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ABRIL | MAIO | JUNHO 2020 | EDIÇÃO 185 O CONHECIMENTO ALIADO À VONTADE DE PROSPERAR 12 SUSTENTABILIDADE PROGRAMA PROPRIEDADE SUSTENTÁVEL TRAZ NOVIDADES AO PRODUTOR TECNOLOGIA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM A QUALIDADE DAS SEMENTES 16

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A B R I L | M A I O | J U N H O 2 0 2 0 | E D I Ç Ã O 1 8 5

O CONHECIMENTO ALIADO À VONTADE DE PROSPERAR

12 SUSTENTABILIDADEPROGRAMA PROPRIEDADE SUSTENTÁVEL TRAZ NOVIDADES AO PRODUTOR

TECNOLOGIAPESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM A QUALIDADE DAS SEMENTES

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CRISTIANO ROTHDIRETOR DE TABACO DA SOUZA CRUZ

AMIGOSPRODUTORES

ROTH ASSUME A DIRETORIA DE TABACO

Boas práticas, inovações e tecnologias aos produtores integrados fazem

parte do investimento constante da Souza Cruz. Tudo isso, é impulsionado pela nova geração de produtores que busca através de conhecimento investir mais em suas propriedades. E é através da área de pesquisa agrícola, que visamos atingir os melhores resultados tendo mais qualidade, aumento da produtividade, menor uso de insumos e defensivos agrícolas durante a safra.

Os investimentos impactam positivamente em toda a cadeia produtiva do tabaco, transformando a Souza Cruz na referência da BAT, em que as inovações são compartilhadas com outras operações do grupo.

Nesta edição da OPIT, daremos destaque para a produção das sementes, a tecnologia utilizada e às pessoas que auxiliam no desenvolvimento das melhores cultivares. São anos de estudo e melhoramento decisivos para que se obtenha sementes com alta performance.

Mas os estudos avançam por diversas áreas. No manejo de solo, por exemplo, o produtor ganha mais um aliado, o mapeamento georreferenciado da fertilidade do solo, indicando a necessidade da correção do solo para uma produção ainda mais eficaz.

Essa e tantas outras iniciativas, indicam a sustentabilidade desta cadeia produtiva cada vez mais próspera.

Boa leitura a todos e um grande abraço!

A partir do mês de Abril, Cristiano Roth assume a função de Diretor do Departamento de Tabaco da Souza Cruz e

passa a assinar o Editorial da Revista O Produtor Integrado de Tabaco (OPIT). Roth iniciou a sua trajetória na empresa em 1996, tendo a oportunidade de conhecer os mais diferentes setores da Souza Cruz.No sul do Brasil, atuou em todas as áreas do Departamento de Tabaco: Industrial, Supply Chain, Exportação e Produção Agrícola.Na Inglaterra e Costa Rica atuou como Gerente do Global Leaf Pool e Gerente de Supply Chain Regional.Atualmente Roth estava baseado na Matriz da Souza Cruz no Rio de Janeiro, onde atuou como Diretor de Operações desde 2018, responsável pela fábrica de cigarros em Uberlândia/MG, a área de compras, desenvolvimento de novos produtos e a distribuição de cigarros no Brasil.Em Tabaco, quando Roth era Gerente Nacional de Produção Agrícola, foi um dos idealizadores da área de Sustentabilidade, levantando a bandeira da criação da Plataforma do Produtor Rural Sustentável, a fim de estimular ainda o planejamento e gestão da propriedade, além do cuidado com a saúde e segurança do produtor, com um olhar mais atento a erradicação da mão de obra infantil e a preservação da mata nativa. “A Souza Cruz sempre se preocupou com o produtor integrado e a Plataforma tornou possível a melhoria da rentabilidade e da qualidade de vida nas pequenas propriedades”, afirma Cristiano.Roth, que conhece de perto a realidade dos nossos produtores no campo e da pequena rural, destaca a responsabilidade de assumir os desafios do cargo e já tem objetivos traçados: Fortalecer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) para que o Brasil não perca espaço no mercado internacional. “O SIPT, que já tem mais de 100 anos, é hoje um modelo para outras culturas, É um trabalho de sucesso que merece reconhecimento”, ressalta.“Precisamos continuar evoluindo na produção de tabaco no Brasil, adotando novas tecnologias , garantindo uma produção sustentável, com melhoria permanente de qualidade e produtividade.”

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O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACOé uma publicação da Souza Cruz LTDA

Destinada aos produtores integrados de tabaco da empresa. As opiniões manifestadas por terceiros não refletem necessariamente o posicionamento da empresa.

Comitê editorial: Cristiano Roth, Sérgio Ricardo Pinto Pereira, Felipe Hayashi, Riscala Mocelin, Sandra Müller Becker, Sabrine Wagner, Laura Blesz Rech e Gabriela Souza.

Jornalista Responsável: Anna Luiza Cardoso Costa

Projeto Gráfico eProdução Editorial:Agência Batucaagenciabatuca.com.br

Foto Capa:Gelson Pereira

CAPAO CONHECIMENTO ALIADO À VONTADE DE PROSPERAR

MAPEAMENTO DE FERTILIDADE DO SOLO TECNOLOGIA QUE FACILITA A VIDA DO PRODUTOR

06 JOVEM EMPREENDEDORO GOSTO PELA AGRICULTURA ASSOCIADO AO RETORNO FINANCEIRO

ESPAÇO CRIATIVOCRIATIVIDADE E NATUREZA PRESERVADA

SAÚDE E SEGURANÇATRATORES AGRÍCOLAS DEVEM SER OPERADOS COM RESPONSABILIDADE

RECEITAUMA SOBREMESA DE VERÃO

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16TECNOLOGIAPESQUISA E NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM A QUALIDADE DAS SEMENTES

CRESCER LEGALINFÂNCIA NO CAMPO: MOMENTO DE ESTUDAR E BRINCAR

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12SUSTENTABILIDADEPROGRAMA PROPRIEDADE SUSTENTÁVEL TRAZ NOVIDADES AO PRODUTOR

W W W . P R O D U T O R S O U Z A C R U Z . C O M . B R

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4 C A P A

PAULO SÉRGIO PREISLER E CLEONICE PREISLER – RIO NEGRO/PR

O agronegócio brasileiro evolui rapidamente e exige que os

agricultores busquem conhecimento para manter a sustentabilidade do seu negócio. Para prosperar, as propriedades rurais precisam ser encaradas como empresas, com produtores atentos às novas tecnologias e adaptados ao uso de ferramentas de gestão. Por isso, é fundamental adquirir conhecimento

O CONHECIMENTO ALIADO ÀVONTADE DE PROSPERAR

para planejar e gerenciar a propriedade com mais prosperidade e qualidade de vida.O produtor Paulo Sérgio Preisler viu a necessidade de mudança depois da falta de resultados satisfatórios nos últimos anos. “Parecia que quanto mais a gente trabalhava, menos sobrava”, argumenta. De 2010 a 2018, o produtor se dedicou com mais afinco à produção de hortigranjeiros.

Porém, por mais que seus produtos tivessem qualidade, não conseguia manter a propriedade com o que recebia pela comercialização. “Na época, a gente também não tinha um controle total da nossa contabilidade”, revela.Na propriedade de 11 hectares na localidade de Lençol, em Rio Negro (PR), a família cultiva tabaco e o pai de Paulo, Sérgio Preisler, possui uma granja para a criação de frangos. Sérgio também é presidente do Sindicato Rural de Rio Negro e foi na entidade que encontrou uma alternativa para o controle que o filho precisava aplicar na propriedade. Por intermédio do sindicato, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) disponibilizou o curso do Programa Empreendedor Rural (PER) para os produtores do município. “Logo falei para o Paulo e, depois de se informar, ele aceitou participar”,

SÉRGIO PREISLER, MARIA VALERIO PREISLER, GERALDO VEIGA, EDUARDO RODRIGUES PREISLER, EMANOEL RODRIGUES PREISLER, CLEONICE RODRIGUES PREISLER E PAULO SÉRGIO PREISLER

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5C A P A | W W W . P R O D U T O R S O U Z A C R U Z . C O M . B R

PROPRIEDADE11 hectares próprios

+ 13 hectares arrendados

TABACO8,2 hectares (160 mil pés)

PRODUTIVIDADE3.350 kg/ha

ESTUFAS4 LL próprias + 1 alugada

REFLORESTAMENTO1 hectare de

Eucalipto

MATA NATIVA2 hectares

“QUERO SER UM GRANDE PRODUTOR DE TABACO”.

P A U L O S É R G I O P R E I S L E R

comenta Sérgio.Em maio de 2019, Paulo Sérgio iniciou o PER e começou a adquirir conhecimentos de gestão que seriam colocados em prática na propriedade para promover as mudanças necessárias. Seguindo os ensinamentos do curso, o produtor fez um levantamento dos bens, das despesas, dos custos de mão de obra e dos valores que recebia pela produção. Nas aulas, Paulo precisava fazer um projeto que, de acordo com ele, incentivasse o planejamento de um investimento futuro. “Mas não era isso que eu queria”, lembra.Então, Paulo sugeriu que seu projeto fosse voltado ao desenvolvimento da propriedade e a busca de rentabilidade que pudesse melhorar a situação da família. Assim surgiu o projeto de ‘Ampliação da produção e da qualidade do tabaco’, com um planejamento de melhoria contínua através de ações e metas a serem cumpridas no prazo de cinco anos. “Passamos a controlar a nossa

contabilidade, anotando todas as despesas, buscando os melhores preços e fizemos a gestão, não só da propriedade em si, mas também da lavoura, cumprindo todas as recomendações à risca”, explica.Paulo teve no orientador agrícola da Souza Cruz, Geraldo Veiga, um parceiro na execução do seu planejamento. Além de seguir as recomendações do pacote tecnológico, o produtor passou a observar a maturidade ideal para

colheita do tabaco, usar mesa vazada para separar o produto e fazer o fardo padrão conforme as exigências da empresa. Paulo já sentiu os efeitos da nova realidade na propriedade e acredita que vai conseguir atingir algumas metas antes do previsto. Ele está confiante e já vê um futuro mais promissor. “Quero ser um grande produtor de tabaco”, afirma. A esposa Cleonice também percebe o progresso. “Parece que a gente está trabalhando mais leve, mais tranquilo, sabendo que estamos fazendo as coisas certas e no momento certo”, comenta ela.

CONFIRA A MATÉRIA

NA ÍNTEGRA EM VÍDEO!

É simples! Ligue a câmera do seu celular, aponte para o QR Code, acesse o link e assista.

PAULO SÉRGIO E CLEONICE PREISLER

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6 M A P E A M E N T O D E F E R T I L I D A D E D O S O L O

MAPEAMENTO DA FERTILIDADE DO SOLO, FOCO NA PRODUÇÃO

EDEVALDO RENGEL - IMBUIA/SC

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A amostragem, a correção e o manejo do solo são etapas

cruciais para que o produtor possa alcançar a produtividade desejada e a qualidade exigida pelo mercado. A Souza Cruz trabalha constantemente para que o produtor tenha acesso a melhor tecnologia de amostragem de solo para diagnosticar sua correção, se necessário, assegurando os melhores resultados em todas as glebas da propriedade rural. A correta amostragem (análise de solo) proporciona a geração de laudos confiáveis e precisos, possibilitando a correção de forma pontual de cada gleba, o que

resulta em melhores condições para o desenvolvimento da lavoura com alto potencial produtivo e excelentes índices de qualidade.E para conseguir mapear de forma assertiva, uma empresa

especializada em amostragem de solos é responsável pela coleta das amostras e pela geração dos laudos e mapas de recomendação em uma plataforma digital e impressos, que vai apresentar o diagnóstico de cada gleba ao produtor. “Essa amostragem de solo tem um diferencial muito grande, pois é coletada a cada meio hectare da propriedade uma amostra (composta por 10 sub-amostras) e, assim, vai formar um mapa com o diagnóstico exato das necessidades das áreas”, explica o analista de Pesquisa da Souza Cruz, Juliano de Jesus.

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“A ANÁLISE DE PRECISÃO ME AUXILIOU MUITO POIS TIVE A POSSIBILIDADE DE MANEJAR O SOLO DA MINHA ÁREA DE TABACO SABENDO EXATAMENTE ONDE ERA NECESSÁRIO FAZER A CORREÇÃO”.

E D E V A L D O R E N G E L

ANDERSON CORDEIRO, JULIANO DE JESUS, ANDERSON PAUL E EDEVALDO RENGEL

EXEMPLO DE MAPEAMENTO E AMOSTRA DE SOLO

0,97 ha 0,5 ha0,61 ha 1,21 ha0 - 5000 6500 - 85005000 - 6500 8500 - 10500

CALCÁRIO AJ PH 6

"O principal objetivo desta análise estruturada, é conquistar a fertilidade do solo da propriedade, através da melhoria contínua das condições físicas, químicas e biológicas do solo, complementada pelo correto mapeamento, análise e interpretação do solo para que seja realizada com mais assertividade as ações de correção de PH e nutrientes do solo", complementa o analista de difusão de tecnologias, Anderson Cordeiro.Esse mapeamento irá disponibilizar uma recomendação adequada,

no momento correto e com as quantidades necessárias de corretivos e fertilizantes. “Existem muitas variações de tipos de solos numa propriedade, por isso o mapa facilita a visualização das áreas que necessitam de correções, gerando mais eficiência e redução de custo”, argumenta Juliano. O analista frisa ainda que, ao longo do tempo, existe a possibilidade de rastrear glebas que possivelmente tiveram algumas diferenças de manejo. “Nesse caso é possível equilibrar os níveis de nutrientes do solo”.

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PROPRIEDADES10,5 hectares

REFLORESTAMENTO3,5 hectares de

eucalipto

TABACO4,8 hectares (80 mil pés)

PRODUTIVIDADE4.500 kg/ha

MILHO5 hectares

CEBOLA1,5 hectares

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EDEVALDO, FLÁVIA E O PEQUENO DAVI EDEVALDO RENGEL

>>>

De acordo com Juliano, a empresa especializada em amostragem de solo contratada realiza a coleta no tempo certo, com equipamentos modernos e equipe especializada seguindo as recomendações repassadas pela Souza Cruz. “O mais importante para o produtor é que ele tenha em mãos os laudos e um mapa, o que possibilita um correto manejo quanto à correção do solo (Ph) e a fertilização (NPK)”, salienta Juliano. A partir dessas informações, o produtor pode fazer o seu planejamento e definir as áreas mais apropriadas para o plantio da sua safra.

NA PRÁTICAEdevaldo Rengel, 38 anos, é produtor integrado à Souza Cruz há duas décadas. Na propriedade de 10,5 hectares na localidade de Alto Ivaí, em Imbuia (SC), ele planta 80 mil pés de tabaco Virgínia.De família produtora de tabaco, Edevaldo realizava o manejo de solo convencional e tinha uma produtividade de 2.900 kg/ha. A partir de 2015 começou a implantar as tecnologias de melhoria de solo. Adquiriu um Arado Aleirador e utilizou adubação verde de verão. No mesmo ano construiu o canteiro padrão e participou do programa de Difusão de Tecnologias. No ano seguinte, realizou o plantio em curva de nível, além de utilizar a cama de

os objetivos. “No planejamento da próxima safra ele tem programado o plantio do centeio como adubação verde de inverno e capim sudão como adubação de verão”, destaca Paul, salientando que o produtor realiza uma rotação de áreas para o plantio das suas culturas. “E com as informações que ele tem da sua propriedade, Edevaldo já está fazendo um planejamento das próximas três safras”, comenta Cordeiro. Para Edevaldo, toda essa tecnologia não só traz mais qualidade, mas também produtividade e rentabilidade. Além disso, ele, a esposa, Flávia Allein Rengel, 30 anos, e o pequeno Davi Edevaldo Rengel, de 1 ano, tem mais qualidade de vida na propriedade.

ENTENDA COMO FUNCIONA

aviário como adubação orgânica.Em 2017, implantou a fertirrigação e o mapeamento de fertilidade do solo, na cultura do tabaco, em sua propriedade. “A análise de precisão me auxiliou muito pois tive a possibilidade de manejar o solo da minha área de tabaco sabendo exatamente onde era necessário fazer a correção”, comenta Edevaldo. A partir de então, a produtividade aumentou atingindo a marca de 4.500 kg/ha pela terceira safra consecutiva.O orientador agrícola Anderson Paul e o analista de Difusão de Tecnologias Anderson Cordeiro vêm acompanhando Edevaldo nos últimos anos e reforçam a dedicação do produtor para alcançar

M A P E A M E N T O D E F E R T I L I D A D E D O S O L O

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TRATORES AGRÍCOLAS DEVEM SEROPERADOS COM RESPONSABILIDADE

- A operação de tratores agrícolas é permitida apenas para maiores de 18 anos treinados e capacitados por instituições devidamente credenciadas e com a carga horária mínima estabelecida pela NR 31;

- É obrigatório o uso de proteção nas partes móveis dos tratores e implementos, como proteção do eixo cardan;

- Deve-se ter atenção redobrada na operação em terrenos acidentados, devendo sempre se levar em consideração o manual do operador;

- O operador deve ter atenção especial sobre a utilização e uso de lubrificantes e óleo diesel;

- Os pneus devem estar em perfeitas condições de uso, sem rachaduras e com a pressão de inflação corretas;

- O operador só deve trabalhar com a máquina quando estiver em perfeitas condições de saúde, caso contrário pode colocar a sua vida e de outras pessoas em risco.

- O trator deve estar em perfeitas condições de uso e com o plano de manutenção realizado corretamente, com atenção especial ao sistema de freio de serviço, freio estacionário, sistema elétrico e de partida, embreagem, entre outros;

• Durante a operacionalização do trator, crianças devem ser mantidas há uma distância segura; • NUNCA utilize a proteção da roda como assento; • Não utilize o celular enquanto opera o trator;

Uso obrigatório do Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo, como botinas, óculos e protetor auricular;

- As máquinas só podem ser utilizadas em atividades devidamente homologadas pelo fabricante;

- É obrigatório o uso do cinto de segurança nos tratores que possuem Equipamento de Proteção contra Capotamento (EPCC);

T ratores agrícolas são grandes facilitadores do trabalho no

campo, além de diminuir a mão de obra. Porém, se for mal utilizado, os operadores ficam expostos aos riscos de acidentes. Para normatizar esta atividade, há mais de uma década foi criada a NR 31, que organizou e regulamentou as possíveis fontes de riscos na operação de tratores agrícolas.Para esclarecer dúvidas, o instrutor Marcos Haerter, responsável pela área de mecanização agrícola do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), dá dicas a serem observadas pelos operadores.

18+ !!

!!

9W W W . P R O D U T O R S O U Z A C R U Z . C O M . B R S A Ú D E E S E G U R A N Ç A

• NUNCA atravesse na frente de um trator em operação; • No momento de colheita, não sobrecarregue a carga para evitar possíveis tombamentos do trator.

LEMBRE-SE!

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10 C R E S C E R L E G A L

INFÂNCIA NO CAMPO: MOMENTO DEESTUDAR E BRINCAR

"B rincadeira de criança, como é bom, como é bom!”... A

letra da música enfatiza toda a beleza da infância, período do desenvolvimento do ser humano que vai do nascimento ao início da adolescência. Segundo especialistas, é neste período que as crianças desenvolvem as mais diferentes habilidades, marcadas por interação, descobertas e crescimento.No setor fumageiro, por exemplo, uma grande mobilização das empresas e das entidades representativas dos produtores iniciou, há mais de 20 anos, em 1998, com a assinatura do Pacto pela Erradicação do Trabalho Infantil a criação do Programa O Futuro é Agora.Esta iniciativa produziu excelentes resultados práticos e em 2011 passou a denominar-se Programa Crescer Legal, ampliando a sua abrangência. Já em 2015, a ideia consolidou-se na criação do Instituto Crescer Legal, iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas. “O Crescer Legal teve a adesão de pessoas envolvidas com a agricultura, a educação e o direito, com a meta de ofertar oportunidades de formação profissional aos adolescentes no meio rural, com atividades próprias a sua fase de desenvolvimento”, destaca a gerente do Instituto, Nádia Fengler Solf. A preocupação com as crianças e adolescentes que vivem nas propriedades produtoras de tabaco passou a fazer parte da rotina

das empresas. A Souza Cruz, por exemplo, controla a matrícula e a frequência escolar de 100% dos filhos e dependentes de produtores integrados em idade escolar. Em 2018, foram 10.250 estudantes monitorados, de 1.380 escolas da Região Sul do Brasil. Mas, quando não estão na escola, o que fazem as crianças e adolescentes que vivem no campo? A Revista OPIT foi até o município de Jaguari (RS) para ver a rotina dos irmãos Gabriel, 16 anos, e Rafael, 8.

BRINCADEIRAS – A vida no campo é marcada, principalmente, pela sensação de liberdade. Nas propriedades do interior existem áreas abertas para correr, brincar e praticar esportes, árvores para subir e açudes para pescar. Gabriel e Rafael aproveitam bastante a

tranquilidade dos 10 hectares de terras na localidade de Fontana Freda, em Jaguari (RS).Até 2019 os irmãos estudavam na mesma escola na cidade. Como Gabriel concluiu o Ensino Fundamental (EF), neste ano vai cursar o 1° ano do Ensino Médio na Escola Estadual Guilhermina Javorski. Rafael permanece na Escola Municipal São José, onde vai para o 3° ano do EF. Gabriel e os amigos que moram nas propriedades vizinhas curtem os dias jogando futebol e andando a cavalo. Aliás, a grande paixão de Gabriel e Rafael é cavalgar. Nas férias, Rafael ganha a companhia dos

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1998LINHA DO TEMPO

PROGRAMA DE APRENDIZAGEM PROFISSIONAL RURAL

O setor lança o Programa O Futuro é Agora! para o combate do trabalho infantil;

TOTAL: 333 jovens* Já iniciado ** Em formação

É assinado o termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho;

Setor inicia os Ciclos de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente;

MARÇO: Assinado Acordo

Judicial com o Ministério Público

do Trabalho de Brasília;

MAIO: É lançado

o Programa Crescer Legal;

SindiTabaco propõe a criação

do Instituto Crescer Legal agregando pessoas da área da educação e do direito, além de empresas e

entidades ligados à produção do

tabaco;

primos que visitam a propriedade e as brincadeiras brotam. O futebol foi tão praticado que até a bola não resistiu e furou na visita de final de ano.Com relação ao futuro, Gabriel já tem planos. Pela região contar com muitos quartéis do Exército Brasileiro, Gabriel e os amigos mais próximos pensam em ter uma carreira no Exército. Os pais, Adriano Antônio, 44 anos, e Lucélia Pires Salin, 38, não são contra o sonho do menino. “Nós damos total liberdade para escolherem o futuro deles. A nossa única exigência é que estudem”, destaca Lucélia.

INTERNET – Uma realidade cada vez mais comum na vida das crianças do interior dos municípios é a presença da internet. A modernidade acaba ocupando parte do dia. “A gente limita o uso, mas volta e meia estão utilizando o celular”, comenta Lucélia. Ela lembra que, pela falta de amigos próximos, Rafael é o que mais utiliza a ferramenta. “Mas ele gosta também

de participar da vida na propriedade e dos animais”, salienta a mãe.

DIFERENÇAS – Adriano e Lucélia tiveram infâncias diferentes. O pai sempre morou no interior, produzia os próprios brinquedos e tinha nas pescarias a grande diversão. Os carrinhos de lomba também fizeram

parte daquela vida no campo. Já Lucélia teve uma infância na cidade. Nascida em São Vicente do Sul, município vizinho, ela e as duas irmãs gostavam muito de andar de bicicleta e jogar vôlei com as amigas. “Mas a vida no interior, com toda essa liberdade, não tem preço. Eu não troco por nada”, argumenta Lucélia.

2008

2009

2011 2015CICLOS DE

CONSCIENTIZAÇÃO- 6 seminários nos três Estados

do Sul (2 em cada Estado);- Participação de quase

3 mil pessoas.

* Desde o início da iniciativa foram realizados 66 seminários

e ciclos de conscientização, totalizando participação de

quase 30 mil pessoas.

GABRIEL SALIN, LUCÉLIA PIRES SALIN, RAFAEL SALIN E ADRIANO ANTÔNIO SALIN.

O Instituto Crescer Legal realiza um Programa de Aprendizagem Profissional Rural que, desde a sua criação, já qualificou 333 jovens.

2017 2018 2019 20205 turmas84 jovens

7 turmas120 jovens

7 turmas129 jovens

7 turmas*140 jovens**

2019

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12 P R O P R I E D A D E S U S T E N T Á V E L

ELOIR OLEINIK E CLEVERSON OLEINIK – VIRMOND/PR

PROPRIEDADE SUSTENTÁVEL TRAZ NOVIDADES PARA O PRODUTORHá 12 anos surgiu o programa

Propriedade Sustentável, desenvolvido pela Souza Cruz, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e federações dos três estados do Sul. “A partir desse programa, o produtor introduziu a cultura da gestão na propriedade, analisando os números da sua produção, sabendo assim o que está realmente dando lucro para a família”, destaca o orientador agrícola da Souza Cruz, Adélio Afonso Schneider.

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Nestes 12 anos, 240 propriedades nos três Estados do Sul do Brasil aderiram ao Propriedade Sustentável. A família Oleinik, da localidade de Campo das Crianças, em Virmond (PR), participa há sete anos. “O programa propôs algumas mudanças na organização da propriedade, através da contabilidade e do acompanhamento, o que proporcionou uma melhoria na rentabilidade. Por consequência, mais qualidade de vida, visando a prosperidade - que é um dos pilares do programa”, explica o coordenador do programa Propriedade Sustentável, Rafael Sidooski.Os irmãos Eloir e Cleverson Oleinik herdaram do pai a administração da propriedade. Durante mais de duas décadas, Pedro Frederico Oleinik produziu tabaco Burley, soja e milho, além de criar gado de corte. Os dois

deram continuidade na produção, mas não estavam satisfeitos com os resultados obtidos. Foi então que o orientador Adélio Schneider viu potencial nos produtores e a oportunidade de implementar o Propriedade Sustentável. “Daí a gente aprendeu a fazer conta de verdade”, afirma Eloir.Para obter os resultados, os irmãos passaram a utilizar um sistema de contabilidade agrícola, desenvolvido pela Epagri para gerenciar propriedades rurais. A partir dessa ferramenta foi possível obter um diagnóstico mais aprofundado do negócio e fornecer ao produtor informações para a tomada de decisões. “Isso nos permite efetuar a contabilidade da propriedade e a análise das atividades e seus resultados”, ressalta Eloir. “A partir desta gestão passamos a planejar mais a produção, saber os custos

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13P R O P R I E D A D E S U S T E N T Á V E L | W W W . P R O D U T O R S O U Z A C R U Z . C O M . B R

PROPRIEDADES36,3 hectares

TABACO5,0 hectares (90 mil pés)

PRODUTIVIDADE3.200 kg/ha

PRODUTIVIDADE161,15 sacas/ha

MILHO5 hectares

(safra – 1ha e safrinha – 4ha)

FAMÍLIANa propriedade vive o aposentado Pedro Frederico Oleinik, 64 anos, com a sua esposa, Sofia Castiel Oleinik, de 56. Eloir, 29 anos, é casado com Letícia Rubilar Oleinik, 26, com quem tem um filho, Davi Miguel, de um ano e oito meses. Já Cleverson, 34 anos, e a esposa Deocleia Buskievicz, 26, tem dois filhos, Emanuel, com 4 anos, e Felipe Gabriel, de 11 meses.

“HOJE SABEMOS QUE O PRIMEIRO INSUMO É O PLANEJAMENTO”.

E L O I R O L E I N I K

Sustentável, os irmãos já conseguem fazer planejamento, não só para o ano seguinte, mas para as próximas safras. “Neste momento nós já sabemos em quais as áreas que vamos plantar a safra de 2022, ou seja, com dois anos de antecedência”, revela Cleverson.

NOVIDADE - Para 2020 o programa terá algumas mudanças. De acordo com Rafael Sidooski, o orientador agrícola do programa, além de realizar o acompanhamento técnico também auxiliava o produtor na gestão da propriedade. Na nova metodologia, ele vai acompanhar as propriedades focado na gestão e planejamento da propriedade. “A propriedade simulará uma empresa. Será realizada a contabilidade e o planejamento

técnico e financeiro, com um olhar diferenciado para os cuidados com relação à sustentabilidade total da propriedade”, explica Sidooski.O coordenador destaca que na propriedade da família Oleinik, por exemplo, o orientador Adélio Schneider vai se dedicar às áreas de gestão contábil e planejamento, enquanto o orientador agrícola Orlando Luiz Karpstein assume a orientação técnica no dia a dia. “O novo modelo é uma consultoria técnico/financeiro para o produtor, com o olhar muito mais aprofundado nas questões da sustentabilidade legal da propriedade”, argumenta Sidooski. Em 2020, o objetivo é que se alcance o número de 300 propriedades nos três Estados do Sul do Brasil.

de cada cultura e os resultados que elas nos proporcionam”, argumenta Cleverson.

MUDANÇAS – Tendo os resultados, os irmãos decidiram que não cultivariam mais a soja e passariam a investir mais na produção de tabaco. Inclusive as terras onde era plantada a soja, foram arrendadas. “Na nossa região, as duas culturas exigem cuidados no mesmo período, o que acarretava uma sobrecarga de trabalho para nós, já que não contamos com mais mão de obra”, explica Eloir. A decisão trouxe mais qualidade de vida, já que hoje eles têm mais tempo para a família.Logo na primeira safra os resultados já foram satisfatórios. Com mais tempo para se dedicar à cultura do tabaco, houve a possibilidade de dar mais atenção ao manejo da lavoura: análise e correção de solo, cobertura de inverno, plantio direto, enfim, todas as tecnologias para aumentar a qualidade e produtividade da região.

PLANEJAMENTO - A partir da implementação da gestão, os irmãos puderam saber quanto tinham investido na propriedade, qual o resultado da safra e, no final daquele ano, qual o salário de cada um dos integrantes da família. Diante desses números e com um planejamento traçado, passaram a investir em tecnologias como o canteiro padrão e galpão padrão. “Hoje sabemos que o primeiro insumo é o planejamento”, comenta Eloir.Depois de sete anos de Propriedade

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JÉSSICA ADRIANI GEHRNANN GOLDBECK - SÃO LOURENÇO DO SUL/RS

JÉSSICA ADRIANI GEHRNANN GOLDBECK E LEANDRO KARNOPP LEMKE

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O GOSTO PELA AGRICULTURA ALIADO AO RETORNO FINANCEIRO

PROPRIEDADE76 hectares

TABACO3,9 hectares (65 mil pés)

PRODUTIVIDADE3.300 kg/ha

MILHO7 hectares (silagem e ração)

SOJA13 hectares

LEITE5 mil litros por mês (16 vacas em lactação)

J éssica Adriani Gehrnann Goldbeck, 26 anos, se

caracteriza como uma pessoa tímida. Porém, a timidez não se reflete nas iniciativas realizadas na propriedade de 76 hectares localizada em Harmonia, 20 Distrito de São Lourenço do Sul (RS). Juntamente com o noivo Leandro Karnopp Lemke, 28 anos, tem sob sua responsabilidade 15 mil pés de tabaco, dados pelo pai como incentivo para o início da sua produção. O pai, Cidemar Roni Goldbeck, 47 anos, produtor integrado à Souza Cruz há 24, cultiva outros 50 mil pés de tabaco Virgínia.Jéssica nunca escondeu o gosto pela agricultura, que através da produção de tabaco traz um retorno financeiro satisfatório. Aliás, empenhados em dar continuidade ao legado familiar com a agricultura, Jéssica e Leandro adquiriram em 2019 um trator novo para auxiliar no trabalho da propriedade. Além disso, juntamente com Cidemar, instalaram o canteiro padrão, de onde já retiraram mudas mais sadias e uniformes. “Aos poucos vamos implementando as novas tecnologias recomendadas pela Souza Cruz”, comenta Jéssica.A fertirrigação é uma meta a ser alcançada no futuro. Para conquistar o objetivo, um planejamento vem sendo desenvolvido pela família. “Queremos sempre buscar a evolução para melhorar a produtividade e, principalmente, a qualidade”, revela. Na lavoura, é realizada a análise, correção e preparo do solo para cada

safra, além de uma rotação de áreas. FAMÍLIA – Além do trabalho na propriedade, a produtora também gosta de fazer bolos e atuar como cabeleireira. “Fiz cursos de confeitaria e de cabeleireira”, revela, afirmando que é possível ganhar uma renda extra com essas atividades. Na propriedade ainda vivem a mãe de Jéssica, Gládis Maria Gehrnann Goldbeck, 46 anos, e os avós, Eldo Gehrnann, 70, e Vera Holz Gehrnann, 69.

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15W W W . P R O D U T O R S O U Z A C R U Z . C O M . B R E S P A Ç O C R I A T I V O

O casal Leucir, 58 anos, e Neide Terezinha Potratz, 56 anos,

vive em uma propriedade de 13,3 hectares na localidade de Rio Laranjeiras, no município de Laranjeiras do Sul (PR). Além de auxiliar o marido na lavoura, Neide gosta de cuidar da casa e das flores do jardim.Mesmo com os afazeres na agricultura, o casal sempre encontra tempo para outras atividades. Da cana de açúcar produzem o melado, que garante uma renda extra. Mas o orgulho de Leucir vem da sua produção de vinho. “O pessoal gosta muito do meu vinho”, comenta o produtor mostrando uma das garrafas. Eventualmente ele e a esposa fazem cerveja. A criatividade também pode ser vista no aproveitamento de embalagens ou outros itens que se transformariam em lixo.Certo dia, Neide observou Leucir trazendo da lavoura os sacos plásticos de adubo vazios e ficou pensando em como aproveitar aquele material. A

necessidade de uma cortina em uma das portas da residência despertou uma lembrança na produtora. “Lembrei que a minha mãe fazia capas de cadeira e cortinas e então tive a ideia de usar os sacos plásticos. Desta forma reutilizaria o material, gerando menos lixo”, revela. Como os sacos possuem letreiros da marca e, quando vêm da lavoura, estão sujos, Neide os coloca na máquina de lavar roupas com alvejante, para que fiquem limpos.Para a confecção da cortina, Neide faz um molde de papelão e, com ele, recorta os detalhes e une cada um entrelaçando através de um pequeno corte. Depois de confeccionar na altura da porta, ela faz um bandô (peça de madeira que arremata a parte superior), que pode ser revestida de tecido ou do mesmo material. “Os detalhes da cortina podem ter a forma que a pessoa quiser, basta usar da criatividade”, recomenda a produtora.

CRIE UM MOLDE PARA OS DETALHES DA CORTINA (CORAÇÃO, TRIÂNGULO)

PASSO A PASSO

RECORTE UM PAPELÃO NO FORMATO DO MOLDE ESCOLHIDO

DOBRE O SACO PLÁSTICO DEIXANDO DUPLO E RECORTE AS PEÇAS DE ACORDO COM O MOLDE

FAÇA UM PEQUENO CORTE COM A TESOURA PARA PODER UNIR AS PEÇAS

ENTRELACE UMA PEÇA NA OUTRA ATÉ A ALTURA DA PORTA

FAÇA UM BANDÔ (ARREMATE SUPERIOR DE MADEIRA) REVESTIDO DE TECIDO OU DO MESMO MATERIAL PLÁSTICO

CRIATIVIDADE QUE PRESERVA A NATUREZA

NEIDE TEREZINHA POTRATZ E LEUCIR POTRATZ – LARANJEIRAS DO SUL/PR

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Quando o produtor integrado à Souza Cruz recebe as sementes para dar início à sua

produção de tabaco não imagina o trabalho e o cuidado despendido no processo de produção e industrialização de sementes. Há mais de três décadas, a Souza Cruz investe em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para produzir, industrializar e comercializar sementes de qualidade superior. Os investimentos da empresa impactam positivamente toda a cadeia produtiva do tabaco, principalmente para produtor, que recebe sementes de alta qualidade para dar início a sua safra. Neste aspecto, a empresa é a referência do Grupo BAT, produzindo sementes que são levadas às outras operações do grupo. De acordo com o gerente de Produção de Sementes, Angenilson Delfrate, a empresa possui um programa de melhoramento que desenvolve cultivares de tabaco, visando introduzir nas cultivares características de interesse para o negócio (produtividade, resistência a doenças, qualidade etc). O desenvolvimento de uma nova cultivar leva alguns anos e é realizado em uma fazenda Experimental, localizada em Mafra (SC). O processo de produção de sementes comerciais começa a partir da semente genética oriunda do programa de melhoramento. “Costumo dizer que a semente é o veículo da tecnologia, pois leva toda a pesquisa e os melhoramentos até o produtor", explica. O processo de produção de sementes comercias é realizado na Unidade de Produção de Sementes (UPS), localizada na Fazenda Roma em Nova Esperança, no norte do Paraná.

PRODUÇÃO EM NÚMEROS

100%da base de produtores integrados

recebem as sementes

15PAÍSESrecebem sementes

nuas e peletizadas

21VARIEDADESsão produzidas para os produtores

integrados à Souza Cruz

10 A 12ANOSé o tempo de

desenvolvimento deuma nova variedade

16 T E C N O L O G I A

ANGENILSON DELFRATE E ANDRÉIA CIDRAL

PESQUISA E NOVAS TECNOLOGIAS GARANTEM AQUALIDADE DAS SEMENTES

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PASSO A PASSO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES

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A etapa de produção inicia na Unidade de Produção de Sementes (UPS), localizada em uma fazenda no município de Nova Esperança, no norte do Paraná.

É lá que acontece todas as etapas de campo (plantio, tratos culturais, manejo de pragas, coleta de pólen, polinização, colheita, secagem e trilha) para a produção de sementes comerciais certificadas dentro dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura (MAPA).

- Produção de mudas e transplante para a lavoura;- Realização dos tratos culturais;- Retirada de plantas fora do padrão e doentes (rouguing) para garantir a pureza genética e os padrões de qualidade;

- Após esse processo, em torno de 30 dias, inicia a colheita dos frutos;- Os frutos colhidos são encaminhadas para a secagem;- Quando há quantidade de sementes suficiente para a formação de um pré-lote, é realizada a trilha, rompimento do fruto para a liberação da semente;

- As sementes são armazenadas em condições controladas para posterior transferência para continuar o processo na Unidade de Industrialização de Sementes (UIS), em Rio Negro (PR).

- No campo dos machos é realizada a coleta do pólen, trabalho manual feito por colaboradoras treinadas e capacitadas, chamadas de ‘abelhinhas’. Elas vão flor a flor para retirar a parte masculina das plantas, chamadas de anteras;

- Em seguida é feito o beneficiamento das anteras e a desidratação, obtendo o pólen;- No campo das fêmeas, as ‘abelinhas’ realizam a polinização, f lor por flor, duas a três vezes por semana, durante dois meses;

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18 T E C N O L O G I A

- Na UIS é realizada a limpeza das sementes onde são retiradas cascas, sujeiras e sementes chochas para garantir o alto padrão de pureza física do lote.

- As sementes, então, são armazenadas na câmara fria e são coletadas amostras para os diversos controles de qualidade.

- Os melhores lotes vão para pelotização, que é um processo que consiste em aumentar a semente em torno de até 60 vezes, facilitando a semeadura para o produtor.

- Durante todo o processo, há a diferenciação de cores para controle interno e para o produtor ter a certeza do grupo varietal que está recebendo.

- Após a aprovação nos controles de qualidade, a semente é enviada para o envase em latas.

- Outro processo realizado é o empacotamento da semente nua para ser comercializada em envelopes com a quantidade conforme demanda.

- Em cada embalagem existe um código de barras. A partir da leitura é possível rastrear todo o processo, desde o início, na fase de produção de sementes à campo, até qual o produtor que foi enviada.

- Todo o processo de produção das sementes leva em torno de 400 dias e a UIS conta com um estoque para três safras.

- A semente somente será liberada para comercialização após passar por todos os padrões internos de controle de qualidade e atender os requisitos legais estabelecidos pelo MAPA.

Na UIS, a qualidade das sementes é garantida através de diversos tipos de análises como testes de germinação, vigor, pureza física e determinação de outras sementes por número, que é realizado emLaboratório de Análise de Sementes próprio, acreditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Ainda são realizados testes em mesa termogradiente, que possibilita analisar o vigor da semente através de germinação em diferentes temperaturas, análises de imagem para validação da uniformidade da semente e teste de emergência, simulando as condições de produção de mudas no float. A responsável técnica e coordenadora de Industrialização e Exportação de Sementes, Andréia Cidral salienta que as sementes ficam armazenadas na câmara fria nas melhores condições. “O armazenamento das sementes em condições controladas (baixa temperatura e umidade) preserva a qualidade das sementes por muitos anos”.

A coordenadora ressalta que a legislação exige 80% de germinação para que a semente seja comercializada. “Na Souza Cruz trabalhamos constantemente para atingir uma germinação próxima a 100%”.

UNIDADE DEINDUSTRIALIZAÇÃODE SEMENTES (UIS)RIO NEGRO/PR

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MARIA NILZA HEIDERICH FERREIRA MARTINS – VERA CRUZ/RS

O gosto pela cozinha veio dos tempos de criança quando via a

mãe preparar as delícias para a família. Hoje, Maria Nilza Heiderich Ferreira Martins, aos 46 anos, já perdeu as contas de quantas guloseimas, entre tortas e salgadinhos, já produziu para os aniversários da família. Porém, o que ela mais gosta de fazer são as receitas simples, como o Sorvetão Delícia. “A gente não tem muito tempo para cozinhar, então procuro por receitas que sejam práticas, sem deixar de ser gostosas”, argumenta a produtora.Mas as habilidades não se restringem à cozinha. Aos 12 anos, Maria Nilza aprendeu crochê com

uma prima. Com a mãe também deu os primeiros passos na costura e atualmente tem uma renda extra fazendo pequenos consertos para vizinhos e familiares. “O tricô eu aprendi sozinha, olhando as amigas fazerem”, comenta ela orgulhosa. Maria Nilza também gosta de artesanato, que aprendeu em oficinas na comunidade onde mora.Casada com Romeu Martins, 48 anos, com quem tem a filha Brenda Naiele Ferreira Martins, 9, Maria Nilza mora em Linha Henrique D’Ávila, em Vera Cruz (RS).

UMA SOBREMESA DE

VERÃO

INGREDIENTES:• 1/2 xícara de açúcar;• 1 caixa de creme de leite;• 1 caixa de leite condensado;• 250 ml de leite;• 1 envelope de gelatina

sem sabor;

DICA:Se quiser consumir a mistura como um mousse, deixe no freezer por apenas uma hora.

RENDE 12 PORÇÕES.

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MODO DE PREPARO:Coloque a 1/2 xícara de açúcar numa forma e leve ao fogo para caramelizar. Tome cuidado para não queimar o açúcar por muito tempo, deixando com gosto amargo. Leve o leite ao fogo e, quando estiver morno, dissolva a gelatina. Em seguida, misture o creme de leite e o leite condensado. Coloque tudo no liquidificador e bata durante quatro minutos para ficar bem cremoso. Depois coloque a mistura na forma que está com o açúcar caramelizado e leve ao freezer durante duas ou três horas.

SORVETÃO DELÍCIA

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Produtora Integrada Andressa Treichel