abaixo a "reorganização" e toda a política de "ajustes" contra o ensino...

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1 Nota oficial ABAIXO A “REORGANIZAÇÃO” E TODA A POLÍTICA DE “AJUSTES” CONTRA O ENSINO PÚBLICO DA DIREITA GOLPISTA As ocupações de escolas pelos estudantes, professores, pais e funcionários das escolas estaduais paulistas é uma luta fundamental contra a ofensiva da direita golpista que deve ser ampliada e apoiada por todas as organizações de luta dos explorados Depois de um mês de grandes passeatas que expres- saram a revolta geral da população contra a “reorga- nização”, com a qual o governo pretendia fechar mil escolas e demitir 50 mil professores e funcionários, há duas semanas as escolas estaduais passam a ser ocupa- das por alunos, professores, pais e funcionários contra esta brutal ofensiva do governo Geraldo Alckmin (PSDB) contra o ensino público. As escolas ocupadas já passam de 200 e não param de crescer. Nos dias 24 e 25, em mais de mil escolas, houve protestos e boicote da avaliação externa imposta pelo governo (SARESP). Locais de provas do maior ves- tibular do País, o FUVEST, tiveram que ser alterados por conta das ocupações. O projeto tucano de “ajustes” na Educação – que se repete com outros nomes e pequenas variações em vá- rios estados como PR, DF, RS, PA e outros - não passa de um pretexto para fechar milhares de escola, demitir dezenas de milhares de trabalhadores, deixar milhões de alunos sem direito a uma educação de qualidade, fa- zendo com que as massas paguem pelo colapso econô- mico capitalista. As ocupações de estudantes nas escolas paulistas são a linha de frente da resistência da população contra os planos da burguesia pró-imperialista de atacar os traba- lhadores e a juventude, diante da qual o governo fede- ral (PT) capitula, aprovando cortes nos gastos federais com Educação, diante das pressões da direita de fora e de dentro do governo, como no caso do banqueiro-mi- nistro da Fazenda, Joaquim Levy. A resistência à ”reorganização” em SP ganha enor - me importância pois representa uma reação concreta, não em termos de propaganda eleitoral, à essa políti- ca de “ajustes” que os golpistas do PSDB e de toda a di- reita, que querem derrubar o governo federal para, que- rem impor de forma ainda mais violenta, por meio de um corte ainda mais profundo dos gastos públicos com a Educação, Saúde e serviços essenciais, intensificar as privatizações, terceirizações, fechamento de escolas, universidades etc. A “reorganização” é o ponto alto de uma política de destruição do ensino público que vem sendo aplicada a mais de 20 anos em São Paulo. Entre outras coisas esta política levou à uma situação de falência a melhor uni- versidade pública do País, a USP; e num verdadeiro cri- me de lesa-pátria, comprometeu a formação de milhões de crianças e jovens, diplomando-os sem seque saber ler e escrever, por meio da famigerada “aprovação au- tomática”. Por tudo isso, a luta de professores, funcionários, pais e alunos paulistas deve ser apoiada para que se intensi- fique por meio da generalização das ocupações de uma greve geral da educação como forma de derrotar os pla- nos do governo do PSDB e de toda a direita golpista, de- fendendo o ensino público e gratuito em todos os ní- veis, mais verbas para edução, fim da repressão nas es- colas, controle das escolas pela comunidade e pelos es- tudantes. Ao lado das reivindicações contra a ofensiva do go- verno e pelo atendimento das necessidades da comuni- dade escolar, como mais verbas para a Educação, repo- sição das perdas salariais dos educadores, máximo de 25 alunos por sala de aula etc. é preciso ampliar a mo- bilização dos trabalhadores, da juventude e de todos ex- Direção Nacional do PCO São Paulo, 24 de novembro de 2015 nº 17/15

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Nota oficial

AbAixo A “reorgAnizAção” e todA A políticA de “Ajustes” contrA o

ensino público dA direitA golpistA As ocupações de escolas pelos estudantes, professores, pais e funcionários das escolas estaduais

paulistas é uma luta fundamental contra a ofensiva da direita golpista que deve ser ampliada e apoiada por todas as organizações de luta dos explorados

Depois de um mês de grandes passeatas que expres-saram a revolta geral da população contra a “reorga-nização”, com a qual o governo pretendia fechar mil escolas e demitir 50 mil professores e funcionários, há duas semanas as escolas estaduais passam a ser ocupa-das por alunos, professores, pais e funcionários contra esta brutal ofensiva do governo Geraldo Alckmin (PSDB) contra o ensino público.

As escolas ocupadas já passam de 200 e não param de crescer. Nos dias 24 e 25, em mais de mil escolas, houve protestos e boicote da avaliação externa imposta pelo governo (SARESP). Locais de provas do maior ves-tibular do País, o FUVEST, tiveram que ser alterados por conta das ocupações.

O projeto tucano de “ajustes” na Educação – que se repete com outros nomes e pequenas variações em vá-rios estados como PR, DF, RS, PA e outros - não passa de um pretexto para fechar milhares de escola, demitir dezenas de milhares de trabalhadores, deixar milhões de alunos sem direito a uma educação de qualidade, fa-zendo com que as massas paguem pelo colapso econô-mico capitalista.

As ocupações de estudantes nas escolas paulistas são a linha de frente da resistência da população contra os planos da burguesia pró-imperialista de atacar os traba-lhadores e a juventude, diante da qual o governo fede-ral (PT) capitula, aprovando cortes nos gastos federais com Educação, diante das pressões da direita de fora e de dentro do governo, como no caso do banqueiro-mi-nistro da Fazenda, Joaquim Levy.

A resistência à ”reorganização” em SP ganha enor-me importância pois representa uma reação concreta,

não em termos de propaganda eleitoral, à essa políti-ca de “ajustes” que os golpistas do PSDB e de toda a di-reita, que querem derrubar o governo federal para, que-rem impor de forma ainda mais violenta, por meio de um corte ainda mais profundo dos gastos públicos com a Educação, Saúde e serviços essenciais, intensificar as privatizações, terceirizações, fechamento de escolas, universidades etc.

A “reorganização” é o ponto alto de uma política de destruição do ensino público que vem sendo aplicada a mais de 20 anos em São Paulo. Entre outras coisas esta política levou à uma situação de falência a melhor uni-versidade pública do País, a USP; e num verdadeiro cri-me de lesa-pátria, comprometeu a formação de milhões de crianças e jovens, diplomando-os sem seque saber ler e escrever, por meio da famigerada “aprovação au-tomática”.

Por tudo isso, a luta de professores, funcionários, pais e alunos paulistas deve ser apoiada para que se intensi-fique por meio da generalização das ocupações de uma greve geral da educação como forma de derrotar os pla-nos do governo do PSDB e de toda a direita golpista, de-fendendo o ensino público e gratuito em todos os ní-veis, mais verbas para edução, fim da repressão nas es-colas, controle das escolas pela comunidade e pelos es-tudantes.

Ao lado das reivindicações contra a ofensiva do go-verno e pelo atendimento das necessidades da comuni-dade escolar, como mais verbas para a Educação, repo-sição das perdas salariais dos educadores, máximo de 25 alunos por sala de aula etc. é preciso ampliar a mo-bilização dos trabalhadores, da juventude e de todos ex-

Direção Nacional do PCO São Paulo, 24 de novembro de 2015

nº 17/15