ação em saúde obesidade

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PROJETO DE AÇÃO EM SAÚDE INDIVIDUAL DESENVOLVIDO NO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA (PIC) OBESIDADE Amely Covalero Projeto de ação em saúde individual apresentado à Faculdade de Medicina - FACERES, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina Programa de Integração Comunitária (PIC), sob a supervisão da Preceptora Andiara Arruda. 1

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Projeto da Medicina Faceres

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PROJETO DE AO EM SADE INDIVIDUAL DESENVOLVIDO NO PROGRAMA DE INTEGRAO COMUNITRIA (PIC)

OBESIDADE

Amely Covalero

Projeto de ao em sade individual apresentado Faculdade de Medicina - FACERES, como requisito parcial para obteno de nota da disciplina Programa de Integrao Comunitria (PIC), sob a superviso da Preceptora Andiara Arruda.

SO JOS DO RIO PRETO2014

SUMRIO

1 .INTRODUO..............................................................................................................3

2 .JUSTIFICATIVA...........................................................................................................3

3. OBJETIVOS...................................................................................................................4

4.METODOLOGIA ..........................................................................................................4

4.1.Local da Ao em Sade...............................................................................................4.2. Casustica.....................................................................................................................4.3. Material utilizado.........................................................................................................OBESIDADE.5. REFERNCIAL TERICO........................................................................................Referncias Bibliogrficas ............................................................................

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1. Introduo

A obesidade uma doena crnica de etiologia multifatorial, em que ocorre associao de fatores genticos, ambientais e comportamentais. O aumento de pessoas obesas em todas as faixas etrias visvel em pases desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil nas ltimas trs dcadas, houve ascenso do sobrepeso e da obesidade e declnio do dficit de peso (CAMPOS JNIOR; LOPEZ, 2008).O diagnstico precoce da obesidade e sua preveno so importantes para promoo da sade e diminuio da morbimortalidade. Alm de ser um fator de risco para outras doenas, a obesidade tambm pode interferir na durao, na qualidade de vida e tambm pode ter implicaes na aceitao social, pois estes indivduos so excludos da esttica difundida pela sociedade atual. A ateno bsica atua na promoo da sade e no enfrentamento do excesso de peso sendo a porta de entrada do paciente ao Sistema nico de Sade (BRASIL, 2006).A obesidade exgena, que no est ligada a doenas endocrinolgicas, tem relao com o desequilbrio entre a ingesto e a necessidade diria de nutrientes para suprir o metabolismo de um indivduo geneticamente predisposto obesidade. Esse tipo de obesidade decorrente de fatores socioculturais, como o estilo de vida moderno que proporciona ummenor gasto energtico, hbitos nutricionais inadequados e sedentarismo. No incio deste sculo a obesidade foi reconhecida como uma pandemia. Crianas com excesso de peso podem ter uma reduo no total de seus anos de vida quando adultos, devido ao desenvolvimento de doenas cardiovasculares. O acmulo de gordura na regio abdominal tem sido um melhor indicador de fator de risco para a doena cardiovascular e para o diabetes tipo II, do que a prpria obesidade total (PASCHOAL; TREVIZAN; SCODELER, 2009).Como forma de preveno e tratamento da obesidade e sobrepeso existe programas de atividade fsica que alm de controlar a obesidade, propiciam outros benefcios sade, como o controle da hipertenso arterial, do diabetes mellitus, da hipercolesterolemia, da osteopenia e, tambm, melhora da funo cognitiva e da autoestima. Prticas educativas implementadas por equipes multidisciplinares que conscientizem a populao de como importante a prtica de atividade fsica regular deve ser um dos componentes prioritrios nas estratgias de Sade Pblica (PAOLI et al., 2009).Desse modo, a finalidade demonstrar os problemas acarretados pela obesidade e a importncia de intervir, afim de evitar suas conseqncias.

2.JUSTIFICATIVA

O projeto necessrio para enfatizar a importncia da conscientizao a respeito da seguinte doena: obesidade.

3. OBJETIVOS

Preveno e orientao a respeito da obesidade, alm da identificao de grupos de risco, pacientes que apresentam sintomas da doena citada e seu encaminhamento, dentro do grupo de agentes de sade da unidade.

4. METODOLOGIA

4.1 .Local da Ao em SadeA ao ser realizada na UBSF Maria Lcia

4.2. Casustica

Os participantes da ao sero os acadmicos de medicina da faculdade CERES que estagiam na UBSF Maria Lcia e as agentes de sade.

4.3. Material utilizadoOs materiais utilizados sero cartazes explicativos para demonstraes.

OBESIDADE

Definio

A obesidade uma doena crnica, que se caracteriza principalmente pelo acmulo excessivo de gordura corporal. O nmero de pessoas obesas tem crescido rapidamente, tornando a doena um problema de sade pblica. uma doena complexa, multifatorial, resultante da interao de fatores genticos e ambientais, mediada por condies sociais, econmicas, endcrinas, metablicas e psiquitricas. Os fatores ambientais esto ligados aos hbitos de vida, como ingesto de dietas com alto teor calrico e sedentarismo. A herana gentica polignica, de influncia predominantemente na modulao dos neurotransmissores cerebrais ligados ao centro da fome, da saciedade e controle do metabolismo corporal.

So vrios fatores que esto envolvidos na causa da obesidade, por isso to difcil a sua cura somente por meio de uma medicao. O sucesso no tratamento depende de uma constante vigilncia no nvel de atividade fsica e da ingesto de alimentos, alm de outros fatores como apoio social, familiar e automonitorizao.

Resumidamente, ela est relacionada com o grau de armazenamento de gordura no organismo associado a riscos para a sade, devido a sua relao com vrias complicaes metablicas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1995). A base da doena o processo indesejvel do balano energtico positivo, resultando em ganho de peso. No entanto, a obesidade definida em termos de excesso de peso. O ndice de massa corporal (IMC) o ndice recomendado para a medida da obesidade em nvel populacional e na prtica clnica1. Este ndice estimado pela relao entre o peso e a estatura, e expresso em kg/m2 (ANJOS, 1992). Alm do grau do excesso de gordura, a sua distribuio regional no corpo interfere nos riscos associados ao excesso de peso. O excesso de gordura abdominal representa maior risco do que o excesso de gordura corporal por si s. Esta situao definida como obesidade andride, ao passo que a distribuio mais igual e perifrica definida como distribuio ginecide, com menores implicaes sade do indivduo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). A obesidade integra o grupo de Doenas e Agravos No Transmissveis (DANTs). As DANTs podem ser caracterizadas por doenas com histria natural prolongada, mltiplos fatores de risco, interao de fatores etiolgicos, especificidade de causa desconhecida, ausncia de participao ou participao polmica de microorganismos entre os determinantes, longo perodo de latncia, longo curso assintomtico, curso clnico em geral lento, prolongado e permanente, manifestaes clnicas com perodos de remisso e de exacerbao, leses celulares irreversveis e evoluo para diferentes graus de incapacidade ou para a morte (PINHEIRO, 2004). Sendo assim, a obesidade traz aos profissionais desafios para o entendimento de sua determinao, acompanhamento e apoio populao, nas diferentes fases do curso de vida. NDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) = PESO (KG) ESTATURA2(M2) Incidncia

No Brasil, existem mais de 20 milhes de indivduos obesos. Na populao adulta, 12,5% dos homens e 16,9 % das mulheres apresentam obesidade e cerca de 50% tm excesso de peso (sobrepeso).

Nos Estados Unidos a situao ainda mais grave: 64,5% da populao adulta est acima do peso, sendo que quase a metade considerada obesa.

Causas

A principal causa de obesidade a alimentao inadequada ou excessiva. Para manter o peso ideal preciso que haja um equilbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia. Quando h abundncia de alimentos e baixa atividade energtica, existe o acmulo de gordura. Por isso, o sedentarismo o segundo fator importante que contribui para a obesidade.

Alm disso, existem os fatores genticos, em que uma pessoa pode herdar a disposio para obesidade; ter o metabolismo mais lento, o que facilita o acmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por conta das oscilaes hormonais.

Tambm existe uma influncia dos fatores psicolgicos, quando o estresse ou as frustraes desencadeiam crises de compulso alimentar.

Sinais e Sintomas

Alm das roupas apertadas e o aumento do ponteiro na balana, o acmulo de gordura um indcio de obesidade.

Episdios de apneia do sono, dificuldade para movimentar-se, cansao frequente e distrbios no ciclo menstrual nas mulheres tambm so indicadores da doena.

Diagnstico

feito por meio do clculo do ndice de Massa Corprea (IMC), que avalia a relao entre o peso e a altura. Quando o IMC maior do que 30, a pessoa considerada obesa. Quanto maior o ndice, mais chances do paciente desenvolver diabetes, problemas cardiovasculares e nas articulaes, hipertenso arterial e depresso, problemas diretamente ligados pior qualidade de vida e menor longevidade.

Tratamento

A melhor forma de tratar a obesidade adotar alteraes no estilo de vida, com uma dieta menos calrica, apoiando-se na modificao do comportamento alimentar e no incremento da atividade fsica. Por esse motivo existe uma preocupao crescente no mbito da preveno, trabalhando os hbitos saudveis de vida desde a infncia e a necessidade da interveno multidisciplinar, pois ela considerada uma doena crnica e sem cura, e seu tratamento deve ser vitalcio.

No existe nenhum tratamento farmacolgico de longo prazo que no envolva mudana de estilo de vida. O sucesso em longo prazo depende de uma constante vigilncia.

Obesidade uma doena crnica que tende a recorrer aps a perda de peso e pessoas obesas devem ter contato e apoio de longo prazo com profissionais de sade.

Nos dias atuais h um aumento do:

Tabagismo e estresse.Reduo do gasto calrico dirio, aumento no consumo de alimentos de alta densidade energtica e menor qualidade nutricional, com preparaes industrializadas, altamente calricas, ricas em acar, sdio e gorduras, de baixo valor nutricional.Acrescido a isso, o tamanho das pores, tanto de alimentos quanto de bebidas alcolicas e refrigerantes, aumentou consideravelmente.Obesos tendem a comer menos vezes ao dia. Os grandes intervalos entre refeies, a omisso do desjejum e as beliscadas no planejadas, consequentes deste padro alimentar inadequado, contribuem com o quadro de obesidade. A tendncia em abusar de alimentos gordurosos favorece seu depsito na forma de gordura corporal e a gordura menos eficaz, em comparao s protenas e carboidratos, no envio de sinais de saciedade ao crebro.

Desta forma, indivduos com dietas muito ricas em gordura as ingerem por perodos maiores e em quantidade maior. O balano positivo crnico entre a ingesto de energia e o gasto calrico resulta em obesidade quando associado contribuio gentica. Evidentemente que para obter uma perda de peso, deve-se ingerir menos calorias do que as calorias gastas. Para isso, muitas vezes necessrio um tratamento comportamental, alm de uma reeducao alimentar.

Tambm pode ser feito o uso de medicamentos, desde controladores de apetite at os que reduzem a absoro de gordura pelo organismo.

Para os casos mais graves, pode ser recomendada tambm a cirurgia baritrica, especialmente para quem possui o IMC acima de 35 e tambm ter doenas associadas obesidade, e para os que tm IMC acima de 40 e no conseguem emagrecer com outros tratamentos.

Em todos os casos, o acompanhamento mdico regular fundamental.

Preveno

A doena pode ser evitada desde a infncia, com a adoo de hbitos alimentares saudveis e a prtica regular de esportes ao longo da vida, alm de aes em sade realizadas para promover essas informaes.

Impactos da obesidade

A obesidade um dos fatores de risco mais importantes para outras doenas no transmissveis, com destaque especial para as cardiovasculares e diabetes. Muitos estudos demonstram que obesos morrem relativamente mais de doenas do aparelho circulatrio, principalmente de acidente vascular-cerebral e infarto agudo do miorcdio, que indivduos com peso adequado (FEDERACIN LATINOAMERICANA DE SOCIEDADES OBESIDAD, 1998; FRANCISCHI, 2000). O excesso de peso est claramente associado com o aumento da morbidade e mortalidade e este risco aumenta progressivamente de acordo com o ganho de peso. Observou-se que o diabetes mellitus e a hipertenso ocorrem 2,9 vezes mais freqentemente em indivduos obesos do que naqueles com peso adequado e, embora no haja uma associao absolutamente definida entre a obesidade e as doenas cardiovasculares, alguns autores consideram que um indivduo obeso tem 1,5 vezes mais propenso a apresentar nveis sanguneos elevados de triglicerdeos e colesterol (WAITZBERG, 2000). O acmulo de gordura no organismo tambm aumenta o risco de doenas como apneia do sono, acmulo de gordura no fgado, infarto do miocrdio, acidente vascular cerebral e pode estar associado ao surgimento de alguns tipos de cncer.O excesso de peso pode trazer ainda prejuzos para as relaes pessoais e profissionais, pois essas pessoas so mais propensas depresso e ansiedade.

5. REFERNCIAL TERICOReferencias Bibliogrficas

BRASIL. Ministrio da Sade. Cadernos de Ateno Bsica - n. 12. Srie A. Obesidade. Braslia: MS, 2006. Obesidade, acessado em 10 de maio de 2015, 17h00, disponvel em Obesidade em adultos, acessado em 10 de maio de 2015, 17h40, disponvel em

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