absorção ionosférica - josé wilson aguiar júnior e weverson cirino
TRANSCRIPT
XXXI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES – SBrT2013, 1-4 DE SETEMBRO DE 2013, FORTALEZA, CE
Absorção Ionosférica José Wilson Aguiar Júnior e Weverson dos Santos Cirino
Resumo— Este artigo se refere à absorção ionosférica e sua
interação no meio plasmático. É de suma importância às
pesquisas de telecomunicações, tendo em vista que a absorção
ionosférica perturba seu comportamento no trajeto da
radiofrequência entre o transmissor e receptor. Nesse caso, o
estudo é realizado no baixo espectro eletromagnético na região do
ELF (3MHz a 3 KHz) e VLF (3KHz a 30KHz) e, devido a banda
muito estreita dos canais utilizados a quantidade de informação
tanto na transmissão quanto na recepção são muito pequenas,
embora o alcance seja relativamente longo.
Palavras chave – absorção ionosférica;
elétrons livres; plasma; transmissão ionosférica.
Abstract— This article refers to ionospheric absorption and
its interaction in the plasma environment. It is of paramount
importance to telecom researches, given that the ionospheric
absorption behavior disturbs the radio frequency path between
the transmitter and receiver. In this case, the study is conducted
in the lower region of the electromagnetic spectrum in ELF
(3MHz to 3 KHz) and VLF (3KHz to 30KHz) and due to very
narrow band of channels used the amount of information both in
transmission and in reception are very small, although the range
is relatively long.
Keywords - ionosphere absorption, free electron,
plasma, ionospheric broadcast.
I. INTRODUÇÃO
A ionosfera está localizada entre 50 a 1000 km de altitude
(dependendo do autor) desde a parte superior da troposfera
(tropopausa) até a termosfera. Sendo que na sua parte inferior
varia com a temperatura e a dinâmica atmosférica como um
todo.
Em função da variabilidade da energia na região
ionosférica, esta se divide em camadas que são nominadas
segundo suas características físico-químicas. Tal
particularidade afeta de sobremaneira a propagação das ondas
eletromagnéticas, notadamente na faixa compreendida desde
3Khz até aproximadamente 50Mhz [1].
A forte energização da região tem como causa principal a
radiação provinda do Sol. As moléculas podem absorver
fótons energéticos da região do ultravioleta, raios X e α-
Lyman que por sua vez causam a formação de cátions, ânions
e elétrons livres. Existem outras causas de ionização menos
importantes para região, estas podem ser meteoritos que se
desintegram gerando plasma, além de outros fótons de alta
energia [2].
A ionização sofre decaimento causado basicamente por
processos de transporte que movimentam o plasma ionosférico
da região equatorial deslocando para latitudes geomagnéticas
maiores em ambos hemisférios, norte e Sul .
A natureza magnética do campo requer que as linhas que o
compõe sejam fechadas interna e externamente, começando e
terminando em pontos bem definidos [figura 1].
Fig. 1: Campo magnético terrestre protegendo a Terra das radiações
provenientes do Sol.
Além das variações regulares citadas anteriormente, o
conteúdo total de elétrons pode sofrer modificações abruptas
em seu comportamento em função da ocorrência de intensas
explosões solares.
Nestes eventos, entre outros fenômenos, surge um rápido
aumento do fluxo solar de radiação eletromagnética,
especialmente na faixa dos raios X e extremo ultravioleta.
Estes atingindo a Terra podem provocar uma série de
fenômenos iônicos chamados Distúrbios Ionosféricos Súbitos
(Sudden Ionospheric Disturbances) [1].
A larga presença eletrônica, ou seja, de elétrons livres é
conceituada como TEC - Total Electron Content (Conteúdo
Total de Elétrons). Tal conteúdo varia temporal e
espacialmente em função da atividade solar. O TEC é
comumente medido em unidades de TEC, ou TECU, onde 1
TECU= 1 x 106 elétrons/m
2. Para latitudes médias, o TEC
noturno é de aproximadamente 5 TECU com R12= 0, onde R12
é o número médio anual de manchas solares, e o TEC para
R12= 100 é aproximadamente 30 TECU [3].
II. VARIABILIDADE IONOSFÉRICA
Ao avançar da noite a ionosfera sofre um processo chamado
recombinação. Em função disso as moléculas vão se formando
eletricamente neutras. À medida que o Sol nasce este começa
a energizar as moléculas neutras. Em função disso começa a
ocorrer o processo de ionização aumentando desta forma a
presença de plasma na região [4].
O aumento da ionização carrega a atmosfera superior,
transformando os gases da região em plasma. Este, por sua vez
pode se comportar ora como líquido, ora como sólido, ora
como gás, sendo que qualquer que seja a natureza observada,
seu comportamento varia de acordo com a energia absorvida
XXXI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES – SBrT2013, 1-4 DE SETEMBRO DE 2013, FORTALEZA, CE
ou irradiada por si, de forma cuja variabilidade faz o meio se
proceder como um sistema sintonizado [5].
O plasma, conforme o comportamento descrito acima sofre
intrinsecamente colisões em seus componentes, tais efeitos
acabam por gerar transferência de energia cinética entre si
com o meio onde estão inseridos.
A presença de partículas carregadas torna a atmosfera na
região um meio dinâmico de tal forma que pode afetar a
propagação de ondas eletromagnéticas. Estas podem ressonar
gerando flutuações que por sua vez criam correntes parasitas
em diversos comprimentos de onda fazendo o comportamento
iônico ora absorvedor, ora refrator segundo a sua densidade
própria [5]. A variação da densidade iônica faz ocorrer um
fenômeno de refrações múltiplas que são geralmente
confundidas com reflexão. Também em outras situações pode
ocorrer a dutificação entre camadas. Este efeito, semelhante a
condução de luz numa fibra óptica faz com que a
radiofreqüência se propague entre camadas atingindo a
superfície da terra após muitas “reflexões”. A variação
ionosférica é causada por duas mudanças nas fontes de
ionização e corresponde a alterações na parte neutra da
atmosfera superior na qual está incorporada.
A variabilidade iônica ocorre durante as 24 horas do dia por
causa da energia provinda do Sol (dia) e a ausência desta
(noite) conforme citado anteriormente. Também tal
variabilidade depende do ciclo solar, da sazonalidade, da
latitude e dos movimentos aéreos da atmosfera causados pela
oscilação térmica [6] conforme Tabela 1.
Tal está ilustrado nas mudanças de densidade máxima de
elétrons na região F (Nmax) para uma variação diurna e ao
longo do ciclo solar. A radiação solar de raios-X pode oscilar
drasticamente quando ocorre um flare solar, o que aumenta a
ionização na ionosfera. Sendo que na parte inferior da região
(camadas C e D) há forte absorção de RF além de um aumento
súbito de ruído térmico. TABELA I
VARIABILIDADE IONOSFÉRICA.
PARÂMETROS IONOSFÉRICOS
DIURNO (LATITUDES MÉDIAS)
CICLO SOLAR (DIA)
Nmax 1x105 a 1x106 elétrons/cm3 fator de 10
4x105 a 2x106
elétrons/cm3 fator de
5
Frequência Máxima Utilizável
12 a 36MHz Fator de 3 21 a 42 MHz Fator de 2
Conteúdo Total Eletrônico
5 a 50x1016 elétrons/cm2 Fator de 10
5 a 50x1016 elétrons/cm2
Fator de 5
Outra fonte de variabilidade ionosférica é provinda de
partículas carregadas correspondentes a atmosfera neutra da
termosfera.
A ionosfera interage com ventos termosféricos que podem
empurrá-la e a inclinar ao longo das linhas de campo
magnético para uma altitude diferente [7,6,5].
A composição da termosfera, durante a noite, altera a taxa
de recombinação entre íons e elétrons.
Ao ocorrer uma tempestade geomagnética, a entrada de
energia em latitudes elevadas altera os ventos termosféricos e
sua composição. Tal fenômeno produz fases positivas ou
negativas da concentração de eletrônica.
A variação diurna é composta por três parâmetros
principalmente: Nmax, MUF (frequência máxima utilizável) e
TEC [8].
Para comunicação em alta freqüência, HF, as ondas de rádio
se propagam em saltos pela ionosfera. Os parâmetros críticos
são a máximo e mínimas frequências utilizáveis (UFM e LUF)
sendo que a máxima freqüência utilizada depende do
eletrônica da região F e do ângulo de incidência
radiofrequência. Este efeito varia durante o dia segundo as
interações terra-sol e suas perturbações [figura 2].
A mínima frequência utilizada (LUF) é controlada pela
absorção iônica nas regiões C, D e E e é severamente afetada
por explosões solares.
Fig. 2: A janela de frequência usada na rádio propagação situa-se entre
mínima e máximas frequências utilizáveis. Quando fecha a janela, ocorre um
curto desvanecimento de onda.
III. CINTILAÇÃO IONOSFÉRICA
Em algumas regiões da ionosfera (principalmente nas altas
e baixas latitudes da região F) em certos locais (após o pôr do
sol) a ionosfera pode se tornar altamente turbulenta.
"Turbulência" é definida como a presença de estruturas de
pequena escala (de centímetros a metros) com estruturas
embutidas de irregularidade em grande escala (dezenas de
quilômetros) no ambiente ionosférico [9]. Em condições
favoráveis, as irregularidades de densidade do plasma são
geradas apenas após o pôr do sol na região equatorial e pode
durar várias horas. Em latitudes elevadas, essas irregularidades
podem ser geradas durante o dia, ou à noite [7]. Para regiões
em latitudes baixas e altas, as irregularidades de pequena
escala ocorrem com mais frequência durante o máximo do
ciclo solar [figura 3].
Fig. 3: Profundidade global do desvanecimento de cintilação durante a
baixa e moderada atividade solar.
Nascer do Sol Pôr do Sol
Hora Local
XXXI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES – SBrT2013, 1-4 DE SETEMBRO DE 2013, FORTALEZA, CE
A existência destas estruturas em pequena escala afetar
seriamente a natureza das ondas de RF como sua propagação
através da ionosfera.
IV. VISÃO MICROSCÓPICA DE PROPAGAÇÃO NO
PLASMA
Partículas carregadas no plasma magnetizado, naturalmente,
sofrer movimento de giro, ou movimento circular em torno
das linhas do campo magnético, e força o movimento sob a
influência de um campo elétrico variável no tempo. Este
movimento complexo de cargas originam correntes
secundárias. Estas correntes, por sua vez, modificar as
propriedades de ondas eletromagnéticas que se propagam no
plasma [10].
Quando uma partícula circular se desloca sobre uma linha
do campo magnético, é empurrada ao mesmo tempo ao longo
de um caminho linear [11]. Há dois modos de movimento: o
extraordinário, onde o movimento é forçado na mesma direção
que o movimento de giro e o modo comum, ao qual seu
movimento de giro é forçado à direções opostas [figura 4].
O tempo harmônico do campo elétrico (harmônicas de
propagação) afetam o movimento dos elétrons circulando
sobre os campos.
Fig. 4: Do lado esquerdo trajetórias de elétrons sob a influência do giro
movimento e movimento forçado. Modo extraordinário: movimento forçado na mesma direção, com movimento de giro natural; Modo comum:
movimento forçado a direção oposta movimento de giro natural.
Estes movimentos afetam as características de propagação
da onda em si. A alteração forçada da frequência também
altera o tamanho da resposta [12].
No plasma pode haver perda de energia através de colisões,
que converte o movimento ordenado de cargas em movimento
desordenado (aquecimento).
Duas classes de colisões são importantes na maioria dos
plasmas:
A. Colisões de elétrons neutros – colisão de elétron
com uma molécula neutra dispersando-se algum
ângulo;
B. Colisões íon-eletrônicas - um elétron desloca-se
para fora de um íon através da interação das forças
de Coulomb;
C. Colisões eletrônicas neutras são importantes em
gases parcialmente ionizados.
Fig. 5: Tipos importantes de colisões.
Em uma colisão elástica, o elétron consegue se movimentar
por um pequeno momento depois da colisão através das
interações das forças de Coulomb. Em uma colisão inelástica,
o elétron perde toda a sua força e não se movimenta [figura 5].
As duas últimas formas de colisões mostram colisões de
elétrons-neutros, atingindo a molécula neutra (O2, por
exemplo) e dispersando-se em algum ângulo mostram que o
elétron possui algum impulso após a colisão perdendo toda sua
força [13].
O movimento ordenado será interrompido sempre que
houver uma colisão. Este processo é basicamente a perda
através de aquecimento, uma vez que temos ordenado o
movimento coerente do elétron interrompendo seu movimento
chocando-o com outras partículas.
V. VISÃO FLUIDA
Devido ao grande número de partículas, o plasma é mais
frequentemente tratado como um fluido acoplado com as
equações de Maxwell e uma força adicional do termo Lorenz
[14].
O que isto significa é que o plasma pode ser descrito usando
equações de Maxwell e as duas equações de conservação da
quantidade de movimento e de conservação e massa.
As perdas colisionais são modeladas como um termo de
atrito linear simples, no momento final da conservação da
equação.
A condição de continuidade (conservação de massa) é:
0
ee
e uNt
N (1)
Onde a condição de tempo é:
eeeeeeeeee
ee unmBuENqpuut
uNm
(2)
A equação se justifica que a taxa de variação das partículas
num ponto é equilibrada por um fluxo para dentro e para fora
de um pequeno volume em torno desse ponto.
As variáveis das equações são:
A. Ne é a densidade numérica de elétrons;
B. ue é a velocidade média dos elétrons;
C. qe e eu são a carga e a massa de um respectivo
elétron.
Comum Extraordinário
Coulomb
Elástica
Não elástica
Extraordinario Extraordinario
XXXI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES – SBrT2013, 1-4 DE SETEMBRO DE 2013, FORTALEZA, CE
D. Nu é a frequência de colisão;
E. ep é a pressão de elétrons.
A outra equação é basicamente de equilíbrio e força. É mais
difícil de interpretar, mas as partes importantes são os dois
termos mais à direita:
A. A força de Lorenz é adicionada a essas equações,
tal como qualquer força externa seria em
simulações de fluidos;
B. O termo colisão pode ser explicado como a taxa de
perda de impulso devido às colisões - N*m*u é o
impulso por unidade de volume. Multiplicando-a
por a taxa de colisão basicamente torna uma taxa, e
subtraindo o torna uma perda.
Escrevendo perdas desta forma assumimos implicitamente
que todos os momentos de um elétron são perdidos colisões.
Ele bate em um neutro e para. Na realidade, não é assim tão
simples, mas é um bom modelo e Nu (frequência de colisão) é
geralmente uma medida de quantidade "eficaz" de qualquer
maneira.
Perdas colisionais são modeladas como um termo de atrito
linear simples.
É comum para soltar os termos de pressão e convectivas,
produzindo a equação do "plasma frio linearizado":
eeeeeee
ee uNmBuENqt
uNm
(3)
Na verdade, a conservação da equação de condição de
tempo pode muitas vezes ser ainda mais simplificada através
da supressão da convecção e condições de pressão, obtendo-se
a equação de plasma frio linearizado na parte inferior.
A corrente e a carga estão relacionadas com a densidade e
velocidade eletrônica:
ee
eee
qN
uqNJ
(4)
Fazendo a substituindo, podemos reescrever as equações de
fluidos como relações entre J, E, e da densidade de carga:
EJ
Jt
e
0 (5)
Ou seja, a conservação da massa é a mesma que a
conservação de carga, e a equação reduz a quantidade de
movimento linear de uma relação entre a corrente e o campo
elétrico através de um tensor de condutividade 3x3 eliminando
o termo de velocidade do fluido [15].
Supondo que o campo magnético se orientado ao longo do
eixo z, a condutividade tensor é:
e
ece
e
ee
ce
ce
ce
m
Bq
m
jqN
j
JH
j
j
H
H
22
2
22
2
22
2
00
0
0
(6)
Arbitramos que o campo B está na direção z girando apenas
para uma melhor compreensão.
Onde 2
ce é a frequência ciclotrônica; os outros símbolos
continuam com a mesma correspondência. A condutividade ao
longo da direção z não é afetada pelo campo magnético
(plasma desmagnetizado). Para haver uma onda plana, o
tensor de condutividade e a permissividade do tensor são
completamente equivalente a complexa permissividade do
tensor é:
jI0
(7)
VI. RELAÇÃO DE DISPERSÃO
A relação de dispersão tem um conceito muito simples e
esta abordagem é completamente geral para qualquer meio
com um tensor com permitividade 3x3.
O vetor de índice de refração é basicamente apenas um
vetor de onda normalizada. A sua direção é a direção de
propagação e a sua magnitude é o índice de refração na
direção. Em geral, existem quatro soluções para o índice de
refração de uma dada direção, que correspondem a diferentes
modos de propagação no plasma [16].
A propagação no meio é descrita pela relação de dispersão,
que se refere ao vetor de onda k para a frequência da
propagação de uma onda eletromagnética.
Para encontrar a relação de dispersão, as equações de
Maxwell precisam ser escritas como:
BEk
EBk
00 (8)
Substituindo para eliminar B, tem-se:
000
2 EEKK (9)
Reescrevendo em notação matricial e definindo o vetor de
índice de refração n = (kc)/, temos:
0 EnInnn TT
(10)
XXXI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES – SBrT2013, 1-4 DE SETEMBRO DE 2013, FORTALEZA, CE
Uma solução não trivial (E0) para este sistema de
equações requer o determinante:
0det ITT nnnn (11)
Esta relação de dispersão funciona para qualquer meio com
permissividade de tensor, não apenas no plasma.
VII. CONCLUSÕES
Tendo em vista a complexidade das características da
ionosfera, observando os inúmeros fenômenos que apoiam sua
instabilidade como meio permissivo, é visto que o
monitoramento e a criação ou descoberta de novos parâmetros
é necessária, para um maior aproveitamento do meio fazendo
as corretas previsões dos fatores que atenuam a região.
A variabilidade do meio ionosférico e a cintilação, tanto
quanto a relação de dispersão ajudam nos cálculos corretos e
mais precisos afim de, compreender melhor esta camada da
atmosfera utilizando-a cada vez mais,, não só para pesquisas,
mas para uso constante de uma região que se comporta como
um guia de onda quase que perfeito.
VIII. REFERÊNCIAS
[1] K. Davies: “Ionospheric Radio”, Peter Peregrinus Ltd., London, 1990.
[2] W. J. H. Kirchhoff: “Introdução à Geofísica Espacial”. São Paulo: Nova
Stella. 1991. [3] K. Davies, E. K. Smith: “Ionospheric Effects on Satellite Land Mobile
Systems”, IEEE Antenna’s and Propagation Magazine, Vol 44, Nr 6, 2002, pp 24-31.
[4] J.K. Hargreaves: “The solar-terrestrial environment”, Cambridge
Atmospheric And Space Sciences series, Cambridge Univ. Press, Cambridge, UK, 1992.
[5] A. A. Leithold: “Reflexão Ionosférica: Como a Radiofrequência Reflete
na Ionosfera, Lei de Snell.” Curitiba. 2010, pp 3. [6] A. S. Jursa: “Handbook of Geophysics and the Space Environment”, Air
Force Geophysics Lab, Hanscom AFB, MA, 1985.
[7] M. C. Kelley: “The Earth’s Ionosphere: "Plasma Physics and Electrodynamics”, Academic Press, 1989.
[8] A. Leick: GPS satellite surveying. 2.ed. New York: John Wiley & Sons,
1995.560p. [9] K.G. Budden, F.R.S.: "The propagation of radio waves: The Theory of
Radio Waves OF Low Power in the Ionosphere and Magnetosphere",
Cambridge University Press 1985. 685p. [10] T. Chevalier: “Terminal impedance and antenna current distribution of a
VLF electric dipole in the inner magnetosphere”, IEEE Transactions on
Antennas and Propagation, accepted for publication. 2006 [11] N. Lehtinen: “Emission of ELF/VLF waves by harmonically varying
currents in stratified ionosphere, with application to emission by a
modulated electrojet”, Geophysical Research Letters. 2007. [12] J. A., Ratcliffe: The Magneto-ionic Theory and its Applications to the
Ionosphere - A monograph. Cambridge University Press. 1959.
[13] T., Nygren: “A simple method for obtaining reflection and transmission coefficients and fields for an electromagnetic wave in a horizontally
stratified ionosphere” - Planet. Space Sci., Vol 29, No 5, pp. 521-528,
1981. [14] J.A. Bittencourt: Fundamentals of Plasma Physics, Third Edition -
Springer 2004.
[15] L. Kalluri: “Three-dimensional FDTD simulation of electromagnetic
wave transformation in a dynamic inhomogeneous magnetized plasma” -
IEEE Transactions on Antennas and Propagation, Vol 47, No 7, July
1999. [16] Nathan B., Eugeniu P."Ionosphere and Applied Aspects of Radio
Communication and Radar". CRC Press, 2008. 600p.