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     A BUSCA DO ANTIGO

    Claudia Beltrão da RosaJuliana Bastos Marques

     Adriene Baron Tacla

    Norma Musco Mendes

    organizadoras

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    © GTHA/ANPUH

    Grupo de Trabalho de História Antiga da Associação Nacional de História

    Coordenação Nacional

    07/2009 – 07/2011Claudia Beltrão da RosaJuliana Bastos Marques

    © NAU Editora

    Rua Nova Jerusalém, 320CEP. 21042-235 Rio de Janeiro RJFONE [55 21] 3546 2838

    [email protected]

    Editoras: Angela Moss e Simone Rodrigues

    Revisão: Miro Figueiredo

    Projeto gráfico: Mariana Lobo

    Capa: Medéia e as Peliades. Relevo em mármore. Cópia romana de original grego, ca. 420/10a.C. Museu Pergamon, Berlim.

    Conselho editorial: Alessandro Bandeira Duarte, Claudia Saldanha,Cristina Monteiro de Castro Pereira, Francisco Portugal, Maria Cristina Louro Berbara,

    Pedro Hussak, Vladimir Menezes Vieira

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

     A Busca do Antigo / (org.) Claudia Beltrão da Rosa... [et al.]. - Rio de Janeiro : Trarepa :Nau, 2011.

    280p. : il. ; 21 cm “VII Encontro Nacional do Grupo de Trabalho de História Antiga (GTHA/ANPUH) - 30de agosto a 3 de setembro de 2010, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro -UNIRIO”Inclui bibliografia e índice

    ISBN 978-85-85936-92-1 1. História antiga - Congressos. 2. Brasil - Antiguidades - Congressos. 3. Arte e história- Congressos. I. Rosa, Claudia Beltrão da. II. Universidade Federal do Estado do Rio deJ i G d T b lh d Hi ó i A i

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     APRESENTAÇÃO

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    Nas universidades e centros de pesquisa, verifica-se um interesse

    renovado pelo estudo da Antiguidade. Marginalizada dos currículos

    universitários até há pouco tempo, a Antiguidade é redescoberta

    e redefinida, e não é mais imediatamente associada a um conserva-

    dorismo político-ideológico ou a uma erudição estéril, superando as

    visões e ações preconceituosas e reacionárias dos departamentos de

    ensino brasileiros com um vigor renovado.

    O esforço e a qualidade das ações e das pesquisas de historiadores anti-

    quistas brasileiros, entre as décadas de 1980 a 2010, fizeram cair por

    terra qualquer pretensão ou declaração – explícita ou não – sobre a

    impossibilidade de se fazer pesquisa em História Antiga no Brasil. Por

    fim, a internet e as demais mídias eletrônicas jogaram uma pá de cal

    na aparente veracidade dessa crença – que ainda existe, mas de modo

    indemonstrável. Não só pesquisadores e estudiosos de História Antiga,

    mas também de Filosofia Antiga, de Literatura Antiga, das Línguasgrega, latina etc., tiraram os estudos da Antiguidade do ostracismo

    curricular e científico brasileiro, fazendo recuar os últimos bastiões de

    um “territorialismo ansioso, tão comum nos departamentos de ensino

    das universidades, (...) última defesa da organização romântica domundo, segundo linhas históricas nacionais”.1 Laboratórios, grupos e

    núcleos de pesquisa sobre a Antiguidade em todo o Brasil comprovam

    que não só é possível fazer História Antiga, mas que se faz pesquisa de

    qualidade sobre História Antiga no Brasil.

    Por outro lado, nas bancas de revistas são várias as publicações que

    trazem chamadas e matérias que remetem a temas da Antiguidade,

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    duas temporadas completas e sucesso de vendas no Brasil, não é o

    único exemplo – encontramos um grande público ávido pelo Império

    Romano, pelo Egito faraônico, pelo mundo bíblico e pelos “novos

    antigos”, como os celtas, dentre outros. No cinema, novas Cleópatras,

    novos Alexandres, novas Nefertitis são recriadas(os) e o antigo é cada

    vez mais popularizado. No teatro, Medéias, Antígonas e Clitemnestras

    voltam à cena. Romances e outras publicações literárias criam umanova Antiguidade com, por exemplo, novos “Sherlocks”, desta feita

    togados (como a série mundialmente famosa Cave canem), e intrigas

    que não deixam a desejar em termos comerciais. Sucessos de venda,

    vistos, lidos e comentados, todos esses produtos da “indústria cultural”fazem surgir um público consumidor da Antiguidade, mas também, e,

    principalmente, uma nova Antiguidade.

     Vivemos atualmente uma presença generalizada de temas da anti-

    guidade ou baseados na antiguidade. E se as imagens e mensagensdenotam uma presença maior da Antiguidade em nosso mundo, histo-

    riadores e outros estudiosos tomaram a si a preocupação de analisar

    como os seres humanos, na contemporaneidade, recebem toda essa

    informação visual e textual, como a processam, em função de que oucomo a modificam, e, especialmente, o porquê desta busca do Antigo.

    E com o aumento do público receptor dessas imagens e mensagens,

    ávido pelo consumo do antigo, houve um aumento do esforço de

    análise, compreensão e explicação deste fenômeno.

     A busca do Antigo  foi o tema central do VII Encontro Nacional de

    História Antiga, promovido pelo Grupo de Trabalho de História

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    (CNPq), do Banco do Brasil (BB), do Programa de Pós-Graduação em

    História Comparada (PPGHC-UFRJ), da Livraria Paulinas, da Pró-

    Reitoria Administrativa da UNIRIO e da Pró-Reitoria de Extensão e

     Assuntos Comunitários da UNIRIO.

     Os artigos reunidos nesta obra coletiva tiveram como tema precípuo

    uma dupla análise: por um lado, a renovação, os limites e as possi-bilidades da História Antiga nas universidades, centros de pesquisa

    e eventos de caráter científico; e, por outro, a análise da busca do

    antigo nos mass media, no mercado e no consumo de “bens culturais”.

     Assim, o VII Encontro Nacional de História Antiga trouxe algumas

    questões para o debate: O que se busca no antigo? Até que ponto a reno-

    vação teórico-metodológica da pesquisa de história antiga contribuiu para

    a busca do antigo enquanto consumo de bens culturais? Até que ponto

    o(a) historiador(a) da Antiguidade é um(a) consumidor(a) dos bens da

    indústria cultural do antigo? O que a busca do antigo traz para a pesquisae o ensino da história antiga? Até que ponto tal busca passa ao largo das

     pesquisas históricas? Quais são os fundamentos e as premissas desta busca

     pelo antigo em tempos de “globalização” e de “pós-modernidade”? 

     A busca do Antigo, nascido de questões atuais sobre o ensino e apesquisa da área de História Antiga, testemunha o objetivo de realizar

    um projeto comum em torno de um eixo agregador das diversas

    competências ativas dos especialistas da área, na tentativa de eluci-

    dação de um tema cuja fecundidade exige um esforço interdisciplinare interinstitucional. Aos pesquisadores dos grupos de pesquisa brasi-

    leiros uniram-se colegas estrangeiros, dado o fato de que a urgência do

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