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17.064/200517.064/2005 E ENSINO S SECUNDÁRIO CURRÍCULO E AVALIAÇÃO PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS FREQUENTES ABRIL DE 2006 Ensino Secundário Diurno – Novos Planos de Estudo Cursos Científico-humanísticos Cursos Tecnológicos (Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro) Cursos Gerais e Cursos Tecnológicos – Antigos Planos de Estudo - Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto

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Page 1: ABRIL DE 2006 · A componente de formação geral dos cursos científico-humanísticos inclui as disciplinas de Português, Língua ... no sistema educativo português (Alemão,

17.064/200517.064/2005

EENNSSIINNOO SSEECCUUNNDDÁÁRRIIOO

CCUURRRRÍÍCCUULLOO EE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

PPEERRGGUUNNTTAASS EE RREESSPPOOSSTTAASS

MMAAIISS FFRREEQQUUEENNTTEESS

AABBRRIILL DDEE 22000066

Ensino Secundário Diurno – Novos Planos de Estudo

Cursos Científico-humanísticos

Cursos Tecnológicos

(Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março, com as alterações

introduzidas pelo Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro)

Cursos Gerais e Cursos Tecnológicos – Antigos Planos de

Estudo

- Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto

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ÍÍNNDDIICCEE

Ensino Secundário diurno: cursos científico-humanísticos e cursos tecnológicos (Decreto-Lei n.º 74/2004) ..................................................... 2Organização e gestão do currículo ............................................................. 3

1 – Cursos científico-humanísticos................................................................................3

2 – Cursos tecnológicos................................................................................................10

Avaliação, conclusão e certificação...................................................................171 – Questões gerais ....................................................................................................... 17

2 – Cursos científico-humanísticos .............................................................................22

3 – Cursos tecnológicos................................................................................................24

Transição dos planos de estudo criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 286/89 para os planos de estudo enquadrados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004..............26

Mudança de curso no âmbito do Decreto-Lei n.º 74/2004.............................. 28

Equivalências para alunos estrangeiros ..........................................................29

Cursos gerais e cursos tecnológicos (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto).................................................................................................... 31

Planos de estudo criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 286/89 ........................ 321. Questões gerais.........................................................................................................32 2. Implementação de Novos Programas......................................................................33

3. Exames nacionais.....................................................................................................33

ANEXOS

Anexo 1 - Listagem da Legislação que regulamenta a Reforma Curricular do Ensino Secundário - Listagem da Legislação Geral - Ofícios circulares da DGIDC (2005 e 2006)

Anexo 2 - Glossário Anexo 3 - Quadro síntese dos Planos de estudo

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Ensino Secundário diurno: cursos científico-humanísticos e cursos tecnológicos (Decreto-Lei n.º 74/2004)

ENSINO SECUNDÁRIO DIURNO

CCUURRSSOOSS CCIIEENNTTÍÍFFIICCOO--HHUUMMAANNÍÍSSTTIICCOOSS

CCUURRSSOOSS TTEECCNNOOLLÓÓGGIICCOOSS

-- DDEECCRREETTOO--LLEEII NN..ºº 7744//22000044,, DDEE 2266 DDEE MMAARRÇÇOO

com as alterações introduzidas pelo

-- DDEECCRREETTOO--LLEEII NN..ºº 2244//22000066, DDEE 66 DDEE FFEEVVEERREEIIRROO

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Organização e gestão do currículo

I – Cursos Científico-Humanísticos 1.1.OFERTA FORMATIVA

Quais são os cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário?

Os cursos científico-humanísticos, criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, e cujos planos de estudo constam do Quadro 1, são os que se seguem:

Curso de Ciências e Tecnologias Curso de Ciências Socioeconómicas Curso de Ciências Sociais e Humanas Curso de Línguas e Literaturas Curso de Artes Visuais

Em que altura do ano a Escola tem de definir a oferta formativa para o ano lectivo seguinte?

A rede/oferta educativa é definida pelas Direcções Regionais de Educação para a área geográfica da sua influência, mediante propostas dos estabelecimentos de ensino por ela abrangidos, no final de cada ano lectivo para o ano escolar seguinte.

O que pode a Escola fazer quando o número de alunos inscritos num curso não é suficiente para constituir uma turma?

Quando se trate da abertura de um curso, a proposta, devidamente fundamentada, deve ser apresentada à Direcção Regional de Educação correspondente, a quem compete a apreciação desta matéria. Quando se trate de turmas de anos sequenciais para “assegurar o prosseguimento de estudos aos alunos que, no ano lectivo anterior, frequentaram a escola com aproveitamento” as turmas podem funcionar com um número de alunos inferior ao previsto, de acordo com o Despacho n.º 13 765/2004 (2.ª série), de 13 de Julho.

1.2. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Qual a estrutura curricular dos cursos científico-humanísticos?

A estrutura curricular dos cursos científico-humanísticos integra as componentes de formação geral e de formação específica, a Área de Projecto e a disciplina de Educação Moral e Religiosa, de frequência facultativa.

1.2.1. FORMAÇÃO GERAL

Que disciplinas integram a componente de formação geral dos cursos científico-humanísticos?

A componente de formação geral dos cursos científico-humanísticos inclui as disciplinas de Português, Língua Estrangeira I, II ou III, Filosofia, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação, de frequência obrigatória.

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO CURRÍCULO

1 – CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS

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PORTUGUÊS

A experimentação da nova Terminologia Linguística, nomeadamente para o Ensino Secundário, é obrigatória em todas as escolas?

A terminologia adoptada pelo novo Programa de Português para o Ensino Secundário (homologado em 2002) é a constante da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), pelo que a implementação da TLEBS decorre do cumprimento do Programa, tal como referido nas Portarias n.º 1 488/2004, de 24 de Dezembro, e n.º 1 147/2005, de 8 de Novembro. Os termos da TLEBS a estudar neste nível de ensino estão identificados no Programa, enquanto conteúdos declarativos de Funcionamento da Língua.

Quando vai ser implementada a nova Terminologia Linguística?

De acordo com as Portarias n.º 1488/04, de 24 de Dezembro, e n.º 1147/2005, de 8 de Novembro, a implementação da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), enquanto experiência pedagógica, teve o seu início em 2004/2005 para o Ensino Secundário. Para o Ensino Básico, a experiência piloto inicia-se em 2005/2006, sendo alargada ao universo das escolas em 2006/2007. A Circular n.º 14/2005, de 14 de Novembro, esclarece o desenvolvimento da experiência pedagógica.

No âmbito da nova Terminologia Linguística, que acções de formação o Ministério da Educação tem ao dispor dos professores?

Em 2005 foi disponibilizada formação de professores apenas para os docentes do Ensino Básico envolvidos na experiência piloto a decorrer neste nível de ensino. Em 2006 está prevista formação para todos os níveis de ensino e em todas as Direcções Regionais. Esta informação está disponível na página da DGIDC.

Os manuais escolares já foram sujeitos a uma revisão científica de acordo com a nova Terminologia Linguística?

A actualização científica de manuais escolares é uma questão a ser colocada às entidades responsáveis — APEL ou UEP — ou a cada editora.

LÍNGUA ESTRANGEIRA

A Escola tem de garantir aos alunos a continuação de uma Língua Estrangeira?

A questão apenas se coloca relativamente aos alunos que iniciam o 10.º ano, altura em que se desenha o seu plano de estudo, posto que aos de 11.º e de 12.º anos se aplica o disposto no Despacho n.º 13 765/2004 (2.ª série), de 13 de Julho, a saber: para “assegurar o prosseguimento de estudos aos alunos que, no ano lectivo anterior, frequentaram a escola com aproveitamento” as turmas podem funcionar com um número de alunos inferior ao previsto, garantindo-se assim a continuidade das disciplinas obrigatórias. No quadro dos cursos criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, importa distinguir duas situações: cursos com apenas uma LE no plano de estudo, na formação geral, e cursos com duas LE, uma na formação geral e outra na formação específica.Nos cursos com duas LE, está contemplada a possibilidade de o aluno dar continuidade a pelo menos uma das línguas já estudadas no ensino básico. Nos cursos com apenas uma LE, há ainda que distinguir entre alunos que estudaram duas LE e alunos que estudaram apenas uma LE no ensino básico. Os que estudaram apenas uma LE deverão obrigatoriamente iniciar uma nova LE na formação geral; neste caso, podem cumulativamente dar continuidade à LE I como disciplina facultativa, com aceitação expressa do acréscimo de carga horária, e tomando em conta as disponibilidades da Escola. Nos cursos com apenas uma LE, os alunos que estudaram duas LE no ensino básico poderão escolher uma qualquer língua estrangeira, seja de continuação ou de iniciação, de entre as quatro que o sistema oferece, tendo em conta as disponibilidades da Escola.

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Um aluno que estudou duas línguas estrangeiras no ensino básico pode iniciar outra língua estrangeira no 10.º ano?

Sim, de acordo com as alterações introduzidas pelo D-L n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, que estabelece, no preâmbulo, “a possibilidade de livre escolha de uma língua estrangeira nos cursos de nível secundário de educação”, e em concreto nos cursos científico-humanísticos, conforme a alínea a) do Anexo N.º 1. No caso do curso de Línguas e Literaturas, cujo plano de estudo integra obrigatoriamente duas línguas estrangeiras, a iniciação a uma nova língua deverá ocorrer na formação específica, devendo, na componente de formação geral, ser inserida uma LE de nível de continuação, ou seja, uma das línguas já estudadas no ensino básico.Pode igualmente fazê-lo a título de complemento e diversificação do percurso formativo, caso em que se aplica o disposto no n.º 5 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio.

A Língua Estrangeira de iniciação na componente de formação geral é leccionada durante 2 ou 3 anos?

Os alunos que estudaram apenas uma língua estrangeira no ensino básico iniciam, obrigatoriamente, uma segunda língua no ensino secundário, devendo a inserção desta ocorrer de acordo com o plano de estudo de cada curso. No caso dos planos de estudo de cursos comportando apenas uma LE obrigatória, a LE de iniciação é frequentada na componente de formação geral, nos 10.º e 11.º anos, conforme estabelecem as matrizes do Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro.

Qual é o Programa a leccionar no nível de iniciação na componente de formação geral?

No que respeita à disciplina de Língua Estrangeira – nível de Iniciação, não existem Programas elaborados especificamente para a componente de formação geral. Os novos Programas de Iniciação para qualquer das línguas estrangeiras ensinadas no sistema educativo português (Alemão, Espanhol, Francês e Inglês) foram concebidos, tal como já sucedia anteriormente com os Programas antigos, para aplicação na componente de formação específica, nos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, com uma carga horária semanal de três unidades lectivas de 90 minutos. Assim, no caso dos alunos que frequentam uma LE de Iniciação na componente de formação geral, ao longo dos 10.º e 11.º anos, é ministrado o Programa da componente de formação específica correspondente àqueles dois anos de escolaridade. O referido Programa deve ser objecto de uma gestão adequada e criteriosa de conteúdos programáticos em função da carga horária semanal estabelecida para a componente de formação geral (duas unidades lectivas de 90 minutos).

EDUCAÇÃO FÍSICA

Qual é a carga horária da disciplina de Educação Física?

De acordo com o estipulado no Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, a carga horária semanal de Educação Física é de 180 minutos, admitindo-se, no entanto, a sua redução, uma vez que (segundo a alínea b) das matrizes dos cursos científico-humanísticos, tecnológicos e artísticos especializados) a carga horária pode ser reduzida até uma unidade lectiva. A possibilidade de redução da carga horária semanal da disciplina, prevista no Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, assume, de acordo com o definido nas Portarias n.os 550/2004, de 21 de Maio, carácter excepcional e transitório, devendo ser criadas com a maior brevidade as condições para a leccionação da totalidade da carga horária (180 minutos).

É possível uma escola não leccionar a disciplina de Educação Física por falta de condições materiais?

De acordo com a legislação em vigor não é possível não leccionar a disciplina por falta de condições materiais. A legislação apenas prevê que, transitoriamente, a carga horária possa ser reduzida para 90 minutos semanais, mas a Escola e a Direcção Regional da Educação devem articular no sentido de, com a maior brevidade, restabelecer a leccionação da disciplina com a carga horária definida (180 minutos semanais).

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Um aluno com incapacidade temporária ou permanente, atestada por documento médico, pode ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física?

A apresentação, pelo aluno, de atestado médico relativo à frequência da disciplina de Educação Física deverá ser objecto do seguinte tratamento:

1. O atestado médico deve ser entregue ao Presidente do Conselho Executivo; 2. Não sendo o atestado médico explícito sobre as incapacidades, ou deficiências físicas ou mentais, que

determinam a impossibilidade, permanente ou temporária, de o aluno participar normalmente nas actividades de ensino-aprendizagem da disciplina de Educação Física, deverá ser solicitado – para além de outra documentação que se considere necessária – um relatório médico, em que se especifique muito claramente:

As actividades físicas que estão interditas ao aluno; As actividades físicas que são permitidas de um modo condicionado; As actividades físicas que, por serem benéficas para o aluno, podem ser praticadas sem contra-indicação.

3. Na posse destes dados o Presidente do Conselho Executivo deverá promover a aplicação das medidas previstas na legislação em vigor, nomeadamente no Decreto-Lei n.º 319/91, de 23 de Agosto.

Um aluno abrangido pelo estatuto de atleta de alta competição pode ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física?

O aluno abrangido pelo estatuto de atleta de alta competição não poderá, em caso algum, ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física, obrigatória para todos os cursos cientifico-humanísticos e tecnológicos do Ensino Secundário Diurno. Toda a legislação que, eventualmente, refira a possibilidade de dispensa do aluno das aulas desta disciplina é anterior à criação dos planos de estudo actualmente em vigor, pelo que não se aplica aos alunos abrangidos pelos mesmos.

1.2.2. FORMAÇÃO ESPECÍFICA

Que disciplinas integram a formação específica dos cursos científico-humanísticos?

A componente de formação específica dos cursos científico-humanísticos integra, para além de uma disciplina trienal obrigatória, disciplinas bienais e anuais cuja escolha e combinação é da responsabilidade do aluno, em função do percurso formativo pretendido e observadas que sejam as regras estabelecidas no n.º 4 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio. O aluno terá de concluir duas disciplinas bienais obrigatória, uma das quais iniciada obrigatoriamente no 10.º ano, e terá ainda de concluir uma disciplina anula das oferecidas no 12.º ano.

DISCIPLINAS BIENAIS

Nos cursos científico-humanísticos, que importância tem a escolha da disciplina bienal estruturante, a iniciar no 10.º ano de escolaridade, no percurso formativo do aluno?

A decisão sobre a(s) disciplina(s) bienal/bienais estruturante(s) a iniciar no 10.º ano deve ser tomada em função do percurso formativo que o aluno pretende realizar, designadamente das suas perspectivas de prosseguimento de estudos, não apenas devido às disciplinas exigidas pelo acesso ao ensino superior, mas também porque a frequência de algumas disciplinas anuais a iniciar no 12.º ano é condicionada pela respectiva precedência, conforme a tabela publicada no anexo IV à Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março.

Um aluno que iniciou as duas disciplinas bienais estruturantes no 10.º ano de escolaridade pode reformular o seu percurso no início do 11.º ano?

Tendo iniciado as duas disciplinas bienais estruturantes no 10.º ano, o aluno pode, no início do 11.º ano:prescindir de dar continuidade a uma delas, optando por uma outra disciplina bienal de entre as definidas para o 11.º ano; optar por reiniciar a disciplina bienal estruturante iniciada no 10.º ano em que tenha obtido classificação inferior a 10 valores, tenha sido excluído por faltas ou tenha anulado a matrícula.

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Um aluno que concluiu as duas disciplinas bienais no 11.º ano pode reiniciar no 12.º ano uma delas no sentido de melhorar a sua classificação?

O aluno não pode reiniciar nenhuma disciplina bienal no 12.º ano, pelo que, esta questão, só se coloca se o aluno tiver ficado retido no 11.º ano, caso em que não se trata de reiniciar, mas sim de repetir a disciplina.

A Escola tem de garantir a matrícula de um aluno no 11.º ano de escolaridade numa disciplina de opção, independentemente do número de alunos que nela se inscreveu?

O número de alunos para abertura de uma disciplina de opção nos cursos científico-humanísticos é de 14, de acordo com o ponto 5.5. do Despacho n.º 13 765/2004 (2.ª série), de 13 de Julho. Quando se trate de alunos que tenham iniciado as duas disciplinas bienais estruturantes no 10.º ano e que pretendam beneficiar da possibilidade de reiniciação de uma delas no 11.º ano [alínea d) da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio],deve a escola assegurar, a estes alunos, a frequência da referida disciplina em conjunto com uma turma do mesmo curso do 10.º ano, ou ainda com qualquer outra turma que inicie essa disciplina. Esta possibilidade deve ser considerada também em outras situações que não a de reiniciação.

Qual é o Programa a leccionar na Língua Estrangeira, opção bienal (11.º e 12.º anos) da componente de formação específica?

Os Programas de Língua Estrangeira (níveis de continuação e de iniciação) da componente de formação específica foram concebidos para um ciclo de aprendizagem de três anos, previsto no curso científico-humanístico de Línguas e Literaturas. Nos cursos científico-humanísticos de Ciências Socioeconómicas, de Ciências Sociais e Humanas e de Línguas e Literaturas, a LE II ou III (níveis de continuação e de iniciação) constitui-se como disciplina bienal de opção, com início no 11.º ano. Neste caso, devem leccionar-se os Programas acima referidos, sendo que no 11.º ano se aplica o Programa de 10.º e, no 12.º ano, o de 11.º, conforme estabelece o ofício-circular n.º 25/DSEE-DES/06, de 6 de Junho.

PRECEDÊNCIA DE DISCIPLINAS ANUAIS

Um aluno pode escolher, no 12.º ano de escolaridade, qualquer disciplina anual?

Não. A escolha da disciplina anual a iniciar no 12.º ano é condicionada pela respectiva precedência, de acordo com o anexo IV da Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março.

1.2.3. ÁREA DE PROJECTO

A que corresponde a Área de Projecto?

A Área de Projecto é uma área curricular não disciplinar de final do ensino secundário que visa a mobilização e a integração de competências adquiridas nas diferentes disciplinas ao longo do percurso do ensino secundário, desenvolvendo e aprofundando competências de trabalho autónomo e em equipa no âmbito da elaboração de trabalhos de iniciação à investigação; na aplicação de conhecimentos adquiridos nas disciplinas do currículo; na utilização de ferramentas simples de tratamento de dados; na análise e interpretação qualitativa e quantitativa da informação e de monitorização de fenómenos físicos e/ou humanos. A Área de Projecto constitui-se, assim, como um espaço de confluência de competências de saberes e de aprofundamento de conhecimentos ou de aquisição de competências contextualizadas em trabalho concreto. Pretende-se com esta área curricular disponibilizar um espaço e um tempo de responsabilização do aluno ou da equipa de alunos, no desenvolvimento de um trabalho dentro e/ou fora do espaço da escola, enquadrado e sob a supervisão e acompanhamento contínuo e sistemático do docente responsável.

A Área de Projecto é de frequência obrigatória?

A Área de Projecto é uma área curricular não disciplinar de frequência obrigatória e na qual não é autorizada a anulação de matrícula, a menos que o aluno anule também a matrícula a todas as outras disciplinas (n.º 3 doartigo 30.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

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A Área de Projecto tem um Programa, nos mesmos moldes das outras disciplinas?

Não. Serão produzidas orientações e documentação variada acerca do trabalho a desenvolver pelos alunos e pelo docente responsável por esta área.

1.2.4. EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA

Um aluno pode proceder à anulação da frequência da disciplina facultativa de Educação Moral e Religiosa?

Apenas no caso de anular também a matrícula de todas as outras disciplinas de acordo com o n.º 3 do artigo 30.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio.

A disciplina de Educação Moral e Religiosa deve ser considerada anual ou trienal?

Deve ser considerada anual, no sentido de não vincular um aluno que optou pela realização da disciplina no 10.º ano à sua frequência nos três anos lectivos que compõem o ensino secundário, de acordo com esclarecimento prestado pela DGIDC às Direcções Regionais de Educação.

1.2.5. DIVERSIFICAÇÃO DO PERCURSO FORMATIVO

Para além das disciplinas obrigatórias, um aluno pode matricular-se em outras disciplinas?

O aluno pode diversificar e complementar o seu percurso formativo, mediante a inscrição em outras disciplinas, de acordo com a oferta da escola, constando o registo da frequência e do aproveitamento destas disciplinas expressamente como disciplina de complemento do currículo. As classificações obtidas nestas disciplinas contam para o cálculo da média final de curso, por opção do aluno, desde que as mesmas integrem o plano de estudo do respectivo curso. No entanto, para efeitos de transição de ano e de conclusão de curso, estas classificações não são consideradas (n.º 5 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

Como se concretiza a flexibilidade na construção de percursos formativos?

Para além da frequência obrigatória das disciplinas da formação geral, da Área de Projecto no 12.º ano e da disciplina trienal estruturante do seu curso, o aluno poderá escolher, na componente específica:

a frequência simultânea de duas disciplinas bienais estruturantes do seu curso, desde o 10.º ano, ou; a frequência de uma disciplina bienal estruturante a iniciar no 10.º ano e outra a iniciar no 11.º ano, ou; uma disciplina bienal estruturante no 10.º ano e uma outra disciplina bienal no 11.º ano, que enriqueça a sua formação em área não específica do seu curso; uma disciplina anual no 12.º ano, que complete as aprendizagens da disciplina bienal estruturante iniciada no 10.º ano, ou que reoriente as suas opções iniciais ou, ainda, que enriqueça a sua formação em áreas não específicas do seu curso.

Como podem as escolas apresentar propostas que complementem as matrizes curriculares nacionais?

As Escolas podem, no âmbito da sua autonomia e no desenvolvimento do seu projecto educativo, apresentar propostas que cumpram no mínimo as matrizes curriculares legalmente estabelecidas e as complementem (n.º 1 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

A que critérios deve atender esta proposta, e a quem deverá ser apresentada?

A proposta deve sempre atender à necessidade de incorporar, no plano de estudo respectivo, a natureza complementar da oferta e ser apresentada à Direcção Regional de Educação no âmbito do processo do planeamento da rede de ofertas educativas. A sua aprovação depende da disponibilidade de recursos humanos e físicos e da avaliação dos fundamentos pedagógicos e sociais (n. os 2 e 3 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

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Após a conclusão de qualquer curso, o aluno pode frequentar outro curso ou outras disciplinas do mesmo, ou de outros cursos, ou pode ainda repetir a frequência das disciplinas já concluídas?

De acordo com o n.º 1 do Despacho n.º 16 068/2005, de 22 de Julho “aos candidatos habilitados com qualquer curso do ensino secundário é permitida a frequência de outro curso, bem como uma nova matrícula e inscrição em qualquer das disciplinas do curso já concluído.” Nota: esta situação será objecto de regulamentação em relação aos alunos dos cursos criados pelo Decreto-lei n.º 74/2004.

1.2.6. UNIDADES LECTIVAS DE 90 MINUTOS

O horário escolar dos alunos pode contemplar fracções de uma unidade lectiva de 90 minutos?

Não, de acordo com o estabelecido nos números 1 e 2 do Art.º 2.º da Portaria n.º 550 D/2004, de 21 de Maio, que prevê a “organização da carga horária em unidades lectivas de noventa minutos, correspondentes a duração efectiva do tempo de leccionação, não divisíveis em fracções.” Tal disposição foi ainda objecto de esclarecimento prestado no Ofício-Circular Nº 37/DSEE-DES/2005, de 21 de Julho, sobre “Ensino secundário – organização do horário escolar dos alunos”.

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II – Cursos Tecnológicos

2.1.OFERTA FORMATIVA

Quais são os cursos tecnológicos do Ensino Secundário?

Os cursos tecnológicos, criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março (Anexos 2.1. a 2.10.) são os que se seguem:

Curso de Construção Civil e Edificações Curso de Electrotecnia e Electrónica Curso de Informática Curso de Ordenamento do Território e Ambiente Curso de Design de Equipamento Curso de Multimédia Curso de Marketing Curso de Administração Curso de Acção Social Curso de Desporto

2.2. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Qual a estrutura curricular dos cursos tecnológicos?

A estrutura curricular destes cursos apresenta uma matriz constituída por uma componente de formação geral, uma componente de formação científica, uma componente de formação tecnológica que inclui a Área Tecnológica Integrada (ATI), e a disciplina de Educação Moral e Religiosa, de frequência facultativa.

2.2.1. FORMAÇÃO GERAL

Que disciplinas integram a componente de formação geral dos cursos tecnológicos?

A componente de formação geral destes cursos é comum à dos cursos científico-humanísticos e integra as seguintes disciplinas de Português, Língua Estrangeira I, II ou III, Filosofia, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação, de frequência obrigatória.

PORTUGUÊS

A experimentação da nova Terminologia Linguística, nomeadamente para o Ensino Secundário, é obrigatória em todas as escolas?

A terminologia adoptada pelo novo Programa de Português para o Ensino Secundário (homologado em 2002) é a constante da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), pelo que a implementação da TLEBS decorre do cumprimento do Programa, tal como referido nas Portarias n.º 1 488/2004, de 24 de Dezembro, e n.º 1 147/2005, de 8 de Novembro. Os termos da TLEBS a estudar neste nível de ensino estão identificados no Programa, enquanto conteúdos declarativos de Funcionamento da Língua.

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO CURRÍCULO

2 – CURSOS TECNOLÓGICOS

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Quando vai ser implementada a nova Terminologia Linguística?

De acordo com as Portarias n.º 1 488/04, de 24 de Dezembro, e n.º 1 147/2005, de 8 de Novembro, a implementação da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), enquanto experiência pedagógica, teve o seu início em 2004/2005 para o Ensino Secundário. Para o Ensino Básico, a experiência piloto inicia-se em 2005/2006, sendo alargada ao universo das escolas em 2006/2007. A Circular n.º 14/2005, de 14 de Novembro, esclarece o desenvolvimento da experiência pedagógica.

No âmbito da nova Terminologia Linguística, que acções de formação o Ministério da Educação tem ao dispor dos professores?

Em 2005 foi disponibilizada formação de professores apenas para os docentes do Ensino Básico envolvidos na experiência piloto a decorrer nestes níveis de ensino. Em 2006 está prevista formação para todos os níveis de ensino e em todas as Direcções Regionais de Educação. Esta informação está disponível na página da DGIDC.

Os manuais escolares já foram sujeitos a uma revisão científica de acordo com a nova Terminologia Linguística?

A actualização científica de manuais escolares é uma questão a ser colocada às entidades responsáveis — APEL ou UEP — ou a cada editora.

LÍNGUA ESTRANGEIRA

A Escola tem de garantir aos alunos a continuação de uma Língua Estrangeira?

A questão apenas se coloca relativamente aos alunos que iniciam o 10.º ano, altura em que se desenha o seu plano de estudo, posto que aos de 11.º e de 12.º anos se aplica o disposto no Despacho n.º 13 765/2004 (2.ª série), de 13 de Julho, a saber: para “assegurar o prosseguimento de estudos aos alunos que, no ano lectivo anterior, frequentaram a escola com aproveitamento” as turmas podem funcionar com um número de alunos inferior ao previsto, garantindo-se assim a continuidade das disciplinas obrigatórias. No quadro dos cursos criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, os planos de estudo dos cursos tecnológicos integram a disciplina de LE apenas na componente de formação geral. De acordo com o estabelecido no D-L n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, todos os alunos poderão iniciar o estudo de uma língua diferente das estudadas no ensino básico; donde não está garantida a continuação de um das línguas estudadas no ensino básico, no caso de os alunos optarem por iniciar o estudo de uma 3ª língua, abandonando as línguas estudadas anteriormente. Aos que estudaram apenas uma LE no ensino básico e que deverão obrigatoriamente iniciar uma nova LE na formação geral é dada a possibilidade de cumulativamente dar continuidade à LE I como disciplina facultativa, com aceitação expressa de acréscimo de carga horária, e tomando em conta as possibilidades da Escola.

Um aluno que estudou duas disciplinas de língua estrangeira no ensino básico pode iniciar outra língua estrangeira no 10.º ano?

Sim, de acordo com as alterações introduzidas pelo D-L n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, que estabelece, no preâmbulo, “a possibilidade de livre escolha de uma língua estrangeira nos cursos de nível secundário de educação”, e em concreto nos cursos tecnológicos, conforme a alínea a) do Anexo N.º 2. Os planos de estudo dos cursos tecnológicos integram a disciplinam de LE apenas na componente de formação geral, pelo que a iniciação a uma nova língua estrangeira poderá ocorrer nessa componente de formação, abandonando o aluno, nesse caso, o estudo das línguas estudadas no ensino básico. Pode igualmente fazê-lo a título de complemento e diversificação do percurso formativo, caso em que se aplica o disposto no n.º 5 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio.

A Língua Estrangeira de Iniciação na componente de formação geral é leccionada durante 2 ou 3 anos?

Na componente de formação geral a disciplina de LE, independentemente de se tratar de nível de continuação ou de nível de iniciação, integra os planos de estudo no ciclo bienal dos 10.º e 11.º anos, conforme estabelecem as matrizes constantes nos Anexos do Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março, bem como as matrizes dos Anexos ao Decreto-lei N.º 24/2006, de 6 de Fevereiro.

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Qual é o Programa a leccionar no nível de iniciação na componente de formação geral?

No que respeita à LE, nível de Iniciação, não existem Programas elaborados especificamente para a componente de formação geral. Os novos Programas de iniciação para qualquer das línguas estrangeiras ensinadas no sistema (Alemão, Espanhol, Francês e Inglês) foram concebidos, tal como já sucedia anteriormente com os Programas antigos, para aplicação na componente de formação específica, nos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, com uma carga horária semanal de três unidades lectivas de 90 minutos. Assim, no caso dos alunos que frequentam uma LE de iniciação na componente de formação geral, ao longo dos 10.º e 11.º anos, é ministrado o Programa da componente de formação específica correspondente àqueles dois anos de escolaridade. O referido Programa deve ser objecto de uma gestão adequada e criteriosa de conteúdos programáticos em função da carga horária semanal estabelecida para a componente de formação geral (duas unidades lectivas de 90 minutos).

EDUCAÇÃO FÍSICA

Qual é a carga horária da disciplina de Educação Física?

De acordo com o estipulado no Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, a carga horária semanal de Educação Física é de 180 minutos, admitindo-se, no entanto, a sua redução, uma vez que (segundo a alínea b) das matrizes dos cursos científico-humanísticos, tecnológicos e artísticos especializados) a carga horária pode ser reduzida até uma unidade lectiva. A possibilidade de redução da carga horária semanal da disciplina, prevista no Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, assume, de acordo com o definido nas Portarias n. os 550/2004, de 21 de Maio, carácter excepcional e transitório, devendo ser criadas com a maior brevidade as condições para a leccionação da totalidade da carga horária (180 minutos).

É possível uma escola não leccionar a disciplina de Educação Física por falta de condições materiais?

De acordo com a legislação em vigor não é possível não leccionar a disciplina por falta de condições materiais. A legislação apenas prevê que, transitoriamente, a carga horária possa ser reduzida para 90 minutos semanais, mas a escola e a Direcção Regional da Educação devem articular no sentido de, com a maior brevidade, restabelecer a leccionação da disciplina com a carga horária definida (180 minutos semanais).

Um aluno com incapacidade temporária ou permanente, atestada por documento médico, pode ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física?

A apresentação, pelo aluno, de atestado médico relativo à frequência da disciplina de Educação Física deverá ser objecto do seguinte tratamento:

1. O atestado médico deve ser entregue ao Presidente do Conselho Executivo; 2. Não sendo o atestado médico explícito sobre as incapacidades, ou deficiências físicas ou mentais, que

determinam a impossibilidade, permanente ou temporária, de o aluno participar normalmente nas actividades de ensino-aprendizagem da disciplina de Educação Física, deverá ser solicitado – para além de outra documentação que se considere necessária – um relatório médico, em que se especifique muito claramente:

a. As actividades físicas que estão interditas ao aluno; b. As actividades físicas que são permitidas de um modo condicionado; c. As actividades físicas que, por serem benéficas para o aluno, podem ser praticadas sem

contra-indicação. 3. Na posse destes dados o Presidente do Conselho Executivo deverá promover a aplicação das

medidas previstas na legislação em vigor, nomeadamente no Decreto-Lei n.º 319/91.

Um aluno abrangido pelo estatuto de atleta de alta competição pode ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física?

O aluno abrangido pelo estatuto de atleta de alta competição não poderá, em caso algum, ser dispensado da frequência da disciplina de Educação Física, obrigatória para todos os cursos cientifico-humanísticos e tecnológicos do Ensino Secundário Diurno. Toda a legislação que, eventualmente, refira a possibilidade de

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dispensa do aluno das aulas desta disciplina é anterior à criação dos actuais planos de estudo, pelo que não se aplica aos alunos abrangidos pelos mesmos.

2.2.2. FORMAÇÕES CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Que disciplinas integram as componentes de formação científica e tecnológica dos cursos tecnológicos?

Conforme o definido no Anexo 2 do Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março, e Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, a componente de formação científica é constituída por duas disciplinas, uma trienal e uma bienal, que respondem às necessidades de formação científica da área em que o curso se insere. A componente de formação tecnológica integra quatro disciplinas: duas trienais e uma bienal (10.º e 11.º anos), fixas em cada curso, e ainda a Disciplina de Especificação, anual de 12.ºano, sendo esta a escolher pelo aluno.

2.2.3. ÁREA TECNOLÓGICA INTEGRADA

Em que consiste a Área Tecnológica Integrada (ATI)?

A ATI integra o plano de estudo dos cursos tecnológicos no 12.º ano de escolaridade e é constituída pela Disciplina de Especificação, pelo Projecto Tecnológico e pelo Estágio (n.º 2 do artigo 18.º da Portaria n.º 550 – A/2004, de 21 de Maio).

Quem deve assegurar a ATI?

A ATI é assegurada pelo docente que lecciona a Disciplina de Especificação [Anexo 2 – matrizes dos cursos tecnológicos/alínea c) do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março e na Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio].

DISCIPLINA DE ESPCIFICAÇÃO

A Escola tem de garantir a oferta de todas as disciplinas de especificação do(s) curso(s) tecnológico(s) que fazem parte da sua oferta formativa?

A Escola deve garantir a oferta das Disciplinas de Especificação para as quais disponha de equipamentos, instalações e pessoal docente adequados à respectiva leccionação, tomando ainda em consideração as possibilidades de assegurar o Estágio.

Uma Escola que apenas tem uma turma do curso tecnológico pode possibilitar aos alunos a opção por uma das duas ou três disciplinas de Especificação que constam da sua matriz curricular?

Sim, desde que existam condições de oferta formativa por parte da Escola e que o número de alunos por especificação seja igual ou superior a 8 [ponto 5.5.2. do Despacho n.º 13 765/2004 (2.ª série), de 13 de Julho].

PROJECTO TECNOLÓGICO

Em que consiste o Projecto Tecnológico?

O Projecto Tecnológico é uma área curricular não disciplinar, com uma carga horária global de 27 unidades lectivas, constituindo-se como um espaço privilegiado para o desenvolvimento do trabalho de projecto conducente à realização da Prova de Aptidão Tecnológica (PAT).

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ESTÁGIO

A Escola tem de garantir estágio a todos os alunos?

É da responsabilidade da Escola assegurar a colocação dos alunos em estágio.

A quem cabe a orientação dos estágios?

A supervisão do estágio cabe ao professor orientador, docente que assegura a leccionação da Disciplina de Especificação e o Projecto Tecnológico, em representação da escola, e ao monitor, elemento que representa a entidade de acolhimento (n.º 1 do artigo 5.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio).

Que assiduidade é exigida no Estágio?

A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 95% da carga horária global do estágio (n.º 22 do capítulo VIII doAnexo I da Portaria n.º 550 – A/2004, de 21 de Maio).

Em que altura do ano se realizam os estágios?

É da responsabilidade da Escola o estabelecimento do calendário do estágio, em função da disponibilidade das entidades de acolhimento, do calendário escolar e da legislação em vigor (Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março, Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, e Ofício-Circular n.º 52/DSEE/DES/05, 22/11/2005).

A realização do estágio é obrigatória para todos os alunos?

Sim, na medida em que para conclusão e certificação do nível secundário de educação os alunos têm de obter aprovação em todas as disciplinas e áreas não disciplinares do plano de estudo do respectivo curso e ainda aprovação no estágio e na Prova de Aptidão Tecnológica (artigo 31.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio).

2.2.4. EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA

Um aluno pode proceder à anulação da frequência da disciplina facultativa de Educação Moral e Religiosa?

Apenas no caso de anular também a matrícula de todas as outras disciplinas de acordo com o n.º 3 do artigo 33.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio.

A disciplina de Educação Moral e Religiosa deve ser considerada anual ou trienal?

Deve ser considerada anual, no sentido de não vincular um aluno que optou pela realização da disciplina no 10.º ano à sua frequência nos 3 anos lectivos que compõem o ensino secundário, de acordo com esclarecimento prestado pela DGIDC às Direcções Regionais de Educação.

2.2.5. DIVERSIFICAÇÃO DO PERCURSO FORMATIVO

Para além das disciplinas obrigatórias, um aluno pode matricular-se em outras disciplinas?

O aluno pode diversificar e complementar o seu percurso formativo, mediante a inscrição noutras disciplinas, de acordo com a oferta da escola, constando o registo da frequência e do aproveitamento destas disciplinas expressamente como disciplina de complemento do currículo. As classificações obtidas nestas disciplinas contam para o cálculo da média final de curso, por opção do aluno, desde que as mesmas integrem o plano de estudo do respectivo curso. No entanto, para efeitos de transição de ano e de conclusão de curso, estas classificações não são consideradas (n.º 5 do artigo 3.º da Portaria n.º 260/2006, de 14 de Março).

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Como podem as Escolas apresentar propostas que complementem as matrizes curriculares nacionais?

As Escolas podem, no âmbito da sua autonomia e no desenvolvimento do seu projecto educativo, apresentar propostas que cumpram no mínimo as matrizes curriculares legalmente estabelecidas e as complementem (n.º 1 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio).

A que critérios deve atender esta proposta, e a quem deverá ser apresentada?

A proposta deve sempre atender à necessidade de incorporar, no plano de estudo respectivo, a natureza complementar da oferta e ser apresentada à Direcção Regional de Educação no âmbito do processo do planeamento da rede de ofertas educativas. A sua aprovação depende da disponibilidade de recursos humanos e físicos e da avaliação dos fundamentos pedagógicos e sociais (n. os 2 e 3 do artigo 3.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

Após a conclusão de qualquer curso, o aluno pode frequentar outro curso ou outras disciplinas do mesmo, ou de outros cursos, ou pode ainda repetir a frequência das disciplinas já concluídas?

De acordo com o n.º 1 do Despacho n.º 16 068/2005, de 22 de Julho “aos candidatos habilitados com qualquer curso do ensino secundário é permitida a frequência de outro curso, bem como uma nova matrícula e inscrição em qualquer das disciplinas do curso já concluído.” Nota: esta situação será objecto de regulamentação em relação aos alunos dos cursos criados pelo Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março.

2.2.6. UNIDADES LECTIVAS DE 90 MINUTOS

O horário escolar dos alunos pode contemplar fracções de uma unidade lectiva de 90 minutos?

Não, de acordo com o estabelecido nos números 1 e 2 do Art.º 2.º da Portaria n.º 550 A/2004, de 21 de Maio, que prevê a “organização da carga horária em unidades lectivas de noventa minutos, correspondentes a duração efectiva do tempo de leccionação, não divisíveis em fracções.” Tal disposição foi ainda objecto de esclarecimento prestado no Ofício-Circular n.º 37/DSEE-DES/2005, de 21 de Julho, sobre “Ensino secundário – organização do horário escolar dos alunos”.

2.2.7. CURSOS TECNOLÓGICOS VERSUSCURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS

Que diferenças existem entre as componentes de formação dos cursos tecnológicos e dos cursos científico-humanísticos?

A componente de formação geral é comum aos cursos científico-humanísticos e aos cursos tecnológicos. Para além das disciplinas dessa componente, os planos de estudo dos cursos científico-humanísticos integram uma componente de formação específica, incluindo um conjunto de disciplinas que visam proporcionar formação científica consistente no domínio do respectivo curso. Por sua vez, os cursos tecnológicos integram uma componente de formação científica e uma componente de formação tecnológica que visam a aquisição e o desenvolvimento de um conjunto de saberes e competências de base do respectivo curso e asseguram formas específicas de concretização e da aprendizagem em contexto de trabalho. Os cursos tecnológicos conferem qualificação profissional de nível 3.

2.2.8. CURSOS TECNOLÓGICOS VERSUSCURSOS PROFISSIONAIS

Que diferenças existem entre os cursos tecnológicos, os cursos profissionais e os cursos de educação e formação?

Os cursos tecnológicos encontram-se organizados na dupla perspectiva do prosseguimento de estudos e da inserção no mercado de trabalho. Os cursos profissionais foram concebidos numa lógica de inserção imediata no mercado de trabalho, não inviabilizando o acesso ao ensino superior. Os cursos de Educação e Formação,

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equivalentes ao ensino secundário, constituem-se como uma alternativa curricular, inseridos numa política de combate ao insucesso e abandono escolares e numa dupla perspectiva de conclusão de ciclo de estudos e de inserção qualificada na vida profissional. Muito embora a conclusão de um curso de uma ou outra modalidade confira igualmente qualificação profissional de nível 3, os cursos apresentam estruturas curriculares um pouco diferentes: os cursos tecnológicos têm uma componente de formação geral, comum à dos cursos científico-humanísticos, que inclui, entre outras, a disciplina de Filosofia; os cursos profissionais (Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio) e os cursos de Educação e Formação (Despacho conjunto n.º 453/2004, de 27 de Julho e a Rectificação n.º 1 673/2004, de 7 de Setembro) apresentam, em substituição, uma componente de formação sociocultural que inclui as disciplinas de Área de Integração e de Cidadania e Sociedade, respectivamente. Por outro lado, muito embora todos tenham uma componente de formação em contexto de trabalho, a mesma é variável, sendo de 240 horas nos cursos tecnológicos, de 420 horas nos cursos profissionais e de 210 horas nos de Educação e Formação. Do mesmo modo, os cursos tecnológicos e os cursos profissionais têm uma estrutura curricular para uma duração de 3 anos lectivos e os cursos de educação e formação de nível 3 apresentam uma outra lógica curricular, segmentada, por tipologias, sendo que cada uma delas não ultrapassa os 2 anos lectivos. De referir ainda que tanto nos cursos profissionais como nos cursos de Educação e Formação, os conteúdos programáticos das várias disciplinas se organizam numa estrutura modular, que se reflecte na avaliação, a qual se realiza também por módulos.

2.3. DIRECTOR DE CURSO

Quais as funções do director de curso nos cursos tecnológicos?

O director de curso deve assegurar a articulação entre as aprendizagens dos alunos nas disciplinas que integram as diferentes componentes de formação do curso, para além de um conjunto de competências que lhe estão atribuídas e devidamente descritas no artigo 4.º da Portaria n.º 550–A/2004, de 21 de Maio.

2.4. REDE ESCOLAR

Os cursos tecnológicos podem funcionar em qualquer Escola?

Depende das condições e dos recursos humanos e materiais de que a Escola dispõe e da autorização das entidades competentes (Direcções Regionais de Educação).

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Conclusão e– Questões gerais Quais as modalidades de avaliação das aprendizagens previstas para os cursos do Ensino Secundário?

A avaliação das aprendizagens realizada nas disciplinas que integram os planos de estudo dos cursos do Ensino Secundário compreende as modalidades de avaliação formativa e de avaliação sumativa (n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro).

1.1. AVALIAÇÃO SUMATIVA

Em que consiste a avaliação sumativa interna?

A avaliação sumativa interna consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o grau de desenvolvimento das aprendizagens do aluno, é da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica da escola, destina-se a informar o aluno e/ou o seu encarregado de educação sobre o desenvolvimento das aprendizagens definidas para cada disciplina e área não disciplinar e a tomar decisões sobre o percurso escolar do aluno. A avaliação sumativa interna realiza-se:

integrada no processo de ensino-aprendizagem e formalizada em reuniões do conselho de turma no final dos 1.º, 2.º e terceiro períodos lectivos; através de provas de equivalência à frequência (artigos 13.º e 14.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, e artigos 16 e 17 da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 259 e n.º 260, respectivamente, de 14 de Março).

Quando um aluno anula a matrícula a uma disciplina ou mais, como pode vir a ter aproveitamento?

Na(s) disciplina(s) em que anulou a matrícula o aluno pode:

1. repetir a frequência dessa(s) disciplina(s) no ano lectivo seguinte; 2. realizar prova(s) de equivalência à frequência, ou exame final nacional, conforme o caso, como aluno

autoproposto (artigos 16.º e 17.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela portaria n.º 259/2006,de 14 de Março e artigo 19 da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela portaria n.º 260/2006,de 14 de Março).

Como pode um aluno, reprovado a uma disciplina anual no 12.º ano ou a uma área não disciplinar, obter aprovação à referida disciplina ou área não disciplinar?

O aluno que não obtém aproveitamento na disciplina anual do 12.º ano ou área não disciplinar pode: 1. repetir a frequência dessa disciplina ou área não disciplinar no ano lectivo seguinte; 2. realizar prova(s) de equivalência à frequência, como aluno autoproposto, na 2.ª fase do mesmo ano desde

que:2.1. seja para efeitos de conclusão do curso, em duas disciplinas ou área não disciplinar, qualquer que

seja o ano do plano de estudo a que pertencem;2.2. tenha, quando se trate da Área de Projecto ou do Projecto Tecnológico, cumulativamente,

frequentado as referidas áreas não disciplinares com assiduidade e o pretendam fazer para efeitos de conclusão de curso (artigo 16.º da Portaria n.º 550 D/2004 e artigo 19.º da Portaria n.º 550 A/2004, de 21 de Maio).

3. realizar prova de equivalência à frequência no ano escolar seguinte, excepto nas áreas não disciplinares.

AVALIAÇÃO, CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO

1 – QUESTÕES GERAIS

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O que sucede a um aluno que no ano terminal de uma disciplina obteve classificação inferior a 8 valores, mas cuja média dos anos é igual ou superior a 10 valores?

O aluno que no ano terminal de uma disciplina obtém classificação inferior a 8 valores, independentemente das classificações anteriormente obtidas, não aprova na referida disciplina. (n.º 2 do artigo 23.º da Portaria n.º 550 D/2004 e do artigo 26.º da Portaria n.º 550 A/2004, de 21 de Maio)

Como se obtém a classificação final das disciplinas e áreas não disciplinares?

1 – A classificação final das disciplinas não sujeitas a exame final nacional e das áreas não disciplinares é obtida da seguinte forma:

a) Nas disciplinas anuais, na área de projecto, no projecto tecnológico e no estágio, quando fazem parte do plano de estudo do curso, pela atribuição da classificação obtida na frequência; b) Nas disciplinas plurianuais, pela média aritmética simples das classificações obtidas na frequência dos anos em que foram ministradas, com arredondamento às unidades.

2 – A classificação final das disciplinas sujeitas a exame final nacional é o resultado da média ponderada, com arredondamento às unidades, da classificação obtida na avaliação interna final da disciplina e da classificação obtida em exame final, de acordo com a seguinte fórmula:

CFD = (7CIF+3CE)/10 Em que:

CFD = classificação final da disciplina; CIF = classificação interna final, obtida pela média simples, com arredondamento às unidades, das classificações obtidas na frequência dos anos em que a disciplina foi ministrada; CE = classificação em exame final.

3 – A classificação final em qualquer disciplina pode também obter-se pelo recurso à realização exclusiva de provas de equivalência à frequência ou exames finais nacionais, conforme os casos, sendo a classificação final, em caso de aprovação, a obtida na prova ou no exame (artigo 21.º da Portaria n.º 550 D/2004, de 21 de Maio e no artigo 24 da portaria 550 A/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela portaria nº 260/2006, de 14 de Março)

Quais são os exames finais nacionais obrigatórios?

Nos cursos científico-humanísticos os alunos têm de realizar exames finais de âmbito nacional na disciplina de: Português, da componente de formação geral, na disciplina trienal da componente de formação específica e nas duas disciplinas bienais da componente de formação específica (n.º 4 do artigo 11.º do Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro). Para a certificação da conclusão de um curso tecnológico, artístico especializado profissionalmente qualificante, profissional ou do ensino recorrente, não é considerada em caso algum a realização de exames nacionais (n.º 3 do artigo 15.º do Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro).

O exame nacional de Filosofia, oferecido em virtude de se constituir como prova de ingresso, pode substituir a prova de equivalência à frequência?

Não. O exame nacional nesta disciplina funciona exclusivamente como prova de ingresso. Os alunos dos cursos científico-humanísticos e dos cursos tecnológicos que não obtenham aprovação na disciplina por frequência ou que pretendam melhorar a classificação na disciplina deverão realizar prova de equivalência à frequência.

Um aluno que pretenda ingressar num curso do ensino superior pode realizar o exame final nacional de Filosofia no 12.º ano de escolaridade?

Para efeitos de ingresso no ensino superior o aluno pode realizar os exames que pretender e quando o pretenda.

Quem pode realizar os exames finais nacionais?

Podem realizar exames finais nacionais: os alunos internos dos cursos científico-humanísticos que, na avaliação interna da disciplina a cujo exame se apresentam, tenham obtido uma classificação igual ou superior a 8 valores no ano terminal e a 10 valores na classificação interna final; os candidatos autopropostos que tenham obtido aprovação em todas as disciplinas terminais dos anos de escolaridade anteriores, ou em todas menos duas.

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Os alunos dos cursos tecnológicos realizam exames apenas como provas de ingresso.

Quando se realizam os exames finais nacionais?

O calendário dos exames finais nacionais é objecto de publicação anual.

Quanto tempo tem um aluno para estudar entre o fim das aulas e o início dos exames finais nacionais?

Depende do calendário do ano escolar e do calendário de exames, estabelecidos anualmente.

Que exames tem um aluno de realizar para ingressar no ensino superior, para além dos exames finais nacionais obrigatórios nos cursos científico-humanísticos?

Para além dos exames finais nacionais obrigatórios, o aluno terá de realizar outros que, eventualmente, lhe sejam exigidos como provas de ingresso no ensino superior.

A nova Terminologia Linguística pode ser considerada matéria de exame no corrente ano lectivo?

No que se refere aos exames finais nacionais de 12.º ano, a terminologia utilizada será a constante nos conteúdos declarativos de Funcionamento da Língua do Programa de Português para o Ensino Secundário, homologado em 2002, que adoptou os termos utilizados pela Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário.

No exame final nacional de Português poderão ser aceites respostas com a Nomenclatura Gramatical Portuguesa anteriormente em vigor?

Não. A Nomenclatura Gramatical anteriormente em vigor data de 1967 e estava cientificamente desactualizada e desadequada. A Portaria n.º 1488/2004, de 24 de Dezembro, revoga a Nomenclatura Gramatical.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A disciplina de Educação Física goza de algum estatuto especial em termos de avaliação no Ensino Secundário?

Não. A esta disciplina aplicam-se as regras de avaliação que são comuns a todas as outras.

Como pode um aluno excluído por faltas obter aprovação na disciplina de Educação Física?

Um aluno excluído por faltas, que anule a matrícula ou que tenha obtido uma classificação que não lhe permita progredir ou aprovar na disciplina, deve realizar a prova de equivalência à frequência na disciplina de Educação Física, prevista no anexo III da Portaria n.º 550-A/2004 e no anexo I da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, que se realiza, como em qualquer disciplina trienal, apenas no final do 12.º ano. Assim, os alunos excluídos por faltas, que anulem a matrícula ou que transitem de ano com classificação inferior a 8 valores ou com classificação inferior a 10 valores em dois anos consecutivos, não poderão, de acordo com o artigo 26.º da Portaria n.º 550-A/2004 e com o artigo 23.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, matricular-se na disciplina no ano de escolaridade seguinte. Contudo, e dadas as características da disciplina de Educação Física, salienta-se a importância de os alunos nesta situação procederem à matrícula no 10.º ou 11.º ano da mesma, conforme os casos, ao abrigo do n.º 5 do artigo 33.º da Portaria n.º 550-A/2004 e do artigo 30.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio.

A disciplina de Educação Física conta para a transição de ano?

A disciplina de Educação Física é obrigatória para todos os alunos do ensino secundário e a classificação nela obtida conta para efeitos de transição de ano, de progressão, de aprovação na disciplina e de conclusão de ciclo de estudos, como em qualquer outra disciplina (com excepção de Educação Moral e Religiosa de frequência facultativa).

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EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA

A classificação obtida na disciplina de Educação Moral e Religiosa tem efeitos na transição de ano?

Não, desde que tenha sido frequentada com assiduidade (n.º 9 dos artigos 23.º e 26.º da Portaria n.º 550-D/2004e n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, respectivamente).

Como deverá proceder um aluno excluído por faltas nesta disciplina?

Os alunos excluídos por faltas na disciplina de Educação Moral e Religiosa realizam, no final do 10.º, 11.º ou 12.º ano de escolaridade, consoante o ano em que se verificou a exclusão, uma prova especial de avaliação, elaborada ao nível de escola, de acordo com a natureza da disciplina (n.º 10 do artigo 26º da Portaria n.º 550-A/2004 e n.º 10 do artigo 23.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio). A aprovação na disciplina, na situação referida, verifica-se quando o aluno obtém naquela prova uma classificação igual ou superior a 10 valores (n.º11 do artigo 26.º da Portaria n.º 550-A/2004 e n.º 11 do artigo 23.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

E se o aluno não obtiver aprovação na prova especial de avaliação?

Os alunos que realizem a prova especial de avaliação sem aproveitamento podem repeti-la durante a 2.ª fase de realização dos exames, estipulada no calendário escolar, de acordo com esclarecimento prestado pela DGIDC às Direcções Regionais de Educação.

Se, justificadamente, o aluno faltar à prova especial de avaliação, pode realizá-la em nova data?

Os alunos que não se apresentem à prova especial de avaliação, sempre que a falta for devidamente justificada, podem realizá-la em nova data, a marcar pelo órgão de gestão da Escola. Se a não realização da prova ou a falta de aproveitamento subsistirem, o aluno não terá possibilidade de se matricular no ano subsequente da disciplina (no 11.º ano se a prova se reportar ao 10.º, no 12.º ano quando se reportar ao 11.º), ficando, no entanto, vinculado à obtenção de aproveitamento na disciplina, no ano de escolaridade em questão, quer através de frequência no ano lectivo seguinte, quer através da realização de nova prova no final do mesmo, de acordo com esclarecimento prestado pela DGIDC às Direcções Regionais de Educação.

1.2. CLASSIFICAÇÃO FINAL, CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO

Um aluno que realizou uma disciplina de complemento de currículo pode utilizá-la para efeitos de substituição de uma outra disciplina em que não tenha obtido aprovação?

Não. De acordo com a alínea a) do N.º 5, do artigo 3.º das Portarias n.os 550-D/2004 e 550-A/2004, de 21 de Maio, “O registo da frequência e do aproveitamento destas disciplinas consta do processo do aluno, expressamente como disciplina de complemento do currículo (…).”

A classificação obtida numa disciplina de complemento de currículo pode ser considerada para efeitos de classificação final do Ensino Secundário?

Sim, quer nos cursos científico-humanísticos, quer nos cursos tecnológicos, de acordo com o previsto no n.º 5 do artigo 3.º das Portarias n.º 550-D/2004 e n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 259 e n.º 260/2006, de 14 de Março.

Quais os efeitos da classificação da disciplina de Educação Física na transição de ano e na conclusão do ensino secundário?

Com a publicação do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, e legislação complementar, a disciplina de Educação Física mantém-se como disciplina obrigatória para todos os alunos do ensino secundário, e a classificação nela obtida passa a ser considerada para efeitos de transição de ano, de progressão e aprovação na disciplina e de conclusão de ciclo de estudos como em qualquer outra disciplina (naturalmente com excepção de Educação Moral e Religiosa, de frequência facultativa).

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A classificação da disciplina de Educação Física conta para a média final de curso?

Sim, como a de qualquer outra disciplina.

A classificação obtida na disciplina de Educação Moral e Religiosa tem efeitos na conclusão dos cursos do Ensino Secundário?

Não, desde que tenha sido frequentada com assiduidade, de acordo com o estabelecido no n.º 9 do artigo 23.º da Portaria n.º 550-D/2004 e no n.º 9 do artigo 26.º da Portaria n.º 550-A/2004, ambas de 21 de Maio, para os cursos científico-humanísticos e para os cursos tecnológicos, respectivamente.

A classificação obtida na disciplina de Educação Moral e Religiosa tem efeitos na classificação final dos cursos do Ensino Secundário?

Não, de acordo com o estabelecido no n.º 3 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, em complemento com o estipulado no n.º 2 do artigo 22.º da Portaria n.º 550-D/2004, e no n.º 2 do artigo 25.º da Portaria, n.º 550-A/2004, ambas de 21 de Maio, para os cursos científico-humanísticos e para os cursos tecnológicos, respectivamente.

Como se conclui o Ensino Secundário?

Para efeitos de conclusão do Ensino Secundário, o aluno tem de obter aprovação a todas as disciplinas e áreas não disciplinares do plano de estudo do respectivo curso, bem como aprovação no estágio e na prova de aptidão tecnológica, nos cursos tecnológicos (artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março).

Como se certifica a conclusão do ensino secundário?

De acordo com os n.os 1 e 2 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, “A conclusão de um curso do nível secundário de educação é certificada através da emissão dos respectivos diploma e certificado.” Aos alunos que concluam um curso tecnológico é, ainda, emitido um certificado de qualificação profissional de nível 3.

Para obter a certificação o aluno tem que se submeter a exames finais nacionais?

Para obter certificação o aluno tem que concluir o curso do ensino secundário que frequentou. A conclusão depende da aprovação em todas as disciplinas — o que, no caso dos cursos científico-humanísticos, requer a realização de exames nacionais, conforme estabelece o N.º 5 do Artigo 17.º da Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março. Para além do exame nacional na disciplina de Português, comum a todos os cursos científico-humanísticos, o aluno realiza mais três exames nacionais, na disciplina trienal e nas duas disciplinas bienais da componente de formação específica, conforme o plano de estudo de cada curso. Para a certificação da conclusão de um curso tecnológico não é considerada em caso algum a realização de exames nacionais (n.º 3 do artigo 15.º do Decreto-lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro).

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II – Cursos científico-humanísticos 2.1. AVALIAÇÃO SUMATIVA

Quando é que um aluno deve realizar o exame de âmbito nacional obrigatório nas disciplinas bienais da componente de formação específica?

De acordo com a alínea d) n.º 5 do artigo 17.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, em complemento com o estabelecido na Portaria n.º 259/2006, os exames finais nacionais obrigatórios das disciplinas bienais serão realizados no 11.º ou nos 11.º e 12.º anos, conforme a frequência tenha sido iniciada no 10.º ou nos 10.º e 11.º anos.

Qual o exame final nacional correspondente à disciplina de Língua Estrangeira, opção bienal de 11º e 12º anos na componente de formação específica dos cursos de Ciências Socioeconómicas, de Ciências Sociais e Humanas e de Línguas e Literaturas?

A elaboração dos exames finais nacionais é matéria da competência do GAVE – Gabinete de Avaliação Educacional. Em todo o caso o exame incidirá sobre o Programa a leccionar, que, conforme estabelece o ofício-circular N.º 25/DSEE-DES/05 de 6 de Junho, corresponde ao Programa de 10.º e 11º anos.

Não estando previsto exame final nacional na disciplina de Língua Estrangeira I, que exame deverão os alunos realizar no caso de a disciplina se constituir como disciplina de acesso ao ensino superior?

O enquadramento curricular da disciplina de LE I no 12.º ano insere-a como disciplina anual de opção no Curso de Línguas e Literaturas, na sequência da LE da componente de formação geral. Como não estão previstos exames finais nacionais nas disciplinas anuais, para efeito de acesso ao ensino superior o aluno deverá realizar a prova correspondente à LE II, nível de Continuação, disciplina trienal da componente de formação específica. Esclarece-se que os Programas das línguas estrangeiras do nível de Continuação são comuns à LE I e à LE II, ou seja, independentemente de o aluno ter iniciado o estudo de uma língua no 5.º ou no 7.º ano de escolaridade, o Programa e o exame correspondente é o mesmo.

ÁREA NÃO DISCIPLINAR DE ÁREA DE PROJECTO

Um aluno que tenha anulado a matrícula em todas as disciplinas e áreas não disciplinares, pode, para efeitos de conclusão de curso, realizar prova de equivalência à frequência na área não disciplinar de Área de Projecto?

Não. De acordo com o estabelecido no n.º 11 do artigo n.o 16 da Portaria n.o 550-D/2004 de 21 de Maio, respectivamente, só é facultada a realização da prova de equivalência à frequência na Área de Projecto aos alunos que, cumulativamente, tenham frequentado essa área não disciplinar com assiduidade e o pretendam fazer para efeitos de conclusão de curso.

Um aluno que pretenda melhorar a sua classificação na área não disciplinar de Área de Projecto pode requerer, para esse efeito, a realização de prova de equivalência à frequência?

Não. Pela mesma razão explicitada na resposta à questão anterior.

AVALIAÇÃO, CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO

2 – CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS

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2.2. CLASSIFICAÇÃO FINAL E CONCLUSÃO DO CURSO

Como se obtém a classificação final de um curso científico-humanístico?

A classificação final do curso é o resultado da média aritmética simples, com arredondamento às unidades, da classificação final obtida pelo aluno em todas as disciplinas e na área de projecto do plano de estudo do respectivo curso (n.º 1 do artigo 12.º da Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio).

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III – Cursos tecnológicos

3.1. AVALIAÇÃO SUMATIVA

Que exames tem de realizar um aluno que pretende concluir um curso tecnológico?

Nos cursos tecnológicos a avaliação sumativa consubstancia-se exclusivamente na modalidade de avaliação sumativa interna, não havendo lugar à realização de exames nacionais para efeito de conclusão e certificação do ensino secundário.

Como pode um aluno concluir uma disciplina cujo ano terminal frequentou sem aprovação?

O aluno pode realizar uma prova de equivalência à frequência, desde que tenha obtido aprovação em todas as disciplinas terminais dos anos anteriores ou em todas menos duas. Em alternativa, o aluno pode repetir a frequência da disciplina no ano lectivo seguinte.

PROVA DE APTIDÃO TECNOLÓGICA

Em que consiste a Prova de Aptidão Tecnológica (PAT)?

A PAT consiste na defesa, perante um júri, de um produto, que assume a forma de objecto ou produção escrita ou de outra natureza, e do respectivo relatório de realização, os quais evidenciam as aprendizagens profissionais adquiridas pelo aluno (n.º 1 do artigo 18.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio). A Prova de Aptidão Tecnológica deverá ser realizada, no final das actividades lectivas, de acordo com calendário estabelecido por cada Escola.

Um aluno que tem disciplinas em atraso pode realizar a PAT?

Sim, desde que as disciplinas em atraso não façam parte da Área Tecnológica Integrada (ATI), na medida em que a PAT reflecte o trabalho desenvolvido no âmbito da ATI, em articulação com as restantes disciplinas, pelo que o aluno só pode realizar esta prova quando tiver obtido aproveitamento em todas as componentes da referida área (n.º 3 do artigo 18.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio).

ÁREA CURRICULAR NÃO DISCIPLINAR DE PROJECTO TECNOLÓGICO

Um aluno que pretenda melhorar a sua classificação na área curricular não disciplinar de Projecto Tecnológico poderá requerer, para esse efeito, a realização de uma prova de equivalência à frequência?

Não, tendo em conta que no projecto tecnológico apenas é autorizada a realização de prova de equivalência à frequência aos alunos que, cumulativamente, tenham frequentado essa área não disciplinar com assiduidade e o pretendam fazer para efeitos de conclusão de curso (n.º 11 do artigo 19.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio).

Um aluno que tenha anulado a matrícula na área curricular não disciplinar de Projecto Tecnológico ou incorrido em situação de exclusão devido a excesso de faltas, pode, para efeitos de conclusão do curso, realizar a de prova de equivalente à frequência desta área curricular não disciplinar?

Não, visto que a realização de prova de equivalência à frequência no Projecto Tecnológico apenas é autorizada em caso de frequência com assiduidade.

AVALIAÇÃO, CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO

3 – CURSOS TECNOLÓGICOS

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3.2. CLASSIFICAÇÃO FINAL, CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO

Como se obtém a classificação final de um curso tecnológico?

A classificação final de um curso é o resultado da aplicação da seguinte fórmula: CF=(9MCD+1PAT)/10, de acordo com o referido no ponto 1 do artigo 25.º da Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio.

Os cursos tecnológicos permitem o acesso ao ensino superior?

Sim. Os cursos tecnológicos orientam-se na dupla perspectiva da inserção no mercado de trabalho e do prosseguimento de estudos (n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março), pelo que permitem o acesso ao ensino superior.

Que exames são exigidos a um aluno de um curso tecnológico que pretenda ingressar no ensino superior?

O aluno deve realizar os exames exigidos como provas de ingresso no curso superior em que pretende prosseguir estudos.

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Transição dos planos de estudo criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 286/89 para os planos de estudo enquadrados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004

Como será feita a transição entre os planos de estudo dos Decretos-Leis n.º 286/89, de 29 de Agosto, e n.º 74/2004, de 26 de Março?

Os mecanismos de transição entre os cursos referidos na pergunta estão definidos no Despacho n.º 10428/2004, de 26 de Maio, na respectiva Rectificação n.º 1 382/2004, de 20 de Julho, e no Despacho n.º 17064/2005, de 8 de Agosto.

Até quando poderão os alunos concluir os seus cursos ao abrigo do D.L. 286/89?

Conforme estabelece o n.º 7.2 do 17.064/2005. de 8 de Agosto, poderão funcionar turmas residuais até 2006-07. Além disso, os alunos poderão ainda concluir os seus cursos como alunos autopropostos através da realização de exames de equivalência à frequência ou de exames nacionais, durante o período de transição, o qual é definido até 2008-2009 (n.º 8 do 17.064/2005, de 8 de Agosto).

Alguns cursos tecnológicos não constam da oferta dos planos de estudo do Decreto–Lei n.º 74/2004 (Mecânica, Química, Artes e Ofícios, Comunicação). Os alunos que os frequentavam e ficaram retidos no 12.º ano vão ter que mudar de curso?

Não. De acordo com o ponto 3.3. do Despacho n.º 17064/2005 (2.ª série), de 8 de Agosto, nos “cursos tecnológicos de Mecânica, Química, Artes e Ofícios e de Comunicação, para os quais não se regista oferta no âmbito do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, deverá ser assegurada a constituição de turmas residuais;” ficando a adopção de medidas concretas que assegurem a sua constituição e funcionamento atribuída às Direcções Regionais de Educação.

O que pode a Escola fazer quando o número de alunos inscritos num curso não é suficiente para constituir uma turma residual?

As DRE, no âmbito das suas competências, analisam e adoptam em concreto as medidas adequadas ao contexto de cada Escola, designadamente no sentido de assegurar a constituição de turmas residuais (n.º 3.4. doDespacho n.º 17 064/2005, de 8 de Agosto).

Os alunos que querem transitar para um novo plano de estudo podem fazer melhoria de classificação em disciplinas em que obtiveram aprovação no ano lectivo 2004/2005?

Os alunos podem matricular-se nas disciplinas afins em que obtiveram aprovação em 2004/2005 para melhoria de classificação. (n.º 5.4. do Despacho n.º 17 064/2005, de 8 de Agosto)

Os alunos que ficaram retidos no 11.º ano podem, se assim o pretenderem, dar continuidade ao plano de estudo com que iniciaram o curso?

Sim. De acordo com o estabelecido no nº 3 do Despacho n.º 17 064/2005, de 8 de Agosto.

Os alunos que ficaram retidos no 12.º ano em 2004/2005 podem integrar um dos cursos constantes do Decreto-Lei n.º 74/2004, alterando assim o seu plano de estudo?

Sim. De acordo com o número 2 do Despacho nº 17 064/2005 de 8 de Agosto.

Existe alguma situação em que alunos dos planos de estudo criados ao abrigo do D.-L. n.º 286/89 retidos no 11.º ano que pretendam transitar para os novos planos de estudo não possam matricular-se no 11.º ano?

Sim, se, aplicada a tabela das disciplinas afins, se verificar que o número de disciplinas em atraso é superior a

TRANSIÇÃO DOS PLANOS DE ESTUDO CRIADOS AO ABRIGO DO DECRETO-LEI N.º 286/89 PARA OS

PLANOS DE ESTUDO ENQUADRADOS PELO DECRETO-LEI N.º 74/2004

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duas (exceptua-se a disciplina de TIC), os alunos deverão matricular-se no 10.º ano. Nesse caso, o aluno terá de cumprir o novo plano de estudo integralmente, incluindo a disciplina de TIC.

Se, aplicada a tabela das disciplinas afins, o aluno reunir condições para se matricular no 11.º Ano, não terá de realizar a disciplina de TIC do 10.º Ano?

Não. Ao transitar de um curso dos antigos planos de estudo criados ao abrigo do D.L. n.º 286/89, de 29 de Agosto, para um curso criado pelo D.L. n.º 74/2004, se, aplicada a tabela de disciplinas afins, o aluno for integrado numa turma de 11. º ano, a disciplina de TIC não terá qualquer efeito na certificação e média final do ensino secundário (n.º 5.3. do Despacho 17 064/2005 de 8 de Agosto).

Como é feita a aplicação da tabela de disciplinas afins nos casos de disciplinas bienais e/ou trienais em que os alunos obtiveram classificações de 8 e 9 valores?

O leque de situações é razoavelmente vasto, dado que é necessário considerar as diversas possibilidades de posicionamento dos alunos. Estas situações podem caracterizar-se como se segue: 1 - Quando o aluno for posicionado no 10.º ano dos novos planos de estudo, as classificações de 8 e 9 valores que obteve nos 10.º e 11.º anos não lhe conferem equivalência, excepto nos casos referidos nos números 4 e 8; 2 - Quando o aluno for posicionado no 11.º ano dos novos planos de estudo, as classificações de 8 e 9 valores que obteve no 10.º ano permitem-lhe a matrícula nas disciplinas correspondentes do 11.º ano mas as classificações de 8 e 9 valores que obteve no 11.º ano não lhe conferem equivalência, excepto nos casos referidos no número 4; 3 - As classificações de 8 e 9 valores obtidas no 10.º ou no 11.º ano são consideradas como classificação negativa para efeitos de posicionamento do aluno no ano de escolaridade, excepto nos casos referidos nos números 4 e 8; 4 - No entanto, quando uma disciplina se encontrava concluída nos planos de estudo criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 286/89 considera-se também concluída nos planos de estudo do Decreto-Lei n.º 74/2004, sendo irrelevante se o aluno obteve 8 ou 9 ou até classificação inferior em algum dos anos (mesmo nesses anos tem equivalência à disciplina, e esta não é portanto considerada como classificação negativa para efeitos de posicionamento do aluno no ano de escolaridade); 5 – Nos casos em que o aluno tiver atingido o ano terminal de uma determinada disciplina, não pode ser dada equivalência ao segundo ou terceiro ano da mesma sem ser dada ao primeiro ou segundo ano (por exemplo, um aluno com 8/10 numa disciplina bienal não tem qualquer equivalência, um aluno com 10/8/10 numa disciplina trienal só tem equivalência ao 10.º ano); 6 - No entanto, se a disciplina for trienal e o aluno não tiver atingido o ano terminal da mesma, um aluno com 8 ou 9 valores no primeiro ano e 10 ou mais valores no segundo tem equivalência aos dois anos da disciplina, pelo que a classificação de 8 ou 9 valores não deve ser considerada para determinar a sua colocação no 10.º ou 11.º ano;7 - Quando uma disciplina trienal passou a ser bienal (sendo o 10.º e o 11.º anos da disciplina do Decreto-Lei n.º 286/89 equivalentes à disciplina do Decreto-Lei n.º 74/2004) é concedida equivalência aos dois anos desde que a média dos primeiro e segundo anos não seja inferior a 10 valores e a classificação do segundo ano não seja inferior a 8 valores; 8 - Quando dois anos ou duas disciplinas são necessários para obter equivalência a um ano ou a uma disciplina, a classificação a atribuir é a média das duas classificações, que tem que ser igual ou superior a 10 valores (uma delas pode ser inferior a 10 valores mas não a 8, tratando-se de dois anos da mesma disciplina - só poderá ser inferior a 8 se a disciplina se encontrar concluída no quadro curricular do Decreto-Lei n.º 286/89 -, ambas têm que ser iguais ou superiores a 10 valores, tratando-se de duas disciplinas).

Os alunos que iniciaram o ensino secundário ao abrigo do D.L. n.º 286/89 e optam por transitar para um dos cursos científico-humanísticos instituídos pelo D.L. n.º 74/04 ficam sujeitos a exame final nacional nas disciplinas bienais da componente de formação específica?

De acordo com o ofício-circular n.º 11/DSEE/DES/06, de 21 de Abril, existem duas possibilidades: - nos casos em que o aluno tenha concluído a(s) disciplina(s) do plano de estudo do D.L. n.º 286/89, não

fica sujeito, para efeito de conclusão do ensino secundário, à realização de exame final nacional nas disciplinas afins do novo plano de estudo.

O aluno ficará sujeito a exame final nacional caso não tenha obtido aprovação nas disciplinas afins dos planos de estudo anteriores e, ainda, nos casos em que, tendo obtido aprovação, se matricula para melhoria de classificação nos novos planos de estudo.

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Mudança de curso no âmbito ddddd

Em que consiste o regime de permeabilidade?

De acordo com o Despacho n.º 14 387/2004 (2.ª série), de 20 de Julho, o sistema de permeabilidade permite ao aluno alterar o seu percurso formativo, podendo prosseguir estudos, no ano de escolaridade subsequente, num curso diferente do frequentado, concretizando-se este sistema entre os cursos com afinidade de planos de estudo, criados ao abrigo do Decreto-lei n.º 74/2004, de 26 de Março.

Para mudança de curso, qual a diferença entre o regime de permeabilidade e o regime de equivalências entre disciplinas?

No regime de permeabilidade, só possível entre cursos com afinidades de planos de estudo, o aluno transita de um ano do curso de origem para o ano subsequente do curso de destino sem ter de realizar as disciplinas antecedentes do novo plano de estudo. No regime de equivalências, é possível mudar para qualquer outro curso, ficando, contudo, o aluno obrigado a realizar as disciplinas antecedentes em falta do plano de estudo do curso de destino, não garantindo que haja transição de ano.

Um aluno que pretenda transitar de curso através do sistema de permeabilidade tem de repetir o ano de escolaridade no novo curso?

Não, tendo em conta o próprio conceito de permeabilidade definido no n.º 2 do Despacho n.º 14 387/2004 (2.ª série), de 20 de Julho.

Um aluno pode mudar de um curso científico-humanístico para um curso tecnológico e vice-versa?

Sim, de acordo com o disposto nos n.ºs 29 a 32 do Despacho n.º 14 387/2004 (2.ª série), de 20 de Julho.

Em que ano de escolaridade um aluno pode recorrer ao regime de permeabilidade?

A mudança de curso, através do regime de permeabilidade, pode ocorrer no final do 10.º ou 11.º anos ou no final do 1.º ou do 2.º ano dos cursos profissionais, conforme o estipulado nos n.ºs 4 a 7 do Despacho n.º 14 387/2004 (2.ª série), de 20 de Julho.

Um aluno pode mudar de curso, mesmo que não tenha obtido equivalência a todas as disciplinas?

Pode, ao abrigo do despacho N.º 14 387, de 20 de Julho, e aplicando a tabela de equivalências constante do Despacho n.º 22 796/2005, de 30 de Setembro, tomando ainda em consideração o regime de avaliação em vigor.

MUDANÇA DE CURSO NO ÂMBITO DODECRETO-LEI N.º 74/2004, DE 26 DE MARÇO

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Como se processa a equivalência de um aluno que concluiu o ensino básico num sistema educativo estrangeiro?

A competência para a concessão da equivalência é do órgão de direcção executiva, ou do director pedagógico, consoante os casos, do estabelecimento de ensino básico ou secundário público, particular e cooperativo dotado de autonomia pedagógica para o nível de ensino no qual a equivalência é solicitada, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-lei n.º 227/2005, de 28 de Dezembro. O pedido deve ser instruído através de requerimento em modelo próprio e deve ser acompanhado dos documentos comprovativos das habilitações, devidamente traduzidos, quando redigidos em língua estrangeira, e autenticados pela embaixada ou consulado de Portugal, ou pela embaixada e consulado do país estrangeiro em Portugal, ou com a apostilha para os países que aderiram à Convenção de Haia. O requerimento e os documentos comprovativos das habilitações são entregues no estabelecimento de ensino que o requerente pretende frequentar ou no estabelecimento de ensino da área de residência em território nacional.A concessão de equivalências é atribuída igualmente aos alunos provenientes de programas de mobilidade objecto de acordos específicos em matéria de equivalência de habilitações, bem como aos estudos e diplomas de cursos com programas próprios certificados por instituições universitárias de países terceiros ou por organizações internacionais não governamentais, obtidos no estrangeiros, ou, em Portugal, em escolas do ensino particular e cooperativo não superior.

Um aluno oriundo de um sistema educativo estrangeiro que concluiu o ensino básico no país de origem, pode obter equivalência ao ensino básico português e ingressar no ensino secundário?

Pode, uma vez que de acordo com a alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-lei n.º 227/05, de 28 de Dezembro, a equivalência é concedida tendo em conta o número de anos de escolaridade concluídos com aproveitamento no sistema educativo de origem.”

Um aluno oriundo de um sistema educativo estrangeiro pode ingressar no ensino secundário, depois de iniciado o ano lectivo?

De acordo com o Despacho n.º 14/SERE/90, de 17 de Março, “aos alunos vindos do estrangeiro, em situação devidamente comprovada, é autorizada a matrícula após 31 de Dezembro, mediante o pagamento de propina suplementar (…)” e desde que existam vagas nas turmas.

Para efeitos de classificação final de disciplina, como se avalia um aluno oriundo de um sistema educativo estrangeiro que iniciou as aulas apenas no 2.º período?

O aluno poderá ser avaliado nos 2.º e 3.º períodos, situação, aliás, comum à dos alunos que mudam de curso recorrendo ao regime de equivalências e que, de acordo com o Despacho n.º 14 387/2004, de 20 de Julho, podem fazê-lo até 31 de Dezembro. No entanto, para os alunos oriundos de sistemas educativos estrangeiros considera-se a possibilidade de serem avaliados apenas no 3.º período, conforme o estabelecido no Despacho n.º 14/SERE/90, de 17 de Março: “na impossibilidade de ser cumprida a exigência de duas avaliações, será apenas levada em linha de conta a avaliação final do 3.º período, dando-se assim, privilégio aos saberes já adquiridos.”

Os alunos indocumentados podem continuar ou concluir os seus estudos no sistema de ensino português?

Sim. Conforme consta do artigo 10.º, n.º 3 do Decreto-lei n.º 227/05, de 28 de Dezembro, quando o requerente indocumentado, pretenda ingressar no ensino básico ou secundário português, deve ser sujeito a testes elaborados a nível do estabelecimento de ensino, tendo em consideração a idade e o correspondente ano de escolaridade em que o aluno deva ser integrado.

EQUIVALÊNCIAS PARA ALUNOSESTRANGEIROS