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AbraNews O Canal de Notícias da Rede Case IH Ano II, nº 9, abril, maio, junho de 2015 Lançamentos CaseIH na Agrishow Roberto Rodrigues fala sobre o atual momento da agricultura Christian Gonzalez: estratégias de marketing para o varejo

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AbraNewsO Canal de Notícias da Rede Case IH

Ano II, nº 9, abril, maio, junho de 2015

Lançamentos CaseIHna Agrishow

Roberto Rodrigues fala sobre o atual momento da agricultura

Christian Gonzalez: estratégias de marketing

para o varejo

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Sumário Editorial

O ambiente político conturbado está causando um pessimismo generalizado que está afetando a economia e desta for-ma também o Agronegócio. A palavra crise virou palavra de ordem.

Mas o quanto isso é verdade para o nos-so segmento ? O país pode estar passando por uma crise e certamente os agricultores estão sendo influenciado por este senti-mento negativo, mas...

O Agronegócio tem sido o motor desta economia e continua produzindo super-safras ano a ano. Os preços das commodities têm caído em dólar, mas a desvalorização do Real tem compensado este efeito. É verdade que a mesma desvalorização do Real aumenta o custo das lavouras, mas em geral a agricultu-ra continua tendo margens positivas.

Podemos ter as nossas reservas com a politica em geral, mas o prestígio da ministra Katia Abreu dentro do governo, em especial com a Presidente, o interesse demonstrado pelos governantes e políticos em geral e a cobertura dada pela imprensa durante o lançamento do plano safra 2015 demons-tram que o segmento é uma das principais esperanças para o país voltar a crescer.

Nesta edição o ex-ministro da Agricultu-ra, Sr. Roberto Rodrigues, comenta a extra-ordinária força do Agronegócio Brasileiro e a consideração que nosso governo tem pelo setor. Para agradável surpresa geral o governo, apesar do duro ajuste fiscal, tem aumentado o crédito para a agricultura.

Também tem nesta edição uma entre-vista com o novo diretor de Marketing da Case IH, Sr. Christian Gonzalez, onde ele comenta seus planos e ações para auxiliar a rede.

Como começamos com a pergunta “Crise ou desafio”, concluímos que para o nosso segmento 2015 não é ano de crise e sim ano de desafios. Temos que fazer mais com menos e cuidar muito bem das nossas empresas através de gestão de estoque e de caixa e cuidar dos nossos clientes, atra-vés de qualidade dos nossos produtos e do nosso pós-venda.

Boa leitura!

Walter van HalstVice-Presidente Administrativo Financeiro

Luiz Alberto Gotardo, Presidente

Carlos A. da Rosa,Vice-Presidente Comunicações

Walter van Halst,Vice-PresidenteAdm. Financeiro

Gerson Garbuio,Diretor Pós-Vendas

Claiton Bervian,Diretor Comercial

Ricardo HirigoyenDiretor Executivo

AbraNewsCoordenação editorial e Jornalista reponsável: Valéria Ribeiro IsolaMTb 15.626Projeto Gráfico: MOTComunicação IntegradaEditoração: Fernando BragaImpressão: São FranciscoFotos Capa e Agrishow:Gaspar NóbregaGráfica São FranciscoTiragem: 3 mil exemplares

Informativo da Associação Brasileira dos

Distribuidores Case IH

Rua Luiz Pessutti, 183 - Jardim Portal da Colina,

Sorocaba, CEP 18047-350 Fone 15 3233-7387

E-mail:[email protected]

site:www. abracase.com.br

4/8 Agrishow Novidades Case IH

9 Gestão Setor de serviços por quem entende

10/11 Entrevista Orgulho de ser Case

12 Big Case Trator Soluções Case

13 Ação Social Bugio ajuda na recosntrução de Xanxerê

14/15 Artigo PIB, PAP e PIL

16 Nossa Gente Central Máquinas

17/19 Sua Notícia Abertura da 8ª Colheita de Soja no RS

Crise ou desafio?

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AgrishowAgrishow

A preparação da equipe para feira levou em consideração a quantidade de lançamentos que a Case IH levou para a Agrishow, tanto em serviços quanto em máquinas, de fabricação própria ou em parceria com terceiros.

Por isso a pré-feira foi diferente em 2015. As revendas, 26 grupos no total, com cerca de 200 consultores de todas as regiões do país, foram à feira um dia antes da abertura para se familiarizar com os lançamentos. Ao todo foram expostos 79 produtos, um recorde.

A Agrishow marcou a “estreia” em feiras do novo diretor de Marketing da Case IH para a América Latina, Christian Gonzales, que chegou mostrando o ritmo que pretende imprimir na relação com as revendas. Segundo ele, aliviar no power point e levar todos direto para a feira foi uma maneira de motivar passando informações mais dinâmicas e tirando a ansiedade pela abertura. Claro que teve reunião, apresentação em sala e uma con-versa técnica sobre os produtos, inclusive os da concorrência, para deixar todos bem preparados, informados e motivados.

“Temos que motivar a ponta e mostrar que temos um produto que é superior, mas também é competitivo”, disse Christian, “...na Agrishow mostramos com equilíbrio nossa marca que tem posicionamento premium, e fizemos isso sem arrogância”. Segundo ele o estilo do estande da Agrishow, aberto, mais próximo do público, con-

vidava o visitante a entrar, permitindo que quem olhasse de fora percebesse que a marca Case IH é ‘algo mais’, isso acaba também refletindo na rede no depois da feira.

O mercado, diz Christian, tem que olhar para rede dizer este é um super produto, que além de tudo tem o Effient Power, um produto que não só o grande cliente pode e precisa, mas o pequeno também. “Se a rede não comprar essa ideia joga-mos dinheiro no lixo. A chave é achar ações que estimulem o concessionário e que mexam com o mercado. É preciso fazer barulho, mostrar que somos melhores, se preciso até comparando com outras marcas, como foi feito na Agrishow. “Temos produto e podemos brigar”, arrematou o diretor de marketing.

O barulho na Agrishow foi grande. O conceito de Efficient Power, presente em diversos equipa-mentos Case IH foi largamente trabalhado na feira por todos os consultores de venda, afinal, oferecer ao cliente o menor custo operacional do mercado, melhorando a rentabilidade no campo, facilita o trabalho.

Como eficiência, economia e rentabilidade são conceitos cada vez mais presentes no dia a dia dos produtores rurais, a linguagem do “mais com menos” sempre é muito bem recebida por eles, afinal não é pouco a economia de combustível de até 30% ou a diminuição em até seis vezes na necessidade de lubrificação da máquina.

Case IH: Sinônimo de tecnologia e eficiência para todos os agricultores

O plantio, que é o coração das operações agrícolas, o momento de definição do potencial produtivo e o maior gasto do produtor, representa 70% total de custos com insumos e cerca de 60% do custo total da produção, foi o foco da Case IH. A fábrica investiu alto na estratégia de fornecer sis-temas completos para o produtor. R$ 150 milhões na renovação do portfólio de plantadeiras de alto nível, sendo R$ 30 milhões só no desenvolvimento da Easy Riser.

E a Easy Riser estava no centro do estande na Agrishow, exposta com alarde, com direito a comparação com a concorrência, para mostrar sua autonomia de sementes 30% superior, quan-do comparada às principais marcas do mercado. Um plantadeira que conquistou vários prêmios na Europa, que chega a plantar até 36 hectares de soja por carga.

Outro destaque na feira foi o lançamento do

Magnum 380 CVT, considerado o mais potente trator de chassi rígido do mundo, que além dos já conhecidos motores eletrônicos, tem o novo sistema CVT de transmissão inteligente, tecnologia que oferece alimentação ininterrupta de potência na aceleração, sem a quebra de tração com as mudanças de marcha.

Claro que os grandes equipamentos chamam a atenção, mas como a tecnologia tem que estar disponível para agricultores de todos tamanhos, durante a Agrishow foi lançado o programa “Meu 1º Case IH” para atender os produtores rurais que ainda buscam inovação tecnológica e nunca tiveram um equipamento da marca. A campanha, válida para os oito modelos da linha Farmall e Farmall série A, de 60 a 130cv, garantiu descontos de até RS 10 mil, peças grátis nas duas primeiras revisões e a possibilidade de financiamento pelo programa Mais Alimentos. A campanha é válida para todos os clientes que comprarem seu primei-ro trator Case IH até o final de julho.

Lançamentos

O treinamento pré-feira foi feito por estações de trabalho

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AgrishowAgrishow

Balanço AgrishowPela primeira vez, em 22 edições, a Agrishow, a maior

feira de agronegócio da América Latina divulgou queda no volume negócios, que foi na ordem de 30%. Tida como “termômetro” do agronegócio, a Agrishow aconteceu antes da divulgação dos números da economia do pri-meiro trimestre e da divulgação do Plano Safra, do qual já se alardeava um aumento de juros e não havia certeza sobre o volume de recursos a serem disponibilizados. No geral a feira refletiu 2015, otimismo com cautela.

As novidades da Agrishow foram bem recebi-das pelas revendas, em especial pelo consultores. Vilson Karczeski, da Maxxicase, participou da sua 15ª Agrishow, disse que gostou do esquema de pré-feira que, segundo ele, preparou melhor os vendedores para receber os cliente e argumentar a venda. Sobre os novos produtos, disse que fe-chando o ciclo fica mais fácil entregar a solução para o cliente. “Quando se chega na propriedade do cliente com um portfólio maior há uma diluição do custo do concessionário em relação à visita”, disse.

Kesler Bastos, da Racini, também elogiou a preparação para a feira. O treina-mento ficou melhor, menos cansa-tivo, disse ele, pois ver de perto os lançamentos e poder trocar ideia com o pessoal da fábrica perto do equipamento facilita o entendimen-to. “O aumento do portfólio é uma tendência dos grandes fabricantes e se a gente não acompanhar va-mos ficar para trás. O cliente gosta de comprar de uma única marca, se a gente tem um portfólio com-pleto aumenta a chance de venda”, disse ele.

Parceria

Para reforçar o compromisso de oferecer soluções cada vez mais completas para o agro-negócio, com equipamentos que atendam todas as necessidades dos agricultores no campo, a CNHI fechou uma parceria comercial com a TMA e a DRIA, respectivamente de Ribeirão Preto e Sertãozinho, marcas tradicionais e experientes no desenvolvimento e na produção de implementos agrícolas, reconhecidos por sua tecnologia e du-rabilidade.

A parceria foi feita com foco em quatro sistemas integrados de produção, cana-de-açúcar, café, biomassa e grãos.

O sistema integrado de cana conta agora com a plantadora automatizada PTX7010, transbordos, cultivador dupla ação e o sulcador de duas linhas.

O de Biomassa, que começa no pós-colheita da cana, facilitará o recolhimento de palha para a co-geração de energia, são 3 implementos para com-plementar o trabalho da enfardadeira: o aleirador de palha, a carreta acumuladora de fardos CAF, a única 100% nacional, e a pinça carregadora.

Para complementar o trabalho das colhedoras de café o sistema ganha um reboque com função multiuso, a Driaton 1600, implemento mais conhe-cido como trincha, e a Fertmax Coffee 2500 com esteira de 80cm.

No sistema de grãos, o transbordo VTG 20.000 é a novidade. Multifuncional, pode ser usado no plantio para distribuir adubo e na colheita para receber os grãos, perfeito para acompanhar as colhedoras Case no campo.

Para Celso dos Santos, da Unigel, de Palmas, que pela terceira vez participou da feira, tirar as dúvidas sobre o produto in loco pode significar entender a dúvida do cliente. A Unigel esteve em peso na feira e caprichou no convite aos clientes para visitar o estande da Case IH, pois fechar ne-gócio na Agrishow é um momento muito especial.

A Risa, revenda que atua no Maranhão e Piauí, também fez um trabalho especial com os clientes, pois segundo Anderson Gorgen, tudo acontece após a Agrishow. Para ele, a preparação da feira deve servir de padrão para as outras, pois vai mudar a forma de apresentar o produto ao cliente.

Repercussão

O ex-ministro Roberto Rodrigues ladeado por Darci Luiz Ciarini e pelo produtor Elói Vitório Marchett

Jonas e Celso, da Unigel, aprendem um pouco mais da agricultura de precisão

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GestãoAgrishow

Com a estratégia de entregar ferramentas para o concessionário fazer fluxo de caixa, a área de serviços está cada vez mais focada no planeja-mento estratégico para ser, de fato, uma unidade de negócios rentável.

Para Agrishow, além dos pacotes já consagra-dos, o que mereceu destaque foi a novidade que chega para agregar valor aos serviços oferecidos aos clientes, o System Gard, Análise de Fluídos. Um programa mundial que a Case aqui no Brasil faz em parceria com um renomado instituto. Se-gundo Alexandre Eduardo Oliveira esta será uma ferramenta importante para que o concessionário fidelize o cliente: “Com esse programa você con-segue acompanhar a vida útil de todos os compo-nentes, e propor ações preventivas para diminuir o custo de manutenção para o cliente final”.

O Grupo Oilcheck, parceiro do trabalho, já atua-va com a Case Constrution e agora entra na área agrícola. Toda análise dos fluídos é comparada com o que é o padrão e pode ser feita na revisão de 300 horas, na de 600 horas e assim por diante. “Se para o cliente final a análise indica fazer um reparo de manutenção num custo muito menor, para o concessionário vai mostrar proatividade em

Serviços - unidade de negócio cada vez mais valorizada

relação ao cliente, agregar valor ao trabalho do técnico. Todos ganham”, completou Eduardo.

Um programa piloto foi feito em 48 colhedoras durante a safra de cana passada onde foram re-alizadas cerca de 1200 análises. O piloto teve a participação de alguns concessionários e o feed back foi muito positivo, segundo Eduardo.

A Tracan foi uma das concessionárias que participaram do projeto, segundo Lucas Trinda-de, foi uma experiência muito positiva. Em uma das Usinas de nossa região, por exemplo, foram realizadas sete análises, e a cada resultado eram realizadas reuniões para análise dos indicadores, principalmente quando o resultado estava fora dos padrões normais para compartimento ou fluído analisado. Isso evitou, por exemplo, que a usina aumentasse seu CRM em aproximadamente 15 mil reais com a troca de um cubo redutor completo,

A simples troca antecipada do óleo lubrificante e do conjunto planetário que apresentava desgaste prematuro, resolveram o futuro problema. Segundo Lucas este realmente é um produto que pode agre-gar valor ao Setor de Serviços, mas é bom lembrar que os grandes grupos, os frotistas, já fazem esse tipo de análise “dentro de casa” ou com parceiros. Segundo ele isso vai funcionar bem no varejo, o foco deve ser esse, onde o produtor sozinho não tem estrutura para fazer essas análises.

Para Lucas, a Case IH já deve dar um passo adiante e oferecer também análise de vibrações, pois com análise de vibrações é possível identi-ficar se existem rolamentos danificados ou com tendência de quebra. Somadas essas ferramentas de análise seria possível traçar um plano de ma-nutenção mais agressivo no que diz respeito ao aumento a vida útil dos componentes e assertivo no que diz respeito a decisão de desmontagem dos componentes, sempre buscando a redução de custo para o cliente final.

Setor de serviços por quem entende

Lucas Trindade,gerente de serviços da Tracan

GestãoÉ papel do gestor analisar o mercado

e buscar soluções inovadoras, hoje os clientes estão buscando a verticalização da manutenção, realizando tudo o que podem dentro de casa. Cada vez mais é preciso encontrar mecanismos para vender nossas horas técnicas dispo-níveis. Contrato de manutenção é uma boa ferramenta, pois garante a venda total das horas, mas quando se trabalha no spot é preciso fazer a oportunidade.

Arroz com feijão é obrigaçãoPrecisamos encontrar novos negó-

cios, seja no varejo ou frotista, e oferecer os serviços de forma a alavancar o nosso faturamento, deixar de fazer o arroz com feijão, isso é obrigação. Componentes hidráulicos, por exemplo, enxergamos como oportunidade, nem todos os con-cessionários trabalham com revisão de componentes hidráulicos.

Estou surpreso este ano com a receita gerada pela revisão de motores diesel. O motor diesel da nossa colhedora de cana era fornecido no passado pela Scania ou Cummins, a partir de 2009 os motores que equipam nossa máquina são forne-cidos pela CNH, CASE IH FPT, portanto temos peças, mão de obra especializada e estrutura para revisar os motores. Em algumas lojas cumprimos a meta de faturamento apenas com a revisão de motores, e essa era uma oportunidade de negócios que não existia.

InovaçãoPara maximização do resultado

financeiro das revendas o setor de serviços é um departamento que deve ser observado de perto na busca do aumento da receita e no controle das despesas, mas é preciso inovar. Se o concessionário continuar apenas com

o atendimento spot: “minha hora custa x e eu tenho apenas o técnico treinado para oferecer”, vai perder mercado, isso não funciona mais. A revenda deve buscar manter ofertas de componentes hidráulicos a base de troca, motores a base de troca, salas especiais para recondicionar bombas hidráulicas e mo-tores. É preciso entregar o que o cliente precisa, ou buscar oportunidades que o mercado ainda não oferece ou não oferece com a qualidade necessária.

Hora justaHoje, uma parcela importante das ho-

ras disponíveis é vendida para o departa-mento de garantia, é preciso mais do que nunca que as horas sejam ressarcidas de forma justa. É preciso valorizar a hora trabalhada, entendo que o desafio ainda é o tempo padrão. Grande parte das in-tervenções realizadas dentro do período de garantia são reembolsadas em menor tempo se comparado com tempo real utilizado na intervenção, pois a fábrica quando mede faz isso em situação muito mais confortável e favorável, porém a grande maioria das nossas intervenções são realizadas no campo, o que aumenta a dificuldade e consequentemente a quantidade de horas necessárias para realização da manutenção.

ManualA análise do manual de garantia

(tempos padrão de garantia) deve ser realizada pela CNH, ele não é amigável, é dividido em códigos para se compor a quantidade de horas utilizadas na ma-nutenção. Somente uma pessoa muito experiente consegue traduzir todos os tempos (job code) na quantidade de ho-ras realmente utilizadas na manutenção, ainda assim existem situações que não conseguimos, pois, o tempo cadastrado não condiz com a manutenção que foi

realizada, ou seja além da questão da composição dos tempos que se faz somando os job code, ainda temos os tempos que estão fora da realidade da manutenção realizada.

Entendo que deveríamos ter tempos padrão ou job code que já contemplas-sem as horas necessárias para finalizar a intervenção, por exemplo se vamos substituir retentor do cubo dianteiro de um trator, necessariamente vamos retirar roda dianteira completa, esgotar óleo lubrificante do cubo, desmontar o cubo, lavar e preparar as peças e realizar o processo inverso, porque isso já não está planejado em um único job code?

Creio que a grande maioria dos garantistas tem dificuldade com essa análise, com isso podemos perder horas trabalhadas importantes e fundamentais para manutenção do nosso resultado financeiro no final de cada mês.

Combatemos este gargalo formando pessoas dentro de cada unidade que tem habilidade técnica e intimidade com tempários para revisão dos tempos de forma que seja evitado o prejuízo no apontamento das horas trabalhadas em garantia.

Desafio diário O setor de serviços é muito dinâmico

e nossas metas de receita e satisfação dos clientes devem ser alcançadas, todas as horas disponíveis devem ser “vendidas”, pois não tem volta, não dá para compensar no final do mês uma hora ou um minuto improdutivo ou desperdiçado. As horas não podem ser perdidas por ineficiência, improdutivida-de ou por não terem sido vendidas de fato. O desafio todo dia é fazer o tempo virar produtividade e por consequência, faturamento, combinado com satisfação dos nossos clientes externos e internos.

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Christian Gonzales, diretor de marketing da Case IH fez sua “estreia” em feiras durante a Agrishow e chegou mostrando que ritmo pretende imprimir. Aqui ele fala de como vai ser seu trabalho nesse momento de crise.

Christian - Na minha visão o marketing tem três pontos primordiais – o primeiro é que além da fun-ção estratégica que ele tem, além da função ope-racional de fazer feira, por exemplo, no final ele é suporte a vendas, no curto prazo e no longo prazo. No longo prazo tenho que estar olhando o produto que vou vender daqui a cinco anos, mas daqui a cinco anos quem estiver vendendo vai vender o que estamos trabalhando hoje. No curto prazo temos que fazer ações que ajudem a vender. Claro que com promoções de varejo, principalmente em um mercado em queda é preciso pensar em ações de retail, foi aí que surgiu a ideia do “Meu Primeiro Case”.

Por que focar no Farmall?Conversando com vendas, analisando os nú-

meros, vendo onde temos condições de crescer veio a ideia. O Farmal tem espaço e temos pouca tradição em tratores menores. Colocamos no mer-cado uma campanha para trazer pessoas, puxar gente que normalmente não compraria um Case, não pensaria no produto e vai começar a olhar e pensar ‘esse trator pode ser para mim’.

Tecnologia é o grande diferencial?Esse é o segundo ponto, passar a mensagem

precisa de tecnologia, precisa tecnificar a fazenda. Esse é o grande espaço que a gente tem no Brasil e vamos trabalhar muito em cima disso.

O trabalho regional vai ser impulsionado?Você pensa a nível nacional, mas executa a nível

regional, a campanha do Primerio Case, tem um mapa da evolução assim, o lançamento come-çando na Agrishow, que tem grande número de clientes, mas depois ela segue em dois estágios, como fábrica, a nível nacional, fazendo campanha de publicidade em revista, entrevistas na tv, mas o segredo é fazer em paralelo mini campanhas regionais. Será o concessionário que vai escolher qual a melhor rádio para atingir os clientes, se vai fazer TV, que regionalmente custa muito menos. Vamos fazer eventos para levar o cliente para a concessionária, trabalhar localmente, de forma que o concessionário consiga replicar o mesmo posicionamento grande da fábrica e alcançar o resultado que se quer, seja no primeiro Case ou nas próximas campanhas.

Quais as ações para o segundo semestre?O segundo semestre é desafiador, na verdade

é um ponto de interrogação, depende muito do governo. Uma das coisas a pensar no mercado em baixa é o varejo. O Primeiro Case foi uma pri-meira ação desse marketing de varejo forte, ela acontece até julho e o time está todo trabalhando para que aconteça regionalmente. Mas vamos ter um calendário de campanha de varejo, já estamos trabalhando a campanha do terceiro quarter, que óbvio vamos trabalhar colheitadeiras.

Sabemos que a rede tem um estoque alto de colheitadeira, temos que ajudar o concessionário a desovar, a vender para o cliente final, para não ficar na situação de empurrar produto no conces-sionário. O que precisamos fazer como marketing é ajudar o concessionário a esvaziar os pátios, isso para depois o pessoal de vendas trabalhar com eles para administrar os estoques e outras coisas, mas a gente ajuda vender. Esse ano não temos mais lançamentos de produtos, a ideia é trabalhar fortemente o calendário agrícola.

de que marca é importante, e que num momento de crise, de dificuldade, o que é preciso é tecno-logia, e não o contrário. Não é hora de comprar o trator mais baratinho, no momento de crise é que se investe em tecnologia e é ela que vai dar retorno ao cliente. Essa mensagem tem que ser trabalhada com toda força por vendas.

O terceiro ponto é que a nossa é a marca mais forte que existe. Eu sempre falo isso e vou traba-lhar muito isso no marketing, A GENTE É CASE. Eu sou Case, a gente é Case, e estamos lá em cima. Não lá em cima no sentido de arrogância, mas no sentido de tecnologia de reconhecimento da marca, de mostrar o que ela é.

Qual é o caminho a seguir nesse sentido?Temos que motivar a ponta a demonstrar que te-

mos um produto que é superior mas que também é competitivo.

A Case por sua história, e eu praticamente comecei junto com ela aqui no Brasil, começou com produtos grandes, está no DNA dela a alta performance. Chegou o momento que a chave de tudo é usar esse posicionamento, que é o mais difícil de ser conquistado, que é o mercado olhar para rede dizer: olha Case é um super produto. Mas é preciso dizer no mercado que temos alta performance com baixo custo, por isso temos o Efficient Power, por exemplo. Temos que passar a mensagem agora de que não é só o grande cliente que pode e precisa ter Case, o pequeno também, e tem espaço para ele, tem produto para ele. O portfólio cresceu, e o agricultor menor também

Orgulho de ser Case IH

Entrevista

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Ação SocialBig Case

Na tarde de 20 de abril, por volta das 15 horas, a cidade de Xanxerê, SC, viveu momentos de terror com a passagem de um tornado com ventos que podem ter chegado a 300 km/h, segundo o Instituto Na-cional de Meteorologia. O tornado que devastou parte da cidade foi classificado entre F2 e F3, em es-cala que chega a F5 com 500 km/h. Segundo as estatísticas cerca de 5 mil pessoas ficaram desalojadas, mais de 500 desabrigadas. Quase 2.200 casas foram atingidas, 1.500 sofreram danos nos telhados, 360 ficaram parcialmente danificadas e 235 totalmente destruídas. Duas pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas.

O bairro mais atingido foi o dos Esportes, onde ficava o ginásio mu-nicipal que desapareceu. Bem per-to dali, a cerca de 200 metros, fica a sede da Bugio que nada sofreu mas que percebeu imediatamente a gravidade da situação. Logo após a passagem do tornado a primeira providência da empresa foi parar suas atividades e começar a ajudar a quem precisava.

Os funcionários e a frota da Bu-gio ficaram à disposição da defesa civil. O caminhão munk trabalhou exclusivamente para os atingidos por uma semana, e até duas sema-nas depois ainda era solicitado.

Gilvani Girardim foi uma das pessoas que receberam ajuda da Bugio. Segundo ele, logo que o tornado passou os funcionários da revenda Case IH já estava nas ruas tentando ajudar as pessoas. A mãe de Gilvani, dona Irma, de 69 anos, teve a casa inteira destelhada, a aposentada mora no Bairro Espor-tes. Durante vários dias dona Irma

Bugio ajuda na reconstrução de XanxerêTrator Soluções Agrícolas:

pós-venda diferenciado fideliza o cliente

e os vizinhos contaram a Bugio que disponibilizou, além dos funcioná-rios, e do caminhão guincho, toda a frota de carros e caminhonetes para ajudar a retirar a inacreditável quantidade de entulho que ficou espalhada por todo lado e para transportar materiais de construção e distribuir os donativos que chega-vam a todo momento. Foi graças a ajuda da Bugio que dona Irma e outras famílias da cidade consegui-ram telhas para cobrir suas casas. Ao todo a Bugio comprou 500 folhas de telhas Brasilit para distri-

buir juntamente com outros itens de construção. A direção da Bugio em Xanxerê, conta que a ajuda aconteceu de diversas formas, sua equipe de serviços ficou por uma semana atuando na reconstrução das casas, até mesmo aluguéis para duas famílias que tiveram as casas totalmente destruídas foram pagos pela empresa.

DEVER CUMPRIDOOs prejuízos em Xanxerê são de

cerca de R$ 110 milhões. Há muito o que ser feito. O governo federal vai reconstruir o ginásio e as casas que ficaram totalmente destruídas. A vida ainda está longe de voltar à normalidade, até mesmo para a Bugio que continua ajudando pontualmente a quem precisa. O sentimento na empresa é de dever cumprido que se soma ao da cida-de que hoje respira solidariedade e gratidão.

Apesar da crise institucional e financeira do país, quem planeja crescer continua investindo em melhor eficiência e tecnologia. No agronegócio mais ainda, são estas características que fazem desse, um setor vencedor.

Os números comprovam e as projeções são também positivas para 2016, dizem os espe-cialistas, o PIB tende a ser negativo, porém a agropecuária mais uma vez “salvará a pátria”. Segundo o economista José Roberto Mendonça de Barros, em recente artigo publicado no jornal Estado de S. Paulo, a situação será inusitada, “...de 2013 a 2016 o PIB brasileiro não passará de 1,3% enquanto a agropecuária vai crescer na ordem de 15%”.

Cresce porque quem está no setor acredita, investe e desafia as adversidades climáticas e/ou financeiras. Muitos preferem a discrição, trabalham e renovam suas máquinas sem grande alarde, como esse cliente especial da Trator Soluções.

Um dos maiores grupos em BIOENERGIA, que possui duas unidades de produção na região da Trator Soluções Agrícolas (Araras/SP), iniciou negociações em junho de 2014 para uma grande aquisição: 58 tratores, de 200 a 220 cv, e 21 colhe-

doras de cana, finalizando a compra no início de 2015.

Depois de um ano com vendas retraídas, no setor de máquinas agrícolas, começar o ano com uma venda dessas foi “bom sinal”.

Esse cliente, que iniciou suas operações na re-gião em 2009 adquirindo duas tradicionais usinas, quando fez sua primeira compra de máquinas, op-tou por diversificar as marcas. A Trator Soluções, que já atendia estas usinas continuou atendendo este novo grupo no pós-vendas Case IH e na hora da decisão sobre a ampliação e renovação das máquinas para este ano, recebeu a preferência.

Ricardo Campanha, gerente de pós-vendas da Trator Soluções, sabe que a parceria e a qualidade diferenciada de serviços, característica que será sempre mantida, foram fatores decisivos nesta negociação.

Nesta parceira, antes da safra, houve a pre-paração dos tratores e colhedoras, treinamento das equipes de operadores, líderes, técnicos em mecânica e entrega técnica para mais de 200 operadores e agora, segue o acompanhamento in loco para extrair e utilizar a máxima eficácia que as máquinas Case IH oferecem.

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Sua NotíciaArtigo

* Roberto Rodrigues

O Plano da Safra anunciado pelo Governo Federal na primeira sema-na de julho foi uma surpresa para analistas em geral. Afinal, em meio a um duro ajuste fiscal marcado pelas restrições creditícias e au-mento de impostos, foram alocados 187,7 bilhões de reais para o crédito rural, cerca de 20% a mais do que o anunciado para a safra passada.

Mas não é uma surpresa para quem conhece e acompanha o agronegócio brasileiro. Ao contrário, seria assombroso se o governo continuasse a desconsiderar este extraordinário setor econômico e social como fez em anos anteriores. A novidade deste ano foi o anúncio em si mesmo: cercado de uma solenidade importante, no Palácio do Planalto, com discurso da Presidente da República mostrando sua elevada consideração quanto aos produtores rurais do país, com a presença de vários Ministros de Estado, Senadores, Deputados Federais, lideranças de todas as cadeias produtivas e grande cobertura da mídia. Este foi o destaque, e claramente tem que ser atribuído à forte influência da Ministra Katia Abreu dentro do Governo como um todo e junto à Presidente em particular. A competência da Ministra e sua disposição incomum para o bom com-bate tiveram este bom resultado.

Mas não é para menos. Poucos dias antes, haviam sido anunciados os números da economia nacional para o primeiro trimestre de 2015 e, mais uma vez, ficou patente a contribuição positiva do agronegócio. O PIB brasileiro caiu 0,2% em relação ao trimestre anterior, en-quanto o da agropecuária cresceu 4,7%, seguido pelo da extração mineral (+3,3%). Surpreendeu a diminuição dos serviços (-0,7%), além do já esperado problema na indústria (-0,3%) e até do comércio (-0,4%). E tem mais: se comparados com o 1º trimestre de 2014, os dados para a agropecuária são também positivos (+4%), enquanto o PIB total caiu 1,6%, com queda da indústria (-3,0%) e serviços (-1,2%).

Aliás, mesmo considerada a redução dos preços agrícolas em dólar em 2014, o PIB da agropecuária cresceu 0,6% em todo o ano, enquanto que o PIB total caiu 0,9%.

Além disso, são conhecidos outros números: o agronegócio representa 23,5% do PIB nacional. E o setor gera 30% dos empregos do país. É verdade que

a agropecuária soma apenas 6% do PIB total, mas dele depende tudo o que vem antes da porteira das fazen-das (insumos, sementes, crédito) e o que vem depois dela (armazenagem, industrialização, embalagem, distri-buição).

Portanto, só mesmo um governo muito despreparado deixaria de pres-tar atenção ao segmento que vem sen-do a alavanca da economia nacional, inclusive quanto ao saldo comercial:

em 2014 nossa balança externa teve um déficit de 3,9 bilhões de dólares, enquanto o agronegócio tem um superávit de 80,1 bilhões de dólares, sobra essa que vem se repetindo sucessivamente, ano após ano.

Dos 187,7 bilhões de reais do Plano da Safra, 149,5 bi serão para custeio (33% a mais que no ano passado) e 38,2 bi para investimento (13% a menos que em 2014). A taxa de juros subiu, como estava previsto, pois a SELIC também subiu. O custeio custará 8,75% ao ano e no ano passado era de 6,5%. Neste capítulo, o mais importante é que a parcela de crédito com juros controlados será de 94,5 bilhões, 7,5% a mais que no ano passado. Esta parcela dependerá dos depósitos à vista em bancos, que, com a crise, estão diminuindo.

E, novidade importante, 53 bilhões virão das LCA, criadas no primeiro mandato do Presidente Lula: a semente vingou positivamente.

Uma pena mesmo foi a redução do volume de re-cursos para a subvenção do Seguro Rural: 668 milhões contra 700 bilhões do ano passado. O seguro é um instrumento fundamental para a garantia da renda do produtor brasileiro, como já acontece no mundo todo, e é muito importante que cresça, e não diminua.

Por fim, um dos mais sérios programas brasileiros, o ABC (Agricultura de Baixo Carbono) também teve redução no volume de recursos, (3 bilhões para este ano contra 4,5 bilhões do ano passado) e aumento dos juros (7,5% a 8% este ano contra 4,5% a 5,0% de 2014), o que é uma pena, porque em dezembro deste ano teremos a COP 21, na qual este seria um grande trunfo do Brasil.

Mas, de resto, o Plano foi muito positivo, mesmo com a redução de recursos para investimentos: com sinal de margem menor em 2016, os produtores inves-tirão menos mesmo.

Positivo também foi o anúncio das concessões feitos em 9 de junho, dentro do Programa de Investimentos

PIB, PAP e PILem Logística (PIL), com previsão de uso de 198,4 bi-lhões de reais entre recursos públicos e privados, em projetos que ultrapassam o mandato do atual governo, que se encerra em 2018. Até lá seriam investidos R$ 69,25 bilhões e o restante a partir de 2019.

O mercado reagiu com otimismo cauteloso quanto a este bombástico anúncio. Otimismo porque o programa atenderá uma antiga demanda por novas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, com uma clara direção privativista. Recursos viriam em parte do BNDES mas também em grande parte do setor privado, principal-mente através de emissões das debêntures de infraes-trutura por parte das empresas interessadas em investir. É um novo modelo, que agrada ao setor privado e moderniza suas relações com o governo e, sobretudo,

resolve um dos mais antigos e maiores gargalos para o desenvolvimento do interior do país, principalmente do agronegócio.

Mas cauteloso porque em 2012 foi lançado um Plano parecido que praticamente não saiu do papel. Só que desta vez não dá mais para enganar: o governo tem que sair do imobilismo e gerar empregos e riquezas para os brasileiros.

Tanto o PAP quanto o PIL estão voltados para este tema. E o PIB do agro crescerá muito mais se tudo funcionar conforme anunciado.

* Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas e

Presidente do LIDE Agronegócio

Carlo Alberto Sisto, novo presidente do Banco CNH Industrial, recebeu a diretoria da Abracase na sede da instituição, em Curitiba, no dia 8 de maio. Além da apresentação formal do executivo, recém-chegado da Suíça, onde já atuava no grupo CNHI, foi uma oportu-nidade para debater assuntos de interesse da rede de concessionários Case IH.

A meta do Banco CNHI é de maior aproximação com a rede de concessionários e seus clientes e para isso, neste ano, foram criadas ações de incentivo co-mercial. O banco tem estado presente maciçamente nos principais eventos e feiras do segmento agrícola e recentemente lançou uma nova base tecnológica para permitir maior agilidade e assertividade no

atendimento aos clientes. “Nossa proximidade com a fábrica permite, além de agilizar a burocracia no financiamento, criar condições especiais únicas no mercado”, disse Sisto.

O papel do banco de montadora é o de assegurar o crédito e dar suporte à rede. “Enquanto um banco comercial retrai a oferta de financiamentos quando o mercado tem aumento de juros, pois tem outros produtos e outros setores para atender, nós do Banco CNH Industrial encontramos espaço para mostrar que a parceria com o banco de montadora é a melhor estratégia para o produtor ganhar tanto em economia quanto em agilidade na entrega do produto”, completa Carlo Alberto Sisto.

Banco CNHI

Novo presidente recebe diretoria

da AbracaseBanco de montadora

ganha espaço com atuação especializada em momento de

oferta retraída de crédito

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Sua NotíciaNossa Gente

A história da Central Máquinas começou bem antes de ela ser nome-ada como revenda Case IH, em 1997. Começou com dois vendedores, e do bons, Carlos Alberto da Rosa e Orcélio de Jesus, já experientes na revenda de máquinas e implementos agrícolas se unindo para vender usa-dos. Sem capital financeiro, mas com muito capital em expertise e vontade, os dois deixaram o emprego em uma conhecida revenda em Assis e abriram seu próprio negócio. Orcélio era um vendedor premiado e Carlos muito tarimbado, desde os 16 anos trabalhava com máquinas agrícolas. A revenda de usados em pouco tempo se firmou e os dois pensaram então em vender implementos novos, seria um salto para a Central. Não foi possível, só podia vender implemento novo quem fosse concessionário. Foi justamente para um fabricante de implementos que a dupla de Assis falou do interesse pela marca dos equipamentos vermelhos, a Case, que haviam conhecido durante a Agrishow em 1997. Esse fabricante fez as apresentações. Das primeiras

conversas até a nomeação foram seis meses: “Nós somos muito conheci-dos na região de Assis, eu disse ao diretor na época. Se vocês precisam de alguém para crescer junto com a Case somos as pessoas certas. Se eles quisessem cadastro não daria certo, tínhamos vontade mas nenhum capital”, conta Carlos.

Deu certo. A Central é uma das re-vendas Case mais antigas, já está na maioridade, são 18 anos de parceria. No começo não foi fácil, as máquinas importadas eram financiadas em dólar. Por outro lado, o positivo, era a tecnologia, tratores com cabine, pneu radial e alta potência, isso agradava os clientes, principalmente o setor canavieiro. Isso foi o facilitador para entrar no mercado à época, contam os sócios. Era um mercado insignifi-cante, menos de 1%. Insistiram com a Case, passaram por dificuldades, mas tudo mudou a partir de 2002, quando foi lançada a colhedora nacionalizada, e no ano seguinte o trator nacional. O setor canavieiro, ávido pela mecanização, foi o grande impulso.

Central Máquinas: o sonho que virou realidade

Somente em 2007 a Central abriu sua segunda loja, em Presidente Pru-dente e depois Ourinhos. Em meados de 2014, adquiriu uma nova região, Itupeva e Avaré. Orcélio e Carlos con-tam que sempre tiveram planos de crescer e expandir as fronteiras, mas o fizeram com os pés no chão. Essa era uma região já conhecida, com vo-cação para grãos, e representa uma diversificação, pois com o aumento do portfólio de produtos é possível atuar nas mais diversas culturas com linhas completas de produtos.

A infraestrutura da Central foi bem planejada, tanto nas dependências físicas quanto em ferramental. São mais de 30 mil metros quadrados de área própria, todas as lojas equipadas com pós-vendas, peças e serviços, preparadas para atender os clientes. São 150 funcionários diretos, com equipes comercial e técnica sempre sendo capacitada.

A empresa cresceu muito e uma das grandes razões é o relaciona-mento entre os sócios. Carlos e Orcélio dizem que nem entre irmãos o relacionamento seria tão bom. Hoje a segunda geração já está no negócio, não como cabide de emprego, dizem os dois, mas com envolvimento total, mostrando a certeza na continuidade do negócio. Carlos, tem 2 filhos, Ma-teus é o comercial de Presidente Pru-dente e Lucas é quem cuida da parte financeira de todo o grupo. O filho de Orcélio é Gabriel, que está à frente das lojas de Avaré e Itupeva. Essa grande família da Central Máquinas é unida pelo apreço ao trabalho e pela vontade empreender. Uma família alinhada pelo sonho e por saber que com trabalho correto o crescimento é natural, por isso estão se preparando financeira e profissionalmente para novos desafios, e até para chegar a mais cinco novas lojas.

Colhedora de café Coffee Express 200

é destaque no Dia de Bons

Negócios A cidade de Carlópolis/PR, rece-

beu na primeira semana de maio o Dia de Bons Negócios organizado pela Agricase, de Cornélio Procópio. 78 produtores marcaram presença e puderam assistir uma palestra técnica com o Professor Fábio Moreira Silva, sobre a Mecanização da Colheita do Café. Em seguida o grupo participou de uma dinâmica com a Coffee Express 200 para ver o desempenho e o rendimento da máquina em plena colheita.

Dia de Bons Negócios ArasulMaio contou com dois “Dias de Bons Negócios” nas concessionárias Arasul. No dia 9

na Matriz, em Araranguá/SC, o evento serviu para lançar o programa Meu Primeiro CASE IH, que foi um sucesso. Em Guaramirim/ SC, o evento aconteceu no dia 14.

Orcélio e Carlos na Agrishow

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Sua Notícia Sua Notícia

8º Abertura da Colheita da Soja no RSA Meta Agrícola, unidade de Tupanciretã, foi a

patrocinadora oficial da 8ª Abertura da colheita de soja no Rio Grande do Sul.

O evento aconteceu na propriedade de Dorival Lima Terra, tradicional cliente Case IH. Tupanciretã

é considerada a capital da soja gaúcha, com a maior área plantada, 144 mil hectares, localizada na área central do Estado. O Governador, José Ivo Sartori, prestigiou o evento e operou a colheitadeira Axial Flow 8230 da Case IH.

A Tratorcase Máquinas realizou no dia 8 de maio em sua loja em Ponta Grossa o “I Workshop AFS”. O evento recebeu produtores rurais e seus funcionários com o objetivo demonstrar os benéficos do siste-ma de Agricultura de Precisão para as propriedades rurais.

Através de bate papo, pales-tras e atividades práticas foram

apresentados o funcionamento do sistema e os ganhos que seu uso pode representar.

Participaram cerca de 200 clien-tes, de toda área de atuação da con-cessionaria, que foram divididos em turmas para participar dos módulos: Monitores FM750 e FM1000, Piloto automático elétrico e hidráulico, Taxa variável de sólidos e líquidos,

Tru Count e Monitoramento de se-mentes, Monitoramento de colheita e software Sinais de Correção.

Ao final o balanço feito pela Tratorcase foi de fidelização dos clientes que puderam esclarecer suas dúvidas e enxergar o que mais podem fazer para obter uma melhor performance dos produtos já existentes.

Workshop AFS na

Tratorcase

Easy Riser em campo no Mato Grosso

Nos dias 11 e 12 de junho aconteceu em Campo Novo do Parecis MT, na fazenda do produtor Marlon Fedrizzi uma demonstração do mais novo lançamen-to da Case IH, a plantadeira Easy Riser. A equipe da Maxxicase juntamente com a equipe da fábrica puderam demonstrar para os produtores rurais a tecnologia e a eficiência dessa nova máquina.

Grandes produtores prestigiaram o evento, além de Marlon Fedrizzi, da Fazenda 2 Irmãos, participaram, Mario Sponchiado, da Fazenda Santo Augusto; Antônio Carlos da Rocha, da Fazenda Graciosa; Edilson Piaia, do Grupo Piaia; Mario Martelli, da Fazenda Siloeiro; Fer-nando Piazza, da Fazenda Piazza e o Grupo Minozzo.

O programa de visita à fábrica, o Premium Plant Tour, recebeu, no dia 19 de junho, os gerentes e vendedo-res da Agricase, das filiais do Paraná. Eles puderam ver de perto uma das fábricas mais modernas do Brasil, com 103.500 m², e também o Centro de Distribuição que conta com tecno-logia de ponta em sua logística. Além de toda a estrutura ficaram sabendo um pouco mais sobre a história e evolução da marca. Janaína Lima, responsável pela comunicação para o Brasil, foi quem recebeu o grupo.

Agricase na fábrica de Sorocaba

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A força da rede, a força da marca

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Rede Case IH na Agrishow 2015