricultura, transportes, desenvolvimento regional, ambiente e outras). O reconhecimento dasua importância no mais alto nível político desenvolveu-se em consonância com apreocupação crescente com o desenvolvimento contínuo.

No desenvolvimento das políticas de IG, deverão ser consideradas as seguintes questões:

• A maioria das informações geográficas é adquirida, atualizada e usada por organizações dosetor público que são dependentes de políticas ajustadas pelo governo, respeitandoprioridades organizacionais, financiamentos e mecanismos reguladores:

• A informação geográfica é uma mercadoria de valor elevado, assim como é o suporte de umgrande número de serviços do governo ao cidadão.• As IDEs não têm como foco principal as questões tecnológicas e sim os acordos de

compartilhamento entre os órgãos de governo, o setor privado e os cidadãos, de forma agarantir acesso à informação geográfica produzida pelo setor público, para maximizar obenefício de todos. Esses acordos requerem quase sempre a atenção e o apoio político aosníveis mais altos.

• Os governos desempenham, portanto, um papel absolutamente crucial no desenvolvimentodas IDEs e da Sociedade da Informação porque são ao mesmo tempo produtores de dados,usuários e reguladores de políticas que fornecem linhas orientadoras aos principaisorganismos do setor público.

Como resultados são previstos: regulamentos, regras, decretos, tratados internacionais paradisponibilização de dados e informações geoespaciais.

Princípios da política de dados:

• Sensibilizar e conscientizar o setor público sobre a importância de aderir à INDE;• Conscientizar a sociedade do valor da informação geográfica;• Busca contínua da construção de estratégias de gestão da informação;• Promover o investimento na produção e acesso à informação;• Fomentar e efetivar programas de capacitação e treinamento nas temáticas afetas à INDE;• Identificar os proprietários da informação geográfica e garantir seus direitos; e• Estabelecer as orientações e diretrizes para a distribuição e uso de dados geoespaciais.

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Definição das políticas de dados geoespaciais

A definição das políticas de dados busca:

• Assegurar a execução e funcionamento de forma harmônica dos recursos, serviços e

sistemas de informação;• Garantir acesso à informação atualizada, confiável para todos os usuários;• Propiciar a construção de capacidades de gestão da informação;• Gerar a base de conhecimento para desenvolvimento de políticas econômicas, sociais e

ambientais do país;• Facilitar a cooperação e desenvolvimento nacional através de redes de conexão das demais

IDEs, transpassando fronteiras geográficas;• Facilitar a integração com o mercado e identificação de novas oportunidades;• Viabilizar a geração de informações a um custo razoável;• Propor e preparar um plano de ação que estabeleça um Sistema Nacional de Informações;• Interação com sistemas e programas regionais e internacionais de informação;

• Estabelecimento de mecanismos necessários para a coordenação de diferentes atores naconsecução de programas e projetos;• Apoio aos partícipes da INDE, em termos de pessoal, serviços e tecnologias;• Regulação de financiamentos e colaboração.

Diretrizes gerais da política de dados geoespaciais

• A produção de Dados Geoespaciais Fundamentais de Referência será elaborada conformeprevê as legislações dos sistemas nacionais produtores de informações, observando ospadrões definidos, segundo regras previstas e através de mecanismos acordados entre osintegrantes da INDE, esclarecendo os procedimentos para a adoção dos padrões e definindoprazos para aplicação, bem como utilizando instrumentos de aprovação através de audiênciaspúblicas;

• Investir em ações que evitem a redundância na geração de dados;• Toda produção prevista de dados geoespaciais do Governo Federal tem que ser documentada

previamente com metadados, no Perfil de Metadados Geoespaciais (CEMG/CONCAR), naINDE, visando evitar a duplicação de dados com desperdício de recursos públicos;

• A política de implantação da INDE deverá estar afinada com as políticas do e-gov,principalmente com os padrões adotados pelo e-ping ( garantindo a interoperabilidade entre osprodutores e usuários de IG) e do e-mag, ( garantindo acesso aos cidadãos em geral).

Sempre que possível a aquisição de dados fundamentais do tipo imagem de sensores orbitaise de sensores aerotransportados deverá ser concretizada de modo a serem difundidos eutilizados pelos órgãos do Governo Federal;

• Todo dado publicado na INDE deverá ter também seus padrões publicados;• A participação das Instituições, dos órgãos e de outros participantes na INDE será regulada

por acordo;• As Instituições que comercializam dados deverão dar transparência à política de preços

praticados;• As regras de acesso, utilização e comercialização dos dados disponibilizados na INDE

deverão ser regulamentadas;• As regras para assegurar a integridade e segurança dos dados da INDE deverão ser

estabelecidas;• Definir um Plano Cartográfico de acordo com propostas apresentadas pelos produtores e

usuários;

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• Proteção da propriedade da informação através de acordos institucionais, licenças de uso egestão dos direitos autorais;

• Antecipar as necessidades de dados geoespaciais e fomentar a produção dos mesmosassociando ao desenvolvimento do país;

• Buscar a criação e manutenção de dados fundamentais e de referencia, contínuos, com nívelde cobertura nacional, com níveis adequados de resolução, precisão e qualidade, verificandoo custo benefício;

• Adotar e adaptar padrões, especificações e processos, buscando garantir a qualidade e

consistência dos dados gerados.;• Documentar dados e informação geográfica, garantindo seu acesso através da Web;• Adotar as normas e regras do Sistema Geodésico Brasileiro;• Promover o desenvolvimento das IDE em diversos níveis; e• Promover programas de fortalecimento institucional para os participantes da INDE.

3.3.7 - Acompanhamento da implantação

Conforme mencionado no capítulo 2, sobre as instâncias organizacionais e gestoras da INDE, são

apresentadas algumas questões sobre as funções organizacionais, destacando-se as seguintes:

• Assessorar;• Apoiar outros atores na implementação e manutenção de geoportais, serviços e aplicações;• Promover a difusão e visibilidade;• Proporcionar os recursos para a implementação da INDE e/ou os compromissados em seu

âmbito de atuação;• Representar a comunidade de IDEs (deve representar a comunidade IDE formada, mediante

a organização de fóruns e outras iniciativas);• Atuar subsidiariamente• Contribuir com recursos para a implementação de soluções para a INDE, quando exista

algum ator que apresente alguma carência.

3.3.8 - Instâncias: técnica e consultivaPara que essas funções possam efetivamente existir é necessário estabelecer uma série de

mecanismos de monitoramento e acompanhamento da INDE, no nível consultivo e técnico, não perdendode vista que um dos principais objetivos da INDE é colocar mais e melhores dados geoespaciais àdisposição da sociedade brasileira. No caso brasileiro, não tem um objetivo único, sendo abrangentedesde a sua utilização na definição e execução de políticas públicas que precisam de dados geoespaciais“multiusos”, que atendam desde planejamento até setores, tais como: ambiental, agricultura, transportes,desenvolvimento social, energia, comunicação e outros.

O valor do geoportal SIGBRASIL é demonstrar o que pode ser conseguido, tornando os dados dosetor público mais visíveis e acessíveis, fornecer serviços que respondam às necessidades dos usuários,

e identificar áreas prioritárias para melhoramentos e diferenças a eliminar. Deverá também anunciar ospróximos passos e lançamentos, devendo medir a reação dos que utilizam seus dados e serviços.

Considerando o largo espectro de interesse da INDE, haverá necessidade de consultar osprodutores e usuários quanto aos seguintes aspectos:

•  Insumos e produtos;•  Necessidades dos usuários  diversas de dados até capacitações específicas;•  Inventário de dados e informações geoespaciais; •  Ferramentas  – para diversas plataformas usadas na produção e disseminação de

informações;•

  Existência de metadados, satisfação com o nível das metainformações disponibilizadas; e•  Programas de treinamentos existentes e projetados 

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3.3.9 - Monitorar a satisfação dos usuários

Com o intuito de monitorar a satisfação dos usuários, os atores da INDE através do portalSIGBRASIL, ou por meios próprios, estabelecerão mecanismos que proporcionem indicativos paratomadas de decisões ou reformulações da maneira de “como” e “o quê” está sendo disponibilizado noportal.Avaliar comportamento de mercado

Com estudos sobre comportamento de mercado as instituições fornecedoras de dados einformações geoespaciais poderão selecionar de forma mais objetiva os dados a serem difundidos edivulgados. Tal avaliação deve ser atualizada de forma sistemática. Esta ação pode ser desenvolvida emconjunto com os usuários, que serão um dos melhores indicativos que o portal pode avaliar.

No envolvimento com o mercado de IG, é importante monitorar o comportamento antes e depois daimplantação da INDE, verificando aspectos como alteração do perfil do pessoal técnico, alteração do perfildos potenciais clientes, comportamento do mercado em termos financeiros, etc.... 

3.3.10 - Fomento à participação

A coordenação da INDE, através de seu Comitê Gestor deverá adotar medidas para:a) Comunicar de forma permanente à sociedade a existência da INDE, informando seu

conteúdo, aplicações, e benefícios de uso;b) Assegurar a comunicação de regras de execução para todas as autoridades públicas dos

diferentes níveis do governo;c) Promover a realização de acordos para compartilhamento de dados e informações, de acordo

com as regras de execução para o fornecimento e acesso aos conjuntos de dados

geoespaciais e serviços da INDE;d) Simplificar o processo para que as instituições, tenham acesso a conjuntos de dados

geoespaciais e serviços;e) Assegurar a rápida disponibilização de informações geoespaciais que possam auxiliar em

questões emergenciais, ser identificado como ponto de obtenção de informações de formamais direta.

3.3.11 - Acordos de cooperação

Para uma coesa implementação da INDE, e sua consequente disposição dos conjuntos de dadosgeoespaciais e de serviços, existentes nas instituições ou órgãos componentes, devem ser elaborados erespeitados acordos de cooperação e de compartilhamento de dados e informações, associados comregras que visam harmonizar a componentes de Dados e Metadados da INDE.

A INDE deverá prever um acordo-chave para a disponibilização de dados e informaçõesgeoespaciais, com as instituições ou órgãos do governo federal, detalhando os seus direitos e deveres,não desprezando a orientação do Decreto nº 6.666/08 , no seu artigo 3º sobre o compartilhamento edisseminação dos dados geoespaciais e seus metadados, mencionando o caráter obrigatório para todosos órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário para os órgãos e entidades dos PoderesExecutivos estadual, distrital e municipal.

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Deverão ser previstos acordos de compartilhamento também entre os atores que compõem a INDE.Eventualmente esses acordos podem ser específicos quanto a um conjunto de dados de interesse entreas instituições ou órgãos envolvidos.

Ao se adotar um procedimento mais padronizado para a realização de acordos de compartilhamento,verifica-se como benefícios a redução de esforços paralelos e não padronizados. Deve-se considerartambém a redução de tempo de negociação entre diversos atores com o objetivo de intercambiar dados e

informações geoespaciais.

3.4 - REGRAS E RESPONSABILIDADES: PRODUÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DE IG 

No desenvolvimento da INDE é necessário estabelecer uma série de regras e responsabilidades deforma a contar com uma informação confiável. É necessário identificar os atores responsáveis naconstrução dessas informações e respectiva disseminação.

Há necessidade do Comitê Gestor da INDE verificar quais as regras e responsabilidades quanto à IGproduzida por diversas instituições de forma a garantir a interoperabilidade da informação disponível emprol do estabelecimento de políticas públicas, assim como da sociedade que deve ter acesso a mesma.

Em geral, o estabelecimento de regras e responsabilidades gerais para o funcionamento de uma IDElevanta os marcos jurídicos associados à infraestrutura correspondente e cria outros associados à IDE.

Abrangência das Regras

As normas e regras da INDE devem abranger a oferta de dados e informações geoespaciais eserviços que satisfaçam as seguintes condições:

• Se relacionem legalmente com as atribuições das instituições da INDE;• Sejam informados no catálogo de Metadados do SNMG;• Sejam realizadas por / ou em nome da instituição ou órgão partícipe (integrante da INDE).

No âmbito da INDE, haverá necessidade de se estabelecer regras:

• Para a difusão e disponilização dos metadados;• Para a difusão e disponilização dos dados / informações geoespaciais;• Para a difusão e disponilização de serviços de dados geoespaciais;• Regras de difusão de normas e especificações prevendo acompanhamento e orientação;• Serviços e tecnologia em rede;• Acordos de compartilhamento de produção de dados e sua disponibilização; e• Elaboração de normas que visem à padronização e interoperabilidade.

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3.5 - PRODUÇÃO: DADOS GEOESPACIAIS

Geração de dados

Com o advento das tecnologias aplicadas à área “Geo”, tais como: posicionamento por satélite

(GNSS), insumos de SR, e SIG, e sua consequente absorção na produção cartográfica tem-se alterado deforma significativa a produção e o uso da cartografia (aplicações).

O uso de tecnologia SIG foi ampliado em diversas áreas, entretanto os custos para desenvolvimentoe implementação de sistemas de IG continuavam altos.

Há um risco dos usuários produzirem suas próprias informações e dados geoespaciais, emdecorrência desses fatos verifica-se a duplicidade de dados e informação, dificultando a integração deinformações locais, regionais, nacionais e globais.

Daí a necessidade de se estruturar a IG com a participação de diversos atores de todos ossegmentos, que utilizam diversos formatos, para que seja garantida a interoperabilidade entre osdiferentes sistemas de informação em uso, tanto no governo quanto na sociedade.

Nesse sentido, há necessidade de se trabalhar com o conceito de dados fundamentais,fundamentais de referência, temáticos, e de valor agregado, numa visão diferente do que existia até agora,focando nas necessidades dos usuários de IG.

Na geração de dados geoespaciais existem atores que têm o diploma legal para produção de dados,

sendo considerados produtores oficiais e aqueles que produzem informações para o exercício de suasatividades ou negócios. No caso do Brasil há a necessidade de se considerar aquelas informações quesão produzidas em resposta a atribuições descritas desde a Constituição como é o caso dos sistemasestatístico, cartográfico, geológico.

Na etapa de geração de dados geoespaciais deve-se considerar:

• Os requerimentos de organização e modelagem dos dados na visão dos usuários da INDE;• Definir processos de padronização e aferição da qualidade dos dados;•

Adotar mecanismos para aplicar padrões de qualidade nos processos e produtos;• Estabelecer especificações técnicas para a produção, que orientem órgãos que irão adquirirou produzir IG, bem como especificações técnicas para supervisão de contratação deserviços;

• Estabelecer políticas nas entidades partícipes da INDE, para documentar a produção dedados geoespaciais, através de metadados geoespaciais;

• Documentar tipos de formatos de IG, buscando orientar a padronização de formatos;• Estabelecer padrões de intercâmbio de IG, e documentar procedimentos de importação e

exportação de dados;• Manutenção e preservação de acervo; e• Definir critérios para a manutenção e preservação do acervo de IG nas instituições da INDE:

preocupações quanto à vigência de IG, manutenção dos acervos históricos de dados

geoespaciais, manter documentado o acervo, e a produção de dados compartilhada.

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Ver quadro seguir dos atores dos dados e produtores potenciais da INDE.

TABELA DADOS DE REFERENCIA

ATORES PRODUTORESOFICIAIS DE DADOS E

INFORMAÇÕESGEOESPACIAIS

DADOS DE REFERÊNCIA

   I  m  a  g  e  n  s   d  e   S  e  n  s  o  r  e  s   O  r   b   i   t  a   i  s

   I  m  a  g  e  n  s   d  e   S  e  n  s  o  r  e  s

   A  e  r  o   t  r  a  n  s  p  o  r   t  a   d  o  s

   C  a  r   t  a  s   G  e  r  a   i  s   d  o   T   i  p  o   O  r   t  o   f  o   t  c  a  r   t  a

   C  a  r   t  a  s   G  e  r  a   i  s   d  o   T   i  p  o   C  a  r   t  a  -   I  m  a  g  e  m

 

   N  o  m  e  s   G  e  o  g  r   á   f   i  c  o  s

   L   i  m   i   t  e  s   P  o   l   í   t   i  c  o  -  a   d  m   i  n   i  s   t  r  a   t   i  v  o  s

   R  e   d  e   P   l  a  n   i  m   é   t  r   i  c  a

   R  e   d  e   A   l   t   i  m   é   t  r   i  c  a

   R  e   d  e   G   N   S   S  –   P  e  r  m  a  n  e  n   t  e  -   R   B   M   C

   R  e   d  e   M  a  r  e  g  r   á   f   i  c  a   P  e  r  m  a  n  e  n   t  e  p  a  r  a

   G  e  o   d   é  s   i  a

   R  e   d  e   G  r  a  v   i  m   é   t  r   i  c  a

   H   i   d  r  o  g  r  a   f   i  a

   E   l  e  v  a  ç   ã  o  e   B  a   t   i  m  e   t  r   i  a

   V  e  g  e   t  a  ç   ã  o

   S   i  s   t  e  m  a   d  e   T  r  a  n  s  p  o  r   t  e  s

   E  n  e  r  g   i  a  e   C  o  m  u  n   i  c  a  ç   õ  e  s

   A   b  a  s   t  e  c   i  m  e  n   t  o   d  e

    Á  g  u  a  e

   S  a  n  e  a  m  e  n   t  o   B   á  s   i  c  o

IBGE X X X X X X X X X X X X X X X INPE X

ICA/ 1º- 6º GAV X X X

DSG X X X X X X X X X

DHN X X X

INCRA

CBDL X X

DNIT X

FUNAI X

ICMBIO- IBAMA X

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TABELA DADOS TEMÁTICOS

 DADOS TEMÁTICOS ( GOVERNO FEDERAL) - PROPOST

ATORES PRODUTORES DE DADOS EINFORMAÇÕES TEMÁTICAS

   B  a  c   i  a  s   H   i   d  r  o  g  r   á   f   i  c  a  s

   L   i  m   i   t  e  s  -   (  n  a   t  u  r  a   l  e  o  u   t  r

  a  s   )

   H   i   d  r  o  g  r  a   f   i  a  e   H   i   d  r  o   l  o  g   i  a

   R  e  c  u  r  s  o  s   H   í   d  r   i  c  o  s

   V  e  g  e   t  a  ç   ã  o  e   F   l  o  r  e  s   t  a  s

   B   i  o   d   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

   G  e  o   l  o  g   i  a

   G  e  o  m  o  r   f  o   l  o  g   i  a

   U  s  o  e   C  o   b  e  r   t  u  r  a   d  a   T  e  r

  r  a

   R  e  c  u  r  s  o  s   M   i  n  e  r  a   i  s

   G  e  o   f   í  s   i  c  a

   H   i   d  r  o  g  e  o   l  o  g   i  a

   H   i   d  r  o  q  u   í  m   i  c  a

   C  o   l  e  ç   õ  e  s   (   f  a  u  n  a  e   f   l  o  r  a

   )

   S  o   l  o  s

   C   l   i  m  a

   R   i  s  c  o  s

   D  e  s  m  a   t  a  m  e  n   t  o   /   F  o  c  o  s   d

  e   C  a   l  o  r

    Á  r  e  a  s   d  e  g  r  a   d  a   d  a  s

   E  s   t  a   t   í  s   t   i  c  a  s  a  m   b   i  e  n   t  a   i  s

   S  e   t  o  r  e  s   C  e  n  s   i   t   á  r   i  o  s   (  u  n   i   d  a   d  e  s

  o

  e  r  a  c   i  o  n  a   i  s  e   d  e

   l  a  n  e

  a  m  e  n   t  o

 

   E  s   t  a   t   í  s   t   i  c  a  s  e  c  o  n   ô  m   i  c  a

  s

Casa Civil da Presidência da República * * Gabinete de Segurança Institucional * *Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão * * * * * * * * * * * * * * * * * * Ministério das Relações ExterioresMinistério do Meio Ambiente * * * * * * *Ministério dos TransportesMinistério das Cidades

Ministério da Ciência e Tecnologia * * * *Ministério da Defesa * Ministério das ComunicaçõesMinistério da EducaçãoMinistério da CulturaMinistério do Desenvolvimento Agrário * Ministério do Desenvolvimento Social * Ministério do Desenvolvimento Industria e ComércioExteriorMinistério da Agricultura e Abastecimento * *

Ministério das Minas e Energia * * * Ministério da Justiça  Ministério da SaúdeMinistério dos EsportesMinistério do Turismo

Ministério da Previdência Social

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3.6 - ACESSO À INFORMAÇÃO GEOESPACIAL

Disponibilização de dados e metadados

Para que a INDE seja uma iniciativa de sucesso é necessário garantir o acesso da sociedade àsinformações geoespaciais produzidas no país de forma ampla, recuperando todo o investimento

governamental disponbilizado para a produção e a organização dessas informações.

Assim sendo, é necessário ter diretrizes e políticas para a produção, manutenção, difusão edisponbilização da IG.

Considerando a disponibilização na INDE, é necessário definir na gestão do Diretório Brasileiro deDados Geoespaciais – DBDG, a garantia de acesso, a entrada de dados, sua documentação. Para aentrada de dados, deve ser recomendada uma série de regras, bem como a necessidade de acordos decompartilhamento.

Gestão da Informação

A gestão da informação na INDE, deve prever duas vertentes:

• Nas instituições - associadas com as suas responsabilidades; e• na própria INDE - como ator responsável pela difusão e disponibilização de seus dados e

informações na INDE.

Princípios da gestão da INDE:

• Os dados e informações devem ser encarados como recursos estratégicos das instituições eda INDE;

• Os dados e informações produzidos por serviços públicos e / ou via contratos são depropriedade das organizações públicas;

• Os dados e informações devem estar documentados, através de padrão de metadados;• A informação que vale é a acessível, difundida e disponibilizada e não a armazenada;• Dados e informações não têm preço e sim valor;

Componentes da gestão da INDE:

• Normas ou regras para o gerenciamento de informações;• Um sistema de acompanhamento que proporcione informações sobre onde e em que estado

de desenvolvimento se encontra um conjunto de dados ou um produto;• A documentação que cubra todos os processos desde o planejamento até o processamento,

o armazenamento e a atualização;• O mapeamento dos dados desde a aquisição até a chegada aos usuários;• Equipe de trabalho consciente do valor dos dados e a importância de um bom gerenciamento

de dados; e • Serviços geoespaciais.

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Mecanismos de atuação da gestão da INDE:

• Formação de grupos de trabalho na INDE voltados para a gestão de dados e informação decaráter interdisciplinar ;

• Reuniões de trabalho;• Validação de alto nível ; e• Difusão permanente dos avanços.

3.7 - INDE: INICIATIVA COLABORATIVA E VOLUNTÁRIA

Na formação da INDE, deverão ser consideradas as associações com os diversos setores, incluindoa participação da sociedade não organizada, cooperando na obtenção de dados e informações,construção, compartilhamento e atualização da INDE.

Um dos princípios básicos de organização de uma INDE, define como fator de êxito a colaboraçãoentre os diversos partícipes. Alguns casos de sucesso com envolvimento amplo da sociedade têm sido

verificados nomundo. Por exemplo, nos EUA os governos federal, estatais, locais e tribais, a academia, osetor privado e as organizações não lucrativas são incentivados a trabalhar juntos, dentro de uma áreageográfica para que os dados geoespaciais estejam disponíveis para todos.

Os chamados "grupos de cooperação" devem ser formados para permitir que todas as partesparticipem e contribuam na INDE fortalecendo-a.

As políticas de dados e informações geoespaciais da INDE devem prever as regras deprocedimentos voltadas à integração desses grupos de cooperação. Essa cooperação deve relatar deforma sistemática os bônus dessas experiências com base em suas responsabilidades, compromissos,

benefícios e controle compartilhados orientados para a melhora do sistema de disponibilização e acessode dados geoespaciais.

Estabelecer mecanismos que fomentem a participação e cooperação de forma voluntária pelasociedade deve ser incentivada e seu acompanhamento investigado, com um desenho que responda asseguintes questões:

• Quais seriam os grupos potenciais de usuários da INDE?• Que opções de dados e informações geoespaciais necessitam os usuários?•

O que buscariam os usuários na INDE?

Os resultados principais dessa investigação assinalariam o que seria necessário desenvolver e emque interface mais amigável. Essa interface deveria adotar terminologia informal e não técnica, e incluirmecanismos de busca por termos e localização geográfica (consulta por nomes geográficos).

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Referências Bibliográficas

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(Global Mapping Concept and Recent Progress – Fraser Taylor, México, 2005) gsdiconf/GSDI-6/proceedings/ 2002-09-GSDI6 

Curso ministrado pelo IGN e pela UPM sobre a IDE, 2008.

ICDE (1999)

IDEMEX, 2006

IGAC, 2005

INSPIRE 2007/2008 – DIRETRIZES

IEDG, 2005 LA INFRAESTRUCTURA DE DATOS ESPACIALES EN EL DESARROLLO DE LASOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN DE CONVERGENCIA EN EL ECUADOR. Miguel Ruano N.

MOELLER (2001)

Lance McKee (1996) Building the GSDI Discussion paper for the September 1996 Emerging Global SpatialData Infrastructure Conference

IGAC / CIAF, 2005 apud BCIS, 1999

IGAC-2006 Fortalecimiento Institucional “CAPACITY BUILDING”

Recetario IDE - GSDI, 2004

Decreto Presidencial no 6.666, de 27 de novembro de 2008, publicado no DOU (ISSN 1677-7042)

GINIE: Rede Europeia de Informação Geográfica - IST-2000-29493

Resumo Executivo - Para uma Estratégia Europeia de I.G. - Janeiro 2004.

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CAPÍTULO 4

DADOS GEOESPACIAIS E METADADOS DA INDE

4.1- INTRODUÇÃO 

Na seção 2.3 do Capítulo 2, a definição constante no Decreto 6.666/08 para dado geoespacial foi

apresentada da seguinte forma: “aquele que se distingue dos demais tipos de dados, essencialmente pela componente espacial, que associa a cada entidade e fenômeno geográfico uma localização sobre as superfícies terrestres, traduzidas por um sistema geodésico de referencia, em dado instante ou período de tempo podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento apoiados por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto” .

Nas ultimas décadas, a adequação ao ambiente computacional, a evolução das técnicas deposicionamento por satélite – GNSS, de Sensoriamento Remoto (SR) e o surgimento dos Sistemas deInformações Geográficas (SIG) iniciaram uma verdadeira revolução no tratamento e manejo dos dadosgeoespaciais. Estes fatos possibilitaram o crescimento exponencial da produção de dados geoespaciaisdigitais e da migração de dados analógicos para o meio digital, o que nem sempre ocorreu de formaordenada.

 A complexidade da produção e disseminação, inerentes à própria natureza do dado geoespacial, têmtrazido dificuldades para instituições e pesquisadores interessados no reaproveitamento de dados játrabalhados em outros projetos, planos, produtos ou programas. Alguns dos fatores que dificultam areutilização dos dados podem ser citados:

• Inexistência ou não observação dos padrões definidos;• Produção descentralizada com métodos distintos;• Documentação incipiente sobre a metodologia e padrão utilizados na produção;• Dificuldades burocráticas de acesso aos dados• Desconhecimento dos acervos existentes

 A maioria dos estudos para o desenvolvimento de qualquer projeto sócio-econômico necessitaacompanhamento sistemático da evolução histórica, em uma escala temporal que cada vez menor. Emalgumas ocasiões, este período pode ser até mesmo de horas, como no caso do acompanhamento decatástrofes naturais (enchentes, terremotos, erupções vulcânicas e outras) ou desastres ecológicosprovocados pelo homem (derramamento de óleo, queimadas, poluição e outros).

 Além do fator temporal, pode-se necessitar também levantar dados com detalhamento diferenciado,em face da realidade local, regional e até mesmo global. Como exemplo deste tipo de estudo, pode-seimaginar um sistema hipotético de previsão de safras que necessita conhecer a realidade de vários locais,em diferentes instantes, para manejar corretamente as culturas, acompanhar a realidade regional

diariamente objetivando identificar mudanças climáticas e, em alguns momentos, observar a realidadeglobal com finalidades climáticas, estratégicas e econômicas. Sem dúvida, um estudo com estascaracterísticas emprega dados de diversas naturezas, podendo coexistir neste ambiente de dados vindosde vários tipos de SR, de mapas de temas distintos (solos, geologia, geomorfologia, etc.), de levantamentode campo, de levantamento bibliográficos e dados de localização obtidos por sistema de posicionamentoglobal (GNSS). Assim sendo, dá para se imaginar que em aplicações desta magnitude, onde se empregauma grande diversidade de dados de fontes distintas, a utilização, de forma isolada, das tecnologias deGNSS, SIG e SR, não seria suficiente.

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Quadro1 - Produtores de dados fundamentais, fundamentais de referê

PRODUTORES DE DADOSFUNDAMENTAIS,

FUNDAMENTAIS DEREFERÊNCIA E ESPECIAIS

DADOS FUNDAMENTAIS

Dados Fundamentais de Referencia 

Controle Geodésico Cartas do Tipo Gerais do Map.Sist. BásicoGeográfico e Topográfico

   I  m  a  g  e  n  s   d  e   S  e  n  s  o  r  e  s

   O  r   b   i  a   t  s   i

   I  m  a  g  e  n  s   d  e   S  e  n  s  o  r  e  s

   A  e  r  o   t  r  a  n  s  p  o  r   t  a   d  o  s

   C  a  r   t  a  s   G  e  r  a   i  s   d  o   T   i  p  o

   O  r   t  o   f  o   t  c  a  r   t  a

   C  a  r   t  a  s   G  e  r  a   i  s   d  o   T   i  p  o   C  a  r   t  a  -

   I  m  a  g  e  m 

   N  o  m  e  s   G  e  o  g  r   á   f   i  c  o  s

   R  e   d  e   P   l  a  n   i  m   é   t  r   i  c  a

   R  e   d  e   A   l   t   i  m   é   t  r   i  c  a

   R  e   d  e   G   N   S   S  –   P  e  r  m  a  n  e  n   t  e  -

   R   B   M   C

   R  e   d  e   M  a  r  e  g  r   á   f   i  c  a

   P  e  r  m  a  n  e  n   t  e  p  a  r  a   G  e  o   d   é  s   i  a

   R  e   d  e   G  r  a  v   i  m   é   t  r   i  c  a

   H   i   d  r  o  g  r  a   f   i  a

   R  e   l  e  v  o

   V  e  g  e   t  a  ç   ã  o

   S   i  s   t  e  m  a   d  e   T  r  a  n  s  p  o  r   t  e  s

   E  n  e  r  g   i  a  e   C  o  m  u  n   i  c  a  ç   õ  e  s

   A   b  a  s   t  e  c   i  m  e  n   t  o   d  e

    Á  g  u  a  e

   S  a  n  e  a  m  e  n   t  o   B   á  s   i  c  o

   E   d  u  c  a  ç   ã  o  e   C  u   l   t  u  r  a

   E  s   t  r  u   t  u  r  a   E  c  o  n   ô  m   i  c  a

   L  o  c  a   l   i   d  a   d  e  s

   P  o  n   t  o  s   d  e   R  e   f  e  r  e  n  c   i  a

   L   i  m   i   t  e  s   P   D   A

Ministério da Ciência e Tecnologia - ON x

Ministério da Ciência e Tecnologia - INPE xMinistério da Defesa – Aeronáutica – ICAe Esq de aerolevantamento 1º./6º.  x

Ministério da Defesa – Exército - DSG x x x x x x x x x x x x x x

Ministério da Defesa – Marinha - DHN

Ministério do Desenvolvimento Agrário -INCRA

Ministério das Relações Exteriores -CBDL x x xMinistério do Planejamento – IBGE-SECAR x x x x x x x x x x x x x x x

Iniciativa Privada Nacional x x x x x

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Situações como as exemplificadas foram alguns dos fatores que conduzem a criação e a manutençãode uma Infraestrutura de Dados Geoespaciais – IDE. A IDE pressupõem a aceitação e utilização consensualde normas e padrões estabelecidos é sem dúvida o melhor caminho para se alcançar um ambiente integradode desenvolvimento de dados geoespaciais.

O desenvolvimento de IDE é hoje objeto de trabalho em muitos países. No Brasil, por conta de suaspeculiaridades de natureza geográfica, cultural e considerando o estágio de desenvolvimento de suasinstituições, a proposta é o estabelecimento de implantação da INDE por ciclos de desenvolvimento comintervalos temporal estabelecidos e objetivos bem definidos para serem cumpridos em cada etapa. Nestesentido sugere-se 3 ciclos:

Ciclo I : de junho de 2009 até dezembro de 2010;

Ciclo II : de 2011 até 2014

Ciclo III : de 2015 até 2020.

 A tarefa de identificar os dados da INDE passa pelo cadastramento das instituições e órgãosgovernamentais produtores, provedores e gestores de dados e informações geoespaciais. Com esse cadastroé possível identificar as instituições com atribuições legais para definir recomendações, normas e padrõessobre estes dados.

Os dados e informações produzidos por atribuições institucionais de órgãos e instituições componentesdos sistemas geridos pela União, definidos na Constituição de 1988, a saber são: Sistema CartográficoNacional - SCN (Decreto Lei 243 de 28/2/1967 e Decreto 89817 de 20/6/1984), Sistema Estatístico Nacional –SEN (Lei 6183 de 11/12/1974) e Sistema Geológico Nacional – SGB (Decreto Lei 764 de 15/9/1969 e Lei8970 de 28/12/1994).

Dentre os atores da INDE, existem aqueles que são produtores oficiais de dados geoespaciais. Estessão destacados no presente Capítulo porque, à luz da legislação em vigor, entre elas a que regulamenta oSistema Cartográfico Nacional (Decreto Lei 243 de 28/2/1967 e Decreto 89817 de 20/6/1984), eles constituema referência para construção e integração dos dados geoespaciais, na medida que são os órgãosresponsáveis pelo mapeamento terrestre, náutico e aeronáutico. Os dados do Sistema Estatístico Nacional –

SEN (Lei 6183 de 11/12/1974), no que abrange os dados referentes aos limites políticos administrativos doterritório brasileiro são considerados dados fundamentais.

 A lista de atores fundamentais da tabela constante do Capítulo 3 não é definitiva. Ela deverá ser ampliada durante a execução do Plano de Ação, à medida que novos produtores e gestores forem sendoidentificados e incorporados ao processo, em conformidade com os levantamentos e diagnósticos quedeverão ser realizados sobre atribuições legais de produção e disseminação de dados geoespaciais. A seguir uma visão, segundo o contexto deste capitulo, da tabela de atores fundamentais da tabela no Capítulo 3:

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4.2 - DADOS E INFORMAÇÕES GEOESPACIAIS

No tópico 1.3.3 do 1º Capitulo é apresentado uma serie de dados considerados como de referência e ostemáticos por vários países do mundo, no entanto, considerada a complexidade do assunto e a necessidade

de amparo legal para considerar um dados como de referencia, este capitulo restringirá o arcabouço de dadosde referencia aos descritos na legislação em vigor. Porém nada impede que novos dados sejam incorporadosa INDE nos próximos ciclos, após a devida normatização.

No Decreto Lei 243 de 1967, no capítulo IV – sobre a Representação do Espaço Territorial, informa queo espaço brasileiro será representado através de cartas e outras formas de expressão afins. As cartas quantoa representação dimensional dividem-se em planimétricas e plano-altimétricas e quanto ao caráter informativoem cartas gerais, especiais e temáticas .

• Cartas Gerais – “proporcionam informações genéricas de uso não particularizado”;• Cartas Temáticas - são aquelas que “apresentam um ou mais fenômenos específicos, servindo a

representação dimensional apenas para situar o tema”;• Cartas Especiais - são aquelas que “registram informações específicas, destinadas, em particular 

a uma única classes de usuários”.

Quanto ao caráter informativo o Decreto Lei 243/67 classifica os dados da seguinte forma:

• Dados de Referencia – são aqueles que “proporcionam informações genéricas de uso nãoparticularizado”;

• Temáticos -.são aqueles que “apresentam um ou mais fenômenos específicos, servindo a

representação dimensional apenas para situar o tema”;.• Especiais - são aqueles que “registram informações específicas, destinadas, em particular a umaúnica classes de usuários”.

 A essência das definições do Decreto Lei 243/67 conciliada com a visão atual da análise de sistemassobre hierarquia das informações permitem classificar estes dados em: Fundamentais, Fundamentais deReferência, Temáticos, Temáticos de Referência e Especiais.

4.2.1 - Dados Fundamentais 

Dados Fundamentais: São dados que proporcionam informações genéricas de uso não particularizado,elaborados como bases imprescindíveis para o referenciamento geográfico de informações à superfície doterritório nacional;

O conceito de dado fundamental de referência foi discutido no Capítulo 1, na qual foram ressaltadas asnoções de padronização e produção “oficial” de dados geoespaciais. Não obstante, tendo em vista a realidadede um Plano de Ação da INDE, entende-se que a definição dos dados fundamentais deve preceder a dosdados fundamentais de referência, pois estes constituem uma particularização daqueles: os de referência sãodados fundamentais padronizados e homologados.

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 A importância desta distinção reside num aspecto de ordem prática: os dados fundamentais jáproduzidos por qualquer organização partícipe da iniciativa da INDE e cujos metadados já estejamdisponíveis, não devem sofrer restrições para serem publicados através do Diretório Brasileiro de DadosGeoespaciais (DBDG), mesmo que não atendam normas e padrões da CONCAR.

Neste documento são reconhecidos como dados fundamentais os constantes do Quadro 2.

Quadro 2 – Dados fundamentaisDado

Geoespacial Formato Definição Ciclo ProdutoresOficiais Obs.

Imagens de

Sensores

Orbitais 

Matricial

São imagens obtidas a partir de sensores artificiaisorbitais, em meio digital e em formato de células,de tamanho pré-definido, organizadas em linhas ecolunas (matriz).

Prevê o Dec.Lei 243 que

cabe asempresasprivadas

cadastradasno Ministérioda Defesa e

Órgão doSistema Cart.

Nacionalexecutar aprodução de

dadosgeoespaciais,observando as

normas emvigor do

Ministério daDefesa,

conforme Dec –Lei 2278 art

4. 

a

Numérico

Modelo Numérico do Terreno (MNT) representa atopografia de uma região da superfície terrestre,que armazena as altitudes dos pontos nasuperfície do terreno. O Modelo Numérico deSuperfície (MNS) representa a superfície terrestre,incluindo outros objetos, tais como a copa de

árvores e edificações.

1° a

Imagens de

Sensores

 Aerotransporta

dos

(Fotografias

aéreas e

imagens de

radar) 

Matricial

São imagens obtidas a partir de sensoresaerotransportados, em meio digital e em formatode células, de tamanho pré-definido, organizadasem linhas e colunas (matriz).

1° a

Numérico

Modelo Numérico do Terreno (MNT) representa atopografia de uma região da superfície terrestre,que armazena as altitudes dos pontos nasuperfície do terreno. O Modelo Numérico deSuperfície (MNS) representa a superfície terrestre,incluindo outros objetos, tais como a copa deárvores e edificações.

1° a

NomesGeográficos

 Alfanumérico

Componente informacional oficial e padronizado,presente nas cartas gerais que nomeiam feiçõesgeográficas considerando-se aspectos geo-

cartográficos, históricos, culturais e lingüísticos

Integrantes doSistema

CartográficoNacional-

Decreto Lei N°243, Capítulo

IV, Art 6º 

Cartas Geraisdo tipo

Ortofotocarta

Matricial

São fotografias aéreas das quais foram removidasas distorções causadas pela inclinação da câmarae pelo relevo. Estes dados são produzidossegundo as normas legais em vigor, em meiodigital e em formato de células, de tamanho pré-definido, organizadas em linhas e colunas (matriz)

1° a

Híbrido

São fotografias aéreas das quais foram removidasas distorções causadas pela inclinação da câmarae pelo relevo, e possuem representações dealguns objetos geoespaciais em formato vetorial.Estes dados são produzidos segundo as normaslegais em vigor, em meio digital e em formatohíbrido: de células, de tamanho pré-definido,organizadas em linhas e colunas (matriz), e devetores.

1° a

Cartas Gerais

do tipo Carta-

Imagem 

Matricial

Cartas obtidas através da correção geométrica deuma imagem de satélite. Estes dados sãoproduzidos segundo as normas legais em vigor,em meio digital em formato de células, de tamanhopré-definido, organizadas em linhas e colunas(matriz

1° a

Híbrido

Cartas obtidas através da correção geométrica deuma imagem de satélite e possuemrepresentações de alguns objetos geoespaciais emformato vetorial. Estes dados são produzidossegundo as normas legais em vigor, em meiodigital e em formato híbrido: de células, detamanho pré-definido, organizadas em linhas ecolunas (matriz), e de vetores.

1° a

Observações: a – Neste ciclo disponível apenas os metadados.b – Disponível no sistema de consulta ao Banco de Nomes Geográficos do Brasil

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4.2.2 - Dados Fundamentais de Referência

Dados Fundamentais de Referência: São os subconjuntos dos dados fundamentais que obedecem asseguintes condições: serem produzidos de acordo com os padrões de dados de referência INDE e seremdefinidos pela legislação em vigor como dados de referência;

Estas diretrizes apontam para a necessidade de se estabelecer processos de certificação dos conjuntosde dados publicados pelos produtores oficiais de dados geoespaciais, tendo em vista assegurar suaharmonização, integração e interoperabilidade através do DBDG. Considerando que este é um processo demédio e longo prazo, como demonstra a experiência de muitos países, os produtores de dados geoespaciaismesmo não disponibilizando os dados fundamentais de referencia no 1º. ciclo (DBDG) devem publicar osseus metadados no DBDG o quanto antes.

Neste documento são reconhecidos como dados fundamentais de referência daqueles constantes dosQuadros 3,4 e 5.

Quadro 3 – Dados fundamentais de referência

Controle Geodésico

Dado Geoespacial Formato Definição CicloProdutores

OficiaisObservação

Rede Planimétrica Vetorial

Relatórios das Estações Geodésicas quecontém como principais informações ascoordenadas plani-altimétricas (latitude,longitude e altitude geométrica) dosmarcos da rede planimétrica passiva doSGB

IBGE –Dec. Lei243 Cap VI, art

12º. Nr 1)

-

Rede Altimétrica Vetorial

Relatórios das Estações Geodésicas quecontém como principal informação aaltitude em relação ao nível médio do mar.Materializadas pelas Referências de Nível(RRNN) da Rede Altimétrica de AltaPrecisão (RAAP) do SGB

-

Rede GNSSPermanente -RBMC

Vetorial

Dados de rastreio GNSS disponibilizadosgratuitamente em formato padrãointernacional através da Internet. Temcomo um de seus objetivos desempenhar opapel de estações de referência,eliminando a necessidade do usuárioimobilizar um receptor em um ponto.

-

Rede MaregráficaPermanente para

Geodésia - RMPG

Vetorial

São arquivos contendo um conjunto deinformações sobre o nível do mar, obtidasa partir de observações de estações

maregráficas (EEMM).

1°-

Rede Gravimétrica VetorialSão os Relatórios das EstaçõesGeodésicas que fornecem informações degravidade em parte do território nacional.

1° ON-

O Quadro 3 apresenta a visão clássica da divisão do território nacional em cartas do tipo geral. Esteenfoque é muito útil para a produção dos dados geoespaciais, pois limita define áreas de trabalho, o quefacilita a manipulação dos dados nas varias etapas do processo de produção. Porém não pode ser ignoradoque as cartas são um produto associado aos dados geoespaciais, ou seja, uma visão dos dados geoespaciaisde uma determinada região.

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Um novo enfoque é apresentado na modelagem conceitual, da estrutura de dados geoespaciaisvetoriais da INDE (Lunardi,2006), as ocorrências (instâncias) são representadas por  classes de objetos  demesma natureza e funcionalidade. Estas classes foram agrupadas em categorias de informação , cujapremissa básica para este agrupamento é o aspecto funcional comum. No quadro a seguir estão definidas deforma genérica as categorias de informação:

Quadro 4 – Dados fundamentais de referência

Cartas Gerais do Mapeamento Sistemático BásicoDado

GeoespacialFormato Definição Ciclo Produtores Oficiais Observação

Geográfico

Matricial

Mapas e as cartas geográficas produzidassegundo as normas legais em vigor, em meiodigital em formato de células, de tamanho pré-definido, organizadas em linhas e colunas(matriz)

Integrantes do SCN –Dec. Lei 243 Cap II art 2e Cap VIII, art 17

b

bVetorial

Mapas e as cartas geográficas produzidassegundo as normas legais em vigor, em meiodigital em formato vetorial.

1°-

Topográfico

Matricial

Cartas topográficas nas escalas1:25.000;1;50.000;1:100.000;1:250.000;produzidas segundo as normas legais em vigor,em meio digital em formato de células, detamanho pré-definido, organizadas em linhas ecolunas (matriz)

1° -

Vetorial

Cartas topográficasnas escalas1:25.000;1;50.000;1:100.000;1:250.000;produzidas segundoas normas legais emvigor, em meio digitalem formato vetorial,incluindo as divisõespolíticoadministrativas.

Hidrografia

1° a,c,d,e

RelevoVegetaçãoSistema de TransporteEnergia e Comunicações

 Abastecimento de Água eSaneamento BásicoEducação e Cultura

Estrutura EconômicaLocalidadesPontos de ReferênciaLimites - DPA

 Adm Pública

Saúde e Serviço Social

Observações: a- Apenas metadados no perfil da INDEb- Disponibilização dados esc 1:1.000.000, 1:5.000.000 e menores nos padrões da INDE.c- Disponibilização dados na esc 1:250.000 nos padrões da INDEd- Disponibilização dados na esc produzidos em 1:100.000 e maiores apenas no 2º cicloe- Categorias de Informação das Cartas Topográficas Gerais

Quadro 5– Dados fundamentais de referência

Hidrografia Categoria que representa o conjunto das águas interiores e oceânicas da superfície terrestre, bem comoelementos, naturais ou artificiais, emersos ou submersos, contidos nesse ambiente.

Relevo Categoria que representa a forma da superfície da Terra e do fundo das águas tratando, também, osmateriais expostos, com exceção da cobertura vegetal.

Vegetação Categoria que representa, em caráter geral, os diversos tipos de vegetação natural e cultivada.

Sistema de Transporte Categoria que agrupa o conjunto de sistemas destinados ao transporte e deslocamento de carga epassageiros, bem como as estruturas de suporte ligadas a estas atividades.

Energia e Comunicações Categoria que representa as estruturas associadas à geração, transmissão e distribuição de energia, bemcomo as de comunicação.

Abastecimento de Água eSaneamento Básico

Categoria que agrupa o conjunto de estruturas associadas à captação, ao armazenamento, ao tratamento eà distribuição de água, bem como as relativas ao saneamento básico.

Educação e Cultura Categoria que representa as áreas e as edificações associadas à educação e ao esporte, à cultura e aolazer.

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Estrutura Econômica Categoria que representa as áreas e as edificações onde são realizadas atividades para produção de bense serviços que, em geral, apresentam resultado econômico.

Localidades Categoria que representa os diversos tipos de concentração de habitações humanas.

Pontos de Referência Categoria que agrupa as classes de elementos que servem como referência a medições em relação asuperfície da Terra ou de fenômenos naturais

Limites DPACategoria que representa os distintos níveis político-administrativos e as áreas especiais; áreas deplanejamento operacional, áreas particulares (não classificadas nas demais categorias), bem como oselementos que delimitam materialmente estas linhas no terreno.

Administração Pública Categoria que representa as áreas e as edificações onde são realizadas as atividades inerentes ao poder público.

Saúde e Serviço Social Categoria que representa as áreas e as edificações relativas ao serviço social e à saúde.

Cartas Gerais do Mapeamento Cadastral

DadoGeoespacial

Formato Definição Ciclo ProdutoresOficiais

Observação

Rural

Matricial

Cartas cadastrais rurais produzidas segundo asnormas legais em vigor, em meio digital emformato de células, de tamanho pré-definido,organizadas em linhas e colunas (matriz)

2°Integrantes doSistemaCartográficoNacional

 – Dec. Lei 243Cap II, art 2º.Parágrafoúnico

a,b

a,b

c

VetorialCartas cadastrais rurais produzidas segundo asnormas legais em vigor, em meio digital emformato vetorial.

cUrbano

Matricial

Cartas cadastrais urbanas produzidas segundoas normas legais em vigor, em meio digital emformato de células, de tamanho pré-definidoorganizadas, em linhas e colunas (matriz)

VetorialCartas cadastrais urbanas produzidas segundoas normas legais em vigor, em meio digital emformato vetorial.

Observações:a- Apenas metadados no perfil da INDEb- Nas esc de 1:10.000 no 3º.ciclo

c- Nas escalas de 1:500, 1:1.000 e 1:2.000d- Além das categorias de informações já previstas para as cartas gerais (ver observação “e” da tabela anterior) assim que a modelagemconceitual for concluída novas categorias serão adicionadas.

4.2.3 - Informações Temáticas

Informações Temáticas: São aquelas que apresentam um ou mais fenômenos específicos, servindo arepresentação dimensional apenas para situar o tema. Sendo consideradas como informações ouconhecimentos gerados para promover o desenvolvimento econômico e social.

O dado temático possui uma finalidade especifica, diferentemente de um dado de referencia que, apriori, não possui uma finalidade por si mesmo. O fato de um dado temático ser usado como referencia paraoutro dado não o caracteriza como de referencia. Um dado para ser considerado de referencia deverá estar assim definido na legislação em vigor.

Dado Geoespacial Formato Definição CicloProdutores

Oficiais Obs

Geofísica Matricial

Dados obtidos em levantamentos aerogeofísicosmagnetométricos e gamaespectrométricos,representados em imagens processadas edisponíveis em WMS

1°CPRM – Decreto1.524 de 20/06/95 -

Hidrogeologia Mapeamento Vetorial Mapa hidrogeológico na escala 1:2.500.000 1°CPRM – Decreto1.524 de 20/06/95 -

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Dado Geoespacial Formato Definição CicloProdutores

Oficiais Obs

CadastramentoeSistematizaçãoda Informação

Vetorial

Dados que compreendem importantesinformações para o conhecimento dascaracterísticas do subsolo e da presença daágua. Consistem basicamente em dados depoços tubulares e manuais, como profundidade,vazão, níveis estático e dinâmico, etc.

CPRM – Decreto1.524 de 20/06/95IBGE, segundo oDecreto Lei nº4740, de13/06/2003

-

Hidroquímica

De superfícieMatricial eVetorial

Dados que compreendem as informações sobre apotabilidade, tipos químicos e possibilidades deuso agrícola das águas subterrâneas do Brasil,através das análises físico-químicas de águassuperficiais.

IBGE, segundo oDecreto Lei nº4740, de13/06/2003

-

SubterrâneoMatricial eVetorial

Dados geoespaciais gráficos e não-gráficos quecompreendem as informações sobre apotabilidade, tipos químicos e possibilidades deuso agrícola das águas, através das análisesfísico-químicas de águas subterrâneas..

IBGE, segundo oDecreto Lei nº4740, de13/06/2003

-

GeomorfologíaMatricial eVetorial

Dados de caráter geomorfológico quecompreendem os domínios morfoestruturais, asunidades geomorfológicas e os tipos demodelados

IBGE, segundo oDecreto Lei nº4740, de13/06/2003

-

Solos Matricial eVetorial

Dados de caráter pedológico, que compreendem

a identificação das classes de solos, fertilidadenatural, textura e declividade do terreno, além dosresultados de análises físicas e químicas edescrição morfológica de perfis de solos.

IBGE, segundo oDecreto Lei nº

4740, de13/06/2003

EMBRAPA Solos,segundo o Decreto

-

Quadro 6 – Informações temáticasDado Geoespacial Formato Definição Ciclo Produtores Oficiais Obs

Cobertura e Uso da TerraMatricial

eVetorial

Dados geoespaciais gráficos e não-gráficos que compreendem olevantamento sistemático para aidentificação dos tipos de cobertura euso da terra, para todo o territórionacional, através da interpretação deimagens de satélite e de análises dasformas de ocupação e dascaracterísticas do processo produtivo

1°IBGE, segundo oDecreto Lei nº 4740,de 13/06/2003

-

Biomas Vetorial

Dados que compreendem grandesconjuntos de vida vegetal e animalagregados a partir das tipologias devegetação dominantes. Objetiva orientar estudos relacionados aos grandesconjuntos biológicos, visando oplanejamento regional e oestabelecimento de políticas públicas.

1°IBGE, segundo oDecreto Lei nº 4740,de 13/06/2003

-

Recursos Hídricos

Matricial

eVetorial

Dados geoespaciais gráficos e não-gráficos que compreendem asistematização de informações

hidrológicas e hidrogeológicas do Brasil,integrando as informações produzidaspelo IBGE e por outras instituiçõesnacionais.

IBGE, segundo o

Decreto Lei nº 4740,de 13/06/2003

-

Coleção Científica (Fauna eFlora)

Matriciale

Vetorial

Dados geoespaciais gráficos e não-gráficos que compreendem asistematização de informações sobre abiodiversidade brasileira oriundas deinformações bibliográficas e deinventários da biodiversidadesistematizadas na forma de cadastros ede coleções científicas.

1°IBGE, segundo oDecreto Lei nº 4740,de 13/06/2003

-

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Unidades de Conservação Vetorial

Dados vetoriais referentes as áreas deabrangência das Unidades deConservação, que corresponde aoespaço territorial e seus recursosambientais, incluindo as águas

 jurisdicionais, com característicasnaturais relevantes, legalmente instituídopelo Poder Público, com objetivos de

conservação e limites definidos, sobregime especial de administração, aoqual se aplicam garantias adequadas deproteção;

ICMBio e MMA –Decreto 6.100 de26/04/2007

 Art. 1 e 2, eLei 11.516 de

28/08/2007

-

Terras Indígenas Vetorial

Dados vetoriais correspondentes ademarcação das terras tradicionalmenteocupadas pelos índios e fundamentadasem trabalhos desenvolvidos por antropólogos qualificados.

1°FUNAI – Decreto Lein° 1.775 de 08 de

 janeiro de 1996. Art. 1-

Plano Nacional de Logísticade Transporte

Matricial 1° -

4.2.4 - Informações Temáticas de Referência 

Informações Temáticas de Referência: São os subconjuntos das Informações Temáticas queobedecem as seguintes condições: serem produzidos de acordo com os padrões de dados de referênciaINDE e serem definidos pela legislação em vigor como dados de referência para outras InformaçõesTemáticas;

Quadro 7 – Informações temáticas de referência

Dado Geoespacial Formato Definição Ciclo ProdutoresOficiais

Obs

Geologia

MapeamentoGeológico

Vetorial

Mapas geológicos com delimitação deunidades litoestratigráficas, estruturasgeológicas e recursos minerais nasescalas de 1:2.500.000 até 1:50.000

1°CPRM –Decreto 1.524de 20/06/95

-

Sistematização deInformações

Matricial eVetorial

Dados de caráter geológico quecompreendem as unidades geológicas,províncias geológicas e unidadesgeotectônicas.

IBGE, segundoo Decreto Leinº 4740, de13/06/2003

-

VegetaçãoMatricial eVetorial

Dados geoespaciais gráficos e não-gráficos de caráter fitogeográfico quecompreendem as tipologias vegetaisrepresentadas pelas RegiõesFitoecológicas e Áreas de Vegetaçãocom as respectivas formações e sub-

formações e características florísticas,pontos de observação e inventário flore

IBGE, segundoo Decreto Leinº 4740, de13/06/2003

4.2.5 - Dados Geoespaciais Especiais

Dados Especiais: Conforme descrito no Decreto Lei 243/67, são aqueles que registram informaçõesespecíficas, destinadas, em particular a uma única classe de usuários. Neste documento são reconhecidoscomo dados especiais: cartas náuticas e cartas aeronáuticas.

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4.2.5.1 - Cartografia Náutica

Quadro 8 – Dados Geoespaciais Especiais da Cartografia Náutica

Cartografia Náutica

DadoGeoespacial Formato Definição Ciclo Produtores

Oficiais Observação

CartasSinóticas

MatricialFornece situação sinótica diária (previsãodo tempo) de área marítima brasileira.

CHN

-

CartasNáuticas

Matricial Cartas que fornecem informaçõesessenciais a navegação na área de

 jurisdição brasileira, nas escalas1:25.000;1:50.000;1:100.000;1:250.000;1:500.000;1:1.000.000

1° -

Vetorial 2° a

 Aviso aosNavegantes

Texto Correções atualizando cartas náuticas. 1° -

Dados de

Batimetria

Matricial Dados de medição de profundidade que

definem o leito submarino que podem ser fluviais ou marítimos.

3° -

Base deDados

3° -

4.2.5.2 - Cartografia Aeronáutica

Quadro 9 – Dados Geoespaciais Especiais da Cartografia Aeronáutica

Cartografia Aeronáutica

Dado Geoespacial Formato Definição Ciclo ProdutoresOficiais

Observação

VisualFlightRules(VFR)

Carta AeronáuticaMundial - 1:1.000.000

(WAC)

Matricial

1ºInstituto deCartografia

 Aeronáutica

-

Serão divulgadas no primeirociclo as cartas existentes, umavez que ainda não hárecobrimento nacional nestasescalas.

Carta ou CartaImagem deNavegação AéreaVisual - 1:500.000(CNAV/CINAV)

Matricial

Carta Aeronáutica dePilotagem – 1:250.000(CAP/CIAP)

Matricial

VisualFlightRules(VFR)

Carta AeronáuticaMundial - 1:1.000.000(WAC)

Matricial  As Cartas de Navegação Visual (VFR)são destinadas a apoiar os vôos paracuja navegação são utilizadas as regrasde vôo visual. Em muito, assemelham-seàs Cartas Topográficas do MapeamentoSistemático, produzidas pela Diretoria doServiço Geográfico do Exército Brasileiro

e pelo IBGE, porém com característicaspróprias à finalidade aeronáutica.

1ºInstituto deCartografia

 Aeronáutica

-

Serão divulgadas no primeirociclo as cartas existentes, umavez que ainda não há

recobrimento nacional nestasescalas.

Carta ou CartaImagem deNavegação AéreaVisual - 1:500.000(CNAV/CINAV)

Matricial

Carta Aeronáutica dePilotagem – 1:250.000(CAP/CIAP)

Matricial

Instrment FlightRules(IFR)

Carta de Rotas (ERC)- Escalas Variadas

Digital (PDF)  As cartas IFR são os documentosutilizados para apoio ao vôo por Instrumentos. Este conjunto éconstituído por uma série de cartas quedevem ser re-editadas periodicamente,segundo um rigoroso calendário,estabelecido por compromissosinternacionais. Essas cartas contêm emdiversas escalas informaçõesaeronáuticas, que estão sujeitas a umprocesso de atualização extremamentedinâmico, ocorrendo a todo o momentosituações que implicam atualizações, por exemplo: mudanças de freqüências,surgimento de obstáculos artificiais,

1ºInstituto deCartografia

 Aeronáutica-

Carta de Área (ARC) -Escalas Variadas

Digital (PDF)

Carta de Saída (SID) – Escalas Variadas

Digital (PDF)

Carta de Chegada(STAR) – EscalasVariadas

Digital (PDF)

Carta de Aproximaçãopor Instrumentos (IAC)

 – Escalas VariadasDigital (PDF)

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Carta de Aproximação. Visual(VAC) - EscalasVariadas

Digital (PDF)

criação de aerovias, interdição deespaços aéreos, obras em aeródromos,manutenção de equipamentos, etc.

 Atualizações encontradas no portal AISWEB (www.aisweb.aer.mil.br).

Carta de Aeródromo(ADC) - EscalasVariadas)

Digital (PDF)

Carta para movimento

em solo (PDC) -Escalas Variadas) Digital (PDF)

Carta de altitudemínima radar (CAMR)- Escalas Variadas

Digital (PDF)

Carta de Plano de Vôo(FPC) – EscalaVariadas

Digital (PDF)

Carta Tipo A – Cartade Obstáculos -Escala Variadas

Digital (PDF)

Zona deProteçãode (ZPA)

PEPZA – PlanoEspecífico de ZPA(Escalas Variadas)

Matricial

Documentos cartográficos cujafinalidade é a proteção das áreas deentorno do aeródromo, em relação aosurgimento indiscriminado de possíveisobstáculos à Navegação Aérea.

1ºInstituto deCartografia

 Aeronáutica

O PEZPA existe apenas para osprincipais aeródromos do país.Serão divulgados os existentes àépoca do 1º ciclo

Observação: a – Apenas metadados, não podendo ser disponibilizado vetor em função de acordos internacionais.

4.3 - Os Metadados Geoespaciais

4.3.1 - Conceito e Importância para a INDE

Na definição mais simples, metadados são “os dados que descrevem os dados”. Trata-se de um resumodas características de um conjunto de dados ou de outro recurso de informações, esteja ele em meio digital

ou não. Reúnem as informações necessárias para que os dados se tornem úteis. Estas informações sãoconstituídas por um conjunto de características sobre os dados e que nem sempre estão incluídas nos dadospropriamente ditos.

Pode-se armazenar metadados em qualquer formato, como num arquivo de texto (por exemplo, nasfichas bibliográficas de uma biblioteca), em linguagens próprias como o XML - Extensible Markup Language -ou em estruturas de um banco de dados. Ao criar-se um banco de dados das fichas eletrônicas de umabiblioteca, pode-se encontrar um livro rapidamente a partir de seu título, autor ou assunto. Também é possívelusar os metadados em outros serviços de busca, por exemplo encontrar publicações do mesmo autor, oudisponíveis a partir de determinada data. Sem esses metadados, a busca e a seleção de referênciasbibliográficas seria muito mais penosa.

Os metadados ajudam as tarefas de documentação e organização dos dados das organizações,facilitando seu compartilhamento e manutenção, além de disciplinar a sua produção. A boa qualidade dosmetadados permite que o usuário compreenda o conteúdo dos dados que está observando, seu potencial etambém suas limitações. Sua importância é evidenciada nesta outra definição: metadados compõem uma dasáreas de pesquisa da Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC que transforma dados brutos emconhecimento (IKEMATU, 2001).

Devido ao pequeno tamanho comparado aos dados que descrevem, os metadados são facilmentecompartilhados. Ao criar metadados e compartilhá-los com outros, a informação sobre os dados existentes

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torna-se disponível imediatamente a qualquer um que busque esses dados. Desta forma, os metadadosfacilitam e agilizam a descoberta e ajudam a reduzir a duplicação de esforços na produção de dados.

No contexto da informação geoespacial, os metadados descrevem o “Que, Onde, Quando, Como eQuem” relativos à produção dos dados. A única grande diferença que existe com relação aos outros

metadados, não-espaciais, é a ênfase na componente espacial – o elemento “Onde” (IGGI, 2004; IGN, 2008):

• QUE: Título e descrição dos dados• ONDE: Extensão geográfica dos dados• QUANDO: Data de criação, períodos de atualização etc• COMO: Modo de obtenção da informação, formato etc• QUEM: Pessoa /pessoas que criou /criaram o produto

Numa IDE, os metadados são o requisito essencial que permite localizar, descrever e avaliar a IG (IGN,2008). Os técnicos ou organismos responsáveis pela criação de produtos geoespaciais (mapas, cartas, basescontínuas, carta-imagem, ortofotos, mapas temáticos, Atlas, estudos geográficos e outros) também devem ser encarregados de criar os metadados associados a cada produto. Essa orientação é fundamental para buscar a boa qualidade dos metadados porque aproxima a tarefa de documentar - e criar metadados significabasicamente disso - de quem mais conhece os produtos a serem documentados.

É muito comum que descrições de etapas do processo de produção sejam suprimidas na documentaçãodo projeto, ficando na memória de quem o executou. Consequentemente, os usuários que necessitariamavaliar em detalhes a aplicabilidade do dado e o seu respectivo uso, muitas vezes recorrem a um novolevantamento cartográfico, pois desconhecem a origem e a qualidade dos dados já existentes.

O Decreto nº 6.666 de 27/11/2008, marco legal da INDE brasileira, define Metadados Geoespaciaiscomo “o conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu 

levantamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua busca e exploração;” 

No seu Artigo 3º. o decreto ainda determina que o compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados é obrigatório para os órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário para os da esfera estadual, municipal e distrital.

4.3.2 - Padrões e Perfis de Metadados

Com a evolução dos serviços disponibilizados no ambiente WEB, o intercâmbio de dados vem sendointensificado e têm sido desenvolvidos diferentes aplicativos que viabilizam a transferência de informações.Segundo WEBER et al (1999), “as aplicações de transferência de dados implicam numa série de açõesconjuntas envolvendo acesso, disponibilidade e adequação dos dados”, além das informações necessáriaspara processar e utilizar o conjunto de dados, viabilizando, assim, a busca e pesquisa entre sistemas,indicando a adequabilidade e a possibilidade de transferência dos dados.

Para facilitar esse intercâmbio de metadados e dados entre usuários e organizações, alguns padrõesinternacionais de metadados têm sido especificados e implementados. O uso de um padrão comum demetadados possibilita o compartilhamento dos dados descritos segundo esse padrão, facilitando o acesso aosmesmos dentro de organizações e o intercâmbio de dados entre diferentes organizações.

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Os padrões de MG estão conceituados e estruturados em seções com funções específicas (FREITAS,2005) de:

Identificar o produtor e a responsabilidade técnica de produção;• Padronizar a terminologia utilizada;• Garantir o compartilhamento e a transferência de dados;• Viabilizar a integração de informações;• Possibilitar o controle de qualidade;• Garantir os requisitos mínimos de disponibilização;

Entre os padrões mais populares para metadados geoespaciais, destacam-se:

•  Padrão Dublin-Core (DUBLIN CORE, 1999) – é um modelo simples e efetivo de documentação deum largo espectro de recursos de informação, descritos através de elementos textuais como “Título”,“Descrição”, “Criador” etc. Não foi desenvolvido especificamente para dados geoespaciais, mas sim

para dados textuais e numéricos, mas concordou-se ser um conjunto mínimo (compreende 15elementos) para descrição de metadados e foi base para a evolução de outros padrões de metadados.

•  Padrão FGDC (FGDC, 1998) – na verdade o padrão chama-se “Content Standards for Digital Geospatial Metadata  - CSDGM” e foi desenvolvido pelo Federal Geographic Data Committee  (daí asigla/nome do padrão) dos EUA. Foi um padrão pioneiro de MG, e adotado pelas agências federaisnorte-americanas. A versão corrente data de 1998 e foi usada por diferentes organismos ao redor domundo. Atualmente o FGDC trabalha na migração dos metadados do seu padrão para a norma ISO-19115, a exemplo de outros organismos internacionais.

•  Padrão ISO (ISO 19115, 2003) – a norma ISO 19115:2003 (Geographic Information – Metadata)especificada pelo Comitê Técnico 211 (TC 211) da ISO faz parte de uma família de várias normas para

informação geográfica e suporta o referenciamento espacial. Utiliza a modelagem UML pararepresentar suas seções, entidades e elementos de metadados. É uma norma muito ampla - possuicerca de 400 elementos - que permite definição de perfis (veja definição abaixo) e de extensões paracampos específicos de aplicação. Atualmente mostra-se ideal, para uso nos departamentos e agênciasinternacionais de produção de dados geoespaciais. Prova disto é que vem se consagrando como umpadrão de fato, servindo de base para a definição dos MG das IDEs de vários países.

Como a composição de sistemas de informação tem sido, normalmente um esforço de Estado / Nação,alguns países iniciaram articulações internas e externas (Comitês, Grupos de Trabalhos, etc.) para odesenvolvimento de propostas de padrões de metadados a serem implementados na produção de seussistemas de informação - estatística, cartográfica / geodésica e ambiental. No Brasil observa-se que, somentealgumas poucas organizações estão implementando os metadados de suas bases geoespaciais, mesmo nãotendo uma uniformização quanto ao padrão de MG a ser utilizado.

 A documentação sistemática e estruturada dos dados cartográficos, através de padrão de MG para adivulgação e disseminação de produtos da Cartografia Sistemática Terrestre (escala geográfica, topográfica ecadastral), é considerada como fator fundamental para que se garanta a utilização e integração desses dadose informações aos sistemas de informação e de apoio à decisão, para os quais a componente posicional épreponderante.

Um perfil de metadados contém um conjunto básico e necessário de elementos que retrate ascaracterísticas dos produtos geoespaciais de uma determinada comunidade e garanta sua identificação,

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avaliação e utilização consistente (figura abaixo). Esse conjunto básico é proposto como o núcleo comum atodos os tipos de produtos geoespaciais, sendo que os produtos de mapeamento especial, cadastral etemático requerem maior detalhamento dos itens de algumas seções dos metadados para retratar suasespecificidades. 

Figura 1 – Perfil de metadados de uma comunidade

Fonte: Norma ISO 19115:2003.

Eventualmente, o conjunto genérico de metadados definido pelo padrão pode não acomodar qualquer aplicação que faça uso de dados específicos. Nesse caso, o padrão pode permitir a definição de metadadosadicionais que melhor atendam as necessidades do usuário. É o caso da criação - caso ainda não exista - deuma extensão do padrão de metadados (veja área cinza na figura acima) que, por outro lado, deveobedecer a regras estabelecidas pelo próprio padrão. A figura 3.4.1 ilustra a relação existente entre osmetadados estabelecidos pelo padrão, os componentes do núcleo de MG do padrão, o perfil de MG de umacomunidade e a extensão feita para o perfil.

Conforme será descrito no próximo capítulo, a arquitetura da INDE brasileira incluirá um Catálogo deMetadados, um diretório de MG que será distribuído fisicamente e geograficamente por servidoresGeonetwork (veja tópico 4.3.4 abaixo). Cada instituição produtora de IG proverá e manterá os metadados eseus produtos num nó local, participante do Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG, veja capítulo5).

Os MG contidos em cada nó deverão obedecer ao perfil de MG estabelecido pela CONCAR, segundoestabelecido pelo Decreto Lei 6.666, art. 4º, inciso I (“órgãos e entidades . deverão na produção, direta ou indireta, ou na aquisição de dados... obedecer aos padrões  [de dados e de metadados] estabelecidos para a INDE ...” ) e conforme será visto adiante, e poderão ser acessados localmente, através de procedimentos de“colheita” (harvesting ) de MG na rede, ou através de aplicações que utilizem serviços CSW 1 de catálogo.

4.3.3 - Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil – Perfil MGB

Como já dito anteriormente, uma tendência mundial tem sido a definição de perfis de MG baseados nanorma ISO 19115:2003. A CONCAR, através do Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais,(CEMG) está especificando e consolidando o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) baseado nessa norma.

Entre as motivações de usar a norma ISO de metadados geoespaciais em relação a outros padrões,tem-se:

1 (padrão OGC)

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• Faz parte de uma família de padrões geoespaciais, conhecida com “série 19000”, com mais de 40normas;

• Uso de listas controladas de códigos (codelists ), sempre que possível, no lugar de textos livres,tornando a interoperabilidade de metadados mais efetiva nesse padrão;

• Suporte para outros idiomas, além do inglês.

Para executar essa tarefa, o CEMG formou em Maio/2008 um grupo de trabalho específico (GT1-CEMG), formado por representantes de vários órgãos da CONCAR, produtores do SCN, para consolidar umaproposta de perfil nacional de MG.

 Ao longo do seu trabalho, o grupo GT1-CEMG estudou a norma ISO 19115 e alguns perfis baseadosnela:

MIG – Metadados de Informação Geográfica (Portugal)  ,NEM – Núcleo Espanhol de Metadados (Espanha)  ,NAP – North American Profile (EUA/Canadá), eLAMP – Latin American Metadata Profile (proposto para América Latina).

Como resultado, foi estabelecida uma proposta de perfil nacional de MG que será submetida a consultapública neste ano, para que sejam recolhidas as contribuições e sugestões dos produtores e usuários dedados e informações geoespaciais.

Não foi necessário, até o momento, a definição de nenhuma extensão ao padrão ISO no perfil MGB. Operfil tem sido exercitado pelos principais órgãos produtores do SCN, através de seus representantes noCEMG, e foram produzidas algumas simulações do perfil proposto. No caso do IBGE, por exemplo, essassimulações incluíram produtos das áreas de Geodésia, Cartografia, Geografia e Recursos Naturais.

 A proposta do perfil MGB inclui a maioria das seções de metadados presentes na norma ISO 19115,contemplando assim os aspectos mais relevantes da documentação da IG produzida no país. O perfil em

definição pelo GT1-CEMG abrange as seguintes seções da norma :

1. MD_Metadata – INFORMAÇÕES DO CONJUNTO DE ENTIDADES DE METADADOS: definemetadados de um produto e estabelece hierarquia;

2. MD_Identification – INFORMAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO: informação básica requerida paraidentificar univocamente um produto;

3. MD_Constraints – INFORMAÇÕES DE RESTRIÇÕES: restrições legais e de segurança noacesso e no uso dos dados;

4. DQ_DataQuality – INFORMAÇÕES DE QUALIDADE DOS DADOS: descreve sua linhagem(fontes e processos de produção), a qualidade e os testes efetivados nos dados. O anexo Crelaciona os atributos de Linhagem e de Relatórios que são sugeridos para serem incluídos nadescrição de linhagem, por método de produção de dados geoespaciais;

5. MD_MaintenanceInformation – INFORMAÇÕES DE MANUTENÇÃO DOS DADOS: descrevepráticas de manutenção e atualização;6. MD_SpatialRepresentation – INFORMAÇÕES DE REPRESENTAÇÃO ESPACIAL: descreve

mecanismo usado para representar os dados geoespaciais (matricial ou vetorial);7. MD_ReferenceSystem – INFORMAÇÕES DO SISTEMA DE REFERÊNCIA: descreve sistema

de referência espacial e temporal usado;8. MD_ContentInformation – INFORMAÇÕES DE CONTEÚDO: descreve conteúdo do(s)

catálogo(s) de abrangência e de feições usado(s) para definir feições de dados geoespaciais;9. MD_Distribution – INFORMAÇÕES DO DISTRIBUIDOR: informações do distribuidor e métodos

de acesso aos dados geoespaciais.

Ambos dentro da iniciativa européia INSPIRE - Infrastructure for Spatial Information in the European Community

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O perfil deve ser aplicado principalmente aos metadados de produtos da Cartografia Sistemática Básica,mas o GT1-CEMG especificou também uma versão sumarizada do perfil (quadro abaixo), baseada no “Core Metadata for Geographic Datasets” da norma ISO 19115, para ser adotada pelos demais produtores de IG.

O objetivo desse sumário é fomentar a cultura de documentação de produtos geoespaciais, através de

padrão de metadados, nas organizações que porventura não disponham de elementos que compõem o perfilMGB completo, estabelecendo um conjunto inicial de elementos que formem, no Ciclo I da INDE, a base dadocumentação dos dados geoespaciais que serão mantidos na infraestrutura.

O quadro abaixo enumera os elementos desse perfil sumarizado, colocando entre parênteses aobrigatoriedade do seu preenchimento, conforme definido na própria norma ISO :

Quadro 10 –Perfil MGB Sumarizado

4.3.4 - Ambiente de Carga, Edição e Divulgação

 Atualmente existem diversos softwares que implementam ambientes de documentação, edição,recuperação e divulgação de metadados geoespaciais. Exemplos desses softwares são o ArcIMS Metadata Server  (da ESRI), o GeoConnect Geodata Management Server  (da Intergraph) e o GeoNetwork  (daFAO/ONU).

 A ferramenta sugerida para documentação, edição e distribuição de metadados, no caso da INDE-Brasil, é o GeoNetwork (GEONETWORK, 2008).

Dentre as principais características do GeoNetwork , e que justificam sua recomendação, destacam-se:

• Livre e de código aberto;• Mecanismos de busca avançados;

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• Suporte nativo a padrões de MG conhecidos (ex: FGDC, ISO 19115);• Edição de metadados baseada em perfis definidos de MG;• Sincronização de metadados entre catálogos distribuídos;• Interface com usuário em diversos idiomas 2;• Controle de acesso;•

Gerenciamento de usuários e grupos de usuários;• Uso de protocolos que permitem conexão com diversos produtos de MG.

Uma descrição mais detalhada do ambiente GeoNetwork e sua integração na INDE brasileira será feitano capítulo 5 (Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais).

4.3.5 - Recomendações

 Ao se iniciar um projeto de documentação ou catalogação de metadados é muito comum enfrentar resistência por parte dos produtores dos dados, detentores do conhecimento das características dessesdados. Não é raro ouvir as seguintes dificuldades dos responsáveis pela documentação (IGGI, 2004):

Existência de outras atividades mais prioritárias;• Trabalho adicional desnecessário;• Natureza confidencial do conteúdo dos dados;• Falta de pessoal para a tarefa;• Burocracia adicional desnecessária;• “nenhum arquivo de dados aqui”;• Falta de confiança no processo.

Essa dificuldade deve ser contornada a partir do envolvimento de todo o corpo técnico responsávelpela produção dos dados geoespaciais, conscientizando-os do papel essencial que seus metadados terãodentro da estrutura da INDE, conforme citado no item 4.3.1 acima. Esse envolvimento deve ser fomentado epromovido através de palestras, treinamentos e oficinas práticas que ensinem e exercitem o perfil de MG

adotado para a INDE brasileira e as respectivas ferramentas de carga, edição, difusão edivulgação demetadados geoespaciais.

Como já dito anteriormente, o ideal é que a confecção dos metadados seja feita pelo responsável pelaelaboração do respectivo produto que está sendo documentado, e em paralelo ao processo de geração dosdados, ou seja, na linha de produção dos mesmos. Na impossibilidade disso acontecer, sugere-seminimamente uma supervisão dos metadados criados, feita pelo produtor dos dados geoespaciais.

 Além disso, é recomendado o apoio gerencial da hierarquia superior (nível executivo) de cadaorganização na definição de diretivas e implantação de uma Política de Metadados, normalmente inseridano ambiente de produção dos dados. Devem-se identificar os recursos necessários para desenvolver, manter e explorar os MG e definir os diferentes papéis na Política de Metadados da organização, desde o indivíduo -

que detém o conhecimento e experiência do conjunto de dados - responsável pela criação de um registroindividual de metadados, até a existência de comitê que coordene localmente a execução da Política deMetadados estabelecida e represente a organização junto à CONCAR.

Outro ponto a ser observado é que devem ser também catalogados os metadados de produtosplanejados ou em elaboração (DL 6.666/08, art. 4º inciso 2), não apenas daqueles já concluídos, evitando aassim a duplicação de esforços em projetos similares, consequentemente reduzindo o desperdício derecursos, principalmente na esfera da administração pública. Esse é também um dos objetivos da INDE-

 2

já foi customizada para o idioma português do Brasil

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Brasil, explicitado no Decreto Lei 6.666/08, art. 1 º inciso III. O estágio em que se encontra determinadoproduto deve ser registrado no elemento Status do perfil MGB.

4.4 - QUALIDADE E CONSISTÊNCIA DOS DADOS GEOESPACIAIS

Esta seção visa identificar e priorizar as ações necessárias para que os dados geoespaciais ou asinformações geoespaciais apresentem a qualidade e consistência desejáveis para inclusão na INDE. Paraatingir tal meta, inicialmente deve-se esclarecer qual o significado de qualidade e consistência.

 A definição atualmente mais difundida é de que qualidade se refere a totalidade das características de um dado que lhe conferem aptidões para satisfazer necessidades implícitas ou explicitas . Considerando que estes dados pertencem a INDE a primeira expectativa é que todos eles sejam consistentes,tanto no que se refere aos atributos quanto aos demais dados correlacionados.

Complementando a definição anterior cita-se a norma ISO 9000:2000 que define qualidade como o grau em que um conjunto de características inerentes atendem requisitos (necessidades ou expectativas estabelecidas, geralmente implícitas ou obrigatórias). Então neste caso a qualidade expressa o grau deaderência de um dado a padrões que atendem um determinado uso.

 Assim, a definição de padrões garante que os dados possuam consistência para a sua incorporaçãoa INDE, enquanto que os índices para graduar a qualidade informam o quanto os dados aderem aestes padrões estabelecendo valores mínimos de conformidade.

Considerando que a norma ISO 19115 foi definida como padrão para metadados da INDE, osmetadados devem informar a situação dos dados quanto a: Acurácia Posicional; Completude; ConsistênciaLógica; Acurácia Temporal e Acurácia Temática. As normas do Sistema Cartográfico Nacional, para os dados

do mapeamento sistemático e outras normas para outros tipos de dados, estabelecem alguns desteselementos como necessários, definindo os padrões de cada um. Porém, em face da evolução tecnológica,cabe verificar se outros elementos devem ser considerados necessários e quais devem ser consideradoscomo desejáveis. Logo cabe a este tópico identificar, para cada tipo de dado, quais especificações técnicasdevem ser adotadas na elaboração dos mesmos, visando a conformidade com os padrões da INDE. Cabeainda identificar as ações necessárias para que todas estas especificações estejam disponíveis antes dequalquer carga de dados na INDE.

Nos Quadros a seguir são identificados estes padrões, sendo a abreviatura “NI” indica aqueles dadosgeoespaciais que os padrões não foram identificados.

4.4.1 - Dados Geoespaciais de Fundamentais

Quadro 11 – Dados Fundamentais

Dado GeoespacialEsp.

definePadrão

Finalidade Instituiçãoresponsável

Situação/Inst

ExecutoraCiclo

DadosFunda-mentais

Imag.Sensor  Aero-trasnp.

ÓpticoMatricial NI a NI NI 1º.

Radar Numérico

NI a NI  NI 1º

Imag.

Sensor 

Óptico

Matricial

NI a NI NI 1º

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Orbital Radar Numérico

NI a NI NI 1º

Nomes Geográficos ET-BNGB

Espec. Tec. que define ummodelo conceitual p/ NomesGeográficos garantindo apadronização em um contextohistórico, cultural e

geocartográfico

IBGE -DecretoLei Nr 243,Capítulo IV, Art6º

Elaborando/IBGE

Carta Geral do tipoCartaImagem

ET-EDGM

ET-RDG

ET-PDG

Espec. Tec. que garantepadronização da forma,enquadramento .

Espec. Tec. que garante aconsistência na representaçãodas mesmas classes de obj.

ExercitoBrasileiro- DSG

 –Dec. Lei 243Cap IV, art 6º.§1º, Letra b)com o Cap VII,art. 15, § 1º,num. 2

Elaborando/DSG

Carta Geral do tipoOrtofotocarta

Observação: a- O contratante especifica o produto de acordo com a finalidade do mesmo,

4.4.2 - Dados Geoespaciais Fundamentais de Referência

Estes dados são a base para a produção de outras informações ou mesmo de outros dados dereferencia, sendo, portanto compreensível que os critérios a serem adotados sejam os mais rigorosospossíveis, visando reduzir o encadeamento de erros que refletirão nos produtos finais. A produção e anormatização dos dados geoespaciais de referencia esta definida no Decreto Lei 243 de 1967. Cabe asinstituições previstas no decreto definir padrões que garantam a consistência dos dados e que a suaqualidade seja adequada a seu propósito ou seja ser a base de referencia aos demais dados e informaçõesgeoespaciais.

Quadro 12 – Dados Fundamentais de Referência (continua) 

Dado GeoespacialEsp.

define

Padrão

Finalidade Instituiçãoresponsável

Situação/ InstExecutora Ciclo

DadosFundamentaisde Referência

ControleGeodésico(Redes)

Planimétrica

Clássica

NI NI

IBGE

NI 1º

GNSSPerman-ente,

NI NI NI 1º

 Altimétrica NI NI NI NI

MaregráficaPermanente para NI NI NI NI

Gravimétrica NI NI NI NI NI

CartografiaTerrestre(Map.Geog.)

Dados Vetoriais

esc.1:1.000.000 oumenores

Map sérieBrasil (2ªversão Man.CIM, doc.Téc. bCIMd,e MD, v.5.0)

Espec. Tec. quedefine ummodelo de

dados vetoriaispara garantir aconsistêncialógica

 Art 8º doDecretoLei Nr 243, 28FEV/67

Em Atualização IBGE

Coordenação deCartografia 1º

Cartas Matriciaisesc.1:1.000.000 oumenores

NI NI IBGE NI NI

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Dado GeoespacialEsp.

definePadrão

Finalidade Instituiçãoresponsável

Situação/ InstExecutora Ciclo

CartografiaTerrestre(MapaTopo)

Dados vetoriais Esc250.000 e maiores

ET-EDGV

Espec. Tec. quedefine um

modeloconceitual p/dados vetoriaisgarantindo aconsistêncialógica (supreconsistênciaconceitual e dosdom.alfanuméricos)

ExercitoBrasileiro-

DSG -DecretoLei 243 CapIV, art 6º.§1º,Letra b)com o Cap VII,art. 15, § 1º ,numero 2

Elaborada/CONCAR/ CEMND 1º

Elaborada/ DSG 1º

ET-ADGV

Espec. Tec. quedefine regras deaquisição dageometria dos

dadosgarantindo aconsistêncialógica doatributogeometria econsistênciatopológica.

ET-PDG

Espec. Tec. quegarante aacuráciaposicional,completude econsistêncialógica

Em elaboração/ DSG  1º 

ET-RDG

Espec. Tec.que garante aconsistência narepresentaçãodas mesmasclasses deobjetos.

Em elaboração/ DSG  1º 

(*) Obs: Aguarda conclusão do anexo c da ET-EDGV

4.4.3 - Dados Temáticos

Quadro 13 – Dados TemáticosDado Geoespacial Esp. define

Padrão Finalidade Instituiçãoresponsável

Situação/ InstExecutora Ciclo

Recursos Minerais NI NI CPRM NI

Geoquímica NI NI CPRM NI

Geofísica NI NI CPRM NI

Hidrogeologia

Mapeamento NI NI CPRM NI

Cadastramento eSistematização daInformação

NI NI CPRM e IBGE NI

Hidroquímica

De Superfície NI NIIBGE

NINISubterrãneo NI NI

Geomorofologia NI NI IBGE NI

Solos NI NI IBGE e NI

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Cobertura e Uso da Terra NI NI IBGE NI

Biomas NI NI IBGE NIRecursos Hídricos NI NI IBGE NIColeção Científica (Fauna e Flora) NI NI IBGE NI

Unidades de Conservação NI NI IBAMA e MMA NI

Terras Indígenas NI NI FUNAI NI

Plano Nacional de Logística de NI NI NI NI

4.4.4 - Dados Temáticos de Referência

Quadro 14 – Dados Temáticos de Referencia

Dado GeoespacialEsp. definePadrão Finalidade

Instituiçãoresponsável

Situação/ InstExecutora

Ciclo/Açâo

Geologia

MapeamentoGeológico

NI NI CPRM NI

1º CicloSistematização deInformações

NI NI IBGE NI

Vegetação NI NI IBGE NI

4.4.5 - Dados Especiais

4.4.5.1 - Cartografia NáuticaQuadro 15 – Dados Especiais da Cartografia Náutica

Dado Geoespacial Esp. definePadrão

Finalidade Instituiçãoresponsável

Situação/Inst

Executora

Ciclo/Ação

Carta Sinótica NI NI NI

DHN

1º Ciclo

CartasNáuticas

Cartas Náuticas nasescalas

1:25.000;1:50.000;1:100.000;1:250.000;1:500.000;1:1.000.000

NI NI NI

1º Ciclo

Dados de Batimetria NI NI NI

 Aviso aos Navegantes NI NI NI

Dado Geoespacial Esp. definePadrão Finalidade Instituição

responsável

Situação/Inst

Executora

Ciclo/Açâo

VFR(VisualFlightRules)

WAC - (Carta Aeronáutica Mundial) - 1 :1.000.000

NI NI

ICA NI 1º Ciclo

CNAV/CINAV - (Carta(Imagem)de Navegação

 Aérea Visual) - 1 :500.000

NI NI

CAP/CIAP - (Carta Aeronáutica dePilotagem) – 1 : 250.000

NI NI

IFR(InstrmentFlightRules)

ERC – Carta de Rotas(Escalas Variadas)

NI NI

 ARC – Carta de Área(Escalas Variadas)

NI NI

SID – Carta de Saída NI NI

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Dado Geoespacial Esp. definePadrão Finalidade Instituição

responsável

Situação/Inst

Executora

Ciclo/Ação

(Escalas Variadas)

STAR – Carta deChegada (EscalasVariadas)

NI NI

IAC - Carta de Aprox. por Instrumentos (EscalasVariadas)

NI NI

VAC – Carta de Aprox.Visual (Escalas Variadas)

NI NI

NI 1º Ciclo

 ADC – Carta de Aeródromo (Escalas NI NI

PDC – Carta paramovimento em solo(Escalas Variadas)

NI NI

CAMR – Carta de altitudemínima radar (EscalasVariadas)

NI NI

FPC – Carta de Plano deVôo (Esc Variadas)

NI NI

Carta Tipo A – Carta deObstáculos (Esc;Variadas)

NI NI

ZPAZona deProteçãode

 Aeródromo

PEPZA – PlanoEspecífico de ZPA(Escalas Variadas)

NI NI

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4.4.5.2 - Cartografia Aeronáutica

Quadro 16 – Dados Especiais da Cartografia Aeronáutica

Dado Geoespacial Esp. definePadrão Finalidade Instituição

responsável

Situação/Inst

Executora

Ciclo/Açâo

VFR(VisualFlight

Rules)

WAC - (Carta Aeronáutica Mundial) - 1 :1.000.000

NI NI

ICA

NI 1º Ciclo

CNAV/CINAV - (Carta(Imagem)de Navegação

 Aérea Visual) - 1 :

500.000

NI NI

CAP/CIAP - (Carta Aeronáutica dePilotagem) – 1 : 250.000

NI NI

IFR(InstrmentFlightRules)

ERC – Carta de Rotas(Escalas Variadas)

NI NI

 ARC – Carta de Área(Escalas Variadas)

NI NI

SID – Carta de Saída(Escalas Variadas)

NI NI

STAR – Carta deChegada (EscalasVariadas)

NI NI

IAC - Carta de Aprox. por Instrumentos (EscalasVariadas)

NI NI

VAC – Carta de Aprox.Visual (Escalas Variadas)

NI NI

NI 1º Ciclo

 ADC – Carta de Aeródromo (Escalas NI NI

PDC – Carta paramovimento em solo(Escalas Variadas)

NI NI

CAMR – Carta de altitudemínima radar (EscalasVariadas)

NI NI

FPC – Carta de Plano deVôo (Esc Variadas) NI NI

Carta Tipo A – Carta deObstáculos (Esc;Variadas)

NI NI

ZPAZona deProteçãode

 Aeródromo

PEPZA – PlanoEspecífico de ZPA(Escalas Variadas)

NI NI

Finalidade

Dado GeoespacialEsp.

definePadrão

FinalidadeInstituição

responsável

Situação/Inst

Executora

Ciclo/Açâo

VFR(Visual Flight Rules)

WAC - (Carta Aeronáutica Mundial) - 1 :1.000.000

NI NI

ICA NI 1º CicloCNAV/CINAV - (Carta (Imagem)de Navegação

 Aérea Visual) - 1 : 500.000NI NI

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CAP/CIAP - (Carta Aeronáutica de Pilotagem) – 1 : 250.000

NI NI

IFR(Instrment FlightRules)

ERC – Carta de Rotas (Escalas Variadas) NI NI

 ARC – Carta de Área (Escalas Variadas) NI NI

SID – Carta de Saída (Escalas Variadas) NI NI

STAR – Carta de Chegada (Escalas Variadas) NI NI

IAC - Carta de Aprox. por Instrumentos(Escalas Variadas)

NI NI

VAC – Carta de Aprox. Visual (EscalasVariadas)

NI NI

NI 1º Ciclo

 ADC – Carta de Aeródromo (Escalas Variadas) NI NI

PDC – Carta para movimento em solo (EscalasVariadas)

NI NI

CAMR – Carta de altitude mínima radar (Escalas Variadas)

NI NI

FPC – Carta de Plano de Vôo (Esc Variadas) NI NI

Carta Tipo A – Carta de Obstáculos (Esc;Variadas)

NI NI

ZPAZona de Proteçãode Aeródromo

PEPZA – Plano Específico de ZPA (EscalasVariadas)

NI NI

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CAPÍTULO 5

O DIRETÓRIO BRASILEIRO DE DADOS GEOESPACIAIS

Segundo definido no Decreto no 6.666/08, “o Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG) é

um sistema de servidores de dados, distribuídos na rede mundial de computadores, capaz de reunireletronicamente produtores, gestores e usuários de dados geoespaciais, com vistas ao armazenamento,compartilhamento e acesso a esses dados e aos serviços relacionados”. Este capítulo trata da descriçãológica e física do DBDG, bem como do Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais, denominado Sistema deInformações Geográficas do Brasil ou “SIG Brasil”. Este último constitui uma interface virtual do DBDG,que possibilita a publicação de informações sobre dados geoespaciais e serviços, facilitando a localizaçãoe o acesso a esses recursos.

A Seção 5.1 faz uma breve conexão entre a INDE e os padrões de interoperabilidade do governoeletrônico (e-PING), enfatizando seu cumprimento no decorrer da elaboração do plano. A Seção 5.2aborda a visão conceitual do DBDG, apresentando os componentes identificados. Requisitos nãofuncionais para todo o DBDG são apresentados na Seção 5.3. O Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais

é descrito na Seção 5.4, enquanto a Seção 5.5 trata de um módulo particular do Portal: o módulo deadministração. As Seções 5.6, 5.7 e 5.8 descrevem requisitos funcionais a serem implementados nos nósdo DBDG, em um nó básico de referência e em um nó de hospedagem, respectivamente. Toda a políticade Segurança da Informação e Comunicação para INDE encontra-se detalhada na Seção 5.9. Finalmente,as linhas de ação necessárias à implementação do DBDG, levantadas ao longo do capítulo, encontram-sena Seção 5.10.

5.1 - O DBDG E OS PADRÕES DE INTEROPERABILIDADE DE GOVERNO ELETRÔNICO

A implantação de sistemas distribuídos com recursos de interoperabilidade pode ser feita por meio

de diferentes tecnologias. No Brasil, as definições referentes às tecnologias associadas àinteroperabilidade são definidas pelo e-PING (http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-ping-padroes-de-interoperabilidade):

A arquitetura e-PING – Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico – define um conjuntomínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia deInformação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com osdemais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral.

A versão 4.0 do e-PING faz a seguinte consideração sobre interoperabilidade, ao avaliar osdiferentes conceitos existentes:

Interoperabilidade não é somente Integração de Sistemas, não é somente Integração de Redes. Nãoreferencia unicamente troca de dados entre sistemas. Não contempla simplesmente definição detecnologia. É, na verdade, a soma de todos esses fatores, considerando, também, a existência de umlegado de sistemas, de plataformas de hardware e software instaladas. Parte de princípios que tratam dadiversidade de componentes, com a utilização de produtos diversos de fornecedores distintos. Tem pormeta a consideração de todos os fatores para que os sistemas possam atuar cooperativamente, fixando asnormas, as políticas e os padrões necessários para consecução desses objetivos.

Fica claro nessas considerações que a obtenção da integração entre sistemas de diferentesinstituições é um processo que deve ser conduzido de forma a considerar as diferentes realidadestecnológicas dos atores envolvidos. Isso implica uma proposta tecnológica para a implantação do DBDGque incorpore soluções para instituições com alta capacidade tecnológica até as de menor capacidade.

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O e-PING define ainda um conjunto de políticas gerais que devem ser seguidas nas implementaçõesdos seguimentos específicos que o compõem, quais sejam:

• Alinhamento com a Internet• Adoção do XML como padrão primário de intercâmbio• Adoção de navegadores (browsers) como principal meio de acesso• Adoção de metadados para os recursos de informação do governo• Desenvolvimento e adoção de um Padrão de Metadados do Governo Eletrônico• Desenvolvimento e manutenção da Lista de Assuntos do Governo• Suporte de mercado para as soluções propostas• Escalabilidade• Transparência• Adoção Preferencial de Padrões Abertos

No caso de dados relativos à área de geoprocessamento, o e-PING define um conjunto de padrõesabertos que devem ser utilizados. Esses padrões estão baseados principalmente nas definições do OGC(Open Geospatial Consortium – http://www.opengeospatial.org/ ).

Alinhando-se a essas definições, o DBDG segue as normas e políticas definidas pelo e-PING,prevendo soluções para a participação de instituições com diferentes níveis de capacidade tecnológica eprivilegiando a integração de servidores por meio de "Web Services".

A construção do portal da INDE segue ainda as recomendações para acessibilidade definidos na e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico), cuja preocupação principal é garantir o acessoaos conteúdos disponíveis nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial decomputadores para o uso das pessoas com necessidades especiais.

Nas demais seções desse capítulo encontram-se destacadas as diretrizes do e-PING aplicáveis ao

DBDG.

5.2 - DIAGRAMA CONCEITUAL DO DBDG

O Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais será implementado segundo uma arquiteturamulticamadas, o que pode ser melhor compreendido com o auxílio da Figura 5.2.1

Na referida figura destacam-se três camadas: a camada de aplicações, a camada intermediária e acamada dos servidores. Cada uma dessas camadas pode ser entendida conforme descrições que seseguem.

5.2.1 - Camada de aplicações 

Esta camada é composta por navegadores WEB ou por aplicações que se situam nos domínios docliente. Tanto navegadores quanto aplicações podem interagir com o DBDG via Portal SIG Brasil,enquanto que acessos diretos aos servidores de dados geoespaciais do DBDG (situados nos nós da rede)só são possíveis por meio das aplicações, uma vez que, na concepção atual para esta primeira etapa deimplementação do DBDG, seus nós somente fornecerão web services . É importante ressaltar que asinterações da camada de aplicações com as demais deverão ocorrer por meio do protocolo HypertextTransfer Protocol (HTTP) tendo em vista a minimização de problemas de roteamento quando se usa arede mundial de computadores para acesso às informações. Como exemplo de aplicações de usuário,pode-se destacar produtos como gv-SIG, Quantum GIS, Google Earth, dentre outras.

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Figura 5.1 - Diagrama Conceitual DBDG. 

5.2.2 - Camada intermediária

A camada intermediária assume diversas funções: 1. registrar usuários; 2. controlar o acesso àsinformações armazenadas nos catálogos globais; 3. processar as requisições geradas pela camada deaplicações; 4. agregar metadados dos catálogos dos servidores remotos; 5. possibilitar o acesso, de formasimples, aos recursos do DBDG; 6. prover funcionalidades para manutenção do DBDG; 7. manter registrode todos os servidores de dados geoespaciais integrantes do DBDG; e 8. prover dados estatísticos sobreo funcionamento do DBDG que auxiliem uma escalabilidade mais eficaz da sua estrutura.

Para atender a essas demandas, a camada intermediária conta com os seguintes componentes:Portal SIG Brasil e módulo de administração. As funções de 1 a 5 são desempenhadas pelo Portal SIGBrasil, enquanto que as demais ficam a cargo do módulo de administração. Tais componentes, devido asua importância, são abordados em maior profundidade nas seções seguintes deste capítulo.

Na camada intermediária também podem ser destacadas as seguintes entidades: o catálogo globalde metadados, o catálogo de servidores e o servidor WEB.

Catálogo global de metadados – Entidade responsável pelo armazenamento dos metadados, tanto

de dados quanto de serviços geoespaciais, colhidos de todos os nós provedores de dados geoespaciais.

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Esse catálogo opera com metadados compatíveis com a norma ISO 19115/2003 e, mais especificamente,com o perfil dessa norma estabelecido pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR).

Catálogo de servidores – Entidade responsável pelo armazenamento de informações relativas atodos os servidores de dados geoespaciais que integram o DBDG. Essas informações são utilizadas nasoperações de recuperação de metadados para composição do catálogo global de metadados e nolevantamento de dados estatísticos acerca do uso do DBDG.

Servidor Web – Trata-se de um servidor HTTP (Hypertext Transfer Protocol), responsável pelapublicação de todo o Portal SIGBrasil.

5.2.3 - Camada dos servidores

Essa camada é constituída de servidores de dados geoespaciais, servidores de web services ,servidores de arquivos e servidor de metadados (CSW – Catalog Service for Web) sob responsabilidade

das organizações produtoras de dados geoespaciais que integram o DBDG. Denomina-se nó ao conjuntode servidores sob responsabilidade de uma entidade provedora de dados geoespaciais. Dessa forma, oDBDG pode ser caracterizado como uma rede de nós que interoperam por meio de interfaces baseadasem padrões abertos e que utilizam a rede mundial de computadores como meio físico de comunicação. Acomposição de serviços e dados geoespaciais oferecidos por um nó é de responsabilidade exclusiva daorganização a qual encontra-se vinculado, devendo esta atender aos requisitos mínimos definidos nestecapítulo.

Cabe ressaltar, também, a existência de um nó diferenciado, no que se refere à escalabilidade,destinado a hospedar metadados e dados geoespaciais de instituições que não dispõem da infraestruturamínima necessária especificada neste capítulo. Este nó atende a todos os requisitos levantados para osnós comuns e encontra-se sob responsabilidade do IBGE. Suas características são tratadas na Seção 5.8.

5.3 - REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS

Nesta seção são definidos diversos requisitos não funcionais que devem ser considerados naimplementação do DBDG.

5.3.1 – Gerais

1. Interoperabilidade:Devem ser seguidas as recomendações do e-PING.

2. Manutenibilidade:O sistema deverá ser documentado seguindo o padrão UML.

3. Acessibilidade:Todas as interfaces com o usuário deverão seguir as orientações previstas na e-MAG.

4. Disponibilidade:

A instituição produtora de informações geográficas, responsável pelo nó, deverá garantir umadisponibilidade mínima de 50%, considerando-se um dia de 8h.

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 5. Escalabilidade:

Os servidores deverão permitir uma fácil agregação de recursos a fim de atender demandasfuturas decorrentes de aumento do volume de dados armazenados e queda de desempenhopor aumento de conexões simultâneas.

6. Confiabilidade:Estrutura de fornecimento de energia capaz de manter a continuidade de operação dos

servidores por períodos compatíveis com os parâmetros definidos no item “disponibilidade”;Tempo médio de reparação de falhas nos subsistemas componentes de um nó inferior a 24h;Tempo de resposta da aplicação servidora de mapas inferior a oitosegundos; eCanais de Internet com banda passante mínima de 512 kbps exclusiva para integração aoDBDG;

7. Segurança:O nó deverá ser dotado de recursos de proteção (hardware / software) que garantam aintegridade dos dados e metadados armazenados em seus servidores;O acesso de usuários / aplicações para download de dados poderá ser realizado medianteidentificação implementada pela instituição produtora da informação;Deverão ser implementadas estratégias que garantam integridade dos metadados durante

operações de transferência para o catálogo global de metadados; eDemais requisitos encontram-se na Seção 7.1 do e-PING.

5.3.2 – Hardware

• Recomenda-se que os servidores e dispositivos de rede tenham redundância a fim degarantir os índices mínimos de desempenho estabelecidos nos requisitos não funcionaisgerais.

• Recomenda-se que os computadores utilizados para hospedagem das aplicaçõesrelacionadas sejam homologados para operação com alguma distribuição de sistemaoperacional de código aberto.

• Os novos equipamentos deverão ser adquiridos com garantia mínima de dois anos e suporteon-site, com tempo de atendimento máximo de 24h.

5.3.3 – Software

• A implementação dos servidores de mapa e de metadados deverá ser compatível com osserviços especificados pelo OGC: WMS e CSW.

• Deverão, preferencialmente, ser adotados software livre ou software de código aberto nacomposição dos servidores.

• No caso de se optar por armazenamento de dados geoespaciais em banco de dados, preferiros sistemas gerenciadores de bancos de dados que disponham de módulo espacial epermitam uma abordagem integrada para atributos alfanuméricos e atributos espaciais.

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Figura 5.2 – Portal SIG Brasil.

5.4 - O PORTAL BRASILEIRO DE DADOS GEOESPACIAIS

Segundo Clodoveu Davis, geoportal é um “Web site que constitui um ponto de entrada paraconteúdo geográfico disponível na Web”. Assim, o SigBrasil será um geoportal que servirá de ponto deentrada ao DBDG.

O DBDG é a estrutura básica sobre a qual se desenvolve o portal de acesso aos metadados e dadosgeográficos. A figura abaixo esquematiza a estrutura geral de acesso aos dados (“The SDI Cookbook”http://www.gsdi.org/pubs/cookbook).

Figura 5.3 – Acesso aos dados pelo Portal.

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 Nesse diagrama, um usuário utiliza uma interface de busca para realizar sua consulta, o portal faz

então a requisição a um ou mais servidores de catálogos registrados, que por sua vez consultam suasbases de metadados, e, a partir destes, os dados.

A implantação dessa estrutura implica que cada instituição possua seus “serviços de metadados edados geoespaciais”, de forma que o portal possa consultá-los e organizar as respostas para apresentá-las ao usuário. Entretanto, dadas as características das instituições públicas brasileiras, nem todas estarão

aptas a implantar e manter os serviços necessários para o funcionamento de uma estrutura totalmentebaseada em “Web Services”, situação esta também reconhecida pelo próprio e-PING.

Dada essa realidade, o DBDG prevê as seguintes possibilidades para publicação de metadados edados geoespaciais no Portal:

• A partir de servidores próprios da instituição fornecedora dos metadadados e dadosgeoespaciais.

• A partir de servidores administrados diretamente pelo IBGE e que hospedam metadados edados geoespaciais de instituições que não dispõem da infraestrutura necessária aderenteaos requisitos do e-PING e da INDE.

Essa última possibilidade deve ser fruto de acordo firmado envolvendo o IBGE e a referidainstituição. Todo procedimento para a publicação desses insumos é tratado na seção correspondente aomódulo de administração (Seção 5.4).

O enfoque da versão 1.0 do portal será em metadados e WMS para publicação dos dadosgeoespaciais. Posteriormente, serão disponibilizados outros Web Services nos demais padrões da OGC.

5.4.1 - Requisitos Funcionais

• Opções para busca de metadados• Por instituição de origem - o usuário escolhe a instituição de uma lista;• Por categoria - o usuário escolhe a categoria de uma lista;• Por extensão geográfica - o usuário define em um mapa a extensão de pesquisa ou informa

as coordenadas geográficas;• Por unidade da federação ou município - o usuário escolhe a uf ou o município de uma lista;• Por escala - o usuário informa a escala;• Por período de tempo - o usuário digita o intervalo de tempo;• Por texto livre – o usuário digita um texto qualquer; e• Por múltiplos parâmetros - o usuário utiliza operadores matemáticos e lógicos para definir a

busca.

2 Resultados da busca de metadados

Ao ser concluída a busca, os metadados encontrados deverão ser mostrados de forma resumida; aoclicar sobre um metadado resumido é mostrado o metadado completo, com opções de exportação do textopara armazenamento local.

2 Visualizador de serviços WMS

Ao consultar um metadado, o usuário poderá visualizar o dado por meio de um serviço WMS. Ovisualizador WMS terá funções básicas de navegação (deslocamento e zoom) e possibilitará a

sobreposição de uma camada com elementos básicos de referência, contendo os limites administrativos(estaduais, municipais, sedes municipais).

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2 Catálogo de instituições participantes do DBDG

Listagem das instituições cadastradas, contendo no mínimo o nome, logomarca e informações decontato, como telefone, e-mail, sítio na web, endereços dos serviços de catálogo de sua responsabilidadee informação sobre a utilização ou não de infraestrutura própria. A listagem trará uma avaliação estatística

da disponibilidade do serviço, indicando o número de tentativas de acesso e o número de sucessos nastentativas. As estatísticas serão agrupadas por períodos, a saber: desde a data da primeira tentativa,tentativas nos últimos 30 dias, tentativas nos últimos cinco dias e tentativa no dia anterior.

2 Catálogo de Web Services de acesso aos dados

Os endereços dos Web Services serão parte integrante dos metadados, porém, nessafuncionalidade, todos os serviços serão listados e organizados por instituição provedora. A listagem traráuma avaliação estatística da disponibilidade do serviço, indicando o número de tentativas de acesso e onúmero de sucessos nas tentativas. As estatísticas serão agrupadas por períodos, a saber: desde a datada primeira tentativa, tentativas nos últimos 30 dias, tentativas nos últimos cinco dias e tentativa no diaanterior. Os resultados também podem ser agrupados por categoria.

2 Documentos de referência

Listagem dos documentos de referência sobre IDE.

2 Agenda

Agenda de eventos previstos pelo órgão gestor da INDE ou de eventos relacionados à construção deIDEs.

2 Catálogo de softwares

Catálogo dos softwares utilizados no portal e outros considerados relevantes. O catálogo deveráconter a descrição do software, principais funcionalidades, instituições que utilizam e endereços paraobtenção.

2 Catálogo de instituições

Listagem das instituições participantes da INDE, que possuem ou não nó cadastrado no DBDG,contendo no mínimo o nome, logomarca e informações de contato, como telefone, e-mail e sítio na web.Esse catálogo engloba o Catálogo de instituições participantes do DBDG.

2 Catálogo de IDEs de outros países

Lista de sítios na internet das IDEs existentes ou em implantação em outros países.

2 Catálogo de aplicações de geoprocessamento

Organizado nas seguintes categorias:

• Nomes geográficos• Mapas interativos• Conversores

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2 Estatísticas do portal

• Número de acessos• Quantidade de metadados cadastrados• Quantidade de serviços ativos• Número de instituições participantes• Número de nós participantes

2 Módulo criação e edição de metadados

• Ver Seção 5.4.

2 Módulo de ajuda ao usuário

• FAQ• Fale conosco• Ajuda ao usuário sobre as funcionalidades do portal

5.4.2 – Software

Abaixo estão relacionados os componentes de software recomendados para compor a estrutura doPortal Brasileiro de Dados Geoespaciais.

1. Sistema operacional: GNU Linux compatível com o hardware descrito abaixo(preferencialmente a versão do Debian 5).

2. Sistema Gerenciador de Banco de Dados: PostgreSQL com o módulo espacial PostGIS.3. Servidor de mapas (WMS): Geoserver versão 1.7.3. 4. Servidor de CSW: Geonetwork versão 2.2.0. 5. Servidor HTTP: Apache 2. 6. Container para Java Servlet: Apache Tomcat versão 6.0. 

5.4.3 - Hardware

Abaixo encontra-se descrito um servidor de referência para a construção do Portal. Trata-se de umaunidade de processamento (“lâmina”) de um servidor escalável do tipo blade , idêntico ao descrito na seçãoque trata do nó de hospedagem (5.8).

1. Servidor do Portal SIGBrasil

• 2 (dois) processadores de núcleo quádruplo (quad core) - Intel Xeon E5410 de 2.33GHz.• 64 GB (sessenta e quatro gigabytes) de memória RAM usando padrão PC2-5300 DDR2, 667

MHz FB-DIMM com característica Extended ECC (Extended Error Correction Code).• Capacidade de expansão de memória RAM até 64 GB, sem a troca de componentes

preexistentes.• 2 (dois) discos rígidos SAS de 300 GB (trezentos gigabytes), 10.000 RPM (dez mil rotações

por minuto), taxa de transferência mínima de 3 Gb/s (três gigabits por segundo).• Controladora RAID por hardware que implementa RAID 0 e 1.• 1 (uma) interface USB.• 2 (duas) portas fiber-channel full-fabric, 4Gb/s.• 2 (duas) portas de rede Gigabit Ethernet elétricas compatíveis com IEEE 802.1q (multi-VLAN)

e IEEE 802.3ad (link aggregation), configuráveis para boot PXE.

Valor: R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).

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 Referência: registro de preço válido até 12/2009 – SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO

ADMINISTRATIVA – SGA Estado do Acre – Ata de registro de preços no 23/2008.

O referido servidor deverá ser montado nos mesmos chassis e racks de 19” especificado naSubseção 5.8.5.

5.5 - O Módulo de Administração

O Módulo de Administração é um dos componentes da camada intermediária apresentada naSeção 5.2 – Diagrama conceitual do DBDG – e tem por objetivo oferecer ferramentas com o propósito demanter e administrar de forma adequada o DBDG, acompanhando de forma precisa e constante adisponibilização de artefatos (dados, metadados e serviços), elaborando estatísticas para as mais diversasfinalidades, cadastrando produtores de dados e gerenciando a interação entre os usuários e o portalSIGBrasil.

Figura 5.4: Diagrama conceitual do módulo.

5.5.1 - Requisitos Funcionais

A cargo do Módulo de Administração, deverão ficar as funcionalidades abaixo discriminadas:

• Cadastro de servidores CSW de instituição

O módulo deverá ser capaz de efetivar e manter o cadastro dos servidores de metadados dasinstituições participantes em banco de dados.

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• Cadastrar metadados

O módulo deverá permitir o cadastro e a edição on-line de metadados para aquelas instituições quenão dispuserem dos recursos necessários para a manutenção própria dos mesmos. Os metadadosproduzidos ficarão sob responsabilidade do IBGE no que se refere ao seu armazenamento edisponibilidade, mediante acordos firmados entre as partes. Deverão ser oferecidas as seguintes opções:

• Formulário para digitação de metadados• Formulário para inserção de metadados em formato XML• Importação em lote ou individual de metadados

1 Carregar dados geoespaciais

O módulo deverá permitir, para aquelas instituições que não dispuserem de infraestrutura adequada,o upload dos seus dados geoespaciais para os servidores do IBGE. A partir deste ponto, tais dados ficarãosob responsabilidade do órgão gestor da INDE quanto ao armazenamento, confidencialidade edisponibilidade, através de parcerias firmadas de comum acordo. Mais detalhes acerca dessafuncionalidade podem ser obtidos na Seção 5.8.

2 Manutenção da lista de serviços ativosO módulo deverá ser capaz de mapear os serviços ativos e inativos periodicamente.

3 Manutenção das estatísticas atualizadas

Estatísticas como acessos ao portal, quantidade de metadados cadastrados, quantidade de serviçosativos, número de instituições participantes deverão ser coletadas e armazenadas em banco de dados deforma periódica.

4 Manutenção das dúvidas frequentes (FAQ)

O módulo deverá manter o cadastro das perguntas mais frequentes e respostas sobre a INDE.

5 Manutenção do “Fale conosco”

O módulo deverá registrar em banco de dados todas as dúvidas e sugestões provenientes de umformulário on-line disponibilizado para os usuários.

6 Manutenção do Manual de Ajuda do Portal

O módulo deverá manter o Manual de Ajuda do Portal, quando da incorporação de novasfuncionalidades.

7 Publicar notícias

O módulo deverá permitir a publicação de notícias elaboradas conforme a conveniência do órgãogestor da INDE.

Os requisitos de software relacionados à Segurança, descritos nos itens 7.1.7 e 7.1.10 doDocumento de Referência da e-PING – Versão 4.0, também deverão ser implementados no Módulo deAdministração.

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 5.6 - A REDE DE SERVIDORES

Conforme apresentado na Seção 5.2, o DBDG é composto por uma rede de servidores quedisponibilizam dados geoespaciais e metadados por meio de serviços. Denomina-se nó ao conjunto deservidores sob responsabilidade de uma entidade provedora de dados geoespaciais.

Os servidores componentes de um nó poderão, a cargo da instituição provedora das informações,ser fisicamente distintos ou integrados em um mesma unidade.

Os tipos de dados oferecidos no primeiro ciclo da INDE estão definidos no Capítulo 4. Os dados,disponibilizados pela instituição produtora, poderão estar armazenados em sistemas de arquivo e / oubanco de dados geográfico.

Na rede de servidores podem existir nós totalmente implementados a partir de recursos de hardwaree software previamente existentes na instituição ou nós implementados segundo as especificações de umnó mínimo de referência conforme recomendado na Seção 5.7. Contudo, em qualquer situação, osrequisitos funcionais apresentados nesta seção deverão ser atendidos. De maneira análoga, os requisitosnão funcionais de tais nós deverão estar em conformidade com o que é apresentado na Seção 5.3.

Os requisitos funcionais dos demais elementos componentes da rede de servidores - Portal, módulode administração, nó básico de referência e nó de hospedagem – podem ser encontrados nas Seções 5.4,5.5, 5.7 e 5.8, respectivamente.

5.6.1 - Requisitos funcionais

Para o primeiro ciclo da INDE, cada nó componente do DBDG deverá prover, obrigatoriamente, asseguintes funcionalidades:

•  Armazenamento de dados geoespaciais

Os dados geoespaciais poderão, a critério de cada instituição, estar armazenados em bancosde dados geográficos ou sistema de arquivos.

• Armazenamento de metadados geoespaciais em um catálogo local

Os metadados geoespaciais deverão estar armazenados em um catálogo local e disponíveis,para acesso e recuperação, por meio de um serviço de catálogo.

• Recuperação de dados geoespaciais armazenados 

Mecanismo para recuperação (download) de dado geoespacial armazenado em banco ou

sistema de arquivos.• Serviço para acesso visual aos dados geoespaciais armazenados

O Web Service, implementado no nó, deverá prover imagens destinadas à visualização emnavegadores (serviço de mapas), a partir de dados geoespaciais armazenados.

•  Serviço para localização e recuperação de metadados

Prover Web Service para localização e recuperação de metadados geoespaciais armazenadosno catálogo local.

Opcionalmente, os nós poderão oferecer funcionalidades complementares às anteriormenterelacionadas como: serviço de nomes geográficos, serviço de conversão de coordenadas, dentre outros.

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5.7 - CONFIGURAÇÃO DE REFERÊNCIA PARA UM NÓ DA INDE

Nesta seção é descrita uma configuração completa, de referência, de hardware e software para umnó, com o objetivo de ser implantado em instituições que não disponham de infraestrutura paradisseminação de dados pela web. Os requisitos funcionais e não funcionais desta configuração deverãosatisfazer o que foi apresentado nas Seções 5.6 e 5.3, respectivamente.5.7.1 – Software

1. Sistema operacional: GNU Linux compatível com o hardware descrito abaixo(preferencialmente a versão do Debian 5).

2. Sistema Gerenciador de Banco de Dados: PostgreSQL com o módulo espacial PostGIS.3. Servidor de mapas (WMS): Geoserver versão 1.7.3.4. Servidor de CSW: Geonetwork versão 2.2.0. 5. Servidor HTTP: Apache 2. 6. Container para Java Servlet: Apache Tomcat versão 6.0. 

5.7.2 – Hardware

1. Servidor de aplicações / CSW

Processador:• 2 processadores Intel Xeon E5410 Quad-Core de 2.33 GHz, 2 x 6 MB de memória

Cache (1333 FSB).Memória:

• 16 GB de memória Fully Buffered DIMM (FBD), 667 Mhz (8 x 2 GB).Controladora de discos rígidos:

• Controladora de array integrada SAS 3 GBps, com 256 MB de memória Cache ECC ecom bateria.

Disco rígido:• 4 discos rígidos de 300 GB SAS 3.5” de 15.000 rpm.

Fonte de alimentação:• 2 fontes de alimentação redundantes e hot-swap.

Gabinete:• Tipo torre, ventiladores redundantes do tipo hot plug, quantidade mínima de baias para

hard disks igual a oito.Outros:

• Teclado USB em português padrão ABNT-2, Mouse óptico USB 2 botões e scroll,Drive de DVD +/-RW SATA, 4 interfaces de rede 10/100/1000 UTP, mínimo 4 portasUSB 2.0, interface de vídeo com mínimo de 16 MB de memória, sistema operacionalopen-source embutido na solução, unidade de fita interna com capacidade de 400 / 

800 GB.

Valor : R$ 21.945,00 (vinte e um mil, novecentos e quarenta e cinco reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – Centro Federal de Educação Tecnológica deUberaba / MG – Ata de registro de preços no 040/2008.

2 Servidor de arquivos

Processador:• 2 processadores Intel Xeon E5410 Quad-Core de 2.33 GHz, 2 x 6 MB de memória

Cache (1333 FSB).

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Memória:• 16 GB de memória Fully Buffered DIMM (FBD), 667 Mhz (8 x 2 GB).

Controladora de discos rígidos:• Controladora de array integrada SAS 3 GBps, com 256 MB de memória Cache ECC e

com bateria.Disco rígido:

• 4 discos rígidos de 300 GB SAS 3.5” de 15.000 rpm.Fonte de alimentação:

• 2 fontes de alimentação redundantes e hot-swap.Gabinete:• Tipo torre, ventiladores redundantes do tipo hot plug, quantidade mínima de baias para

hard disks igual a oito.Outros:

• Teclado USB em português padrão ABNT-2, mouse óptico USB 2 botões e scroll, drivede DVD +/-RW SATA, 4 interfaces de rede 10/100/1000 UTP, mínimo de 4 portas USB2.0, interface de vídeo com mínimo de 16 MB de memória, sistema operacional open-source embutido na solução, unidade de fita interna com capacidade de 400/800GB.

Valor: R$ 21.945,00 (vinte e um mil, novecentos e quarenta e cinco reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – Centro Federal de Educação Tecnológica deUberaba / MG – Ata de registro de preços no 040/2008.

3. Servidor BD

Processador:• 2 processadores Intel Xeon E5410 Quad-Core de 2.33 GHz, 2 x 6 MB de memória

Cache (1333 FSB).Memória

• 16 GB de memória Fully Buffered DIMM (FBD), 667 Mhz (8 x 2 GB).Controladora de discos rígidos:

Controladora de array integrada SAS 3GBps, com 256 MB de memória Cache ECC ecom bateria.Disco rígido:

• 4 discos rígidos de 300GB SAS 3.5” de 15.000 rpm.Fonte de alimentação:

• 2 fontes de alimentação redundantes e hot-swap.Gabinete:

• Tipo torre, ventiladores redundantes do tipo hot plug, quantidade mínima de baias parahard disks igual a oito.

Outros: • Teclado USB em português padrão ABNT-2, Mouse óptico USB 2 botões e scroll,

Drive de DVD +/-RW SATA, 4 interfaces de rede 10/100/1000 UTP, mínimo 4 portasUSB 2.0, interface de vídeo com mínimo de 16 MB de memória, sistema operacionalopen-source embutido na solução, unidade de fita interna com capacidade de 400 / 800GB.

Valor : R$ 21.945,00 (vinte e um mil, novecentos e quarenta e cinco reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – Centro Federal de Educação Tecnológica deUberaba / MG – Ata de registro de preços no 040/2008.

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4 Rede

Roteador / Firewall:• Roteador, protocolo LAN TCP/IP, NAT, DHCP, DNS, pap, chap, protocolo WAN TCP/IP,

tensão alimentação 110V, firewall integrado, filtragem endereço, recurso degerenciamento telnet, console, web, suporte VPN, switch embutido com oito portas 10 / 100 base TX Fast Ethernet e 1 (uma) porta de upstream (WAN), velocidaderoteamento 100 Mbps.

Valor: R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

Canal de Internet:• Velocidade de 512 kbps, simétrica, com cinco endereços IP fixos e garantia mínima de

90% da velocidade contratada.

Valor: R$ 1.000,00 / mês (mil reais por mês) – R$12.000,00 / ano.

Switch:

• 24 portas FE, 2 portas GE, 2 slots Combo SFP, suporte QoS, suporte 802.1Q VLAN,

recursos para administração.

Valor: R$1.200,00 (um mil e duzentos reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – Centro Federal de Educação Tecnológica deUberaba / MG – Ata de registro de preços no 040/2008.

5 Condicionamento de energia

 No-break 2800 W de potência nominal de saída, tensão de entrada 120/220V,tensão de saída nominal de 120V, senoidal, tempo de acionamento do inversor menorque 2ms, gerenciável remotamente, autonomia para 30 min a plena carga, bateriasseladas, conectores externos para adição de módulo de baterias. Proteções contra:curto-circuito na saída, sobrecarga na saída, aumento de temperatura

Valor: R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais).

6 Outros Monitor LCD 17”, resolução 1280 x 1024, tempo de resposta máximo de 8ms,contraste mínimo de 5000:1;

Valor: R$ 600,00 (seiscentos reais). Chaveador eletrônico de teclado, mouse e monitor com quatro canais e quatro

cabos do tipo KVM (conectores de teclado e mouse do tipo USB).Valor: R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).

Custo total estimado para um nó de referência: R$ 88.585,00 (oitenta e oito mil e quinhentos eoitenta e cinco reais).

5.8 - HOSPEDAGEM DE DADOS, METADADOS E SERVIÇOS DE ATORES SEMINFRAESTRUTURA PRÓPRIA

Esse tópico trata da implantação de uma infraestrutura de servidores para os órgãos produtores dedados, participantes da INDE, mas que não dispõem de recursos tecnológicos, financeiros ou

administrativos para disponibilizar seus dados segundo as recomendações definidas neste plano de ação.A infraestrutura descrita será implantada numa das sedes do IBGE e constituirá um nó diferenciado da

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rede de servidores, já que abrigará dados de diversas instituições. Os requisitos funcionais desta estruturaabrange todos aqueles de um nó da rede de servidores e mais alguns que dizem respeito à manutençãodos dados, que será feita remotamente pela instituição produtora.

Também serão definidas nesta seção configurações de hardware e software a serem seguidas.Essas configurações satisfazem os requisitos não funcionais que foram apresentados na Seção 5.6. Emrelação aos softwares utilizados, foi dada prioridade a soluções de distribuição livre.

O portal SIG-Brasil oferecerá uma funcionalidade de cadastramento dos produtores participantes,como já foi descrito anteriormente. Nesse cadastramento, o órgão participante poderá optar entre usarseus próprios servidores ou usar a infraestrutura disponibilizada no IBGE. Esse tópico trataexclusivamente da segunda opção.

5.8.1 - Requisitos Funcionais

1. Disponibilizar as mesmas funcionalidades de um nó da rede de servidores: conforme tópico5.6.

2. Manutenção de dados: o sistema deve possibilitar que os órgãos produtores enviem eremovam seus dados espaciais armazenados no sistema.

3. Manutenção de metadados: o sistema deve possibilitar que os órgãos produtores cadastreme editem os metadados dos seus dados armazenados no sistema.

5.8.2 - Armazenamento e Manutenção dos Dados

Os dados serão armazenados em sistema de arquivos. Essa infraestrutura deverá oferecer umespaço em disco para cada instituição produtora de dados e um serviço FTP para que elas façam upload de seus arquivos e mantenham seus dados remotamente. Caso os arquivos a serem enviados sejam degrande volume, como a maioria dos dados matriciais, a instituição fornecedora poderá, alternativamente,gravá-los numa mídia externa (CD, DVD, etc.) e enviá-los via correio ou entregá-los em mãos ao IBGE.

As configurações de ambiente e de software necessárias para a correta disponibilização dos dadosdeverão, se possível, ser realizadas também pelas entidades produtoras, remotamente. Caso osimplementadores do sistema verifiquem a inviabilidade dessa linha de ação, ficará a cargo do IBGE manteras configurações de ambiente e software.

5.8.3 - Formato dos Dados

Os dados vetoriais, quando em sistema de arquivos, devem ser armazenados no formato Shapefile enos padrões definidos pela e-PING. Os matriciais, em formato Geotiff.

5.8.4 – Software

Abaixo estão relacionados os componentes de software recomendados para compor a estrutura donó de hospedagem de dados e metadados.

1. Sistema Operacional: GNU Linux (preferencialmente Debian 5) dotado de software degerenciamento de cluster de servidores.

2. 2. Sistema Gerenciador de Banco de Dados: PostgreSQL 8.3 com extensão espacialPostGIS.

3. Servidor HTTP: Apache 2.4. Servidor de mapas (WMS): GeoServer.5. Edição de metadados e servidor CSW: Geonetwork.

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5.8.5 – Hardware

Essa estrutura, que deve ser capaz de armazenar dados de várias instituições, é mais complexa queos demais nós da rede de servidores. Essa complexidade cresce à medida que novos produtores dedados fazem uso do recurso de hospedagem. Visando à escalabilidade, propõe-se um cluster  deservidores agregados sob uma arquitetura do tipo blade . As configurações mínimas de referência seguemabaixo:

• Unidade de processamento do blade (lâmina)

• 2 (dois) processadores de núcleo quádruplo (quad core) - Intel Xeon E5410 de2.33GHz.

• 64 GB (sessenta e quatro gigabytes) de memória RAM usando padrão PC2-5300DDR2, 667MHz FB-DIMM com característica Extended ECC (Extended ErrorCorrection Code).

• Capacidade de expansão de memória RAM até 64 GB, sem a troca de componentespreexistentes.

• 2 (dois) discos rígidos SAS de 300 GB (trezentos gigabytes), 10.000 RPM (dez milrotações por minuto), taxa de transferência mínima de 3 Gb/s (três gigabits porsegundo).

• Controladora RAID por hardware que implementa RAID 0 e 1.• (uma) interface USB.• (duas) portas fiber-channel full-fabric, 4 Gb/s.• (duas) portas de rede Gigabit Ethernet elétricas compatíveis com IEEE 802.1q (multi-

VLAN) e IEEE 802.3ad (link aggregation), configuráveis para boot PXE.

Valor: R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃOADMINISTRATIVA – SGA Estado do Acre – Ata de registro de preços nº 23/2008.

1. Rede

1 Roteador / Firewall:

• Roteador, protocolo LAN TCP/IP, NAT, DHCP, DNS, pap, chap, protocolo WANTCP/IP, tensão alimentação 110V, firewall integrado, filtragem endereço, recurso degerenciamento telnet, console, web, suporte VPN, switch embutido com oito portas10/100 base TX Fast Ethernet e uma porta de upstream (WAN), velocidade roteamento100 Mbps.

Valor: R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).Canal de Internet:

• Velocidade de 1 Mbps, simétrica, com cinco endereços IP fixos e garantia mínima de90% da velocidade contratada.

Valor: R$ 1.800,00 / mês (um mil e oitocentos reais por mês) – R$ 21.600,00 (vinte eum mil e seiscentos reais) / ano.

1 Switch:

• 24 portas FE, duas portas GE, dois slots Combo SFP, suporte QoS, suporte 802.1QVLAN, recursos para administração.

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 Valor: R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais).

Referência: registro de preço válido até 12/2009 – Centro Federal de EducaçãoTecnológica de Uberaba / MG – Ata de registro de preços no 040/2008.

1. Condicionamento de energia•No-break 8 KVA de potência nominal, tensão de entrada 120/220V, tensão de saída

nominal de 120V, senoidal, tempo de acionamento do inversor menor que 2ms,gerenciável remotamente, autonomia para 30 min à plena carga, baterias seladas,conectores externos para adição de módulo de baterias. Proteções contra: curto-circuito na saída, sobrecarga na saída, aumento de temperatura.Valor: R$ 8.100,00 (oito mil e cem reais).

1. Storage

• Dispositivo externo de armazenagem do tipo Storage Area Network (SAN), comespaço para hospedar pelo menos 12 discos rígidos do tipo SAS/SATA, capacidadeinicial de 6 TB de armazenamento, kit para instalação em rack de 19” e com suporte asistemas operacionais do tipo GNU Linux (preferencialmente Debian 5).Valor: R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais)..

7. Monitor LCD 17 Outros- ”, resolução 1.280 x 1.024, tempo de resposta máximo de 8 ms, contraste mínimo de5.000:1;Valor: R$ 600,00 (seiscentos reais).

1 - Chaveador eletrônico de teclado, mouse e monitor com quatro canais e quatrocabos do tipo KVM (conectores de teclado e mouse do tipo USB);Valor: R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).

•Rack de 19” e 40 RU (rack unit) com ventiladores redundantes, quatro réguas de

cinco tomadas cada uma na parte traseira, dois patch panels com 48 portas, doisorganizadores, parafusos para fixação de equipamentos, porta dianteira com tranca echaves e rodas para deslocamento.Valor: R$ 10.000,00 (dez mil reais).

• Mouse USB, teclado ABNT.Valor: R$ 50,00 (cinquenta reais).- Chassis Blade compatível com as “lâminas” de processamento descritas acima,capacidade mínima de hospedagem para dez lâminas, unidades de alimentaçãoredundantes (1 + 1) de capacidade superior a 5.000W, ventiladores redundantesintegrados, recursos para gerenciamento por software e estrutura física adequadapara instalação em rack de 19”.

Valor: R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais).

Valor total do nó de hospedagem: R$ 152.400,00 (cento e cinquenta e dois mil equatrocentos reais).

Recomenda-se duplicar esta estrutura com o objetivo de garantir a disponibilidade.

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5.9 – POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A INDE(POSIC-INDE)1 

5.9.1 – Propósito

Estabelecer princípios doutrinários para a implantação, atribuição de responsabilidades emanutenção da estrutura estabelecida para a Segurança da Informação e Comunicações para a Infra-

Estrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), a fim de proteger o acervo de dados recebidos, tratados,produzidos, utilizados, transportados, armazenados, o Portal Brasileiro de dados Geoespaciais do Sistemade Informações Geográficas do Brasil (SIG Brasil) e manter o acesso a seus serviços, sob aresponsabilidade técnica e administrativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

5.9.2 – Conceitos

5.9.2.1 - Informação

Conjunto de dados, textos, imagens, métodos, sistemas ou quaisquer formas de representaçãodotadas de significado em determinado contexto, independentemente do suporte em que resida ou daforma pela qual seja transmitida ou replicada.

5.9.2.2 - Segurança da Informação e Comunicações

Ações que objetivam viabilizar e assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e aautenticidade das informações.

5.9.2.3 - Gestor da Informação e Comunicações

Servidor que, no exercício de suas competências, é responsável, ainda que temporariamente, pelotratamento da informação de um setor, órgão, sistema ou projeto da INDE.

5.9.2.4 - Tratamento da Informação

Aplicação das garantias de proteção adequadas às ações de recepção, produção, reprodução,utilização, acesso, transporte, transmissão, distribuição, armazenamento, eliminação e controle da

informação, inclusive as sigilosas.

5.9.2.5 – Quebra de Segurança

Ação ou omissão, intencional ou acidental, que resulta no comprometimento da segurança dainformação e comunicações.

1  Adequada com base na Instrução Normativa no 1, de 13 de junho de 2008, que "Disciplina a Gestão de Segurança da

Informação e Comunicações na Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências." 

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5.9.2.6 - Termo de Compromisso Individual

Documento formal, a ser assinado pelo utilizador do ambiente de informações da INDE, por meio doqual são estabelecidas regras a serem cumpridas e é criado um vínculo de comprometimento pessoal coma preservação dos interesses estabelecidos pelo Comitê de Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais(CINDE).

5.9.2.7 - Termo de Cessão de Equipamento Funcional

Documento formal, a ser assinado pelo utilizador de equipamento funcional da INDE, por meio doqual o utilizador atesta estar ciente de que o mesmo será utilizado exclusivamente para as atividades deserviço e de acordo com a configuração estabelecida de software.

5.9.2.8 - Termo de Autorização para Acesso

Documento formal, a ser assinado pelo utilizador do ambiente funcional da INDE, por meio do qualpoderão ser concedidos direitos de acesso lógico ao acervo digital, podendo ser atribuído aos integrantesdos órgãos e entidades vinculadas ou, ainda, a terceiros, tendo em vista atender às necessidades doserviço.

5.9.3 – Estrutura de Segurança da Informação e Comunicações

A estrutura da SIC é construída pela união de dois aspectos fundamentais: o cultural e o tecnológico,

desde que devidamente alicerçados pelo apoio do patamar de mais elevado grau da estruturaorganizacional e por um sólido suporte documental, o que torna possível tratar a informação de modocoordenado, controlado e eficazmente seguro.

Embora não transpareça, a SIC envolve fatores complexos de difícil condução, fiscalização econtrole, em face de as vulnerabilidades estarem presentes por toda a parte e serem consideradas, em umambiente de trabalho, como fatos normais.

A SIC constitui-se na obtenção do controle sobre toda a realidade virtual associada a um contextoonde dados e informações resultam da inter-relação de recursos computacionais, sistemas decomunicação, componentes humanos e programas. Para obter tal controle, à vista da fragilidade vinculadaà comprovação de autoria de uma ação no mundo virtual, faz-se necessário implementar,

institucionalmente, documentos e instruções padronizados que, quando bem construídos, atuamfundamentadamente para estabelecer, de forma legítima e incontesta, a correlação entre agente e fato.

Não poderá haver dúvidas, dissonância ou distorções entre as estratégias traçadas para aimplantação e manutenção das medidas de SIC e as estratégias traçadas pela Comissão Nacional deCartografia, a fim de se obter os propósitos organizacionais.

É no fator cultural que se enquadra o elemento humano, o funcionário, peça-chave de grandecomplexidade, por meio do qual fluem todos os processos de informação, e que traz consigo uma gama devariáveis imprevisíveis, nem sempre de fácil solução.

O fator tecnológico possui menor complexidade em relação aos demais, em face de seremcompostos por variáveis previsíveis e que podem, de um modo ou de outro, serem adequadamentesuperadas ou reajustadas.

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5.9.4 – Estrutura de Gestores de Segurança da Informação e Comunicações (GesSIC-INDE)

Cada órgão ou entidade federal, estadual, distrital e municipal deverá nomear formalmente umGesSIC para assumir a responsabilidade pela condução da PSIC-INDE e seus respectivos sistemas eservidores que concentram dados geoespaciais. Tal representante deverá ter o entendimento necessáriopara conduzir o assunto, bem como a respectiva autoridade para conduzir os ajustes necessários, a fim deimplementar a segurança de dados interna e atender às solicitações do gestor do DBDG.

A estrutura de GesSIC-INDE é construída pela subordinação funcional dos GesSIC instituídos pelosórgão e entidades participantes da INDE ao GesSIC Coordenador, do IBGE, que conduzirá a aplicação daPSIC-INDE.

5.9.5 – Das Responsabilidades

5.9.5.1 - Do Coordenador-Geral dos GesSIC-INDE

I) Cumprir a política de segurança da informação e comunicações, bem como cumprir asrespectivas normas básicas2 de segurança estabelecidas para a INDE;

II) Interagir com os demais GesSIC-INDE, de modo a acompanhar o cumprimento das medidasde segurança estabelecidas;

III) Zelar pelo fortalecimento da cultura de segurança;IV) Manter um programa de treinamento de SIC para os GesSIC-INDE;V) Manter a INDE preparada para eventuais auditorias internas ou externas, referentes à SIC; eVI) Manter sob controle a estrutura dos GesSIC-INDE.

5.9.5.2 – Do GesSIC-INDE

I) Compete ao GesSIC-INDE, à vista dos meios disponíveis e das orientações do coordenador-geral, sugerir procedimentos e medidas de proteção para o aperfeiçoamento da infraestruturada SIC existente;

II) Implementar a política de segurança da informação e comunicações, bem como cumprir asrespectivas normas básicas de segurança estabelecidas para a INDE;

III) Assessorar o coordenador-geral nos assuntos de SIC de seu órgão ou entidade;IV) Alterar, propor, analisar e verificar se os requisitos de SIC estão sendo praticados em

conformidade com a política de SIC, de modo a se obter o efeito desejado;V) Identificar os recursos de informática de seu órgão ou entidade que necessitam de proteção,

de acordo com o respectivo grau de sigilo da informação por eles processada ouarmazenada. Esse procedimento de identificação deverá estar explícito formalmente;

VI) Reportar prontamente os incidentes de SIC ao coordenador-geral, após uma avaliaçãopreliminar, visando ao aperfeiçoamento de medidas de proteção;

VII) Elaborar e encaminhar relatório de análise de riscos e vulnerabilidades, ao menos uma vezpor ano, participando-o ao coordenador-geral;VIII) Analisar o impacto da descontinuidade ou implantação de serviços, e suas consequências

para o contexto da INDE, estabelecendo um plano de contingência;IX) Apresentar, implementar, revisar e adequar anualmente o plano de contingência,

promovendo testes periódicos no órgão ou entidade participante;X) Exigir do pessoal externo autorizado a executar serviços que envolvam os recursos

computacionais da INDE, a assinatura do Termo de Compromisso Individual, Termo deCessão de Equipamento Funcional, bem como o cumprimento das regras estabelecidas nosreferidos Termos;

XI) Adotar providências para que os serviços (instalações, manutenções ou correções) sejam

2 Ver linhas de ação.

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executados, sem comprometer a segurança dos sistemas de informações digitais; eXII) Garantir, à vista dos meios disponíveis e das orientações superiores recebidas, que todos

os componentes da INDE estejam cientes da política de SIC em vigor, por meio da assinaturado Termo de Compromisso Individual e do Termo de Cessão de Equipamento Funcional.

5.9.5.3 – Dos Componentes das Equipes dos Sistemas de Informações dos Órgãos e EntidadesParticipantes

I) Não divulgar características da rede local, equipamentos servidores, e aspectos de segurançaaplicados no desenvolvimento de serviços ;

II) Auxiliar o GesSIC-INDE na divulgação de regras de segurança estabelecidas para a INDE;

III) Assessorar o GesSIC-INDE, quando solicitado, na avaliação dos incidentes de SIC ;

IV) Estabelecer procedimentos para garantir que as cópias de segurança (“backups”) estejamsendo feitas e guardadas de forma correta e segura; e

V) Executar exercícios do plano de contingência.

5.9.6. Aplicabilidade

As medidas de SIC devem estar integradas à visão, à missão, às metas institucionais, em especial àda Comissão Nacional de Cartografia, a fim de garantir um nível aceitável de proteção em caso de ataqueou prejuízo aos recursos de informação. Tais medidas se aplicam:

a) Às atividades que envolvam trâmite, processamento ou arquivamento de informação em meio

eletrônico;

b) Aos recursos de informática e aos sistemas de informações digitais;

c) Aos usuários internos e externos, aos GesSIC-INDE e aos componentes dos setores de TIdos respectivos órgãos e entidades participantes que interagem com os serviçosdisponibilizados e com as bases de dados sob o contexto da INDE; e

d) Aos contratos efetuados com empresas, ou terceiros, cujo escopo envolvam acessos àinformação digital de qualquer espécie, estando a mesma disposta de modo integrado ou não,disponível em um (ou mais) computador (es), servidor (es) ou em mídias, por meio da redelocal, de uma Intranet ou de uma Internet.

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Anexo A - TERMO DE COMPROMISSO INDIVIDUAL

Pelo presente instrumento, eu (xxx) , CPF (xxx), identidade (xxx) , expedida pelo (xxx), em (xxx) , perante oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qualidade de GESTOR DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃOE COMUNICAÇÕES DA INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS, nomeado pela Portaria no (xxx) do órgão,DECLARO TER CONHECIMENTO da Política de Segurança da Informação e Comunicações da Infraestrutura deDados Espaciais segundo a qual, sem restar qualquer dúvida de minha parte, devo:

I - Tratar a informação como um recurso que deva ter seu sigilo preservado, em consonância com a legislação

vigente;II - Utilizar as informações disponíveis, os sistemas, recursos e produtos computacionais do Diretório Brasileiro deDados Geoespaciais (DBDG), sob responsabilidade técnica e administrativa do IBGE, exclusivamente no interessedas atividades da INDE;

III - Preservar o conteúdo das informações sigilosas a que tiver acesso, sem divulgá-las para pessoas nãoautorizadas e / ou que não tenham necessidade de conhecê-las;

IV - Não tentar obter acesso à informação cujo grau de sigilo não seja compatível com a minha Credencial deSegurança (CREDSEG), ou que eu não tenha autorização ou necessidade de conhecer;

V - Não compartilhar o uso de senha com terceiros, ainda que habilitados;VI - Não me fazer passar por terceiros usando as suas identificações de acesso e senha;VII - No caso de exoneração, demissão, licenciamento, término de prestação de serviço ou qualquer tipo de

afastamento, preservar o conteúdo das informações e documentos sigilosos a que tive acesso e não divulgá-los parapessoas não autorizadas mantendo, dessa forma, o vinculo ético;

VIII - Guardar segredo das minhas senhas de acesso utilizadas no ambiente INDE, não cedendo, nãotransferindo, não divulgando e não permitindo o seu conhecimento por terceiros;

IX - Não utilizar senha com sequência fácil ou óbvia de caracteres que facilitem a sua descoberta, bem como nãoescrever a senha em lugares visíveis ou de fácil acesso;

X - Utilizar, ao me afastar momentaneamente de minha estação de trabalho, descanso de tela “screen saver”protegido por senha, a fim de evitar que alguém possa ver as informações que estejam disponíveis na tela docomputador;

XI – Ter certeza de ter fechado a sessão aberta no ambiente computacional com a minha identificação, ao meausentar do local de trabalho momentaneamente ou ao término de minhas atividades diárias, bem como danecessidade de salvaguardar adequadamente as informações que exigem sigilo;

XII - Seguir as orientações do coordenador-geral dos Gestores de Segurança da Informação e Comunicações daINDE relativas às medidas de segurança a serem aplicadas em meu órgão ou entidade, bem como comunicar,imediatamente, a ocorrência de qualquer evento que implique ameaça ou impedimento para se cumprir os

procedimentos estabelecidos;XII - Responder, perante o IBGE, às auditorias por acessos, tentativas de acessos ou uso indevido da informação,

realizados com a minha identificação;XIII - Não praticar quaisquer atos que possam comprometer o sigilo, a autenticidade, a integridade ou a

disponibilidade da informação;XIV– Ter cautela ao disponibilizar dados de sistemas de informação, principalmente aqueles de acesso restrito,

seja em tela, impressora ou em meios eletrônicos, a fim de evitar que pessoas não autorizadas delas tomemconhecimento;

XV - Alterar minha senha, sempre que obrigatório ou que haja suposição de descoberta por terceiros;XVI - Não explorar falhas ou vulnerabilidades detectadas ou identificadas na INDE, devendo as mesmas serem

participadas ao coordenador-geral do IBGE;XVII - Não inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos dos

sistemas ou bancos de dados no DBDG, com o fim de obter vantagem indevida para mim ou para outrem ou paracausar dano;

XVIII – Não acessar, mediante violação de segurança, rede de computadores, dispositivos de comunicação ousistemas informatizados da INDE, protegidos por expressa restrição de acesso; e

XIX – Não inserir ou difundir códigos maliciosos em dispositivos de comunicação, rede de computadores ousistemas informatizados da INDE.

Dessa forma, estou ciente de meu compromisso institucional junto ao IBGE, assumindo a responsabilidade pelasconsequências decorrentes da não observância do acima exposto e da legislação vigente.

Local, UF, xx de xxxxxxxx de 20xx.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxQualificação da Chefia do Órgão ou Entidade

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Anexo B - TERMO DE CESSÃO DE EQUIPAMENTO FUNCIONAL

Pelo presente instrumento, eu (xxx), CPF (xxx), identidade (xxx), expedida pelo (xxx), em (xxx),perante o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qualidade de UTILIZADOR do ambientecomputacional da INDE, DECLARO TER RECEBIDO o (xxx) (equipamento funcional / dispositivo) abaixoespecificado, estando CIENTE que o mesmo deverá ser empregado exclusivamente nas atividades queme competem funcionalmente.

I- de identificação:a) Número patrimonial: (especificar a identificação patrimonial da máquina);b) endereço físico de rede: (especificar a identificação exclusiva da placa de rede da máquina); ec) identificação da máquina: (especificar o nome e outros dados de identificação da máquina).

II- de instalação de programas:a) (especificar cada um dos programas pré-instalados);b) ...

Assim, qualquer alteração, deleção ou inclusão DESAUTORIZADA nas configurações constantesno equipamento são de minha inteira responsabilidade e devem ser previamente autorizadas pelo Gestorde Segurança da Informação e Comunicações (GesSIC-INDE), conforme previsto nas normas deSegurança da Informação e Comunicações vigentes.

Estou ciente que foi executada / não executado a “formatação” prévia dos discos rígidos do referidoequipamento funcional com sua correspondente reconfiguração, e que a qualquer momento, e sempre que julgar necessário, poderei solicitar ao IBGE o apoio necessário, de modo a garantir a configuraçãopadronizada da INDE e a inexistência de arquivos ou programas irregulares.

Local, UF, xx de xxxxxxxx de 20xx.

xxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxNome Completo CPF Identidade

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CAPÍTULO 6

CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

6.1- INTRODUÇÃO

A formação de recursos humanos visa ao aprendizado. Aprender é adquirir novas formas deconduta ou modificar as anteriores. Este conceito pode ser considerado como o processo paradesenvolver e prover conhecimentos, habilidades, comportamentos e atitudes para atender a requisitosespecíficos dos diversos componentes e dimensões da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais –INDE.

Uma INDE possui, segundo IGAC (2006), as dimensões técnica, humana e de gestão. Nestecapítulo será tratada a dimensão humana que está diretamente vinculada à aquisição de conhecimentos ea formação de Recursos Humanos (RH). O foco desta dimensão está no individuo que faz parte de umgrupo, uma categoria profissional, um setor, uma organização. Este indivíduo é alvo de capacitação e

treinamento em Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e Tecnologia de Informação Geoespacial(TIG), estudos ou pesquisas, para criação de capital cultural e conhecimento, conforme delineada na figura6.1.

Figura 6.1 – O Individuo e a aquisição do conhecimento

Fonte: Adaptado de IGAC (2006)

A dimensão humana (IGAC 2006) se remete à necessidade de considerar os indivíduos como basecriadora do conhecimento. Para tanto é necessário canalizar esforços, no sentido de desenvolver novascompetências e fortalecer a visão de reeducação, onde muitas vezes, o individuo precisa desaprenderpráticas utilizadas, para dar lugar a novos modelos.

A importância em considerar a dimensão humana na estruturação da INDE se remete a valorizaçãoe o investimento no indivíduo considerado como o ator central neste contexto. Os principais resultadosdeste investimento são obtidos através de:

• Criação da cultura e valorização do uso dos dados e informações geoespaciais e serviçosda INDE;

• Estabelecimento da sensibilização e da conscientização dos conceitos, princípios,processos decisórios e aspectos fundamentais correlacionados à adoção da INDE;

• Esclarecimento e motivação para a adesão, vinculação, participação, compartilhamento eutilização da INDE pelos públicos-alvos, em níveis estratégico, gerencial e operacional;

GrupoSetor

CategoriaOrganização

Capacitaçãoem TIC

Estudose

Pesquisas

Capital Culturale

Conhecimento

Indivíduo

GrupoSetor

CategoriaOrganização

Capacitaçãoem TIC

Estudose

Pesquisas

Capital Culturale

Conhecimento

Indivíduo

GrupoSetor

CategoriaOrganização

Capacitaçãoem TIC

Estudose

Pesquisas

Capital Culturale

Conhecimento

Indivíduo

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123

• Entendimento da importância das normas, especificações e padrões associados, para aprodução,difusão e disseminação de dados e informações na INDE;

• Entendimento das características dos dados e informações, produtos e serviços da INDE;• Esclarecimento das características dos processos de produção de dados e• Metadados geoespaciais para INDE e seus produtos;• Promoção e motivação do uso e compartilhamento de dados e metadados geoespaciais por

parte dos órgãos que têm um vínculo não obrigatório com a INDE (órgãos estaduais,municipais e distritais);

• Promoção e motivação da preparação dos futuros profissionais, no meio acadêmico etécnico, que participem da implementação, manutenção, produção e utilização da INDE ede seus dados e informações geoespaciais e metadados, entre outros.

Na Teoria da Administração Contemporânea, segundo Chiavenato (2006), é considerado CapitalHumano em uma organização o conjunto de competências e talentos. A competência envolveconhecimentos, habilidades, atitudes, interesses, traços, valor ou outra característica pessoal. O talento éhabilidade destacada e diferenciada que um indivíduo possui naturalmente, podendo ou não serdesenvolvida ou ampliada. Destarte, não basta uma organização ter apenas indivíduos, tornam-senecessários considerar a estrutura e a cultura organizacional.

Isto faz com que o investimento na formação e capacitação do Capital Humano no escopo da INDEenvolva:• A sua promoção, difusão e divulgação; o fortalecimento institucional da CONCAR e dos

atores da INDE;• A adoção de normas, padrões e especificações estabelecidas;• A consideração de novas tecnologias, de desenvolvimento e da indústria;• A geração e atualização de dados e informações• A utilização das técnicas da Gestão do Conhecimento

A Figura 6.2 representa áreas envolvidas na formação e capacitação do Capital Humano.

Figura 6.2 – O Capital Humano no contexto da INDE.

Fonte: Adaptado de IDEMEX (2008).

C ap i t a lH u m a n o

P r o m o ç ã o eD i v u l g a ç ã o

I N D E

For ta lec imentoins t i tuc iona l

C O N C A R ea t o r e s d a I N D E

N o r m a sP a d r õ e s

E spec i f i cações

T e c n o l o g i aD e s e n v o l v i m e n t o

Indús t r i a

G e r a ç ã o d e d a d o se i n f o rm a ç õ e s

G e s t ã o d oC o n h e c i m e n t o

C ap i t a lH u m a n o

P r o m o ç ã o eD i v u l g a ç ã o

I N D E

For ta lec imentoins t i tuc iona l

C O N C A R ea t o r e s d a I N D E

N o r m a sP a d r õ e s

E spec i f i cações

T e c n o l o g i aD e s e n v o l v i m e n t o

Indús t r i a

G e r a ç ã o d e d a d o se i n f o rm a ç õ e s

G e s t ã o d oC o n h e c i m e n t o

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124

Todas as questões e esclarecimentos sobre as terminologias relacionadas à área de Gestão doConhecimento serão relacionados na seção 6.2, deste capítulo. A seguir será descrito o público-alvo paraformação de RH.

6.1.1- Público-Alvo para Formação de RH

Figura 6.3: Componentes da INDE, seu público-alvo.

Comoexplicadono capítulo1, foramconsideradosnaestruturaçãodo público-alvo, oscincocomponentes daINDE: Pessoas, Institucional, Dados, Tecnologia, NormasePadrões. Considera-sequeocomponente Pessoaspermeiaos outroscomponentes, quesãoossujeitos dacapacitaçãoe dotreinamento. Destaformao público-alvolevantadoestá inseridonoscomponentes daINDE, apresentadonaFigura 6.3.

O componente Pessoas no segmento Institucional da INDE contempla o nível estratégico dasorganizações produtoras e usuárias. No segmento Dados se encontram os níveis gerencial e operacionalde produtores e usuários, bem como o setor acadêmico, a sociedade organizada e os cidadãos. Nosegmento Tecnologia estão presentes os atores responsáveis pela gestão e manutenção da INDE.Finalmente, no componente Normas e Padrões estão os atores responsáveis pela qualidade econfiabilidade, assim como os responsáveis pela documentação dos dados e metadados.

A descrição detalhada do perfil e das diretrizes para cada público-alvo serão enunciados na seção6.3, deste capítulo.

Componentes

da INDE

Componente Institucional da

INDE:

•  Organizações de Produção e

Usuárias (nível estratégico)

   C  o  m  p

  o  n  e  n   t  e   P   E   S   S   O   A   S   d  a   I   N   D

   E

Componente DADOS da

INDE:

•  Produtores (nível gerencial

e operacional)•  Usuários (nível gerencial e

operacional)

•  Setor Acadêmico

•  Sociedade Organizada

•  Cidadão

Componente Tecnologia da

INDE:

•  Gestão e Manutenção da

INDE

•  Documentação e

Padronização de Dados

(Metadados)

Componente Normas e

Padrões da INDE:

•  Qualidade e Confiabili-

ade (Padronização, Har-

monização e a Inte-

gração);

•  Documentação e Padro-

nização de Dados (Meta-

dados)

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125

6.1.2 - Conceito de Capacitação e Treinamento

Este item tem o objetivo de formalizar as terminologias utilizadas neste capítulo e de estabeleceruma compreensão das etapas do processo de capacitação e treinamento.

No contexto da INDE, entende-se capacitação como o desenvolvimento dos saberes teóricos quepermitem orientar a ação, facilitar a construção de representações operatórias e torna possível aformulação de hipóteses. Os saberes teóricos podem ser caracterizados por conceitos e conhecimentosdisciplinares, organizacionais e racionais, recursos que dão a sustentação e a segurança necessárias aosprofissionais no desenvolvimento de suas atividades / tarefas e na tomada de decisões (LE BOTERF,2003 apud MOREIRA, 2005).

E, entende-se treinamento como o desenvolvimento do saber-fazer  que é construído por“condutas, métodos ou instrumentos cuja aplicação prática o profissional domina”. Saber-fazer é saberaplicar procedimentos na realização de uma atividade / tarefa (LE BOTERF, 2003 apud MOREIRA, 2005).

Para Chiavenato (2006), a capacitação e o treinamento são processos de educação profissional,

aplicados de maneira sistemática e organizada, através do quais as pessoas aprendem conhecimentos,habilidades e competências em função de objetivos específicos, envolvendo quatro tipos de mudanças decomportamento, ilustrados na Figura 6.4, a saber: 

•  Transmissão de informações : o elemento essencial em programas de capacitação etreinamento é o conteúdo: repartir informações entre os capacitados e treinandos como umcorpo de conhecimento;

•  Desenvolvimento de habilidades : principalmente as habilidades, destrezas econhecimentos diretamente relacionados ao desempenho na atividade profissional;

•  Desenvolvimento ou modificações de atitudes : geralmente mudanças de atitudesnegativas para atitudes favoráveis; aumento de motivação, aquisição de novos hábitos, novasatitudes, e até mesmo novos paradigmas;

•  Desenvolvimento de conceitos : a capacitação e o treinamento podem ser conduzidos nosentido de elevar o nível de abstração e conceitualização de idéias e filosofias.

Figura 6.4 - Tipos de Mudanças de comportamento através da capacitação e do treinamento.

Fonte: Adaptado de Chiavenato (1999).

Capacitação

e

Treinamento

Transmissão de

informações

Desenvolvimento de

habilidades

Desenvolvimento de

atitudes

Desenvolvimento de

Conceitos

Aumentar o conhecime nto das pessoas:

Informações sobre a INDE, seus produtos/serviços,

políticas e diretrizes, regras e regulamentos e seus

clientes

Melhorar as habilidades e destrezas:

Habilitar para a execução e operação de tarefas,

manuseio de hardware, softwares, ferramentas

Desenvolver/modificar comportamentos:

Mudanças de atitudes negativas para atitudes

favoráveis, de conscientização, e sensibilidade das

pessoas com os produtores e usuários da INDE

Elevar o nível de abstração:

Desenvolver idéias e conceitos para ajudar as

pessoas a pensarem em termos globais e amplos

Capacitação

e

Treinamento

Transmissão de

informações

Desenvolvimento de

habilidades

Desenvolvimento de

atitudes

Desenvolvimento de

Conceitos

Aumentar o conhecime nto das pessoas:

Informações sobre a INDE, seus produtos/serviços,

políticas e diretrizes, regras e regulamentos e seus

clientes

Melhorar as habilidades e destrezas:

Habilitar para a execução e operação de tarefas,

manuseio de hardware, softwares, ferramentas

Desenvolver/modificar comportamentos:

Mudanças de atitudes negativas para atitudes

favoráveis, de conscientização, e sensibilidade das

pessoas com os produtores e usuários da INDE

Elevar o nível de abstração:

Desenvolver idéias e conceitos para ajudar as

pessoas a pensarem em termos globais e amplos

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Ao capacitar e treinar pessoas tem-se como objetivos principais: i) prepará-las para execuçãoimediata de tarefas; ii) proporcionar oportunidades para contínuo desenvolvimento pessoal; e iii) mudaratitudes dessas pessoas para aumentar a motivação e torná-las mais receptivas a uma nova situação.

6.1.2.1 - Ciclo da Capacitação e do Treinamento

França (2007) e Chiavenato (2006) consideram a capacitação e o treinamento como fenômenosque surgem como resultado dos esforços de cada pessoa, o ato intencional de fornecer os meios parapossibilitar a aprendizagem.

A aprendizagem é uma mudança no comportamento e ocorre no dia-a-dia e em todas as pessoas.A capacitação e o treinamento devem orientar essas experiências de aprendizagem em um sentidopositivo e benéfico e suplementá-las e reforçá-las com atividades planejadas, afim de que as pessoas emtodos os níveis (estratégicos, gerencial e operacional) possam desenvolver mais rapidamente seusconhecimentos e aquelas atitudes e habilidades que beneficiarão a elas mesmas e ao sistema. Assim, acapacitação e o treinamento cobrem uma seqüência programada de eventos, que podem ser visualizadoscomo um processo contínuo, cujo ciclo renova-se a cada vez que se repete.

O processo de capacitação e treinamento assemelha-se a um modelo de sistema aberto, cujoscomponentes, ilustrados na Figura 6.5, são:

• Entradas (inputs ) – capacitandos/treinandos, recursos organizacionais, dados e informações,conhecimentos e etc;

• Processamento ou operação (throughputs ) – como processos de ensino, aprendizagemindividual, programa de treinamento, etc;

• Saídas (outputs ) – pessoal habilitado, conhecimento, competências, sucesso ou eficácia

organizacional, etc;• Retroação ou Retroalimentação (feedback ) – avaliação dos procedimentos e resultados da

capacitação e do treinamento através de meios informacionais ou pesquisas sistemáticas,objetivando melhorias constantes.

Figura 6.5 – Capacitação e Treinamento como um sistema

.

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2006)

Capacitandos,

TreinandosRecursos organizacionais

Programas de

Capacitação

e TreinamentoProcessos de

aprendizagem

individual

Conhecimento,

Atitudes,Habilidades,

Eficácia Organizacional

Avaliação dos resultados

Entrada Processo Saída

Retroação

Capacitandos,

TreinandosRecursos organizacionais

Programas de

Capacitação

e TreinamentoProcessos de

aprendizagem

individual

Conhecimento,

Atitudes,Habilidades,

Eficácia Organizacional

Avaliação dos resultados

Entrada Processo Saída

Retroação

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Em termos amplos, a capacitação e o treinamento envolvem um processo composto por quatroetapas, apresentadas na Figura 6.6:

• Levantamento de necessidades de capacitação e treinamento (Diagnóstico);• Programação da capacitação e treinamento para atender as necessidades (Desenho);• Implementação e execução (Condução);• Avaliação dos resultados.

Figura 6.6 – Processo de Treinamento. 

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2006)

6.1.2.2 - Levantamento de Necessidades de Capacitação e de Treinamento

O levantamento de necessidades é a primeira etapa do planejamento dos programas de capacitação edo treinamento e corresponde ao diagnóstico preliminar do que deve ser feito. Este levantamento pode serefetuado em três níveis de análises (CHIAVENATO, 2006 e LIMA et. al., 2008):

• No nível da análise da organização total: é avaliado o sistema organizacional de modo a determinarqual a ênfase a ser dada à capacitação ou ao treinamento;

• No nível da análise dos recursos humanos: é levantado o perfil dos recursos humanos(qualificação, nível de conhecimento requerido, atitude em relação à nova situação, tempo detreinamento, descrição do conteúdo da capacitação e do treinamento);

• No nível de análise das operações e tarefas: o sistema de aquisição de habilidades é feito a partirdo que se espera da pessoa após a capacitação e o treinamento (atitudes e comportamentos). Aanálise do perfil dos recursos humanos define o tipo e o objetivo da capacitação/treinamento.

O levantamento das necessidades deve resultar nas informações apresentadas na Figura 6.7 parasubsidiar o planejamento do programa da capacitação e treinamento.

Necessidadea satisfazer

Desenho daCapacitação/Treinamento

Condução daCapacitação/Treinamento

Avaliação deresultados

Diagnóstico

da situação

Decisão quanto

a estratégiaImplementação ou ação

Avaliação e

controle

•Objetivos da

organização

•Competências

necessárias

•Problemas

de produção

•Problemas

de pessoal

•Resultados

da avaliação

de desempenho

•Programação do

capacitando/treinando

•Quem capacitar/treinar

•Como capacitar/treinar

•Em que capacitar/treinar

•Onde capacitar/treinar

•Quando capacitar/treinar

•Condução e aplicação

do programa decapacitação/treinamento

através de:

•Gerente de linha

•Assessoria de RH

•Por ambos

•Por terceiros

•Monitoração do

processo

•Avaliação e

medição de resultados

•Comparação da

situação atual com

•Análise do custo

benefício

Necessidadea satisfazer

Desenho daCapacitação/Treinamento

Condução daCapacitação/Treinamento

Avaliação deresultados

Diagnóstico

da situação

Decisão quanto

a estratégiaImplementação ou ação

Avaliação e

controle

•Objetivos da

organização

•Competências

necessárias

•Problemas

de produção

•Problemas

de pessoal

•Resultados

da avaliação

de desempenho

•Programação do

capacitando/treinando

•Quem capacitar/treinar

•Como capacitar/treinar

•Em que capacitar/treinar

•Onde capacitar/treinar

•Quando capacitar/treinar

•Condução e aplicação

do programa decapacitação/treinamento

através de:

•Gerente de linha

•Assessoria de RH

•Por ambos

•Por terceiros

•Monitoração do

processo

•Avaliação e

medição de resultados

•Comparação da

situação atual com

•Análise do custo

benefício

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Figura 6.7 – Principais itens de um programa de capacitação e de treinamento.

Fonte: Chiavenato (2006) e Comparsi et. al. (2008).

6.1.2.3 - Programação de Capacitação e Treinamento

Efetuados o levantamento e a determinação das necessidades de capacitação e treinamento, passa-seentão a sua programação abordando-se os seguintes itens:

• Abordagem de uma necessidade especifica de cada vez;• Definição clara do objetivo da capacitação e treinamento;• Divisão do trabalho a ser desenvolvido em módulos, pacotes ou ciclos;• Determinação do conteúdo da capacitação e treinamento;• Escolha dos métodos da capacitação e treinamento e a tecnologia disponível;• Definição dos recursos necessários para a implementação do programa de capacitação e

treinamento, como o tipo de treinador ou instrutor, recursos audiovisuais, máquinas,equipamentos necessários, materiais, manuais etc;

• Definição do público-alvo a ser capacitado/treinado (número de pessoas, disponibilidade detempo, grau de habilidade, conhecimentos e tipo de atitudes, características pessoais decomportamento);

• Local onde será efetuada a capacitação e treinamento, considerando o seguinte: em centrosde treinamentos ou na organização ou em ambiente virtual (ensino a distância);

• Época ou periodicidade da capacitação e treinamento, horário ou ocasião propícia;• Cálculo da relação custo-benefício do programa;• Controle e avaliação dos resultados para verificação de pontos críticos que demandem

ajustes e modificações no programa para melhorar sua eficácia.

Determinada a natureza das habilidades, conhecimentos ou comportamentos desejados como

resultado da capacitação e treinamento, o próximo passo será a escolha dos recursos didático-pedagógicos a serem utilizados no programa de treinamento no sentido de otimizar a aprendizagem, ouseja, alcançar o maior volume e conteúdo (qualitativo e quantitativo) de aprendizagem com o menordispêndio de esforços, tempo e recursos financeiros.

Pode-se dispor dos seguintes recursos didático-pedagógicos: aulas expositivas; palestras econferências; seminários e workshops; método de casos (estudos de casos); discussão em grupos,painéis, debates; simulação e jogos; instrução programada; oficinas de trabalho; reuniões técnicas;teleconferência, videoconferência; recursos audiovisuais; comunicação multimídia; ambientes virtuais deaprendizagem, entre outros.

No programa de capacitação e treinamento da INDE devem ser consideradas as diferentes

modalidades de ensino existentes, adequando-as ao público-alvo e suas demandas, podendo serpresencial ou à distância.

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6.1.2.4 - Execução e Avaliação do Programa de Capacitação e Treinamento

A execução do programa de capacitação e treinamento está diretamente relacionada ao instrutor, aotipo de aluno, ao conteúdo e à infraestrutura. Neste sentido, são apontados alguns itens, no contexto daINDE, que devem ser considerados para o sucesso do programa de capacitação e treinamento, a saber(Chiavenato, 2006):

• Adequação do programa de treinamento às necessidades da INDE;• Qualidade do conteúdo programático, pedagógico e didático da capacitação e treinamento;• Cooperação e apoio dos níveis de gestão (chefes, dirigentes ou gerentes);• Qualidade e formação dos instrutores;• Qualidade na formação, capacidades e habilidades dos alunos.

A avaliação do programa de capacitação e treinamento é de fundamental importância para odiagnóstico dos ajustes e correções necessárias para a melhoria e aperfeiçoamento didático-pedagógicodo processo ensino-aprendizagem. Destarte, faz-se necessário um processo de avaliação contínua,envolvendo instrutor, aluno, conteúdo e infraestrutura, observando se os objetivos foram atingidos, em

todas as etapas do programa de capacitação/treinamento (processo de retroação).Assim, processo de avaliação da INDE deve verificar:

• Se o programa de capacitação e treinamento gerou modificações positivas no comportamentodos alunos;

• Se atingiu as metas de capacitação e treinamento estabelecidas para a inde;• Se há as demandas dos alunos por novas temáticas ou densificação de temas apresentados,

para a readequação permanente do programa, dentre outros.

6.1.3 - Considerações sobre Educação a Distância

A sociedade contemporânea é um reflexo das mudanças sócio-técnico-culturais incitadas pelasnovas tecnologias da informação e da comunicação. Segundo Levy (1999), atualmente vivencia-se oboom da interconexão mundial dos computadores e de suas memórias, proporcionando o ciberespaço.Este novo espaço de comunicação é alimentado pela interação todos-todos, onde o homem é peçafundamental desta engrenagem. Involuntariamente, as pessoas estão inseridas na era da conexãogeneralizada, do tudo em rede (LEMOS; CUNHA, 2003).

Um aspecto peculiar do ciberespaço é o de desterritorialização, onde as comunicações síncronas eassíncronas geram uma nova noção de tempo, espaço e de comunicação e transmissão de informação.Esta forma de comunicação possibilita que grupos de pessoas consultem e construam em tempo real umamemória comum, apesar de estarem em lugares e horários diferentes. Ninguém é dono desse novo

espaço, porém todos são co-responsáveis pela sua manutenção.

É neste contexto que Lemos (2002, p.145) define o ciberespaço como,

[...] um ambiente de circulação de discussões pluralistas, reforçandocompetências diferenciadas e aproveitando o caldo de conhecimento que é geradodos laços comunitários, podendo potencializar a troca de competências, gerando acoletivização dos saberes. A dinâmica atual de desenvolvimento das redes decomputadores e seu crescimento exponencial caracterizam o ciberespaço como umorganismo complexo, interativo e auto-organizante.

No ciberespaço emerge o fenômeno chamado de cibercultura que, segundo Lévy (1999, p.17), é “o 

conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço ”.

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A cibercultura tem a sua existência vinculada à interação homem e novas tecnologias da informaçãoe comunicação. Este ambiente comunicacional, onde o computador e a Internet dão o tom dainteratividade, vem proporcionando a construção coletiva de um grande volume de informação online ,gerando uma relação de dependência entre informação e sociedade, isto é, cada vez mais pessoasdependem da informação online para trabalhar e estudar. E ainda, o ciberespaço tem proporcionado umcaminho favorável à aprendizagem cooperativa em sinergia com a “inteligência coletiva” (LÉVY, 1998).

É neste contexto de ciberespaço e cibercultura que a Educação a Distância (EAD) vem ganhando

destaque, redimensionada pelas possibilidades criadas pelo atual estágio de desenvolvimento dastelecomunicações. Atualamente, a Educação a Distância transforma-se na melhor alternativa deabordagem e transmissão de saberes para atender, com qualidade, a grandes parcelas da populaçãosimultaneamente (LANDIM, 1997).

A EAD é potencializada pela flexibilidade e interatividade da Internet e se firma como uma sigla deeducação permanente e continuada, constituindo-se em pólo de atração e investimento como novoambiente de aprendizagem.

É cada vez maior a adesão de instituições de ensino a EAD, mesmo com resistências esurpreendente também é o número considerável de empresas que buscam esta modalidade de ensinopara capacitar seus recursos humanos. Um dos fatores que justificam esta forte adesão é a mobilidadeque o sistema de EAD online oferece no contexto da cibercultura.

Os atores deste sistema não estão fixos em termos de tempo e espaço. Podem estar conectados aum computador de sua residência, de seu trabalho, de sua escola ou universidade, e o mais importante,de acordo com o seu ritmo de aprendizagem ou de ensino.

Contudo, não basta massificar o conhecimento de forma a atender a demanda por formaçãocontinuada lançando mão de técnicas de EAD, cujo custo com infraestrutura e pessoal, a longo prazo, émenor que no ensino presencial. Tem-se que considerar a exigência, cada vez maior, por educação dequalidade. Alguns recursos didáticos implementados na web , tais como, ambientes virtuais de

aprendizagem, videoconferência, jogos computacionais, simuladores interativos, possibilitam apersonalização e diversificação das formas de aprendizagem.

Existem muitas definições para Educação a Distância, porém no contexto da INDE, onde sepretende atender a um número considerável de treinandos, em diversas localidades do Brasil, que ocupamdiferentes cargos, das diferentes instituições e órgãos federais, estaduais, distrital, municipais e privadas,considera-se que o ensino a distância é um sistema multimídia de comunicação bidirecional com o aluno afastado do centro docente e ajudado por uma organização de apoio, para atender de modo flexível à aprendizagem de uma população massiva e dispersa . Este sistema somente se configura com recursostecnológicos que permitam economia em escala. (RICARDO MARIN IBÁÑEZ, 1986 apud LANDIM, 1997)

A EAD, por definição, visa diminuir as fronteiras entre a escola e aqueles que querem aprender, bemcomo, minimizar os problemas de acesso à educação, utilizando, para isso, as mais diversas tecnologiasde comunicação e informação.

6.1.3.1 - Benefícios e Limitações da Educação a Distância

Sendo um processo educativo de valor consagrado no Brasil e em vários outros países, a EADapresenta benefícios e algumas limitações que devem ser consideradas para o sucesso do programa de

capacitação e treinamento da INDE, conforme apresentado na Quadro 1 a seguir, segundo PALLOFF(2002):

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131

Quadro 1: Benefícios e limitações da Educação à Distância.

Benefícios Limitações

• Abertura: redução das barreiras de acesso;diversificação de cursos; ampliação de vagas;

• Flexibilidade: ausência de rigidez de horário, local eritmo de aprendizagem; permanência do aluno em seulocal de trabalho; formação fora da sala de aulatradicional;

• Eficácia: o aluno é o centro do processo deaprendizagem; formação teórica-prática aplicada aatividade profissional; conteúdo elaborado porespecialistas e utilização de recursos de multimídia;interatividade estimulada por tutores capacitados;

• Formação Permanente e Pessoal: desenvolvimento deiniciativas, de atitudes, interesses, valores e hábitoseducativos; capacitação para o trabalho; atendimentoàs demandas de diversos grupos;

• Economia: redução de custos em relação aossistemas presenciais de ensino; economia em escalasupera os altos custos iniciais;

• Outros: facilita o nivelamento de conceitos e areutilização de conteúdos para formatações

diferenciadas de cursos de acordo com o público-alvo.

• Custo: maior no processo de implantação;• Equipe: a formação de uma equipe multidisciplinar que

trabalhe de forma interdisciplinar;• Interatividade: a relação aluno-máquina pode ser um

agravante para o insucesso de um projeto em EAD,porém pode-se investir na formação dos tutores e nas

tecnologias que facilitem a interação tutor-aluno ealuno-aluno. Esta interação é importante para acriação de comunidades de aprendizagem noCiberespaço.

Fonte: PALLOFF (2002)

6.1.3.2 - Qualidade em Educação a Distância

O Ministério da Educação e a Secretaria de Educação a Distância desenvolveram um documentodenominado Referenciais de Qualidade para Cursos a Distância (NEVES, 2003), que não têm força de lei,mas os referenciais ali contidos orientam as instituições na elaboração de projetos em EAD. Nessedocumento são apresentados dez itens básicos, abaixo relacionados, que devem ser considerados emprojetos de EAD que privilegiam a qualidade na sua construção, divulgação e aplicação:

1 - Compromisso dos gestores;2 - Desenho do projeto;3 - Equipe profissional multiplidisciplinar;4 - Comunicação/interatividade entre professor e aluno;5 - Recursos educacionais;6 - Infraestrutura de apoio;7 - Avaliação de qualidade contínua e abrangente;8 - Convênios e parcerias;9 - Transparências nas informações;10 - Sustentabilidade financeira.

Um curso a distância necessita de investimentos com a preparação e contratação da equipemultidisciplinar, com a aquisição e montagem da infra-estrutura física e tecnológica, com a produção edivulgação de material didático, em logística de distribuição de produtos e manutenção, entre outros.Esses investimentos envolvem recursos financeiros e tempo. Neste contexto administrativo da EAD ocomprometimento do gestor é fundamental para o sucesso do projeto,

A EAD tem uma identidade própria. Não basta transpor as aulas presenciais para o meio digital,usando os mais modernos recursos tecnológicos para termos um bom curso a distância. Tem que serconsiderada a flexibilidade inerente a EAD, quanto ao ritmo e as condições do aluno para aprender. Então,um curso a distância requer administração, linguagem, desenho, acompanhamento, avaliação, lógica,recursos técnicos, metodológicos e pedagógicos. Tudo isso tem que estar contemplado no desenho do projeto .

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132

Para elaborar um programa de capacitação e treinamento em educação a distância, a instituição temque contar com uma equipe multidisciplinar, pois, além dos professores especialistas nas disciplinasofertadas, dos tutores e especialistas em educação a distância, é preciso contar com profissionais dasdiferentes TICs, entre outros, de acordo com a proposta do curso.

Outro ponto relevante, para o sucesso de um curso a distância é o comprometimento da instituiçãocom a comunicação e interatividade entre professor-aluno e alunos-alunos, evitando o isolamento eproporcionando um processo de aprendizagem instigante, motivador e solidário. Hoje, pode-se contar com

recursos de informação e comunicação facilitadores deste processo.

Quanto aos recursos educacionais – material impresso, vídeos, programas televisivos, radiofônicos,videoconferência, páginas web , etc – o principal é encontrar a harmonia entre suas lógicas de produção ede linguagem com os objetivos de aprendizagem. Não existe um modelo a seguir, devido à pluralidadesócio-cultural do país.

A avaliação de cursos a distância é importantíssima para a qualidade do sistema. É preciso fazer,periodicamente, avaliação em todos os aspectos, de forma sistemática, contínua e abrangente, com opropósito de ajustar e reajustar o modelo escolhido, buscando sempre a qualidade total.

Além, é claro, da avaliação de aprendizagem dos alunos, cujo modelo deve considerar seu ritmo deaprendizagem e, sempre que possível, deve permitir a auto-avaliação para torná-lo mais autônomo,possibilitando a sua independência intelectual.

6.1.3.3 - Equipe de Educação a Distância

A equipe que desenvolve projetos EAD é formada por especialistas de diversas áreas do saber, cujaatuação vai do suporte tecnológico à concretização dos processos de aprendizagem, passando pela

elaboração de materiais pedagógicos com recursos midiáticos, estratégia de marketing, desenvolvimentode cursos, capacitação de tutores, dentre outras atividades. Santos (2003) descreve os principaisespecialistas que devem compor uma equipe de EAD e suas respectivas atividades, a saber:

• Conteudista: Esse papel é exercido por um professor ou um técnico especializado no assuntoabordado pelo curso. Para exercer esta função é preciso gostar de pesquisar e de ler. Paraelaborar os cursos é necessário, para cada temática e/ou processos, consultar a bibliografiapertinente, organizar as informações numa seqüência lógica de acordo com o objetivo docurso e aos pré-requisitos de capacitação e treinamento, montar a estrutura do curso,procurando torná-lo atraente, coerente e realista (COSTA, 2004). Cabendo-lhe ainda arevisão do módulo de EAD elaborado.

Desenhista instrucional: Analisa as necessidades, constrói o desenho do ambiente deaprendizagem, seleciona as tecnologias de acordo com as necessidades de aprendizagem econdições estruturais dos alunos, avalia os processos de construção e uso do curso.

• Web roteirista: Articula o conteúdo por meio de um roteiro que potencializa o conteúdo a partirdo uso de linguagens e formatos variados (hipertexto, da mixagem e da multimídia)aplicaveís.

• Web designer: Desenvolve o roteiro, criado pelo web roteirista, criando a estética /arte-final doconteúdo a partir das potencialidades da linguagem digital.

• Programador: Desenvolve os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), criando programase interfaces de comunicação síncrona e assíncrona, atividades programadas, gerenciamentode arquivos, banco de dados.

• Tutor: É um professor que acompanha e tira dúvidas dos alunos durante todo o curso.

Também é considerado um facilitador da aprendizagem autônoma do aluno, que deveinteragir com eles em chats , fóruns e no próprio ambiente do curso. Facilidade de lidar com o

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público, de comunicação e de adaptação à tecnologia são algumas competências importantespara um tutor .

• Instrutor: É o professor responsável em complementar o material didático com aulaspresenciais ou à distância, com os recursos das TICs síncronas ou assíncronas.Coordenador: É responsável por gerenciar o projeto, acompanhar as atividades com utilizaçãode metodologia de gerenciamento de projetos, adequar as demandas aos processoseducacionais e tecnológicos, definir os processos, articular o desenvolvimento das atividadescom as equipes de educadores, designers, programadores e clientes finais, dimensionar a

infra-estrutura de tecnologia (softwares , hardwares , rede de dados) adequada à execução dosprojetos educacionais, realizar pesquisas, testes e homologações de suportes de mídia comaplicação em ambientes educacionais, mapear e monitorar processos das áreas internas aoambiente educacional/tecnológico visando à produção de objetos de aprendizagem nosdiversos suportes de mídia.

• Pedagogo: É responsável por realizar a revisão pedagógica dos projetos educacionais paraadequação às especificidades da modalidade à distância, acompanhar a concepção,desenvolvimento e execução dos projetos educacionais voltados à modalidade EAD,garantindo o alinhamento às necessidades da empresa, a coerência e a qualidade das ações,acompanhar o desenvolvimento do trabalho do tutor e assessorá-lo, administrar a progressãoda aprendizagem, acompanhar a produção dos alunos, elaborar textos de orientação,produzir material de apoio pedagógico, observar e analisar o desempenho das turmas dos

cursos à distância, avaliar o desenvolvimento do projeto pedagógico, propor modelos deavaliação, promover a formação contínua dos tutores, dentre outra funções.

• Ilustrador: É um profissional formado em Belas Artes e/ou Desenho Industrial que aplicaconceitos básicos de ilustração (luz e sombra, anatomia, perspectiva e cores), adaptando-ospara diferentes linguagens como ilustrações vetoriais ou tradicionais, sabendo variar traços,dominar estilos diferentes de traço e tecnologias que facilitem a utilização no meio aplicado.Este profissional é importante, pois nem sempre o web designer tem formação para criar umaboa ilustração.

Para criar o comprometimento da equipe com um trabalho produtivo e integrado é preciso criar umadinâmica curricular que articule as competências e propicie o envolvimento interdisciplinar de toda a

equipe de desenvolvimento ultrapassando as fronteiras entre professores, alunos e conteúdos. A Figura6.8 apresenta a articulação necessária entre os componentes da equipe para o sucesso de um projeto emEAD.

Figura 6.8 – Articulação para o sucesso de um projeto EAD. (FILATRO, 2004)

Fonte:Filatro,2004

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A qualidade dos projetos em EAD passa pelo envolvimento de cada membro da equipe, com suasespecialidades e competências, nos processos de criação dos materiais e conteúdo, e no uso deles nosprocessos de aprendizagem (SANTOS, 2003).

6.1.3.4 - Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

Para os autores Vavassori e Raabe (2003, p.312), um ambiente virtual de aprendizagem é “umsistema que reúne uma série de recursos e ferramentas, permitindo e potencializando sua utilização ematividades de aprendizagem através da Internet em um curso a distância”. Já, Santos (2003, p.226) vaimais longe à conceituação do que é um AVA, quando afirma que “não basta criar um site e disponibilizá-lono ciberespaço”, pois mesmo que este site utilize-se de hipertextos, é de fundamental importância queseja interativo.

Um ambiente virtual de aprendizagem apresenta alguns itens que são importantes na suaconstituição, para que o ambiente proporcione uma comunicação interativa e reúna em sua estrutura todasas interfaces e recursos que facilitem a interatividade dos personagens envolvidos com o processo deaprendizagem.

Santos (2003) oferece algumas questões que devem ser consideradas na construção de sites ousoftware que serão disponibilizados no ciberespaço como AVA:

• Criar sites hipertextuais que agreguem os seguintes recursos em sua interface:

- intertextualidade: conexões com outros sites ou documentos;- intratextualidade: conexões com o mesmo documento (poder voltar ao ponto de partida ou

ao ponto anterior);- navegabilidade: ambientes simples, de fácil acesso e transparência nas informações;- mixagem: integração de diversas linguagens: sons, texto, imagens dinâmicas e estáticas,gráficos, mapas;

- multimídia: integração de vários suportes midiáticos.

• Potencializar neste site as possibilidades de comunicação interativa :

- síncrona: comunicação em tempo real;- assíncrona: comunicação a qualquer tempo; emissor e receptor não precisam estarconectados ao mesmo tempo.

• Criar atividades de pesquisa: para estimular a construção do conhecimento a partir desituações-problema que devem contextualizar questões do universo significativo do sujeito;

• Potencializar a avaliação formativa: estimulando para que os saberes sejam construídos emum processo comunicativo de negociações, (re)significando as autorias e co-autorias;

• Disponibilizar e incentivar conexões lúdicas, artísticas e navegações fluidas;

• Adotar o conceito de usabilidade através da padronização da interface;

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A interface dos AVA deve ter, além de hipertextos, interfaces acopladas que facilitam o contato entrepessoas e, a descentralização e a distribuição de informações, favorecendo a interatividade nestesambientes. Está-se falando de interfaces de comunicação síncronas ou assíncronas, a saber:

• Fórum – pode ser definido como um website que tem por exclusiva finalidade receberperguntas sobre um determinado assunto e deixá-las disponíveis para que outras pessoaspossam respondê-las, consultá-las ou propor novas perguntas (VAVASSOURI; RAABE, 2003,

p.313).• Chat – normalmente são organizados por salas, conhecidas por salas de bate-papo. Permite

que os participantes se comuniquem em tempo real, em uma comunicação todos-todos, entrealunos, professores e convidados, em sala de diferentes assuntos e interesses. Tambémpermite conversas reservas um-um (VAVASSOURI; RAABE, 2003).

• TeamWave – é uma interface de bate-papo – tempo real, incorporada ao ambiente deaprendizagem que permite conversas mais estruturadas e podem ser documentadas(registradas).

• Cu-SeeMe – abreviatura em inglês de See You-See Me, é um sistema de videoconferênciaque permite conversar com outras pessoas, em tempo real, utilizando imagem (vídeo), som e

textos (VAVASSOURI; RAABE, 2003).

• Lista de discussão – são utilizadas para comunicação assíncrona e parecidas com o fórum. Adiferença fundamental é que as mensagens são socializadas no formato do correio eletrônico,onde o usuário não precisa acessar um ambiente específico no ciberespaço para enviá-los erecebê-las. Muitos preferem a lista de discussão ao fórum por ter familiaridade com as caixasde mensagem (SANTOS, 2003).

Atualmente existem ambientes virtuais de aprendizagens livres que se utilizam dos recursos acima,favorecendo a interatividade tutor-aluno e alunos-alunos, e que podem ser customizados para atender asnecessidades de programas de capacitação e treinamento na modalidade à distância, em organizações einstituições acadêmicas.

6.2 - GESTÃO DO CONHECIMENTO

Pretende-se implantar na INDE um modelo de gestão que associe um conjunto articulado demetodologias, técnicas e recursos tecnológicos adequados à criação, disseminação e compartilhamentode conhecimentos gerados pelos seus grupos técnicos.

No âmbito das leis que regem as novas organizações o que importa não se circunscreveunicamente às esferas de produção e distribuição de objetos. A capacidade de gerar informação e deproduzir conhecimento passa a ser determinante na pauta competitiva das organizações. Portanto,estabelecer fluxos interativos que propiciem permanentemente o compartilhamento de informações e quefavoreçam a produção e disseminação de conhecimento é papel da gestão do conhecimento e fatordiferencial na concorrência entre instituições modernas.

A implantação desse processo de Gestão do Conhecimento utilizando instrumentos da Tecnologiada Informação e Comunicação (TIC), visa:

i) Estabelecer dinâmicas de aprendizagem contínua;ii) Permitir a criação e disseminação do conhecimento; eiii) Instalar os processos necessários para a gestão do conhecimento, de forma permanente,

estimulando a criatividade e propondo inovações no campo de atuação da inde.

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Dessa maneira, esta seção tem por objetivo apresentar algumas considerações sobre Gestão doConhecimento e as terminologias utilizadas.

6.2.1- Conceitos Relativos à Gestão do Conhecimento

Inicialmente é necessário distinguir informação de conhecimento para diferenciar a Gestão doConhecimento da Gerência de Informação.

Informação é o resultado de uma pesquisa sobre um conjunto de dados, seguida de uma análise ede alguma forma explicitado, seja através de algum comentário, da criação de gráfico ou de relatórios,dentre outras maneiras (SAMPAIO, 2003).

Conhecimento é a interligação dos significados que as pessoas fazem em suas mentes entreinformação e sua aplicação em um conjunto de ações (DIXON, 1937). Polany (1983) distingue dois tiposde conhecimento, a saber: conhecimento explícito e conhecimento tácito.

O conhecimento explícito envolve conhecimento dos fatos, e é adquirido principalmente por

intermédio da informação e quase sempre da educação formal. Este tipo de conhecimento se encontradocumentado em livros, manuais, base de dados. O conhecimento tácito é subjetivo baseado nasexperiências, crenças, pessoal, formado dentro de um contexto social, profissional e individual, não épropriedade de uma organização ou de uma coletividade e sim do indivíduo, do seu conhecimentocognitivo. 

No mundo atual, onde as organizações precisam criar e trocar informações com maior velocidade eem um volume maior para serem mais competitivas, se torna necessário efetuar troca e reutilização deconhecimento informal ou tácito nas interações entre as pessoas, o qual é pouco documentado e nãogerenciado (SAMPAIO, 2003). Segundo esta autora, a gestão do conhecimento se faz imprescindívelpara propagação das informações de forma a levar as pessoas a desenvolverem tarefas de forma eficaz,auxiliando na tomada de decisões, provendo meios de colaboração, assistindo a gerência decompetências e difundindo e disseminando o conhecimento individual. Gartner Group (2008) define agestão do conhecimento como:

“... uma disciplina que promove, com visão integrada, o gerenciamento e o compartilhamento de todo o ativo de informação possuído pela empresa.Esta informação pode estar em um banco de dados,documentos,procedimentos,bem como em pessoas, através de suas experiências e 

habilidades”.

Na literatura são encontradas diversas definições de gestão do conhecimento. No entanto noescopo da INDE, a definição proposta por Burk (2000) é considerada a adequada uma vez que a gestãodo conhecimento é tratada como um processo contínuo de captura e compartilhamento do conhecimentoespecializado (expertise ) de uma comunidade para realizar a missão de uma organização. Segundo esteautor, a gestão do conhecimento oferece à comunidade a oportunidade de construir uma culturacolaborativa, inovadora, que compartilhe conhecimento e que esteja sempre empenhada no aprendizado(BURK, 2000).

A abordagem da gestão do conhecimento leva as organizações a mudarem a perspectiva decapital, deixando de ser somente um bem tangível e passando agregar ativos intangíveis, formado peloscapitais ambiental, estrutural, intelectual e de relacionamentos.

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O capital ambiental consiste em um conjunto de fatores que descrevem o ambiente de negóciosonde a organização está inserida. O capital estrutural é a infraestrutura necessária para o funcionamentoda organização, sendo formada pelo conjunto de sistemas, administrativos, modelos, rotinas, marcas,patentes, cultura e programas de computador. O capital intelectual é constituído pelas pessoas e étratado como o maior patrimônio da organização. Este capital pertence ao indivíduo e é definido pelascapacidades, habilidades, experiências e conhecimento formal das pessoas que integram umaorganização para gerar lucro ou aumentar seu prestigio e reconhecimento social. Atualmente, uma

organização é valorizada e, conseqüentemente, mais competitiva por atrair, reunir e manter o seu capitalintelectual. E finalmente, o capital de relacionamentos é a chave para obter o sucesso através daarticulação entre parceiros e colaboradores em todos os níveis estratégico, tático, operacional. É atravésdeste capital que uma organização obtém o retorno financeiro, de imagem e a induz a oferecer dados einformações, produtos e serviços de qualidade.

6.2.2 - Criação do Conhecimento

O processo de criação do conhecimento, segundo Nonaka & Takeuchi (1995), consiste emtransformar o conhecimento tácito em explicito, armazenando-o, trocando-o, difundido-o, disseminando-o ereutilizando-o na organização, através de fluxo seqüencial baseado na socialização, internalização,externalização e combinação, conforme apresentado na Figura 6.9.

Figura 6.9: Espiral do conhecimento

Fonte: NONAKA & TAKEUCHI,1995

Socialização 

Conhecimento Compartilhado

 i i

Internalização

Conhecimento Operacional

g

i

o

Externalização 

Conhecimento Conceitual

i

gii

i

i

i

Combinação

Conhecimento Sistêmico

o

g

g g

g

Tácito ExplícitoPARA

       T       á     c       i      t     o

       E     x     p       l       í     c       i      t     o

       D       E

i: indivíduo

g: grupoo: organização

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A socialização é o compartilhamento do conhecimento tácito. Para ela ocorrer é preciso que hajauma interação entre indivíduos que, de alguma forma estimulados, passam a compartilhar seusconhecimentos, ou seja, suas habilidades, experiências, idéias, percepções etc. Um indivíduo podeadquirir este conhecimento de outro, mesmo sem usar alguma linguagem, pois pode ser adquirido atravésda observação, imitação ou prática.

A externalização é a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito. Consiste emtransformar o conhecimento de um indivíduo emissor em um conhecimento articulado e transmissível ao

indivíduo receptor através de uma linguagem escrita ou alguma representação, por exemplo, gráficos,símbolos ou outros recursos. É através da externalização que a organização consegue mapear oconhecimento tácito e torná-lo aplicável aos seus processos.

A combinação é quando os conhecimentos explícitos são combinados para gerar um novoconhecimento através de processos de acréscimo de informações, classificações ou mesmo categorizaçãodo conhecimento explícito apresentado. Isto pode acontecer quando indivíduos combinam ou trocamconhecimentos através de e-mails, reuniões, documentos e até em conversas informais.

A internalização é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento tácito. É criadaatravés da interpretação dos conhecimentos explícitos que estão em manuais, livros, normas,comunicados e diversos tipos de documentos que estão na organização.

A internalização pode ser classificada como a forma de obter o conhecimento tácito ou know-how ,que deverá ser colocado em documentos visando a facilitar a transferência para outras pessoas.

A espiral do conhecimento ocorre em um primeiro momento na socialização, quando oconhecimento tácito é trocado e posteriormente convertido em explícito através da externalização.Iniciando o processo de combinação, este novo conhecimento recém adquirido é combinado ao jáexistente gerando novos conhecimentos para a organização. Finalmente este novo conhecimento seráinternalizado e transformado em manuais, documentos, normas, etc, fazendo com que todo o processo sereinicie, através da socialização.

Para efetivação da espiral do conhecimento na organização, é necessário que os atores envolvidos

estejam suficientemente motivados e que haja a plena disseminação do conhecimento, sendo objetivo daspolíticas e diretrizes organizacionais, de modo que todos convivam em um ambiente propício àcolaboração.

6.2.3 - Componentes e Funções da Gestão do Conhecimento 

Segundo Garvin (1993) uma organização baseada no conhecimento é uma organização deaprendizagem que reconhece o conhecimento como um recurso estratégico, e cria conhecimento que

pode ser processado internamente e utilizado externamente, aproveitando o potencial de seu capitalintelectual, onde o trabalhador do conhecimento é o componente crítico.

As componentes de um modelo de gestão do conhecimento são formadas por (Pereira, 2007):

• Estratégia: alinha as competências essenciais da organização com a gestão doconhecimento;

• Estruturação: define o modelo organizacional com a estrutura flexível e adequada às práticasde gestão do conhecimento;

• Processos: inclui as funções e práticas de Gestão do Conhecimento orientadas pararesultados; e

• Pessoas: reorienta o processo de Gestão de RH na organização (Gestão Estratégica de

Pessoas) com foco na Gestão de Competências e Educação Corporativa.

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De acordo com Argyris (1992) as funções da Gestão do Conhecimento compreendem aaprendizagem organizacional (criar/capturar) e a gestão de competências (avaliar).

A aprendizagem organizacional é o processo pelo qual uma organização exercita a suacompetência e inteligência seletiva para responder ao seu ambiente interno e externo. Trata-se de umprocesso contínuo de detectar e corrigir erros.

A gestão de competência pode ser institucional e individual. A competência institucional trata a

organização como um conjunto de competências institucional (da organização) e individual (de cadacolaborador) empregados nos processos; nas técnicas; fluxos, da organização; nos produtos e serviços; eno ambiente social da organização.

6.2.4 - Sistema de Apoio à Gestão do Conhecimento

O sistema de apoio à gestão do conhecimento tem suas origens tecnológicas na Internet com odesenvolvimento de sistemas de busca, portais, groupware, gestão da informação, modelos de negócio,gestão por processos e qualidades, aprendizagem organizacional, inteligência artificial e maisrecentemente a gestão do capital intelectual (TERRA, 2001).

O sistema de apoio à gestão do conhecimento auxilia o processo de captura e armazenamento deconhecimento adquirido e explicitado, em uma base compartilhada acessível a todos os membros de umaorganização.

O sistema de apoio à gestão do conhecimento emprega tecnologias que estimulam e permitem ageração, sistematização, codificação e transferência do conhecimento, desenvolvendo ferramentasque são facilmente utilizadas e possibilitam recursos a serem aplicados de maneira eficiente na execuçãode tarefas.

A geração do conhecimento inclui todas as atividades que agregam novos conhecimentos para oindivíduo e para o grupo. Isto inclui atividade de criação, aquisição, fusão, adaptação e difusão de novosconceitos.

Codificação do conhecimento é a captura e representação do mesmo de modo que ele possa serutilizado por outra pessoa ou organização. E a transferência envolve o movimento do conhecimento de umlocal para outro e, conseqüentemente, sua absorção. Um sistema de apoio à gestão de conhecimento éeficiente quando permite às organizações aumentarem a produtividade de sua atividade e estender seusvalores de maneira eficiente tanto para o grupo de trabalho quanto para um indivíduo.

Destarte, um sistema de apoio à gestão do conhecimento tem por finalidade administrar aaquisição, a organização, o refinamento, a análise, difusão e a disseminação de conhecimento em todasas suas formas dentro de uma organização (BRINT, 2001). Segundo Tiwana (2000), uma arquitetura de

sistema de apoio à gestão do conhecimento possui cinco meta-componentes, apresentados na Figura6.10:

• Fluxo de conhecimento: facilita o fluxo de conhecimento dentro de um sistema de gestão doconhecimento;

• Mapeamento de informação: tem por finalidade vincular informações e mapeá-las para quedepois possa ser convertida em conhecimento organizacional;

• Origem das informações: origem de dados que alimentam dados e informação para sistemasde gestão do conhecimento;

• Troca de informação e conhecimento: ferramentas e facilitadores não tecnológicos quedisponibilizam a troca de informação tácita e explícita, ajudam a criar e compartilhar o

contexto e facilitar a adaptação do conhecimento sobre o novo contexto;• Agentes inteligentes e mineradores de informação: tem por finalidade minerar informação,

buscar e encontrar conhecimento.

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Figura 6.10: Meta-componentes 

Fonte:adaptado de Tiwana (2000) apud Samapio (2003)

Para a adequada implantação de um sistema de apoio à gestão do conhecimento se faz necessárioconsiderar os seguintes atores: usuários comuns e administradores.

O usuário comum é relacionado ao conceito de “trabalhador de conhecimento” (NONAKA eTAKEUCHI, 1995), que tem a função de manipular o conhecimento tácito e explicito em rotinas de trabalhoatravés de suas experiências, discussões e debates.

O administrador é o “gerente de conhecimento”, um usuário com função administrativa no sistemapossuindo um papel estratégico na gestão do conhecimento. São representados pelos gerentes de nível

médio na organização, sendo, portanto responsáveis pela coordenação dos processos de conversão doconhecimento. Estes atores têm a função de categorizar, criar regras, inserir melhores e piores práticas, evalidar novos conhecimentos.

O desafio atual da área de tecnologia de informação consiste em identificar as tecnologias queapóiem a comunicação e a troca de idéias e experiências, facilitando e incentivando as pessoas a seunirem, a participarem em grupos e comunidades, reutilizarem e renovarem seus conhecimentos. Aquestão central passa a ser migrar de uma posição de suporte a processos para o suporte acompetências.

6.3 - DIRETRIZES DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO

De forma mais específica este tópico identifica o perfil dos atores, definidos anteriormente noCapítulo 3, define suas necessidades e requisitos e, por fim, propõe as diretrizes e programas decapacitação e treinamento da INDE.

A Figura 1.2-1, do Capítulo 1, define como componentes de uma INDE, cinco grupos. Tendo emvista que o grupo Pessoas mantém matricialidade com os demais grupos, o público-alvo do programa decapacitação e treinamento proposto neste capítulo fica restrito aos quatro grupos residuais: Institucional,Dados, Tecnologia e Normas e Padrões.

Ainda, com o intuito de relacionar o público-alvo que deverá ser submetido à capacitação etreinamento, cabem algumas observações sobre o que dispõe o Decreto no 6.666/08 quanto: aocompartilhamento e à disseminação de dados e metadados geoespaciais, e ao gerenciamento do DBDG edo SIG Brasil. E o que dispõe Decreto-Lei no 243/67 que fixa as Diretrizes e Bases da CartografiaBrasileira e dá outras providências.

GGeessttããoo ddee CCoonnhheecciimmeennttoo 

Fluxo de conhecimento

• Web sites• Bases de dados•

Sistemas demensagens• Workflow• Ferramentas

colaborativas• Ferramentas de apoio a

discussão.....

Mapeamento deinformação• Repositórios• Modelos• Canais de distribuição• Metadados• Redes externas.....

Origem da informação• Políticas de RH• Políticas de publicação• Pesquisa distribuída• Controle de versão• Dados operacionais• Dados transacionais...

Troca de informação econhecimento• Agenda de colaboração• Comunidades de

práticas• Groupware• Ferramentas de

visualização• Ferramentas de

integracao.....

Agentes inteligentes e mineradores de informação• Agentes de buscas• Mineradores de dados e textos• Indexação e classificação...

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O artigo 2º do Decreto-Lei no 243/67 estabelece que as atividades cartográficas, em todo o territórionacional, são levadas a efeito através de um sistema único - o Sistema Cartográfico Nacional - sujeito àdisciplina de planos e instrumentos de caráter normativo, consoante os preceitos deste Decreto-Lei. E noparágrafo único esclarece que o Sistema Cartográfico Nacional é constituído pelas entidades nacionais,públicas e privadas, que tenham por atribuição principal executar trabalhos cartográficos ou atividadescorrelatas. A definição do público- alvo envolvido na implantação da INDE vai muito além do dispositivo emcomento, pois leva em consideração todos os interessados em geoinformações.

Segundo o artigo 3º, do decreto no 6.666, de 27 de novembro de 2008, o compartilhamento e adisseminação dos dados geoespaciais e seus metadados é obrigatório para todos os órgãos e entidadesdo Poder Executivo federal e voluntário para os órgãos e entidades dos Poderes Executivos estadual,distrital e municipal. Esse dispositivo amplia ainda mais o escopo dos públicos-alvos, na medida em queos Estados, Distrito Federal e Municípios alinham suas políticas públicas com as nacionais. Esse artifício,salutar ao sistema federativo, tem o objetivo de minimizar custos e firmar parcerias entre os entes napersecução de metas comuns inerentes a INDE.

Observa-se que o público-alvo da INDE identificado por seus componentes e atores compreendeos seguintes grupos:

•  Institucional• Gestão da INDE• Normas e Especificações

•  Gestão, Produção e Uso de Dados

• Produtores de Dados e Informações Geoespaciais (governamentais, iniciativa privada eorganizações civis)• Documentação / metadados

• Usuários de Dados e Informações Geoespaciais (governamentais, iniciativa privada e organizaçõescivis)

•  Tecnologia• Gerenciamento da INDE (administração e gerenciamento, segurança da

informação e comunicação, acesso, recuperação e distribuição)

6.3.1 - Perfil e Diretrizes para o público-alvo

A seguir detalham-se os grupos anteriormente identificados, com respectivos perfis e diretrizes

para a elaboração do programa de capacitação e treinamento.

a) Institucional

Neste grupo estão incluídos os gestores públicos, privados e organizações civis, tais como:gestores estaduais, municipais e distrital; gestores ministeriais; diretores dos órgãos de administraçãodireta e indireta (autárquicas ou fundacionais); diretores de empresas privadas; e de organizações civis,que estejam associados à produção, uso e manejo de dados e metadados geoespaciais. Por imposiçãolegal, há a obrigatoriedade para atender as necessidades desse público, quando tratar-se do nível federale, sempre que possível, levar em consideração as necessidades do público correlato nos níveis estaduais,distrital e municipais.

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Perfil:

Este grupo de indivíduos possui o poder estratégico e decisório em suas organizações, desde oestabelecimento de políticas públicas, de gestão e administração, até a produção da geoinformação.Analisando-se a estrutura da administração pública brasileira, pode-se listar um rol não exaustivo decompetências que compõem o perfil do grupo institucional:

• Elaboração e proposição de políticas públicas relacionadas à geração e gestãoestratégica de dados geoespaciais;

• Decisão estratégica em associações de desenvolvimento regional, local e outrasinstituições de caráter associativo de apoio às atividades de fomento e sócio-econômicas; 

• Decisão política na administração central, regional e local, ligada ao desenvolvimento,ordenamento, infraestrutura sócio-econômica, regularização agrária e as relativas ásquestões ambientais;

• Gestão de empresas na área da consultoria e elaboração de projetos;• Gerência de empresas de serviços especializados na área de cartografia, geografia,

geociências; produção de dados e informações geoespaciais; modelagem,desenvolvimento, e gerenciamento de bases de dados; e na área de sistemas de suporte

à decisão;• Gestão de instituições ligadas à segurança pública e inteligência;• Gestão de instituições de ensino e pesquisa;• Coordenação de comitês interorganizacionais ligados à produção, gestão e uso de dados

e informações geoespaciais;• Organizações não governamentais envolvidas na produção e utilização de dados e

informações geoespaciais.

Diretrizes

O conhecimento deverá proporcionar o entendimento necessário para a discussão, elaboração eproposição de políticas públicas, para a criação de diretrizes estratégicas e fomento das ações da INDE. Éimportante que o gestor seja estimulado para visualizar a matricialidade, ou seja, o contexto global daprodução, difusão e uso de dados e informações geoespaciais, em articulação com os demais setores dasociedade.

É necessário que os gestores percebam os benefícios e os aspectos correlacionados com aadoção e implantação da INDE brasileira. Dessa forma, é fundamental o engajamento dos partícipes,como fator de sucesso dessa iniciativa. A ênfase dos programas de capacitação deverá estar focada nopúblico-alvo de cada partícipe. Considerando a alternância da ocupação de cargos de alto escalão, dever-

se-á enfocar também os gestores do corpo técnico permanente.Para este público-alvo sugerem-se as temáticas relativas aos módulos: Compreensão Conceitual

Básica para a adoção da INDE; Benefícios da adoção da INDE; Características dos Dados, Produtos eServiços da INDE e Fomento á inserção das temáticas de INDE nas universidades e escolas técnicas, queestão propostas na Tabela Programa de Capacitação e Treinamento da seção 6.4.

Considerando-se o perfil dos gestores, as técnicas a serem utilizadas devem ser objetivas,motivadoras e concisas. Quanto mais alto o nível hierárquico dos gestores, a opção deve ser por técnicasde workshop e seminários.

Para esse público-alvo ressalta-se a importância dos módulos de capacitação abordarem a

obrigatoriedade das temáticas definidas no Decreto 6.666/08.

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Os treinamentos e capacitações deverão ser promovidos, preferencialmente, nas localidades dasinstituições. Poderão ser ministrados no próprio órgão/instituição, em centros de treinamentos definidospela CONCAR ou por meio de sistemas EAD.

b) Gestão, Produção e Uso de Dados

Neste grupo englobam-se as instituições e os órgãos produtores e usuários dos dados emetadados geoespaciais da INDE, compreendendo também os produtores de dados geoespaciais queocupam os níveis gerencial, tático e operacional (corpo técnico).

Os usuários (indivíduos, grupo de indivíduos e/ou órgãos/instituições) detentores ou não deconhecimento técnico, são responsáveis pelo uso dos dados disponibilizados pela INDE.

b.1) Produtores

Entende-se por produtores os membros da CONCAR, conforme emanado no Decreto 6.666/08,que serão alvo dos programas de capacitação e treinamento propostos na seção 6.4, considerando todosaqueles profissionais, em nível gerencial, tático e operacional, de órgãos e entidades do Poder Executivofederal, estadual, distrital e municipal, cujas atividades estejam relacionadas com a produção de dados emetadados geoespaciais.

Perfil:

- Dados fundamentais de referência: são profissionais e técnicos que trabalham diretamente naprodução de dados geoespaciais fundamentais e que sejam habilitados para tal pelos Conselhosreguladores das áreas de engenharia e geociências;

- Dados Temáticos: são profissionais e técnicos que trabalham diretamente na produção de dadosgeoespaciais temáticos socioeconômicos, territoriais e ambientais, e que sejam habilitados pelosConselhos reguladores das áreas afins;

- Dados de Valor Agregado: são profissionais e técnicos que utilizam e geram dados geoespaciaisafetos aos setores regionais, estaduais, municipais, urbanos e outros, com ampla diversidade dedetalhamento temático e de cobertura geográfica, e que sejam habilitados pelos Conselhos reguladoresdas áreas afins; (a ser contemplado no ciclo 2 da INDE)

- Metadados Geoespaciais: são os profissionais que documentam os dados fundamentais dereferência , temáticos e de valor agregado, utilizando perfil de metadados, segundo o padrão ISO 19115, oque permite a utilização de dados e informação geoespaciais de forma consistente.Diretrizes

O conhecimento deverá proporcionar o entendimento necessário para a produção de dados emetadados geoespaciais, de acordo com as normas, especificações técnicas e padrões da CONCAR, parao fomento das ações da INDE.

O fomento de cultura de documentação de dados, por parte dos órgãos produtores de dados einformações geoespaciais, segundo Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil - MGB(CONCAR/CEMG), propiciam o intercâmbio de dados e informações entre os diversos setores, evitandoassim a duplicidade de ações e o desperdício de recursos, propósitos da INDE, conforme disposto naalínea III do artigo 1º do Decreto 6.666 de 27 de novembro de 2008.

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Os produtores devem ser capacitados sobre os benefícios da INDE, sua importância e finalidades,seu funcionamento, suas normas, especificações técnicas e padrões afetos à produção de dados emetadados geoespaciais. Conhecer as atribuições legais e responsabilidade de produção e atualizaçãodos dados e metadados; as características dos processos de geração dos dados, produtos e metadados,com a finalidade de disponibilizá-los no DBDG e SIG Brasil.

Os programas de capacitação devem enfatizar aos produtores de dados, a importância daarticulação e dos acordos de compartilhamento de dados e informações geoespaciais, com os demais

setores da sociedade.Para este público-alvo (nível gerencial, tático e operacional) sugerem-se as temáticas englobando

os módulos: Compreensão Conceitual Básica para a adoção da INDE; Benefícios da adoção da INDE;Normas, especificações e padrões relacionados à produção de dados e metadados; Aplicação de normas,especificações e padrões na geração de dados e metadados; Características dos processos de produçãode dados e metadados geoespaciais para INDE e seus produtos; Prática para produção de dados emetadados geoespaciais para a IINDE, incluindo conversão de dados, que estão propostas na TabelaPrograma de Capacitação e Treinamento da seção 6.4.

Os treinamentos e capacitações deverão ser promovidos, preferencialmente, nas localidades dasinstituições. Poderão ser ministrados no próprio órgão/instituição, em centros de treinamentos definidos

pela CONCAR ou por meio de sistemas EAD.

b.2) Usuários

Perfil

Os usuários são os integrantes de órgãos federais, estaduais, municipais, distrital, dos órgãosadministração direta e indireta (autárquicas ou fundacionais); da iniciativa privada, de organizações civis,as organizações não-governamentais (ONGs) e associações; e cidadãos (usuário comum que não estávinculado a nenhuma organização ou entidade), que utilizam os dados e metadados fornecidos pela INDEpara integrá-los em diferentes aplicações, efetuando análises temáticas e de assuntos diversos, ou

simplesmente utilizar os serviços do geoportal SIG Brasil.

Os usuários são considerados colaboradores para desenvolvimento, enriquecimento e evolução daINDE, tendo papel essencial na geração de dados de valor agregado. Este intercâmbio de informaçõesconstituirá um serviço da INDE, e estas informações serão devidamente certificadas (a ser definido a partirdo ciclo 2).Diretrizes

Os usuários considerados neste item poderão ter acesso à informação, conhecê-la, avaliá-la,adquiri-la, integrá-la e usá-la em diferentes aplicações, promovendo o uso dos dados geoespaciais,materializando assim sua importância em atividades ou projetos que ainda não prevêem a utilização dosdados geoespaciais.

A INDE possibilitará ao setor acadêmico e aos pesquisadores subsídios para estudos e projetos nabusca de soluções criativas para problemas da sociedade, com a utilização de informações e tecnologiasgeoespaciais, bem como para projetos de pesquisa, educação e entretenimento por meio de casos deestudos providos com informações atualizadas e confiáveis.

O setor privado poderá vincular-se de maneira ativa e definida na produção, manutenção, custódia,distribuição e geração de dados de valor agregado nos produtos e serviços de dados e metadadosgeoespaciais. Com acesso e conhecimento dos dados geoespaciais, as organizações fomentariam atransparência do governo e a divulgação de suas atividades.

Os programas de capacitação e treinamento contemplarão conhecimentos e conceitos sobre aINDE, enfatizando os principais aspectos: os benefícios da sua adoção, os princípios, as diretrizes e os

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requisitos gerais necessários, a importância das normas, especificações e os padrões de produção edivulgação de dados e metadados, e as características dos dados, produtos e serviços da INDE.

Esses programas de capacitação exigem a  inserção das seguintes temáticas: explicitação domarco legal da INDE; a importância da gestão, documentação de dados e informações geoespaciais(metadados), e qualidade e confiabilidade (padronização, harmonização e a integração).

A capacitação para este público alvo contemplará: Ênfase nos aspectos e benefícios da adoção da

INDE, nos princípios, nas diretrizes, nos requisitos gerais, em um nível gerencial, tático e operacional;apresentação nas características gerais dos dados, metadados, produtos e serviços da INDE; inserçãodas temáticas de INDE nas instituições de ensino e pesquisa, que estão propostas na Tabela Programa deCapacitação e Treinamento da seção 6.4.

Os treinamentos e capacitações deverão ser promovidos, preferencialmente, nas localidades dasinstituições. Poderão ser ministrados no próprio órgão/instituição, em centros de treinamentos definidospela CONCAR ou por meio de sistemas EAD.

c) Tecnologia

Gerenciamento do DBDG e SIG Brasil

O Decreto nº 6.666 de 27 de novembro de 2008, em seu artigo 1º dispõe em sua primeira alíneaum dos principais objetivos da INDE: “promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais ”. Otexto do decreto torna evidente a necessidade de uma componente da área de Tecnologia de Informaçãoe Comunicação – TIC, para implementação, conforme definido no referido Decreto, do Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais – DBDG: sistema de servidores de dados, distribuídos na rede mundial de computadores, capaz de reunir eletronicamente produtores, gestores e usuários de dados geoespaciais,com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso a esses dados e aos serviços relacionados. 

Para o devido cumprimento deste desígnio, faz-se necessário um conjunto de tecnologias mantidase gerenciadas, em nível operacional, por profissionais capacitados na área de Tecnologia da Informação eComunicação (TIC) e Tecnologia da Informação Geográfica (TIG). Tais profissionais devem comporequipes multidisciplinares em conjunto com os produtores de dados geoespaciais, sendo consideradospúblicos-alvos para os treinamentos da INDE, a fim de manter o gerenciamento de dados e metadadosgeoespaciais e os serviços proporcionados pela INDE disponíveis no SIG Brasil.

Perfil

O público-alvo abordado neste item é composto por profissionais de TIC: administradores de banco de

dados, administradores de redes, analistas de sistemas e desenvolvedores, analistas de suporte;profissionais de TIG: analistas de banco de dados espaciais, analistas de sistemas e desenvolvedores deGeoserviços; e profissionais de segurança da informação.Diretrizes

Os programas de capacitação para este grupo deverão contemplar as demandas deimplementação do DBDG e do SIG Brasil, e os profissionais das áreas de produção de dados emetadados geoespaciais, de acordo com as normas, especificações técnicas e padrões da CONCAR, parao fomento das ações da INDE.

Estes profissionais devem ser capacitados sobre a finalidade e funcionamento da INDE, suas

normas, especificações técnicas e padrões afetos à produção de dados e metadados geoespaciais.Conhecer as características dos processos de geração dos dados, produtos e metadados, com afinalidade de disponibilizá-los no DBDG e no SIG Brasil.

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Os profissionais serão capacitados a desenvolver, implantar, gerenciar, manter e operar o DBDG eSIG Brasil, provendo customizações e desenvolvimento de novas ferramentas, e sistemas de segurançade informação e comunicações, cujos módulos estão propostos na Tabela Programa de Capacitação eTreinamento da seção 6.4.

Os treinamentos e capacitações deverão ser promovidos, preferencialmente, nas localidades dasinstituições. Poderão ser ministrados no próprio órgão/instituição, em centros de treinamentos definidos

pela CONCAR ou por meio de sistemas EAD. 

6.4 - PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

Esta seção tem o objetivo de apresentar o planejamento dos programas de capacitação e treinamentonecessários para implantação e manutenção da INDE.

O planejamento da capacitação e treinamentos tem um horizonte de dez anos, distribuídos em trêsciclos:

Ciclo I: (dois módulos) março de 2010 e final de 2010Ciclo II: Final de 2014

Ciclo III: Final de 2020

No primeiro ciclo, deverão ser executadas as principais ações para implantação da INDE, de talforma que, por ocasião do seu lançamento, estejam disponibilizados no DBDG e SIG Brasil, um conjuntode dados e metadados demandados pelo escopo dos atores definidos no Decreto no 6666/08, e osprogramas de capacitação previstos, apontando as perspectivas de implantação dos próximos ciclos egarantindo assim a percepção de que tal iniciativa tem sustentabilidade.

No segundo ciclo, serão realizadas as ações complementares ao primeiro, de forma que permita amaterialização completa do planejamento de capacitação e treinamento identificados nas linhas de ação.

No terceiro ciclo, serão desenvolvidas atividades que permitam a continuidade sustentável doplanejamento apresentado. Nesta etapa serão desenvolvidas ações de melhoria contínua, aprimoramentodo conhecimento e outras que contribuam para a internalização das temáticas de INDE na culturaorganizacional das instituições e órgãos envolvidos.

Nos três ciclos está prevista a aplicação de processos de avaliação e retroação ouretroalimentação, com intuito de buscar melhoria contínua e ajustes do processo de aprendizagem.

Em função da necessidade de desenvolver e implementar as questões relativas à capacitação e

treinamento nas temáticas afetas à INDE, está prevista a constituição do Grupo de Trabalho deCapacitação e Treinamento de Recursos Humanos (GT Capacitação/INDE/CONCAR). Os integrantesdeste GT deverão ser compostos e indicados por membros da CONCAR.

O GT Capacitação/INDE/CONCAR será constituído por subgrupos de trabalho (SGT) que serãocompostos em função das ações e atividades previstas para serem executadas.

Para auxiliar os trabalhos do GT Capacitação/INDE/CONCAR e de seus subgrupos e para viabilizaro processo de construção da infraestrutura dos programas de capacitação e treinamento, está prevista acontratação de consultoria especializada para algumas ações, que serão descritas no decorrer do texto econsolidadas na subseção relativa aos custos.

A estruturação de capacitação e treinamentos foi planejada para ser desenvolvida em módulos.Esta estratégia permite a adaptação da capacitação e treinamento de acordo com o perfil de cada público-alvo, facilita a estimativa de custos e flexibiliza a sua operacionalização.

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6.4.1 - Estruturação do Programa de Capacitação e Treinamento

A estruturação dos programas de capacitação e treinamento foi baseada na combinação demódulos, como citado anteriormente. Os módulos abordam assuntos em níveis específicos deconhecimentos, que formam grupos afins. Os grupos considerados foram os seguintes:

- Grupo 1 – contempla a sensibilização, a conscientização e a criação de motivação para a adoçãoda cultura de INDE. Este grupo foca na compreensão dos conceitos, princípios, processos decisórios easpectos fundamentais correlacionados para a adoção da INDE, em níveis estratégico (módulo 1a),gerencial, tático e operacional (módulo 1b);

- Grupo 2 – contempla o fomento (módulo 2a) e a instrumentalização (módulos 2b, 2c e 2d) doconhecimento e uso de normas, especificações e os padrões associados na produção e divulgação dedados e metadados utilizados na INDE;

- Grupo 3 – contempla o fomento (módulo 3b) e a instrumentalização (módulos 3c, 3d e 3e) doconhecimento das características dos processos de produção de dados e metadados geoespaciais e

do seu uso. Está incluído neste grupo a abordagem do fomento do conhecimento das características dosdados, metadados, produtos e serviços da INDE (módulo 3a);

- Grupo 4 – contempla a instrumentalização relativa ao desenvolvimento, à implantação, aogerenciamento, manutenção (módulo 4a) e a operacionalização (módulo 4b) da INDE, do DBDG e SIGBrasil;

- Grupo 5 – contempla o fomento da inserção da temática de INDE nas instituições de ensino epesquisa (módulo 5a).

6.4.1.1 - Programas de Capacitação e Treinamento

No Quadro 2, encontram-se as descrições e as durações dos módulos de capacitação etreinamento.

A duração dos módulos foi dimensionada conforme a experiência dos órgãos e instituiçõesenvolvidas na elaboração do Plano de Ação da INDE.

A duração da capacitação nos módulos 3b, 3c e 3e varia de acordo com o nível de conhecimentodos integrantes das instituições, a adequação e estágio de implantação em que se encontra a sua linha deprodução. Para um nível inicial sugere-se a duração estimada em 2 semanas e este tipo de capacitação émais eficaz quando realizada em parceria com órgãos que aderiram à INDE.

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Quadro 2 - Módulos de Capacitação e Treinamento

MóduloDuração

(h)Descrição

1a

2: comintervalo para

explanações edebates dosparticipantes

Estabelecimento da compreensão básica dos conceitos, princípios, processos decisórios e

à adoção da INDE, além de esclarecer e criar a motivação para a adesão, vinculação, partexperiências, e utilização da INDE pelos públicos alvo, em um nível estratégico.

1b

2: comintervalo paraexplanações edebates dosparticipantes

Ênfase nos aspectos e benefícios da adoção da INDE, nos princípios, nas diretrizes e nos tático/ operacional.

2a 6Apresentação das normas, especificações e os padrões associados à produção e à divulgINDE.

2b 48Prática sobre a aplicação das normas, especificações e os padrões associados a serem utfundamentais de referência, manutenção dos serviços da INDE e seu uso

2c 48Prática sobre a aplicação das normas, especificações e os padrões associados a serem uttemáticos, manutenção dos serviços da INDE e seu uso

2d 48Prática sobre a aplicação das normas, especificações e os padrões associados a serem utmanutenção dos serviços da INDE e seu uso

3a 3 Apresentação das características gerais dos dados, dos metadados, dos produtos e dos s3b 6 Apresentação das características dos processos de produção de dados e metadados geoe3c Variável Prática para a produção de dados geoespaciais fundamentais de referência.3d Variável Prática para a produção de dados geoespaciais temáticos.3e Variável Prática para a produção de metadados geoespaciais.4a 105 Prática destinada ao desenvolvimento, implantação, gerenciamento e manutenção do DBD

4b 35 Prática destinada à operação do DBDG e SIG Brasil.

5a 6Fomento à inserção da temática da INDE nas grades curriculares e de projetos, do corpo dpesquisa, objetivando a sensibilização, a conscientização e a preparação dos futuros profiimplementação, manutenção, produção e utilização da INDE.

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No Quadro 3 encontram-se as características principais dos módulos: técnicas, local,instrutores/capacitadores e época.

As técnicas levantadas são consideradas as apropriadas para o propósito de cada módulo, noentanto outras podem ser empregadas de acordo com a necessidade de cada grupo de público-alvo. Estáprevista a realização de cursos e workshops em Congressos, Simpósios e Seminários referentes a algunsmódulos. Estes eventos são oportunidades de promover a visibilidade e a divulgação da cultura de INDE.

Neste planejamento considera-se que a capacitação e treinamento presenciais utilizarão asinstalações a serem definidas pelos membros da CONCAR ou dos próprios órgãos alvo da capacitação,aproveitando a infraestrutura de centros de treinamentos existentes no governo.

A estimativa da quantidade de instrutores estabelecida neste planejamento levou em consideraçãoque vários módulos podem ser realizados simultaneamente, além de viabilizar a previsão de custos.

Será constituído um Subgrupo de Trabalho de instrutores, no âmbito do GTCapacitação/INDE/CONCAR. Os instrutores irão ministrar os módulos presenciais e capacitar novosinstrutores. Estes instrutores serão técnicos das esferas governamentais. Esta ação deverá ser executadaaté março de 2010. Está previsto também que o coordenador e os tutores que irão gerenciar o sistemaEAD de capacitação e treinamento da INDE e ministrar os módulos à distância, respectivamente, deverão

ser capacitados através de serviços contratados de formação de coordenadores e tutores EAD. Esta açãodeverá ser executada até final de 2014, de preferência até 06 (seis) meses antes do final do 2º ciclo.

A época para realização dos módulos deverá seguir o calendário previsto pela CONCAR. Estaprevisão depende da materialização das fases de capacitação dos instrutores e do preparo dos recursospedagógicos e didáticos de apoio.

No Quadro 4 constam os programas de capacitação e treinamento indicados para cada público-alvo e seus ciclos de disponibilização. 

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Quadro 4: Programas de Capacitação e Treinamento

Componentes daINDE Divisões Público-Alvo Módulos

Institucional/ Normase Padrões

Gestores e Normase Especificações Gestores (Estratégico) 1a, 5a

Dados

Produtores(Gerencial, Tático e

Operacional)

Fundamentais de Referência 1b, 2a, 2b, 3b, 3c

Temáticos 1b, 2a, 2c, 3b, 3d

De valor agregado 1b, 2a e 3a

Metadados 1b, 2a, 2d, 3b, 3e

Usuários(Gerencial, Tático e

Operacional

Administração Direta e Indireta 1b, 3a

Educacional 1b, 3a, 5a

Sociedade Organizada 1b, 3a

Cidadão 1b, 3a

TecnologiaGerenciamento

da INDE

Profissional de Segurança da Informação eComunicação 1b, 2a, 3a, 4a

Profissionaisde TIG

Analista de BD Espacial 1b, 2a, 3a, 4a, 4bAnalista de geoserviços 1b, 2a, 3a, 4a, 4b

Desenvolvedores de geoserviços 1b, 2a, 3a, 4a, 4b

Profissionalde TIC

Administrador de BD 1b, 2a, 3a, 4a, 4bAdministrador de Rede 1b, 4a, 4b

Analista de Suporte 1b, 4a, 4bAnalistas de Sistemas 1b, 2b, 3a, 4aDesenvolvedores 1b, 2b, 3a, 4a

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O conteúdo programático dos módulos será estruturado por um subgrupo de trabalhoconstituído no âmbito do GT Capacitação/INDE/CONCAR. A estruturação e geração do conteúdoprogramático serão realizadas por intermédio de reuniões técnicas com profissionais especialistas,disponibilizando os conteúdos dos assuntos desenvolvidos em sua totalidade, sem preocupações

com forma, dinâmica pedagógica, e outros.

Quanto à estruturação do conteúdo programático dos módulos referentes ao desenvolvimento,à implantação, ao gerenciamento, à manutenção e à operação do DBDG e do SIG Brasil, estáprevista a contratação de consultoria especializada para auxiliar o subgrupo de trabalho na suaestruturação.

Todos os conteúdos programáticos deverão estar disponibilizados na primeira etapa do 1ºciclo (março de 2010), com exceção dos relativos aos módulos EAD. Quanto aos dados e

metadados temáticos, caso haja demanda, poderá ser incluído no 1º ciclo a disponibilização deprogramas de capacitação e treinamento específicos, dependendo de cada área temática.

A dinâmica pedagógica, a formatação do conteúdo programático e o material didático de todosos módulos deverão ser confeccionados por serviços especializados contratados. A CONCARdeverá constituir subgrupos de trabalho no âmbito do GT Capacitação/INDE/CONCAR, compostospor profissionais especializados para orientar e acompanhar os trabalhos contratados.

O conteúdo programático formatado deverá ser disponibilizado de forma organizada,

inteligível e didática para o público a que se destina em acordo com a mídia de sua apresentação, aser validada pelo GT Capacitação/INDE/CONCAR, e para sua posterior reprodução como materialdidático. O material didático dos módulos deverá estar disponibilizado na primeira etapa do 1º ciclo(março de 2010), com exceção aos módulos referentes a dados e metadados temáticos (caso hajademanda, poderão ser incluídos no 1o ciclo) e aos módulos EAD.

Considerando as atividades levantadas até o presente momento e para consolidar a primeiraaproximação da estrutura de subgrupos do GT Capacitação/INDE/CONCAR, foi organizada aQuadro 5. Com o decorrer dos trabalhos do GT Capacitação/INDE/CONCAR, outros SGT podem sercriados.

Cabe ressaltar que as atividades relacionadas à capacitação e treinamento se agrupam emtemáticas e que, cada SGT é formado para executar uma ou mais atividades. Pode ocorrer quedeterminado subgrupo indicado na Quadro 5 exerce mais de uma atividade indicada, ou seja, quedois ou mais subgrupos se juntem em um só, dependendo do volume de trabalho inerente daatividade. Portanto, no Quadro.5 há uma primeira aproximação dos SGT. Em função destasatividades e das necessidades do momento, os SGT podem ser constituídos e desconstituídos.

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Tabela 6.5 – Estrutura inicial de subgrupos do GT Capacitação/INDE/CONCARTemáticas deCapacitação eTreinamento

Subgrupos do GTCapacitação/INDE/CONCAR Observações

Infraestrutura deCapacitação eTreinamento

SGT para estruturar e fornecer o

conteúdo programático dosmódulos e orientar e acompanharos trabalhos contratados (SGTConteudistas) 

Previsto o auxílio de consultoriaespecializada para estruturação doconteúdo dos módulos referentes àDBDG e SIG Brasil

SGT para orientar e acompanharos serviços contratados pararealizar a formatação do conteúdoprogramático dos módulos(presencial e EAD)

Prevista contratação de consultoriaespecializada para realizar aformatação do conteúdo programáticodos módulos

SGT para orientar e acompanharos serviços contratados para a

reprodução do material didáticodos módulos (presencial e EAD)

Prevista contratação de consultoriaespecializada para realizar a

reprodução do material didático dosmódulos

Divulgação

SGT para planejamento eviabilização de previsão de cursose workshops em Congressos,Simpósios e Seminários.

Desenvolver peças de divulgação emini cursos para eventos (SGT

Divulgação)

Formação deMultiplicadores

SGT de instrutores

- Composto por técnicos das esferasgovernamentais.- Prevista a contratação dos serviços deformação de coordenadores e tutoresEAD

Gestão doConhecimento

na INDE

SGT para orientar e acompanharos serviços contratados para aestruturação de um sistema deapoio à gestão do conhecimentoe procedimentos deretroalimentação

Prevista contratação de consultoriaespecializada para a estruturação deum sistema de apoio à gestão doconhecimento, preparo doadministrador e trabalhadores doconhecimento do sistema eestabelecimento de procedimentos deretroalimentação

EAD na INDE

SGT para orientar e acompanharos trabalhos de disponibilizaçãoda infraestrutura de ensino à

distância(SGT EAD) 

Prevista o fomento da participação deórgãos e instituições que possuamcultura EAD para disponibilização da

infraestrutura de ensino a distância

6.4.1.2 - Considerações sobre os Programas de Capacitação e Treinamento à Distância (EAD)

O desenvolvimento e a implantação da estrutura do sistema EAD e das suas funcionalidades,dos módulos de capacitação e treinamento, deverão ser realizados por órgãos e instituições quepossuam cultura EAD, diretamente ou por intermédio de parcerias.

A CONCAR deverá constituir um subgrupo de trabalho para orientar e acompanhar ostrabalhos.

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A estrutura de um sistema EAD e a equipe mínima necessária foram descritos na seção 6.1.3.Os custos para estruturação do sistema EAD estão descritos na seção 6.4.1.5.

6.4.1.3 - Considerações sobre o Sistema de Apoio à Gestão do Conhecimento

Está prevista a contratação de serviço especializado para desenvolver e implantar um Sistemade Apoio à Gestão do Conhecimento, para documentação, gerenciamento, consulta e análise dasexperiências geradas na adoção, evolução e uso da INDE. A CONCAR deverá constituir umsubgrupo de trabalho para orientar e acompanhar os trabalhos contratados.

O preparo do administrador e dos trabalhadores do conhecimento do Sistema de Apoio àGestão do Conhecimento, que integrará a INDE, deverá ser viabilizado através de contratação dosserviços especializados de formação.

Os custos para estruturação do sistema estão descritos na seção 6.4.2.

6.4.2 - Custos Estimados para os Programas de Capacitação e Treinamento

Para que seja viabilizada a implantação da INDE, faz-se necessária a criação de uma açãoorçamentária, sob pena da falta recursos e a conseqüente paralisação do Projeto. Dessa forma, é necessárioque todas as variáveis sejam bem planejadas e seus custos estimados o mais próximo da realidade possível.

A linha de pensamento norteadora do planejamento foi a de que os recursos humanos e materiais jáexistentes na administração pública federal sejam utilizados exaustivamente, inclusive com a realização deparcerias institucionais. Assim, 4 ações propostas têm custos tão pequenos que podem ser suportados pelosórgãos/entidades envolvidos, não impactando nos seus orçamentos. Estas ações são as seguintes:

- Ação 1: constituir o Grupo de Trabalho de Capacitação e Treinamento de Recursos Humanos (GTCapacitação/INDE/CONCAR), no âmbito da INDE/CONCAR, que deverá compor a estrutura deGestão e Coordenação da INDE;

- Ação 2: constituir um Subgrupo de Trabalho (SGT) para estruturar e fornecer o conteúdoprogramático dos módulos;

- Ação 7: prever cursos e workshops em Congressos, Simpósios e Seminários referentes aosmódulos 1a, 1b, 2a, 3a e 3b e constituir um SGT para organizar a estruturação e viabilização daação;

- Ação 8: constituir um SGT de instrutores.

6.4.2.1 - Premissas Assumidas para Apoiar os Cálculos

Todo planejamento contém uma margem de erros, a qual deve ser minimizada ao máximo. Para aassunção de variáveis não conhecidas até o momento, partiu-se das informações apresentadas nas Tabelas6.2, 6.3 e 6.4 e de outros dados conhecidos:

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• Quantidade de horas para a totalidade dos módulos: 543 (presencial e EAD) horas e 25 horas (sóEAD);

• Para os módulos 3d, 3c e 3e, foram consideradas 7 horas por dia, incluindo a metade da jornadado sábado (4 horas). Foram previstas duas semanas intercaladas por um intervalo, a critério da

organização do treinamento;• Para o módulo 4a, foram consideradas 7 horas por dia, em 5 dias de treinamento. Foram

previstas três semanas intercaladas por um intervalo, a critério da organização do treinamento;• Valor médio da diária dos servidores públicos federais: R$ 160,00;• Concentração dos Órgãos/Entidades envolvidos com a implantação da INDE: Região Sudeste e

Centro-Oeste;• Maior vencimento básico da administração pública federal: cerca de R$ 7.900,00 (projeção de

alguns salários aprovados por lei, em 2008, para serem pagos a partir de julho de 2010);• Quantidade de Órgãos/Instituições envolvidos ou interessados na implementação da INDE: cerca

de 196 órgãos ou instituições. Este levantamento considera todos os Ministérios e seus órgãosdesconcentrados e vinculados, que desenvolvam atividades relacionadas ao geoprocessamento.Além disto, foram consideradas duas Universidades por unidade da federação e seis

Universidades de Engenharia Cartográfica;

Seguem outros dados necessários aos cálculos, os quais foram estimados com base nos dadosconhecidos:

• Para cada hora de treinamento foram calculadas 2 (duas) páginas de material escrito;• Foi estabelecido que as equipes de instrutores seriam deslocadas para os locais onde há a maior

concentração de envolvidos ou interessados. No 1º ciclo (dados fundamentais de referência), ostreinamentos seriam concentrados em dois locais e no 2º ciclo (dados temáticos), por havermaior número de envolvidos ou interessados, os treinamentos seriam concentrados em quatro

locais. Como a maioria desse público concentra-se nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, foiadotada uma distância média de deslocamento de 1.500 km, o que resulta em um valor médio depassagens de R$ 500,00 por trecho;

• Para os módulos com duração de mais de uma semana (3c, 3d, 3e e 4a) está prevista aexecução em duas etapas, podendo ser seqüencial ou realizando um intervalo de tempo;

• O Art 76-A, da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 permite a Gratificação por Encargo deCurso ou Concurso e é devida ao servidor que, em caráter eventual atue como instrutor em cursode formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito daadministração pública federal. O valor máximo da hora trabalhada corresponderá ao percentualde 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) incidentes sobre o maior vencimento básico daadministração pública federal. Portanto, essa gratificação foi calculada em R$ 173,80;

• Foi considerado que cada módulo à distância será aplicado 10 vezes, para o 2º ciclo;•

O conteúdo programático, elaborado pelo pessoal técnico necessita de formatação para torná-lomais inteligível ao público, tanto na modalidade presencial, quanto na modalidade à distância.Para realizar tal serviço seria necessária a contratação de serviço especializado. Emlevantamento sumário de preços, constatou-se o seguinte valor: R$ 166,00 por página formatada;

• Na modalidade EAD, deve ser acrescentado ao valor da formatação do conteúdo programático ocusto com o desenho instrucional (aspectos didáticos e pedagógicos) e o design gráfico (ondeentram as figuras, tabelas, gráficos etc). Considerando que este valor seja aproximadamente omesmo da própria formatação (dobraria o valor da formatação do conteúdo EAD);

• Foi estimada também a reprodução de 600 exemplares (em torno de 3 exemplares por órgãocapacitado) para serem distribuídos. Obviamente a quantidade poderá ser maior, mas essademanda poderá ser suprida com a disponibilização do material em meio digital para impressão.A distribuição de material impresso será realizada apenas nos módulos presenciais;

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• A pretensão é capacitar os 196 órgãos ou instituições com a aplicação dos módulos durantes as6 visitas (1º e 2º ciclos), inclusive;

• Em levantamento de preços, constatou-se o valor médio de mercado de R$ 0,3 para reproduçãode uma página em larga escala;

• O valor médio de mercado pesquisado para um curso de formação de coordenadores e tutoresde EAD é R$ 440,00 por treinando. No calculo, será considerado o numero de 30tutores/instrutores (30*440=13.200);

• A estrutura, desenvolvimento e aplicação do curso EAD, que em média tem 30 horas, custa emtorno de R$ 89.000,00, segundo pesquisa de mercado;

• Para a viabilização do ensino à distância há necessidade de se buscar parcerias com outrosÓrgãos/Entidades que já disponham de uma infraestrutura de EAD;

• Em média o mercado cobra R$ 9.000,00 por hora/curso EAD, para cursos estruturados com flashe áudio. Considerando que são 25 horas de curso EAD na INDE, tem-se 25 * 9.000,00 =225.000,00. Para customizar o ambiente virtual de aprendizagem e instalação de rede o custofica em R$ 35.000,00, segundo pesquisa de mercado. Portanto, o custo total para estruturar,gerenciar, implementar e disponibilizar cursos em ambiente virtual de aprendizagem (EAD) ficaem R$260.000,00.

O valor mínimo de custos a serem disponibilizados no 1º ciclo para modelagem e início dodesenvolvimento dos componentes do Sistema de Apoio à Gestão do Conhecimento foi avaliadoem R$ 500.000,00.

Para uma contextualização, foi relacionado na Tabela 6.6 o valor médio dos custos por cada atividadeconsiderada.

Quadro 6 – Custos de capacitação e treinamento por atividade.

Atividade Custo ParcialEstimado (R$)

Custo Final Estimado(R$)

Deslocamento dos Instrutores(Diárias e Passagens)

Órgãos relacionados 1ºciclo (dados

fundamentais dereferencia)

103.200,00 309.600,00

Órgãos relacionados 2ºciclo (dados temáticos) 206.400,00

Retribuição para os Instrutores(Gratificação por Encargo deCurso ou Concurso)

1º ciclo377.493,60 1.219.381,00

2º ciclo 754.987,20EAD 86.900,00

Formatação dos ConteúdosProgramáticos do Módulo (Linhade ação 4)

EAD16.600,00

196.876,00

Presencial 180.276,00Reprodução do Material Didático

(Linha de Ação 5)-

195.480,00

Capacitação de coordenador e tutores EAD(Linha de Ação 9) - 13.200,00

Estrutura, desenvolvimento e aplicação do curso EAD - 89.000,00Estruturar, gerenciar, implementar e disponibilizar cursos emambiente virtual de aprendizagem (EAD) - 260.000,00

Modelagem e início do desenvolvimento dos componentesdo Sistema de Apoio à Gestão do Conhecimento(Linha de Ação 11)

- 500.000,00

TOTAL 2.783.537,00

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As seguintes ações necessitam de mais dados para precificação:

- Ação 3: Contratar consultoria especializada para auxiliar o SGT na estruturação do conteúdoprogramático dos módulos referentes ao desenvolvimento, à implantação, aogerenciamento, à manutenção e à operação do DBDG e SIG Brasil. As ações detreinamento que estejam relacionadas com a implantação do portal e do DBDG devem

ser detalhadas por especialistas na área de TIC e TIG.;- Ação 6: Fomentar a participação de órgãos e instituições que possuam cultura EAD para

disponibilização da infraestrutura de ensino a distância;- Ação 10:Elaborar os conversores de dados (fundamentais de referência e temáticos) e de

metadados (customização do geonetwork ).

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CAPÍTULO 7

DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO

7.1 - INTRODUÇÃO

Atualmente há um reconhecimento crescente de alguns desafios da sociedade moderna, tais como: aproteção ao meio ambiente, as questões de segurança e saúde, a melhoria das obras de infraestrutura e odesenvolvimento que exigem que se identifique onde é maior a pressão da necessidade, que meios sãonecessários para visar eficazmente a intervenção, monitorizar resultados e avaliar impactos.

Para todas estas tarefas, a informação geográfica (IG) é crucial. Tal informação deve não somenteexistir, mas deve ser fácil identificar onde é possivel obtê-la, se é adequada ao uso concreto, saber comopode ser acessada, e se pode ser integrada com outra informação. É, por conseguinte, necessárioimplementar um quadro de políticas, acordos institucionais, tecnologias, dados e pessoal, que torne possívelcompartilhar e utilizar eficazmente a informação geográfica. Daí os esforços de diversos países naconstituição de suas Infraestruturas de Dados Espaciais – IDE. Desde de 2008, o Brasil vem nesse esforço deforma objetiva, tendo refletido sobre essa necessidade desde o planejamento estratégico da CONCAR em2005. Naquela ocasião a CONCAR estabeleceu como visão de futuro: entidade capaz de assegurar umSistema Cartográfico Nacional de excelência, que garanta a atualidade e integridade da InfraestruturaNacional de Dados Espaciais (INDE).

Ao focarmos nas ações para a implantação da INDE, deverá buscar a garantia da sua sustentabilidade.Para tanto, há necessidade de uma reflexão na forma de comunicar toda a sociedade sobre a iniciativa deorganização da informação geográfica, mostrando a importância dessa organização na elaboração depolíticas públicas, bem como na evolução do conhecimento da sociedade.

Para que haja comunicação é necessário que o agente transmissor tenha a mesma linguagem doagente receptor, caso contrário, não se entenderão e não haverá compreensão e nem comprometimento

(MODERNO, 2009). Por isso é que a comunicação é o processo por meio do qual as pessoas adquiremcompreensão e comprometimento com processos de mudança. E para dar suporte aos processos demudança, a comunicação desempenha dois papéis fundamentais:

INFORMAÇÃO - Provendo às pessoas as informações de que necessitam para compreender oprocesso de mudança e se adaptarem ao novo.

PERSUASÃO - Posicionando a mudança como algo desejável e alcançável. A exata medida entreinformação e persuasão depende das necessidades e reações do público-alvo.

O quadro abaixo racionaliza o processo de construção da comunicação em três fases fundamentais:preparação, aceitação e comprometimento. Na fase da preparação o produto deve ser apresentado ao

público-alvo de forma clara, mostrando suas potencialidades; na segunda fase, aceitação, será mostrado queo “novo produto” trará benefícios para os usuários e produtores, valorizando os aspectos positivos damudança, para enfim consolidar a  terceira fase,  comprometimento, onde há o envolvimento institucionalefetivo com participação ativa dos envolvidos contribuindo com ideias e meios de forma a consolidar amudança proposta. A partir daí todos os envolvidos são atores do projeto de comunicação trazendo suasexperiências propostas para orientação de rumo e casos de sucesso.

Em cada etapa, se o trabalho não for realizado corretamente pode gerar uma visão negativa edeturpada do produto que quer divulgar, gerando frustração e perda de tempo e dinheiro.

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Um plano de comunicação efetiva impulsiona a ação das pessoas, e para a sua execução é necessárioampliar as funções e possibilidades da comunicação aumentando a eficácia dos processos comunicacionaisque perpassam o ambiente interno e auxilia a consolidação da missão, dos objetivos e a obtenção deresultados da organização (ARANTES, 1998). Devendo, portanto, a seguinte abordagem

Fonte: MLS Comunicações (2006)

Cria “Consciência” - associa a compreensão quanto a “O quê” está acontecendo e “Quando”acontecerá.

Cria a Compreensão - associa a compreensão quanto a “Porque” está acontecendo e “Como”acontecerá.

Desenvolve o Comprometimento - Quem entende “O quê”, “Quando”, “Porque” e “Como” torna-se maisenvolvido.

Impulsiona a Ação - O comprometimento com as iniciativas em andamento impulsionará aperformance das pessoas e do Projeto.

7.2 - OBJETIVOO objetivo do plano é fazer com que todos os usuários potenciais e a sociedade em geral tenham

conhecimento da existência da INDE e do portal SIG Brasil, suas diretrizes, critérios e regras defuncionamento e fornecer informações para o público brasileiro sobre a Infraestrutura Nacional de DadosEspaciais - INDE, sua importância e abrangência.

7.3 - METAS

• Conscientizar o público-alvo dos benefícios da criação da INDE, da adoção de padrões e do usocompartilhado de informações e dados geoespaciais.

I. Contact 

II. Awareness of Change

III. Understand the Change

IV. Positive Perception

V. Installation

VI. Adoption

VII. Institutionalization

VIII. Internalization

Preparation Phase 

Acceptance Phase 

Commitment Phase 

Desconhecimento  Confusão PercepçãoNegativa

Decisão de nãoApoiarinstala ção

Mudança abortadaapós utiliza çãoinicial

Mudan ç a abortadaap ó s extensivautiliza ç ão 

Commitment Threshold 

Disposition Threshold I. Contato Inicial 

II. Familiariza ç ão com a Mudanç a

III. Compreensão da Mudan ça

IV. Percepção Positiva

V. Instalação

VI. Adoção

VII. Institucionaliza ção

VIII. Internaliza ção

Fase dePrepara ção

Fase deAceita ç ão

Fase doComprometimento 

Fronteirado Comprometimento 

Fronteira

da Disposi ç ão 

 GR A  U 

D E  S  U P  OR T E À 

M

 U D A N  Ç A 

TEMPO 

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• Promover a utilização de dados e informações geoespaciais produzidas pelas instituições e órgãospúblicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões homologados pela ComissãoNacional de Cartografia – CONCAR.

• Divulgar as normas e regras para a difusão e disponibilização de dados e informaçoes geoespaciais noportal SIG Brasil, valorizando as experiências e casos de sucesso na implementação da INDE noBrasil e no exterior.

• Incentivar a utilização do portal SIG Brasil.

4. Diretrizes para uma Comunicação Efetiva

• Ser específica com relação aos objetivos

• Usar linguagem adequada ao público-alvo

• Criar a demanda por comunicação

• Não esperar o “momento certo”

• Tornar a comunicação uma prioridade da liderança

• Definir e compreender os públicos-alvo.

• Compreender que a ação e o exemplo são as formas mais efetivas de comunicação

• Entender que a comunicação começa de cima, porém deve envolver todos os níveis.

• Não subestimar o poder das redes informais.

• Utilizar todos os canais e oportunidades possíveis. Utilização excessiva de um único canal agrega um

valor limitado.

5. Estratégias

Há certos elementos essenciais para qualquer estratégia de comunicação e eles devem serincorporados na implementação da INDE e na criação do portal SIG Brasil:

• Um esforço direto que começa no topo da organização – comunicações eficazes necessitam deenvolvimento e suporte de todos os níveis da organização.

Consistência na mensagem passada – todas as comunicações precisam dizer a mesma coisa. O queé dito pode ter certo grau de variação nos detalhes, mas deve ser essencialmente a mesmamensagem.

• Ser cuidadosamente planejada, detalhada e efetivamente executada – as ações de comunicaçãofazem parte da rotina do trabalho e devem ser planejadas e orçadas como tal.

• Ser um esforço coordenado dentro e fora da organização – o que está sendo dito dentro daorganização deve ser consistente com o que está sendo dito fora da organização.

• Devem ser cuidadosamente programadas – é importante assegurar-se que os canais usados podemcumprir com o compromisso no momento em que se precisa que o façam.

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• Deve ser multinível, com a mesma mensagem elaborada adequadamente para segmentos específicosda população – segmentos diferentes da sociedade têm níveis de formação diferentes, antecedentes equestões culturais que ditam como a mensagem deve ser elaborada.

• Deve ser orientado para receber retorno – ter um avaliação sobre a INDE retornando é de importânciavital e é um método importante para medir o sucesso e reabastecendo o desenvolvimento.

6. Acompanhamento e Avaliação

O processo de avaliação será de caráter permanente e desenvolverá as seguintes atividades:

• Pesquisas de opinião sobre o uso, satisfação e demandas não atendidas Elaboração de relatórioidentificando medidas corretivas e de adequação necessárias.

• Aplicação de medidas corretivas e de adequação nas respectivas estratégias e ações de difusão edivulgação.

7. Público-alvo

•  Gestores – São os ocupantes dos cargos de direção e gerência de instituições ou órgãos identificadoscomo atores da INDE.

Produtores e usuários – São os técnicos e estudantes que produzem e/ou utilizam dados e informaçõesgeoespaciais.

•  Academia – São os profissionais de ensino, técnico ou superior, de disciplinas/cursos relacionados aotema e empresas de desenvolvimento de tecnologias geoespaciais.

•  Imprensa – Jornalistas e representantes de veículos de comunicação.

•  Sociedade organizada - Segundo Marx (2006), “é uma parte da sociedade civil que se organiza naluta por maior inserção na atividade política, legitimada, principalmente, pela ocorrência de duasdeterminantes: a impossibilidade de resolução dos grandes problemas, que hoje assolam ahumanidade, através de ações apenas governamentais ou de mecanismos de mercado; e em funçãoda atual situação de descrédito nos sistemas de representação política”. Enquadram-se nestacategoria, as Organizações Não-Governamentais (ONG); 

•  Cidadão - Usuário comum que não está vinculado a nenhuma organização ou entidade.

8. Ações para implementação do Plano de Comunicação

Para a execução das ações de difusão e divulgação, é recomendável que se contrate uma empresa decomunicação, com experiência em assessoria de imprensa,  comunicação interna, realização de eventos ecriação e manutenção de sítios eletrônicos.

Durante todo o processo, é fundamental a participação presencial em seminários, congressos, fóruns,workshops , além de estandes da INDE em feiras e exposições.

As ações de comunicação foram planejadas de acordo com a fase de execução do projeto, específicaspara cada público-alvo , lembrando sempre que realização das ações dependem da disponibilidade derecursos conforme indicado no Capítulo 8.

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Além das ações de divulgação relacionadas abaixo, existem ações relativas às capacitações etreinamentos que serão apoiados por ações de difusão e divulgação específicas (envio de convites, revisão ereprodução de material pedagógico e didático, criação de certificados, crachá, e outros).

O conteúdo de difusão e divulgação deve conter informações sobre a INDE, sua função e importânciapara o conhecimento aprofundado acerca do território nacional, a fim de nortear a atuação governamental e

para dar à sociedade um real conhecimento do País.

Ademais, na divulgação é importante ressaltar a contribuição de todos os órgãos e entidades dasesferas Federal, Estadual, Distrital e Municipal com a disponibilização de seus dados e informaçõesgeoespaciais, objetivando consolidar a INDE e o Portal SIG Brasil.

A responsabilidade sobre a supervisão das ações de divulgação deve ser do Grupo de Trabalho (GT) deDivulgação, ligado ao Comitê da INDE dentro da CONCAR.

• Criação e o desenvolvimento de uma logomarca para a INDE, que estará presente em todas as açõese peças de comunicação.

• Inventário de destinatários para a elaboração e manutenção de um banco de dados com os contatosdos públicos-alvo (mailing list). Gestores, Produtores e Usuários, Formadores e Imprensa. 

• Produção de material institucional e informativo, como folder, panfleto, cartilha, cartaz, brinde, materialpromocional e informativos digitais.

• Instalação de estande da INDE em feiras e exposições.

• Promoção de eventos, palestras e apresentações em seminários, congressos, fóruns, workshops , eminstituições e órgãos de governo, com universidades, e com organizações e entidades representantesda sociedade.

• Publicação de artigos em revistas, jornais e sites especializados de geografia, cartografia egeotecnologias. E em periódicos de Informação Pública, da área educacional, de saúde, entre outras.

• Definir as mídias a serem utilizadas em função da dispersão do público alvo e seus vários níveis deconhecimento;

• Criar um fórum para discussões e esclarecimentos

• Produzir vídeos técnico/motivacional e institucional sobre a INDE e seus benefícios e aplicações.

1o ciclo – Módulo 1 - Da aprovação do plano até o lançamento da versão 1 do portal SIG Brasil

EVENTO DE LANÇAMENTO DA INDE

Realização de um grande evento/cerimônia de lançamento do portal SIG Brasil em outubro de2009, em Brasília, com a participação de representantes dos atores da INDE, autoridades,sociedade civil e imprensa. O objetivo maior desse pré-lançamento e dar conhecimento a todosos sobre o que é a INDE, os benefícios que a mesma trará para toda a sociedade, a economiade recursos e, com isso, conseguir a adesão de participação das altas esferas de governo.Serão assinados acordos de adesão ao movimento, priorizando os atores fundamentais. O foconesse primeiro momento são os atores federais mas, estados e municípios já estarão tomandoconhecimento e sendo motivados a fazerem parte desse grande Projeto.

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1. público-alvo: gestores

abordagem/conteúdos: compreensão básica dos processos decisórios e fundamentais para a implantação daINDE. Focar na importância da INDE, grandiosidade do projeto (metas, recursos, planejamento no PPA) eengajamento necessário para o sucesso de construção da INDE brasileira.

Mídias/ações: distribuição de folderes, envio de e-mails personalizados, realização de seminárioseducacionais e workshops  para intercâmbio de informações entre atores. Envio de material explicativo(apresentações, tutoriais, textos) sobre a INDE para divulgação interna na instituição.

2. público-alvo: produtores e usuários

abordagem/conteúdos: educativa, para a preparação dos profissionais que estejam trabalhando naimplantação da INDE, destacando a importância dos padrões (referencial, dados e metadados, capacitação einstrumentalização).

mídias/ações: envio de e-mails personalizados, cadastramento de usuários e divulgação de tutoriais edocumentos de referência no site da CONCAR.

3. público-alvo: imprensa

abordagem/conteúdos: informativa, focando na importância da INDE e suas aplicações e utilidade (dimensãoe conceito).

mídias/ações: press releases, convites para acompanhamento de seminários para gestores.

1o ciclo – Módulo 2 - Do lançamento da versão 1 até o lançamento até da versão 2 do Portal do SIGBrasil

EVENTO DE LANÇAMENTO DO GEOPORTAL – versão 1

Realização de um evento/cerimônia de lançamento do portal SIG Brasil, com a participação derepresentantes dos atores da INDE, autoridades, sociedade civil e imprensa.

1. público-alvo: gestores

abordagem/conteúdos: incentivo para visitar, difundir e divulgar o portal nas instituições ou órgãos.

mídias/ações: envio de e-mails personalizados, considerando dois grupos de gestores: os que já estão com os

dados de sua instituição ou órgão no portal e os que ainda não estão. Envio de material explicativo(apresentações, tutoriais, textos) sobre o portal SIGBrasil para difusão e divulgação interna na instituição.

2. público-alvo: produtores e usuários

abordagem/conteúdos: incentivo ao uso do portal SIG Brasil e sugerir melhorias e contribuições com oaperfeiçoamento do portal.

mídias/ações: envio de e-mails personalizados. Atendimento aos questionamentos dos usuários através deemail institucional.

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3. público-alvo: formadores

abordagem/conteúdos: divulgação dos serviços disponíveis no portal e incentivo aos futuros produtores dedados ao uso do portal.

mídias/ações: envio de e-mails personalizados. Envio de material explicativo (apresentações, tutoriais, textos)

sobre o portal SIGBrasil para difusão e divulgação interna na instituição ou órgão.

4. público-alvo: imprensa

abordagem/conteúdos: informativa, focando na importância do portal, os serviços e informações disponíveis,suas aplicações e utilidade (dimensão e conceito).

mídias/ações: press release, convite para evento de lançamento.

2o ciclo – Manutenção do portal SIG Brasil – 2011 a 2014

EVENTO DE LANÇAMENTO DO GEOPORTAL – versão 2

Realização de um evento/cerimônia de lançamento do portal SIGBrasil, com a participação derepresentantes dos atores da INDE, autoridades, sociedade civil e imprensa.

• Atendimento on-line• Envio permanente de newsletter  • Participação em eventos• Desenvolvimento de materiais de divulgação 

3º ciclo - Manutenção do portal SIG Brasil – 2015 à 2020

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Referências Bibliograficas

ARANTES, Nélio. Sistemas de gestão empresarial . 2ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.Marx, I. C. Sociedade civil e sociedade civil organizada: o ser e o agir . 2006. Disponível emhttp://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8257 acesso em 22 de fevereiro de 2009MLS Comunicações, 2006.

MODERNO, Claudia. Do conceito de comunicação ao conceito de publicidade e marketing . Disponível em<http://www.ipv.pt/forumedia/f2_idei6.htm> Acesso em 15 de abril de 2009.

Recomendações de actuação GINIE: Rede Europeia de Informação GeográficaIST-2000-29493

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CAPÍTULO 8

PLANO DE AÇÃO DA INDE

8.1 - Os atores essenciais da INDE

Na concepção de uma estratégia de implantação para a INDE, é preciso levar em conta que osatores envolvidos neste processo estão ligados a entidades com diferentes perfis e demandas, a saber:entidades governamentais, academia, setor privado e sociedade. O universo constituído por estes quatrogrupos compreende: os produtores e/ou provedores de dados e informações geoespaciais (IG), os gestores eos usuários de IG e serviços associados. Uma mesma organização pode exercer um ou mais destes papéis.

Produtores, provedores e gestores oficiais de IG, no Brasil, são encontrados no conjunto dasentidades governamentais nos três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Não obstante, o DiretórioBrasileiro de Dados Geoespaciais – DBDG, conforme definido no Decreto nº 6.666/08, só poderá sermaterializado se os produtores, provedores e gestores de IG ligados ao governo federal – oficiais ou não – se

envolverem diretamente na sua implementação. Alguns destes órgãos já vêm participando da elaboraçãodeste Plano de Ação. Os que ainda não aderiram a esta iniciativa terão a oportunidade de fazê-lo durante aexecução do Plano.

Cabe lembrar que o objetivo maior do projeto da INDE é a democratização da IG em todos osníveis de governo, a começar pelo setor federal. Daí a importância de se manterem as portas abertas paranovas adesões ao movimento. Este princípio deverá ser observado ao longo de todo o processo deimplantação da INDE.

O destaque dado aos órgãos do governo federal neste momento tem como justificativa o fato do MarcoLegal da INDE, o Decreto nº 6.666/08, determinar o compartilhamento e divulgação de dados geoespaciaissomente para os órgãos do Poder Executivo federal (ver Capítulo 2 – Seção 2.3). Não obstante, os órgãos

ligados a outros níveis de governo serão incentivados a participar e poderão aderir ao processo deimplementação da INDE em qualquer estágio da mesma, desde que estejam preparados para tanto em suacapacidade de publicação e manutenção de conteúdo e serviços, com recursos próprios.

No Plano de Ação, serão chamados atores essenciais da INDE os órgãos ligados ao governofederal que sejam produtores e/ou gestores de dados fundamentais e/ou dados temáticos, de referência ounão, e/ou dados de valor agregado, conforme os conceitos, informações e definições apresentados nosCapítulos 1, 3 e 4. Cabe ressaltar que tal definição é apenas uma classificação sugerida, não indicandoqualquer tipo de precedência ou prioridade entre os atores.

Os atores essenciais correspondem às entidades do governo federal mantenedoras de acervosde IG que, por sua natureza, abrangência, acuidade, atualidade, usabilidade e confiabilidade, sejam úteis e

relevantes na formulação de políticas públicas que não possam prescindir da dimensão geoespacial em suasconcepções. Neste enfoque, os produtores de dados de valor agregado também ganham destaque, além dostradicionais produtores de dados fundamentais e temáticos. À luz do Decreto nº 6.666/08, cada um dos atoresessenciais deverá tornar-se um nó físico do DBDG, mesmo que, num primeiro momento, apenas paradisponibilizar os metadados de sua produção de dados e informações geoespaciais.

Os atores essenciais da INDE, considerados produtores oficiais de dados fundamentais e/ou temáticos,de referência ou não, são aqueles cuja atividade de produção de dados e informações geoespaciais estárespaldada por um diploma legal (ver Capítulo 4 – Seções 4.1 e 4.2). As listas de produtores e gestoresapresentadas no Capítulo 4 deverão ser ampliadas durante a execução do Plano de Ação, à medida em quenovos atores forem sendo identificados e incorporados ao processo, em conformidade com os levantamentose diagnósticos que deverão ser realizados sobre atribuições legais de produção e divulgação de dados

geoespaciais.

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8.2 - Modelo organizacional e gestor da INDE

A Figura 8.1 ilustra o modelo organizacional e gestor proposto para a implantação da INDE. Estaproposta resulta de discussões iniciadas na elaboração dos Capítulos 2 (ver Seções 2.4 e 2.6) e 3 (verSeção 3.3), em que diversos modelos externos foram analisados, e aprofundadas em reuniões do grupo decoordenadores do CINDE. A seguir, a descrição dos componentes do modelo proposto neste Plano deAção:

•  Conselho Superior: papel a ser desempenhado pela CONCAR, em conformidade com o Decreto nº6.666/08, tendo um caráter normativo e diretivo;

•  Conselho Gestor: braço executivo da CONCAR para todas as questões referentes às temáticas daINDE. Será o grupo responsável pela coordenação geral e execução da implantação da INDE. Paraeste papel, propõe-se a criação de uma subcomissão, na CONCAR, com o nome de Subcomissão deGestão da INDE (SGI).

•  Comitê Técnico: subordinado ao Conselho Gestor (SGI), será um grupo de especialistas compostopor um Coordenador e dois líderes para cada uma das categorias em que foram agrupadas as Linhasde Ação do Plano: Gestão, Normas & Padrões, Dados, Tecnologia, Capacitação e Divulgação,totalizando 13 membros. Seu papel: operacionalizar o Plano de Ação da INDE. Será chamado, nestedocumento, de Comitê de Implantação da INDE – COMIM.

•  Grupos de Trabalho: são grupos constituídos para operacionalizar uma determinada atividade, sob asupervisão e orientação do Comitê Técnico (COMIM). Os GTs terão composição variável e contarão,via de regra, com representantes de diferentes atores da INDE. Cada órgão participante daimplantação deverá ter pelo menos um representante nos diversos GTs, dependendo do seu nível departicipação.

Figura 8.1 - Organograma INDE

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As Linhas de Ação apresentadas no Anexo II identificam alguns GTs que se recomenda seremconstituídos, a saber: GT DBDG; GT Hospedagem de Dados; GT Capacitação e Treinamento e GTDivulgação. Entretanto pela experiência de implantação de IDEs em diversos países (apresentada noquadro 5 do Capítulo 2), e por questões inerentes aos componentes da INDE, ressalta-se a necessidadede criação de GTs envolvendo os diversos atores institucionais, tais como: GT Dados Geoespaciais; GTNormas & Padrões; e GT Fortalecimento Institucional.

Com relação à SGI, propõe-se que seja criada em substituição à atual Subcomissão de Planejamentoe Acompanhamento (SPA), e que incorpore as Subcomissões de Dados Espaciais (SDE) e de Divulgação(SDI). A justificativa é a seguinte: a partir do Plano de Ação, praticamente todas as ações da CONCARrelativas a dados geoespaciais e a divulgação deverão ter foco na implantação da INDE, o que aponta paraa necessidade de serem coordenadas pela mesma Subcomissão. As principais atividades previstas da SGIserão:

• ações de regulamentação da INDE e fortalecimento do seu marco legal;

• ações de gestão e alocação de recursos para pleno funcionamento da INDE, em consonância com ademanda apresentada pelas instituições;

• ações de difusão dos benefícios da INDE tendo em vista angariar adesões à iniciativa e contribuir parao aumento do nível de conscientização sobre a sua importância;

• articulações para o estabelecimento de acordos e convênios de cooperação e de compartilhamento dedados geoespaciais;

• ações de fortalecimento institucional;

• revisar e readequar sistematicamente o Plano de Ação objetivando incorporar as demandas advindasda adesão de novos atores, estando prevista a primeira readequação para setembro de 2009;

• atividades gerais de organização, gestão, monitoramento e avaliação, com a emissão de relatóriosperiódicos para a CONCAR sobre os trabalhos de execução do Plano de Ação.

Sugere-se que, além de um Coordenador, a SGI tenha mais oito membros. A SPI – Secretaria dePlanejamento e Investimento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e o IBGEdevem estar necessariamente representados na SGI já que determinadas atribuições desses dois órgãos,previstas no Decreto nº 6.666/08, serão absorvidas pela SGI, na hipótese de que esta seja constituída como elenco de atribuições acima listadas.

8.3 - Prioridades de curto prazo do Plano de Ação da INDE

Esta 1ª versão do Plano de Ação identifica ações, prazos, responsáveis e resultados esperados paraque o movimento da INDE seja efetivamente deflagrado num prazo relativamente curto, com a devidaconscientização e mobilização dos tomadores de decisão e formadores de opinião, e a alocação dos recursos

orçamentários para os investimentos e custeios indispensáveis. Isto implica na necessidade de se estabelecerprioridades de curto, médio e longo prazo, mas, principalmente, as de curto e médio prazo nesta 1ª versão doPlano.

A estratégia de implantação da INDE deverá se basear num escalonamento de metas de acordo comprioridades bem definidas em cada fase (ou ciclo), como será visto na próxima seção. É muito importante queas prioridades do projeto sejam estabelecidas para o curto prazo, levando em conta as metas que se pretendeatingir em médio e longo prazo. Isto passa pelo desafio de se fazer com que a iniciativa da INDE sejadeflagrada no âmbito do setor público, ganhe força e se consolide nos próximos meses. Para tanto, propõe-seFOCO nas seguintes Linhas de Ação no período de Junho a Dezembro de 2009:

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  Celebração de acordos de adesão à iniciativa INDE (priorizando os atores essenciais inicialmente).

  Realização de um evento de pré-lançamento da INDE.

  Ações de coordenação, políticas de dados e outras.

8.4 - A estratégia de implantação da INDE

O Plano de Ação da INDE começa pela definição da estratégia de implantação, lembrando que a INDEevolui de um estágio para outro num processo constante e gradual de inclusão de novos partícipes, que atornam cada vez mais interessante pela agregação de conteúdo e serviços. Portanto, a abordagemrecomendada neste Plano de Ação consiste em um processo baseado em ciclos de implantação (ou ciclos deconstrução), nos quais pretende-se galgar etapas importantes do empreendimento de implantação da INDE.

Ao todo, estão previstos três ciclos de implantação da INDE, que se encontram descritos em suas metase objetivos gerais nesta seção. Durante o Ciclo I e paralelamente aos trabalhos deste, será planejado eexecutado um evento de pré-lançamento da INDE conforme descrito a seguir.

8.4.1 - Evento de pré-lançamento

Propõe-se a realização de um evento de pré-lançamento da INDE em outubro de 2009. Neste eventotodos os atores essenciais que serão envolvidos diretamente com o projeto deverão estar presentes, bemcomo autoridades, imprensa, academia e demais interessados.

Trata-se de um momento de engajamento e sensibilização dos órgãos envolvidos com a execução ea instância superior. No evento será destacada a importância da iniciativa, a operacionalização e aaplicabilidade da INDE. A realização do evento de pré-lançamento é um importante passo para aconscientização quanto à importância e ao esforço de construção da INDE. É também um momento devisibilidade para as iniciativas já em curso nas organizações produtoras e gestoras de IG do setor federal.Pretende-se, com isso, estimular a adesão de novos atores.

8.4.2 - Ciclo I

Ao final do Ciclo I de implantação da INDE espera-se que a infraestrutura mínima de hardware,software, telecomunicações e instalações do DBDG, e uma parte da infraestrutura de dados, metadados eserviços, necessárias para busca, exploração, acesso e aplicação dos dados e informações geoespaciais(IG) até então produzidos e / ou mantidos pelos atores essenciais da INDE, esteja implantada e operacional.

O Plano deverá prever os prazos, mecanismos e recursos para identificação, diagnóstico, registro,capacitação, incorporação, ativação e suporte aos atores essenciais da INDE. Deverá também definir ascondições que tais atores deverão preencher, em termos de equipes de manutenção da infraestrutura do

DBDG, além das normas, padrões e protocolos que deverão observar na publicação e disponibilização dedados e serviços, através do SIG Brasil. Se tais definições não estiverem completas na 1ª versão do Plano,deverão ser contempladas em revisões posteriores.

O SIG Brasil – portal de acesso ao DBDG – deverá estar à disposição dos usuários com afuncionalidade projetada no Capítulo 5 deste Plano, e também oferecer novas funcionalidades que venham aser demandadas pelos usuários. O serviço de atendimento ao usuário deverá prever, no Ciclo I, ummecanismo de aferição da satisfação do cliente, que permita aos gestores da INDE tomar providênciascorretivas e realizar as melhorias de serviços que se façam necessárias.

A lista inicial de atores essenciais da INDE encontra-se no Capítulo 3, porém, como observadoanteriormente, ela poderá ser incrementada à medida em que novos atores sejam identificados durante o

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Ciclo I. Uma parte quiçá significativa dos atores essenciais da INDE já foi identificada como resultado dasatividades de elaboração deste Plano, mas este trabalho deve continuar durante esse Ciclo.

O foco nos atores essenciais não significa que no Ciclo I a INDE ficará restrita aos mesmos. Outrasentidades governamentais, de outros níveis de governo além do federal, poderão requerer credenciamentocomo nós virtuais do DBDG, e desse modo publicar seus metadados e produção de IG e disponibilizar

serviços através do SIG Brasil. Ressalta-se, porém, que no tocante à inclusão de novos produtores ouprovedores, o Ciclo I permanecerá restrito ao setor governamental.

O Plano deverá prever os mecanismos e recursos para identificação, diagnóstico, registro,capacitação, incorporação, ativação e suporte a novos atores, de outros níveis de governo além do federal,cuja adesão ao DBDG será voluntária, consoante o Decreto nº 6.666/08. E, também, definir as normas,padrões e protocolos que deverão observar na publicação e disponibilização de dados e serviços. Se taisdefinições não estiverem completas na 1ª versão do Plano, deverão ser contempladas em revisõesposteriores.

O Ciclo I será dividido em dois módulos. O 1º Módulo deverá estar concluído até 30/06/2010 e o 2ºMódulo até 31/12/2010. As diretrizes e objetivos específicos para cada módulo serão os seguintes:

8.4.2.1 - Ciclo I – 1º Módulo (30/06/2010)

o O 1º Módulo pode ser definido como o protótipo exploratório do DBDG. Tem por objetivo instalar ohardware, configurar e testar os ambientes e plataformas de software, mecanismos de rede, rotinas eprocedimentos administrativos do DBDG, além de avaliar e ajustar os requisitos de armazenamento,desempenho, disponibilidade e segurança, com base no Capítulo 5 deste Plano.

o A participação neste 1º Módulo do Ciclo I será solicitada aos atores essenciais que sejam produtoresoficiais de IG e recomendada para os demais atores essenciais. Para os demais atores, de outrosníveis de governo, será deixada em aberto. Mas todos serão igualmente estimulados a aderirem àiniciativa. A base desta recomendação é o próprio Marco Legal da INDE.

O Plano de Ação estabelece prazos para: (identificação e/ou) adesão de (novos)atores, oficiais ou não, para diagnósticos e outras ações preparatórias daqueles que ingressarão noDBDG no 1º Módulo. Neste prazo, entre outras atividades, serão completados os levantamentos deinformações iniciados durante a elaboração do Plano, junto aos atores essenciais.

o O SIG Brasil deverá ter uma 1ª versão operacional no 1º Módulo do Ciclo I, disponibilizando afuncionalidade para atendimento e cadastro de usuários, administração do DBDG, busca e acesso aosdados e informações que serão disponibilizados, a partir dos seus metadados, além de visualização demapas (WMS); conforme definido nos Capítulos 4 e 5 deste Plano.

o Para todos os produtores de IG, oficiais ou não, a disponibilização dos metadados segundo o Perfil deMetadados Geoespaciais do Brasil (MGB), que deverá ser homologado pela CONCAR em tempo hábildurante o 1º Módulo, é mandatória e deverá estar concluída para todos os dados, de qualquer tipo,que vierem a ser disponibilizados por cada produtor através do DBDG, dentro deste 1º Módulo.

o A publicação de metadados dos conjuntos de dados geoespaciais mantidos em acervo pelos atoresessenciais deverá ser a mais ampla possível e endereçar, obrigatoriamente, os conjuntos de dados aserem disponibilizados no 1º Módulo, os quais deverão ser definidos nos levantamentos e diagnósticosque ocorrerão dentro deste Módulo. O Capítulo 4 dá orientações neste sentido.

o Os produtores oficiais de IG deverão envidar esforços no sentido de publicar o maior volume possívelde dados fundamentais de referência dentro da norma de Estruturação de Dados GeoespaciaisVetoriais (EDGV) já no 1º Módulo. O que não for possível ser disponibilizado neste padrão poderá ser

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disponibilizado para qualquer tipo de acesso, inclusive por serviço de visualização (WMS), mas nãoserá considerado dado fundamental de referência (ver Capítulo 4 para definição de dado fundamentalde referência).

o Todos os conjuntos de dados fundamentais de referência, vetoriais ou raster, que venham a serdisponibilizados via SIG Brasil, por produtores oficiais, no 1º Módulo do Ciclo I, deverão ser

visualizáveis através de serviços WMS (ver Capítulo 4 para relação de dados).

o Os produtores oficiais de IG deverão envidar esforços no sentido de publicar, via DBDG, e neste 1ºMódulo, a maior quantidade possível de dados e informações temáticas, e respectivos metadados (verTabela 4.2-5 do Capítulo 4 para dados temáticos). É desejável que pelo menos uma parte dessesdados temáticos e seus metadados possam ser visualizados através de serviços WMS ao final do 1ºMódulo do Ciclo I. O restante deverá estar disponível pelo menos para download .

No Plano deverão ser previstos prazos para proposição, consulta e homologação de padrões daCONCAR para dados temáticos, e a migração deverá ser feita ao longo de um período de transição, aotérmino do qual todos os dados temáticos deverão observar os padrões estabelecidos. Este prazo poderátranspor o 1º Módulo do Ciclo I, mas é desejável que não ultrapasse o fim do 2º Módulo (ou seja, deverá se

encerrar dentro do Ciclo I).

o Dados e produtos de valor agregado e seus respectivos metadados poderão ser disponibilizados paraacesso via download , não sendo necessário que sejam visualizáveis. Para os atores essenciais daINDE (e somente para estes), esta disponibilização mínima por download será mandatória para todotipo de dado geoespacial.

8.4.2.2 - Ciclo I – 2º Módulo (31/12/2010)

o O 2º Módulo marcará o fim do Ciclo I de construção da INDE brasileira. A meta deste ciclo consisteem que todos os atores essenciais da INDE tenham se tornado nós do DBDG e começado a publicar

seus dados e metadados geoespaciais, para acesso universal pelo governo e a sociedade, através doSIG Brasil.

o Todos os atores essenciais da INDE, identificados dentro de um prazo que deverá ser estabelecido noPlano, durante o Ciclo I, serão incentivados a ingressar na iniciativa da INDE. A participaçãocontinuará facultativa para outros atores, embora prevaleça a filosofia de “portas abertas” para oingresso, a qualquer momento, de novos atores ligados aos demais níveis de governo além do federal.

O Plano de Ação estabelecerá um prazo para (identificação e/ou) adesão de (novos) atores, epara os diagnósticos e outras ações preparatórias daqueles que ingressarão no DBDG no 2º Módulo, levandoem conta o prazo de conclusão do mesmo (31/12/10). Se tais prazos não estiverem definidos na 1ª versão doPlano, deverão ser previstos em revisões posteriores.

o O SIG Brasil deverá estar totalmente operacional no 2º Módulo, disponibilizando toda a funcionalidadeprevista no Capítulo 5, e já tendo incorporado eventuais melhorias sugeridas pelo feedback  dosusuários, como, por exemplo, novos serviços.

O Plano deverá propiciar mecanismos para tratamento e análise desse feedback e o prazonecessário para incorporação de melhorias no SIG Brasil. Se tais mecanismos e prazo não estiveremendereçados na 1ª versão do Plano, deverão ser tratados em revisões posteriores.

o Os produtores oficiais de IG deverão envidar esforços no sentido de publicarem a maior quantidadepossível de dados fundamentais de referência e seus respectivos metadados dentro da norma EDGV edo perfil MGB, respectivamente, até o fim do 2º Módulo. O que não for possível ser disponibilizado no

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padrão EDGV poderá ser disponibilizado para qualquer tipo de acesso, inclusive por serviço devisualização (WMS).

o Os produtores oficiais de IG deverão envidar esforços no sentido de publicarem a maior quantidadepossível dos dados e informações temáticas por eles produzidos, dentro dos padrões que venham aser estabelecidos pela CONCAR durante o 2º Módulo. O mesmo se aplicará a novos dados temáticos,

de novos produtores ou não, que sejam identificados durante o Ciclo I da INDE.

O Plano de Ação deverá prever um prazo para a conclusão de protótipos de produção de dados nopadrão EDGV, tendo em vista a sua homologação para as escalas de publicação previstas. Se tal prazo nãoestiver contemplado na 1ª versão do Plano, deverá ser considerado em revisões posteriores.

Dentro do 2º Módulo, o Plano de Ação deverá prever um período de capacitação, fornecendoferramentas para a conversão ao padrão EDGV, além de serviços de suporte, para as instituiçõesidentificadas como nós do DBDG, para que estejam em condições de publicar seus dados e metadados deacordo com os requerimentos mínimos. Esta capacitação e os serviços de suporte poderão ser estendidos aoutras instituições do setor público, inclusive das esferas estaduais e municipais, que se candidatarem comonós do DBDG no Ciclo I.

8.4.3 - Ciclo II (2011 - 2014)

Este será o ciclo de consolidação do DBDG no setor público federal e extensão do mesmo para osdemais níveis de governo. Marca também o fortalecimento das componentes Institucional e de Pessoas, alémda sedimentação de Normas e Padrões. O foco ainda será em dados, mas os serviços deverão ser ampliadosde acordo com as demandas dos usuários. A integração com outras IDEs – continentais, temáticas, regionais,institucionais / corporativas – será uma das metas importantes deste ciclo, bem como a divulgação ampla dainiciativa para todos os segmentos produtivos da sociedade.

A principal meta do Ciclo II será a de transformar a INDE brasileira na principal ferramenta de busca,exploração, acesso e aplicação de dados e informações geoespaciais do Brasil, em suporte à formulação de

políticas públicas na esfera do governo federal, e reconhecida pela sua utilidade e qualidade de dados einformações geoespaciais.

8.4.4 - Ciclo III (2015 - 2020)

Ao final do Ciclo III a INDE brasileira terá permeado todos os setores produtivos da sociedade, além dogoverno, e se consolidado como uma referência para busca, acesso e exploração de dados e informaçõesgeoespaciais, no Brasil (fortalecimento da marca da INDE). Neste Ciclo será consolidada a integração comoutras IDEs.

A grande meta do Ciclo III será a de transformar a INDE brasileira na principal ferramenta de busca,

exploração, acesso e aplicação de dados e informações geoespaciais do Brasil, em suporte à formulação depolíticas públicas pelo setor governamental; e à própria sociedade brasileira nas tomadas de decisão afetasao seu cotidiano, inclusive fomentando a participação voluntária. Ao final do Ciclo III almeja-se que a INDEseja reconhecida internacionalmente pela sua capacidade de contribuir para projetos transnacionais.

8.5 - Estrutura analítica do Plano de Ação

Para uma melhor compreensão do Plano de Ação, a Figura 8.2 apresenta a sua estrutura analítica (doPlano) em forma de diagrama.

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A estrutura analítica foi elaborada a partir dos principais componentes do plano. Cada componente temassociado um conjunto de produtos ou serviços que juntos conduzirão à implantação da INDE. Em cada umdos produtos são relacionadas as Linhas de Ação, que são as principais atividades ou ações que definemcomo alcançá-lo. Deste modo, facilita-se o gerenciamento do plano, dividindo o mesmo em unidadesmensuráveis e controláveis. Os produtos e suas respectivas Linhas de Ação encontram-se detalhados noAnexo II. 

Figura 8.2 Estrutura analítica do Plano de Ação

8.6 - Cronograma do primeiro ciclo de implantação

O cronograma da Figura 8.3 apresenta os prazos das macro-atividades previstas para implantação do

Ciclo I da INDE. Os prazos são datas limites estimadas para a entrega dos produtos ou serviços após aexecução de cada uma das Linhas de Ação relacionadas a eles.

Os marcos identificados levam em consideração a data proposta para início do Ciclo I (01/07/2009).Caso essa data não se confirme, os marcos poderão ser alterados para refletir a nova realidade.

Os prazos detalhados de cada produto ou serviço e suas atividades podem ser vistos no Anexo II.

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Figura 8.3 Cronograma Macro - Ciclo I da INDE

8.7 - Custos de implantação

Esta seção apresenta a estimativa dos recursos necessários à execução das atividades previstas paraa implantação do Ciclo I, conforme definido neste capítulo. O quadro abaixo apresenta um resumo e atotalização dos custos de cada um dos produtos ou serviços previstos. Os custos mais detalhados constam doAnexo II, juntamente com os prazos estimados para conclusão das ações e seus respectivos responsáveis.

Componente   Prazo Produto/Serviço  

GESTÃO 

Jul/09 Conselho GestorJul/09 Comitê TécnicoJul/09 Grupos de Trabalho TécnicosOut/10 Avaliação da implantação

Mai/10 Normas Básicas de SegurançaOut/09 Instrumento legal com as regras de funcionamento e participação na INDESet/09 Programa ou ação INDE no PPAAbr/10 Plano de Ação para o Ciclo IIJul/10 Acordos e convênios de cooperação e de compartilhamento de dados

NORMAS E PADRÕES  

Nov/09 Padrão dos Metadados GeoespaciaisDez/11 Normas, padrões e especificações definidos e atualizados

DADOSJun/10  Catálogo de Metadados Geoespaciais 

Nov/09  Plano de Ação dos Atores Produtores de dados 

TECNOLOGIAJun/10 Portal SIG BrasilNov/10 Rede de nós do DBDG

Serviços de sistemas - DBDG

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CAPACITAÇÃO  

Dez/10 Programa de Capacitação e TreinamentoOut/10 Conteúdo programático dos módulos de capacitação e treinamentoOut/10 Instrutores/Multiplicadores Capacitados

Dez/10Conteúdos programáticos dos módulos de capacitação e treinamentoformatados

Dez/10

Material didático para os módulos de capacitação e treinamento

reproduzidos

DIVULGAÇÃO  

Jul/09 Plano de difusão e divulgaçãoDez/10 Comunicação e divulgação da INDEOut/09 Layout do website SIG BrasilAgo/09 Encontro com instituições e órgãos públicos federais Nov/09 Evento de pré-lançamento da INDEJun/10 Evento de Lançamento do Geoportal versão 1Out/10 Encontro com instituições e órgãos públicos estaduais e municipaisDez/10 Evento de Lançamento do Geoportal versão 2Dez/10 WorkshopsOut/09 Vídeo Institucional da INDE

Total CICLO I (Investimento): 2.060.700,00Total CICLO I (Custeio): 7.863.720,00

Custo total CICLO I: 9.924.420,00Quadro 8.1 – Custos de implantação da INDE, Ciclo I

8.8 - Atualização do Plano de Ação

Após o início das atividades de implantação do plano, será realizado anualmente, em um período a serdefinido, o monitoramento e avaliação da implantação. Tais processos gerarão relatórios sobre o progresso doplano, contendo informações organizadas em quadros, gráficos, além de relatórios analíticos que facilitem a

compreensão das mudanças ocorridas durante o processo (conquistas, dificuldades e lições aprendidas),subsidiando a atualização do Plano de Ação.

Esta é a 1ª Versão do Plano de Ação para Implantação da INDE, cujo foco é o Ciclo I de implantação,conforme definido no presente capítulo. Uma primeira revisão do Plano contendo os ajustes necessários nesta1ª Versão foi planejada para setembro de 2009, conforme o Cronograma Macro – Ciclo I da INDE (figura 8.3).

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ANEXO I

Decreto presidencial nº 6.666 de 27/11/208

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 Presidência da República

Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 6.666, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008. 

Institui, no âmbito do Poder Executivofederal, a Infra-Estrutura Nacional deDados Espaciais - INDE, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea“a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Decreto no 89.817, de 20 de junho de 1984, e noDecreto de 1o de agosto de 2008, que dispõe sobre a Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR,DECRETA: Art. 1o Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de DadosEspaciais - INDE, com o objetivo de:I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no

compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual,distrital e municipal, em proveito do desenvolvimento do País;II - promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos das esferasfederal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pela Comissão Nacionalde Cartografia - CONCAR; eIII - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciaispelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadados relativos a essesdados disponíveis nas entidades e nos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital emunicipal.§ 1o Para o atingimento dos objetivos dispostos neste artigo, será implantado o Diretório Brasileiro deDados Geoespaciais - DBDG, que deverá ter no Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais,

denominado “Sistema de Informações Geográficas do Brasil - SIG Brasil”, o portal principal para oacesso aos dados, seus metadados e serviços relacionados.Art. 2o Para os fins deste Decreto, entende-se por:I - dado ou informação geoespacial: aquele que se distingue essencialmente pela componenteespacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistemageodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre outrasfontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais deposicionamento apoiados por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto;II - metadados de informações geoespaciais: conjunto de informações descritivas sobre os dados,incluindo as características do seu levantamento, produção, qualidade e estrutura dearmazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem

como possibilitar a sua busca e exploração;III - Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE: conjunto integrado de tecnologias; políticas;mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessáriopara facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminaçãoe o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal;IV - Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais - DBDG: sistema de servidores de dados,distribuídos na rede mundial de computadores, capaz de reunir eletronicamente produtores, gestorese usuários de dados geoespaciais, com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso aesses dados e aos serviços relacionados; eV - Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais, denominado “Sistema de Informações Geográficas doBrasil - SIG Brasil”: portal que disponibilizará os recursos do DBDG para publicação ou consulta

sobre a existência de dados geoespaciais, bem como para o acesso aos serviços relacionados.

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§ 1o Os dados estatísticos podem, a critério do órgão produtor, ser considerados como dadosgeoespaciais, desde que estejam de acordo com a definição do inciso I do caput.§ 2o Serão considerados dados geoespaciais oficiais aqueles homologados pelos órgãoscompetentes da administração pública federal, e que estejam em conformidade com o inciso I docaput.

Art. 3o

O compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados é obrigatóriopara todos os órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário para os órgãos e entidadesdos Poderes Executivos estadual, distrital e municipal.§ 1o Constituem exceção a esta obrigatoriedade as informações cujo sigilo seja imprescindível àsegurança da sociedade e do Estado, nos termos do art. 5o, inciso XXXIII, da Constituição e da Leino 11.111, de 5 de maio de 2005. § 2o Os dados geoespaciais disponibilizados no DBDG pelos órgãos e entidades federais, estaduais,distritais e municipais devem ser acessados, por meio do SIG Brasil, de forma livre e sem ônus parao usuário devidamente identificado, observado o disposto no § 1o.Art. 4o Os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão:I - na produção, direta ou indireta, ou na aquisição dos dados geoespaciais, obedecer aos padrões

estabelecidos para a INDE e às normas relativas à Cartografia Nacional; eII - consultar a CONCAR antes de iniciar a execução de novos projetos para a produção de dadosgeoespaciais, visando a eliminar a duplicidade de esforços e recursos.Art. 5o Compete ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, como entidade responsávelpelo apoio técnico e administrativo à CONCAR:I - construir, disponibilizar e operar o SIG Brasil, em conformidade com o plano de ação paraimplantação da INDE, de que trata o inciso VIII do art. 6o;II - exercer a função de gestor do DBDG, por meio do gerenciamento e manutenção do SIG Brasil,buscando incorporar-lhe novas funcionalidades;III - divulgar os procedimentos para acesso eletrônico aos repositórios de dados e seus metadadosdistribuídos e para utilização dos serviços correspondentes em cumprimento às diretrizes definidas

pela CONCAR para o DBDG;IV - observar eventuais restrições impostas à publicação e acesso aos dados geoespaciais definidaspelos órgãos produtores;V - preservar, conforme estabelecido na Lei no 5.534, de 14 novembro de 1968, o sigilo dos dadosestatísticos considerados dados geoespaciais de acordo com o § 1o do art. 2o; eVI - apresentar as propostas dos recursos necessários para a implantação e manutenção da INDE.Parágrafo único. O IBGE enviará à CONCAR, anualmente, relatório das atividades realizadas combase neste artigo.Art. 6o Compete à CONCAR:I - estabelecer os procedimentos para a avaliação dos novos projetos de que trata o inciso II do art.4o;

II - homologar os padrões para a INDE e as normas para a Cartografia Nacional, nos termos doDecreto-Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967, e do Decreto no 89.817, de 20 de junho de 1984;III - definir as diretrizes para o DBDG, com o objetivo de subsidiar a ação do IBGE, nos termos doinciso III do art. 5o;IV - garantir que o DBDG seja implantado e mantido em conformidade com os Padrões deInteroperabilidade de Governo Eletrônico, mantidos pela Secretaria de Logística e Tecnologia daInformação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;V - promover o desenvolvimento de soluções em código aberto e de livre distribuição para atender àsdemandas do ambiente de servidores distribuídos em rede, utilizando o conhecimento existente emsegmentos especializados da sociedade, como universidades, centros de pesquisas do País,empresas estatais ou privadas e organizações profissionais;

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VI - coordenar a implantação do DBDG de acordo com o plano de ação para implantação da INDE,de que trata o inciso VIII deste artigo;VII - acompanhar, na forma do parágrafo único do art. 5o, as atividades desempenhadas pelo IBGEprevistas no referido artigo; eVIII - submeter ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão plano de ação para implantação

da INDE, para atender ao estabelecido neste Decreto, até cento e oitenta dias após a suapublicação, contendo, entre outros, os seguintes aspectos:a) prazo para implantação das estruturas física e virtual do DBDG e do SIG Brasil;b) prazo para a CONCAR homologar normas para os padrões dos metadados dos dadosgeoespaciais;c) prazo para os órgãos e entidades do Poder Executivo federal disponibilizarem para a CONCAR earmazenarem, no servidor do sistema de sua responsabilidade, os metadados dos dadosgeoespaciais de seu acervo;d) prazo para início da divulgação dos metadados dos dados geoespaciais e da disponibilização dosserviços relacionados, pelo SIG Brasil;e) regras para disponibilização na INDE dos metadados de novos projetos ou aquisições de dados

geoespaciais; ef) recursos financeiros necessários para a implantação da INDE, ouvido o IBGE, nos termos doinciso VI do art. 5o, incluindo as necessidades do DBDG e do SIG Brasil, bem como os recursosfinanceiros necessários ao desenvolvimento de padrões, para divulgação da INDE, capacitação derecursos humanos e promoção de parcerias com entidades e órgãos públicos federais, estaduais,distritais e municipais.Art. 7o Caberá à Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos, do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão, promover, junto aos órgãos das administrações federal, distrital,estaduais e municipais, por intermédio da CONCAR, as ações voltadas à celebração de acordos ecooperações, visando ao compartilhamento dos seus acervos de dados geoespaciais.Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de novembro de 2008; 187o

da Independência e 120o

da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAPaulo Bernardo Silva 

Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.11.2008 

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ANEXO II

Quadros com detalhamentos e custos

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COMPONENTE: GESTÃOPRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Conselho Gestor

 DESCRIÇÃOUnidade responsável pela coordenação geral e execução da implantação da INDE.Propõe-se a criação de uma subcomissão da CONCAR

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Formalizar a estrutura e modelo de funcionamento do Conselho Gestor –“Subcomissão de Gestão da INDE” (CONCAR/SGI)

CONCAR Jul/2009

Elaborar proposta de atribuições da unidade e o seu modus operandi CONCAR/SE Jul/2009Reformular regimento interno da CONCAR para inclusão da SGI, definição desuas atribuições e revisão das atribuições das subcomissões atuais

CONCAR/SE Jul/2009

Aprovar criação e constituir o Conselho Gestor CONCAR Jul/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Comitê Técnico

 DESCRIÇÃOUnidade responsável pela operacionalização do Plano de Ação da INDE. Propõe-se acriação de um comitê especializado da CONCAR

ATIVIDADES RESPONSÁVEL PRAZO / PERÍODO

Definir a estrutura, atribuições e modelo de funcionamento do Comitê Técnico CONCAR Jul/2009Aprovar criação e constituir Comitê Técnico CONCAR Jul/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Grupos de Trabalho

 DESCRIÇÃOGrupos de especialistas subordinados ao Comitê Técnico, responsáveis pela execução dasatividades de implantação nos atores da INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Criar grupo de trabalho de Capacitação e Treinamento de Recursos Humanos(constituir Subgrupos de Trabalho - SGTs: para estruturar e fornecer oconteúdo programático dos módulos; orientar e acompanhar os serviçoscontratados para formatação do conteúdo programático dos módulos; parareprodução do material didático; para infraestrutura de EAD; paraimplementação dos cursos; de instrutores, para sistema de gestão doconhecimento)

Comitê Técnico Dez/2010

Criar grupo de trabalho para coordenar a divulgação Comitê Técnico Dez/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Avaliação da implantação

 DESCRIÇÃO Processo de avaliação da implantação 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Estabelecer os mecanismos de avaliação Comitê Técnico Set/2009Avaliar o desempenho do Plano Comitê Técnico Nov/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Normas Básicas de Segurança

 DESCRIÇÃO Normas para tráfego e divulgação de dados da INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Levantar as normas básicas de segurança com a GSI Comitê Técnico Mai/2010

Adquirir certificado digital de segurança Comitê Técnico Mai/2010

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 PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Instrumento legal com as regras de funcionamento e participação na INDE

 DESCRIÇÃOInstrumento que formaliza e define as regras de participação, difusão, divulgação e usodos dados geoespaciais na INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Elaborar modelo de termo de adesão para acordos de cooperação técnicavisando o compartilhamento da produção e manutenção dos dados disponíveisna INDE

Conselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

Elaborar modelo de termo de adesão para acordos entre a INDE e instituiçõesdesprovidas de estrutura adequada ao DBDG

Conselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

Diagnosticar os fatores norteadores sobre a preservação do acervo, difusão edivulgação, e deveres de uso

Conselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

Realizar estudos sobre direitos autorais, preservação e deveres de usoConselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

Elaborar regras para garantir os direitos autorais e uso das informaçõesdisponibilizadas

Conselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

Definir as regras de participação na INDEConselho Gestor / Comitê Técnico

Out/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Programa ou ação INDE no PPA

 DESCRIÇÃOPrograma ou ação através da qual serão liberados os recursos financeiros para execuçãodo Plano de Ação da INDE

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODORevisar atividades definidas no Plano Conselho Gestor Ago/2009Detalhar programa ou ação Conselho Gestor Ago/2009Incluir a INDE como programa ou ação no PPA MPOG Set/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Plano de Ação para o Ciclo II

 DESCRIÇÃOPlano de Ação contendo as atividades a serem executadas e os respectivos recursosnecessários para a implantação do Ciclo II

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Definir atividades a serem executadas no Ciclo II Comitê Técnico Abr/2010

Definir os recursos necessários para a execução das atividades do Ciclo II Comitê Técnico Abr/2010Elaborar o Plano Comitê Técnico Abr/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Acordos e convênios de cooperação e de compartilhamento de dados

 DESCRIÇÃOPromoção de parcerias com entidades e órgãos públicos no âmbito do governo federal,estadual, distrital e municipal

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Visitar entidades e órgãos públicos do governo federal Conselho Gestor Jan/2010Formalizar os acordos de cooperação técnica com entidades e órgãos públicosfederais por meio do termo de adesão

Conselho Gestor Jan/2010

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Visitar entidades e órgãos públicos dos governos estaduais Conselho Gestor Jul/2010Formalizar os acordos de cooperação técnica com entidades e órgãos públicosestaduais por meio do termo de adesão

Conselho Gestor Jul/2010

COMPONENTE: NORMAS E PADRÕESPRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Padrão dos Metadados Geoespaciais

 DESCRIÇÃOElaborar, submeter a consulta pública, homologar e publicar o padrão dos metadados queserá usado na INDE

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Consulta pública do perfil CEMG(1) –CONCAR Jun/2009

Reunião de consolidação da consulta pública CEMG - CONCAR Jul/2009Homologar o perfil MGB CONCAR Ago/2009Publicar o padrão de metadados geoespaciais CEMG - CONCAR Set/2009

Reproduzir o padrão de metadados geoespaciais CONCAR SE Nov/ 2009

Nota: Conforme exigido pelo Art. 6º, inciso VIII, Item e)1 (Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais)

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Normas, padrões e especificações definidos e atualizados

DESCRIÇÃO Elaborar, submeter a consulta pública, homologar e publicar a documentação dereferência para as questões de padronização dos dados

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOLevantar os padrões ainda não identificados e os responsáveis por suaelaboração Comitê Técnico Jul/2009

Elaborar os padrões de dados, dos dados que não foram identificados CONCAR Dez/2010

Especificações técnicas referentes aos dados fundamentais do tipo NomesGeográficos CNGeo(1) - CONCAR Ago/2010Especificações técnicas referentes aos dados fundamentais do tipo CartaGeral do tipo Cartaimagem e Ortofotocarta; DSG Ago/2010

Especificações técnicas do controle geodésico para os dados da redeplanimétrica, altimétrica e maregráfica. IBGE Ago/2010

Especificações técnicas referentes aos dados vetoriais nas escalas menoresque 1:250.000

IBGE Ago/2010

Especificações técnicas referentes aos dados vetoriais nas escalas 1:250.000e maiores.(ET-ADGV, ET-PDG, ET-RDG) DSG Mai/2010

Especificações técnicas referentes aos dados vetoriais de mapeamentocadastral

CNMC(2) – CONCAR Dez/2010

Especificações técnicas referentes ao mapeamento geológico, recursosminerais, geoquímica, geofísica e hidrologia CPRM Dez/2011

Especificações técnicas referentes aos dados temáticos de geologia(sistematização de informações), hidrogeologia, Hidroquímica, Geomorfologia,Solos (sistematização de informações), Cobertura e Uso da Terra, Vegetação,Biomas, Recursos Hídricos, Coleções Científicas

IBGE Dez/2011

Especificações técnicas referentes aos dados geoespacias especiais dacartografia náutica das cartas sinóticas e cartas náuticas matriciais e Avisoaos navegantes

CHM Ago/2010

Elaborar as especificações técnicas referentes aos dados geoespaciaisespeciais da Cartografia Aeronáutica ICA Ago/2010

Solicitar as especificações técnicas referentes aos dados temáticos de Solos EMBRAPA Ago/2010

1 Comitê de Nomes Geográficos2 Comitê de Normalização do Mapeamento Cadastral 

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COMPONENTE: DADOS

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Catálogo de Metadados Geoespaciais

 DESCRIÇÃOConjunto distribuído de metadados que descrevem os dados geoespaciais, segundo opadrão definido na INDE

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Customização do GeoNetwork CEMG - CONCAR Jan/2010

Workshop de Capacitação das InstituiçõesCEMG – CONCARe GT – Capacitação

Jan/2010

Carga e disponibilização dos metadados nos servidores do DBDG Atores Produtores Jun/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Plano de ação dos produtores de dados

 DESCRIÇÃO

Plano detalhado, amparado pela legislação em vigor, por instituição, que explicite os

dados, necessidades materiais e serviços (inclusive elaboração de conversores de dados) ede capacitação, cronograma de execução e de aplicação de recursos com a finalidade dese incorporar à INDE

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / PERÍODO

Elaborar um modelo de plano de ação para os produtores de dados seincorporarem a INDE (Ciclo I), e promoção de um encontro técnico entre osatores

Comitê Técnico Ago/2009

Elaboração dos planos pelos atores produtores responsáveis Atores produtores Set/2009Avaliar e elaborar um plano integrado (dados e metadados) Comitê Técnico Out/2009Repasse de recursos para execução do plano integrado MPOG Nov/2009

..

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COMPONENTE: TECNOLOGIAPRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Portal SIG Brasil

 DESCRIÇÃOInterface virtual do DBDG, que possibilita a publicação e consulta de informaçõessobre dados geoespaciais e serviços, facilitando a localização e o acesso a essesrecursos 

ATIVIDADES RESPONSÁVEL PRAZO / PERÍODO

Integrar o catálogo de serviços da INDE com o catálogo de serviços doGoverno Eletrônico

Conselho Gestor / Comitê Técnico / 

e-PINGA definir

Criar protótipo para o pré-lançamento do Portal Comitê Técnico Out/2009

Criar o Portal: design das telas / implementação e testes / homologação IBGE Jun/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Rede de nós do DBDG

 DESCRIÇÃOSistema de servidores de dados, grupados em nós, distribuídos na rede mundial decomputadores, capaz de reunir eletronicamente produtores, gestores e usuários dedados geoespaciais, com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso a essesdados e aos serviços relacionados 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOLevantar quantas instituições necessitarão receber a estrutura básica paraintegrarem a INDE no Ciclo I

Comitê Técnico Ago/2009

Preparar licitação e adquirir componentes de hardware previstos para um nóde referência.

Comitê Técnico / IBGE

Dez/2009

Preparar licitação e adquirir componentes de hardware previstos para o nó dehospedagem e Portal

ComitêTécnico/IBGE

Dez/2009

Disponibilizar nós das instituições identificadas para o Ciclo I GT Nov/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Serviços de sistemas - DBDG

 DESCRIÇÃOContratação de empresas para serviços gerais de desenvolvimento e manutençãocorretiva e evolutiva dos nós do DBDG, nos atores essenciais.

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOCriar Grupo de Trabalho para dar suporte na implementação e manutençãoevolutiva do DBDG

Comitê Técnico / Atores produtores

Dez/2010

Criar Grupo de Trabalho de manutenção para o sistema de hospedagem de

dados e metadados

Comitê Técnico / 

Atores produtores Dez/2010

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COMPONENTE: CAPACITAÇÃO

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Programa de Capacitação e Treinamento

 DESCRIÇÃO

Programa que tem por objetivos: sensibilizar, conscientizar e motivar os públicos-alvos para adesão à INDE; capacitar e instrumentalizar o conhecimento e o uso dasnormas, padrões e especificações associados; as características dos dados einformações, produtos e serviços; os processos de produção de dados e metadadosgeoespaciais; capacitar e instrumentalizar o desenvolvimento, gerenciamento,manutenção e operação do DBDG e SIG Brasil; e promover e motivar a inserção datemática de INDE nas instituições de ensino e pesquisa

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOFormar núcleos de capacitação e treinamento, nas temáticas da INDE, nasinstituições e órgãos partícipes da INDE, através de formalização por parte doComitê Técnico / GT Capacitação.

Comitê Técnico / GTCapacitação

Ago/2009

Consolidar o programa de capacitação e treinamento, a partir do Capítulo 6do Plano de Ação da INDE

GT Capacitação Ago/2009

Definir público-alvo, modalidades (presencial e EAD) e locais de treinamento(Gestores, Produtores, Usuários e Gerenciamento da INDE)

Comitê Técnico/ GTCapacitação

Ago/2009

Indicar técnicos qualificados nas temáticas da INDE, das esferasgovernamentais e acadêmicas que serão instrutores na modalidade presenciale a distância (SGT Instrutores)

Comitê Técnico/ GTCapacitação

Ago/2009

Indicar técnicos qualificados nas temáticas da INDE, das esferasgovernamentais que serão conteudistas para os módulos (modalidadepresencial e a distância) (SGT Conteudistas)

Comitê Técnico/ GTCapacitação

Ago/2009

Consolidar as avaliações e reorientar os módulos do programa GT Capacitação Ago/2010

Realizar os módulos de capacitação e treinamentos identificados 1 GT Capacitação / SGT Instrutores

Ago/2009 aDez/2010

PRODUTO (LINHA DEÇÃO):

Conteúdo programático dos módulos de capacitação e treinamento

 DESCRIÇÃOElaborar os conteúdos programáticos quanto aos requisitos técnicos e operacionaisrelativos aos módulos de capacitação previstos

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOEstruturar e fornecer o conteúdo programático dos módulos de dados emetadados fundamentais de referência (Guia com orientações depreenchimento do Perfil MGB, conversores de dados, e outros previstos nosmódulos de capacitação do Capítulo 6);

GT Capacitação/ SGT Conteudistas

Out/2010

Elaborar termo de referência para contratação de consultoria especializadapara estruturação do conteúdo programático dos módulos referentes aoDBDG e SIG Brasil

GT Capacitação/SGTConteudistas

Fev/2010

1 Os módulos de capacitação e treinamento estão identificados nas tabelas 6.2, 6.3 e 6.4 do capítulo 6. A composição dos custos dosmódulos de capacitação e treinamento compreende: capacitação de multiplicadores; deslocamento; gratificação de curso; formatação

de conteúdos e reprodução de materiais didáticos, para cada público-alvo em cada modalidade.

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 PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Instrutores / multiplicadores capacitados

 DESCRIÇÃOHabilitar os servidores indicados pelos órgãos partícipes para serem instrutores / multiplicadores

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOCapacitar os multiplicadores da INDE para os módulos de dados e metadadosfundamentais de referência: gestores, produtores, usuários e gerenciamento / DBDG / Portal

GT Capacitação/ SGT Instrutores

Ago/2009 aOut/2010

Avaliar o conteúdo programático estruturado por módulos de dados emetadados fundamentais de referência, ministrados aosinstrutores/multiplicadores

GT Capacitação/ SGT Instrutores

Ago/2009 aOut/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Conteúdos programáticos dos módulos de capacitação e treinamento formatados

 DESCRIÇÃO Composição e formatação dos módulos de capacitação e treinamento para ospúblicos-alvos: gestores, produtores, usuários e tecnologia

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOElaborar termo de referência para contratação de consultoria especializadapara formatar o conteúdo programático considerando os aspectospedagógicos, didáticos e motivacionais, dos módulos na modalidadepresencial

GTCapacitação/SGT

Conteudistas e SGTInstrutores

Fev/2010

Acompanhar e interagir com a consultoria especializada contratada para aformatação dos módulos propostos

GTCapacitação/SGT

Conteudistas e SGTInstrutores

Mar/2010 aDez/2010

Formatar os conteúdos programáticos dos módulos (presencial) Serviço ContratadoGT Capacitação

Mar/2010 aDez/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Material didático para os módulos de capacitação e treinamento reproduzidos

DESCRIÇÃOReprodução do material didático, e com os aspectos pedagógicos, didáticos emotivacionais incorporados

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODO

Elaborar termo de referencia para contratação de serviço especializado em

reprodução de material didático

GTCapacitação/SGT

Conteudistas e SGTInstrutores

Fev/2010

Acompanhar e interagir com o serviço especializado contratado para areprodução dos materiais didáticos dos módulos propostos

GTCapacitação/SGT

Conteudistas e SGTInstrutores

Mar/2010 aDez/2010

Reproduzir material didáticoServiço Contratado

GT CapacitaçãoMar/2010 aDez/2010

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COMPONENTE: DIVULGAÇÃOPRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Plano de difusão e divulgação

 DESCRIÇÃO Documento contendo as diretrizes de difusão e divulgação para a INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODODefinir os membros do GT de divulgação, que irá coordenar as ações dedifusão e divulgação para a INDE

CONCAR Jul/2009

Avaliar e aprovar as atividades previstas no Capítulo 7 GT Divulgação Jul/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Comunicação e divulgação

 DESCRIÇÃOConjunto de ações que visam promover e divulgar a importância da INDE e suas aplicaçõese utilidades 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOElaborar termo de referência e licitar contratação de empresa de comunicaçãopara realizar as atividades previstas no Capítulo 7 – Ciclo I (criação delogomarca e identidade visual, materiais gráficos e eletrônicos, assessoria deimprensa, etc)

GT Divulgação Dez/2010

Coordenar o desenvolvimento e produção dos materiais de divulgação GT DivulgaçãoDez/2010Planejar e viabilizar a divulgação da INDE em eventos relacionados ao tema GT Divulgação

Coordenar a execução de atividades de apoio pela empresa contratada GT Divulgação

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

 Layout do website - SIG Brasil

 DESCRIÇÃO Layout do portal SIG Brasil 

ATIVIDADES RESPONSÁVEL PRAZO / PERÍODOReuniões para definição do layout e aprovação das propostas GT Divulgação Out/2009Definição do domínio para a hospedagem do site GT Divulgação Out/2009

Criação de conteúdos e publicação do site GT Divulgação

empresa contratadaOut/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Encontro com instituições e órgãos públicos federais

 DESCRIÇÃOReunião visando informar e estimular parcerias com entidades e órgão públicos no âmbitodo governo federal com possíveis assinaturas de acordos no pré-lançamento do Portal

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODO

Reuniões para planejar a realização do evento GT Divulgação Ago/2009

Cobrir os custos para a realização do evento – 100 convidados CONCAR Ago/2009

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 PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Evento de lançamento da INDE

 DESCRIÇÃOEvento para divulgação preliminar, com a assinatura de termos de cooperação dosfornecedores dos dados iniciais da INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOReuniões para planejar a realização do evento GT Divulgação Out/2009Cobrir os custos para a realização do evento – 500 convidados CONCAR Nov/2009

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Evento de lançamento do Geoportal - versão 1

 DESCRIÇÃO Evento de divulgação do SIG Brasil e DBDG – metade do Ciclo I 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOReuniões para planejar a realização do evento GT Divulgação Mai/2010Cobrir os custos para a realização do evento – 250 convidados CONCAR Jun/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Encontro com instituições e órgãos públicos estaduais e municipais

 DESCRIÇÃOReunião visando informar e estimular parcerias com entidades e órgão públicos no âmbitodos governos estaduais e municipais com possíveis assinaturas de acordos no evento delançamento do Portal versão 2

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODO

Reuniões para planejar a realização do evento GT Divulgação Out/2010Cobrir os custos para a realização do evento – 150 convidados CONCAR Out/2010

PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Evento de lançamento do Geoportal - versão 2

 DESCRIÇÃO Evento de lançamento do SIG Brasil e DBDG – final do Ciclo I 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOReuniões para planejar a realização do evento GT Divulgação Nov/2010Cobrir os custos para a realização do evento – 250 convidados CONCAR Dez/2010

PRODUTO (LINHA DE

AÇÃO): Workshops DESCRIÇÃO Eventos para públicos-alvo especializados para a divulgação da INDE 

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODOReuniões para planejar a realização dos eventos GT Divulgação Até Dez/2010Cobrir os custos para a realização dos eventos – 50 pessoas por evento CONCAR Até Dez/2010

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PRODUTO (LINHA DEAÇÃO):

Vídeo Institucional da INDE

 DESCRIÇÃO Material para divulgação

ATIVIDADES RESPONSÁVELPRAZO / 

PERÍODO

Cobrir os custos para a produção do vídeo GT Divulgação Out/2009

Total CICLO I (Investimento) = R$ 2.060.700,00

Total CICLO I (Custeio) = R$ 7.863.720,00

Custo Total CICLO I = R$ 9.924.420,00

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ANEXO III

Composição do Comitê de Planejamento da

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais - CINDE

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 PARTICIPANTES CINDE

PARTICIPANTES DO CINDE ÓRGÃO

Agustin Justo Trigo MMA/ANA

Alan Juliano da Rocha Santos SEPLAN/SEAlessandro Schmidt (CC ) CHM/Marinha

Alexandre de Amorim Teixeira MMA/ANA

Alexandre Iamamoto Ciuffa SEPLAN/SP - IGC

Alice Maria Barreto Vieira IBGE/DGC

Anna Lucia Barreto de Freitas IBGE/DGC

Antonio Carvalho Filho IBGE/DGC

Antonio Fernando Garcez Faria (Cmte) DHN/Marinha

Antonio Henrique Correia (Maj) DSG

Aramis Ribeiro Motta GSI/PR

Camila Bassetto ICA

Carlos Alberto dos Santos IBGE/DGC

Carlos Fernando Quartaroli EMBRAPA

Celso Donizetti Talamoni SEPLAN/SP - IGC

Celso José Monteiro Filho IBGE/DGC

Charles Capella de Abreu Ministério do Turismo

Claudio João Barreto dos Santos IBGE/DGC

Clodoveu Davis UFMG:

Divino Cristino de Figueiredo CONAB

Dulce Santoro Mendes IBGE/DGC

Edaldo Gomes MDA/INCRA

Edmar Moretti MMA/CGTI

Elaine Villares Silveira (civil) CHM

Elaine Xavier SPI/MPEliana Maria Khalil Mello MCT/INPE

Eugênio José Saraiva Câmara Costa Minist. Transp/SPNLT

Fernanda dos Santos Lopes Cruz SEPLAN/SE

Flávia Dantas Moreira SEPLAN/SE

Francisca Luíza Gimenez Cardieri EMPLASA

Gabriel Dietzsch (1º Ten Eng) ICA

Giovanna Altomare Catão IBGE/CDDI

Graciosa Rainha Moreira IBGE

Hélio Gouvêa Prado (Cel) DSG

Hellen Cano IBGE/DGC

Herben Kally de Almeida IBGE/CDDI

Hesley da Silva Py IBGE/DI

Humberto Mesquita Navarro Junior MMA

Isabel de Fátima Teixeira Silva IBGE/DGC

Izabella Maria Swierczynskizs SEPL/PR

Jece Lopes ANTT / SUEME / GEINT

João Bosco de Azevedo IBGE/DGC

João Cândido de Melo Júnior MME/DS/DNPM/PE

João Henrique Gonçalves CPRM

Jorge Dirceu de Melo Cerqueira (Cap) GSI/PR

José Carlos Louzada IBGE/DGC

José Eduardo Bezerra da Silva IBGE/DGC

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José Enilcio Rocha Collares IBGE/DGC

José Mauro de Moura Alves (Cel) R1 DSG

Judson Magno da Silva Matos MDA/INCRA

Julia Célia Mercedes Strauch IBGE/ENCE

Karênina Martins Teixeira Minist. Transp/SPNLT

Leonardo Arthur Esteves Lourenço (1º Ten ) DSG

Leonardo Marini Pereira (1º Ten Eng) ICA

Leonardo Pozzo Rodarte ANTT/SUPLA/GEINF

Leonel Antônio da Rocha Teixeira MMA/SEDR

Linda Soraya Issmael (Cap) DSG

Luciana Ferreira Lau IBGE/DGC

Luciana Medeiros Senra Ministério das Cidades

Luigino Italo Palermo IBGE/DI

Luis Cavalcanti da Cunha Bahiana IBGE/DGC

Luis Fernando Bueno CENSIPAM

Luis Geraldo Ferreira INPE

Luíz Henrique Moreira de Carvalho (ST) DSG

Márcia de Almeida Mathias IBGEMarcio Bomfim P. Pinto MMA/ANA

Marcio Constant de Andrade Reis ANEEL/SGI

Márcio Lúcio Corrêa Ministério do Turismo

Marcos Ferreira dos Santos IBGE/DGC

Margareth Simões P. Meirelles EMBRAPA

Maria Cecilia Parente Badauy ANTAQ/Dir. Vias Naveg.

Maria do Carmo Dias Bueno IBGE/CDDI

Maria Elisabete Silveira Borges MMA/SEDR

Mariano Frederico Pascual IBAMA

Marlon Crislei Silva IBAMA/CRS

Massashige Takiguchi IBGE/DGC

Maurício Dayrell MMA

Moema José de Carvalho Augusto IBGE/DGC

Morett (Cap) DSG

Nadima Sayegh Ezarani GSI/PR

Nicolas de Andrade Roscher (CF) MB-CHM

Nina Figueira Maltz DSG

Omar Antonio Lunardi (Cel) DSG

Oséias Borges dos Santos (Cap) DSG

Patricia Rizzi MMA/ICBIO

Paulo Roberto de Miranda Barros (Cel) GSI/PR

Paulo Roberto de Noronha Denys Minist. Transp/SPNLT

Paulo Roberto Martini INPEPaulo Roberto Xavier Ferreira ANTAQ/Dir. Vias Naveg.

Priscila Lopes Soares da Costa MMA/SEDR

Priscilla May Delany Masson EMPLASA

Rafael March Castañeda Filho IBGE/DGC

Ricardo Forim Lisboa Braga IBGE/DGC

Ricardo Peng MMA/SEDR

Ricardo Ramos Freire (EN ) CHM

Roberto Maisenhelder (T ) CHM

Roberto Penido Duque Estrada (TC) DSG

Rogério Luis Ribeiro Borba IBGE/DGC

Shigemaru Nakayama EMPLASA

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Sílvio Barbosa da Silva Júnior ANTT/SUEME/GEINT

Sonia Albieri IBGE/DPE

Sonia Maria Alves da Costa IBGE/DGC

Sueli Borges da S. Gouvêa CPRM

Thaís Machado Scherrer MCT/CNPQ

Valéria Oliveira Henrique de Araújo IBGE/DGC

Valther Xavier Aguiar ANEA

Verner Riebold Minist. Transp/DENIT

Walter Uchoa Dias Junior SEPLAN/SE

Wesley Silva Fernandes IBGE

Wladimir da Silva Meyer (Maj) DSG