aborto - história, religião, politica e ética

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FACULDADE CENECISTA DE BENTO GONÇALVES Disciplina: Bioética e Deontologia da Nutrição Professora: Gilmara Piletti Acadêmicas: Ana Paula Rizzi, Ana Paula Santos, Thaise F. Sganzerla. 2/2014

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Page 1: Aborto - História, religião, politica e ética

FACULDADE CENECISTA DE BENTO GONÇALVES

Disciplina: Bioética e Deontologia da Nutrição

Professora: Gilmara Piletti

Acadêmicas: Ana Paula Rizzi, Ana Paula Santos,

Thaise F. Sganzerla.

2/2014

Page 2: Aborto - História, religião, politica e ética

Esta apresentação não tem intenção de

manipular opiniões a favor ou contra o

ABORTO.

Sua única finalidade é a pesquisa e discussão

em grupo sobre um tema polêmico e de

opinião individual.

Page 3: Aborto - História, religião, politica e ética

ABORTODo latim - abortus, derivado de aboriri (perecer), e oriri (nascer).

Page 4: Aborto - História, religião, politica e ética

Você é a favor do ABORTO?

Page 5: Aborto - História, religião, politica e ética

História do Aborto

A questão do aborto vem sendo debatida ao longos das eras, no

entanto, é sempre atual polêmica, complexa e envolve aspectos

da mais alta indagação, já que, a discussão engloba campos

distintos, tais como: a ética, a moral, a medicina, o direito, a

religião, os costumes e a filosofia.

Diga-se, que os mais remotos apontamentos de que se tem

notícias da prática de métodos abortivos foram descobertos na

China, ainda no século XXVIII antes de Cristo.

Segundo Matiello, no período da Antiguidade, “Hipócrates, o

grande gênio da incipiente medicina, estudou todo o quadro

clínico do aborto, estendendo ainda suas preocupações ao

tratamento e aos métodos para induzi-lo”.

Page 6: Aborto - História, religião, politica e ética

A verdade é que os povos primitivos não previam o aborto como

um ato criminoso, no entanto, posteriormente, quando o faziam

atribuíam a ele severas punições. Contudo, constatou-se que o

aborto sempre foi praticado em todo o mundo, e embora

“reprovadas pela grande maioria das civilizações, em

determinadas épocas foi aceita sob o pretexto de que servir para

controlar o crescimento populacional” - situação esta que

naquela época preocupava diversos estudiosos.

História do Aborto

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Page 8: Aborto - História, religião, politica e ética
Page 9: Aborto - História, religião, politica e ética

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o aborto é

classificado como a morte embrionária ou fetal, seja ele induzido

ou espontâneo, antes de completar 20 semanas ou com peso fetal

inferior a 500 kg.

No Brasil, segundo o artigo 124 do Código Penal Brasileiro, é

crime a prática de aborto em si mesma, ou consentir que outrem

lhe *provoque, levando a pena de detenção de um a três anos.

*Aborto provocado é aquele que leva a expulsão do concepto de

maneira intencional, seja por ingestão de medicamentos ou até

mesmo pela introdução de objetos que facilitem a dilatação e

esvaziamento da cavidade uterina.

Aborto

Page 10: Aborto - História, religião, politica e ética

Aborto terapêutico é quando a mulher corre risco de vida e

não há outro meio de salvar a vida ou preservar a saúde da

gestante.

Classificação jurídica do aborto legal

Não constitui crime a prática do aborto quando:

Page 11: Aborto - História, religião, politica e ética

Aborto sentimental ou moral é aquele que ocorre quando a

gravidez é resultado de um estupro.

Se a gravidez resulta de violação da liberdade sexual, ou do

emprego, não consentido de técnica de reprodução assistida.

No Congresso, deve ser votado o Estatuto do Nascituro (PL 478/2007),

lei que garante proteção jurídica aos embriões, o que eliminaria a

possibilidade de aborto legal em qualquer caso, inclusive no de estupro.

Classificação jurídica do aborto legal

Page 12: Aborto - História, religião, politica e ética

Caracteriza-se como aborto eugênico aquele praticado em função de

malformação ou comprometimento fetal incompatível com a vida.

Fundada probabilidade, atestada por dois outros médicos, de o nascituro

apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais. O

diagnóstico de anencefalia é feito por exame detalhado de ultrassom, a

partir da 12ª semana de gestação.

A gravidez de anencéfalos é considerada de alto risco, porque o feto fica

em posição anormal e há o perigo de acúmulo de líquido no útero,

descolamento de placenta e hemorragia. E não há perspectivas de longa

sobrevivência para o feto, que em muitos casos morre durante a gestação.

Cabe à gestante decidir se quer ou não manter a gravidez.

Até então, o aborto só podia ser realizado mediante autorização judicial

Classificação jurídica do aborto legal

Page 13: Aborto - História, religião, politica e ética

Anencefalia

A anencefalia é uma malformação rara do tubo neural,

caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota

craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural

nas primeiras semanas da formação embrionária

Page 14: Aborto - História, religião, politica e ética

A gravidez de anencefálicos é considerada de alto risco, porque o feto

fica em posição anormal e há o perigo de acúmulo de líquido no útero,

descolamento de placenta e hemorragia. E não há perspectivas de

longa sobrevivência para o feto, que em muitos casos morre durante a

gestação.

Cabe à gestante decidir se quer ou não manter a gravidez

O diagnóstico de anencefalia é feito por exame detalhado de ultrassom,

a partir da 12ª semana de gestação. Para que haja a interrupção da

gravidez, é necessário um laudo assinado por dois médicos

Até então, o aborto só podia ser realizado mediante autorização

judicial

Anencefalia

Page 15: Aborto - História, religião, politica e ética

Em 12 de abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal autorizou a

interrupção da gravidez em caso de fetos anencéfalos.

A decisão foi publicada pelo Diário Oficial em maio, com critérios definidos

pelo Conselho Federal de Medicina

A antecipação do parto em casos de anencefalia passou a ser voluntária e

pode ser executada pelo SUS.

Anencefalia

Page 16: Aborto - História, religião, politica e ética
Page 17: Aborto - História, religião, politica e ética

ABORTOS INDUZIDOS

Page 18: Aborto - História, religião, politica e ética

Por envenenamento salino:

Extrai-se o líquido amniótico e introduz-se uma agulhaatravés do abdômen e injeta-se uma solução salinaconcentrada. Ao ingerir o bebê morre por envenenamento,desidratação, hemorragia do cérebro e de outros órgãos.

Esta solução salina produz queimaduras graves. Algumashoras mais tarde, a mãe começa "o parto" e dá a luz a umbebê morto.

Este método é utilizado depois da 16o semana de gestação.

Abortos Induzidos

Page 19: Aborto - História, religião, politica e ética

Por sucção:

Insere-se no útero um tubo oco de ponta afiada.

É feita a sucção (28 vezes mais forte que a de um aspiradordoméstico), despedaça o corpo do bebê e absorve "o produto dagravidez”.

O abortista introduz logo uma pinça para extrair o crânio, quecostuma não sair pelo tubo de sucção.

Quase 95% dos abortos nos países.

Abortos induzidos

Page 20: Aborto - História, religião, politica e ética

Por dilatação e curetagem

É utilizado uma cureta afiada na ponta com a qual vai-se

cortando o bebê em pedaços para facilitar sua extração.

Após o segundo trimestre da gestação o bebê já grande demais

para ser extraído por sucção.

A cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se logo

em pedaços com ajuda do fórceps.

Abortos induzidos

Page 21: Aborto - História, religião, politica e ética

Por operação cesárea

Este método é exatamente igual a um parto cesárea, até

que se corte o cordão umbilical.

A cesárea não tem o objetivo de salvar o bebê mas de

matá-lo.

Abortos induzidos

Page 22: Aborto - História, religião, politica e ética

Pílula RU-486

Abortos induzidos

Trata-se de uma pílula abortiva empregada conjuntamente com uma

prostaglandina.

Eficiente se for empregada entre a primeira e a terceira semana.

Conhecida como a "pílula do dia seguinte".

Age matando de fome o diminuto bebê, privando de um elemento vital,

o hormônio progesterona.

O aborto é produzido depois de vários dias de dolorosas contrações.

Page 23: Aborto - História, religião, politica e ética

Danos e consequências

Danos:

Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores;

Perfuração do útero;

Hemorragias uterinas;

Endometrite pós aborto;

Intoxicação pela retenção de líquido;

Page 24: Aborto - História, religião, politica e ética

Consequências:

Insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no

primeiro e no segundo trimestre;

Partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação;

infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;

intervenção para estancar a hemorragia produzida;

perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;

Necessidade de transfusão de sangue;

Esterilidade;

Gravidez ectópica;

Óbito

Page 25: Aborto - História, religião, politica e ética

Consequências psicológicas

Para a mãe:

Queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio

filho;

Frigidez (perda do desejo sexual);

Aversão ao marido ou ao amante;

Culpa ou frustração de seu instinto materno;

Desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;

Doenças psicossomáticas;

Depressão;

Page 26: Aborto - História, religião, politica e ética

Sobre os demais membros da família:

Problemas imediatos com os demais filhos causados pela

depressão que a mãe sofre;

Agressividade - fuga do lar - dos filhos;

Sobre os filhos que podem nascer depois:

Atraso mental por causa de uma malformação durante a

gravidez, ou nascimento prematuro.

Page 27: Aborto - História, religião, politica e ética

DEPOIMENTOS

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Page 30: Aborto - História, religião, politica e ética

Curiosidades

Entre gueixas o aborto é normal, já nas mulheres casadas o aborto só é feito

perante a autorização do marido.

-O primeiro estado do mundo a liberalizar o aborto foi a União Soviética, em

1920, logo após a tomada do poder pelos bolcheviques. O segundo estado a

liberalizar o aborto foi a Alemanha, na época de Hitler.

-Na antiga Grécia, o aborto era defendido por Aristóteles como método eficaz

para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades gregas.

Platão defendia que os abortos deveriam ser obrigatórios para mulheres com

mais de 40 anos, como forma de manter a pureza da raça de guerreiros gregos.

- A decisão de interromper a gravidez não é algo moderno. desde os tempos

antigos, as mulheres se veem em situações em que não desejam – ou não podem

– levar uma gestação à frente.

Page 31: Aborto - História, religião, politica e ética

RELIGIÃO

Page 32: Aborto - História, religião, politica e ética

Para alguns cientistas a vida

começa na fixação do

embrião no útero após a

fecundação.

Outros cientistas defendem

que a vida começa quando

há a formação do sistema

nervoso, uma vez que a

morte cerebral marca o fim

da vida.

Onde começa a vida?

Para a maioria das religiões a vida começa com a fecundação.

Page 33: Aborto - História, religião, politica e ética

Para vários

juristas, a vida

começa

imediatamente

após o parto,

quando o bebê

passa a ter os

direitos

garantidos pela

Constituição.

Page 34: Aborto - História, religião, politica e ética

Catolicismo

O Catolicismo desde o século IV condena o aborto em qualquer estágio

e em qualquer circunstancia, permanecendo até hoje como opinião e

posição oficial da igreja católica.

A punição que a igreja católica dá a quem faz o aborto, é a excomunhão.

Isso significava que lhe seriam negados todos os sacramentos e sua

comunicação com a igreja: uma punição eterna no inferno.

A igreja é contra os métodos

artificiais para a regulação da

natalidade, exceto os

métodos que estabelecem a

abstinência sexual para os

dias férteis.

Page 35: Aborto - História, religião, politica e ética

Espiritismo

“O correto seria a lei facilitar a adoção da criança nascida, quando a

mulher não se sentisse com estrutura psicológica e financeira para criar

o filho, ao invés de permitir a morte legal do feto”.

* Gerson Simões Monteiro – Presidente da Fundação Cristã Espírita

No entanto, só em casos extremos, para salvar a vida da gestante, é

que a Doutrina Espírita admite o aborto terapêutico, segundo a questão

359 de O Livro dos Espíritos.

Page 36: Aborto - História, religião, politica e ética

Candomblé

Liturgia de tradição oral, não constam escritos doutrinários. De maneira

ampla, afirmam que não há restrições à vida sócio-afetiva (incluindo aí

o relacionamento sexual) dos adeptos, sendo o aborto permitido por

sacerdotisas e sacerdotes conhecidos do Rio de Janeiro. Abrem, no

entanto uma exceção a essa liberdade, quando se constata que a

concepção daquele feto ocorreu durante um período de recolhimento

religioso, pois neste caso poderia ter-se dado por injunções alheias à

vontade daquela mulher que devem ser por ela acatadas. Mantêm a

tradição e o emprego de diversos métodos anticoncepcionais trazidos

da África em séculos passados.

Page 37: Aborto - História, religião, politica e ética

Budismo, Hinduismo e o

Hare Krishna

O budismo condena qualquer ato contra

toda forma de vida, ficando assim

inadmissível aceitar o aborto, exceto

quando a gestação incorra em risco à

mulher grávida.

O hinduísmo condena o aborto, atribuindo

ao seu ato uma ação abominável.

Para os hare krishna, toda forma de vida é

sagrada e pode somente ser retirada em

casos de autodefesa.

Page 38: Aborto - História, religião, politica e ética

A lei judaica é mais branda sobre o aborto no

quadragésimo primeiro dia de gravidez, uma

vez que considera o embrião deve ser de valor

relativamente baixo durante este tempo.

Abortos por causa de defeitos no feto ou para

proteger a saúde mental da mãe são proibidos

por algumas escolas do judaísmo e permitido

por outras em circunstâncias diferentes.

O judaísmo espera que cada caso deve ser considerado por seus próprios

méritos e com a decisão a ser tomada após consulta com um rabino competente

para dar parecer sobre tais assuntos.

Judaísmo Strict permite o aborto apenas nos casos em continuar a gravidez

colocaria a vida da mãe em sério perigo, pois a vida da mãe é mais importante

do que a do feto.

Judaísmo

Page 39: Aborto - História, religião, politica e ética

Islamismo

O Islam ordena que ao conceber a gravidez esta seja sustentada

durante toda sua gestação, exceto no caso de perigo de morte para a

mãe.

Cada concepção é legitima e cada gravidez é desejada; não existe o

chamado “gravidez não desejada”. Cada filho é considerado um

presente de Allah.

O controle da natalidade é um direito concedido por Allah aos

muçulmanos e só são proibidos os métodos anticoncepcionais, que de

alguma forma, possam lesar o individuo e a comunidade.

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Page 41: Aborto - História, religião, politica e ética

POLÍTICA

Page 42: Aborto - História, religião, politica e ética

Por todo o mundo este tema tem sido debatido pelos órgãos de poder.

Em Portugal, depois de um referendo realizado em 1998, que ditou a vitória

do "Não" (51% dos votos, numa eleição com 69% de abstenção), realizou-se

em 2007 outro referendo, em que o "Sim" ganhou por 59% dos votos, com

uma abstenção de 70%, sendo depois aprovado no Parlamento.

No Brasil...

Durante sua gestão no ministério da Saúde, José Gomes Temporão

defendeu a posição de que o aborto é uma questão de saúde pública, e que

quem deve discutir a descriminalização são as mulheres, e não os homens, o

que causou indignação de setores mais conservadores da sociedade brasileira,

como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e de sua própria mãe,

descrita por ele como sendo uma católica muito devota.

Temporão argumentou que todos os países desenvolvidos do planeta já

legalizaram total ou parcialmente o procedimento que interrompe a gestação,

e sofreu forte retaliação dos setores conservadores do Congresso Nacional,

que sustentam a ideia de que as mulheres que praticam o aborto são

criminosas e precisam ser presas.

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ÉTICA

Page 45: Aborto - História, religião, politica e ética

Entrevista Aborto e ética

Drauzio – O senhor acha que essa grande discussão nacional sobre

abortamento acontecerá logo?

William Saad Hossne – Estamos vivenciando essa situação graças aos avanços

da Bioética, que significa ética das ciências, da saúde, dos problemas da vida e

do meio ambiente cujos conceitos devem ser discutidos multidisciplinarmente.

A ética, mesmo a ética médica, não é problema só do médico. Ela interessa a

todos os setores da sociedade. Vou dar um exemplo: se eu, que sou médico,

quero discutir a relação médico-paciente apenas do ponto de vista médico, vou

procurar meus colegas de profissão. No entanto, a relação médico-paciente não

é um problema exclusivamente do médico. Ela interessa à sociedade como um

todo, a começar pelo próprio paciente e a Bioética oferece a condição de os

problemas éticos serem discutidos por todos os indivíduos envolvidos, não por

uma corporação.

Trecho de uma entrevista disponível no site do médico Drº Drauzio Varella

Page 46: Aborto - História, religião, politica e ética

Estamos nos aproximando do momento em que, através da aplicação da

Bioética na área da vida, da saúde e do meio ambiente, a ética está

penetrando todos os segmentos da sociedade. Por isso, gostaria de que, um

dia, os códigos de ética dos médicos e odontólogos fossem Códigos de

Bioética , realizados com a colaboração de representantes de todos os

segmentos sociais: médicos, filósofos, juristas, etc.

*Dr. William Saad Hossne é professor de Medicina e coordenador da

Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

Page 47: Aborto - História, religião, politica e ética

Seria ético o direito da mulher de decidir sobre seu próprio

corpo?

O que seria “moral” em termos de aborto para a nossa

sociedade?

Um aborto pode ser legal e até moral, mas nunca será ético.

?????

O código de ética dos profissionais de enfermagem garante ao profissional, o

direito de recusar sua participação no aborto legal. (Art. 45 parágrafo único)

Page 48: Aborto - História, religião, politica e ética

Obrigada pela atenção!