abastecimento predial - fria e quente - comunicacao grundfos

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5 Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto 9. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO E PREDIAL NO PORTO Autor: Carlos Medeiros Engenheiro Civil dos SMAS do Porto Professor Auxiliar da FEUP e da FAUP 12

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Abastecimento Aguas Frias e Quentes

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  • 5Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    9. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PBLICO E PREDIAL NO PORTO

    Autor: Carlos MedeirosEngenheiro Civil dos SMAS do Porto

    Professor Auxiliar da FEUP e da FAUP

    12

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    Servios Municipalizados de gua e Saneamento do Porto

    O dia 1 de Janeiro de 1887 marca o incio do abastecimento regular de gua cidade. O dia 1 de Abril de 1927 assinala a "a criao" dos actuais Servios Municipalizados de guas e Saneamento do Porto (SMAS), no seguimento do resgate do contrato de concesso que havia sido aprovado em 27 de Julho de 1882 a favor da Compagnie Gnrale des Eaux pour l'tranger, pela Cmara do Porto.

    Reporta-se a 1392 o mais remoto registo histrico de que h notcia, revelador do facto de, h mais de seis sculos, o Porto jpossuir fontes e chafarizes, para uso pblico, embora sem condies de higiene.

    No reinado de D. Sebastio (meados do sc.XVI), iniciou-se a construo dos mananciais de Paranhos e Salgueiros que, at aosculo XIX, se destacaram de entre os principais plos abastecedores de gua Cidade, alimentando diversas fontes pblicasonde a gua se podia recolher gratuitamente.

    Paralelamente, subsistia outro processo de "distribuio de gua ao domiclio", os "aguadeiros" - normalmente galegos fugidos ao servio militar - que vendiam "avulso" ou "por assinatura".

    No entanto, a inquinao dessas guas, as doenas transmitidas, a evoluo dos cuidados com a sade e ainda as exignciasquanto qualidade de vida impunham uma transformao radical do sistema.

    A partir de 1855, surgem vrias companhias candidatas ao projecto e execuo de obras de captao, elevao, transporte edistribuio, sendo em 22 de Maro de 1882 assinado o contrato com a "Compagnie Gnrale des Eaux pour l'tranger", o qual aprovado por Carta de Lei, em 27 de Julho do mesmo ano.

    Por este documento, dada Cidade do Porto a gua dos Rios Sousa e Ferreira para seu uso exclusivo.

    O contrato com a Compagnie Gnrale era vlido por 99 anos, prazo mximo ento permitido por Lei e foi estendido aMatosinhos no princpio do sculo. Os trabalhos so concludos em 1886, com a captao no Rio Sousa, mas s em 1 de Janeirode 1887 que o abastecimento regularizado.

    A populao da Cidade era, ento, de 122.000 habitantes e a gua tida como a melhor da Europa.

    Cem anos volvidos, ainda vulgar designar-se a gua do Porto como "gua da Companhia".

    O sistema mostrou-se extremamente vulnervel em regime de cheias dos Rios Douro e Sousa, comeando a Cmara a exercerfortes presses junto da Companhia que conduziram ao resgate da concesso em 28 de Maro de 1927, por 3.500 contos, e criao dos Servios Municipalizados guas e Saneamento em 1 de Abril desse ano.

    Inicia-se aqui o terceiro ciclo de vida do abastecimento de gua Cidade do Porto, sistema posteriormente alargado aosConcelhos de Gaia, Gondomar, Maia e Valongo.

    Aumento de reservas, novas captaes, em profundidade, no areal de Zebreiros (1937), expanso das redes de distribuio etransporte so passos importantes de uma nova fase.

    Em 1983, nasce uma nova fase na histria dos SMAS com as captaes em profundidade em Lever.

    No que respeita gua para consumo pblico, os SMAS, procederam captao, tratamento e aduo em alta e em baixa atfinais de 2000, altura em que, passou o Municpio do Porto a integrar o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de gua rea Sul do Grande Porto.

    A gua de abastecimento pblico passou, ento, a ser adquirida pelos SMAS empresa guas do Douro e Paiva, S.A.,encarregada da construo e explorao daquele Sistema Multimunicipal.

    Actualmente, os SMAS, ficaram, apenas, com a responsabilidade da distribuio domiciliria distribuio gua cidade, sendoa recolha e o tratamento dos efluentes (guas residuais domsticas) a outra vertente da sua actividade.

    Nesta segunda vertente, a rede de drenagem de guas Residuais Domsticas, encontra-se a mesma estabelecida desde 1907.A sua necessidade vinha, contudo, j sendo sentida desde algum tempo antes.

    De acordo com o documento dirigido ao Rei pela Cmara Municipal do Porto, em 11 de Agosto de 1899 refere-se:

    "So graves, os problemas de assistncia e higiene pblica. para um dos mltiplos aspectos de um destes problemas quea Cmara Municipal do Porto, vem perante Vossa Majestade solicitar a ateno do seu governo. H anos j que estaMunicipalidade, justamente preocupada com as condies higinicas da Cidade, empreendeu obras que lhe permitissem

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    melhor-las e organizou Reparties de Estudo que a orientassem sobre a gravidade dos males e meios de os remediar. E como causa principal deste lastimoso estado no se pode apontar outra que no seja a falta quase completa de uma redede canalizao para os esgotos da Cidade.... conhecida a causa indicado estava o remdio, e para isso esta Municipalidade,ps a concurso o projecto e execuo das obras necessrias para o saneamento da Cidade. Teve isto lugar em 1896.Concorreu a acreditada firma Hughes And Lancaster, conhecidssima pelas obras congneres executadas em diversasCidades estrangeiras e exploradora do Sistema Shne para a elevao de esgotos."

    Concluda exposio do problema o referido documento passa para a parte mais delicada do mesmo: o custo excessivo de tonecessrio empreendimento. Continuando a citar a mesma fonte:

    "Seguia-se a parte financeira. At aqui tinha a Municipalidade trabalhado por conta prpria.... a elevadssima soma que setorna indispensvel para levar a efeito tal projecto aprovado obriga a Cmara, mau grado seu, a recorrer a VossaMajestade, para que pelo seu Governo lhe seja prestado eficaz auxlio neste empreendimento, cuja protelao custaactualmente muitas centenas de vidas de cidados portugueses.

    No pede a Cmara Municipal do Porto, que o Governo tome sobre si o integral das despesas a fazer, como de resto jtomou para o Saneamento da Cidade de Coimbra, e se tem declarado disposto a aceitar para o de Lisboa. A Cmara pedeuma coadjuvao, importante, sem dvida, mas em todo o caso, s uma coadjuvao."

    Este pedido ao Rei vinha na sequncia de um projecto de concurso para dotar o Porto com uma "vascularizao sanitria adequada" como referia o Dr. Ricardo Jorge no seu relatrio da Repartio Municipal de Sade e Higiene, de 1 de Junho de1886, dirigido ao Presidente da Cmara de ento, o Conselheiro Wenceslau Pereira de Lima, e que servia de apoio ao referidoprojecto de concurso. Onde se afirmava:

    " (...) que a organizao do programa do concurso obedece, entre outras, a duas ideias, que explicaro o teor de alguns dosseus artigos:

    - Uma, a celeridade para aproveitar tempo;

    - Outra a seriedade do intento do Municpio".

    O projecto de concurso para o Saneamento apresentado pelo Presidente da Edilidade na sesso de 9 de Julho de 1896, tendosido, posteriormente remetido Comisso de Higiene que d o seu parecer favorvel em 10 de Outubro de 1896. O programade concurso aprovado em 2 de Janeiro de 1897, sendo publicado nos Dirios de Governo, n.s 16 e 17 de Janeiro do mesmoano. O prazo limite para a apresentao das propostas ao concurso era 31 de Julho de 1897.

    Na sesso do Municpio de 31 de Julho de 1897, constata-se que apenas se apresentou um nico concorrente a firma Hughesand Lancaster.

    Assim, aberta a proposta e nomeada uma comisso para a estudar e na sesso de 19 de Agosto de 1897 so nomeadas sub-comisses para o efeito.

    Apreciada a proposta na sesso de 30 de Novembro de 1897, resolvem convidar o concorrente Hughes And Lancaster a introduzir na sua proposta modificaes que a tornem mais econmica. Para tal nomeia uma comisso para estudar as modificaes coma empresa.

    A empreitada definitivamente adjudicada em 20 de Janeiro de 1903, Hughes and Lancaster pelo preo global de 1 800 contoscompreendendo todos os previstos e imprevistos, tal quantia elevada para 2 000 contos por alteraes posteriormente introduzidas no decorrer da obra.

    A obra concluda em 1907. S ento se verifica que sem ramais de ligao dos prdios aos colectores pblicos nenhum prdio poder ser saneado. No sentido de suprir aquela falha, abre-se concurso para a construo de um nmero determinadode ramais por ano. Este concurso publicado nos Dirios de Governo n. s 190 e 191, respectivamente de 25 e 26 de Agostode 1909. No havendo concorrentes feita segunda publicao no Dirio do Governo de 20 de Novembro de 1909, ao qual seapresenta um nico concorrente, Agostinho Rodrigues Monteiro a quem a empreitada adjudicada na sesso de 23 deDezembro de 1909.

    Como o Ministrio do Reino, em ofcio de Maio de 1909, impunha que a adjudicao apenas fosse feita quando a Cmaraestivesse financeiramente em condies de suportar os respectivos custos, e como esta situao se estendeu durante largotempo, tal determinou o no incio da empreitada at 1916.

    Em 1916, decide-se a abertura de um novo concurso, que vem a ser adjudicado pela Cmara do Porto empresa Hughes andLancaster, na sesso de 15 de Janeiro de 1917. Esta empreitada no chega ao fim, por aumento dos preos dos materiais, tendoo empreiteiro desistido da mesma e apenas realizado 6 815 ligaes. A firma Hughes and Lancaster pede em 28 de Novembrode 1923 a recepo definitiva da rede global de colectores e ramais a que se referem, respectivamente, os contratos de 20 deJaneiro de 1903 e de 15 de Janeiro de 1917.

  • Esta recepo efectua-se entre 1 de Julho de 1924 e de 30 de Julho de 1926 sob, a direco do Eng.. Chefe da 2 Diviso da 3 Repartio da Cmara Municipal do Porto - Dr. Amadeu Rodrigues.

    O edital de 29 de Junho de 1927 d como em funcionamento toda a rede tubular de esgotos, sob a jurisdio dos rcem-criados,em 1 de Abril de 1927, Servios Municipalizados guas e Saneamento - S. M. A. S. - Porto.

    Com a municipalizao verifica-se, desde logo, um novo impulso pela correco das deficincias encontradas e, consequenteentrada em funcionamento do sistema de drenagem e ligao de todas as prdios que o pudessem ser.

    Na dcada de 40, e em especial na de 50 verificou-se a expanso da rede pblica de drenagem a novas zonas. Inicia-se o estabelecimento da rede na Zona Oeste (Foz) e do colector Geral da Foz entre o Castelo do Queijo e Sobreiras, bem como aexpanso, da rede do ncleo central inicial (Zona Sul) s zonas de expanso urbana na parte alta da Cidade. Durante asdcadas de 60 e 70, assistiu-se ao desenvolvimento da rede em paralelo com a evoluo urbana da Cidade no sentido dasfreguesias, at ento rurais, de Aldoar, de Ramalde e de Paranhos, a denominada Zona Norte, e do seu respectivo colector geralo qual se desenvolve entre a Rua de Costa Cabral (Raione) e Sobreiras.

    A Zona Leste que se encontra na vertente do Rio Tinto, e confina com o Concelho de Gondomar, teve apenas intervenes pontuais atravs de redes que se destinavam a servir urbanizaes restritas e localizadas e cujo destino final era para sistemasdepuradores prprios (fossas spticas). No final da ltima dcada do sculo anterior, entre 1998 e o presente, iniciou-se ainstalao sistemtica de colectores e emissrios nesta Zona.

    A Cidade do Porto inicia, deste modo, o sculo XXI com a perspectiva da totalidade da sua rea servida com rede pblica de drenagem de guas residuais domsticas e a totalidade destas tratadas em ETAR's (Estaes de tratamento de guas residuais) -ETAR do Freixo (Zona Oriental) e ETAR de Sobreiras (Zona Ocidental), em funcionamento, respectivamente, desdeMaio de 2000 e Fevereiro de 2003.

    Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    A concepo dos sistemas de distribuio pblica de guano Porto deve passar pela anlise prvia das previses do planeamento urbanstico (planos urbansticos ou opera-es de urbanizao em que se insiram) e das caractersticasespecficas da rea urbana em que se insiram, nomeada-mente s necessidades de gua para o consumo e o combatea incndios.

    da responsabilidade do autor dos estudos e projectos arecolha dos elementos de base. Para os obter, sernecessrio requere-los ao Director Delegado dos ServiosMunicipalizados guas e Saneamento do Porto, acompa-nhado de Planta de Localizao da obra a levar a efeito,fornecida pela Cmara Municipal, escala 1:500 (Art. 251).

    Os Servios Municipalizados guas e Saneamento do Portoprestaro todas as informaes de interesse, nomeada-mente no que respeita caracterizao e localizao dasredes pblicas de abastecimento de gua, as condies deligao, fornecendo os elementos seguintes.

    a) A localizao em planta das condutas, acessrios einstalaes complementares, sobre carta topogrfica escala 1:500;

    b) As seces, profundidades, materiais e tipos de juntadas condutas;

    9.2.2 Elementos de dimensionamento

    As capitaes a considerar na distribuio exclusivamentedomstica no deve, qualquer que seja o horizonte deprojecto, ser inferior a 250 l (habitante / dia). Em zonas comactividade comercial intensa pode admitir-se uma capi-tao da ordem dos 50 l (habitante / dia) ou considerarem-seconsumos localizados. Os consumos industriais face a suagrande aleatoriedade, devem ser avaliados caso a caso e adicionados aos consumos domsticos. Consideram-seconsumos assimilveis aos industriais os correspondentes,entre outros, s unidades tursticas, hoteleiras, estabeleci-mentos de sade, ensino, militares, prisionais, bombeiros einstalaes desportivas, que devem ser avaliados de acordocom as suas caractersticas. Os consumos pblicos, taiscomo de fontanrios, bebedouros, lavagem de arruamentos,rega de zonas verdes e limpeza de colectores, podem geral-mente considerar-se incorporados nos valores mdios decapitao global, variando entre 5 e 20 l (habitante / dia).

    Os volumes de gua para combate a incndios so determi-nados em funo do risco da sua ocorrncia e propagaona zona, cabendo ao Batalho de Sapadores Bombeiros daCmara Municipal do Porto, caso a caso, a definio do graude risco e do caudal instantneo a garantir (Art. 18).

    O dimetro nominal mnimo das condutas de distribuio de 100mm (Art. 23).

    9.1 Introduo

    Nesta apresentao so abordados os principais aspectosrelacionados com os sistemas de abastecimento pblicos e, fundamentalmente, prediais de gua fria e quente,ressaltando as recomendaes contidas no Regulamentodos Sistemas Pblicos e Prediais de Abastecimento de guae Drenagem de guas Residuais (Decreto Regulamentar23/95, de 23 de Agosto) e a sua adaptao efectuada pelospelo Regulamento dos SMAS - Porto.

    Uma apresentao breve das condies a considerar nainstalao de abastecimento pblico preencher a primeiraparte desta exposio.

    Seguidamente, so apresentados os principais tipos de sistemas prediais de abastecimento de gua, com ascondies que determinam a sua aplicabilidade, tanto anvel tcnico como de legislao de solues de abasteci-mento directo ou de abastecimento com recurso a sistemaselevatrios que garantam um abastecimento em quanti-dade e qualidade adequadas ao uso, bem como o abasteci-mento predial de gua feita a partir de captao particular(nascentes e furos), com o fim de se garantir o abasteci-mento para outras finalidades, tais como combate a incn-dio, lavagem de pavimentos, uso industrial, entre outros.Na escolha do sistema a ser utilizado, ser importanteobservar as condies de disponibilidade de abastecimentogarantidas pela rede pblica, assim como as necessidadesprediais.

    Por fim, sero especificadas as principais etapas que consti-tuem o dimensionamento dos sistemas prediais deabastecimento de gua fria e quente, nomeadamente, osreservatrios, os sistemas elevatrios e as cmaras demanobras para instalao de equipamentos elevatrios.

    Conclui-se a exposio referindo aspectos importantesreferentes ao traado, elementos acessrios da rede e asverificaes necessrias prvia utilizao dos sistemasprediais.

    9.2 Sistema de abastecimento pblico

    9.2.1 Aspectos gerais

    Nos arruamentos pblicos existentes compete aos ServiosMunicipalizados guas e Saneamento do Porto a elabo-rao de estudos e projectos dos sistemas pblicos.

    Em todas as intervenes urbanas, que impliquem a alte-rao ou ampliao dos sistemas pblicos existentes ou aimplementao de novas infra-estruturas, obrigatria aelaborao dos estudos e projectos, pelo promotor, e submete-los aprovao dos Servios Municipalizadosguas e Saneamento do Porto (Art. 250).

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    b) Termo de responsabilidade do tcnico autor do projecto;

    c) Planta de Localizao fornecida pelos ServiosMunicipalizados guas e Saneamento

    d) Memria descritiva e justificativa, onde conste aidentificao do proprietrio, a natureza, designaoe local da obra, o tipo da obra, a descrio da concepodos sistemas, os materiais e acessrios e as insta-laes complementares;

    e) Clculo hidrulico onde conste os critrios de dimen-sionamento adoptados e o dimensionamento das redes,equipamentos e instalaes complementares previstas;

    f) Mapas de medio e oramento a preos correntes,das obras a executar;

    g) Peas desenhadas dos traados e instalaes comple-mentares, com indicao dos materiais das canalizaese acessrios utilizados, obedecendo s escalas a saber:

    Plantas - 1:500;

    Perfis - 1:500 em extenso e 1:50 em altimetria;

    Pormenores - escala conveniente que esclareainequivocamente o pretendido.

    Os elementos descritos sero apresentados em original,acrescidos de duas cpias para os elementos referidos nasalneas b) a g).

    As peas escritas devem ser apresentadas dactilografadasou impressas em folhas de formato A4, paginadas e todaselas assinadas, no original, pelo tcnico responsvel peloprojecto. As peas desenhadas devem ser apresentadas,em tela plstica, com formatos e dobragem concordantescom o estipulado nas Normas Portuguesas NP48 e NP49,no excedendo as dimenses do formato A0. Os caracteresalfanumricos devem obedecer Norma Portuguesa NP89.

    Todos os desenhos devem possuir legenda no canto inferiordireito, respeitando a Norma Portuguesa NP204 e contendo,no mnimo, a seguinte informao:

    a) Designao e local da obra, indicando se se trata deobra nova, de ampliao ou remodelao;

    b) Identificao do proprietrio;

    c) Nome, qualificao e assinatura do autor do projecto;

    d) Nmero, descrio do desenho, escalas e data da suaelaborao;

    e) Especificao quando se trata de projecto de alteraoou aditamento;

    f) Legenda especfica das redes representadas.

    9.2.5 Entrada em servio dos sistemasA entrada em servio dos sistemas deve ser precedida daverificao, pelos Servios Municipalizados guas eSaneamento do Porto, dos aspectos de sade pblica e deproteco do ambiente. Nenhum sistema de distribuiode gua pode entrar em funcionamento sem que tenhasido feita a desinfeco e a vistoria final de todo o sistema(Art. 264).

    Quando o servio de combate a incndios tenha de serassegurado pela mesma rede pblica, os dimetros nominaismnimos das condutas so determinados em funo dorisco da zona e devem ser:

    a) 100mm - grau 1 a 3;

    b) 125mm - grau 4;

    c) 150mm (a definir caso a caso) - grau 5.

    Cabe aos Servios Municipalizados guas e Saneamento adefinio da localizao das bocas de incndio e doshidrantes, aps parecer do Batalho de SapadoresBombeiro (Art. 55). Os dimetros de sada so fixados em45mm para as bocas de incndio e em 60mm para duas sadas e 90mm para os marcos de gua.

    9.2.3 Ramais de ligao

    Os ramais de ligao asseguram o abastecimento predialde gua, desde a rede pblica at ao limite da propriedadea servir, em boas condies de caudal e presso.

    Os ramais de ligao consideraram-se tecnicamente comopartes integrantes das redes pblicas de distribuio e de drenagem, competindo aos Servios Municipalizadosguas e Saneamento do Porto promover a sua instalao(Art. 267).

    Quando se justifique, pode uma mesma edificao disporde mais de um ramal de ligao para abastecimentodomstico ou de servios. Os estabelecimentos comerciaise industriais devem ter ramais de ligao privativos.

    Nos ramais de ligao de abastecimento a reservas de guae piscinas que se encontrem instaladas a uma cota nosuperior a 10 m relativamente ao arruamento de onde se faz a ligao, obrigatria a instalao de colunapiezomtrica com desenvolvimento a definir pelos ServiosMunicipalizados guas e Saneamento do Porto (Art. 32).

    O dimetro nominal mnimo admitido em ramais de liga-o de 25mm (Art. 35). Quando se tenha de assegurarsimultaneamente o servio de combate a incndios semreservatrio de regularizao, o dimetro no deve ser inferior a 45mm.

    O dimetro nominal mnimo das bocas de rega e lavageme respectivos ramais de alimentao de 25mm (Art. 53).Os dimetros nominais mnimos dos ramais de alimen-tao dos hidrantes so de 45mm para as bocas de incndioe de 90mm para os marcos de gua (Art. 56).

    9.2.4 Elementos de instruo dos processosde projectos

    O pedido de aprovao de projectos deve ser instrudo comos seguintes elementos (Art. 252):

    a) Requerimento dirigido ao Director Delegado dosServios Municipalizados guas e Saneamento doPorto, a solicitar a aprovao do projecto, subscritopelo promotor;

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    9.3.2 Elementos dos sistemas

    Para que no venham a ocorrer utilizaes indevidas dasdiversas redes prediais impe-se que:

    "As canalizaes instaladas vista ou visitveis devem seridentificadas consoante a natureza da gua transportada ede acordo com o sistema de normalizao vigente." (Art. 75).

    Assim, as canalizaes instaladas vista devem ser identifi-cadas consoante a natureza da gua transportada, de acordo com as seguintes cores: azul para gua destinada ao consumo humano; encarnado para gua de combate aincndios.

    Tambm no sentido de garantir adequada qualidade e orespeito da sade pblica impem a necessidade de cuidadosna escolha dos materiais.

    Todos os materiais a aplicar em sistemas de distribuio,peas acessrias e dispositivos de utilizao, devem serisentos de defeitos e, pela prpria natureza ou por proteco adequada, devem apresentar boas condies deresistncia corroso, interna e externa, e aos esforos aque vo ficar sujeitos.

    "1- As tubagens e acessrios que constituem as redes interiorespodem, entre outros, ser de cobre, ao inoxidvel, ao galva-nizado ou PVC rgido, este ltimo no caso de canalizaes degua fria no afectas a sistemas de combate a incndios.2- Nas redes exteriores de gua fria, as tubagens e acessriospodem ser de ferro fundido, polietileno ou PVC rgido" (Art. 90).

    Os materiais a utilizar nas tubagens e peas acessrias dossistemas de distribuio devem ser aqueles cuja aplicaoseja admitida pelos SMAS - Porto, como responsvel peloabastecimento e distribuio pblica de gua.

    A aplicao de novos materiais ou processos de construopara os quais no existam especificaes oficialmenteadoptadas nem suficiente prtica de utilizao, deve sersujeito a verificao de conformidade pelo LNEC -Laboratrio Nacional de Engenharia Civil e a fazer presentejunto dos SMAS Porto.

    Tambm, os instaladores (picheleiros) devem proceder asua inscrio nos SMAS para que possam assumir a respon-sabilidade de execuo de instalaes prediais.

    9.3.3 Concepo dos sistemas

    A rede de distribuio de gua parte de um ponto da redepblica. A localizao desta conduta exterior bem como aposio prevista para o contador so a "ponta da meada" apartir da qual se faz o desenvolvimento da rede interior.

    Numa primeira fase de abordagem a concepo de um sistema de abastecimento predial devem colocar-se asseguintes questes fundamentais:

    9.3 Sistema de abastecimento predialde gua

    9.3.1 Aspectos gerais

    Todos os edifcios novos, remodelados ou ampliados deveroprever redes prediais de abastecimento de gua, indepen-dentemente da existncia ou no das redes pblicas nolocal (Art. 4), sendo obrigatria a ligao s redes pblicasde abastecimento de gua e de drenagem de guas residuaisdomsticas, quando existam ou venham a ser instaladas.

    As redes prediais a instalar, mesmo que nos locais onde noexistam redes pblicas devero ser executadas de modo apermitir, no futuro, a sua fcil ligao quelas redes. Destemodo, a rede de distribuio predial de gua deve asseguraro seu bom funcionamento, preservando-se a segurana, asalubridade e o conforto nos edifcios.

    Os sistemas prediais de abastecimento de gua devemgarantir que a mesma chegue a todos os dispositivos deutilizao, sempre que necessrio, em quantidade e quali-dade adequadas ao uso.

    A terminologia e a simbologia a utilizar e as unidades emque so expressas as diversas grandezas devem respeitar asdirectivas estabelecidas neste domnio. Assim a terminologiae a simbologia a adoptar sero as indicadas nos anexos I, II,III, VIII e XI ao Regulamento.

    A rede predial a projectar e executar deve ainda oferecer agarantia de que a gua a fornecer aos sistemas prediaisdever ter em considerao aspectos, quer de qualidadequer de defesa da sade pblica.

    Assim, os sistemas prediais alimentados pela rede pblicadevem ser independentes de qualquer sistema de distri-buio de gua com outra origem, nomeadamente poosou furos, como dispem que:

    "Os sistemas prediais alimentados pela rede pblica devemser independentes de qualquer sistema de distribuio degua com outra origem, nomeadamente poos ou furos privados." (Art. 73).

    "No permitida a ligao entre a rede predial de distri-buio de gua e as redes prediais de drenagem de guasresiduais." e "O fornecimento de gua potvel aos aparelhossanitrios deve ser efectuado sem pr em risco a suapotabilidade, impedindo a sua contaminao, quer por contacto, quer por aspirao de gua residual em caso dedepresso." (Art. 76).

    "...a utilizao de gua no potvel exclusivamente paralavagem de pavimentos, rega, combate a incndios e finsindustriais no alimentares,... 2 - As redes de gua nopotvel e respectivos dispositivos de utilizao devem sersinalizados." (Art. 77).

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    1. Existe rede pblica? Onde?

    2. Seco e presses disponveis?

    3. H escassez de gua ou interrupes de fornecimentocom frequncia?

    4. Que dimenso tem o edifcio? Existem caves?

    5. Qual o tipo de ocupao?

    6. Torna-se necessrio prever reservatrios? Os servios locaispermitem? Em que condies? Sua capacidade e locali-zao? Formas de drenagem de perdas e esvaziamento?

    7. Precisa de equipamento elevatrio de bombagem?Atravancamento e acessibilidade cmara de manobras?

    8. necessria rede de combate a incndio? De que tipo?

    9. Previso do fornecimento de gua quente: a que zonase de que modo?

    10. Na remodelao ou ampliao de sistemas existentescom aumento de caudal de ponta? Comprova-se a sufi-cincia da capacidade hidrulica de transporte dascanalizaes e das eventuais instalaes comple-mentares a montante, sem prejuzo das condies defuncionamento do sistema na sua globalidade?

    Por fim, sempre ser de realar que a concepo de sistemasprediais de distribuio de gua deve ter como objectivo aresoluo de problemas numa perspectiva global, tcnica eeconmica, coordenada com a arquitectura, a estrutura e asrestantes instalaes especiais da edificao.

    9.3.4 Classificao dos sistemas

    Ao colocarmos correctamente as questes acima enunciadassomos muitas vezes levados a constatar que nem sempreos sistemas pblicos permitem que o abastecimento seefectue directamente da rede geral de distribuio emcondies de presso e caudal necessrios a garantir umautilizao com a qualidade e quantidade adequadas.

    Neste sentido, o regulamento apresenta condicionantes quepodem permitir efectuar uma primeira abordagem ao tipode sistema de alimentao predial, ao consagrar que:

    "e) A presso de servio em qualquer dispositivo de utilizaopredial para o caudal de ponta no deve ser, em regra, inferiora 100Kpa o que, na rede pblica e ao nvel do arruamento,corresponde aproximadamente a

    H=100+40n

    "Onde H a presso mnima (Kpa) e n o nmero de pisosacima do solo, incluindo o piso trreo..." - (Art. 21 ).

    "2 - As presses de servio nos dispositivos de utilizaodevem situar-se entre os 50 Kpa e 400 Kpa, sendo recomen-dvel, por razes de conforto e durabilidade dos materiais,que se mantenha entre 150 Kpa e 300 Kpa." (Art. 78).

    Dentro desse contexto, poderemos ter sistemas comabastecimento directo ou indirecto. O abastecimento directoser garantido sempre que as condies de abastecimentopblico apresentem presso e/ou caudal que permitam nascondies de conforto definidas no projecto o abastecimentoem permanncia. Caso contrrio, ou seja, falta de pressoou falta de caudal dever optar-se por sistemas de abaste-cimento indirecto com reservatrio elevado quando apresso disponvel possibilita em certos perodos dirios areposio da reserva necessria e por sistema elevatrio,com reservatrio inferior sempre que a presso no seja demolde a garantir a reposio da reserva durante o perododirio de 24 horas ao nvel mais elevado do edifcio.

    SISTEMAS DE DISTRIBUIO

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    Na escolha do sistema h que atender:

    a) presso disponvel na rede geral de alimentao e necessidade nos dispositivos de utilizao;

    b) Ao tipo e nmero de dispositivos de utilizao;

    c) Ao grau de conforto pretendido;

    d) minimizao de tempos de reteno da gua nascanalizaes.

    Sempre que a rede pblica no puder assegurar as pressesnecessrias dever ser prevista uma instalao sobrepressoracom tanque de compensao.

    Para que se possa efectuar esta verificao preliminar dosistema mais adequado de abastecimento predial, dandotambm resposta a algumas das questes j referidas deveobter-se junto dos SMAS Porto a informao sobre ascondies de abastecimento da rede pblica no local ondese pretende executar a edificao, ou seja, " os valores daspresses mxima e mnima na rede pblica no ponto deinsero naquela." (Art. 83).

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    LIGAES S REDES PBLICAS

    Planta Topogrfica

    P.T. n. / 2005

    Local da obra: Rua

    Freguesia:

    Requerente:

    REDES PREDIAIS DE DISTRIBUIO DE GUA

    Presso esttica MPa

    REDE PBLICA - PRESSES

    Presso dinmica MPa

    REDES DE INCNDIO

    As redes de combate a incndio devero ser dimensionadas e representadas em projecto.

    REDE PREDIAL DE DRENAGEM DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS

    A cmara de ramal de ligao dever situar-se no local assinalado na P.T., profundidade de m.

    Dever atender ao Regulamento dos Sistemas Pblicos e Prediais de Distribuio de gua e Drenagem de guas ResiduaisDomsticas dos Servios Municipalizados de guas e Saneamento da Cmara Municipal do Porto, ao Decreto--Regulamentar 23/95. Agosto e ainda legislao especfica relacionvel com os projectos em causa.

    Porto,

    O Chefe de Diviso

    Falta dar nome a este documento

  • 9.3.5 Dimensionamento dos sistemas prediais

    Nos projectos relativos distribuio predial de gua devemindicar-se nas peas desenhadas os tipos e localizao dosdispositivos de utilizao, bem como os aparelhos alimen-tados.

    Os caudais instantneos a atribuir aos dispositivos de utili-zao devem estar de acordo com o fim especfico a quese destinam, sendo os valores mnimos a considerar, os constantes do quadro anexo ao Regulamento.

    Os caudais instantneos a atribuir a mquinas industriais eoutros aparelhos so especificados no quadro anexo aoRegulamento e devem ser estabelecidos em conformidadecom as indicaes dos fabricantes.

    Face possibilidade do funcionamento no simultneo datotalidade dos dispositivos de utilizao, considera-se nadeterminao do caudal de clculo, o coeficiente de simul-taneidade mais adequado numa dada seco.

    O coeficiente de simultaneidade a relao entre o caudalsimultneo mximo (caudal de clculo) e o caudal acumu-lado (somatrio dos caudais instantneos) de todos os dispositivos de utilizao alimentados por essa seco. Noanexo do Regulamento apresenta-se uma curva que, tendoem conta os coeficientes de simultaneidade, fornece oscaudais de clculo, para um nvel de conforto mdio, emfuno dos caudais acumulados, que pode ser utilizadapara os casos correntes de habitao sem fluxmetros.Para outro tipo de conforto ou de utilizao (estabeleci-mentos, restaurantes, escolas, etc.) deve ser o coeficiente de simultaneidade determinado por recurso a informaesexistentes ou a bibliografia especfica. Contudo, quandoexistem fluxmetros, os caudais de clculo devem ser obtidossomando aos caudais obtidos para os restantes aparelhos,atravs da curva referida acima, os caudais de clculo dosfluxmetros, considerando os respectivos caudais instan-tneos e a simultaneidade constante do quadro seguinte:

    9.4 Sistemas prediais de distribuio degua fria

    9.4.1 Aspectos gerais

    A rede predial de gua fria deve assegurar a sua distribuioa todos os dispositivos instalados em boas condies. Oscaudais de clculo na rede predial de gua fria baseiam-senos caudais instantneos atribudos aos dispositivos de utilizao e nos coeficientes de simultaneidade.

    Para efeitos de clculo da rede predial devem ser obtidos eso fornecidos, como acima j se referiu, os valores daspresses mximas e mnimas na rede pblica no ponto deinsero daquela.

    9.4.2 Dimensionamento hidrulico

    No dimensionamento hidrulico da rede predial de guafria deve ter-se em ateno:

    a) Os caudais de clculo;

    b) As velocidades de escoamento, que devem situar-seentre 0,5 e 2,0m/s;

    c) A rugosidade do material.

    Nos ramais de alimentao de fluxmetros para bacias deretrete devem ter-se em ateno as presses mnimas deservio a cujos valores correspondem os dimetros constantesdo quadro seguinte:

    9.4.3 Reserva predial de gua para abastecimento domstico

    O armazenamento de gua para o consumo humano emedifcios normalmente autorizado pelos SMAS Porto, nocaso em que a rede pblica no garanta eficazmente osconsumos e presses prediais requeridas. Prevendo-se ainstalao de reservatrios estes so condicionados, porrazes de defesa de sade pblica dos utentes, renovaona sua totalidade com periodicidade de pelo menos umavez por dia, ou seja, o clculo do volume til dos reser-vatrios destinados ao consumo humano no deve, exceptoem casos devidamente justificados, exceder o valorcorrespondente ao volume mdio dirio do ms de maiorconsumo, para a ocupao previsvel. Os reservatrios degua para consumo humano devem tambm ser sujeitos aoperaes de inspeco e limpeza peridica.

    1

    2 a 10

    11 a 20

    21 a 50

    Superior a 50

    Nmero de fluxmetrosinstalados

    1

    2

    3

    4

    5

    Em utilizao simultnea

    200

    80

    50

    25

    32

    40

    Presso (kPa) Dimetro (mm)

    Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

  • O armazenamento de gua para combate a incndios feito em reservatrios prprios e independentes e no podepor princpio ser utilizado para outros fins.

    A localizao dos reservatrios deve permitir a sua fcilinspeco e conservao. Quando o armazenamento dagua se destina a consumo humano, os reservatriosdevem ter proteco trmica e estar afastados de locaissujeitos a temperaturas extremas.

    Como condies construtivas a ter em considerao reala-seque: os reservatrios devem ser impermeveis e dotados dedispositivos de fecho estanques e resistentes; as arestasinteriores devem ser boleadas e a soleira ter a inclinaomnima de 1% para a caixa de limpeza, a fim de facilitar o esvaziamento; nos reservatrios com gua destinada aconsumo humano e com capacidade til igual ou superior a2,0 m3 devem ser constitudos, pelo menos, por duas clulas,preparadas para funcionar separadamente mas que, emfuncionamento normal, se intercomuniquem; sistema deventilao, convenientemente protegido com rede demalha fina, tipo mosquiteiro, de material no corrosivo, quedeve impedir a entrada de luz directa e assegurar a reno-vao frequente do ar em contacto com a gua; a soleira eas superfcies interiores das paredes devem ser tratadascom revestimentos adequados que permitam uma limpezaeficaz, a conservao dos elementos resistentes e amanuteno da qualidade da gua; a entrada e sada dagua nos reservatrios devem estar posicionadas de modoa facilitar a circulao de toda a massa de gua armazenadae o fundo e a cobertura dos reservatrios no devem sercomuns aos elementos estruturais do edifcio, nem as paredes comuns a paredes de edificaes vizinhas. Cadareservatrio ou clula de reservatrio deve dispor de:

    a) Entrada de gua localizada, no mnimo a 50 mmacima do nvel mximo da superfcie livre do reser-vatrio em descarga, equipada com uma vlvula defuncionamento automtico, destinada a interrompera alimentao quando o nvel mximo de armazena-mento for atingido;

    b) Sadas para distribuio, protegidas com ralo e colo-cadas, no mnimo, a 150 mm do fundo;

    c) Descarregador de superfcie colocado, no mnimo, a50 mm do nvel mximo de armazenamento e condutade descarga de queda livre e visvel, protegida comrede de malha fina, tipo mosquiteiro, dimensionadospara um caudal no inferior ao mximo de alimen-tao do reservatrio;

    d) Descarga de fundo implantada na soleira, com vlvulaadequada, associada a caixa de limpeza;

    e) Acesso ao interior com dispositivo de fecho queimpea a entrada de resduos slidos ou escorrncias.

    Os reservatrios podem ser de beto, alvenaria de tijolo ou de blocos de cimento, ao ou outros materiais que semostrem adequados a manter a qualidade da guaarmazenada e os materiais e revestimentos usados na suaconstruo no devem alterar a qualidade da gua afectandoa sade pblica.

    Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    RESERVATRIOS DE GUA POTVEL

    Tambm a manuteno peridica dos reservatrios aspecto importante a ter em considerao, nomeadamente, a sualimpeza e desinfeco, pelo que os SMAS Porto apresentam instrues de actuao para a execuo dessas operaes.

    "Instrues para desinfeco de cisternas/depsitos"[1]

    Se na sua casa houver depsito/cisterna, tenha os seguintes cuidados:

    - Instale-o sempre em local de fcil acesso, limpo e arejado;

    - Nunca o deixe sem tampa adequada ou devidamente protegido.

    Lave-o pelo menos uma vez por ano da seguinte forma:

    - Esvazie-o totalmente, retirando todos os detritos e lodo que eventualmente contenha;

    - Escove cuidadosamente as paredes, o fundo e a abertura, utilizando preferencialmente, escovas s para esse fim;

    - Enxage todo o interior e esvazie-o de novo;

    - Proceda desinfestao do depsito/cisterna:

    - Deixe entrar gua limpa at cerca de metade da sua altura;

    - Junte hipoclorito de sdio a 14% ( venda em drogarias). Atendendo capacidade do depsito/cisterna, adicionepor cada m3 de gua, 20ml do referido hipoclorito;

    - Encha completamente e mantenha em repouso, sem consumir, durante pelo menos meia hora;

    - Volte a esvaziar, abrindo todas as torneiras de servio e enxage para eliminar completamente o hipoclorito.

    - Aps esta operao o depsito/cisterna est pronto a receber a gua que distribuda."

    [1] Fonte: "Documento Auxiliar de Procedimentos"; SMAS - Porto, Laboratrio de Anlises; Edio n1; Reviso n0; Pgina 1 de 1.

    Regras principais:

    1. Reserva para 24 horas; 2. 2 clulas para manuteno ou reparao; 3. Localizao em zona tcnica acessvel;4. Independncia da restante estrutura; 5. Isolamento trmico quando necessrio; 6. Condies de acesso e de inspeco;7. Tampa sobre a vlvula de bia; 8. Envolvente protegida contra escorrimentos e infiltraes; 9. Limpeza interior/evitarngulos apertados; 10. Pintura interior de proteco; 11. Aberturas para ventilao; 12. Soleira com pendente de igualsuperior a 1%; 13. Rebaixo para reteno de areias; 14. Descargas de fundo com vlvula; 15. Descarga de superfcie;16. Caleira nas proximidades; 17. Alarme/deteco de fugas de gua; 18. Proteco de aberturas com rede mosquiteiro;19. Equipamento/ acesso e atravancamento; 20. Entrada e sada da gua em pontos opostos.

    Fig. 1 - Esquema tipo de um reservatrio

  • O funcionamento dos rgos electromecnicos deve deter-minar, nos lugares ocupados, rudo de nvel sonoro mdiono superior a 30 dB(A); para o efeito devero ser utilizadosapoios isolados e ligaes elsticas s tubagens paraatenuao da propagao do rudo.

    As canalizaes e acessrios utilizados devem ser de materiaisde resistncia adequada s presses de servio e s vibraes.

    9.4.4.2 Potncia absorvida pela bomba

    A determinao da potncia absorvida pela bomba quegaranta o abastecimento solicitado dada por:

    P = QH

    P- Potncia; - Peso volmico; Q- Caudal; H- Altura de elevao.

    A potncia absorvida pela bomba tem de ser superior queesta cede ao escoamento, devido s perdas nas transfor-maes de energia em presena. Designando por Hc a carga entrada na bomba, a qual traduz o trabalho exteriorfornecido por um motor; por Hs a carga sada da bomba, aqual traduz o ganho energtico do lquido na sua passagempela bomba; por o rendimento da bomba, o qual traduz a relao entre a potncia ganha e a do motor e assume sempre valores inferiores unidade. Temos ento que adiferena entre Hs e Hc que corresponder ao ganho depresso que o lquido sofrer na sua passagem pela bomba,o qual ir ser representado por HTOTAL e ser designado poraltura manomtrica, sendo assim a potncia absorvida pelabomba expressa por:

    P= QHTOTAL /

    P- Potncia (W); - Peso volmico (Nm-3); Q - Caudal bombado(m3s-1); HTOTAL- Altura manomtrica (m) = Haspirao + Hcompresso;- Rendimento da bomba (entre 60% a 70%).

    9.4.4.3 Altura manomtrica

    9.4.4.3.1 Altura mxima de aspirao

    A altura de aspirao representa o ganho de presso que olquido sofre na sua passagem, pela bomba.

    Assim, a altura mxima de aspirao de uma bomba sercalculada de acordo com a expresso:

    HMA = Patm/- [NSPH + Ja + Pv/ + a]

    HMA- Altura mxima de aspirao (m); Patm/- Alturaequivalente presso atmosfrica (m); NSPH- Capacidadede aspirao (m); Ja- Perda de carga no troo de tenso devapor do lquido (m); Pv/- Altura equivalente da tenso devapor do lquido (m); a- Factor de segurana (m).

    Sendo a presso atmosfrica normal igual a 1,013x102kPA,considerando que o fludo bombado gua, a que corres-ponde um peso volmico de 9,8x103 N/m3, teremos que aaltura equivalente presso atmosfrica ser igual a 10,33m.

    9.4.4 Instalaes elevatrias e sobrepressoras

    9.4.4.1 Aspectos gerais

    No quadro seguinte apresentam-se os tipos de bombas correntes no mercado e suas principais aplicaes.

    No dimensionamento das instalaes elevatrias devemter-se em ateno:

    a) O caudal de clculo;

    b) A presso disponvel a montante;

    c) A altura manomtrica;

    d) O nmero mximo admissvel de arranques por horapara o equipamento a instalar;

    e) A instalao, no mnimo, de dois grupos electrobombaidnticos, normalmente destinados a funcionar comoreserva activa mtua e excepcionalmente em conjuntopara reforo da capacidade elevatria.

    As instalaes elevatrias ou sobrepressoras devem serlocalizadas em zonas comuns e ventiladas, que permitamuma fcil inspeco e manuteno e ser equipadas comgrupos electrobomba e dotadas de dispositivos de comando,assim como proteco contra o choque hidrulico, de segurana e de alarme, e de acessrios indispensveis aoseu funcionamento e manuteno. Os grupos electrobombadevem ser de funcionamento automtico e possuir caracte-rsticas que no alterem a qualidade da gua. Os disposi-tivos de proteco devem ser definidos em funo dasenvolventes de presso mxima e mnima, resultantes daocorrncia de choque hidrulico.

    Abastecimento de gua, circulao e transferncia de gua, servios industriais, pressu-rizao, agricultura, etc.

    Monocelulareshorizontais

    Tipos de bombas Aplicaes

    Abastecimento de gua, servios industriais,irrigao e circulao de gua em sistemas,pressurizao, etc.

    Monocelularesverticais

    Elevao, pressurizao e circulao de gua,agricultura, etc.

    Multicelulareshorizontais

    Abastecimento de gua, circulao e pressu-rizao, servios industriais, irrigao, insta-laes especiais, transferncia de lquidos, etc.

    Multicelularesverticais

    Circulao de lquidos em circuitos de aqueci-mento abertos ou fechados, e circuitos dearrefecimento e de ar condicionado.

    Circuladoras

    Abastecimento de gua, captao de guassubterrneas, transferncia de lquidos, rebai-xamento de aquferos, sistemas de rega, etc.

    Submersveis

    Drenagem de guas residuais, esvaziamento dereservatrios e piscinas, rebaixamento deaquferos, agricultura, etc.

    De drenagem(submersveis)

    Abastecimento de gua em condies depequeno dbito e elevada presso.Jockey

    Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

  • Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

    No que se refere altura equivalente de tenso de vapor(pv/), esta varia com a temperatura do lquido; para a gua,no quadro indicam-se alguns valor Hatm = Patm/, em funodas temperaturas indicadas.

    TENSO DE VAPOR DE GUA FUNO DA TEMPERATURA

    O factor de segurana "a" da expresso procura superar,quer as imprecises na determinao das perdas de cargano troo de tubagem de aspirao, quer as variaes.......

    9.4.4.3.2 Altura manomtrica total

    A altura total desenvolvida pela bomba pode ser expressapor uma das seguintes equaes:

    Bomba funcionando em aspirao:

    Htotal = hd + hs + fd + fs + (2/2g)

    ou

    Bomba funcionando em carga:

    Htotal = hd - hs + fd + fs + (2/2g)

    em que:

    Htotal a altura vencida pela bomba funcionando com o caudal de projecto (m.c.a.).

    hd a altura esttica de descarga (em metros) igual distncia medida na vertical entre o eixo da bomba e o nveldo lquido no reservatrio de descarga.

    hs a altura esttica de aspirao (em metros) igual distncia entre o nvel do lquido no reservatrio de aspi-rao e o eixo da bomba.

    Nota: Este valor positivo ou negativo consoante a bombafuncione em aspirao ou com a aspirao em carga.

    fd corresponde a perdas de carga na tubagem de descarga(m.c.a.)

    fs corresponde a perdas de carga na tubagem de aspirao(m.c.a.)

    2 corresponde ao valor das perdas de carga na sada 2g (m.c.a.)

    Nota: Geralmente as perdas de carga na sada (2/2g)representam uma pequena percentagem do valor da alturamanomtrica total e so geralmente negligenciveis.

    9.4.5 Dimensionamento dos reservatrioshidropneumticos

    Os reservatrios hidropneumticos so dimensionadostomando por base a "Lei de Boyle-Mariotte", a qual refereque o volume ocupado por uma dada massa de gs,mantendo constante a temperatura, varia na razo inversadas presses que suporta, e que expressa por:

    P1V1 = P2V2= c

    em que P1 e P2 representam as presses de sujeio, V1 e V2os correspondentes volumes ocupados e c uma constante(constante dos gases perfeitos).

    Considerando o reservatrio representado na figura, ondePmx representa o nvel mximo de gua a que correspondea presso de paragem do elemento de bombagem, Pminrepresenta o nvel mnimo a que corresponde a presso dearranque do elemento de bombagem, Vamin o volume de ar aque corresponde a presso mnima, Vamax o volume de ar aque corresponde a presso mxima, Vgua o volume de guaa introduzir no reservatrio e Vr o volume de reserva ousegurana.

    Fig. 2 - Reservatrio hidropenumtico

    Vtotal = {Vgua (Pmx + 1)} / {0,8 (Pmx - Pmin)}

    O objectivo dos depsitos hidropneumticos o de limitaro nmero horrio de arranques dos grupos de sobrepresso,tendo em ateno o caudal de bombagem e os limites depresso pr-estabelecidos. As frmulas empricas permitema determinao dos volumes totais dos depsitos respecti-vamente para os depsitos sem membrana e com membrana,tendo em conta os factores j mencionados.

    Vtotal = {1,25Qp (Pmx + 10)} / {4N(Pmx - Pmin)}

    Vtotal = {Qp - Pmx } / {4N Pmx - (Pmin-2)}

    Vtotal- volume do depsito (m3); Qp- caudal bombado (m3/h);Pmx- presso manomtrica mxima (m.c.a.); Pmin- pressomanomtrica mnima (m.c.a.); N- nmero de arranques porhora.

    Alturaequivalenteda tenso

    de vapor (m)

    Temperatura(C)

    10

    0,13

    20

    0,24

    30

    0,43

    50

    1,26

    80

    4,83

    100

    10,33

  • A segurana dos aparelhos produtores de gua quente deveser garantida na sua construo, nos ensaios de qualidadee na sua localizao e instalao e obrigatria a instalaode vlvula de segurana no ramal de alimentao de termoacumuladores. Por razes de segurana interdita ainstalao de aparelhos produtores de gua quente a gsnas instalaes sanitrias ou em locais que se no situemjunto da envolvente exterior do edifcio.

    A escolha do sistema depende do tipo de energia a ser utili-zado para aquecer a gua: elctrico, a gs ou solar. A partirda, definido o sistema de alimentao dos equipamentos:

    a) Por acumulao, em que a gua aquecida ficaarmazenada em acumuladores;

    b) De passagem, em que a gua aquecida gradual-mente, medida em que passa pelo aparelho.

    A produo de gua quente para distribuio aos disposi-tivos de utilizao pode fazer-se, consoante as caractersticasdo edifcio de habitao, atravs de aparelhos de produoinstantnea (esquentadores) ou de aparelhos de acumu-lao (termoacumuladores elctricos ou a gs e depsitosde gua quente com circuito primrio de aquecimento) ouainda pela combinao de ambos.

    As caldeiras murais so muitas vezes sistemas mistos quecombinam a produo de gua quente para aquecimentodo ambiente (circuitos fechados) com a produo instan-tnea de gua quente sanitria. Aqui, comportam-se comovulgares esquentadores ou podem, atravs de um circuitoprimrio de aquecimento, promover a acumulao de guaquente em depsitos de gua.

    A escolha do sistema a instalar deve ser efectuada emfuno das necessidades instantneas e horrias de guaquente e da anlise tcnico econmica das vrias alterna-tivas que se nos oferecem, o que pressupe o conhecimentodas caractersticas trmicas dos aparelhos atrs referidos.Deve ter-se ainda em ateno a necessidade de guaquente para outros fins (que no os sanitrios), tais como oaquecimento central ou a climatizao.

    Os reservatrios hidropneumticos so importantes emedifcios de habitao, pois ao limitarem o nmero dearranques por hora podem, se adequadamente dimensio-nados, permitir que em utilizao normal os sistemas elevatrios no funcionem em perodos nocturnos depequenos consumos evitando os rudos e vibraes quetanto incomodam e so objecto de justas reclamaespelos habitantes dos respectivos edifcios. Em situaes deedifcios de habitao, de servios, industriais e similares(unidades hoteleiras, unidades de sade, centros comerciais,etc.) justificam-se solues de instalao de sistemas elevatrios de velocidade e caudal varivel, que propor-cionem economias numa relao de poupana energ-tica/eficincia do sistema, como alternativa aos reserva-trios hidopneumticos.

    9.5 Sistemas prediais de distribuio degua quente

    9.5.1 Aspectos gerais

    Far-se-, de seguida, uma abordagem dos sistemas prediaisde abastecimento de gua quente sanitria. Estes sistemasvisam garantir o fornecimento de gua quente nas condiesde temperatura, quantidade e qualidade adequadas ao usosanitrio. Importante considerar as condies tcnicasque determinam a sua utilizao, incluindo a questo darecirculao e isolamento trmico.

    Os sistemas de produo e distribuio de gua quentedevem garantir as temperaturas mnimas de utilizaonecessrias nos dispositivos de utilizao em funo dograu de conforto e economia desejados, recorrendo, senecessrio, circulao forada ou retorno.

    Nos edifcios de habitao sempre obrigatria a existnciade sistemas de produo e distribuio de gua quente acozinhas e instalaes sanitrias. A rede predial de guaquente visa assegurar a distribuio em boas condies degua quente sanitria.

    Os caudais de clculo da rede predial de gua quentedevem ser obtidos de acordo com o disposto para a gua fria.

    No dimensionamento hidrulico da rede predial de guaquente deve seguir-se o disposto para a gua fria mas terem considerao um coeficiente de rugosidade menor, logomenor perda de carga.

    9.5.2 Aparelhos produtores de gua quente

    importante que o sistema de aquecimento de gua sejadefinido j na fase de projecto, uma vez que sua instalaoadequada exige certos cuidados que interferem directa-mente no desenho do projecto, tal como nas instalaeselctricas, hidrulicas e de ventilao.

    Sistemas de Abastecimento Pblico e Predial no Porto

  • Fig. 3 - Esquema tipo de ligao a termoacumuladores

    Os termoacumuladores elctricos correntes no mercado comcapacidade de 100 litros e apresentam uma das seguintespotncias: Aquecimento lento - 1000w; Aquecimentonormal - 1750w; Aquecimento rpido - 3000w.

    Sendo a temperatura normal de acumulao de 60C e parauma mesma temperatura de 15C de gua fria, temos asituao referida no quadro seguinte, considerando que1KW = 0,864 Kcal.

    Os termoacumuladores a gs possuem potncias trmicasmais elevadas do que os elctricos, o que permite aquecer omesmo volume de gua em menos tempo ou reduzir acapacidade do depsito de acumulao.

    9.5.3 Necessidades de gua quente e escolhados aparelhos de produo

    As necessidades instantneas de gua quente devem serestimadas a partir do somatrio dos caudais instantneos aatribuir aos dispositivos de utilizao servidos por guaquente, afectado de um coeficiente de utilizao simultnea.

    Os esquentadores apresentam-se no mercado com diferentespotncias, sendo as mais usuais de 250, 320 e 380 Kcal/min.Se a temperatura da gua fria for de 15C entrada noesquentador e que se pretende gua quente a 40C, os valoresencontrados so os indicados no quadro, o que leva asdesignaes comerciais correntes dos esquentadores em10, 13 e 16 l/min.

    As potncias dos termoacumuladores elctricos so variveisconsoante as suas capacidades e os tempos de aquecimento,sendo esta ltima caracterstica a que determina a desig-nao vulgar de termoacumuladores de aquecimento lento,normal e rpido.

    Dbito de A.Q. a40C

    t=40-15=25C

    Potncia Trmica(kcal/min)

    250

    250/25=10 l/min

    320

    320/25=12,8 l/min

    380

    380/25=15,2 l/min

    Potncia (Kcal/h)

    Tipo determoacululador

    Aquecimentolento

    864

    Aquecimentonormal

    1512

    Aquecimentorpido

    2592

    T=60C-15C 45C 45C 45C

    Caudal aquecidoem 1 hora (litros)

    864/45=19,2 1512/45=33,6 2592/45=57,6

    Tempo deaquecimento de100 litros (horas)

    100/19,2=5,2 100/33,6=3,0 100/57,6=1,7

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  • Um termoacumulador a gs com a potncia de 14.100kcal/h e considerando o diferencial trmico de 45C entre a temperatura de gua fria e de gua quente acumulada,teremos por hora 313 l (14100kcal/h:45C). A potnciadeste termoacumulador inferior de um esquentador de10 l/min (14100kcal/h=235kcal/min), o que se traduz numconsumo instantneo menor de gs.

    9.5.4 Sistemas de distribuio de guaquente com recirculao

    A implementao em edifcios dos sistemas de distribuiocom retorno de gua aos aparelhos de produo exige algumaateno pelas economias de gua e energia que podemproporcionar, bem como a qualidade e conforto que seespera do sistema.

    A rede de distribuio deve ser dimensionada at ltimaderivao pelo mtodo de dimensionamento definido peloregulamento.

    Deve-se ter em considerao que as perdas de calorna tubagem variam consoante o tipo de isolamento, odimetro do tubo, o tipo de tubagem e a temperaturaambiente nos locais em que circulam. Para tubos metlicos,consideraram-se aceitveis os valores seguintes para perdas de calor em kcsl/h por metro linear de tubagem.

    Por outro lado, para o dimensionamento das bombas derecirculao deve-se determinar a perda de carga total docircuito: s perdas de carga contnuas necessrio adicionaras perdas de carga acidentais (curvas, ts, vlvulas, etc.).Seguidamente, a consulta e anlise das curvas caracters-ticas das bombas fundamental, com vista sua seleco.

    Dimetro

    DN 15

    DN 20

    DN 25

    16

    23

    27

    13

    16

    22

    Locais n/ aquecidosTubos isolados

    Locais aquecidosTubos isolados

    Fig. 4 - Falta legenda

    Como distncias meramente indicativas para que se devaponderar a hiptese de adoptar, com vantagem econmicae conforto, o circuito de recirculao ou retorno apresenta-seo quadro seguinte:

    Fig. 5 - Falta legenda

    DIMETRO E DISTNCIA MXIMA SEM RETORNO

    9.6 Traado

    9.6.1 Aspectos gerais

    O traado das canalizaes deve ser constitudo por troosrectos, horizontais e verticais, ligados entre si por acessriosapropriados, devendo os primeiros possuir ligeira incli-nao para favorecer a sada do ar, recomendando-se 0,5%como valor orientativo. A exigncia de acessrios pode ser dispensada nos casos em que se utilizem canalizaesflexveis.

    As canalizaes interiores da rede predial de gua fria ouquente podem ser instaladas vista, em galerias, caleirasou tectos falsos, embainhadas ou embutidas. As canaliza-es no embutidas so fixas por braadeiras espaadasem conformidade com as caractersticas de material.

    Devem ser tidos em considerao os problemas dedilatao e contraco da tubagem, nomeadamente nainstalao de juntas e no tipo de braadeiras a utilizar. Nainstalao de canalizaes de gua quente assume particularimportncia as dilataes e contraces das tubagens.

    As canalizaes exteriores da rede predial de gua fria ou quente podem ser enterradas em valas, colocadas emparedes ou instaladas em caleiras, devendo ser sempre protegidas de aces mecnicas e isoladas termicamentequando necessrio.

    d (mm)

    15 (1/2'')

    20 (3/4'')

    25 (1'')

    32 (1'')

    40 (1'')

    l (m)

    50

    30

    15

    10

    7,5

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    9.6.2 Isolamento das canalizaes

    As canalizaes de gua quente, mas tambm em zonas de baixas temperaturas as de gua fria; devem ser sempreisoladas com produtos adequados, imputrescveis, nocorrosivos, incombustveis e resistentes humidade.Podem no ser isoladas as derivaes para os dispositivosde utilizao e respectivos ramais de retorno, quando depequeno comprimento.

    Valores de espessura de isolamento recomendados

    Fig. 6 - Falta legenda

    As canalizaes e respectivos isolamentos devem ser prote-gidos sempre que haja risco de condensao de vapor degua, de infiltraes ou de choques mecnicos.

    9.6.3. Execuo das redes prediaisAs canalizaes de gua quente devem ser colocadas, sempreque possvel, paralelamente s canalizaes de gua fria eacima destas. A distncia mnima entre canalizaes de guafria e de gua quente de 50 mm.

    As canalizaes no devem ser instaladas nas seguintescondies:

    a) Sob elementos de fundao;

    b) Embutidas em elementos estruturais;

    c) Embutidas em pavimentos, excepto quando flexveise embainhadas;

    d) Em locais de difcil acesso;

    e) Em espaos pertencentes a chamins e a sistemas deventilao.

    Devem ainda ser consideradas medidas destinadas a atenuaros fenmenos de corroso, devendo para o efeito:

    a) As canalizaes metlicas da rede serem executadas,de preferncia com o mesmo material;

    b) No caso de materiais diferentes, o material maisnobre ser instalado a jusante do menos nobre, proce-dendo-se ao seu isolamento por juntas dielctricas;

    c) O assentamento de canalizaes metlicas de redesdistintas ser feito sem pontos de contacto entre si oucom quaisquer elementos metlicos da construo;

    d) O assentamento de canalizaes no embutidas serfeito com suportes de material inerte, do mesmomaterial, ou de material de nobreza prxima inferior;

    e) O atravessamento de paredes e pavimentos ser feitoatravs de bainhas de material adequado de nobrezaigual ou prxima inferior ao da canalizao;

    f) As canalizaes metlicas serem colocadas, sempreque possvel, no embutidas;

    g) Ser evitado o assentamento de canalizaes metlicasem materiais potencialmente agressivos;

    h) As canalizaes enterradas serem executadas,preferencialmente, com materiais no metlicos.

    As tubagens e acessrios que constituem as redes interioresde gua fria podem ser de ao galvanizado, ferro fundido,PVC rgido, cobre ou ao inoxidvel ou outros adequados eaprovados.

    9.7 Elementos acessrios da rede

    9.7.1 Torneiras e fluxmetros

    As torneiras e fluxmetros devem ser colocados em locaisacessveis, por forma a permitir a sua fcil manobra emanuteno.

    As torneiras e os fluxmetros podem ser de lato, com ousem revestimento cromado, ou de outros materiais quereunam as necessrias condies de utilizao.

    9.7.2 Vlvulas

    As vlvulas devem ser colocadas em locais acessveis porforma a permitir a sua fcil manobra e manuteno.

  • As vlvulas podem ser de lato, bronze, ao e PVC, ou outrose serem de material de nobreza igual ou to prxima quantopossvel do material das tubagens em que se inserem.

    TIPO DE VLVULA

    SECCIONAMENTO

    RETENO

    SEGURANA

    Impedir ou estabelecera passagem de guaem qualquer dossentidos

    Impedir a passagem degua num dos sentidos

    Manter a pressoabaixo de determinadovalor por efeito dedescarga

    entrada:- dos ramais de intro-

    duo individuais- dos ramais de distri-

    buio das instalaessanitrias e dascozinhas

    A montante:- Autoclismos- Fluxmetros- Mquinas lavar roupa- Mquinas lavar loua- Equipamento produtor

    de gua quente- Purgadores de gua

    A montante ea jusante:- Contadores

    A montante:

    - Aparelhos produtores- Acumuladores de

    gua quente

    - De qualquer redeno destinada a fins alimentarese sanitrios

    Na alimentao deaparelhos produtores- Acumuladores de

    gua quente

    REDUTORA DEPRESSO

    Manter a pressoabaixo de determinadovalor com a introduode uma perda de carga

    Nos ramais de introduo sempre que a presso seja superior a 600Kpa e ou as necessidadesespecficas do equipa-mento o exijam.

    REGULAO Permitir regulaodo caudal

    FINALIDADE OBRIGATRIA A SUA

    INSTALAO:

    9.7.3. Contadores

    aos SMAS, como entidade responsvel pelo sistema dedistribuio pblica de gua, aquela que define o tipo, o calibre e a classe metrolgica do contador a instalar.

    So, contudo, parmetros que determinam a definio docontador:

    a) As caractersticas fsicas e qumicas da gua;

    b) A presso de servio mxima admissvel;

    c) O caudal de clculo previsto na rede de distribuiopredial;

    d) A perda de carga que provoca.

    Fig. 7 - Perdas de carga em contadores

    obrigatrio instalar um contador por cada consumidor,garantindo-se a medio de todos os consumos, podendoestes ser colocados isoladamente ou em conjunto, consti-tuindo, deste modo, uma bateria de contadores.

    O espao destinado ao contador ou bateria de contadores eseus acessrios deve obedecer aos esquemas tipo apresen-tados pelos SMAS.

    A localizao dos contadores a seguinte:

    - Nos edifcios confinantes com a via ou espaos pblicos,os contadores devem localizar-se no seu interior, na zonade entrada ou em zonas comuns consoante se trate de umou de vrios consumidores.

    - Nos edifcios com logradouros privados, os contadoresdevem localizar-se:

    a) No logradouro junto zona de entrada contgua coma via pblica, no caso de um s consumidor;

    b) No interior do edifcio, em zonas comuns ou nologradouro junto entrada contgua com a via pblica,no caso de vrios consumidores.

    PERDAS DE CARGA EM CONTADORES(VALORES APROXIMADOS EM METROS DE COLUNA DE GUA - M.C.A.)

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    Fig. 8 - Falta legenda

    9.8 Verificao, desinfeco e funcionamento hidrulico

    9.8.1 VerificaoTodas as canalizaes, antes de entrarem em servio,devem ser sujeitas a verificao e ensaios com o objectivode assegurar a qualidade da execuo e o seu funciona-mento hidrulico.

    A verificao da conformidade do sistema com o projectoaprovado e com as disposies legais em vigor deve serfeita com as canalizaes e respectivos acessrios vista.

    O ensaio de estanquidade deve ser conduzido com ascanalizaes, juntas e acessrios vista, convenientementetravados e com as extremidades obturadas e desprovidasde dispositivos de utilizao.

    O processo de execuo e interpretao do ensaio o seguinte:

    a) Ligao da bomba de ensaio com manmetro, locali-zada to prximo quanto possvel do ponto de menorcota do troo a ensaiar;

    b) Enchimento das canalizaes por intermdio dabomba, de forma a libertar todo o ar nelas contido egarantir uma presso igual a uma vez e meia apresso mxima de servio, com o mnimo de 900 kPa;

    c) Leitura do manmetro da bomba, que no deve acusarqualquer reduo, durante um perodo mnimo de 30minutos;

    d) Esvaziamento do troo ensaiado.

    9.8.2 Desinfeco dos sistemas

    Os sistemas de distribuio predial de gua para consumohumano, incluindo os respectivos reservatrios quandoexistirem, depois de equipados com os dispositivos de utili-zao e antes de entrarem em funcionamento, devem sersubmetidos a uma operao de desinfeco com perman-ganato de potssio, com a seguinte metodologia:

    a) Preparao da soluo desinfectante

    Dissolver a quantidade de permanganato de potssionecessria (150 gramas por cada m3 de volume da redea desinfectar) em gua aquecida a uma temperaturaentre 40C e 45C, at conseguir uma soluo o maishomognea possvel. O volume da soluo deve ser de1/10 do volume da rede a desinfectar. Esta operaodeve ser feita na vspera do dia de incio da desinfeco.

    b) Enxaguamento prvio da rede

    Esvaziar a rede atravs das torneiras de purga existentesnos pontos mais baixos, encher de novo e esvaziar,repetindo a operao durante cerca de 2 horas, paraassegurar uma limpeza eficaz.

    c) Introduo da soluo desinfectante

    Atravs do ponto de injeco, introduzir a soluodesinfectante sob presso com um caudal regulado emfuno do caudal do escoamento fixado (1 parte dasoluo para 9 partes da gua em escoamento). Abrir,de montante para jusante (do contador para as extremi-dades da rede) cada torneira at ao aparecimento da corviolcea. Fech-la de seguida e passar seguinte.Quando a cor violcea aparecer na ltima torneira,fech-la e parar a injeco da soluo desinfectante.

    d) Perodo de contacto

    Manter a rede isolada durante um perodo de 48 horas,a fim de o desinfectante poder actuar.

    e) Enxaguamento final

    Abrir as torneiras pela ordem inversa da adoptada noenchimento, isto , de jusante para montante, deixandosair a gua durante cerca de 2 horas, em caudal razovel,perodo este que, em princpio, ser suficiente para alavagem final da rede.

    f) Recolha de amostras

    Recolher amostras para anlise laboratorial confirma-tiva da qualidade da gua.

    A desinfeco da rede predial s deve ser feita depois de estabelecido e aprovado o ramal de ligao pela enti-dade responsvel pelo sistema de distribuio pblicade gua, e de forma que no seja possvel qualquerrefluxo para a rede pblica da soluo desinfectante,ou para qualquer outra rede predial interior, e que seencontrem previamente desinfectados os rgos situadosdesde o ponto de injeco at ao ramal de ligao, inclu-sive este.

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    9.8.3 Prova de funcionamento hidrulico

    Aps os ensaios de estanquidade e a instalao dos dispo-sitivos de utilizao, deve verificar-se o comportamentohidrulico do sistema por simples observao visual.

    Concluso

    A concluir deixa-se a indicao dos elementos que deveminstruir o processo de aprovao do projecto de redes prediais (Art. 304).

    Assim, o pedido de aprovao deve ser instruda com osseguintes elementos:

    a) Requerimento subscrito pelo promotor, dirigido aoDirector Delegado dos Servios Municipalizadosguas e Saneamento do Porto, solicitando a apro-vao do projecto;

    b) Termo de responsabilidade do tcnico autor do projecto;

    c) Documento do Municpio comprovativo da aprovaodo projecto de arquitectura, quando for caso disso;

    d) Documento donde conste as condies definidas peloBatalho Sapadores Bombeiros;

    e) Memria descritiva e justificativa, onde conste identi-ficao do proprietrio, natureza, designao e localda obra, tipo da obra, descrio da concepo dos sistemas, materiais e acessrios, e instalaes comple-mentares projectadas;

    f) Clculo hidrulico onde conste os critrios de dimen-sionamento adoptados e o dimensionamento das redes, equipamentos e instalaes complementaresprojectadas;

    g) Estimativa descriminada do custo, a preos correntes,da obra especfica a executar;

    h) Planta de localizao fornecida pelos ServiosMunicipalizados guas e Saneamento do Porto, na qualconste: Delimitao do terreno; Indicao do corpo oucorpos que constituem as obras; Edificaes existentesno terreno, se as houver; Representao dos ramaisde introduo de gua e de guas residuais domsticase Representao simplificada do colector predial;

    i) Peas desenhadas dos traados em plantas e cortes escala mnima 1:100, com indicao dos materiais eacessrios das canalizaes, dos dimetros e incli-naes das tubagens, dos rgos acessrios e insta-laes complementares e dos respectivos pormenoresque clarifiquem a obra projectada;

    j) Representao esquemtica axonomtrica da rede dedistribuio de gua.

    k) Os elementos acima referidos sero apresentados emoriginal e duas cpias para o referido nas alneas b) a j).

    As peas escritas devem ser apresentadas dactilografadasou impressas em folhas de formato A4, paginadas e todaselas subscritas pelo tcnico responsvel pelo projecto. Aspeas desenhadas devem ser apresentadas com formatos edobragem concordantes com o estipulado nas NormasPortuguesas NP48 e NP49, no excedendo as dimenses doformato A0. Os caracteres alfanumricos devem obedecer Norma Portuguesa NP89. Todos os desenhos devem possuirlegenda no canto inferior direito, respeitando a NormaPortuguesa NP204 e contendo, no mnimo, a seguinte infor-mao:

    a) Designao e local da obra, indicando se se trata deobra nova, de ampliao ou remodelao;

    b) Identificao do proprietrio;

    c) Nome, qualificao e assinatura do autor do projecto;

    d) Nmero, descrio do desenho, escalas e data;

    e) Especificao quando se trata de projecto de alterao;

    f) Legenda especfica das redes representadas.

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    9.9 Referncias bibliogrficas

    BACELLAR, H.R., Instalaes Hidrulicas e Sanitrias. Ed.SoPaulo: McGraw-Hill do Brasil, 1997

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    COELHO, Antnio Lea, Segurana Contra Incndios emEdifcios de Habitao, Edies Orion, Amadora, 1998

    MEDEIROS, Carlos, Regulamento dos Sistemas Pblicos ePrediais de Distribuio de gua e de Drenagem de guasResiduais (Anotado), Editorial FEUP, Porto, 1998

    MEDEIROS, Carlos, Instalaes de Edifcios, Editorial FEUP,Porto, 2004

    MEDEIROS, Carlos, Redes e Instalaes em Edifcios,Editorial Faculdade de Arquitectura, Porto, 2004

    MACINTYRE, Archibald J., Manual de Instalaes Hidrulicase Sanitrias, Livros Tcnicos e Cientficos Editora Rio deJaneiro, 1990

    MIRANDA, Angel Luis, Instalaciones, Grupo Editorial CEAC,S.A., Barcelona, 1995

    PEDROSO, Victor M. Ramos, Regras de Dimensionamentodas Redes Prediais de Distribuio de gua ResiduaisDomsticas e Pluviais, LNEC, 1996

    Regulamento Geral dos Sistemas Pblicos e de Drenagemde guas Residuais e Prediais de Distribuio de gua, 1995