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Acadêmicos:Maíra GonçalesMarcela PrestiMariana VendraminiMarina GabrieleNúria Kajimoto Renata GarrafaRicardo Hideo TachibanaRodrigo BarbosaTaiana RibeiroVanessa AmorimVictor Salas FCMSCSP - Disciplina de Medicina de
Reabilitação 4º Ano Setembro 2010
Lesão que ocorre no encéfalo durante a sua fase de desenvolvimento, produzindo uma
alteração não progressiva do tônus, da postura e do movimento.
FCMSCSP - Disciplina de Medicina de Reabilitação 4º Ano Setembro 2010
1. Anatômica: lesão difusa ou localizada do encéfalo;
2. Etiológica: fatores devem atuar no período de desenvolvimento dos sistemas motores centrais (pré-natal até 3 anos);
3. Semiológica:apresenta transtorno motor ou associado a alterações mentais e sensoriais;
4. Evolutiva: lesão não progressiva.
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Variável. Brasil: 0,5-1,0/100 nascimentos (não-
oficial).
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Pré-natal Perinatal Pós-natal
Prematuridade
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Infecções Congênitas (rubéola, CMV, toxoplasmose);
Hipoxemia (anemia da gestante, descolamento prematura da placenta, circular do cordão, eclâmpsia);
Distúrbios Metabólicos (DM materno, subnutrição da gestante);
Transtornos Tóxicos (medicamentos, raio X).
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Hemorragias Intracerebrais (fatores mecânicos/ trauma)
XHipóxia
Icterícia grave do RN (Encefalopatia bilirrubínica)
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Meningoencefalites bacterianas;
Encefalopatias desmielinizantes pós-infecciosa e pós-vacinais;
Traumatismos cranioencefálicos.
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Espástica
Atetósica (Discinesia)
Atáxica
Mista
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1. TIPO ESPÁSTICO- Lesão no Sistema Piramidal
• Manifestação Clínica:Hipertonia espásticaHiperreflexiaSinal de liberação piramidal• Tipos clínicos: TetraparesiaHemiparesia Diparesia crural
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2. TIPO ATETÓSICO - Lesão do Sistema Extrapiramidal - Núcleo da Base e Putâmen
•Manifestação Clínica:HipertoniaHipercinesias Difusas(Movimentos involuntários)
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3. TIPO ATÁXICO - Lesão do Sistema Cerebelar
•Manifestação Clínica:HipotoniaIncoordenação geral e distúrbios do equilíbrio estático e dinâmico.
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4. TIPO MISTO - Associação dos tipos anteriores, com
predominância de uma deles.
Atetose + tetraparesiaAtaxia + diparesia
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Dinamismo evolutivo◦ Eventos aditivos / progressivos◦ Proliferação neuronal◦ Migração neuronal◦ Sinaptogênese e mielinização◦ Subtrativos / regressivos
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“Sequência de aquisições que se sucedem acompanhando fases distintas do amadurecimento cerebral.”
Etapa Cronológica: normal ou alterado depende do tempo de vida do indivíduo
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1. Manifestações Transitórias-Manifestações reflexas inatas que aparecem e desaparecem em determinados momentos do desenvolvimento
2. Manifestações Evolutivas-Locomoção, Equilíbrio e Postura-Fala
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Reflexos de Magnus De Keijn: presente até 3º e 4º mês.
Reflexo de Moro: Desaparece ao 6º mês Reflexo de Landau: Presente do 4º ao 12º
mês Prensão palmar: Desaparece ao 6º mês Prensão plantar: Desaparece ao 15º dia Reflexo da marcha: Presente até o 2º mês
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Manifestações evolutivas0 a 2 meses Posição assimétrica predominante
2 a 3 meses Sustentação incompleta da cabeça
3 meses em diante
Posição simétrica, cabeça supina
2 a 4 meses Sustentação completa da cabeça
4 a 6 meses Sentado com apoio
6 a 9 meses Sentado sem apoio
4 a 11 meses Preensão voluntária palmar
6 a 9 meses Preensão voluntária em pinça
5 a 11 meses Em pé com apoio
10 a 12 meses Em pé sem apoio
8 a 12 meses Engatinha
5 a 12 meses Marcha voluntária apoiada
11 a 12 meses Marcha voluntária sem apoio FCMSCSP - Disciplina de Medicina de Reabilitação 4º Ano Setembro 2010
Fases da FalaIdade Nível de
Desenvolvimento
A partir da 4ª semana Pequenos sons produzidos pela garganta; capaz de dirigir a atenção
Entre 2 e 6 meses Presença de sons vocálicos, risada, vocaliza socialmente
Entre 6 e 7 meses Duplicação de sílabas em consoantes, vocaliza quando quer um brinquedo
Entre 7 e 10 meses Presença de balbucios imitando sons na língua nativa (lalação)
Entre 11 e 13 meses Reconhece objetos, pedindo-os pelo nome. Período em que há presença das primeiras palavras
5 anos Apresenta fala articulada e fluente
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Criança apresenta parada ou atraso do desenvolvimento neurológico
Altera – fase inicial de motilidade reflexa e fase final de aquisição motora voluntária
Manifestações tardias: Falta de maturação do SNC
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Se apresenta alterado de diferentes formas dependendo do tipo de PC:
1)Espástica: Hemiplégica(19%), Diplégica(41%) e Tetraplégica(13%)
2)Distônica/Discinética (13%)3)Atáxica (13%)
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• Deficiência motora unilateral de predominância distal
• Sintomas aos 4 a 9 meses de vida
• Assimetria no uso das mãos
• Atraso para sentar e engatinhar
• Flacidez Hiporreflexia Hiperreflexia
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Desenvolvimento neuropsicomotor é levemente retardado.
Desenvolvimento cognitivo frequentemente normal.
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Mais frequente Predomina em MMII (Base
anatômica da lesão) Relação com prematuridade Leucomalácia
periventricular Aumento no Tônus em MMII
aos 2 a 3 meses de vida (Extensão + Adução = Tesoura)
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Mais grave Comprometimento motor
bilateral Relação com microcefalia,
retardo mental acentuado e epileplsia
Malformações extensas e processos destrutivos do SNC
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Hipercinética (mov. Coreiformes) Distônica (alterações súbitas no tônus
muscular) Relação com Hiperbilirrubinemia neonatal Manifestações iniciais no 5º ao 10º mês de
vida
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Ataxia global e distúrbios relacionados ao equilíbrio e marcha
Relação com malformacões e processos destrutivos do SNC
Diagnóstico pode ser tardio
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Diagnóstico Clínico! Alterações faciais Alteracões de atitude, tônus muscular, motilidade de tronco
e membros Alteracoes do reflexo de intergração Convulsões e movimentos involuntários Alterações na sucção e deglutição Sinais de hipertensão intracraniana Sinais oculares Alterações cranianas Alterações sensoriais Atraso na aquisição de condutas motoras, adaptativas e
sociais
Diagnóstico
Exames complementares: Atendimento inicial (diagnóstico diferencial dçs infecciosas ) EEG (principalmente na presença de
convulsões e de erros inatos do metabolismo)
USG, TC, RNM ( investigação de má formações e processos patológicos)
Acompanhamento!
Diagnóstico
avaliação psicológica + avaliação pedagógica: METODOLGIA MAIS APROPIADA
Nível intelectual compatível
Equilíbrioemocional
OrganizaçãoPercepto-viso-motora
Raciocínioabstrato
Aprendizado da
criança
Anátomo-patológico Variável
• Lesões corticais tetraparesias• Lesões nos corpos estriados rigidez• Lesões nos gânglios da base forma atetóide• má formações• Seqüelas de anoxia
Intervenções imediatas após diagnóstico inicial
Antecipar a formação de padrões patológicos
Maturação do SNC em desenvolvimento: maior potencial de plasticidade neuroaxonal
Equipe multidisciplinar equilíbrio biopsicossocial
Desenvolvimento de funções:- sensitivas- motoras integração- perceptivas social- mentais
CAUSA DA DEFICIÊNCIA MOTORA: liberação dos reflexos primitivos e perda da inibição dos mesmos
OBJETIVO: inibir os reflexos primitivos
MÉTODO: estímulos sensoriais promovendo estímulos motores
CAUSA DA DEFICIÊNCIA MOTORA: falta de força muscular
OBJETIVO: estabelecer resposta muscular
MÉTODOS: resistência máxima, estiramento muscular, reflexos, estimulação sensorial...
Método de Vojta: evolução da criança baseia-se em ações posturais
Método de Temple Fay: aquisição de padrões simples de movimentos – reflexos simples
Método RPG: posturas específicas baseada nas cadeias musculares
Outras Técnicas Terapêuticas Resfriamento Estimulação vibratória Tratamento farmacológico Neurólise química seletiva
Neurólise química seletiva ou bloqueio Fenol ou álcool: desidratação de fibras
amielínicas Toxina botulínica atenuada: redução
temporária da liberação de aceticolina
Pré-operatório Multidiscilpinar Cuidados com anestesia Suporte nutricional Complicações respiratórias: causa de morte
mais frequente em PC. Fisioterapia, broncodilatadores, ATB
Pós-operatório Recuperação da anestesia prolongada
(hipotermia) Sialorréia: mais aspirações Irritabilidade, diminui com presença dos
pais Anticonvulsivantes ANALGESIA Dor ≠ outras causas
Espasticidade → alterações anatômicas Corrigir deformidades Estabilizar articulação Preservar função Aliviar a dor Idade entre 6-12 anos Único tempo cirúrgico Perdas sanguíneas mais frequentes
Tenotomia de adutores: abertura dos MMII menor que 45º, ou marcha em tesoura
Alongamento dos flexores do joelho Alongamento do tendão Aquilles:
contratura fixa do músculo, equinismo moderado a grave.
Transferência tibial posterior: pé varo.
Transferência tendinosa reto anterior: marcha com joelho rígido.
Osteotomia do fêmur. Osteotomia da bacia. Cirurgias ósseas no pé: em valgo ou
varo. Escoliose: quadro progressivo, ou
compromete respiração.
Estimulação elétrica funcional◦ Produz contrações musculares em músculos
privados de controle central
◦ Visa: Condicionamento muscular, redução da espasticidade e auxílio na aprendizagem motora.
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Método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo com uma abordagem interdisciplinar (saúde, educação e equitação) buscando o desenvolvimento biopsicossocial.
Aprendizagem, memorização, concentração, cooperação, socialização, organização do esquema corporal, aquisição das estruturas têmporo-espaciais, equilíbrio e tônus muscular.
Facilitam as atividades motoras e previnem deformidades.
Devem ser indicadas individualmente. Tratamento precoce e prevenção de
deformidades. Contra-indicadas quando já existem
deformidades ósteo-articulares. Predominantemente estáticas na PC.
INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIAL
Freud (1905): - Tia fale comigo!Eu estou com medo porque está
escuro. - De que adiantaria? Você não pode me ver! - Isso não importa. Se alguém fala,fica claro!
INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIAL FAMILIA = FUNDAMENTAL Contato social: descoberta da própria valorização e aceitação individual, e
desenvolvimento da inteligência.
ESTUDO 1 - Regina C. N. C. Peres OBJ: analisar a percepção de mães de crianças com PC espástica em idade pré-
escolar, quanto ao desenvolvimento motor, cognitivo e social de seus filhos.
Mães: ausência de conhecimento sobre as potencialidades de seus filhos proporcionar mudança "no olhar" sobre o desenvolvimento de crianças com PC.
Escolaridade/nível sócioeconônico da cuidadora x desenvolvimento da criança (Helena B.G.Ferrreira – USP 2007)
INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIALEstudo 3: INCLUSÃO ESCOLAR DO PORTADOR DE PARALISIA CEREBRAL (Claudia GOMES – 2006) Brasil – lei 1996
Estudo 4 – AVALIAÇÃO TRANSVERSSAL DA QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM PC (Nívea N.O.Morales, Uberlândia 2005).
96 participantes entre 5 e 18 : 85% espástico Escolaridade:- Não Frequenta a escola – 22%- Ensino especial * - 30%- Ensino regular – 48%
* quanto maior o comprometimento motor/cognitivo
portadores de necessidades educacionais especiais
INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIALAspectos contrários Aspectos favoráveis
Formação deficitária dosdocentes
Socialização
Excesso de alunos Diminuir preconceitos
Preconceitos Novas experiências epossibilidades
Trabalho diferenciado Inclusão escolar
Instalações inadequadas Desenvolvimento cognitivo
Ausência de apoioinstitucional
Desenvolvimento motor
Falta de recursos
•A inclusão escolar do PPC é vista pelos professores como uma ação muito mais “humanitária” do que realmente educacional.•Necessidade de adaptação escolar e profissional.
“Medicina de Reabilitação” Lianza S., quarta edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.
“A neurologia que todo médico deve saber” Nitrini, R.; Bascheschi L.A. –– São Paulo: Editora Atheneu 2005
“Propedêutica Médica da Criança ao idoso” Vários autores; Edição: Massaia F. D. S.; Bonadia F.A. – São Paulo: Editora Atheneu, 2009
“Efeitos do uso de órtese na mobilidade funcional de crianças com paralisia cerebral” Cury V.C.R.; Mancini M.C.; Melo A.P.; Fonseca S.T.; Sampaio R.F.; Tirado M.G.A. Rev. bras. fisioter. vol.10 no.1 São Carlos 2006.
Rev Bras Anestesiol. Anestesia e Paralisia Cerebral, Március Vinicius M. Maranhão. 2005; 55: 6: 680 – 702
Rev Bras Ortop. Correção cirúrgica concomitante da tríplice flexão primária dos membros inferiores na paralisia cerebral Estudo retrospectivo de 21 casos
Paralisia Cerebral - Aspectos Clínicos e Ortopédicos - Orientação aos Pais. Drª Angela Maria Costa de Souza, Dr. Ivan Ferraretto, Dr. Paulo de Oliveira Machado
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