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A Arte Da Liderança Por: Victor Oliveira 1

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Page 1: Aarte da liderança

AArteDaLiderança

Por: Victor Oliveira

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Não são quantos anos você viveu e sim a intensidade que você absorveu as experiências que se passaram, que definem, o nível de maturidade e conhecimento que o individuo possui.

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Agradeço a todos os meus amigos que compartilham da minha loucura, e me escutam nosmeus momentos de mista insanidade e criatividade.

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Índice

Sobre o autor......................................................................................................................05Apresentação......................................................................................................................05Peão ou colaborador? ........................................................................................................06Cultura dos peões...............................................................................................................07Poder e autoridade.............................................................................................................08Humildade...........................................................................................................................08A arte de perdoar................................................................................................................09Conheça o serviço..............................................................................................................09Grupos internos..................................................................................................................10Confiança da equipe...........................................................................................................11Reconhecimento.................................................................................................................15Ser humano........................................................................................................................13Medo de perder o emprego................................................................................................13Happy hour..........................................................................................................................14Créditos finais.....................................................................................................................14

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Sobre o autor

Durante esse meu “longo” tempo de vida, passei por três empresas, nas quais não citarei osnomes aqui.Eu, desde pequeno fui muito curioso, sempre gostei de ver TV escola e documentários, e umassunto que sempre chamou minha atenção foi administração de empresas, Liderança eempreendedorismo para ser mais especifico.Não tive muitas oportunidades de liderar e empreender apos a escola, em meus empregossempre fui do nível operacional, apesar de ter tido muita intimidade com outras funções.Durante o meu emprego de auxiliar de produção na empresa 1, fiz um curso de administraçãono SENAC RIO, entrei em contato com muitas informações que eu comparava com meucotidiano dentro da empresa. A vantagem que eu tinha era que eu testava certos conceitos coma classe de base deste sistema, assim tirava conclusões mais sinceras sobre certos assuntos.Como eu sempre fui curioso, eu sempre observei os pequenos erros da liderança de onde eutrabalhava, tentando absorver o máximo possível para não cometê-los quando ocupasse umcargo parecido.Depois de uma discussão entre Líder e liderado na empresa 1 eu passei a anotar os erros queeu observava no cotidiano da produção, adorava começar debates sobre os problemas daprodução para saber o que lideres e liderados estavam pensando. Sempre observei algunsdeslises que lideres cometiam que para eles eram a coisa certa a se fazer, mas, na cabeça dos“peões” era totalmente absurdo.

Apresentação

Decidi escrever este livro para compartilhar minhas experiências com todas as pessoas, quetenham o mesmo ideal que eu, de contribuir para um ambiente de trabalho melhor, onde cadaação da liderança seja feita com bases fortes que beneficiem ambos os lados.Mostrarei com exemplos reais, pequenos erros (na minha opinião) de gerentes, supervisores eencarregados, onde eles destroem completamente a autoridade que tem, sendo quase queimpossível voltar a ser o que era antes.Poderemos observar que nos dias atuais, não são os “peões” que devem se adaptar asempresas, pois esses são desprovidos da capacidade de questionamento e adaptação depessoas mais instruídas, veremos que são os lideres que devem se adequar a sua equipe,sugando da forma mais ecologicamente possível, os recursos que dispõem sem matar a fontede onde mina tal energia.

Em certa empresa, existia um setor de embalagem, ali tinha diversas caixas de papelão ondecada tamanho de caixa era pré determinada para cada produto. Neste setor tinha acabado deentrar um funcionário novo, Marcelinho, um rapaz jovem, recém-saído do ensino médio, cheiode expectativas e energia, onde desprendia em trabalho durante o dia, cursos durante a noite, epré-vestibular durante os finais de semana, pois universidade publica era seu sonho.Neste mesmo setor, tinha as figurinhas de sempre, um encarregado puxa-saco com medo deperder o próprio emprego, pois ele ralou 8 anos para para conseguir aquele cargo, e não sesente preparado para está ali. Funcionários de mais de 14 anos que ocupavam a mesmafunção, bons funcionários que produziam acima da média, mais brincavam de mais, um

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maluquinho(especial), que era o mascote da turma, e alguns grupinhos.Alguns meses depois, Marcelinho tinha um bom relacionamento com a supervisão, pois ele eraesforçado e dominava ferramentas de busca na internet, e sempre que precisava seu supervisorlhe pedia favores, isso despertou um pavor no encarregado, pois o mesmo não se sentia aptoao cargo, e antes quem fazia os pedidos do supervisor era o encarregado. Depois de certotempo, qualquer coisa era desculpa para Marcelinho e o encarregado discutirem.Certa vez, após discutir com Marcelinho o encarregado tentou demiti-lo na frente de todos, paraimpor respeito, foi correndo ao supervisor e disse:

-Temos que demitir o Marcelinho-E porque eu iria demiti-lo?-Ele fala e anda de mais!-Se for demitir alguém por falar e andar de mais, esse alguém seria você, pois quem mais fala eanda aqui é você.

Irritado o encarregado volta e diz gritando para Marcelinho-Você não vai pegar o meu lugar, não vai!

Neste setor tinha 13 funcionários e todos ficaram olhando uns para a cara dos outros.

O que você aprenderia com essa situação?

Peão ou colaborador?

Quando comecei a trabalhar na empresa 1 comecei a observar quem estava ali para somar equem estava só para ganhar um trocado. Durante algum tempo tentei definir o que era peão, echeguei a uma conclusão. Peão é aquele funcionário que busca ganhar o dinheiro no final domês, pois este é o seu único objetivo para com o trabalho. Peão não aceita novas ideias, alémde não gostar, tem medo, assim como baratas tem medo da luz.Frases como “faz só o seu trabalho”, “porque fazer isso, não é minha função”,“mal vejo a horade me aposentar” são típicas de peões. Parece que eles tem medo do trabalho e ao mesmotempo morre de medo de perdê-lo, se pudesse ficar em casa ganhando dinheiro não pensariamduas vezes, nunca buscam somar forças em uma equipe, se agarram a sua zona de conforto enunca sairão de lá por vontade própria.Não confunda peão com colaborador. Quando identificar uma pessoa fazendo o seu trabalho eaquele pouquinho além, pode ter certeza que aquela pessoa veio para somar, e terá um futurobrilhante. A diferença de peão para colaborador é que os peões não gostam de trabalhar e oscolaboradores amam trabalhar, não quero dizer que todos nós devemos trocar nossos larespelo trabalho, longe disso, coloque sua família sempre em primeiro lugar, pois no final da vidasó o que restará serão as lembranças que nós tivemos com os amigos e a família.Um bom colaborador é aquele que busca somar forçar com seus colegas, e alcançar objetivosque a primeira vista parece impossível.O colaborador faz da dificuldade uma motivação, e sempre busca melhorar em que faz, sempensar nas recompensas que viram.

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Um exemplo de colaborador que passou pela minha vida foi quando trabalhei na “empresa 2”,depois de trabalhar la por um tempo, a empresa abriu uma nova loja na cidade vizinha e osseus novos funcionários vieram treinar um mês na minha loja.Quando apareceram os novos funcionários que eu treinaria conheci o “Fabinho”, desde quandoo vi percebi que era um bom garoto e chegou para somar, não tive dificuldades de ensiná-lo afunção pois o mesmo aprendia rápido e já tinha experiência no ramo.Depois de mais ou menos 1 ano, eu já tinha mudado de empresa, encontrei o “Fabinho” na lojada cidade vizinha, conversei com ele durante alguns minutos e fiquei sabendo que ele tinharecebido duas promoções em menos de um ano fiquei muito feliz por ele, e perguntei o segredodele para conseguir aquelas promoções, ele disse, simples, busquei aprender as funções docargo que eu queria nos meus períodos livres, assim quando apareceu a oportunidade eu era omais indicado para a função.Depois de conversar com o Fabinho, consegui distinguir a diferença entre peão e colaborador.

Cultura dos peões

Independentemente do tipo de pessoa, esses trabalhadores anseiam por uma liderançainspiradora.Já observei diversas vezes os supervisores quebrando a cabeça para solucionar algumproblema e um funcionário do nível operacional ter a resposta na ponta da língua, parecesimples mas isso acontece com muita frequência, nos sistemas de produção onde não tem umdialogo aberto entre líder e liderado, isso acontece por um motivo, na cabeça de qualquer peão,o chefe sempre será visto com maus olhos, pois o simples fato dele ser chefe o faz uma pessoaruim.Um peão sempre falara mal do chefe pelas costas, um colaborador não.Entre os tipos de peões, tem dois principais, os que querem crescer dentro da empresa e osacomodados, com o acomodado deve-se observar seus resultados, se forem positvos,incentive-o a buscar conhecimento para subir na empresa pois o exemplo de resultados deempregados antigos será um incentivo aos que estão chegando na empresa agora, em outraspalavras não aceite acomodados na sua equipe, sempre incentive-os a buscar algo melhormesmo que não continuem na sua empresa, pois o exemplo de vitórias ou até de derrotas é ainspiração para decisões do resto de sua equipe.Peão é um tipo de pessoa que não compreende o que está acontecendo a sua volta,normalmente ele não gosta de trabalhar, se pudesse se aposentar nunca mais botaria um pé naempresa, sempre vão achar que ganham pouco e trambalham muito, e por isso não podemmostrar um serviço de melhor qualidade.

Poucos dias antes de entrar na empresa 1 tive uma conversa com um primo meu onde ele mefalou que devemos trabalhar 40% a menos da nossa capacidade, pois quanto mais trabalhamosmais nos é cobrado e nem um reconhecimento e conferido em troca. De certa forma meu primotinha razão mas isso só ira acontecer em um sistema com uma liderança fraca. Esta conversame fez perceber bem como é a cultura de um peão.

Poder e autoridade

Já vi diversos lideres sendo mal-educados com os seus subordinados, me pergunto como essas

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pessoas são em casa, pois se não usam as regras de etiqueta que ensinam para seus filhos,como poderão liderar uma equipe rumo a um objetivo?A educação constrói uma base forte para a autoridade, que é diferente do poder.Autoridade é aquele sentimento inspirador, que faz o liderado agir de boa vontade, dando assimmais eficiência ao seu trabalho. A autoridade não pode ser transferida, não pode ser vendida,ela só pode ser conquistada.O poder é aquele que é dado por uma força, pode ser observado nas patentes do exercito. Opoder pode ser dado, ser transferido, e pode ser vendido, mas com poder não se levanta amoral de uma equipe, ou a faz produzir mais, pelo contrário tende a cair de produção, pois aações ordenadas pelo líder é feito de má vontade.

Na “empresa 3” tive um exemplo de poder e autoridade, lá tinha dois supervisores, um eracomunicativo, já tinha exercido a função dos liderados com eficiência e qualidade, o outro eramais retraído, mandava porque era supervisor.Quando o supervisor com autoridade pedia aos funcionários para superar certa dificuldade tinhamais facilidade de chegar a uma solução eficiente, e sempre conseguia a proatividade de seusliderados.Quando o supervisor que tinha poder pedia, sempre era ignorado e sempre faziam seuspedidos de má vontade.Sempre observei o tipo de liderança em uma mesma função e o abismo de resultados queexiste entre autoridade e poder.A função pode dar o poder para comandar, mas nunca dará a autoridade para liderar.

Humildade

Certa vez na empresa 1 que trabalhei, foi contratado um português, a função dele era fazeralgumas mudanças na linha de produção para buscar aumentar os resultados.Ao chegar na produção, o português fez várias mudanças, sem fazer nem uma pergunta aosoperários que ali trabalhavam. Durante algum tempo, o português tentou aumentar a produçãomudando os equipamentos de lugar, até ter a ideia de juntar duas máquinas assim fazendo umalinha continua de produção.Existia duas máquinas, e sempre uma dava problema, então quando uma parava a outracontinuava, por tanto, separadas elas eram bem mais produtivas que juntas. Mas o que ele nãosabia, era o fato de que, as máquinas viviam dando problema, então, quando uma máquinaquebrava a produção toda parava.Nunca vi, em nem uma das empresas, que passei, o gerente ou supervisor perguntar para seusubordinado o que fazer, mais já observei diversas vezes o supervisor, gerente ou encarregado,quebrando a cabeça e o “peão” com a resposta na ponta da linguá.A melhor pessoa para solucionar um problema sempre será aquela que convive com o mesmo.Não conheço um exemplo na história, de pessoas que solucionaram problemas sem estar naquele mundo, nunca ouvi Bach teorizar sobre física quântica ou Einstein sobre música clássica.Portanto para solucionar um problema é preciso conviver um período com o mesmo para sentira solução.Os supervisores tentam resolver o problema, inventando uma solução ineficaz, e empurrampara o peão e acham que está tudo bem, além da perda na produção por piorar o processo,ainda tem a queda nos pontos de motivação do trabalhador.

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Ser humilde é simplesmente ter a sutileza para conversar com uma pessoa, que mesmo quenão tenha o mesmo preparo que você, e chegar em uma solução justa onde aumente aprodução e a qualidade de vida do funcionário.

A arte de perdoar

Este tópico eu também tenho que aprender, e aplicar com mais frequência, pedir desculpamesmo estando certo é uma arte. Muitas vezes saímos do sério, e discutimos com bonsfuncionário, com companheiros e cortamos aquela parceria, que independentemente dasdesavenças funciona bem.Pedir desculpa mesmo estando certo pode fortificar uma parceria ainda mais, pois as pessoascarecem de estar certas, e quando um pedido de desculpa inesperado surge, fica fácil retomaruma velha parceria.

Durante um período na empresa 3 em que trabalhei fiquei sendo o quebra-galho durante umtempo razoavelmente longo, na função em que eu ficava isso era extremamente estressante edurante um tempo aceitei o desafio para provar para mim mesmo e meus companheiros o meupotencial, alguns meses se passaram e eu percebi que não estava ganhando nada com aquilo,não estava sendo reconhecido, então pedi para ser mudado de função, como eu era o únicoque se encaixava perfeitamente na função (isso na cabeça dos lideres) não tinha como sermudado de lugar, eu observava e percebi que quem reclamava não era mudado de função ofamoso quem não chora não mama. Certo dia depois do quinto mês sendo mudado de função,todos os dias me estressei com o meu supervisor, discutimos na frente de todos e criamos umclima muito desconfortável, ficamos sem nos falar direito por alguns dias, e então ele chegou amim e se desculpou mesmo sabendo que não estava errado mais também não estava certo,após este episódio eu percebi a importância do perdão e comecei a observar que o perdãopode fortalecer e muito a autoridade dos lideres.

Conheça o serviço

A liderança pelo exemplo é uma das melhores formas de se conquistar autoridade perante asua equipe. Na empresa 3 existia um supervisor que antes de ser promovido ele exercia amesma função que os peões estavam, o chamarei aqui de “Pedrinho”.Pedrinho era um supervisor muito passivo, mas de vez em quando ele dava alguns deslizes emostrava a sua natureza, um exemplo disso foi quando eu estava aprendendo uma nova funçãoe ele veio me cobrar resultados que eram impossíveis de eu alcançar com o grau deexperiência que eu tinha, no momento, naquela função.

-Vitor-Sim- Eu fiz um acompanhamento, e percebi que você não está dando o resultado esperado.- Olha eu, estou aqui só a 3 dias e tenho certeza que estou dando o máximo de mim.- Bom, eu já fiz o mesmo que você está fazendo, e aprendi muito rápido, portanto é bom vocêaprender isso logo.

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Fiquei muito irritado com aquela conversa, trabalhei normalmente durante do dia e, de noite fuipara um happy hour, com companheiros de trabalho. Depois de alguns copos de cerveja, faleipara um companheiro o ocorrido:

- Olha, hoje o Pedrinho venho me cobrar resultados de funções que eu nem aprendi ainda- Haha! Quando ele vier falar assim com você, pergunta a ele o que ele fazia na época dele, eleera o pior e até hoje não consegue fazer o serviço.

Depois de algum tempo, Pedrinho veio me cobrar mais resultados, e eu sabendo do passadodele, pedi para ele me ensinar e o mesmo não foi capaz de tal coisa.

A liderança por exemplo é a melhor maneira de conquistar a sua equipe. Todas as pessoasbuscam um líder onde possam se inspirar pelas ações dele, mesmo que essa busca não sejaconsciente. O ser humano, gosta de observar o companheiro do lado e se influenciar poraquelas ações, sendo boas ou ruins. Se o líder der bons exemplos a tendência é que a equipecrie uma cultura inspirada no seu líder.

Grupos internos

Em equipes muito grandes, é impossível homogenizar todos os funcionários, mais quando nãotiver escolha tente identificar os grupos internos e se adaptar a cultura de cada um sendoflexível o suficiente para conseguir autoridade sobre a maioria.Grupinhos internos são evidências claras de liderança fraca, mais nem jesus agradou a todos,então provavelmente se uma equipe passar dos 15 funcionários será quase que impossívelmanter um grupo homogêneo.É extremamente essencial saber o que seus funcionários precisam e dependendo da culturatrabalhista de cada um, suas necessidades são diferentes. Se o seu grupo de trabalho buscaevoluir em resultados cada vez melhores a tendência é você buscar a excelência também.

Lembro de quando eu estava na quinta série e conheci duas pessoas que me influenciariampara o resto da minha vida.William e Cicero tinham mais ou menos 13 anos quando os conheci, três crianças da quintasérie e nossa diversão era conversar sobre segunda guerra mundial, nosso livro, Medal ofHonor 2 para ps1, passávamos todo o nosso recreio conversando sobre as batalhas dasegunda guerra que aprendíamos no videogame, em aula nosso jogo era tirar uma nota maiorque o outro, só para zoar. Nós não percebíamos mais as nossas brincadeiras estavamdespertando sede de conhecimento em nós, se não tivesse conhecido eles, e nem brincadocom eles talvez hoje não teria senso crítico o suficiente para esta escrevendo este livro. Este éo melhor exemplo que tenho de que a cultura do grupo pode influenciar nas nossasnecessidades e atitudes.

Sua equipe

Para ter bons resultados é extremamente essencial conhecer cada membro do seu time, pois sóassim é possível traçar uma estratégia rumo a resultados satisfatórios.

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Uma das qualidades mais eficientes de um líder é saber do que sua equipe é capaz.Ter um caderno com anotações de observações, é uma excelente arma para poder mapear ascaracterísticas de cada membro de sua equipe, assim o líder terá maior facilidade para buscarsaídas em situações adversas.Uma das melhores características de Aníbal Barca general de Cartago, inimigo numero um deroma nas guerras púnicas, era saber quais as características de seus soldados, pois ele tinha aliderança de diversas tribos do norte da Africa, e cada tribo tinha a sua característica, como porexemplo os nu médiuns (se lê numedas) eram guerreiros que não usavam armadura e por tantosua cavalaria era mais rápida do que a cavalaria inimiga, durante 40 anos Aníbal Barca lutoucontra o Roma e durante 40 anos Aníbal venceu Roma.Muitas vezes observei os supervisores procurando saídas para um problema e boa parte dasvezes a solução era um funcionário.Lembro de quando estava em uma fase superestressante na empresa 3 estava sendo mudadode função todos os dias, por um lado era ruim por não aprender a função direito e não atingir oobjetivo da maneira que eu queria, ficava frustrado por isso, mas, por outro lado, eu estavaaprendendo muito, e eu gostava dessa parte, neste período eu aprendi 14 diferentes funções.Certo dia o meu supervisor estava preocupado e não sabia o que fazer então, eu perguntei, aele o que estava acontecendo, ele me respondeu que não tinha ninguém para botar na funçãoque estava faltando uma pessoa, logo eu respondi, olha pelo que eu sei o “Rafinha” conheceisso muito bem, ai ele me perguntou como é que eu sabia, logo eu respondi que eu já tinha vistoele na quela função e já pedi dicas para ele de como se faz, eu curioso como sempre pergunteia ele, o que ele sabia sobre mim, me respondeu que eu só sabia 3 funções, fiquei espantado,depois decepcionado, pois tinha me esforçado em aprender e eu não estava demonstrando,conversei com ele e falei o que eu sabia.

Confiança da equipe

Para ganhar a confiança de uma equipe, provavelmente só haverá uma oportunidade e é o quedefinirá se a equipe dará a autoridade ou o líder ficara só com o poder.É de extrema importância conquistar a autoridade de sua equipe, entrar em um ambientedesconhecido é assustador e chegar cobrando resultados ou ameaçando os funcionáriosquerendo mostrar quem é que manda, não é a melhor escolha para conquistar a autoridadepara com a sua equipe.Quando um supervisor, gerente ou encarregado, chega em um ambiente novo e encontra umaequipe totalmente desconhecida, a mesma ficará com medo do novo líder e a primeira reaçãoserá fazer um julgamento, e provavelmente este não terá uma boa sentença, lembre-se o líder éum alvo e os conceitos sobre ele sempre serão ruins, antes da conquista da autoridade.A melhor maneira de chegar em um novo ambiente é fazer uma reunião, com um discurso brevefalando como é o líder e o que espera de todos e que veio para somar, e que a primeiromomento está ali para aprender, seja cordial, e lembre-se nunca minta, mentir é a pior saídaquando conhecer uma nova equipe, pois mentiras nunca duram muito e uma hora ou outra seráo ponta pé inicial para perda total da autoridade.Pra conhecer melhor a equipe nada melhor do que um bom happy hour, ou uma social naprópria casa nos primeiros finais de semana, la poderão conversar melhor e conhecer cada ume começar a criar uma boa relação com o seu novo time.

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Na empresa 1 lembro de quando o supervisor se aposentou, logo foi substituído por outro maisnovo e sem experiência no setor. Naquele período eu já estava um pouco desanimado e estavaquerendo trocar de empresa. Certo dia o novo supervisor chamou um por um na sua mesa paraconversar, cada um teve sua hora de conversar a sós com ele, até que chegou a minha vez, eleme cumprimentou e veio fazendo um discurso, dizendo que todos ali tínhamos contas a pagar eque poderíamos ser mandado embora a qual quer momento, eu fiquei escutando até chegar omeu direito de resposta, quando chegou a minha vez eu dei o meu parecer e disse que queriaser mandado embora pois eu era solteiro, não tinha contas a pagar tinha dinheiro pra meaguentar por pelo menos 6 meses, conversamos durante quase uma hora, um mês depois mederam férias na volta das férias fui demitido, três meses depois o supervisor também foidemitido.

No momento que um líder tentar impor o poder, através de ameaças, ele nunca terá autoridadepara com sua equipe.

Reconhecimento

Um grande pecado dos líderes que conheci é não reconhecer o esforço da própria equipe, umtapinha nas costas um obrigado ou até mesmo “Bom trabalho”, essas simples atitudescontribuem muito na motivação de uma equipe.Muitos líderes não sabem reconhecer a sua equipe, não estou dizendo para aumentar o saláriodo funcionário a cada tarefa que ele fizer, estou dizendo para agradecer ou falar em umareunião quando o resultado for muito bom. Um muito obrigado pode fortalecer e muito aautoridade sobre um funcionário, agradecer por um trabalho bem-feito vai muito mais além deum gesto de educação, agradecer o funcionário após a tarefa concedida o motiva e reconhece otrabalho do mesmo. Todos nós nascemos querendo ser o melhor naquilo em que trabalhamos,a diferença é que uns são mais motivados do que outros. A motivação de uma equipe é de totalresponsabilidade de seu líder, se a moral da equipe esta baixa e com resultados fracos, o líder éo único responsável.Faz parte de um bom sistema de recompensa saber a hora de exigir do seu funcionário e a horade deixá-lo descansar. Quando se exige muito de um funcionário por mais eficiente que eleseja, chega uma hora que o mesmo ficara tão estressado que a produção cairá, antes que issoaconteça de um tempo de descanso para ele, não estou falando em deixá-lo de folga mas dedar para o mesmo uma função mais suave, que de para ele descansar.Um líder que dominar um sistema de recompensa equilibrado terá uma equipe comprofissionais motivados.

Um dia quando acabara de terminar uma tarefa que eu não gostava muito na empresa 3 osupervisor chegou até a mim e falou, era por isso que eu queria você nesta posição, nestatarefa você é um dos melhores, naquele momento a minha moral ficou tão alta que a minhaprodução aumentou de forma espantosa, e durante um tempo meu cansaço havia diminuídoexponencialmente.

Ser humano

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Muitas vezes o líder exige muito do seu funcionário até levá-lo ao limite. Levar o funcionário aolimite é algo que não pode acontecer de maneira alguma. Além de deixar o funcionário exaustoo líder perderá pontos em autoridade, respeito e motivação.Ninguém consegue funcionar 24 horas por dia, a menos que esteja empenhado em um sonhopessoal. Saber dosar a hora de exigir e relaxar é uma ótima estratégia para se adquirir respeito,motivação e autoridade, pois nem um funcionario seu que tenha a capacidade de inovar, seráuma máquina. Se o líder tem total sabedoria que seu funcionário é um ser humano, ele terábons funcionários que o ajudarão na hora que for necessário.

Durante o período mais complicado e estressante que passei na empresa 3 foi quando todos osdias eu era mudado de função, depois de 5 meses pedi para ficar fixo em uma função por pelomenos um mês, o meu pedido não foi atendido. Insisti por um mês e não fui atendido, entãocomecei a ficar irritado estressado por qual quer motivo. Até que certa vez estava sentadoolhando meu contracheque no sistema e o supervisor vem me cobrar que eu estou parado, semmesmo me fazer uma pergunta, ele fala, ou você levanta agora ou eu vou falar para o gerenteque você não quer trabalhar, furioso eu levanto e grito com ele “EU VOU NA FRENTE”,espantado ele fica sem reação, discutimos por alguns minutos e cada um vai para o seu canto.Este é um exemplo claro que não devemos levar os funcionários ao extremo, depois desteepisódio, outra pessoa ficou no meu lugar, dois dias depois pedimos desculpas um para o outroe tomamos o serviço normalmente.

Medo de perder o emprego

Um dos piores inimigos do profissional é o medo de perder o emprego, quando esse medoexiste o profissional não consegue dar o máximo de si, pois para conseguir é essencial inovar, einovação as vezes é comparado com loucura.Todos nós temos motivos de sobra para ter medo de perder o emprego, mas devemos superareste medo, e ajudar os nossos subordinados a superar também. Vamos nomear a partir deagora esse medo como zona de conforto. Cair na zona de conforto é um perigo, dependendo doobjetivo desejado pelo profissional, seja ele líder ou liderado.Na maioria dos casos o medo é precedido pelo pensamento de falta de oportunidades, e emalguns casos na falta de confiança no próprio trabalho. Ninguém consegue trabalhar direito,pensando nas contas para pagar no final do mês. Para ser um bom profissional devemos fazero que gostamos de fazer, pois assim faremos bem-feito, em segundo lugar, devemos terinvestimentos para que o nosso emprego de não seja a única fonte de renda, pode ser umaluguel, ações de longo prazo e etc, poupança muito gorda não conta, pois não é fonte derende e sim mais um sintoma de zona de conforto no banco, assim ficaremos mais tranquilos nahora de inovar.Muitos dos liderados também possuem este medo, e não tem a menor ideia do malefício quefazem para si mesmo, o medo pode travar na hora de opinar em decisões importantes em umareunião ou na produção. É dever do líder identificar as pessoas que estão com esse medo etrabalhar para que eles percam esse medo, assim todos as equipes além de ficarem maiseficientes na hora de inovar, também ficaram mais motivadas, afinal ninguém conseguetrabalhar direito pensando nas contas para pagar no final do mês.

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Um dia conversando com um amigo, sobre produção, ele me disse que nenhum homemconsegue trabalhar direito e inovar, pensando nas contas do final do mês, afinal inovação vemda sua mente trabalhando, mas a mente só pensa nas contas do final do mês. Imagina quantosinventos o mundo perdeu para as contas do fim de mês.

Happy Hour

No happy hour após alguns copos de cerveja, os funcionários tendem a debater sobre o dia adia do trabalho e em boa parte das vezes eles falam sobre boas ideias para se aplicar naempresa. Normalmente eles falam com mais sinceridade sob efeito do álcool, então para umlíder que está em busca de resultados eficazes é essencial participar de um bom happy hourcom os companheiros de trabalho, assim ficará informado sobre os problemas da empresa. Naquela hora especial da cerveja, praticamente 90 por cento das vezes os companheiros iramidentificar sem muito alarde e sem muita consciência os puxa saco, que são perigosos para amotivação da equipe.

Uma vez chamei um velho amigo para me visitar em Petrópolis e conhecermos os bares daregião serrana, ele ficou muito animado e falou que alguns amigos do trabalho dele tambémmoravam lá e os convidou.Na choperia do centro de Petrópolis bebemos um pouco e começamos a conversar sobre o queacontecia em nossos respectivos empregos, ali conversamos sobre tudo, puxa saco,promoções, mudanças de função, salário, lideranças e etc, Fiquei sabendo de tudo queacontecia no banco em que ele trabalhava.Durante aquela noite pude perceber como é importante a comunicação entre lideres e liderados,só com um bom relacionamento podemos adquirir conhecimento para buscar criar um ambientede trabalho melhor.

Créditos finais

Escrevi este pequeno livro sob um surto criativo que tive na madrugada de 23 de agosto de2013. Essas questões já assombravam a minha mente a um bom tempo e senti a necessidadede compartilhar com aqueles que se identifiquem.

Se você gostou compartilha clicando la em cima, assim você contribui para que estamensagem chegue ao máximo de pessoas possível. Deixe nos comentários a sua opinião, boaou ruim, vou adorar ler qualquer as duas.

Victor Oliveira, 23/08/2013 - Contato:e-mail: [email protected] facebookTwitter

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